sumário / editorial
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APTO. ARTHUR PRADO
SÃO PAULO
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APTO. GOIS MONTEIRO
SÃO PAULO
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APTO. DIOGO FARIA
SÃO PAULO
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APTO. DR. A. RODRIGUES
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APTO. PARAISO
SÃO PAULO
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ED. RUA REALENGO, ALTO DE PINHEIROS
SÃO PAULO
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SALA MTV BRASIL 2012
SÃO PAULO
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arqlogico.tumblr.com
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JUNDIAÍ
Arqrevista 12 A promessa de colocar no ar a Arq 12 logo no início desse ano não foi cumprida, mas temos boas desculpas para compartilhar. A primeira delas é que o ano voou e não deu tempo para muito. Trabalhamos bastante e nem percebemos o prazo se esgotando. A segunda, e mais essencial, é que, paralelamente, resolvemos ampliar nossa ação editorial. Como nossa revista é tão bissexta e só mostra projetos recentes, percebemos a necessidade de um veículo mais ágil, mais leve, com um olhar externo complementar e que mostrasse também nosso universo se expandido, mas sem nenhum compromisso com qualquer pauta, cronologia, ou ineditismo. E assim nasceu o Arqlógico, comemorando os 20 anos da Arqdonini e graças a ele não ficamos em silêncio durante todo este ano. No entanto, a Arqrevista continua sendo nosso grande compromisso. É sempre com imenso orgulho e prazer que mostramos mais uma pronta. O número 12, no fim de 2012, que ao que tudo indica, não vai mesmo acabar, é no mínimo simbólico. Escrever esse editorial no dia 12 do 12 é igualmente um presente revelador. São poucos os assuntos que juntamos desta vez, primeiramente para que houvesse espaço suficiente para mais imagens do nosso tema favorito : morar bem. Cinco apartamentos constroem em uníssono um tipo de discurso autoral. Esperamos que seja ouvido e apreciado, porque são todos a nossa voz.
Se o que importa é a beleza interior, para nós importa tanto quanto que tudo funcione bem. Cada uma das cinco unidades foram redesenhadas buscando urgente resignificação. Alguns proprietários já eram moradores e precisavam organizar os espaços com mais inteligência, conforto e bom desenho; outros iriam se mudar, mas buscavam basicamente o mesmo: uma cara bacana, sem excessos, com personalidade suficiente que permitisse a harmônica complementação na ocupação. Uma linha de pensamento comum percorre os cinco casos, melhor: cinco casas. Pensamos menos em fórmulas e formas e mais nas várias vidas envolvidas. Várias, porque em todas discutimos bastante o fato do projeto não se bastar somente nas vidas de quem vem morar. Sem nenhuma dúvida essas novas casas foram preparadas para usufruto de várias vidas extras. Não falamos aqui de reencarnação (apesar de não duvidarmos de nada), mas de vidas agregadas, que chegam e que vão, que festejam e se somam, e também das que latem, das que miam.... Vidas de seres queridos e que nos ajudam a aproveitar os bons momentos na casa nova. Vidas boas. Gente e bichos que amamos e que nos fazem entender melhor esse tal sentimento abstrato. Casas são desenhadas em qualquer tamanho, mas preservam um ponto comum vital: o coração. Nem sempre sabemos direito o lugar certo onde bate, mas sabemos quando funciona bem. Nos cinco projetos que resolvemos não abordar separadamente, tentamos dizer que apesar de trabalharmos com isso desde o século passado ainda nos surpreendemos com a carga de felicidade impregnada nos novos lares depois de ocupados. Isso sempre extrapola nossas modestas expectativas. Essas casas foram desenhadas para servir bem quem vai morar e quem vai rodear. Falar das dificuldades da vida contemporânea é desnecessário, pois já não existe limite viável para o assunto. Tudo é contemporâneo, tudo interessa e pouco se conclui. Mas falar do morar contemporâneo é importante para mostrar que além dos conhecidos modelos tradicionais de ocupação existem muitas formas interessantes de viver dentro de qualquer tipo de lar. Não vamos descrever aqui revestimentos e objetos nem contextualizar cada escolha, porque as fotos fazem isso melhor. Queremos somente mostrar no grupo de novas moradias um tanto da sincera dedicação que dispensamos a esses casos arquitetônicos. É isso que fazemos e é isso que gostamos de fazer: projetar. E esticando um pouco mais o mesmo assunto, mostramos um dos novos edifícios que projetamos nesse ano e logo estará pronto. O desenho interno virtual difere bem pouco dos apartamentos reais agrupados aqui. Morar bem é uma delícia, mas sabemos da responsabilidade que acompanha as nossas escolhas quando somos convidados a projetar um novo prédio, onde quer que seja. Acreditamos na convivência harmônica entre edifícios bem projetados e a cidade ao redor. São Paulo virou um lugar confuso de viver e não devemos parar nunca de discutir sobre o assunto. Conversar sobre moderação da verticalização é sempre fundamental, mas negar sua necessidade já é perda tempo. Algumas casas darão sempre lugar a alguns edifícios, tomara que todos sejam projetados com muito carinho. Mais urgente será sempre pressionar o poder público sobre garantir contra-partidas reais para cada bairro sempre que se constrói um novo empreendimento. Melhorar a cidade é o que todos sonhamos, pouca gente se envolve em reivindicações urbanísticas. Debater o Plano Diretor da cidade e seu antiquado Código de Edificações é atribuição de todos nós. E para encerrar com cores e brilho, fotografamos a nova sala de estar desenhada para nossa TV mais querida. Um sofá não é nunca apenas um sofá, um tapete não é só para pisar, uma parede é sempre mais que uma parede. Isso se chama realidade virtual? Ou seria virtualidade real? Pouco importa, o espaço ficou tremendamente versátil e vem sendo bem usado, tanto para descontração como para flashes de gravações. Projetar para a MTV é sempre uma delícia. Vamos nos ver em breve. A Arqrevista 13 já está quase acabada. Falaremos ainda mais de casas, de arquitetura, de vidas, de cores... enfim, tudo novo de novo... Feliz ano novo! E que seja realmente novo! Em 2013, estaremos juntos. Marco Donini
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PLANTA ANTES
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agora no http://arqlogico.tumblr.com
O Arqlógico AseçãoquechamávamosdeArquivoperdeuseusentidoimediatoapartirdomomento que nos deixamos retratar no novo blog. Digo nos deixamos, pois nos rendemos incondicionalmente à nossa querida editora convidada, que passou a ter livre acesso a tudo que desenhamos, falamos, pensamos, fizemos, sonhamos, etc., e com total“carta branca”faz do nosso Arqlógico o que quer - certamente muito mais do que faríamos imprimindoseugenerosoolharcrítico/poético,que“logicamente”temnosajudadomuito. O Arqlógico virou nosso divã cotidiano. Nosso espelho mágico. Venha nos visitar: http://arqlogico.tumblr.com/
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revista edição redação revisão direção de arte
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Arqdonini Marco Donini Beatriz Limberger Chico Zelesnikar São Paulo,
arqdonini@arqdonini.com.br mdonini@arqdonini.com.br beatrizlimberger@terra.com.br fzelesnikar@arqdonini.com.br janeiro de 2013
rua groenlândia 54, são paulo, sp tel. 55 11 3887 7866
arqdonini@arqdonini.com.br www.arqdonini.com.br
revista
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01434-000