VIII Seminário de Saberes Arquivísticos
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Prof. Juvandi durante o curso - SPA
16 E 18 DE AGOSTO ocorreu o VIII Seminário de Saberes Arquivísticos – SESA nas dependências da Universidade Federal da Paraíba – UFPB Campus I em João Pessoa. Compondo a programação de atividades estiveram o Presidente da SPA Prof. Dr. Juvandi de Souza Santos e o confrade Prof. Thomas Bruno Oliveira onde juntos ministraram o Minicurso 10 com o título: “Estudando a Paleografia e a Realidade de pesquisa nos Arquivos da Paraíba”. O objetivo do minicurso foi: “abordar estratégias e possibilidades de utilizar a paleografia para a leitura e compreensão de documentos antigos historicizando acerca do processo de evolução dos estudos das técnicas no processo de leitura e o entendimento da relevância documental, além de abordar de forma sistemática a realidade de pesquisa em alguns arquivos existentes na Paraíba”. NTRE OS DIAS
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O evento teve uma boa participação de arquivistas e profissionais de áreas afins. O agradecimento vai às professoras Dra Eliete Correia dos Santos e Me. Esmeralda Porfirio de Sales pelo acolhimento. SPA Para o Prof. Juvandi: “É muito importante que se tenha a oportunidade de discutir paleografia, haja vista que é um dos grandes gargalos que nossos pesquisadores encontram que é o fato de “traduzir” as fontes documentais, sobretudo do período colonial.
Pesquisas na Serra do Firmiano
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09 DE JULHO, a convite do prefeito da cidade de Passagem, Magno Martins, os confrades Erik Brito e Vanderley de Brito realizaram uma expedição de reconhecimento à Serra do Firmiano, neste município, para um levantamento arqueológico desta monumental e ainda Erik Brito e Vanderley de Brito - SPA selvagem montanha das Espinharas. Os pesquisadores realizaram o levantamento de três velhas casas abandonadas no topo da serra e também um estudo geográfico do Cariri e do Vale do Farinha, imenso canion que pode ser visto em toda sua plenitude do alto desta montanha. A pesquisa buscava subsídios contextuais para o livro “A Passagem das Espinharas” que o consócio Erik Brito está em vias de conclusão.
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O DIA
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ARTIGO 1 __________________________________________________________________ Ler Canclini Carlos Alberto AZEVEDO
Todo cientista social brasileiro deveria ler a última obra do antropólogo e crítico cultural Néstor García Canclini: O mundo inteiro como lugar estranho (2016). O título do livro nos remete para um profundo sentimento "global" de solidão absoluta, desolação e inquietante estranheza - no dizer de Freud: Unheimliche. Tudo parece estar fora de lugar - excêntrico - fora do centro. Hoje, não se fala mais das ideias, pois há muito tempo que elas estão fora do lugar. Nos anos 1960, o professor e crítico literário Roberto Schwarz (USP e Unicamp) afirmava que no Brasil as ideias estavam fora do lugar. Imaginem!!! O texto de Canclini é essencialmente polifônico: são várias vozes vivas que falam (gritam?) por si mesmas, questionando a vida acadêmica, a criação artística, a democracia, o consumo cultural, etc. Temas bem variados: Por que existe literatura e não o nada? Por que os cientistas escrevem ensaios? Pós-xerox, Democracia canalha. Destes temas, saliento Democracia canalha. Texto bem oportuno para nós brasileiros que, infelizmente, vivemos sob um clima político sombrio de lidar com uma democracia canalha, bastante avacalhada, diria eu. Onde o "suborno é o novo contrato social" (ai, que vergonha, Rousseau!!!). Uma daquelas vozes grita: "Os partidos políticos são em todo mundo organizações criminosas" - é a voz lúcida de Santiago Sierra, artista espanhol, desabafando em algum lugar da Aldeia Global. São muitas denúncias pinçadas argutamente por García Canclini. Fiquei muito feliz, não só pelo prazer do texto de Canclini, mas, também, por reconhecer uma daquelas vozes vivas vozes. Voz bastante familiar, com sotaque berlinense típico. Era a voz do cientista político alemão Elmar Altvater, meu querido professor na Universidade Livre de Berlim. Altvater ministrou um excelente seminário sobre O Capital (Das Kapital). Obra máxima de Karl Marx. Diga-se, a bem da verdade, frequentavam seu seminário dois brasileiros: eu e Reginaldo Sant'Anna. Este traduziu O Capital para o português. Ainda hoje, é considerada a melhor e mais fiel tradução..
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Antropólogo, Sócio da SPA e do IHGP.
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Bicentenário da Revolução Republicana de 1817
Cassandra em seu discurso - SPA
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da III Semana do Patrimônio da Paraíba, era pra ser uma singela homenagem ao bicentenário da Revolução Republicana de 1817, mas foi muito mais. Na última segunda-feira tivemos um verdadeiro ato público envolvendo historiadores, estudantes secundaristas, autoridades, uma série de intelectuais e transeuntes que passavam (e ficavam!) na Praça 1817, no Centro Histórico da capital da Parahyba, fitando de um lado o Ponto de Cem Réis e do outro a Praça dos Três Poderes. O evento teve início com uma aula pública ministrada a partir das 14h no Palácio da Redenção pelo Prof. Edvaldo da Cunha Lira abordando as nuances do Bicentenário da Revolução Republicana de 1817 na Paraíba; em seguida a bandeira da Província da Parahyba revolucionária adentrou solenemente ao salão nobre do Palácio nas mãos do Cadete da Entrada dos Cadetes com a Bandeira - SPA Polícia Militar Gabriel Pires (20 anos) acompanhado de Felipe Batista Pereira Alves (também Cadete, com 23 anos). Gabriel tinha apenas 1 ano a mais que o revolucionário José Peregrino Xavier de Carvalho que, enquanto Tenente Coronel da Legião Patriota da Província da Paraíba, despontou
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RA PRA SER SÓ O ENCERRAMENTO
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O cair do sol deu à Praça 1817 uma luz dourada que contrastou com o verde da grama e o cinza de sua calçada. Ali uma placa alusiva ao Bicentenário foi descerrada e inaugurada ao som da banda de música da Polícia Militar, dando tons ainda mais solenes. Ao microfone a diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba – IPHAEP Cassandra Figueiredo Erik, Thomas, Edvaldo e Carlos, SPA no evento - SPA (organizadora do evento), o Secretário de Cultura Lau Siqueira e a Profa. Eliete Gurjão que fez uma explanação sobre as placas expostas em alguns lugares da capital afixadas lá em 1917 pelo Inst. Histórico e Geográfico Paraibano e o presente que aquele logradouro público ganhou, pois com aquele ato público e afixação da placa, a Praça 1817 ganha identidade: “– muitos por aqui passavam e não sabiam o porquê desse nome, hoje se tem a condição de entender”. Relembrar os ideários da Revolução Republicana de 1817 não é só trazer à luz páginas de nosso passado, é sobretudo possibilitar o exercício da cidadania à população através do conhecimento de sua própria história. ‘1817’ foi a centelha da matriz do pensamento político brasileiro, algo notável, momento que certamente marcou a história do Brasil.. Por Thomas Bruno Oliveira
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como líder militar nesta que foi a única revolta anticolonial que conseguiu tomar o poder da monarquia portuguesa durante mais de setenta dias. “Viva a Pátria”, era assim que começavam todos os documentos do livro de registro de Patentes do Senado da Paraíba, revelando o claro espírito de independência. A marcha dos jovens Cadetes no taco do Palácio da Redenção rompia compassadamente o silêncio do salão nobre. Emudecidos, todos olhavam atentamente e, enfim a bandeira é estirada: toda branca, possui as armas iguais as que a então Província de Pernambuco usou durante a Revolução (e que usa atualmente como bandeira estadual), mas sem a faixa azul e com três estrelas acima do sol representando as Cadetes com a Bandeira - SPA províncias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte (que aderiram ao movimento). De posse da bandeira, os alunos (na companhia dos demais presentes) caminharam até a Praça 1817. Aqueles 200m foram de conversas e descobertas. Ao passar pela Praça dos Três Poderes, vi estudantes apontarem para a estátua de João Pessoa e conversarem entre si. Placa alusiva ao Bicentenário na Praça 1817 - SPA
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IPHAEP promove debate em João Pessoa
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29 DE foi realizado o debate “PICHAÇÃO: arte ou subversão” promovido pelo Núcleo de Antropologia Visual do IPHAEP, na Livraria do Luiz, Praça 1817, localizada na Galeria Augusto dos Anjos, no Centro de João Pessoa. O evento contou com a presença do antropólogo Carlos Debate - Iphaep Alberto Azevedo, a professora e diretora do IPHAEP Cassandra Figueiredo, a historiadora Marcia de Albuquerque. O debate teve como pauta, a apresentação de um recorte do documentário “PIXO” de João Wainer e Roberto Oliveira, seguido do comentário de cada um dos debatedores convidados, para posteriormente, Iphaep contemplar a participação do público presente, que interagiu com diferentes considerações e perguntas dirigidas aos debatedores. O debate, que versou sobre o tema polêmico, foi permeado pelas ideias, expressas nas diferentes visões dos participantes, que de modo geral traduzem as tensões que emergem sobre o tema. Para o antropólogo Carlos Azevedo os pichadores são, sim, “filósofos selvagens, que querem passar uma mensagem ou denunciar fatos sociais dos grupos periféricos (tribos urbanas) diante da sociedade”. A arte educadora, Cassandra Figueiredo, disse “acreditar que “o "pixo" é uma forma gráfica de expressão que não possui voz, no contexto em que vivemos. Para ela, arte urbana, de forma geral, representa também a expressão cultural da cidade". Desde o ano passado, o Iphaep tem trabalhado com a educação patrimonial, no sentido de conscientizar a população – particularmente os grafiteiros – de suas responsabilidades para com o Sítio Histórico Urbano de João Pessoa.
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O DIA JULHO,
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Rápidas... METÁFORAS DO AMANHÃ No dia 12 de agosto, na cidade de Boqueirão-PB, se deu o lançamento do livro “Metáforas do Amanhã” da poetisa Mirtes Waleska Sulpino, num grande evento que reuniu artistas, cantadores e autoridades na Pizzaria Cavalcante. O evento contou com a participação de poetas, como Bruno Gaudêncio, cantadores, músicos e também do Secretário de Cultura do Estado Lau Siqueira. Estiveram representando a SPA no evento os consócios Thomas Bruno Oliveira e Vanderley de Brito.
SPA
VOVÔ VANDERLEY DE BRITO No dia 10 de agosto, na maternidade Elpídio de Almeida, nasceu a menina Isabel Brandão de Brito, filha da acadêmica em Psicologia Shirley Farias de Brito, sobrinha do consócio Erik Brito e neta do historiador Vanderley de Brito, sócio fundador da SPA. Com este DNA não há dúvidas que em breve a jovem Isabel estará figurando no universo das pesquisas históricas.
SPA
APL HOMENAGEIA VIRGÍNIUS DA GAMA E MELO
O escritor Virgínius da Gama e Melo nasceu em João Pessoa, no dia 19 de outubro de 1922, na Rua Nova, 171, atual Avenida General Osório. Foi único filho de Pedro Celso da Gama e Melo e Severina Figueiredo da Gama e Melo. O evento lembra quarenta e dois anos sem Virgínius, cronista, escritor, militante cultural e referência como homem das letras em todo o Brasil. O confrade José Edmilson Rodrigues produziu uma obra biográfica sobre o homenageado integrando a coleção ‘Paraíba: nomes do século’ (nº43) em 2000.
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Josemir Camilo, Edmilson e Thomas - SPA
Com o tema geral “Tributo ao Menestral”, a Academia Paraibana de Letras realizou uma sessão solene de homenagem ao escritor paraibano Virgínius da Gama e Melo, no dia 10 de agosto, às 18h, na sede da APL em João Pessoa.
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ARTIGO 2 __________________________________________________________________ A construção de castelos tipicamente medievais no Brasil colonial Juvandi de Souza SANTOS Arqueólogo e Historiador, Presidente da SPA.
Desde o início da colonização que estruturas prediais encasteladas foram edificadas no Brasil em todas as regiões. É certo que esses castelos não tinham as mesmas funções daqueles da Europa ou da Ásia. Muitos destes castelos foram aqui construídos para aquartelar famílias ou, os mais recentes, para servir as atividades turísticas. Os materiais usados nas construções foram os mais diversos, desde materiais vindos de outros países até matéria-prima local, como rochas. Vejamos, então, algumas dessas construções e suas serventias:
Fig. 1 – Castelo de Bivar, Carnaúba dos Dantas, estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Crédito da imagem: Amigos de Vitória (2017).
2. Castelo de Engady – Localizado no município de Caicó, estado do Rio Grande do Norte. Esse castelo também foi edificado no século XX, servindo como local para meditação, estudo, oração e recolhimento espiritual;
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1. Castelo de Bivar – Localizado em Carnaúba dos Dantas, estado do Rio Grande do Norte. Este castelo foi edificado no século XX a partir do momento em que o seu proprietário assistiu ao filme “El Cid”, observou a história de Rodrigo Diaz de Bivar, herói medieval espanhol no processo de expulsão dos mouros. Atualmente esse castelo vem sendo utilizado para visitação turística e encenação de alguns filmes/novelas/documentários (Fig. 1).
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3. Chãto Lacave – Localizado no município de Caxias do Sul, estado do Rio Grande do Sul. Foi construído por um empresário do Uruguai para servir de sede de sua fazenda produtora de uva e vinho. Esse castelo também foi construído no século XX; 4. Castelo da Ilha Fiscal – Localizado na Ilha Fiscal, estado do Rio de Janeiro. Foi intensamente usado pela Família Real Brasileira para suas festas grandiosas no século XIX. Atualmente o castelo está aberto para visitação do público e serve como atrativo turístico; 5. Castelo de Garcia D’Ávila (ou Casa da Torre de Gárcia D’Ávila) – Localizado acerca de 30 Km da cidade de Salvador, estado da Bahia. Construção monumental edificada por Gácia D’Ávila, importante latifundiário do que hoje é o Nordeste do Brasil no período colonial. Servia de moradia para este e seus agregados. Atualmente resta uma torre e parte da antiga estrutura, sendo aberto para visitação turística; 6. Castelo Brenan – Localizado na cidade do Recife, estado de Pernambuco. Construído no século XX pela família Brenan. Atualmente abriga em seu interior importante coleção de objetos medievais, sendo aberto a visitação turística (Fig. 2).
Outras edificações ainda são encontradas em outros Estados do Brasil. Na Paraíba, vem sendo edificada estrutura encastelada no Sertão, próximo a cidade de Pombal. Este pequeno artigo faz parte de uma série de cinco (05) artigos que serão publicados neste boletim enfocando tal temática, resultado de amplo estudo de identificação/comparação de estruturas militares edificadas na Paraíba no período colonial.
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Fig. 2 – Castelo de Brenan, estado de Pernambuco, Brasil. Crédito da imagem: Das Artes – Instituto Ricardo Brenan (2017).
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Encontro do IHGC em Cabaceiras
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05 DE AGOSTO, o distrito de Ribeira de Cabaceiras abriu seus braços encourados para receber a reunião do Instituto Histórico e Geographico do Cariry Paraibano – IHGC. Na pauta, pronunciamentos do Pe. João Jorge Rietveld sobre os 211 anos do Padre Ibiapina e do folclórico e competente Paulinho de Cabaceiras sobre Juarez Farias além da conferência dele, filho de Cabaceiras, exGovernador da Paraíba, o ilustre cabaceirense Antônio Juarez Farias. Também na pauta o lançamento de livros e cordéis e entrega de diplomas de sócio honorário. Este é o tipo de evento que tenho muito prazer em participar. São tantas as coisas que me enchem os olhos que essa breve coluna seria insuficiente para enumerá-las. Como afirmou Profa. Conceição Araújo “É muito prazeroso o encontro do IHGC porque é momento em que os filhos do Cariri se encontram, se confraternizam e passam o dia juntos, vindos de todos os lugares”. Logo cedo, na companhia dos Juarez Farias em discurso - SPA amigos profs. Vanderley de Brito, Zé Pequeno (de Serra Branca) e Erik Brito, rumei para o Cariri. De Campina descemos para Queimadas e seguimos a PB 148 com destino a Cabaceiras. Do nosso lado as Serras de Bodopitá (à direita), Bodocongó, Caturité e Inácio Pereira (à esquerda) cacheadas de rochedos nos davam as boas vindas; por um momento lembrei da ‘Comarca das Pedras’ declamada por Hildeberto Barbosa Filho. Mato verde, jurema branca aflorando, marmeleiros nos brindando com aquele cheiro gostoso da caatinga e assim contemplávamos toda a paisagística caririzeira. Passamos por Boqueirão. Entre uma curva e outra, víamos o espelho d’água do grande Açude bem abaixo de seu nível normal, mas
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O ÚLTIMO DIA
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sem perder a esperança no São Francisco ou mesmo em São Pedro, um dos dois há de nos acudir! Chegamos à Roliúde Nordestina de Wills Leal e logo partimos por uma estrada de terra em ótimas condições, 14km nos separava de nosso destino. Ribeira é um bonito e típico “arruado” interiorano; rua principal encimada pela Igreja em devoção a São Paulo na companhia de uma praça bem SPA acolhedora. – Estamos na terra do couro! Balbuciou Vanderley. Não é para menos, há décadas que a cooperativa que ganhou o nome de Arteza exporta excelentes artigos em couro, notabilizando o lugar. Em Ribeira, contemplamos o fim da missa celebrada pelo Pe. Rietveld, pesquisador e amante do Cariri e depois, na escola Clóvis Pedrosa, tomamos um farto café, com destaque para o queijo curado produzido em Cabaceiras e outras delícias do Cariri. Dali, seguimos em um imponente cortejo até o Centro Social José Macêdo ao som da filarmônica municipal N. Sra. da Conceição. No auditório, as formalidades ficaram por conta do Presidente do IHGC Daniel Duarte. Aquela manhã reservou muitas emoções, quer seja pela brilhante e enternecida fala de Juarez Farias, quer seja pela triste notícia da morte de Zabé da Loca, símbolo máximo de nossos Cariris Velhos, momento em que foi lembrado também a partida do amigo escritor Pedro Nunes para quem o Cariri era um lugar mágico. Um minuto de silêncio... O momento é realmente mágico e a reunião empolgante, vamos sempre ansiosos para contemplar personalidades da região, ouvir amigos, respirar aquele cheiro que é nosso, contemplar aqueles contornos históricos e geográficos. De parabéns Daniel, de parabéns o IHGC pelo entusiasmo de sempre. Por Thomas Bruno Oliveira
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– Mapa de atuação da SPA em Agosto de 2017 –
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