Revista Vitória - Agosto 2009

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IMPRESSO

Ano 4 • Nº 07 • Agosto de 2009

É tempo de festa!

Perdão das culpas, remissão das penas Págs. 06 e 07

Especial: I Sínodo Arquidiocesano Págs. 10 a 21


Espaรงo

crianรงa


[ Editorial ]

O chamado!

Revista da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo Rua Alberto de Oliveira Santos, 42 Ed. Ames - Sala 1916 a 1920 CEP 29010-901 - Vitória – ES Tel.: (27) 3322-0082 revistavitoria@aves.org.br

Arcebispo de Vitória Dom Luiz Mancilha Vilela

Gerente Executivo Jorge Villena Medrano

Administração e Distribuição Fundação Nossa Senhora da Penha do Espírito Santo Tel.: (27) 3322-0082 Fax: (27) 3322-4960

Presidente Dom Mário Marquez

VICE-PRESIDENTE Pe. Pedro Camilo

Diretor secretáriO Fabricio Zouain

Diretor Financeiro Paulo Roberto Caon

Editoração Eletrônica Comunicação Impressa Tel.: (27) 3319-9062

Impressão Gráfica GSA Tel.: (27) 3232-1266 Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos autores.

“O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande a ceifar”, composição de pe. Aimé Duval para falar de vocações que, não envelhece e não sai de moda, porque a messe continua a precisar de operários...

Deus continua a convocar cada ser humano a ser fiel ao seu Criador, ao seu Filho Redentor, a trabalhar na messe, a construir a nova sociedade. Jesus convida-nos de mil maneiras a segui-Lo, sem impor, sem exigir, sem obrigar. Jesus convida-nos na liberdade. Jesus propõe e espera. Rejeitar esse convite é viver como se Deus não tivesse importância e, como se o encontro com Ele estivesse tão distante que não valesse a pena preparar-se para ele. Rejeitar o convite de Jesus é caminhar na contramão na avenida da felicidade. Jesus nos convida a ficar com Ele e “ir” chamar os outros, aqueles que estão distantes por algum motivo e precisam de um anúncio e de um testemunho. A messe é grande “Ide, pois às encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, convidai-os...”. Ide às encruzilhadas, às ruas, às avenidas, às estradas de chão, aos becos e vielas. “Ide e convidai-os”. Uma vocação verdadeira, não se afasta do mundo; permanece nele como uma força transformadora de doação e serviço. Neste mês de agosto, mês das vocações, a Arquidiocese de Vitória vive um tempo novo! Jesus nos convida a “ir” à Praça. “Ide e convidai-os!” Uma convocação especial surgida do caminhar sinodal! Vamos para a Praça no dia 23 de agosto. Aceitemos o convite de Jesus e convidemos outros para virem conosco! Vamos testemunhar e com nosso testemunho anunciar. A Igreja de Vitória quer ser sinal de esperança e caminhar junto na acolhida fraterna. Dom Frei Mário Marquez, OFMCap Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo Presidente da Fundação Nossa Senhora da Penha


[ Acontece ] Vander Silva

Diretório Litúrgico O diretório litúrgico do ano de 2010, da CNBB, vai estar disponível para venda, a partir de agosto na Mitra Arquidiocesana de Vitória. Além de orientações oficiais para celebrações litúrgicas, o Diretório também traz informações sobre a CNBB, a organização da Igreja no Brasil, o Episcopado e as datas importantes de cada diocese.

Ninguém Segura Essa Galera III Os jovens da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Viana, realizam uma festa junina bem animada. Será dia 08 de agosto à partir das 19h no pátio da Igreja Matriz. Haverá muita animação: quadrilha, casamento na roça, etc. A entrada é um prato de comida típica e um refrigerante.

São Paulo Apóstolo A Comunidade São Paulo Apóstolo realiza a Festa da Solidariedade no dia 01 de agosto às 19h. A festa será no Centro de Formação da Paróquia Nossa Senhora das Graças que fica atrás do Colégio CEIC de Coqueiral de Itaparica. A festa terá início com a Santa Missa e logo após barracas com comidas típicas, quadrilhas e um show de forró.

São José de Maruípe A Paróquia São José de Maruípe e a Pastoral da Criança promovem o rodízio de pizza que acontece no dia 08 de agosto das 17h às 21h na Comunidade Nossa Senhora Rainha da Paz, no bairro Joana D’arc. Haverá sorteios e músicas ao vivo. Venda dos convites com os líderes da Pastoral da Criança. Telefone de Contato: 3325-5082

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Obrigado pelo sim Aniversariantes de Agosto:

Aniversário de ordenação:

01 Pe. Júlio César Coelho

01 Pe. Mukabi Misik Senga

12 Pe. Márcio Almeida Ghil

02 Pe. Abílio Pereira Pinto

13 Pe. Cassiano de Amorim 13 Frei Hipólito Martendal

04 Pe. Anderson Teixeira 04 Pe. Ivo Ferreira de Amorim 06 Pe. Carlos Pinto Barbosa

17 Pe. Luiz Carlos Meneghete

06 Pe. Jocemar José Francisco Zagoto

24 Pe. Lúcio Lameira Bravim

11 Pe. Francisco Antonio de Vasconcelos

26 Pe. Gilberto Escarati 27 Pe. Humberto Leopoldo Wuyts

15 Pe. Luiz Antônio Oggioni 16 Pe. Élson Alves da Rocha 19 Pe. Karel Kelalu

27 Pe. Amarilio Corradi

21 Pe. Fernando Antonio Paixão

27 Pe. Paulo Régis Silvestre

23 Pe. Francisco de Melo Cassaro

30 Pe. Arineu Mozer Macedo

“Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus”. (Rm 8,28)

24 Pe. José Morais da Silva 28 Pe. Adenilson Antonio Schmidt 29 Pe. Amarilio Corradi 24 Pe. Vandaike Costa Araújo


[ Reflexão ] Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc Arcebispo Metropolitano de Vitória do Espírito Santo

Perdão das culpas,

remissão das penas

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João está dirigindo seu carro, de uma maneira imprudente, numa das ruas de sua cidade. Ao fazer a curva, sai da estrada e bate num muro provocando um grande estrago e prejuízo financeiro para o dono da propriedade. Este, ao ouvir o forte barulho, vai verificar o que acontecera. João sai do carro e pede desculpas ao proprietário do muro pelo estrago que fez. Ele, imediatamente, manifestando grande bondade, aceita o pedido de desculpas e perdoa o mal que João acabara de lhe fazer. João foi desculpado pelo proprietário do muro. Porém, restavalhe assumir as consequências do acidente. O muro precisava ser restaurado. Consertar o que havia estragado era o dever que lhe restava. Era um dever de justiça reparar o estrago produzido pela sua imprudência. E, evidentemente, ele se prontificou a reparar o erro da forma como o proprietário determinasse. Toda a comparação acaba sendo incompleta. Porém, a narração do acidente pode ajudar-nos a entender o que seja Indulgência, palavra muito usada no meio católico de nosso Estado nos últimos meses, devido às festas religiosas que temos celebrado, e nas quais a indulgência tem sido concedida. A imprensa também tem curiosi-

dade em saber o que esta palavra significa de fato. No exemplo citado, descrevemos a culpa do infrator e a necessidade de reparação da culpa. Ora, a Igreja ensina que a “Indulgência é a remissão da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa que o fiel, devidamente disposto e, em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (Constituição Apostólica “Indulgentiarum Doctrina”). A Indulgência concedida pela Igreja pode ser plenária, quando a remissão da culpa da pena for total, e, parcial, quando for em parte. Ela é concedida pelo Sumo Pontífice e, em alguns casos especiais, segundo o Direito Canônico, pelos Bispos, Metropolitas, Patriarcas e Cardeais. Trata-se da aplicação do Mistério Pascal, Redentor em benefício do fiel arrependido tendo ele observado corretamente o que lhe e exigido como condição para receber esta graça, ou seja, tendo feito em tempo oportuno a Confissão Sacramental, orando nas intenções do Sumo Pontífice, rezando a Oração Dominical (Pai Nosso) e o Símbolo apostólico (Creio) e outras orações que ele determinar. Se continuássemos a descrever o acidente, dizendo que o infrator morreu no mesmo momento, poderíamos acrescentar que, um grupo de pessoas bondosas assumiu a

responsabilidade pelo conserto do estrago do muro. A indulgência aparece pela oração, a caridade e o sacrifício em favor de um falecido. Este grupo, a Igreja orante, reparou esta pena do infrator que foi perdoado naquele momento pelo proprietário e família prejudicados (Deus e a Igreja). Indulgência é, pois, misericórdia de Deus, graça libertadora, expressão do Mistério da Redenção distribuída e aplicada pela Igreja dispensadora dos Mistérios da Salvação para toda a humanidade pecadora. Na Celebração Eucarística na festa do Primeiro Sínodo Arquidiocesano, todos os que forem à Praça do Papa, ao receberem a Bênção Apostólica e terem anteriormente em tempo oportuno feito a confissão Sacramental, orado nas intenções do Sumo Pontífice, rezado o símbolo Apostólico (Creio) e a oração dominical (Pai Nosso), e, se estiverem dispostos, receberão a Indulgência plenária, isto é, a remissão das penas de todo os pecados que cometeram até aquele dia. Bem-vindos à Praça do Papa no dia 23 de agosto a partir da 8hs da manhã. Será uma grande festa dos Católicos do Estado do Espírito Santo e uma nova etapa na vida e missão desta Igreja Particular que quer ser sinal de esperança para o povo de Deus, anunciando e testemunhando Jesus Cristo à luz da evangélica opção pelos pobres, na acolhida fraterna e na esperança. revista VITÓRIA

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[ Atualidade ] Padre Kelder Jose Brandão e Alexandre Lemos

Grito dos Excluídos 2009 “Vida em primeiro lugar, a força da transformação está na organização popular” O ano de 2009 vem sendo de muitas alegrias para a Igreja de Vitória. Os trabalhos e articulações pastorais em nossa Arquidiocese

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tem sido intensos. A cada dia, novas demandas e desafios surgem e necessitam de respostas. No primeiro semestre foram muitas as realizações. Destacamos a Abertura da Campanha da Fraternidade, que transformou o centro de Vitória num grande espaço celebrativo , com um evento profético. Um outro grande feito foi o

9º Encontro Estadual de CEB´s, que à luz do tema “Ecologia e Missão”, reuniu centenas de pessoas para refletirem como a Igreja deve se comprometer diante de um tema tão atual e relevante. Vários foram os GRITOS que surgiram antes, durante e depois desses eventos. Anunciamos, denunciamos e incomodamos. Fomos cristãos, somos cristãos! Para o segundo semestre, não será diferente. Além das demandas das pastorais e equipes de serviços, teremos dois


grandes momentos para mobilizarmos e mostrarmos que a nossa Igreja tem sim muita força, união e alegria. São eles: 1-) Encerramento do Sínodo Arquidiocesano, a ser realizado no dia 23 de agosto de 2009, na praça do Papa. 2-) o Grito dos Excluídos 2009, que neste ano, na sua 15ª edição, reforça a Campanha da Fraternidade com o tema “Vida em primeiro lugar” e lema “A força da transformação está na organização popular”. O evento, que ocorrerá no dia 07 de setembro, com concentração a partir de 08 horas da manhã, na Praça dos Namorados, está sendo articulado pela Arquidiocese de Vitória através do Fórum das Pastorais Sociais juntamente com movimentos sociais e populares e conta com o apoio e a participação de todas as comunidades, escolas e organizações sociais. Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito a uma vida digna para todo o ser humano. O Grito condena as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e muitas vezes sem

perspectiva de futuro; denuncia a política econômica que privilegia o capital financeiro em detrimento dos direitos sociais básicos; propõe alternativas que tragam esperança aos excluídos e perspectivas de vida para as comunidades locais; promove a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia e, também, pretende multiplicar as assembléias populares para discutir a organização social a partir do Município, fortalecendo o poder popular. O compromisso com esta causa nos compromete no esforço de superação da exclusão em nosso País, participando da construção de uma sociedade justa e solidária. Ao invés de irmos ver e aplaudir tanques, canhões, metralhadoras, fuzis e outras armas que ferem e matam, vamos levar para a rua nossa indignação, nossa fé, nossa coragem, nosso compromisso, nossa alegria e nossa vontade de ver a vida sendo gerada e defendida. Vamos levar nosso grito, o Grito de centenas, de milhares, de milhões de brasileiros que amam a vida acima de tudo e creem que um outro Estado é possível.

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[ Sínodo ] Organização Vander Silva

I Sínodo Arquidiocesano Durante três anos a Revista Vitória acompanhou junto com seus leitores a realização do I Sínodo Arquidiocesano da Arquidiocese de Vitória, que no dia 23 de agosto próximo apresentará seu Documento Final com uma grandiosa Festa Católica na Praça do Papa.

Neste tempo, aprendemos que a palavra Sínodo é uma conjunção de duas outras palavras da língua grega, cujo significado é “fazer juntos o caminho” ou “caminhar juntos”. Trata-se de uma série de encontros, de representantes das diversas classes de fiéis para tratarem de assuntos propostos por quem convocou o Sínodo e proporem encaminhamentos para as questões discutidas. Um Sínodo acontece, somente, a partir da convocação do bispo, quando se realiza em uma Diocese ou do Papa, quando se realiza para tratar de assuntos relativos à Igreja Católica no mundo. Assim sendo, o Arcebispo Metropolitano de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, há três anos dava inicio a este histórico acontecimento da nossa Igreja local com as seguintes palavras: “Na fé e no amor do Pai revelado

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por Jesus Cristo para nós; dóceis e submissos à ação do Espírito Santo na Igreja, humilde, confiante e solenemente DECLARO: ESTÁ ABERTO O SÍNODO ARQUIDIOCESANO”, E o tempo foi transcorrendo, recheado de trabalhos, encontros e reuniões, de muita caminhada. O Sínodo Envolveu cerca de dois mil fiéis em comissões temáticas, de serviços e conselhos sinodiais. E o Sínodo começou a dar seus frutos. Edebrande Cavalieri, vicepresidente do Sínodo, afirmava no primeiro ano: “A caminhada sinodal vive um momento de crescimento das motivações e encantamento. O Sínodo não é apenas uma questão para a cabeça pensar, mas para o coração sentir, para o corpo celebrar, para a comunidade viver. O I Sínodo Arquidiocesano deverá alimentar a caminhada de nossa Igreja nas próximas décadas”.


E as sessões foram acontecendo: 1° Sessão Sinodal 30 e 31 de março de 2007 – com o tema: Celebração do Mistério Pascal

2° Sessão Sinodal - 20 e 21 de julho de 2007 – com o tema: Igreja acolhedora, missionária e aberta ao diálogo

3° Sessão Sinodal - 23 e 24 novembro de 2007 – com o tema: A Ministerialidade da e na Igreja

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4° Sessão Sinodal - 25 e 26 de abril de 2008 – com o tema: A Família

5° Sessão Sinodal - 01 e 02 de agosto de 2008 – com o tema: Cidadania e cultura de paz

6° Sessão Sinodal - 21 e 22 de novembro de 2008 – com o tema: Formação integral para a fé e o agir cristão

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Assembleia – 20 e 21 de junho de 2009 Após a realização das seis sessões sinodais, foi elaborado um documento que sintetizou as principais discussões. Sob o comando de Pe. Geraldo De Mori, assessor metodológico do I Sínodo Arquidiocesano, o documento foi construído, a partir de todo o material adquirido ao longo dos três anos e foi apresentado à Assembleia que o aprovou.

PREPARAÇÃO PARA O ENCERRAMENTO DO SÍNODO w De 03 a 07 de agosto – Celebrações na Catedral presididas por D. Luíz Mancilha para motivar e mobilizar os diversos grupos e pastorais às 19h30h. 2ª Feira (03) – COPAV, Congregações Religiosas e Seminaristas. 3ª Feira (04) – Pastoral Familiar, ECC, MFC, Equipes de Nossa Senhora e Setor Juventude. 4ª Feira (05) – Movimentos e Associações Apostólicas (Apostolado da Oração, Legião de Maria, Liga Católica, Vicentinos, Oficina de Oração, Renovação Carismática Católica, Focolarinos e Comunidades de Vida e Aliança). 5ª Feira (06) – Catequistas (Batismo, 1ª Eucaristia, Crisma, Perseverança e Círculo Bíblico), Ministros Extraordinários (Batismo, Distribuição da Eucaristia e Testemunhas Qualificadas do Matrimônio). 6ª Feira (07) – Pastorais Sociais, Cáritas, CJP, Associação das Escolas Católicas.

w De 09 a 15 de agosto – Semana da Família w 16 a 21 – Semana Missionária Sinodal Domingo (16) – Encerramento da Semana da Família e Abertura da Semana Missionária – Visita missionária domiciliar que poderá estender-se durante toda a semana. O material está sendo preparado pelo COMIPA. (Roteiro de orações diárias para serem organizadas pelas paróquias e comunidades).

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A seguir apresentamos as conclusões do Documento Final:

AGIR Introdução Após cada sessão sinodal, foram propostas várias orientações pastorais à Igreja Particular de Vitória do Espírito Santo. Estas orientações são nossa resposta aos problemas levantados pelas temáticas das distintas sessões. Elas serão retomadas aqui e constituirão a referência dos Planos de Ação a serem elaborados nos próximos anos. As orientações provenientes destas sessões são um esforço de resposta fiel aos diversos questionamentos que emergiram durante o processo sinodal. Alguns deles com relação às mudanças de época, já citados na primeira parte deste documento; outros, relacionados às opções pastorais da Arquidiocese; outros à sua organização pastoral; outros às relações de autoridade entre os diversos “atores” e instâncias que compõem esta Igreja particular; e outros que ultrapassam nossos limites do ponto de vista doutrinal e teologal. Apesar de nem todos terem sido diretamente tratados nas distintas sessões, esses questionamentos as permearam, seja como desafio a ser enfrentado, seja como consenso a ser reafirmado, seja como preocupação a ser aprofundada, seja como convicção oriunda do tema do Sínodo: “caminhar juntos na acolhida fraterna e na esperança”. Em base a isso, propomos, na primeira parte do agir, algumas orientações e princípios gerais que nortearão nossa vida e ação enquanto Igreja, nos próximos anos, retomando, na segunda parte, as orientações que emanaram das seis diferentes sessões sinodais.

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1. Orientações e princípios gerais da vida e ação da Igreja de Vitória do Espírito Santo Provocados pelos desafios do presente, e, iluminados pela Palavra de Deus, lida na comunhão eclesial e à luz das opções históricas da Igreja do Brasil e de Vitória, explicitamos aqui o objetivo geral e os específicos da ação pastoral da Arquidiocese, indicando, em forma de recomendações, alguns de seus princípios operacionais. Objetivo Geral Ser sinal de esperança para o povo, anunciando e testemunhando a Boa Nova de Jesus Cristo, à luz da evangélica opção pelos pobres, caminhando juntos, na acolhida fraterna. Objetivos específicos Elaborar uma formação que leve os cristãos à conversão pessoal e ao testemunho do Evangelho, em todos os âmbitos da sociedade, e que seja baseada na mística Cristológica e Trinitária, fonte e meta da comunhão eclesial. Reestruturar a organização pastoral da Arquidiocese adequando-a às novas tendências de organização social e eclesial, às Diretrizes da Igreja no Brasil e aos objetivos do Primeiro Sínodo Arquidiocesano, que insiste no caminhar juntos na acolhida fraterna e na esperança. Acolher e organizar os diversos carismas, expressões e manifestações religiosas presentes na Arquidiocese, favorecendo uma eclesiologia de comunhão. Rever as diferentes propostas de formação em curso, com a preocupação de formar quadros competentes em todos os níveis, desde a formação básica até extensão, graduação e pós-graduação, proporcionando uma formação integral para a fé e o agir cristãos. Princípios inspiradores Considero, em consonância com a CNBB e a história desta Igreja, a opção evangélica pelos pobres como princípio inspirador da ação evangelizadora desta Igreja Particular. Cientes de que Cristo “por nós se fez pobre a fim de enriquecer a todos com sua pobreza” e sob essa luz, queremos ajudar a iluminar as novas situações de pobreza humana e espiritual em que se encontram muitos de nossos contemporâneos. A Igreja, semelhante ao coração de Cristo, acolhe a


todos, sem distinção. A Comunidade Eclesial de Base é a expressão estrutural desse acolhimento. Nela, surgem os diversos carismas que se organizam em atitude eclesial, testemunhando e anunciando valores evangélicos no seu meio e no diálogo com o mundo. Por isso, as Associações Religiosas, Movimentos e Novas Comunidades, livres para o anúncio e o testemunho, embora tenham suas estruturas próprias em vista da evangelização, devem manter o vínculo originário de pertença à Comunidade Eclesial de Base que, em rede com as outras Comunidades, formam a base da Igreja. Desta forma, reafirmamos a nossa história de vida eclesial a partir das Comunidades Eclesiais de Base, Paróquia, Área, Diocese como testemunho e anúncio de comunhão. Recomendações Recomendo à coordenação de pastoral, que em tempo oportuno e pedagógico, elabore planos de ação

evangelizadora, com a participação das diversas instâncias, e os promova em Assembleia Arquidiocesana. No decorrer dos próximos anos, abordem todos os objetivos específicos e as recomendações sugeridas neste documento, sem preocupação com o tempo. Diante das questões levantadas pela fragmentação do indivíduo na cultura contemporânea e das novas formas de sociabilidade que ela possibilita (comunidades virtuais, comunidades por afinidades e outras), recomendo à Coordenação de Pastoral que encaminhe o aprofundamento dessa problemática, para oferecer as respostas pastorais que ela exige, tendo em conta o lema do Primeiro Sínodo Arquidiocesano: caminhar juntos na acolhida fraterna e na esperança. À luz das orientações do Primeiro Sínodo Arquidiocesano, recomendo às diferentes instâncias competentes a revisão e a sistematização dos diretórios e regimentos do Direito Particular.

Tendo em vista a recorrência de conflitos oriundos da prática da autoridade em todos os níveis da Igreja de Vitória de Vitória do Espírito Santo, recomendo ao Presbítero, representante do clero, e ao Coordenador de Pastoral da Arquidiocese que, junto aos Conselhos Presbiteral e de Pastoral Arquidiocesana, aprofundem esse desafio e encontrem formas evangélicas para superá-lo. Recomendo ao Coordenador de Pastoral e ao núcleo da vida religiosa da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) que, reconhecendo o lugar e a importância da vida religiosa na vanguarda do testemunho, do seguimento e do anúncio do Evangelho, como sinal profético nesta Igreja Particular, estimulem, a partir das Comunidades Eclesiais de Base e de seus carismas expressos em suas obras específicas, a vida de oração, de acolhimento fraterno e de espírito missionário. Recomendo ao Coordenador de Pastoral e ao padre responsável pelo Setor Juventude que convoquem a liderança da juventude da Arquidiocese, para que aprofundem os novos desafios da evangelização dos jovens e ofereçam orientações para o anúncio Continua

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do Evangelho nos seus diversos ambientes da Arquidiocese. Recomendo ao Coordenador de Pastoral e à Direção das Escolas Católicas que, juntamente com os professores católicos das escolas públicas, elaborem uma proposta de plano de evangelização dos professores e alunos em nossa Arquidiocese e o ponham em prática. Recomendo ao Coordenador de Pastoral que, junto com o Departamento de Comunicação e com os Diretores dos veículos católicos, realizem uma ação evangelizadora conjunta neste meio desafiador da comunicação. 2. Diretrizes de cada Sessão Sinodal I Sessão - A celebração do mistério pascal Objetivo geral Viver e celebrar o Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus

Cristo, através da experiência e da Celebração de cada Sacramento e dos Sacramentais, bem como, das Orações e Ações Litúrgicas, especialmente, a Celebração da Sagrada Eucaristia, com seriedade, responsabilidade e o dever de incluir a todos: crianças, jovens, adultos da média e terceira idade. Objetivos específicos Primeiro: Ajudar o cristão e a comunidade eclesial a vivenciar a Celebração do Mistério Pascal na Eucaristia e na vida cotidiana. Princípios operacionais a) Formar catequistas, equipes de liturgia e animadores de Comunidades no espírito missionário; b) Manter as Escolas de Fé nas paróquias, onde já existem, e criar novas, onde for possível; c) Fazer uma catequese específica para aprofundar a “missa parte por parte”;

d) Qualificar e valorizar as equipes de Liturgia e música que preparam as Celebrações para que envolvam a Assembleia Litúrgica, isto é, não cantar para, mas com a Assembléia; e) Celebrar, uma vez ao ano, e, todos os anos, a Semana Litúrgica em todas as paróquias da Arquidiocese. Segundo: Celebrar os Sacramentos e Sacramentais com o devido respeito e solenidade, tendo como centro a Pessoa de Jesus Cristo e o Mistério Pascal, obedecendo sempre ao critério de participação e de máxima inclusão possível, de acordo com as normas canônicas. Princípios operacionais a) Instruir, pedagogicamente, e vivenciar cada Sacramento e Sacramental de tal forma que cada um deles seja expressão e atualização do Mistério Pascal; b) Investir na formação para leigos/as que assumam o ministério do Batismo, da Distribuição da Sagrada Comunhão e do Testemunho Qualificado para o Matrimônio. Terceiro: Orientar aos fiéis na busca pela santidade, apresentando a vida dos santos como modelos de seguimento de Jesus Cristo. Princípios operacionais a) Fazer uma catequese específica sobre a comunhão dos Santos, explicando o que significa a oração e a intercessão dos santos em Jesus Cristo e por Jesus Cristo, o Santo dos santos; b) Celebrar as Festas Marianas e dos Padroeiros, ajudando aos fiéis a entenderem o sentido das mesmas.

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II Sessão - Igreja acolhedora, missionária e aberta ao diálogo Objetivo geral Ser Igreja cada vez mais missionária, acolhedora e aberta ao diálogo, manifestando, como Jesus Cristo, os mesmos sentimentos e atitudes no acolhimento aos irmãos e irmãs no interior da Comunidade Eclesial, aos afastados da convivência comunitária, aos cristãos que professam outras crenças, aos sem religião e aos indiferentes, bem como anunciando a boa nova aos sem esperança, aos pequenos, aos pobres e marginalizados, aos sofridos e perseguidos, evangelizando a cultura e as realidades locais, respeitando a liberdade religiosa, ciente de que a vida, a paz e a felicidade eterna, são dons de Deus para toda a humanidade. Objetivos específicos Primeiro: Favorecer e promover, nas Comunidades Eclesiais de Base que compõem a paróquia, a cultura do acolhimento pessoal

e comunitário, sem delegar ou terceirizar a acolhida. Princípios operacionais a) Acolher bem às pessoas que participam frequentemente da Celebração Litúrgica e aos visitantes, constituindo equipes que cuidem do bem estar de todos; b) Abrir espaço para maior participação, das crianças, dos adolescentes, da juventude e das pessoas da terceira idade, crianças evangelizando crianças, adolescentes evangelizando adolescentes, jovens evangelizando jovens, adultos evangelizadores de toda a comunidade; c) Visitar as pessoas enfermas e as pessoas afastadas da Igreja; d) Promover a ação missionária das Comunidades Eclesiais, de tal forma que Comunidades sejam Evangelizadoras de Comunidades; e) Cultivar o espírito missionário na pastoral familiar, bem como nos Movimentos e Encontros de

Casais, valorizando e acompanhando o crescimento na santidade da vida matrimonial, a vivência do Sacramento do Matrimônio e garantindo um adequado acolhimento e orientações aos casais em situação especial; f) Ajudar aos profissionais liberais a cultivar atitudes missionárias corresponsáveis no anúncio do Evangelho em seus ambientes e a favor dos pobres; g) Ajudar aos católicos políticos militantes a marcarem uma presença evangelizadora nos seus partidos e ofícios públicos, colaborando para que a cidadania seja uma realidade viva em todos os municípios da Arquidiocese, atuando como fermento na massa, nas associações de bairro, na conquista dos direitos e consciência dos deveres cívicos; h) Ser sinal de esperança pela presença de fé orante em momentos de sofrimento, como nos velórios e enterros, e em momentos de alegria, como formaturas, bodas e outros; i) Acolher dependentes químicos, ajudando-os na sua recuperação com pedagogia apropriada; j) Paróquias abertas e acolhedoras, que superem os limites geográficos para a ação evangelizadora, promovendo o novo sentido de pertença e de corresponsabilidade; k) Promover a acolhida em horários apropriados ao ambiente urbano; l) O Ministro Ordenado atue com zelo pastoral, dedicando-se, em Continua

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tempo integral, ao serviço do povo de Deus. Segundo: Desenvolver uma cultura missionária a serviço do mundo.

c) Elaborar um documento simples sobre as verdades da Igreja Católica para fortalecer a identidade católica e facilitar o diálogo ecumênico e interreligioso.

que venha a ser Ministério, Igreja Ministerial e serviços específicos, seja no interior da Igreja, Povo de Deus, seja na sua ação evangelizadora no mundo.

Princípios operacionais a) Promover a ação missionária da infância e da juventude; b) Apoiar todas as iniciativas comunitárias em favor da Igreja Irmã de Lábrea e Ad Gentes (a todos os povos); c) Valorizar o mês de outubro como mês missionário; d) Conceber novas formas de trabalho missionário junto à população de rua, periferia, prédios e outras; e) Abrir-se às experiências missionárias que estão sendo realizadas em outras Dioceses, bem como, em outros povos e culturas. Terceiro: Favorecer ações ecumênicas na paróquia, permitindo que cada fiel cristão tenha um bom entendimento do que seja ecumenismo, podendo assim, no respeito mútuo, dialogar com irmãos de outras confissões religiosas.

III - A ministerialidade da e na Igreja Objetivo geral Aprofundar no conhecimento místico e prático da Igreja ministerial, inspirados no exemplo de Jesus, que se fez Servo da humanidade para salvá-la, e da Virgem Maria, que se identificou como Serva do Senhor, tendo como apoio a Sagrada Escritura e a reflexão teológica da Igreja.

Princípios Operacionais a) Promover, sistematicamente, na formação inicial do clero, desde o propedêutico, um verdadeiro encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, despertando, consequentemente, o entusiasmo missionário pelo Reino e cultivando o amor à Igreja como consagrado pelo Batismo e pela Sagrada Ordem; b) Promover a Pastoral Presbiteral e sua formação permanente, cuidando que não se percam, com os anos de ministério presbiteral, o entusiasmo e o ardor inicial pela Pessoa de Jesus e por Sua Igreja, bem como a consciência de ser aquele que foi revestido da missão de agir e fazer as vezes de Cristo, Cabeça da Igreja e missionário servidor

Princípios operacionais a) Aprofundar o diálogo entre a Igreja Católica e as outras Igrejas e denominações cristãs e não cristãs, promovendo, nas Comunidades, estudos sobre o Diretório Ecumênico promulgado pela Santa Sé e demais documentos oriundos do diálogo ecumênico; b) Acentuar, no diálogo ecumênico e interreligioso, os valores evangélicos que nos são comuns e nos unem, promovendo ações conjuntas em favor da sociedade; [18] revista VITÓRIA

Objetivos específicos Primeiro: Instar, junto aos Institutos de Formação do Clero e dos Leigos, Escolas confessionais religiosas, Casas de Formação e Escolas de Filosofia e Teologia, de modo corresponsável, para que os estudantes destes Institutos cuidem da compreensão e vivência do


do Reino de Deus no mundo, conferindo igual cuidado à Escola Diaconal; c) Promover a formação permanente dos leigos nas Comunidades Eclesiais de Base, bem como nas Associações e Movimentos Eclesiais reconhecidos pelo Magistério da Igreja, cultivando a identidade católica, a fidelidade e o amor à Igreja. Ressaltar sua condição de consagrados pelo batismo e participantes da missão Profética, Sacerdotal e Real de Cristo, sendo comunicadores, missionários, servidores e testemunhas do Reino de Deus no mundo; d) Cultivar, claramente, a missão do leigo no mundo, em seus diversos ambientes, como também nos serviços, no interior da Igreja. É na Comunidade Eclesial que o leigo, como membro participante, haure a força e a inspiração para a sua missão no mundo. Segundo: Promover a mística cristológica da kenosis, isto é, o despojamento no seguimento de Jesus Cristo, que se fez servo para que tivéssemos vida. Princípios operacionais a) Cultivar e estimular hábitos que evidenciem, em nossa vida pessoal e comunitária, as atitudes próprias de Jesus, tais como pobreza, simplicidade no ser e no ter, amor aos pobres, solidariedade e acolhimento ao irmão/ã; b) Internalizar a compreensão batismal de nossa vocação cristã e expressá-la nos ambientes onde somos chamados a anunciar e testemunhar Jesus Cristo;

c) Fazer uso de meios práticos de formação espiritual tais como: acompanhamento espiritual, retiros, confissão pessoal regular, além da vivência eucarística constante. IV - A família Objetivo geral Implementar, onde não existe, e cultivar, onde já está implantada, a Pastoral Familiar na Arquidiocese de Vitória em todas as paróquias, de tal forma que o Mistério de Cristo e da Trindade esteja presente na vida pessoal, conjugal e familiar. Objetivos específicos Primeiro: Criar na Arquidiocese o Instituto da Família. Princípios operacionais a) Formar agentes da pastoral familiar para atuar nas três dimensões: pré, pós-matrimônio

e casos especiais, com conteúdos antropológicos, filosóficos, psicológicos e teológicos à altura dos desafios do nosso tempo; b) Capacitar multiplicadores da Pastoral Familiar em toda a Arquidiocese; c) Estimular a espiritualidade e a mística conjugal, segundo os princípios do Evangelho. Segundo: Fortalecer a Pastoral Familiar com o objetivo de desenvolver uma verdadeira pastoral de conjunto, valorizando o específico de cada movimento familiar e direcionando-o ao serviço da comunidade eclesial. Princípios operacionais a) Reunir as lideranças de todos os movimentos familiares para dinamizar a Pastoral Familiar; b) Criar núcleos familiares a serviço da comunidade eclesial, em Continua

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vista do acompanhamento das questões familiares nos aspectos espiritual, social e formativo; c) Tornar o Tribunal Eclesiástico mais conhecido do povo, como instrumento válido para resolver questões relativas aos matrimônios em crise ou que se dissolveram; d) Acolher casais de segunda união na caridade social, nos círculos bíblicos, nas visitas missionárias, estimulando-os ao crescimento na fé em busca da plenitude da união, através da meditação da Palavra de Deus e da comunhão espiritual nas Celebrações Eucarísticas. Terceiro: Desenvolver a catequese familiar inspirada no Evangelho, tanto nas Comunidades Eclesiais, como em parceria com as Escolas Católicas. Princípios Operacionais a) Ajudar aos agentes da Pastoral Familiar a cultivar, pessoalmente, o conhecimento de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida;

b) Ajudar às famílias a cultivar uma espiritualidade bíblica; c) Cultivar os exercícios espirituais, a piedade popular através da reza do terço, da visita de imagens às casas, das bênçãos, da entronização das imagens dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, e da prática de Sacramentais e orações de solidariedade nos velórios e enterros; d) Promover encontros com evangelizadores das Escolas Católicas, estimulando parcerias e participação das famílias dos alunos e a Escola como corresponsáveis pela formação humana e cristã dos jovens. V - Cidadania e cultura de paz: interrelações da Igreja com a sociedade Objetivo G eral Aprofundar mais, e continuamente, o conhecimento da Doutrina Social da Igreja, como luz para o agir dos cristãos no mundo da cultura, da política, da justiça, do trabalho, da saúde e da educação. Desta forma, a Igreja

quer colaborar na formação do/a cidadão/ã e na construção de uma nova sociedade, utopia do Reino para onde todos nos dirigimos, colaborando, assim, na construção da Paz. Objetivos específicos Primeiro: Formar lideranças que possam, por sua vez, tornar-se formadoras do cidadão e da nova sociedade, por uma Cultura de Paz. Princípios operacionais a) Dinamizar o Instituto Pastoral da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo (IPAV) e seus departamentos de catequese, fé e política, família e outros necessários à formação permanente de leigos e clérigos por uma Cultura de Paz; b) Promover encontros e palestras que elucidem questões como políticas públicas, participação e direitos do cidadão etc.; c) Incentivar a integração Comunidade/Escolas locais, com o objetivo de resgatar valores humanos e cristãos; d) Incentivar círculos bíblicos e leitura orante, diante das realidades violentas, como meios que conduzem à paz. Segundo: Optar pela pessoa em situação de risco, seja na infância, adolescência, juventude e terceira idade, buscando meios concretos que cultivem em todos os níveis a paz. Princípios operacionais a) Apoiar iniciativas, já existentes, em favor do menor e do adolescente e criar meios que atendam, auxiliem e defendam a criança, aos adolescentes e aos jovens de todo tipo de agressão e violência;

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b) Colaborar com todas as iniciativas e entidades que promovam a paz e a proteção da juventude: Pastoral da Criança, do Menor, Carcerária, Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) e outras; c) Fortalecer parcerias que criem alternativas preventivas para adolescentes e jovens em áreas e situação de risco; d) Reformular os esquemas catequéticos para adolescentes e jovens fazendo deles agentes ativos da própria formação.

Terceiro: Cultivar o respeito aos direitos humanos, em todas as esferas: humana, cultural, social e ambiental. Princípios operacionais a) Cultivar a Cultura de Paz nas pequenas relações, nas relações institucionais e, especialmente, as relações ecumênicas; b) Estruturar a Pastoral do Meio Ambiente para criar uma nova cidadania ecológica; c) Apoiar as famílias vítimas de violência;

d) Solidarizar-se com os trabalhadores em situação de injustiça. Diversas sugestões foram acolhidas e incorporadas ao texto que, após revisão, e será distribuído aos sinodais, no dia 22 de agosto, em celebração na Catedral de Vitória, quando o arcebispo Dom Luiz Mancilha Vilela, SSCC fará seu agradecimento aos membros das comissões temáticas e de serviço, ao clero e aos conselheiros paroquiais sinodais.

PROGRAMAÇÃO GERAL ENCERRAMENTO DO SÍNODO DATA: 23 DE AGOSTO LOCAL: PRAÇA DO PAPA HORÁRIO: A PARTIR DE 08h 08h

- Chegada da imagem original de Nossa Senhora da Penha (A imagem virá de carro até à Assembleia Legislativa e dali até à Praça será carregada pela Marinha e acompanhada pelas comunidades de Vila Velha. As demais Áreas Pastorais devem aguardar a imagem ao longo deste percurso e na Praça do Papa. 09h - Celebração Eucarística – As comunidades devem trazer bandeiras dos padroeiros ou de grupos que serão erguidas em dois momentos: 1º) Quando a Imagem de Nossa Senhora passar pelo corredor na entrada da Praça. 2º) No momento do Glória. 11h - Apresentação do Documento Final do Sínodo 12h – Bênção Apostólica – Concessão de indulgência plenária – Translado da Imagem de Nossa Senhora para o Memorial da Paz. – A imagem de Nossa Senhora da Penha permanecerá no Memorial até ao final das atividades do dia. 13h - Show com a Banda Ciros – Durante o intervalo haverá barracas de alimentos na Praça. 15h - Show com Joana 16h30 - Bênção e despedida da imagem de Nossa Senhora e encerramento das atividades. Observações: 1. As barracas de alimentação estarão abertas desde as 07h30 para atender principalmente quem vem do interior. Durante a Celebração da Eucaristia não serão efetuadas vendas. 2. O Documento Final estará à venda durante todo o dia. FOTOGRAFIAS: Dom Mário Marquez, Maria da Luz Fernandes e Jorge Villena

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[ Igreja ] Dom Jacyr Francisco Braido Bispo de Santos - SP

Vocações que nascem do amor para servir no amor Agosto é mês vocacional. De fato: 1) - No dia 04, celebramos São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, Patrono dos Presbíteros. Ganha destaque a vocação sacerdotal. 2) - No segundo domingo, dia 09, comemora-se o Dia dos Pais. Com eles, lembramos as famílias. 3) – Nos dias 15 e 16, Festa da Assunção de Nossa Senhora, comemoramos a vocação à Vida Religiosas. 4) - No domingo, dia 30, comemora-se o Dia Nacional do Catequista. [22] revista VITÓRIA


Presbíteros, Pais e família, Religiosos/as e Catquistas são vocações que nascem do amor e se realizam no amor. Nascem do amor de Jesus Cristo que se doa à humanidade para restabelecer o contato amoroso com o Pai, na força do Espírito Santo. Todos são convidados à doação, isto é, à santidade! Jesus chamou os Apóstolos para colaborarem em sua Missão. Hoje continua chamando com amor e para servir no amor. “Deus nos ama, nos chama e nos envia em missão. Há várias formas de responder com amor a esse amor de Deus. Neste mês vocacional queremos ter presentes em nossas comunidades e paróquias as diversas vocações”. Sobre a vocação e a vida dos presbíteros, eis como se pode visualizar o conteúdo do livro de Dom Rafael Llano Cifuentes – Sacerdotes para o Terceiro Milênio, Ed. Santuário: O sacerdote é chamado à santidade sacerdotal, a viver o celibato como afirmação jubilosa e fecunda, a buscar a maturidade afetiva, a ser livre na pobreza; a viver na humildade e sinceridade aceitando a si mesmo com coerência, autenticidade, transparência e amor humilde; a cultivar a vida de oração, a ter o amor como paixão. Assim será como o Bom Pastor! “O sacerdócio está gravado, de forma indissolúvel, no nosso ser. E parece que grita: “Sacerdos in Aeternum!”. Podemos ficar desanimados... Nesse momento delicado, temos de descer até nossas raízes mais íntimas e encontrar força no chamado divino pessoal: “O Senhor escolheu a mim, pessoalmente, antes da constituição do mundo. Sou sacerdote para sempre!...Maria Santíssima trouxe para a Terra o Filho de Deus uma vez na história. Eu, com a força da

minha palavra sacerdotal, posso trazê-Lo todos os dias na Santa Missa...” (pg. 14-15). “Como é bom perceber o amor e dedicação dos nossos padres nas comunidades e paróquias! Rezemos para que eles possam com amor seguir a Jesus Cristo nessa vocação”, escreve uma religiosa que atua em nossa Diocese. No Ano Sacerdotal proposto pelo Santo Padre, é importante o lema: “Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote”. “Deixar-se conquistar totalmente por Cristo! Este foi o objetivo de toda a vida de São Paulo; esta foi a meta de todo o ministério do Santo Cura de Ars, a quem invocaremos particularmente durante o Ano Sacerdotal” (Bento XVI, Homilia de Abertura do Ano Sacerdotal) Vocação Matrimonial na Família: As pessoas que se unem em matrimônio por amor, expressam o amor de Deus na família: pais, mães, avós, tias, tios, filhos e filhas. Vivem no dia a dia o amor. O casal e a família são uma “pequena Igreja”. Cristo está presente porque há um pacto de amor entre eles, uma verdadeira “aliança” – no sentido bíblico. Como é importante pensar na família que começa e persevera no amor; que gera filhos e os faz crescer no amor! Este fato é capaz de reverter a violência e o desrespeito pela vida que grassam na sociedade de hoje. Não é com prisões que se supera a violência. Elas também são necessárias – infelizmente! Mas que o sejam para os casos extremos, que, por sinal diminuiriam, se as famílias vivessem sua vocação de amor e de educadoras para o amor. Procuremos incentivar a Pastoral Familiar, a Comissão em defesa da Vida e o CENPLAFLAM, entre outras

iniciativas pastorais. O Documento de Aparecida recomenda: “Visto que a família é o valor mais querido por nossos povos, cremos que se deve assumir a preocupação por ela como um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora da Igreja. Em toda diocese se requer uma pastoral familiar “intensa e vigorosa” para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida, e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados” (n. 435) VOCAÇÃO CONSAGRADA das Religiosas e Religiosos - Com alegria vemos em nossa diocese 26 comunidades de Religiosas e 13 comunidades de Religiosos, que por amor seguem a Jesus Cristo numa vida de oração e dedicação ao próximo. “A partir do seu ser, a vida consagrada é chamada a ser especialista em comunhão, no interior tanto da Igreja quanto da sociedade” (DA, 218). Rezemos por todos e por novas vocações por amor. CATEQUISTAS: É também uma vocação por amor. Quem se doa como catequista é porque segue a Jesus Cristo e por isso transmite seus ensinamentos. “É hora de despertarmos para a consciência de que a catequese é uma dimensão intrínseca de toda ação evangelizadora e que toda a Igreja assuma uma nova concepção de catequese como processo formativo, sistemático, progressivo e permanente de educação da fé, da esperança e do amor” (Diretório Nacional de Catequese). Nossa Senhora Aparecida abençoe as vocações. Rezemos pelos sacerdotes, pelo Ano Sacerdotal, pelos Seminários e por todas as vocações. Rezamos pela Família, pelos jovens e pela Catequese! revista VITÓRIA [23]


[ Cultura ] Dauri Batisti

O

essencial, O central, o que importa acima de tudo Um começo, ou um recomeço, num lugar bonito, aberto, arejado é tudo o que precisamos depois de uma árdua jornada. Um começo com beleza, com festa, com história. Um começo na entrada da baía de Vitória, ao lado do mar, com a visão dos morros, dos navios, dos barcos que passam. Um começo em que se descortina a integração, na paisagem, do antigo e do moderno, da história e dos eventos presentes. O passado e o futuro. O patrimônio e o campo aberto pela frente. Um lado e outro, vários ângulos pra se ver, várias faces de um mesmo lugar, muitas realidades e complexidades, e várias possibilidades de pontes. É claro que importará na Praça,

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na confluência das paisagens, importará mais o abraço, o encontro, a acolhida fraterna, e a esperança que nos irmana e nos chama para o futuro, a despeito dos desafios e das muitas lutas a lutar. Como ponto de encontro o local não poderia ser mais bem escolhido. Há ali a possibilidade – antes e depois da Missa do encerramento do Sínodo – do desfrute de um dos lugares mais bonitos de Vitória. Adultos e crianças, casais, namorados, amigos poderão passear e descobrir novas paisagens, ou novos ângulos de velhas e conhecidas paisagens. Uma caminhada pelo píer à beira do mar poderá oferecer uma das vistas mais bonitas da Terceira Ponte. A visita ao mirante no topo da antiga ilhota incorporada à Praça


também pode ser extremamente gratificante. E, sem dúvida nenhuma, a visita ao monumento, aos pés da cruz, ao Papa João Paulo II, um dos mais bonitos monumentos de Vitória. Tomemos a Praça, e este lugar de todos e de iguais nos alegrará com a experiência da fraternidade que já tentamos cultivar em nossas comunidades, mas que reviveremos no convívio público, visível. Essa experiência poderá ajudar a renovar nossa crença em nós mesmos e em nossas convicções. Há nas cidades e no campo, no litoral e no interior, em nossas instituições, famílias, comunidades uma disputa ferrenha entre o sublime e o grotesco, entre amor e o ódio, entre as pessoas e as coisas, entre a saúde e o adoecedor desejo de poder. A vitória da ternura, da solidariedade nesta disputa que se trava em nós e diante de nós, dependerá em muito da esperança que somos capazes de restaurar em nossos corações. A festa na Praça pode ser uma boa oportunidade para isto. Quem sabe, ainda, além do que o Sínodo nos propõe, sejamos afetados pela paisagem, e pelo encontro, e integremos em nosso modo de viver, em nosso trabalho, em nosso estilo de governar a própria vida, em nosso jeito de ser Igreja o dinamismo do mar em sua fluidez de marés com a solidez dos monumentos históricos que da Praça avistamos. Quem sabe a Praça nos induza a manter as tradições das nossas Comunidades sem que isso se torne baluarte, amurada, defesa contra a dinamicidade da vida que pede sempre, a partir do magnífico patrimônio deixado por Jesus Cristo, novos modos de agir, e viver. Outro ponto importante, tal-

vez, seja a percepção de como a cidade já tem um novo perfil – e nós também. Observemos fotos da cidade e veremos muitas diferenças. Observemos a nós mesmo em fotos de outros eventos na mesma Praça e perceberemos muitas mudanças. Com certeza nosso espírito e mente também já são bem mudados. A abertura para novas possibilidades será sempre sinal de saúde. A igreja – que somos nós – costuma ir bem lentamente neste processo. Sensibilidade à mudança é uma condição fundamental para que o esforço da atualização seja eficaz. Aceleremos o passo, o ritmo da dança já é outro. O começo, o recomeço na Praça, também, e até, ganhará ares de volta. Sim. Não uma volta anacrônica ao passado, mas uma volta ao coração, ao que guardamos nele do nosso próprio tempo. A volta à praça, a mesma Praça de outros grandes eventos, será como um passo de dança onde a volta é só a garantia de graciosidade para os passos seguintes. Fatos já bem idos nos anos, mas ainda tão vivos em nossas mentes, poderão se somar à esperança à qual o Sínodo nos chama, para que nos animemos em tecer sempre mais entre nós os laços da amizade, da solidariedade e do bem-querer. O começo, o recomeço, com a volta à Praça poderá também acenar para a urgência de uma volta ao Evangelho. Não que ele tenha sido perdido, ou deixado de lado, mas a quantidade e a variedade de informações que nos são oferecidas no mundo atual – e na igreja também, exageradamente – sem o tempo necessário para a devida assimilação e o devido entendimento, podem obnubilar nossas vistas para o essencial, o central, o que importa acima de tudo.


Palavra Amiga

Jesus continua chamando: vem!!!

Agosto é o mês vocacional. Somos convidados a rezar pelos sacerdotes, leigos, religiosos, catequistas e pelas famílias. A cada domingo do mês rezamos e assumimos com mais consciência e atenção esses chamados. Vocação é dom de Deus, que toma a iniciativa de nos chamar e atuar na vida das pessoas que respondem ao seu apelo. Ele é a fonte de toda vocação. A vocação é pessoal. Deus pai chama, por meio do filho, na força do espírito santo, quem ele quer, quando quer e como quer (Marcos 3,13). Escolhe e permite total liberdade de resposta. O primeiro chamado divino é a grande vocação à vida, à existência. Deus nos chama, antes de tudo a sermos pessoas realizadas e felizes. Somos chamados á vida e á missão. Pela oração e pelo trabalho somos todos missionários da evangelização. Diga sim à vocação do amor e serviço com o compromisso mais de perto, com gestos concretos de amor, partilha, solidariedade, viva plenamente seu batismo como leigo, na vida social de cada dia, no testemunho e na fidelidade ao Evangelho, para a construção de um mundo mais justo e mais fraterno. “Não ama a Deus quem não


ama seu próximo” (1Jo 4,20). Portanto, vocação não é busca de satisfação ou realização pessoal, é proposta de Deus que implica na doação de vida como fala Jesus, Bom Pastor, aos seguidores. (Jo 10,11 e 15,13). Agradecemos a Deus e a Nossa Senhora da Penha por você que é amigo, que faz parte da família América, que é evangelizador com a gente, como sócio, como assinante da revista Vitória, partilhando com alegria, lembrando que “partilhar é dar o que o outro precisa” – se for alimento dê alimento, se for dinheiro dê dinheiro, se for remédio dê remédio, se for Deus leve-o, faça com que ele conheça Deus, que tenha esperança e vida. Que tal fazer sua parte tendo uma atitude missionária espalhe a palavra de Jesus com a gente sendo evangelizador, o importante, repito é não deixar calar a voz do Evangelho através dos nossos meios de comunicação rádios Am

Astrogilda Borlot Brandão sócia 2140, Bairro Perobas, Viana - ES Maria Mercedes dos Santos Barbosa sócia 704, Bairro Vila Nova, Viana - ES

690, Fm 101,5 e revista Vitória. Seja sócio, assine a revista Vitória – ligue 3322-0082. Aproveito para convidar todos a rezarem pelos “pais” agradecendo a Deus pela vida de cada um e pedir a papai do céu saúde,

paz, trabalho e salário digno para o sustento de sua família. E sob o olhar misericordioso e presença da imagem de Nossa Senhora da Penha somos convocados para nos reunirmos no dia 23 de agosto às 8hs na Praça do Papa e assim participarmos da conclusão solene do I Sínodo Arquidiocesano da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, este momento eclesial, muito especial marcará uma nova etapa em nossa ação evangelizadora. Somos cristãos e nossa marca é a esperança (em todos os sentidos). São Paulo afirma que os Efésios 2,12 antes de encontrarem Deus estavam sem esperança, portanto conhecer a Deus significa se banhar de esperança, e assim transmiti-la aos nossos irmãos. Um beijo de Jesus pelos lábios de Maria. Vania Maria

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Periodicidade: mensal


Dia 23 de Agosto FESTA CATÓLICA NA PRAÇA DO PAPA Chegada da imagem de Nossa Senhora da Penha às 8 horas Missa às 9 horas Show com a Banda Ciros às 13 horas Show com Joanna às 15 horas Bênção e retorno da imagem ao Convento da Penha às 16h30

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