LUZ NA ARQUITETURA

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Luz na Arquitetura

Trabalho de ConclusĂŁo de Curso - Arquitetura e Urbanismo Carolina Picchi Senatore



LUZ NA ARQUITETURA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - ARQUITETURA E URBANISMO CAROLINA PICCHI SENATORE



CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC CAROLINA PICCHI SENATORE

LUZ NA ARQUITETURA ENSAIOS FOTOGRÁFICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Gabriel Pedrosa

SÃO PAULO 2018


“De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório.”

- Henri Cartier Bresson


AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer ao meu orientador por estar sempre disposto a me ajudar sobre um tema que até então era novo para ele, aos meus amigos e professores queridos, que estavam lá para me dar opinões sobre o trabalho. Ao Edu, que foi quem me acompanhou durante todo o processo de realização dos ensaios fotográficos e às pessoas que me receberam, nos locais escolhidos para fotografar. Por fim, e não menos importante, gostaria de agradecer muito também aos meus familiares, pois sem eles nada disso teria acontecido.


RESUMO A fotografia é uma forma de expressão artística e documental relativamente nova, que nasceu há menos de 200 anos e vem sendo largamente utilizada não só por artistas e fotógrafos profissionais, como por pessoas que utilizam dessa forma de expressão como hobbie ou apenas como uma forma de documentação e recordação. E este trabalho vai tratar da questão da fotografia e arquitetura, a partir de uma reflexão sobre a relação entre estas duas formas de manifestação artística, com um olhar voltado para os detalhes, para a relação do corpo humano com a obra, para o tratamento poético da luz e de sua ausência, e para a relação entre o espaço interno e o externo, com reflexos trazendo a natureza para dentro da construção e vice-versa. Isso foi possível por meio de ensaios fotográficos autorais, que mesclam diversos aspectos da linguagem fotográfica com os temas levantados acima, gerando comparações e novos diálogos entre as obras de diversos arquitetos. PALAVRAS-CHAVE Fotografia e Arquitetura, Luz e Sombra, Transparências, Reflexos, Corpo e espaço, Ritmos.


ABSTRACT Photography is a relatively new form of artistic and documentary expression, born less than 200 years ago and has been widely used not only by professional artists and photographers, but also by people who use this form of expression as a hobbie or just as a form of documentation and recall. This work will deal with architecture and photography from a reflection on the relation between these two forms of artistic manifestation, with a look at the details, for the relation of the human body to the space, for the poetic treatment of light and its absence, and the relation between internal and external spaces, with reflections bringing nature into the building and vice versa. This will be possible through photographic essays, which mix different aspects of the photographic language with the themes raised above, resulting comparisons and new dialogues among the works of architects. KEY-WORDS Photography and Archtecture, Light and Shadow, Transparency, Reflection, Body and Space, Rhythm.


ÍNDICE Introdução..................................................... 09 Parte I ............................................................ 11 Parte II ........................................................... 26 Parte III .......................................................... 37 Considerações Finais ..................................... 58 Índice de Imagens ......................................... 60 Bibliografia .................................................... 63


INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO Segundo Helmut Gernshein, como o desenvolvimento de técnicas para fixar as imagens em diversos materiais foi um processo longo, que demorou décadas, a fotografia só se tornou mais importante a partir do surgimento da revolução industrial, uma época propícia para descobertas e inovações serem difundidas. Com o surgimento das câmeras analógicas, fotografar tornou-se uma atividade mais comum para as famílias. Mais tarde começou a ser utilizada para documentar a realidade (fotojornalismo) e para fins artísticos. Além de ser uma forma muito eficiente de documentar diversos temas da vida cotidiana, ela serve também para representar aspectos não tão aparentes da realidade. “O ser humano teve sempre a necessidade de reproduzir o real e deixar uma marca do seu pensamento para se libertar do esquecimento e da morte.” (AMAR, 2011, p. 09). Com a fotografia e suas diversas manipulações tornou-se cada vez mais comum o uso de meios para torná-la agradável e dentro da proposta do autor. Podendo assim destacar ou esconder e até mesmo retirar da imagem alguns elementos plásticos, que não sirvam para fortalecer a fotografia. Neste trabalho tratarei exatamente disso, das questões que não estão tão óbvias na arquitetura. A intenção não é documentar os edifícios e seus ambientes, e sim representar a arquitetura de uma forma diferente, com um olhar mais apurado, mais voltado às questões formais, tanto da arquitetura quanto da fotografia, seguindo os temas 10

que serão estudados nos próximos capítulos deste livro: Luz e sombra, Reflexos, Transparências, Corpo e Espaço e Ritmos. Todos eles são temas encontrados em edifícios, porém, nem sempre observados com muita clareza pelas pessoas que por eles passam ou habitam. Como a fotografia é uma forma de registro muito dinâmica, que proporciona várias edições, vários tratamentos de imagens, e possibilita diversas interpretações, este foi o meio escolhido para representar a arquitetura e suas relações com o corpo humano. Para chegar neste resultado final, um livro fotográfico, foram feitos vários estudos de caso, sobre fotografia e seus aspectos de linguagem, que serão abordados no primeiro capítulo deste caderno. Lá no segundo capítulo falarei sobre referências fotográficas, que foram essenciais para a produção dos ensaios fotográficos autorais, onde explico um pouco sobre os fotógrafos que me inspiraram, e por fim, o último capítulo que vai explicar tudo sobre o livro e seu desenvolvimento, desde o início, com a produção das fotos, a seleção das mesmas, até chegar nas edições, processos de diagramação e impressão.


PARTE I


ASPECTOS DA LINGUAGEM FOTOGRÁFICA Toda fotografia tem sua linguagem própria e o processo fotográfico é composto por alguns elementos que caracterizam a linguagem fotográfica, que dão um significado individual para cada imagem. Os fotógrafos utilizam desses elementos para dar personalidade e força às suas fotografias. Dentre esses elementos da linguagem fotográfica temos: Plano Fotográfico, Foco, Movimento, Ângulo, Cor, Textura, Iluminação, Perspectiva, Equilíbrio e Composição, Forma e Aberrações. Neste capítulo vou explorar e explicar o que significa cada um desses elementos, utilizando fotografias para exemplificar e facilitar a compreensão. Meus ensaios também se baseiam não só nos fotógrafos de referência, que serão explorados no capítulo seguinte, como também nestes aspectos da linguagem fotográfica. Foram eles que me ajudaram a me guiar em determinados momentos, para saber qual o melhor ângulo, ou melhor luz e até mesmo qual cor destacar nas imagens.

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PLANO FOTOGRÁFICO

Refere-se ao distanciamento da câmera em relação ao objeto fotografado. Podendo ser um plano geral, médio, primeiro plano ou um plano detalhe, sendo o primeiro o mais distante, até chegar ao último, que é o mais próximo que podemos fazer, podendo chegar à abstração do objeto fotografado.

1, 2, 3, 4, 5 e 6. Fotos de Tuca Vieira, mostrando desde o plano geral, com a primeira foto, até o plano detalhe, na última.

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FOCO Como o próprio nome já diz, é onde a fotografia está focada, podendo ser em apenas um ponto/objeto, ou até mesmo em vários elementos. Existe também a possibilidade de tirar o foco de tudo, o desfoque. O foco na fotografia serve para que se possa dar ênfase em algum ponto da fotografia ou para que se dê suavidade, quando há o desfoque, e isso depende da mensagem que o autor quer passar. Segundo Bavister (2011, pg. 94), o ponto focal da fotografia não tem a necessidade de ser grande, apenas de ser chamativo, e claramente visível, podendo ser reforçado por outros elementos, como a cor, por exemplo.

7 e 8. Fotos de minha autoria, nas quais é possível reparar que o foco está em primeiro plano e em segundo plano (no fundo), respectivamente.

9 e 10. Fotos de Sebastião Salgado e do Depositphotos, respectivamente. A primeira mostra a dureza da imagem, criada por sua nitidez excessiva e foco em todos os planos. A segunda foto, ao contrário, é totalmente desfocada, não dando ênfase em nada.

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MOVIMENTO É a percepção de movimento ou inércia na fotografia. Quando o objeto principal está em movimento, o que precisa ser retratado é ele em movimento, e quando o mesmo está parado, a intenção da fotografia tem que ser passar essa sensação de estáticidade. O mesmo vale para objetos em movimento, porém, é nisso que está a maior dificuldade, pois segundo Bavister, (2011, pg. 36 e 37) “Ao focar, a parte mais difícil é manter um objeto em movimento em um foco preciso. (...) Um dos melhores jeitos de representar movimento é ajustar uma longa abertura do obturador, borrando o motivo.” assim como é possível observar na foto ao lado, de Harold Edgerton.

12 e 13. Foto de Harold Edgerton, que, com sua longa exposição, capta a variação do movimento dos braços do homem, enquanto que a foto de Tuca Vieira contrasta com a estátua e o moço deitado nela de forma estática.

11. Fotografias de Eadweard Muybridge. Eadweard foi um fotógrafo inglês, um pioneiro em cinematografia, por conta de suas fotos que capturam diversas fases dos movimentos. 15


ÂNGULO É a angulação escolhida e utilizada para realizar a fotografia. Pode haver diversos ângulos distintos para se fotografar um mesmo objeto, como, por exemplo, de baixo pra cima, de cima pra baixo, centrado, um pouco mais pra esquerda ou um pouco mais para direita, e isso pode dar significados variados às fotografias. Como no exemplo dessas fotos da ponte George Washington, nos Estados Unidos.

14. Foto de Pierre Verger, que mostra o movimento na roupa da moça, e não só o movimento de seu corpo.

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15 e 16. Fotos de Jack Boucher e Edward Steichen, respectivamente.


COR É a primeira percepção da visão e da fotografia, é ela que faz com que tenhamos sensações diversas ao olharmos para as fotos, e, segundo Steve Bavister: “Como a cor está em tudo à nossa volta, não costumamos lhe dar muita atenção. O que é mesmo uma pena, porque uma das maneiras mais fáceis de deixar as fotografias mais marcantes é melhorar o uso da cor.” (2011, pg. 84) Segundo ele, as cores contrastantes criam mais tensão que a mistura de cores harmoniosas.

17 e 18. Fotografias de Tuca Vieira em ângulos diferentes e não habituais. Na primeira, o Viaduto do Chá visto de cima e, na segunda foto, o edifício Itália visto de lado.

19 e 20. Fotos de autoria própria, ambas no Porto, Portugal, representando as diferenças entre a mesma foto sendo utilizada colorida e preto e branca. 17


21, 22, 23 e 24. Fotos de Keslertan (Instagram), Cristiano Mascaro, Thomaz Farkas e Ricardo Costa Mogliorini, respectivamente. Essas quatro imagens mostram a importância e a beleza de uma foto preta e branca que explora em seu favor o monocromatismo, pois as mesmas, com cores, poderiam perder um pouco de sua força ou graça.

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TEXTURA A textura é o que passa a ideia de material, substância e densidade, podendo ser lisa, áspera, rugosa, porosa, etc. Isso depende do ângulo, da incidência de luz sobre o objeto e do foco utilizado. Sem ela, a fotografia pode parecer um pouco falsa.

25 e 26. Fotos de Carl Strüwe e Peter Keetman, respectivamente. 27 e 28. Ambas de Edward Weston, mostrando diferentes texturas. 19


ILUMINAÇÃO A iluminação é a incidência de luz sobre o objeto a ser fotografado, podendo ela ser direta, indireta, difusa, lateral, do alto, dando ênfase ou desfoque nos objetos, mudando assim sua percepção e alterando a interpretação da fotografia. Segundo Steve Bavister, é a iluminação que pode gerar sombras interessantes, dependendo da sua intensidade, direção e posição, e ela é também o principal fator para determinar se uma imagem terá alto ou baixo contraste. “Uma regra fundamental da fotografia é que a qualidade da luz é sempre mais importante do que a quantidade.” (BAVISTER, 2011, pg. 70)

29 e 30. Foto de minha autoria que representa uma luz rasante, e foto de André Kertész, com uma luz de topo e sua respectiva sombra, respectivamente.

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31 e 32. Já nas fotos de Man Ray e de Alexander Rodchenko, vemos uma luz diferente da presente nas fotos anteriores, sendo a primeira frontal, gerando uma sombra atrás da moça, e a segunda um jogo interessante de luz e sombra, formado através do muxarabi e de uma luz lateral que atravessa os vazios dessa tela, atingindo a mulher que descansa no banco.


PERSPECTIVA Perspectiva é o que vai passar a sensação de tridimensionalidade à fotografia, a percepção de profundidade, que pode ser atenuada, reforçada ou mesmo distorcida. 33 e 34. Fotos de autoria própria, a primeira em São Paulo, SP e a segunda, em Granda, Espanha. As duas mostrando perspectivas com angulações parecidas.

35 e 36. Fotos de Martinho Scudeler e de Cristiano Mascaro, respectivamente, mostrando diferentes ângulos de fotografias levando em consideração o destaque da perspectiva. 21


EQUILÍBRIO E COMPOSIÇÃO Composição é a interação e a localização dos elementos existentes na fotografia, podendo levar ao equilíbrio ou ao desequilíbrio. O equilíbrio depende de outros fatores escolhidos pelo fotógrafo, como, por exemplo, a luz, o volume, o ângulo, as cores, as texturas e as até mesmo a localização. Segundo Bavister (2011, pg.88), os pintores têm uma vantagem sobre os fotógrafos, pois a tela está vazia, tendo eles liberdade para escolher como compor a cena, já os fotógrafos não têm a mesma liberdade, pois a cena já está pronta, “(...) por isso, para criar uma boa composição, é preciso, primeiro, decidir qual parte da cena vai ser capturada e, depois, arranjar os elementos nela contidos de modo que formem um todo visualmente agradável.”

37 e 38. Foto de Tuca Vieira na qual podemos ver a composição clara da estátua representando um movimento contrário ao do menino que está brincando em cima delas. A segunda é de Cristiano Mascaro, na qual podemos ver a composição das sombras na parede e das figuras humanas, em que o homem mais à frente parece ser a sombra do que está mais ao fundo, formando uma composição instigante.

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39, 40 e 41. Três fotos de Carlos Moreira, nas quais são retratadas: composição de formas; equilíbrio entre as pessoas e a ponte e o que está entre a ponte e o lago; e, por fim, uma composição de cores, do que está na calçada e na rua, no hidrante e na moto, respectivamente.

42. Foto de Horst P. Horst, mostra várias mãos de diversas cores e tonalidades, formando uma composição muito bonita e interessante. 23


FORMA A forma é o modo do objeto tridimensional ocupar o espaço bidimensional da fotografia. Segundo Steve Bavister (2011, pg. 102), “Nós vivemos em um mundo feito de formas; o sol é um círculo; (...) as casas são quadradas ou retangulares. Não damos muita atenção a essas formas e, muitas vezes, nem tomamos consciência delas, mas elas podem ser usadas para deixar a composição de uma fotografia mais forte.”

45 e 46. Foto de Emerson Maurício Mercer e Hugo Schmölz, respectivamente.

43 e 44. Foto de Mari Caldas (Instagram) e Edward Weston, respectivamente, mostrando diferentes objetos e suas formas. 24


ABERRAÇÕES As aberrações são modificações da percepção da realidade pela fotografia, podendo ser de origem química ou física (óptica). Dentre os exemplos de aberrações têm-se: mudanças de cor, deformações proporcionais dos objetos fotografados, deformações da forma e de tons, entre outras. Tudo isso pode levar a uma mudança de percepção da realidade e, consequentemente, a interpretações diversas.

47, 48, 49 e 50. Nas quatro fotos vê-se aberrações nas formas do corpo humano e nas suas proporções. Fotos de Serge Moreno Cohen, Weegee, Angus McBean e Philippe Halsman respectivamente.

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PARTE II


ARQUITETURA E FOTOGRAFIA Como a fotografia é um meio de representação e documentação bidimensional e a arquitetura por si só é uma manifestação artística e técnica tridimensional, a partir do momento em que fotografamos uma obra arquitetônica, ela também se torna algo bidimensional, podendo nem sempre ser lida de uma forma muito clara. Como é o caso das fotos nas quais é possível ver tanto o que está do lado de dentro quanto o que está do lado de fora do edifício. Isso em razão dos jogos de transparências e reflexos que aparecem nas diversas superfícies de obras arquitetônicas. Devido à essa confusão, do que está dentro e o que está fora, novos diálogos são criados dentro da fotografia de arquitetura. Para pensarmos a relação entre arquitetura e fotografia e para estruturar os ensaios fotográficos deste trabalho, optamos por criar alguns subtemas, a partir da análise da obra de alguns fotógrafos selecionados como referência e suas fotografias escolhidas. Estes temas serviram somente para guiar o trabalho, sendo eles: Luz e Sombra, Transparências, Ritmos, Reflexos, Corpo e Espaço, e, por fim, Detalhes. A luz está presente com destaque em quase todos eles; e em dois deles a questão da escala é determinante, que são os detalhes e a relação entre o corpo e o espaço. Os temas foram importantes para auxiliar na escolha dos fotógrafos de referência. E quando digo que eles serviram somente para guiar o trabalho, é devido ao fato de que ao chegar na parte de diagramar o livro fotográfico, não ficaram tão claras essas divisões de temas. Na realidade surgiram subtemas dentro dos temas mencionados acima que serviram para formar uma sequência das fotos.

Dentre os fotógrafos de referência, temos alguns focados em fotografia de arquitetura, de moda, alguns focados em fotografar pessoas, e até mesmo fotógrafos de rua, como é o caso da Vivian Maier, que me serviu como grande referência para a produção dos meus ensaios autorais. Dentro os fotógrafos selecionados estão: Julius Schulman, Henri Cartier-Bresson, Thomaz Farkas, Vivian Maier (já mencionada), Marcel Gautherot, Tuca Vieira, Cristiano Mascaro, Fernando Guerra entre outros, brasileiros e estrangeiros.

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LUZ E SOMBRA A luz é responsável pela visão, e, consequentemente, pela possibilidade de fotografar objetos, paisagens e pessoas. Sem a luz não haveria reflexos, não conseguiríamos, por exemplo, nos olhar no espelho. E é ela que, ao atravessar objetos, sendo maciços ou não, gera sombras, podendo elas ser interessantes, dependendo do jogo de formas gerado. Por ser essencial à fotografia, e pela possibilidade de gerar imagens interessantes, este foi um dos subtemas escolhidos.

51, 52, 53, e 54. Fotos de Fernando Guerra, Thomaz Farkas, Marcel Gautherot e Vivian Maier, respectivamente. Todas elas representando diferentes incidências da luz solar em relação aos edifícios e às pessoas que nele habitam, resultando em sombras, e jogos de luz e sombra variadas. 28


RITMOS Ao definir esse tema, pensamos em sequências, repetições, padronagens, não só referentes a luzes e sombras, mas também referente a cores e formas, como por exemplo o ritmo de pilares, o ritmo de elementos da arquitetura de um edifício, podendo ser vigas, escadas rolantes, rampas, janelas, vãos, além disso, o que pode caracterizar a ritmização, é a cor desses elementos que aparecem nos edifícios e, partindo para o lado mais abstrato, ritmos de luz e sombra formados por elementos vazados presentes nas obras.

55 e 56. Fotos de Cristiano Mascaro e Fernando Guerra, que revelam diferentes incidências de luz e suas sombras formadas.

57 e 58. Fotos de Carlos Moreira e Tuca Vieira, respectivamente. 29


59, 60, 61, 62, 63, 64 e 65. Estas fotos representam diferentes tipos de repetições, como por exemplo as escadas na foto de Cristiano Mascaro, o piso quadriculado na foto de Tuca Vieira, a repetição de cores no vestido da moça e no edifício atrás dela, e o restante das fotos com repetições de luz e sombra, formando ritmos interessantes. 30


CORPO E ESPAÇO O espaço arquitetônico é feito por e para pessoas habitarem. Por isso, nada mais justo que, ao tratar do tema do espaço construído, colocar também o corpo como forma de delinear, marcar e interagir com o espaço, habitado ou não, construindo também a percepção (real ou distorcida) de sua escala.

66, 67 e 68. As duas primeiras fotos são de Henri Cartier-Bresson, segunda de Thomaz Farkas, todas representando a relação do corpo com o espaço de diferentes formas e ângulos. 31


69, 70, 71, 72 e 73. A primeira foto é de Jullius Schulman, a segunda de Cristiano Mascaro, terceira e quarta de Carlos Moreira e por fim, a quinta imagem do projeto Travestir, todas elas, representando bem a relação do corpo com o espaço. 32


TRANSPARÊNCIAS Transparências estão presentes nos vidros, cortinas, telas e janelas. É quando se consegue ver além do que está ao nosso alcance, a partir do espaço determinado em que se faz a fotografia. Um exemplo disso é quando se consegue ver o que está fora (segundo plano) e o que está dentro (primeiro plano) do edifício, criando uma relação do interno com o externo.

74, 75, 76 e 77. Primeira foto de Vivian Maier, depois Marcelo Greco, Cristiano Mascaro e Marcelo Greco, respectivamente. Todas elas tem como ponto em comum a visão através de uma janela, deixando em evidência a transparência, mesmo sendo tela, cortina ou janela. 33


REFLEXOS Os reflexos fazem parte de nossas vidas, e, sem a luz, não seriam possíveis. Eles podem muitas vezes serem reflexos diretos, em espelhos, ou indiretos, como, por exemplo, em superfícies como o vidro e a água, que, dependendo do ângulo e da luz incidente, também refletem objetos. Dependendo da superfície do reflexo, como por exemplo o vidro, esse tema se mistura ao tema da transparência, possibilitando por exemplo, uma interação do que está dentro com o que está fora da obra.

78 e 79. A primeira foto tem uma transparência mais explícita que a segunda, sendo esta mais voltada para o que está externo ao edifício (na cobertura). 34

80 e 81. Foto de Marcelo Greco e de Julius Schulman.


82, 83, 84 e 85. As quatro são de Vivian Maier, ela costumava fazer autorretratos em diferentes superfícies espelhadas ou em superfícies que dependendo do horário, da iluminação solar (ou artificial) e da angulação, geravam reflexos.

86. Foto de Armando Vernaglia Jr. com um reflexo interessante na poça d’água em São Paulo.

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DETALHES O detalhe está presente em tudo, e também na arquitetura e na fotografia. Esse tema foi escolhido também pela questão da escala, mas sobretudo pela possibilidade de gerar imagens abstratas, quando já não entendemos mais o que está sendo retratado na foto e ela se torna pura pesquisa formal e de composição.

87, 88, 89, 90 e 91. As duas primeiras fotos de Cristiano Mascaro, Hugo Schmölz, Thomaz Farkas e Daniel Luna, cada uma com destaque em diferentes detalhes. 36


PARTE III


PROJETO

O projeto do TCC resultou num livro, com 102 fotos, sobre a cidade de São Paulo. Os lugares escolhidos foram: Sesc Pompeia, Sesc Santo Amaro, Sesc 24 de maio, MASP (Museu de Arte de São Paulo), MUBE (Museu de Escultura Brasileira), CCSP (Centro Cultural São Paulo), Casa Modernista, Instituto Moreira Salles (IMS), Casa Giz (casa de Vilanova Artigas), Parque Ibirapuera (Oca, Auditório e Marquise), Pinacoteca, Estação da Luz, Teatro Oficina, FAU-USP, Centro Universitário Senac, Copan, Parque Villa Lobos, Galeria Luciana Brito e Japan House. Para a realização das fotografias foi utilizada uma máquina Nikon D3200, levando em consideração os temas estudados e seguindo como referência os fotógrafos citados no capítulo acima. Foram feitas cerca de 1000 fotos ao total, porém, elas acabaram passando por uma seleção inicial, para retirar as fotos que não haviam ficado boas, ou que não valia a pena tratar. Este processo resultou em um pouco mais de 250 fotos. Depois disso tudo, comecei a editar as fotos e a reselecioná -las, resultando em cerca de 150 fotos, que foram divididas e organizadas nos seguintes temas: Luz e Sombra, Ritmos, Corpo e Espaço, Transparências e Reflexos. Inicialmente, havia o tema dos Detalhes também, porém, por conta de ter resultado em menos fotos do que o restante dos grupos, foi decidido diluir este tema nos demais, não descartando as imagens feitas por serem muito boas e importantes para a coerência do trabalho em si. Apesar de ter sido definido estes temas, a organização final das fotos ficou um pouco diferente do que havia sido pensado inicialmente; para isso, levei em consideração as questões de forma e conte38

údo, aproximando as fotos pela semelhança entre elas, sejam elas de luz e sombra, de cor e até mesmo de forma. Outras foram associadas pela maneira como as pessoas fotográfadas estavam se portando e agindo, como por exemplo, andando, paradas, ou subindo e descendo escadas e até mesmo quando elas estão enquadradas por elementos da arquitetura. A partir de vários experimentos e alguns estudos de como poderiam se dispor as fotos no livro, cheguei num resultado final que será apresentado mais pra frente neste capítulo. Além disso, quase todas as fotos passaram por edições, a maioria por mudanças pequenas, como por exemplo na coloração, para deixá-las preto e branco, ou fazer um corte, que privilegiasse mais uma parte da foto, e até mesmo mudanças mais bruscas de exposição, de saturação, cortes mais acentuados e a eliminação de algum elemento. E é importante ressaltar que há uma liberdade de formatos das fotos pós edição. Neste capítulo serão apresentadas algumas das edições feitas nas fotos finais, como foi feita a organização dessas fotos e contarei um pouco do processo de produção do livro, desde a diagramação até a impressão do produto final. Por uma questão de custos, não foi possível imprimir exemplares do livro para acompanhar este caderno de apresentação do trabalho. No entanto, uma versão em arquivo eletrônico pode ser acessada nos seguinte links: https://issuu.com/carolpicchi/docs/bookparte1 https://issuu.com/carolpicchi/docs/bookparte2


SELEÇÃO DE FOTOS

Para a produção do livro final foram utilizados dois softwares, o Photoshop e o InDesign. Para a edição das fotos, o Photoshop foi essencial, e para a diagramação e montagem do livro, capa e índice, utilizei o InDesign. O livro começa com fotos de aberturas encontradas na arquitetura de alguns edifícios, remetendo ao diafragma das lentes das máquinas fotográficas; migrando para espaços e ambientes enquadrados pelos próprios edifícios, até chegar nas fotos mais abstratas, com armações, linhas horizontais, verticais, ritmos de luz e sombra, reflexos, hora ou outra introduzindo o corpo humano nestas fotos, deixando-as mais difíceis de compreender. Para finalizar o livro, foram selecionadas as fotos que apresentavam formas circulares, como por exemplo a janela da Oca do Ibirapuera, os tijolos de vidro da casa modernista, que se assemelham às aberturas das imagens iniciais do livro, voltando para o conceito de diafragma, só que desta vez, fechando, como que finalizando um ciclo.

Fotos da mesa com todas as fotografias impressas em miniatura, já selecionadas para entrar no livro, mostrando o resultado final da organização e disposição das fotos. 39


IMAGENS DO LIVRO Como o livro foi todo pensado para ser um arranjo interessante das fotografias, através de suas associações formais, seguem algumas imagens das páginas reais.

Imagens da primeira à terceira páginas do livro. A segunda apresenta um poema de Alice Ruiz, escolhido para dar início às fotos.

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Esta sequência de fotos é resultado de enquandramentos diversos, em dois edifícios distintos, o Copan e o Sesc 24 de maio, onde existem janelas e espaços que formam aberturas, e enquadram a cidade de São Paulo de ângulos diferentes. As duas primeiras foram agrupadas pelo enquadramento parecido no que diz respeito à angulação, já as duas últimas foram associadas pelas pessoas presentes em ambas fotos, os prédios atrás e também pelo enquadramento bastante parecido. 41


As primeiras fotos foram associadas por perspectivas acentuadas incluindo pessoas, e as três últimas, associadas levando em consideração os formatos de triângulos existentes em vários edifícios, criando combinações distintas.

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As duas primeiras fotos foram feitas pensando em linhas guias que marcam uma perspectiva acentuda, sendo a primeira, vista de um edifício de baixo para cima e a segunda, lustres do Centro Cultural São Paulo, dispostos em várias linhas anguladas. Já as outras duas da próxima página, apresentam feixes de luz, formados por aberturas zenitais em diferentes edifícios. E por fim, nas páginas que vêm logo abaixo, as fotos foram associadas por questões de luz e sombra e seus formatos de grelhas em diagonal, deixando-as com efeitos muito interessantes. 43


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Na primeira sequência de fotos, elas foram agrupadas pelas formas circulares de armações metálicas, com luz e sombra marcantes, gerando efeitos bem contrastantes. Já na segunda sequência, logo abaixo, o critério para seleção foram os ângulos diagonais presentes em todas elas, incluindo as formas de quadrados, formando grelhas, embutidas nessas diagonais.


As fotos desta sequência são todas de reflexos, onde eu apareço nas superfícies de diversos materiais, em diferentes obras, de arquitetos distintos. A primeira, a terceira e a quinta, são reflexos de vidro, enquanto que a segunda é uma placa toda perfurada, no IMS, e por último, a quarta foto é um espelho presente nas paredes externas da casa Giz. Para todas elas segui como referência as fotos da fotógrafa de rua Vivian Maier, que fez muitas fotos de si mesma em vários ângulos e em várias superfícies refletoras. O engraçado é que esta foi uma das maneiras pelas quais descobriram a origem (autor) de suas fotos. 45


Nas três primeiras imagens, foram levadas em consideração as linhas diagonais que cortam as imagens de fora a fora, já nas outras imagens que vêm logo abaixo, o que guiou a associação foi a questão de que em todas elas existem pessoas sentadas nas sombras geradas pelos edifícios, pelas suas escadas e coberturas. E em relação à escolha de fundos preto ou branco, foram feitos testes com as duas cores para assim poder decidir em qual deles a foto se destacava mais. 46


Estas imagens representam as páginas finais do livro, com elementos plásticos circulares presentes em diferentes partes da arquitetura, como por exemplo lustres, tijolos de vidro e janelas. Elas foram agrupadas e deixadas para finalizar o livro, assim como no começo, que tem aberturas mínimas que revelam um pouco da cidade, estas fotos voltam a ser aberturas pequenas, porém redondas, que enquadram a cidade de uma maneira divertida, remetendo novamente à questão da fotografia e à máquina fotográfica com seu diafragma. 47


EDIÇÃO DE IMAGENS

Como muitas das imagens presentes neste livro passaram por alterações, nem que sejam mínimas, seguem alguns exemplos de fotos originais e suas edições finais. Estes exemplos foram escolhidos por serem os que resultaram em edições mais bruscas e marcantes.

Foto original à esquerda, na Casa Modernista, e foto da direita já com edições de cor, saturação, curvas de exposição e um pequeno corte, para melhor enquadrar. A intenção dessa edição era deixar a foto mais marcante, por isso este efeito mais chapado entre o preto e o branco na imagem. 48


A foto original, à esquerda, foi feita na casa Modernista, e como pode-se perceber, foram feitos alguns tratamentos de imagem, como por exemplo, passar de cor para preto e branco, cortes para focar mais nos elementos presentes (tijolos de vidro redondos), e com manipulação de imagem, retirados alguns dos círculos para dar outro efeito à imagem. A intenção dessa manipulação era deixar uma sequência de círculos em perspectiva, fazendo com que esta foto se assemelhasse a outra da Oca, logo abaixo, gerando um efeito interessante quando colocadas uma ao lado da outra, no livro.

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A foto original, à esquerda, resultou na foto editada, logo abaixo. Ela passou por edições de corte, ajustes de perspectiva e alteração de cor para preto e branco. A intenção era fazer com que uma imagem nítida e clara de onde foi feita, se tornasse algo mais confuso, mais instigante e consequêntemente, mais interessante, pela questão dos ritmos de quadrados e retângulos, que foram privilegiados, a partir do recorte feito.

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À esquerda, foto original, colorida e pouco nítida. Já a segunda foto, à direita, já editada, com tratamento de preto e branco, ajustes de níveis e curvas de exposição, traz um pouco mais de clareza, nitidez e contraste à imagem. É possível perceber que minha imagem ficou mais nítida após a edição. 51


DIAGRAMAÇÃO A diagramação do livro foi feita no InDesign a partir de uma grelha de linhas guias, de 10mm em 10 mm, tanto na vertical quanto na horizontal, deixando mais fácil de encaixar as fotos. Seguem três imagens para representar como foi feita a diagramação das páginas e da capa do projeto final do TCC.

Imagem retirada do InDesign, programa utilizado para a diagramação do livro. 52


Foto retirada do InDesign, nela ĂŠ possĂ­vel perceber que o alinhamento da primeira foto bate com a linha branca existente na segunda, que divide a imagem em duas partes. 53


Capa e contracapa do livro, com suas linhas guias de lombada e de acabamentos. Para a lombada foi deixado cerca de 10mm e para as bordas de 5mm a 10mm. 54


Imagens mostrando dois exemplos de páginas do livro nas quais foram levados em consideração as duas cores de fundos para escolher qual melhor se encaixava e qual deles fazia com que as fotos se destacassem mais. Os fundos escolhidos foram os dois de cima, justamente por terem destacado mais as fotos que neles estão. 55


LIVRO IMPRESSO O livro foi todo impresso em papel couchĂŞ, com gramatura de 150g para as folhas internas, e 300g para a capa e contracapa. As pĂĄginas foram coladas na lombada, tipo brochura. O livro totaliza em 88 pĂĄginas, equivalendo a 44 folhas, impressas frente e verso. Seguem algumas fotos do modelo do livro real em escala.

Fotos da capa do livro e do mesmo sendo folheado, respectivamente. 56


Fotos de páginas do livro, já impresso, com mãos segurando-o para melhor sensação de escala. 57


CONSIDERAÇÕES FINAIS


CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho aprendi a fotografar melhor e a lidar melhor com as questões de edição de imagens, tratamento de preto e branco e correção de perspectiva. Além disso, pude fazer o exercício de observação da arquitetura de outra forma, através de outros ângulos, levando em consideração novos pontos de vista. É até engraçado que sempre que vou a algum edifício e esqueço de levar a máquina fotográfica comigo, fico pensando que determinado efeito de luz e sombra, ou determiado reflexo daria uma ótima fotografia. Isso indica que com certeza este trabalho mexeu muito com a minha relação e visão para com a arquitetura e seus espaços. A princípio, logo que comecei a especular sobre este trabalho e o que resultaria das fotografias, era esperado que isso poderia se tornar uma exposição, porém, no decorrer deste um ano de trabalho, cheguei a conclusão de que seria mais interessante transformá-lo em um livro, até mesmo pela questão de tempo e custos com a produção da exposição. Além disso, como não foi possível imprimir mais de um volume do livro de fotos, por conta do valor que isso custaria, fica em aberto a possibilidade de buscar uma parceria com alguma editora, ou fazer uma exposição. Além disso, pretendo continuar a fotografar edifícios levando em consideração essa questão de fotografar não apenas com a intenção de documentar, e sim com a intenção de representar a arquitetura através de outro olhar.

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ÍNDICE DE IMAGENS


ÍNDICE DE IMAGENS Imagem 01 a 06 - http://www.tucavieira.com.br/ Imagem 07 e 08 - Autoria própria Imagem 09 - glamurama.uol.com.br/obra-de-sebastiao-salgado-da-decadade-70-ate-ho-je-ganha-exposicao-no-rio/ Imagem 10 - Depositphotos https://it.depositphotos.com/65695407/stockvideo-night-city-night-urban-street.html Imagem 11 - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Horse_in_Motion.jpg Imagem 12 - http://www.skinnerinc.com/auctions/2840B/lots/123 Imagem 13 - http://www.tucavieira.com.br/ Imagem 14 - http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2536/pierre-verger Imagem 15 - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:George_Washington_ Bridge,_HAER_NY-129-8.jpg Imagem 16 - Livro Fotografia do século XX Pg. 661 Imagem 17 e 18 - http://www.tucavieira.com.br/ Imagem 19 e 20 - Autoria própria Imagem 21 - instagram @keslertran Imagem 22 - Livro Luzes da cidade. Pg.08 Imagem 23 - https://ims.com.br/titular-colecao/thomaz-farkas/ Imagem 24 - Livro São Paulo: imagem em construção. Pg.18 Imagem 25 - Livro Fotografia do século XX Pg. 695 Imagem 26 - Livro Fotografia do século XX Pg.323 Imagem 27 - https://www.icp.org/browse/archive/constituents/edward-weston?all/all/all/all/0 Imagem 28 - https://gr.pinterest.com/pin/332070172505094570/ Imagem 29 - Autoria própria Imagem 30 - Livro Fotografia do século XX Pg. 331 Imagem 31 - Livro Fotografia do século XX Pg. 541 Imagem 32 - Livro Fotografia do século XX Pg.543 Imagem 33 e 34 - Autoria própria

Imagem 35 - Livro São Paulo: imagem em construção. Pg.23 Imagem 36 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 37 - http://www.tucavieira.com.br/ Imagem 38 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 39 a 41 - http://www.carlosmoreira.com.br/index1.html Imagem 42 - Livro Fotografia do século XX Pg.270 Imagem 43 - Mari Caldas (Instagram) Imagem 44 - Livro Fotografia do século XX Pg.731 Imagem 45 - Livro São Paulo: imagem em construção. Pg.19 Imagem 46 - Livro Fotografia do século XX Pg.604 Imagem 47 - Livro Fotografia do século XX Pg.118 Imagem 48 - http://www.npg.org.uk/collections/search/portrait/mw86424/ Angus-McBean Imagem 49 - https://alchetron.com/Weegee Imagem 50 - http://philippehalsman.com/?image=philippe-halsman Imagem 51 - https://www.instagram.com/fernandogguerra/ Imagem 52 - https://ims.com.br/titular-colecao/thomaz-farkas/ Imagem 53 - https://artblart.com/tag/marcel-gautherot-maracana-stadium/ Imagem 54 - http://www.vivianmaier.com/ Imagem 55 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 56 - https://www.instagram.com/fernandogguerra/ Imagem 57 - http://www.carlosmoreira.com.br/index1.html conferir Imagem 58 - http://www.tucavieira.com.br/ Imagem 59 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 60 - https://www.curbed.com/2017/8/24/16156818/stahl-house-julius-shulman-case-study-22-pierre-koenig Imagem 61 e 62 - http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/791707/trasvestir -exploracion-en-tre-arquitectura-cuerpo-e-indumentaria Imagem 63 - https://ims.com.br/titular-colecao/thomaz-farkas/ Imagem 64 - http://iwan.com Imagem 65 - http://fashion.telegraph.co.uk/news-features/TMG8597512/ 61


Martin-Munkacsi-father-of-fashion-photography.html Imagem 66 - http://www.thehostel.it/en/palazzo-ducale-genoa-exibits140-images-from-the-work-eye-of-the-century-by-cartier-bresson/ Imagem 67 - https://br.pinterest.com/pin/547539267176384303/ Imagem 68 - https://ims.com.br/titular-colecao/thomaz-farkas/ Imagem 69 - http://100photos.time.com/photos/julius-shulman-case-study -house-22 Imagem 70 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 71 e 72 - http://www.carlosmoreira.com.br/index1.html Imagem 73 - http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/791707/trasvestir-exploracion-en-tre-arquitectura-cuerpo-e-indumentaria Imagem 74 - http://www.vivianmaier.com/gallery/street-4/#slide-16 Imagem 75 - http://www.marcelogreco.com/?lang=pt-br Imagem 76 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 77 - http://www.marcelogreco.com/?lang=pt-br Imagem 78 e 79 - http://iwan.com Imagem 80 - http://www.marcelogreco.com/?lang=pt-br Imagem 81 - http://www.craigkrullgallery.com/shulman/ Imagem 82 a 85- http://www.vivianmaier.com/ Imagem 86 - http://vernaglia.com.br/index.html Imagem 87 e 88 - http://www.cristianomascaro.com.br/ Imagem 89 - Livro Fotografia do século XX Pg. 597 Imagem 90 - https://ims.com.br/titular-colecao/thomaz-farkas/ Imagem 91 - Livro São Paulo: imagem em construção. Pg.31 Imagem 92 a 130 - Autoria própria Obs.: Último dia de acesso aos endereços eletrônicos: 31/05/2018.

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BIBLIOGRAFIA


BIBLIOGRAFIA BAVISTER, Steve. Guia de fotografia digital. Tradução de Lúcia Marques. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011. MASCARO, Cristiano. Luzes da cidade. São Paulo: DBA Dórea Books, 1996. GERNSHEIM, Helmut. A concise history of photography. United States: Copyright, 1986. BADGER, Gerry. Eugene Atget 55. London: Phaidon Press Limited,2001. MIBELBECK, Reinhold. Fotografia do século XX. Austria: Benedikt Taschen Verlag GmbH, 1998. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. São Paulo: Zouk, 2012. PICCOLO, Rosana. Sopro de vitrines. - São Paulo: Alameda casa editorial, 2009. CARTIER-BRESSON, Henri. Henri Cartier-Bresson: fotógrafo. São Paulo: SESI -SP, 2017. BRICKER, Eric. The modernism of Julius Shulman, 2010. Documentário. BRESSON, Henri Cartier. The decisive moment. Reino Unido: Thames & Hudson- id, 1952. AMAR, Pierre-Jean. História da fotografia. Portugal: Edições 70, 2011. LUCARINI, Mariana. História da fotografia. Artigo. 2014. JHONSON, Chris e BULLOCK, Barbara. Wynn Bullock, New York: Phaidon, 2001. GRANDE, Chantal. Joan Fontcuberta. Madrid: La Fábrica. 2006

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS http://www.uel.br/pos/fotografia/wp-content/uploads/downs-uteis-linguagem-fotografica. pdf - sobre linguagens. Acessado dia 15/10/2017 http://ualg-fotografia.blogspot.com.br/2007/07/elementos-da-linguagemfotografica.html -sobre linguagens. Acessado dia 15/10/2017 64




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