TCC - Chama da Vida

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C E N T R O UNIVERSITÁRIO SENAC J A Q U E L I N E H I N T EREGGER DOS SANTOS PEREIRA

HOTELARIA OCUPACIONAL ASSISTIDA UM NO V O C O N C E I T O E M H O S P E D A G E M A O S I D O S O S

SÃO PAULO 2018


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C E N T R O UNIVERSITÁRIO SENAC J A Q U E L I N E H I N T EREGGER DOS SANTOS PEREIRA

HOTELARIA OCUPACIONAL ASSISTIDA UM NO V O C O N C E I T O E M H O S P E D A G E M A O S I D O S O S

T r a b a l h o de Conclusão de Curso apresenta d o n o c u r s o em Arquitetura e Urbanismo ao C e n t r o U n i versitário Senac - Santo Amaro, com e x i g ê n c i a em parcial para obtenção de grau. O r ientador: Ricardo Wagner A. Martins

SÃO PAULO 2018

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Quando ao sábio se pergunta q uais frutos darão as velhas árvores A p ó s o silêncio que antecede o pensamento s u r g e como descoberta inspirado por Deus, a sublime resposta da vida, I s so não é necessário, Velhas árvores i n s p i r am, adubam e vivem nos novos frutos das novas árvores. A f i n a l é da semente que nasce a árvore e da árvore que nasce a semen te. N a d a m ais que a manutenção da essência da imaginária Chama da Vida.

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A minha avó Maria Eunice

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A G RADECIMENTOS A g r a d e ç o a D e u s , p o i s sua imensa bondade me ajudou a c h e g a r at é a q u i . A g r a d eço aos meus pais Alexandre e Ve r ô n i c a po r t o d a a d e d i cação e carinho . A m i n h a f a m í l i a d e a mor, Chirlene Thomas, Osvaldo Ju n i o r e Lu c y C o r r e i a . A o s m e u s a v ó s , J o a q u im e Maria Eunice (minha in s p i r a ç ã o p a r a e s s e t r a balho). A o m e u a m o r e s e m p r e melhor amigo, João Pedro, pela pa c i ê n c i a , i n c e n t i v o e c onfiança na minha capacidade.

A o s m e u s i r m ã o s , V i v ian, Valentina e João Pedro.

A o C e n t r o U n i v e r s i t á rio Senac - Campus Santo Am a r o , p e lo s e n s i n a m e n t o s que levarei por toda a vida. P o r f i m , a g r a d e ç o a todos que me ajudaram, familiar es e a m i g o s , a t o d o s q u e c o ntribuíram direta e indiretamen te pa r a a c o nc l u s ã o d e s s e c urso. O meu eterno agradecimento.

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RESUMO

D e v i d o a c a r ê n c i a de lazer para terceira idade e pr i n c i p a l me n t e d e i n t e g ração e desenvolvimento de idosos no b r a s i l , e s t e é u m projeto destinado a pessoas com id a d e a v a n ç a d a e p o r t a d oras da doença de Alzheimer (D A). O e s t u d o t e m c o m o objetivo, explorar as necessidades pr o j e t u a i s c o m D A e p r o p o r o desenvolvimento de uma Hotelaria Ocupacional Assistida, que suge de um novo conceito em hospedagem ao s i d o s o s . A p e s q u i s a utilizou de métodos qualitativos. O P r oj e t o e s t á l o c a lizado na Rua Rego Freitas e Amaral Gu r g e l , na r e g i ã o d a R e p ública, Centro de São Paulo e tem co m o i n t u i t o f a z e r p a r t e do programa morar no Cent ro, le v a n d o c o m o p a r t i d o a moradia dos idosos na Capital.

Pa l a v r a s - ch a v e : I d o s o s , Mal de Alzheimer, Inclusão social.

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ABSTRACT D u e t o t h e l a c k of leisure for the elderly and ma i n l y for the i n t e gration and development of the el d e r l y i n B r a z i l , t h i s is a project destined to people wi t h o l d a g e a n d c a r r iers of Alzheimer’s disease (AD). T h e o b j e c t i v e o f t h i s study is to explore the design needs of A D a n d p r o p o s e t h e d e v elopment of an Assisted Occupational Ho t e l , w h i c h s u g g e s t s a n ew concept in housing for the elderly. A s u r v e y o f q u a l i tative methods. lo c a t e d a t R u a R e g o F r eitas and Amaral re g i o n o f t h e R e p u b l i c , Center of São to b e p a r t o f t h e n on-Center housing as a p a r t y t h e h o u s i n g for the elderly

The project is Gurgel, in the Paulo and aims program, ta king in the Capi tal.

Ke y w o r d s : E l d e r l y , A l z heimer’s disease, Social inclusion.

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L I S T AGEM DE SIGLAS AB N T - A S SO C I A Ç Ã O B R A S I L EIRA DE NORMAS TÉCNICAS CI E H - C O NG R E S S O I N T E R N A CIONAL DE ENVELHECIMENTO DA - D O E N ÇA D E A L Z H E I M E R IB G E - I N ST I T U T O B R A S I L E IRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IL P I - I N ST I T U T O D E L O N G A PERMANÊNCIA PARA IDOSOS IM F - I N D EP E N D Ê N C I A M E N T AL E FÍSICA OM S - O R G AN I Z A Ç Ã O M U N D I A L DE SAÚDE NB R - N O R MA B R A S I L E I R A NC T E - N E CI S S I D A D E S D E C UIDADOS TÉCNICOS SN G G - S O CI E D A D E B R A S I L E IRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA

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L I S T A G E M DE IMAGENS E QUADROS Im a g e m 1 - P á g i n a 3 0 Ín d i o s A f r i c a n o s Im a g e m 2 - P á g i n a 3 0 Ín d i o s S u l A m e r i c a n o s Im a g e m 3 - P á g i n a 3 0 Ín d i o s A s i á t i c o s Im a g e m 4 - P á g i n a 3 2 Ma r i a E u n i c e Im a g e m 5 - P á g i n a 3 3 Co r t e T r a n s v e r s a l d o c é r ebro saúdavel e com doença de Al z h e i m e r Im a g e m 6 - P á g i n a 3 3 Co m p a r a ç ã o e n t r e c é r e b r o saúdavel com Alzheimer Im a g e m 7 - P á g i n a 3 7 Di m e n s õ e s p a r a c a d e i r a s de rodas Im a g e m 8 - P á g i n a 3 7 Me d i d a d a c a d e i r a d e r o d as Im a g e m 9 - P á g i n a 3 8 Di m e n s õ e s r e f e n c i a i s p a r a pessoas em pé Im a g e m 1 0 - P á g i n a 3 9 Ár e a d e m a n o b r a p a r a c a d eirantes Im a g e m 1 1 - P á g i n a 3 9 Es p a ç o p a r a c a d e i r a n t e m ais pedestre Im a g e m 1 2 - P á g i n a 4 0 Co n d i ç õ e s p a r a m a n o b r a d e cadeiras de rodas Im a g e m 1 3 - P á g i n a 4 2 Re s i d e n c e C a r e - F a c h a d a Im a g e m 1 4 - P á g i n a 4 2 Re s i d e n c e C a r e - J a r d i m

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I m a g e m 15 - P á g i n a 4 3 R e s i d e n ce C a r e - P i s c i na I m a g e m 16 - P á g i n a 4 3 R e s i d e n ce C a r e - A t e l i ê I m a g e m 17 - P á g i n a 4 3 R e s i d e n ce C a r e - S a l a de Ginástica I m a g e m 18 - P á g i n a 4 3 R e s i d e n ce C a r e - C ã o T erapeutico I m a g e m 19 - P á g i n a 4 3 R e s i d e n ce C a r e - A v e I m a g e m 20 - P á g i n a 4 4 R e s i d e n ce C a r e - J a r d i m I m a g e m 21 - P á g i n a 4 4 R e s i d e n ce C a r e - S a l a de TV I m a g e m 22 - P á g i n a 4 4 R e s i d e n ce C a r e - P i s c i na I m a g e m 23 - P á g i n a 4 5 R e s i d e n ce C a r e - G i n á t ica I m a g e m 24 - P á g i n a 4 5 R e s i d e n ce C a r e - C ã o T erapeutico I m a g e m 25 - P á g i n a 4 5 R e s i d e n ce C a r e - F e s t a Temática I m a g e m 26 - P á g i n a 4 5 R e s i d e n ce C a r e - C ã o T erapeutico I m a g e m 27 - P á g i n a 4 5 R e s i d e n ce C a r e - A n i m a is Terapeuticos I m a g e m 28 - P á g i n a 4 6 Vila do Idoso

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Imagem 29 - Página 46 Vila do Idoso Imagem 30 - Página 47 Vila do Idoso Imagem 31 - Página 47 Vila do Idoso Imagem 32 - Página 47 Vila do Idoso Imagem 33 - Página 47 Vila do Idoso Imagem 34 - Página 47 Vila do Idoso Imagem 35 - Página 48 Vila do Idoso Imagem 36 - Página 48 Vila do Idoso Imagem 37 - Página 49 Vila do Idoso Imagem 38 - Página 49 Vila do Idoso Imagem 39 - Página 50 Complexo de Alcabideche Imagem 40 - Página 50 Complexo de Alcabideche Imagem 41 - Página 51 Complexo de Alcabideche Imagem 42 - Página 51 Complexo de Alcabideche

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Im a g e m 4 3 - P á g i n a 5 1 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 4 4 - P á g i n a 5 1 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 4 5 - P á g i n a 5 1 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 4 6 - P á g i n a 5 1 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 4 7 - P á g i n a 5 2 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 4 8 - P á g i n a 5 2 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 4 9 - P á g i n a 5 2 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 5 0 - P á g i n a 5 3 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 5 1 - P á g i n a 5 3 Co m p l e x o d e A l c a b i d e c h e Im a g e m 5 2 - P á g i n a 5 4 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 5 3 - P á g i n a 5 4 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 5 4 - P á g i n a 5 4 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 5 5 - P á g i n a 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 5 6 - P á g i n a 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a

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Im a g e m 5 7 - P á g i n a 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 5 8 - 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 5 9 - P á g i n a 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 0 - P á g i n a 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 1 - P á g i n a 5 5 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 2 - P á g i n a 5 6 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 3 - P á g i n a 5 6 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 4 - P á g i n a 5 6 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 5 - P á g i n a 5 6 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 6 - P á g i n a 5 6 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 7 - P á g i n a 5 7 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 8 - P á g i n a 5 7 Ho g e w e y k - H o l a n d a Im a g e m 6 9 - P á g i n a 5 8 Hi l é a Im a g e m 7 0 - P á g i n a 5 8 Hi l é a

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Imagem 71 - Página 59 Hiléa Imagem 72 - Página 59 Hiléa Imagem 73 - Página 59 Hiléa Imagem 74 - Página 59 Hiléa Imagem 75 - Página 59 Hiléa Imagem 76 - Página 59 Hiléa Imagem 77 - Página 59 Hiléa Imagem 78 - Página 59 Hiléa Imagem 79 - Página 60 Hiléa Imagem 80 - Página 60 Hiléa Imagem 81 - Página 61 Hiléa Imagem 82 - Página 73 Localização Imagem 83 - Página 74 Área de zoneamento I m a g e m 8 4 a 8 9 - P á g i n a 75 Imagens do Local

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Identificação ..................... . . . 0 1 Agradecimento ..................... . . . 0 7 Resumo ............................ . . . 0 9 Listagem de Siglas ................ . . . 1 3 Listagem de Imagens ............... . . . 1 5 Introdução ........................ . . . 2 5

01

O Idoso e

1.1 - O Idoso na Sociedade Moderna . . . 2 9 1.1.1 - O Idoso Indígena .......... . . . 2 9 1.2 - A Doença de Alzheimer ....... . . . 3 1 1.2.1 - Estágios da doença de Alzheimer......................... . . . 3 2

o Alzheimer

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2.1 - Acessibilidade e Ergonomia .. . . . 3 5

Acessibilidade e Ergonomia

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Referências Projetuais

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O Projeto

3.1 3.1. 1 3.1. 2 3.1. 3

Referências ....................41 - Residence Care ...............42 - Vila dos Idosos ..............46 - Complexo de Alcabideche ... ..50

3.2 - Estudo de Caso.................54 3.2. 1 - Hogeweyk- Holanda ............54 3.2. 2 - Hiléa ........................58

4. - O Projeto .......................63 4.1 - Conceitos Aplicados ............70 4.1.1 - Definição de terminologia e premissas ............................70 4.1. 2 - Definição de ambientes e nome nclatura.........................70 4.1.2.1 - Tipologia dos quartos ......71 4.2 - Localização ....................73 4.2.1 - Levantamento de dados ........74

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5.1 - Referências Bibliográficas

R e fe r ê n c i a s Bibliográficas

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Introdução O e n f r entamento do expressivo aumento da população de id o s o s é u m d o s grandes desafios da sociedade brasileira. Segundo d a d o s do I B G E e m 2016, havia ap roximadamente uma pessoa de 60 a n o s ou m a i s p ara cada duas pe ssoas de menos de 15 anos de id a d e . O e n v elhecimento saudáve l sistêmico da população é, sem dúv i d a , um a c o n q u i sta da humanidade, mas traz consigo questões sobre n o v a s ne c e s s i d a d e s operacionais de grande proporção. Há várias perspect i v a s pa r a e s t a a n álise, pois neste contexto há inúmeras novas possibilida d e s . N o â m bito profissional, há novos vetores de força nas relaçõe s d e hi e r a r q u i a de comando entre gerações que surgem do envelhecimento saud á v e l de u m a g r a n de parcela de idoso s que associam manutenção da vitalida d e à la r g a e x p e riência, tudo temperado com o equilíbrio fruto da maturid a d e . N o q u esito macroeconôm ico, se inserem novas variáveis n o al g o r i t m o da equação previdenciária, além do fato que a possibili d a d e de m a j o r a ç ão do tempo de con tribuição também passa a ser ponde r a d o pa r a a t r a n sição hierárquica , novos tempos demandam novas soluç õ e s . C o n t u d o, independentemen te do contexto evolucionista claro , h á qu e s t õ e s q ue, ao menos cont emporaneamente, são incontroláveis p e l a so c i e d a d e ou pela tecnologia, como o aumento significativo da incidê n c i a de d o e n ç a s crônicas e incapac itantes, que exigem cuidados constan t e s , se a c e n t u a m com o tempo e que, até este momento, não têm c u r a .

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C a p í t u lo 01

O IDOSO E O ALZHEIME R

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1. 1 - O I D O S O N A S O C I E D A DE MODERNA O p o e m a Como se morre de velhice , de Cecília Meireles, trás u m a d e n ú n c i a c l ara à sociedade mo derna: sua indiferença com o idoso:

Como se m orre de velhice ou de aci dente ou de doença, morro, Se nhor, de indiferença. Da indife rença deste mundo onde o qu e se sente e se pensa não tem e co, na ausência imensa. Na ausênc ia, areia movediça onde se e screve igual sentença para o qu e é vencido e o que vença. Salva-me, Senhor, do horizonte sem estím ulo ou recompensa onde o am or equivale à ofensa. De boca a marga e de alma triste sinto a m inha própria presença num céu d e loucura suspensa. (Já não s e morre de velhice nem de ac idente nem de doença, mas, Senh or, só de indiferença.) N u m a reflexão com o po ema, antes que a chama se apague , a s o c i e d a d e tem a oportunidad e de levar dignidade aos seus sá b i o s q u e p e l o tempo, por sorte ou por azar chegaram a velh i c e . E n v e l hecer para as tribos indígenas é sinônimo de respeiro e refle x ã o .

1 . 1 . 1 - O I D O S O INDÍGENA

S e g u n do estudos realizados entre 1990 e 2013, pelo Congr e s s o I n t e r n a c i o n al de Envelhecimen to Humano (CiEh), o índio idoso tem s e u l u g a r n a s o ciedade e não é pos to de lado como em outros grupos soci a i s . E m u m dos artigos seleci onados se observa o objetivo de verif i c a r a i n c i d ê n c ia de doenças crônicas e degenerativas em índios adu l t o s e i d o s o s associada à caracterização do cuidador familiar indíg e n a . C a r a c t e r i z a -se como cuidado o conceito de: fazer para o outr o o que e l e não pode fazer por si , no que diz respeito aos ido s o s .

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A f u nção social dos idosos junto às tribos indígenas é bus c a r u m e n v e l h e c e r sadio e repleto d e sentido, sendo um momento no qual pre d o m i n a u m a a t i t ude comtemplativa com a vida, sem ser estático, mas refl e x i v o .

Índios Africanos (imagem 1 ) Fonte:www.g1.com. b r

Í n d i a S u l Americana (imagem 2) F o n t e : w w w .somostodosum.com. br

Índios Asiáticos (imagem 3 ) Fonte:www.outraspalavras.n e t

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1. 2 - A D o e n ç a d e A l z h e i mer Alzheimer está se tornando um grande pr oblema e todo mundo está buscando respostas de como lidar com isso no fu t u r o (...) Nós perguntamos, o que é mais importante n a vida das pessoas? Se eles vão para uma casa d e repouso, deve m ser capazes de levar uma vida no r m a l Vila Marta de Medeiros 05 33 ou o mais no r m a l possível. Ent ão nós destruímos a antiga e constru í m o s a vizinhanç a nova. (THE TIMES JOURNAL, 2012) S e g u n do dados fornecidos pelo Relatório de 2015 da Associ a ç ã o I n t e r n a c i o n al de Alzheimer (ADI), atualmente estima-se haver cerc a d e 4 6 , 8 m i l h õ es de pessoas com d emência no mundo e caso não haja mud a n ç a n o c e n á r i o médico tecnológico, há previsão de duplicação a cad a 2 0 a n o s , c h e g ando a 74,7 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2 0 5 0 . D e n t r e as ocorrências de demências, a Doença de Alzheimer é a c a u s a m a i s incidente. O e s t u do de Herrera (2002) e seus colaboradores relata que 5 5 , 1 % d a s d e m ê n c i as decorrem de DA (Doença de Alzheimer) e que 14,1% s ã o d e c o r r e n t e s de DA associada à doença cerebrovascular (DA + Demê n c i a V a s c u l a r ) , neste mesmo estudo, observa-se que as taxas de demê n c i a t a m b é m v a r iam conforme a regi ão, a idade e a condição sócio econôm i c a . Não há dados exatos sobre a incidência de Demência no Brasil, entretanto, p o d e m o s e s t imar que há 1,2 mil hão de pessoas com a Doença de Alzhei m e r . Q u a n t o à prevalência de demência relacionada à idade, os esquisad o r e s e n c o n t r a r a m que, indivíduos entre 65 e 69 anos tinham uma prevalê n c i a m é d i a d e 1 , 17% e indivíduos ac ima de 95 anos, de 54,83%. Observaram q u e a p ó s o s 6 5 a nos, a taxa de demê ncia dobra a cada cinco anos, confirm a n d o q u e a i d a d e é o principal fator de risco para o desenvolviment o d e D o e n ç a d e A lzheimer e que o grupo de idosos com 80 anos ou mais é o q u e m a i s c r e s c e, contudo o estudo americano realizado por Snowdon (1 9 9 7 ) p e r c e b e u q u e após os 93 anos, parece haver uma relativa proteção, o q u e s i g n i f i c a que após esta idade, os riscos parecem não crescer ta n t o . D e t e r minante para o estudo deste quadro, as pesquisas fe i t a s p e l a e m p r esa americana Senior Concierge, demonstrou que um e m c a d a t r ê s casos de demência poderiam ser evitados com ativid a d e s f í s i c a s , c ontato social e educação (intervenções não farmacológic a s ) .

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1.2. 1 - E s t á g i o s d a d o e n ç a de Alzheimer “Uma doenç a cerebral degenerativa primária , de etiolo gia desconhecida, com aspecto s neuropatolog ia e neuroquímicos característicos . Instalasse usualmente,de modo insidioso e desenvolve-s e lenta, mas continuamente por u m período de anos, e este pode ser tão curto , com dois ou três anos, mas ocasionalmente, pod e ser consideravelmente mais prolongado. O iníci o pode ser na meia idade ou até mais cedo ( iníci o pré-senil) mas a incidência é maior na idad e avançada ( início senal). Em casos com iníci o antes da ida de do setenta e cinco a setenta ano , há a probabilidade de uma história familiar de um a demência sem elhante, tendo um curso mais rápido e um a predominânci a de aspectos de dado do lobo-tempora l e pariental incluindo disfasia ou dispraxia. e m caso com iní cio mais tardio, o curso tende a se r mais lento e caracterizado por um comprometiment o mais geral das funções corticais superiores. ” (OMSOrga nização Mundial da Saúde,1993 ) T e c n i c amente há quatro estágios físico-comportamentais d a Do e n ç a d e A l z h eimer: inicial, intermediária, final e terminal. Esta s et a p a s e s t ã o diretamente ligadas à perda de algumas capacidades e su r g i m e n t o d e restrições físic as e mentais. Porém, observa-se qu e me s m o c o m d e mência, preponderantemente nos estágios iniciais, o en v e l h e c i m e n t o saudável gera u ma terceira idade mais ativa, meno s su s c e t í v e l a atitudes passivas de aceitação de condições imprópria s de mo r a d i a e cuidado e a evolução dos estágios de demência est á di r e t a m e n t e ligada ao resp eito a essas. suscetibilidades .

(imagem 4) Fonte:Autoral

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(imagem 5) Fonte:www.alz.org

(imagem 6) Fonte:www.alz.org L e g e n d a : 1 - Modificação do cérebro de Alzheimer/ 2- Um cérebro c o m A l z h e i m e r e m estágio avançado/ 3- uma comparação entre dois cérebr o s . 33


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C a p í t u lo 02

AC E S S IBILIDADE E ERGONOMI A

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2. 1 - A c e s s i b i l i d a d e e E rgonomia A c e s s i bilidade é essencial para gantir a melhoria da qu a l i d a d e de vida das pessoa s. Desta forma possibilita a auton o m i a in d i v i d u a l , inclusive a lib erdade de fazer as próprias escol h a s . Voltada para garantir o ir e vir das pessoas no espaço urbano e edificações, a l e i F e d e r al 10.098/2000 e a NBR 9050/1994 da ABNT . Sugere que institui ç õ e s as i l a r e s d e vem conter segurança e autonomia em seus espaços. Atividades cotidianas necessitam de espaços a ser considerados, ainda ma i s s e t r a tando da terceira id ade. O idoso necessita de espaços ampl o s e seguros para transitar, tanto em seus quartos, banheiros ou áreas coletivas. [...]esta Norma visa proporcionar a utilizaçã o d e maneira autônoma, independente e segura do ambie n t e , edifcações, mobiliário, equipamentos urbano s e elementos à maior quantidade possível de pess o a s , independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percep ç ã o . (NBR9050,2 0 1 5 ) D i m e n s õ e s referenciais para c adeiras de rodas manuais ou motoriza d a s . A l a r g u r a m ínima frontal das cadeiras esportivas ou cambadas é de 1,0 0 m .

(image m 7 ) Fonte:NBR 9 0 5 0

Con sidera-se o módulo de referência a proj e ç ã o de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por u m a pes soa utilizando cadeira de rodas mot orizadas ou não. ( i m a g e m 8) F o n t e : N B R 9050 37


DimensĂľes

referenciais

para

deslocamento

de

pessoas

em

(imagem 9) Fonte:NBR 9050 38

pĂŠ.


Área

para

manobra

de

cadeira

de

rodas

sem

deslocame n t o

a ) p a r a r o t ação de 90° = 1,20 m × 1,20 m; b ) p a r a r o t ação de 180° = 1,50 m × 1,20 m; c ) p a r a r o t ação de 360° = círc ulo com diâmetro de 1,50 m.

( i m a g e m 11) F o n t e : NBR 9050

39


Condiçþes

para

manobra

de

cadeiras

de

rodas

com

deslocam e n t o .

(image m 1 2 ) Fonte:NBR 9 0 5 0 40


C a p í t u lo 03

REFERÊNCIA S PROJETUAI S

41


3.1.1 - Residence Care Dados do Projeto:

L o c al: São Bernardo do Campo - SP Á r e a construída: 8.290 m² A l t ura total: 15 m

(imagem 1 3 ) Fonte:www.residencecare.com.b r /

( i m a g e m 1 4) F o n t e : w w w .residencecare.com .br/ 42


( i m a g e m 1 5)

(imag e m 1 6 )

( i m a g e m 1 7)

(imag e m 1 8 ) Fonte:www.residencecare. c o m . b r

O r esidence care poss ui uma área de 2800 m² e com capa c i d a d e p a r a a c omodar 91 pessoas, com todas as adaptações neces s á r i a s p a r a a segurança do idos o, além de áreas verdes e alguma s a v e s o n d e a c ontecem as caminhadas diárias, incluindo atividad e s d e e n t r e t e n i mento, acompanhamento médico e serviço de hospe d a g e m .

( i m a g e m 1 9) F o n t e : w w w.residencecare.co m.br

43


( i m a g e m 2 0) F o n t e : w w w.residencecare.co m.br

(imagem 2 1 ) Fonte: www.residencecare.com. b r

( i m a g e m 2 2) F o n t e : w w w.residencecare.co m.br 44


( i m a g e m 23)

(imag e m 2 4 )

( i m a g e m 25)

(imag e m 2 6 ) Fonte:www.residencecare. c o m . b r

( i m a gem 27) F o n t e: www.residencecare.com.br

45


3.1.2 - Vila do Idoso Dados do Projeto:

L o c al: Bairro do P r o jeto: 2007 Á r e a do terreno: Á r e a construída: A l t ura total: 12

Pari - SP 7.270m² 8.290 m² m

(imagem 2 8 ) Fonte:www.vigliecca.com. b r P r o jetado pelo escritório VIGLIECCA&ASSOC. Possui 145 a p a r t a m e n tos sendo 88 apa rtamentos de 30m², e 57 apartamen t o s d e 4 2 m ² . O s espaços coletivos se encontram nas circulações horizo n t a i s , n e l a e s t ão: salas de estar e TV localizadas uma em cada a n d a r ; s a l õ e s c omuns; uma horta comunitária e bancos, localizados a f r e n t e d o s a p a r tamentos, para promover um espaço coletivo de enc o n t r o .

( i m a g e m 2 9) F o n t e : w w w .jornal3idade.com. br 46


( i m a g e m 3 0)

(imag e m 3 1 )

( i m a g e m 3 2)

(imag e m 3 3 ) Fonte:www.vigliecca. c o m . b r

O p rojeto foi uma iniciativa da Companhia Metropolitana de hab i t a ç ã o d e S ã o P a ulo (COHAB), volta do para pessoas acima de 65 anos, que m o r a m n a c a p i t a l com a intenção de integrar o programa Morar no C e n t r o .

( i m a g e m 3 4) F o n t e : w w w .vigliecca.com.br

47


(imagem 35) Fonte:www.vigliecca.com.br

(imagem 36 ) Fonte:www.vigliecca.com.b r L e g enda: 1Salã o estar/ 3Módulos de 5 - B i b l ioteca/ 6- Horta

48

comunitário/ 2Hall e serviço/ 4Espelho d’água / comunitária/ 7-Quadra de bocha .


(imagem 37) Fonte:www.vigliecca.com.br P l a nta tipo de 57 apartamentos com 43 m².

(imagem 38) Fonte:www.vigliecca.com.br P l a nta tipo de 88 quitinetes com 29 m².

49


3 . 1 . 3 - C o m p l e x o e m A l cabideche Dados do Projeto:

L o c a l: Lisboa - Portu gal A r q u iteto: Guedes Cruz P r o j eto: 2012

(imagem 39) Fonte:www.archdaily.com.br/complexosocialemalcabi O c o m p l e xo Social de A lcabideche possui uma área tot a l d e c o n t r u ç ã o de aproximadame nte 10.000m². São 52 casas e um p r é d i o c e n t r a l de apoio que a briga as áreas sociais, entre e l a s : e n f r e m a g em com salas indi viduais e uma para pacientes aca m a d o s . E m caso de emergênc ia o morador aciona o alarme p a r a a l e r t a r a estação de controle, que fica no prédio centra l e o t e t o d a casa fica vermelho, até que a emergência seja oco r r i d a .

( i m a g e m 4 0) F o n t e : w w w .archdaily.com.br/complexosocialemalcabi 50


(imagem 41)

(imagem 4 2 )

(imagem 43)

(imagem 4 4 ) Fonte:www.archdaily.com.br/ c o mplexosocialemal c a b i

O em se

p r o j e t o pretende recons truir um estilo de vida mediterr â n i c o que os espaços exte riores de ruas, praças e jar d i n s c o n s t itutem como o prolongamento da própria casa. As coberturas das casas servem de caixa de luz para iluminar o complexo.

(imagem 45)

a

(imagem 4 6 ) Fonte:www.archdaily.com.br/ c o m plexosocialemal c a b i

H á u m filtro de venti lação entre as paredes de concre t o e c o b e r t u ra que garantem o conforto térmico durante o v e r ã o . D u r a n te o inverno o piso é aquecido por um sistema de painéis sol a r e s .

51


(imagem 4 7 ) Fonte:www.archdaily.com.br/complexosocialemalca b i

F a c h a d a ( i magem 48) F o n t e : w w w . archdaily.com.br/c omplexosocialemalcabi

C o r t e ( i m a gem 49) F o n t e : w w w . archdaily.com.br/c omplexosocialemalcabi 52


(imagem 5 0 ) Fonte:www.a rchdaily.com.br/complexosocialemalca b i

(imagem 5 1 ) Fonte:www.a rchdaily.com.br/complexosocialemalca b i

53


3 . 2 . 1 - H o g e w e y k - H o l a n da Dados do Projeto:

L o c al: Hogeweyk-Holanda A r q uiteto: Michael Bol P r o jeto: 2010 Á r e a do terreno:

(imagem 52) Fo nte:www.hogeweyk.dementiavillage.co m C o n h e c i d a como “Vila do Fu turo” A vila de Hogeweyk foi realiz a d a n a h o l a n d a , cidade de Weesp, construída de forma a permitir que os i d o s o s c o m A l z h eimer e síndromes demenciais pudessem viver os último s a n o s c o m m a i s conforto e dignidade. Sua capacidade é de 152 mora d o r e s . P o s sui uma estrutur a confortável e segura, com pa r q u e s , s a l ã o d e beleza, restaurant e, bar, teatro e mercearia. D e acordo com Van Hal, os moradores podem pagar até 2 . 3 0 0 e u r o s p or mês (aproximadamente oito mil reais). Aqueles q u e n ã o t ê m c o n d i ção de pagar pel o serviço, podem viver na vila de g r a ç a .

( i m a g e m 5 3) F o n t e : w w w .hogeweyk.dementia village.com 54

(imag e m 5 4 )


( i m a g e m 55)

(imag e m 5 6 )

( i m a g e m 57)

(imag e m 5 8 )

( i m a g e m 59)

(imag e m 6 0 )

( i m a g e m 61) F o n t e : w ww.hogeweyk.dement iavillage.com 55


Os cuidadores os m o radores não

n ão utilizam sintam que

uniformes estão sendo

para que vig i a d o s .

O s residentes são confinados na vila e monitorados 24 horas p o r d i a , p a r a s u a própria segurança. D entro do bairro eles possuem ampla libe r d a d e .

( i m a g e m 6 2)

(imag e m 6 3 )

( i m a g e m 6 4)

(imag e m 6 5 )

imagem 66 Fo nte:www.hogeweyk.dementiavillage.co m

56


imagem 6 7

imagem 6 8 F onte:www.hogeweyk.dementiavillage.c o m Legen d a 1-Avenida estend ida 2-Praรงa do lago 3-Praรงa do teat r o 4-Aven ida 5-Passagem 6-Praรงa com รกrea ver d e 7-Praรงa principal 8-Canto Orienta l . 57


3.2.2 - Hiléa Dados do Projeto:

L o c a l: Morumbi-SP A r q u iteto: Aflalo/Gasp erini P r o j eto: 2008 Á r e a do terreno:

(imagem 69) Fonte:www.aflalogasperini.com.brproject/hile a P r o j etado pelo escrit ório de arquitetura Aflalo & Gasper i n i , o H i l é i a é u m edifício que integra as funções de hotel, residencial e c l u b e , c o m e s p e c ialização em pesso as com mal de Alzheimer, um lugar q u e u n e l a z e r , h o telaria e saúde, le vando sempre em conta a qualidade de v i d a d a s p e s s o a s q ue o frequentam ou habitam e acompanhamento médico perma n e n t e . P a r a que esse projeto foi necessário fazer um estudo em c e n t r o s d e i d o s o s de países como Canadá, Estados Unidos, França e Ho l a n d a .

( i m a g e m 70) F o n t e : w w w.aflalogasperini.com.brproject/hilea 58


(i m a g e m 7 1 )

(imagem 7 2 )

(i m a g e m 7 3 )

(imagem 7 4 )

(i m a g e m 7 5 )

(imagem 7 6 )

(i m a g e m 7 7 )

(imagem 7 8 ) Fonte: www.aflalogasperini.com.brproject/hi l e a

O t e r reno possui 2.600 m², composto por dois volumes. N a p a r t e h o r i zontal possui três pavimentos de áreas comuns; o s e g u n d o , c o m oito pavimentos onde ficam localizadas as suíte s e n a c o b e r t u r a está instalada uma UTI(Unidade de Terapia Intensiv a ) . 59


( imagem 79) F onte:www.aflalogasperini.com.brproject/hilea

(imagem 80 ) Fonte:www .aflalogasperini.com.brproject/hilea

60


61


62


C a p í t u lo 04

O PROJET O

63


64


4.- O P r o j e t o N e s t e c e n á r i o e c o m estas perspectivas insere-se este pro j e t o c o m o s o l u c i o n a d o r da necessidade de tratamentos não exc l u s i v a m e n t e f a r m a c o l ó gicos, através de moradia assistida e a c o m p a n h a m e n t o p r o f i s s ional deste público específico : o indivíduo idoso de ambos os sexos portadores de Doença de Alzheimer. B a s e a do s n e s t e s e s t u d o s o projeto consiste na montagem de um H o t e l O c u p a c i o n a l A s s i s t i do com a seguinte proposta de val or: “ T r a n sf o r m a r a v i d a d a melhor idade através do equilíbrio ent r e c u i d a d o , c a r i n h o e respeito à autonomia assistida.” O s i n d i v í d u o s u s u á r ios do projeto serão chamados de “Ch a m a ” a o i n v é s d e p a c i e ntes, pois o objetivo do projeto é exa t a m e n t e r e t i r a r a o m á x imo o critério passivo da abordagem. E s t r u tu r a l m e n t e s e r ão formados ambientes setorizados e c o n e c t a d o s , d e f i n i d o s p elas relações de autonomia entre cui d a d o r e s e p a c i e n t e s s e g undo duas variáveis: independên cia men t a l e f í s i c a ( d e f i n i do como IMF) e necessidades de cui d a d o s técnicos e s p ecíficos (definido como NCTE):

65


Es p a ç o

Ch a m aL u z : A l t a I M F , p r e p o nderantemente para indivíduos n o e s t á g i o i n i c ial da demência com as seguintes c a r a c t e r í s t i c a s :Inicial perda de memória, c o n f u s ã o e d e s o rientação: • A u m e n t o d e ansiedade, agitação, ilusão e d e s c o n f i a n ç a. • A l t e r a ç ã o d a personalidade e do senso crítico • D i f i c u l d a d e s com as atividades da vida d i á r i a c o m o alimentar-se e banhar-se. • A l g u m a d i f i culdade com ações mais complex as c o m o c o z i n h ar, fazer compras, dirigir e telefonar. M e t o d o l o g i a : A t ravés da combinação entre a s i m u l a ç ã o d e atividades cotidianas, e os b e n e f í c i o s d a s relações transacionais, seja de o p e r a ç õ e s c o m e r ciais simuladas seja de sinergias a f e t i v a s c o m p a res ou com outras idades.

66


Es p a ç o

Ch a m aC u i d a d o : M é d i a I M F , p r e ponderantemente para indivíduos n o e s t á g i o i n t ermediário da demência, que a p r e s e n t a m a s características da etapa inicial a c e n t u a d a s e p odem apresentar ainda: • D i f i c u l d a d e em reconhecer familiares e amigos. • P e r d e m - s e em ambientes conhecidos. • S o f r e m a l u cinações, inapetência, perda de p e s o e i n c ontinência urinária • A p r e s e n t a m dificuldades com a fala e a c o m u n i c a ç ã o. • M o v i m e n t a m -se e falam repetitivamente. • D i s t ú r b i o s do sono. • A p r e s e n t a m problemas com ações rotineiras • A p r e s e n t a m dependência progressiva • Vagância • I n í c i o d e dificuldades moto ras M e t o d o l o g i a : S imilar ao ambiente Chama Luz, com a i n t r o d u ç ã o d o tutor (cuidador) para momentos d e l a c u n a s m e n tais ou físicas, com o objetivo d e m a n u t e n ç ã o do fluxo das atividades simuladas, b e m c o m o a u x i l iar a fluidez do combustível i n f o r m a l d a s r elações interpessoais.

67


Es p a ç o

Ch a m aC a r i n h o : B a i x a I M F p r e p o nderantemente para indivíduos n o e s t á g i o f i n a l da demência, que apresentam as s e g u i n t e s c a r a c terísticas: • D e p e n d ê n cia total. • I m o b i l i d ade crescente. • I n c o n t i n ência urinária e fecal. • T e n d ê n c i a em assumir a posição fetal. • Mutismo. • R e s t r i t o a poltrona ou ao leito. • P r e s e n ç a de úlceras por pressão (escaras). • P e r d a p r ogressiva de peso. • I n f e c ç õ e s urinárias e respiratórias f r e q u e n t es. • T é r m i n o da comunicação. M e s m o c o n s c i e n t e do caráter praticamente i r r e v e r s í v e l d o quadro, este espaço será c o n s i d e r a d o c o m o transitório, com o objetivo d e e s t i m u l a r o IMF afim de que ocorra a t r a n s f e r ê n c i a p ara os ambientes ChamaCuidado ou C h a m a L u z , o e s c opo da avaliação está no IMF.

68


Es p a ç o

Ch a m aC a l o r : B a i x a I M F e a l t a NCTE, espaço ocupado por chamas e m e s t a d o t e r m i nal da demência com as seguintes características: • A g r a v a m e n t o dos sintomas da fase final. • I n c o n t i n ê n c i a dupla. • R e s t r i t o a o leito. • P o s i ç ã o f e t a l. • Mutismo. • Ú l c e r a s p o r pressão. • D i s f a g i a c o m a necessidade de alimentação enteral. • I n f e c ç õ e s d e repetição. O b j e t i v o d o e s p aço: aconchego e proteção, c o n t u d o c o m e q u ipe sempre atenta a sinais de a l t e r a ç ã o d o c h ama, para carinho ou cuidado. N e s t e s e t o r h á alta NCTE, portanto o critério I M F s e r á p r e t e r ido em função das limitações e s p e c í f i c a s o u irreversibilidade do quadro.

69


4. 1 - C o n c e i t o s A p l i c a d o s 4. 1 . 1 - D e f i n i ç ã o d e T e r minologia e Premissas C o n c e i t u a l m e n t e n e s t e projeto, usaremos o termo “chama” pa r a d e f i n i r o s i n d i v í d u o s de ambos os sexos na terceira idade ,o u c o n f or m e n o s s a c r e n ç a e objetivo, na sua melhor idade. Ut i l i z a r e m o s u m a r e l a ç ã o i nspiracional com os chama de maior IMF e m e n o r N C T E . N o s s a p r e m i s s a é que estes indivíduos servirão como in s p i r a ç ã o p a r a c h a m a s d e m édio e baixo IMF e alta e média NCTE. 4. 1 . 2 - D e f i n i ç ã o d e A m b ientes e Nomenclatura

O s a m b i e n t e s s e d i v idirão em quatro setores básicos: 1 . E s p a ç o C h a m aL u z: Alta IMF, preponderanteme nte p a r a i n d i v í d u os no estágio inicial da demência 2 . E s p a ç o C h a m aC u idado : Média IMF, preponderanteme nte para indivíduos no estágio intermediário da demência. 3 . E s p a ç o C h a m aC a rinho: Baixa IMF preponderantemente p a r a i n d i v í d u os no estágio final da demência. 4 . E s p a ç o C h a m a C alor :Baixa IMF e alta NCTE, espaço o c u p a d o p o r c h a mas em estado terminal da demência.

70


4. 1 . 2 . 1 - T i p o l o g i a d o s Quartos

Quarto Duplo- P ara Idosos com necessidades de cuida d o s técnicos especi a i s

Quarto Individual- Para Idosos com independência mental e física 71


72


4. 2 - L o c a l i z a ç ã o : O Projeto Gu r g e l e R u a Vi l a B u a r q u e , do t e r r e n o s e ma l h a u r ba n a ,

está localizado entre a Rua Ama ral R e g o F r e itas, um pequeno bairro chamado p r ó x i m o a praça da República. A esco lha deu p e l o fato de se localizar dentro da m a i s p r ecisamente ao centro da cidade.

(imagem 8 2 ) Fonte: google e a r t h

73


C o m a c h e g a d a d o e l evado Costa e Silva (popularmente cha m a d o d e M i n h o c ã o ) esse bairro sofreu uma grande rej e i ç ã o . N e s s e p e r í o d o o IAB, Instituto de Arquitetos do Bra s i l e a b i b l i o t e c a Infantil Monteiro Lobato, fizeram ini c i a t i va s p a r a c o n t i n uar atraindo gente para o bairro. O b a i r r o t e m c a r a c t e r í s t icas ideais, pois mistura residência e t r a b a l h o e t e m u m a a g itada vida noturna, com estudan tes e a t i v i da d e s c u l t u r a i s. Essas características foram ess e n c i a is p a r a m a n t e r a vitalidade do bairro. Em seu entorno loc a i s c o m o o E d i f í c i os Itália, Santa Casa, Mackenzie e C o p a n , a j u d a m a m a n t er o bairro cada vez mais vi vo. 4.2 . 1 - Le v a n t a m e n t o d e D ados O t e r r e n o e s t á l o c alizado em uma área de zoneamento de centralidade p o l a r -b. Classificado na lei de zon e a m e n to Z E I S - 3 ( Z o n a Especial de Interesse Social). Coe f i c i e nt e d e a p r o v e i t a m ento: Mín i m o : 0, 5 Bás i c o : 1 Máx i m o : N/ A

Fonte:

74

Mapa de Fluxo - (imagem 8 3 ) Plano Diretor Estratégico S P


(i m a g e m 8 4 ) - Dimensão do Terreno

Mapa de Fluxo - (image m 8 5 )

( i m a g e m 8 6 ) - Rua Rêgo Freita s

Rua Rêgo Freitas - (imagem 8 7 )

( i m a g e m 8 8 ) - Rua Amaral Gurg el

Rua Amaral Gurgel - (imagem 8 9 ) Fonte: Google E a r t h

75


76 ACCESO

22 SALIDA

ELEVADO

RUA

RUA AMARAL GURGEL

V

HORTA 20

75


SERTÓRIO

V

R. EP ITÁC

IO PE SSOA

ACCESO

12

21

23

13

SALIDA

5

14

2 2

16

13 13

10

23 9

ENTRATA HANDICAP

8

17

6

23 7 2 5

23

1

2 ENTRATA HANDICAP

5

3

19 18

4

RUA REGO FREITAS

15

5 11

23

V

55

V

V

V

V

P V

IMPLANTAÇÃO P

N

Nível: +752.00

V 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

77


SALIDA ACCESO

22

23

19

20

LEGENDA

78

A

1 Recepção 2 Sanitário 3 Sala de Reunião 4 Staff 5 Vestiário 6 Piscina 7 Armazenamento pessoal 8 Recepção 9 Shaft 10 Copa Funcionários 11 Sala de Descompressão Funcionários 12 Sala de Resíduos 13 Elevador 14 Anticâmara 15 DML 16 Escada de Emergência 17 Praça Central 18 Praça Coberta 19 Espaço Ecumênico 20 Entrada de Emergência 21 Entrada Estacionamento Visitantes Subsolo 22 Entrada Estacionamento Carga Subsolo 23 Espelho d´água


B

A ACCESO

12

21

23

13

SALIDA

5 15

5 11

14

2 2

16

13 13

10

23 9

ATA ENTR ICAP HAND

8

17

6

23 7 2 5

1

2 ENTRATA HANDICAP

5

3 13 18

4 23

B PAVIMENTO TÉRREO

N

Nível: +752 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

B

79


SALIDA ACCESO

A

LEGENDA 2 Sanitário 9 Shaft 12 Sala de Resíduos 13 Elevador 14 Anticâmara 15 DML 16 Escada de Emergência 49 Estacionamento 50 Sala de Máquinas 51 Lavanderia 52 Doca

80


B

A ACCESO

12 13 SALIDA

15 14 52

16

13 13

9

51

49

50

B SUBSOLO

N

Nível: 749 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

81


SALIDA ACCESO

22

23

19

20

LEGENDA

82

A

2 Sanitário 9 Shaft 12 Sala de Resíduos 13 Elevador 14 Anticâmara 15 DML 16 Escada de Emergência 24 Refetório 25 Cozinha 26 Despença 27 Sala de Resíduos 28 Cozinha WorkShop 29 Floricultura 30 Sala de Artesanato 31 Salão de Leitura 32 Hortifruti 33 Salão de Cabeleireiro 34 Sala de Espera 35 Triagem 36 Sala de Psicologia 37 Armazenamento de Remédios 38 Fisioterapia e Ginática


B

A ACCESO

12

21

23

13

SALIDA

15 30

14 16

13 13

23

29

9

17

28 26

23

27

31

25 2 23 2

32

24

33

35

34

38

36

2

37

2

B PAVIMENTO 1

N

Nível: +756 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

83


SALIDA ACCESO

22

23

19

20

2 Sanitário 9 Shaft 12 Sala de Resíduos 13 Elevador 14 Anticâmara 15 DML 16 Escada de Emergência 40 Quiosque 41 Horta 42 Sala de Dança 43 Sala Multi Uso 44 Cinema 45 Salão de Leitura 46 Praça Elevada

84

A

LEGENDA


B

A ACCESO

12

21

23

13

SALIDA

15 30

14

44

16

13 13

23 9

17

43

23 4531 42

23

2

41

2

40

B PAVIMENTO 2

N

Nível: 759 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

85


SALIDA ACCESO

22

23

19

20

A

LEGENDA 2 Sanitário 9 Shaft 12 Sala de Resíduos 13 Elevador 14 Anticâmara 15 DML 16 Escada de Emergência 46 Quarto Individual 47 Quarto Compartilhado

86


B

A ACCESO

12

21

23

13

SALIDA

2 15 48

14

2

16

13 13

23 9

17

46

2

2 47

46

2 47 23 2 47

2 47

B PAVIMENTO 3

N

Nível: +756 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

87


88


CORTE BB

N 0

10

20

30

40

50

Imagem: Fonte: Autora

89


90 Nível da Rua


Nível da Rua

ELEVAÇÃO FRONTAL 0

10

20

30

N 40

50

Imagem: Fonte: Autora

91


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C a p í t u lo 05

R EFERÊNCIA S B I B L IOGRÁFICA S

98


99


5. 1 - R e f e r ê n c i a s B i b l i o gráficas I B G E - I n s t i t utoBrasileiro de G eografia e Estatística h t t p : / / w w w . ibge.gov.br/home/m apa_site/mapa_site.phppopulacao R e l a t ó r i o 2 012: Demência - um a prioridade de saúde pública. h t t p : / / w w w . alz.co.uk/WHO-deme ntia-report H e r r e r a , E J ; Caramelli, P; Si lveira, AAS; Nitrini, R. Epidemiolo g i c s u r v e y o f d ementia in a commu nity-dwelling Brazilian population. A l z h e i m e r D is Assoc Disord, v .16, n.2, p. 103-8, 2002. L o p e s , M A ; Bottino, C. Preval ência de demência em diversas regiõ e s d o m u n d o : A nálise dos estudos epidemiológicos de 1994 a 2000. Ar q . N e u r o - P s i q u iatr, v.60, n.1, p .61-9, 2002. N i t r i n i , R ; Caramelli, P; Her rera, JR, et al. Incidence of demen t i a i n a c o m m u n ity-dwelling brazi lian population.Alzheimer Dis. Asso c . D i s o r d . , v . 18, n 4, p. 241-6 , 2004. N i t r i n i , R . Diagnóstico de de mência: avaliação clínica, n e u r o p s i c o l ógica e através da tomografia computadorizada por emi s s ã o d e f ó t o n ú n ico. Tese (livre-d ocência). Faculdade de Medicina da U n i v e r s i d a d e de São Paulo, 19 93. H e r r e r a , E J ; Caramelli, P; Ni trini, R. Estudo epidemiológico p o p u l a c i o n a l de demência na c idade de Catanduva, Estado de São P a u l o , B r a s il. Ver. Psiquiatr .clín; 25(2):70-3,1998. S n o w d o n , D ; Greiner LH; Morti mer JA; Riley KP; Greiner, PA; M a r k e s b e r y , WR. Brain infarct ion and the clinical expression of A l z h e i m e r d isease -The Nun St udy. JAMA 1997;227:813-7. h t t p : / / w w w 2 .camara.leg.br/leg in/fed/lei/2000/lei-10098-19-dezemb r o 2 0 0 0 - 3 7 7 6 5 1 -publicacaoorigina l-1-pl.html h t t p : / / w w w . residencecare.com. br/ h t t p s : / / w w w .legisweb.com.br/l egislacao/?id=171572


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