Boletim 136 jul 2017

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Ação do Iphaep promove a retirada de 35 placas irregulares em prédios do Centro Histórico de Campina Grande

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Ação do IPHAEP na Rua Maciel Pinheiro - IPHAEP

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) divulgou, na tarde desta quinta-feira, o resultado da ação de regularização da publicidade da Rua Maciel Pinheiro, em Campina Grande. Um total de 91 estabelecimentos comerciais, que estava na pauta de um Inquérito Civil do Ministério Público Estadual, se encontrava em situação irregular, sendo que 35 deles tiveram suas placas e letreiros removidos pela equipe do Iphaep.


“Agora, 77% das lojas da rua comercial estão em situação regular”, revelou a diretora executiva do Iphaep, Cassandra Figueiredo. Todas as placas consideradas irregulares (que tinham mais de 50 cm de altura) foram retiradas durante a ação, sendo que os comerciantes não poderão afixar novos elementos à fachada. “As lojas ficarão sem placas, até que os proprietários apresentem um projeto, e que ele seja IPHAEP aprovado, pelo setor de arquitetura do Instituto do Patrimônio estadual”, explicou Cassandra. “O objetivo é alinhar com o comerciante da área, para que o uso da sua publicidade não venha a descaracterizar, agredir ou invisibilizar o conjunto de imóveis que possuem características arquitetônicas históricas de grande representação para o município e para o Estado”, completou. No caso dos demais lojistas da Rua Maciel Pinheiro, que ainda não tinham sido autuados, por não terem sido encontrados ou por serem novos na área, eles terão sete dias para proceder a regularização, com a adequação da placa de acordo com as normativas do patrimônio estadual. “Caso contrário, as placas serão removidas e sofrerão a aplicação de multa”, reforçou Cassandra Figueiredo. Ela explicou que “o valor da multa será estabelecido pela Comissão de Avaliação de Danos do Iphaep”. Segundo a diretora, o Iphaep autorizou a solicitação do CDL, no sentido de que seja liberada a publicação de promoções, durante a Campanha da Liquidação, que ocorrerá até o próximo dia 16 de julho. A rua Maciel Pinheiro está localizada no perímetro de delimitação do Centro Histórico de Campina Grande e contempla 91 imóveis comerciais. A área foi tombada pelo Iphaep, por meio do Decreto nº 25.139, de 2004, por conter elementos arquitetônicos do art déco. Os pilares da fiscalização – Respeitar as dimensões máximas permitidas, a localização onde a placa está afixada (não pode ser colocada no primeiro pavimento do prédio) e não é permitido esconder os elementos arquitetônicos da fachada. Baseado nesses três pilares preservacionistas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba esteve durante a última quarta-feira, em Campina Grande. Por determinação do Ministério Público Estadual e com apoio da Sesuma (Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente do município), a equipe do Iphaep autuou proprietários e retirou as placas comerciais irregulares, que provocam a poluição visual da rua Maciel Pinheiro, no Centro Histórico de Campina Grande. A proposta de promover a regularização das placas do Centro Histórico de Campina Grande surgiu em 2011, quando o Ministério Público de Campina Grande foi procurado por um grupo de turistas e pesquisadores, que se sentiram incomodados pela poluição visual da área. Foi, então, aberto um Inquérito Civil Público, no qual o MP acionou a Prefeitura municipal e o Iphaep, para que promovessem a regularização das placas consideradas irregulares. Desde o início do ano passado, a equipe do Iphaep vem conversando com os proprietários dos estabelecimentos comerciais da Maciel Pinheiro, no sentido de que um trabalho educativo permitisse que a proposta fosse acatada e que houvesse a padronização visual de acordo com as normativas técnicas do Decreto Estadual n.º33.816/13, que permanece em vigor. Fonte: Paraiba.pb.gov.br

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ARTIGO 1 __________________________________________________________________ Paraíba comemora o bicentenário da Revolução de 1817 Thomas Bruno OLIVEIRA Historiador e Jornalista, Sócio fundador da SPA e do IHCG.

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1817 ECLODIU no Brasil uma Revolução Republicana (chamada de Revolução Pernambucana ou também de Revolução dos Padres), momento em que as províncias do norte: Pernambuco (e sua comarca Alagoas), Paraíba e Rio Grande do Norte (além de parte do Ceará) se uniram contra a coroa portuguesa, ficando independente durante 74 dias. A partir do dia 6 de março, durante os dias que seguiram, tivemos a primeira experiência de se ter um governo republicano sob forma de um diretório. Duzentos anos depois se comemora a centelha da matriz do pensamento político brasileiro. O movimento estourou no Recife e logo se expandiu rapidamente, tendo como grande inspiração os ideais liberais (Liberté, Egalité, Fraternité), que já haviam inspirado a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa. As ideias do século das luzes chegaram ao país principalmente através de intelectuais que estudavam na Europa e, animados com os acontecimentos que depusera o carcomido antigo regime monárquico, difundiram aqui esta semente. O movimento, dentre outras coisas, se ocupou em buscar: liberdade de comércio internacional, igualdade social, que os impostos fossem revertidos para as províncias, voto universal, liberdade de pensamento e de imprensa, abolição do sistema escravista e que a administração da justiça fosse feita por brasileiros. Em fins dos setecentos, um grupo de discussão de ideais liberais ficou conhecido como o Aerópago de Itambé, seu fundador foi o paraibano Manuel de Arruda Câmara, Carmelita formado na França e que provavelmente presenciou a Revolução Francesa. Seu assistente – Pe. João Ribeiro – foi o maior líder da Revolução de 1817. Na Paraíba tivemos nomes como José Peregrino Xavier de Carvalho e Amaro Coutinho e as vilas de Itabaiana, Mamanguape, Pilar, Nova da Rainha (Campina Grande), Pombal, Sousa, Bahia da Traição, Alagoa Nova, Cabedelo e a própria capital envolvidas. A Paraíba teve papel essencial nesta antecipação de ideais republicanos e 200 anos depois organiza uma importante comemoração através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba – IPHAEP ocorrendo em dois momentos: o primeiro foi no último dia 08 de junho onde uma mesa discutiu a importância do movimento contando com os historiadores Eliete Queiroz Gurjão, Edvaldo Lira, Gúbio Mariz, Thomas Bruno e Márcia Alves, além da restauradora Piedade Farias (que restaurou as placas existentes em marcos de acontecimentos da Rev. de 1817 na capital), o evento

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ocorreu no salão nobre do Palácio da Redenção onde é exibida a tela ‘José Peregrino, Rev. Pernambucana de 1817’ do artista Antônio Parreiras. O momento foi intenso e teve a marcante participação de alunos de escolas públicas (com opiniões de gente grande!). Dando continuidade as comemorações, teremos o ápice e encerramento da III Semana do Patrimônio da Paraíba (de 15 a 21/08) na segunda-feira (21/08). Quem estiver em João Pessoa terá a oportunidade de participar, a tarde será totalmente dedicada a homenagear o movimento de 1817 com palestra para alunos de escolas públicas e o desfile da bandeira paraibana da Revolução Republicana de 1817, carregada solenemente por um cadete no Palácio da Redenção. Em seguida, na Praça 1817, será inaugurada uma placa comemorativa, registrando para a posteridade os ideários da Revolução Republicana que marcou a história do Brasil.

Visita ao Instituto Histórico e Geográfico Paraibano

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05 DE JULHO nosso consócio Erik Brito foi ao Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, na capital do Estado, para uma pesquisa na Biblioteca Irineu Pinto em função de pesquisas para seu mais recente livro “A Passagem das Espinharas”, que deverá publicar em breve. No IHGP o pesquisador foi recebido pelo nosso confrade Guilherme Gomes da Silveira d’Ávila Lins, presidente da referida casa de memória, e os arquivos lhe foram abertos para seus estudos. O novo livro de Erik será um romance histórico remontando o período colonial e também os dias atuais, cujos deslanches terão como palco os sertões das Espinharas. O DIA

Missa no antigo cemitério de Boqueirão-PB

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o Padre José Gonçalves realizou uma missa em comemoração aos 150 anos da capela São Miguel Arcanjo, do cemitério antigo da cidade de Boqueirão, no Cariri do Estado. Esta capela foi erguida pelo Padre Ibiapina em princípios da segunda metade do século XIX e representa um dos mais importantes sítios históricos de Boqueirão. (

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O DIA 30 DE JULHO

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ARTIGO 2 __________________________________________________________________ A IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO: São João do Rio do Peixe - Paraíba. Luiz Carlos da Silva GOMES

“A IGREJA MATRIZ de Nossa Senhora do Rosário, símbolo de fé e devoção do povo católico de São João do Rio do Peixe, é imponente em sua beleza arquitetônica. Ela teve origem na fundação do povoado, em fins do século XVIII, mas o prédio atual data de 1863”. “Um fato interessante ocorreu quando da escolha do Cláudio Prado de Mello – Acervo pessoal local para a construção da nova capela. Segundo Antônio Ribeiro Dias (já falecido), dois irmãos, membros da família Dantas, reivindicavam para si a preferência pelo local onde deveria ser construído o novo templo. Cada um que quisesse construí-lo mais perto de sua casa. Assim, os dois irmãos brigavam pelo local: um morador no lugar chamado “Fazenda Velha”, que fica nas proximidades da atual cidade de São João do Rio do Peixe, queria que ele fosse construído neste lugar, em terras de sua fazenda; outro, que residia na atual fazenda Santo Antônio, desejava que fosse perto de sua residência. E, dessa maneira, a pendenga vinha-se arrastando por muito tempo, sem qualquer perspectiva de solução. Com o objetivo de resolver o impasse e acabar com as brigas, veio uma comissão de João Pessoa, mas não conseguiu demover os irmãos do seu intento. Como não houvesse acordo, a comissão resolveu medir a distância existente entre as sedes das duas fazendas, que foi de mil braças, determinando que a obra fosse construída no meio do caminho, entre as duas residências, e, assim, foi feito. Por causa dessa intransigência, é que a cidade ficou bastante prejudicada, pois teve de ser construída na parte baixa, ficando sujeita às enchentes do rio do Peixe”.

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Pesquisador, Fundador do Grupo Movissauros.

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antiga capelinha tosca, de taipa, na qual fora batizado, no dia 08/09/1800, o Padre Inácio de Sousa Rolim, o fundador da cidade de Cajazeiras”. “Construída por José Amador Evangelista e Mestre Vitório, a obra só foi concluída em 1863, culminando com a criação da Freguesia de Nossa do Rosário, por força da Lei Provincial nº 96, de 28 de novembro do mesmo ano. Pela mesma lei, a nova capela recebeu os foros de Igreja Matriz, privilégio que conserva até os dias de hoje”. “A cobertura tem duas águas com telhados de telhas capa e canal. A estrutura da coberta é composta de tesouras de madeira com desenho singular de “X”, linhas e ripas. Possui drenagem de águas pluviais embutidas.” “O interior da Igreja, apesar de ter passado por diversas reformas, não perdeu de todo o seu valor artístico e histórico”. “O Padre Joaquim Cirilo de Sá (Foi pároco de

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“A construção do templo teve início no século XIX, quando o Padre José Gonçalves Dantas, doador do terreno-patrimônio (1855), chamou a si a tarefa de construir um novo templo, igualmente dedicado à invocação de Nossa Senhora do Rosário, em substituição à

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igreja de 1897 a 1927), foi o primeiro pároco a empreender uma profunda reforma no interior da Igreja Matriz fazendo-a perder suas características internas originais. Construíram os belíssimos altares laterais, que outrora eram nichos de madeira encravados nas paredes, as arcadas foram alargadas. Construiu o altar-mor circundado por gradil do presbitério, em alvenaria, que outrora era de madeira, (que em 1985 seria demolida pelo pároco Cônego Luiz Gualberto de Andrade (1980 a 1992) para que não houvesse separação do sacerdote com o povo de Deus, quando também as missas passaram a ser celebradas voltadas para os fies, em altar de madeira simples fundamentando-se no Concílio Vaticano II. A benção pelas construções realizada pelo pároco Joaquim Cirilo de Sá ocorreu em 1920”. “A pia batismal, talhada em pedra portuguesa, e a porta de 1866, trabalhada em madeira de lei, são duas obras dignas de admiração. Na pia batismal, encontra-se a imagem de São João Batista”. Foi no ano de 1985 que o então pároco Cônego Luiz Gualberto de Andrade mandou substituir as telhas antigas desde do tempo da construção da Igreja Matriz, por telhas mais novas visto que as velhas telhas estavam provocando vazamentos durante os invernos. Com a substituição das telhas, também foi retirado o forro de madeira de toda a igreja, passando a ser substituído por forro de gesso.

Referências Blogger “Um olhar sobre São João do Rio do Peixe” – Historiador Antônio Nogueira (em memória). Livro: “São João do Rio do Peixe – Retratos de uma história” – autor: Rogério Galvão. Concílio Vaticano II - https://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlio_Vaticano_II Acervo: Luiz Carlos S. Gomes (anotações e fotografias).

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TELHAS ANTIGAS Dentre as telhas antigas desde o tempo em que a igreja estava em construção, foram resgatadas algumas de tamanhos diferentes, entre si, numa das quais constam a data de 1859 e assinatura. Recentemente, há cerca de dois a três anos atrás, as pesadas e antigas portas laterais e janelas da Igreja Matriz de São João do Rio do Peixe foram substituídas por portas novas, que em nada lembram as robustas portas do passado, deste templo católico. Atualmente estas telhas (fotos) estão em poder da pessoa que as resgatou do monte de telhas que foram jogadas fora.

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IPHAEP e Unipê realizam Convênio de Cooperação Técnico, Científico e Cultural

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Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) e o Unipê – Centro Universitário de João Pessoa vão desenvolver uma parceria que envolve a pesquisa, extensão, estágio, assistência técnica e educação patrimonial, nas áreas de restauração e conservação, arqueologia, documentação e arquivologia do IPHAEP patrimônio histórico cultural material e imaterial paraibano. O termo de Convênio de Cooperação Técnico, Científico e Cultural já foi assinado e começa a ser executado durante as aulas do semestre 2017.2, na instituição de ensino superior. “Este convênio é muito importante, pois vai permitir que o Iphaep receba a contribuição dos alunos e professores, no sentido de um olhar de quem Assinatura do convênio - IPHAEP está de fora do instituto patrimonial, mas que está atento às perspectivas técnicas construtivas que queremos ver em nossa cidade e também contribuir com a formação profissional do alunado”, disse a diretora executiva do Iphaep, Cassandra Figueiredo. Já o professor Oswaldo Trigueiro do Valle, vicereitor do Unipê, destacou: “É muito bom ver realizada a missão com que sempre sonhamos: a participação da nossa academia, no sentido de que o conhecimento se transforme em uma prática e seja repassado à sociedade”. Restauração - Num primeiro momento, ainda neste ano letivo, o convênio vai permitir que haja a ampliação na linha das disciplinas ofertadas pela universidade, passando-se da visão generalista do patrimônio para o enfoque na restauração e na conservação. Segundo o professor Pier Paolo, responsável pela Coordenadoria de Arquitetura e Urbanismo do

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PARTIR DO PRÓXIMO MÊS de agosto, o

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IPÊ, antes da celebração do Termo de Cooperação, as disciplinas ofertadas eram: Restauração e Revitalização I e II, Projeto Urbano e Ambiental 4 e Projetos Arquitetônicos 6. “Agora, vamos poder dar mais liberdade ao aluno, permitindo a ele não apenas uma visão teórica, que é importantíssima, mas também a leitura e o conhecimento da prática da normatização (como, por exemplo, os recuos e os gabaritos)”, explicou o professor Paolo. “Isso vai acontecer já agora, neste semestre que está começando em agosto, através de uma maior oferta das disciplinas dentro da instituição, como também com a possibilidade de que possam acontecer os estágios curriculares no Iphaep”, adiantou, destacando que, para um futuro próximo, as duas instituições vão estar ainda mais unidas, implantando um trabalho específico de restauração dos bens patrimoniais paraibanos. O Termo de Convênio de Cooperação Técnica, Científica e Cultural, assinado entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba e o Centro Universitário de João Pessoa, é composto de 13 Cláusulas. Elas explicitam Do Objeto ao Foro, passando, ainda, por itens como: Da execução e Dos termos aditivos e Do sigilo. Na Cláusula Décima Segunda – Da Vigência está dito que o convênio entrará em vigor a partir da data da sua assinatura por um período de dois anos, podendo ser prorrogado termo aditivo específico. Conforme garantiu a diretora do Iphaep, Cassandra Figueiredo, o documento será apresentado à sociedade. “Ainda estamos definindo o dia, mas, com certeza, o evento está marcado para acontecer no próximo mês de agosto”, observou. Fonte Paraiba.pb.gov.br

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– Mapa de atuação da SPA em Julho de 2017 –

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