Revista Vitória - Novembro de 2012

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vitória Ano VII

Revista da Arquidiocese de Vitória - ES

Nº 10

Novembro de 2012

ISSN 2176401

9 772176 40103 5

Edição Mensal

00706

Humanos

no mundo físico e digital reportagem

Diálogos

cultura teológica

Hansenianos, livres mas ainda reféns

A palavra do Arcebispo e Bispos Auxiliares

Redes sociais, novos espaços de vivência da fé


Bispos Auxiliares Dom Rubens Sevilha Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias

Ano VII – Edição 10 – Novembro/2012 Publicação da Arquidiocese de Vitória Editora Maria da Luz Fernandes / 0003098-ES Repórter Lisandra Melo / 0003041-ES Colaboradores Thales Delaia Alessandro Gomes Dauri Batisti Raquel Tonini Giovanna Valfré Revisão de texto Yolanda Therezinha Bruzamolin Publicidade e Propaganda comercial@redeamericaes.com.br Telefone: (27) 3198-0850 Fale com a revista vitória: mitra.noticias@aves.org.br Projeto Gráfico e Editoração Comunicação Impressa (27) 3319-9062 Ilustrador ¶ Kiko, · Arquivo Designers Albino Portella Jane Gorza Ricardo Coufler Impressão Gráfica 4 irmãos (27) 3326-1555

www.aves.org.br

Arcebispo Metropolitano Dom Luiz Mancilha Vilela

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ATUALIDADE

Pessoas conectadas, novas formas de estar no mundo

cidadania

10

arte sacra

14

saúde

15

paróquias

16

Energia limpa, doação e desigualdade

A beleza como expressão de espiritualidade e fé

Varizes, causa e possibilidade de tratamento

Santa Maria Goretti em Cariacica

Arquivo e memória 18 Padre Mathias Hahn

PROJETOS

24

Alternativas educativas que dão certo

Festa Rede América: duas décadas de história

30


sumário

editorial Entrevista

12

Iriny Lopes fala sobre a vida além da política

diálogos A palavra do Arcebispo e Bispos Auxiliares

D

4

Ideias e sugestões 23 Realidades diversas, jeitos diferentes de viver

Reportagem Livres mas ainda reféns

Depende das convicções

20

cultura teológica 26 Redes sociais, novos espaços de vivência da fé

eixando aos jornais diários as avaliações das perdas e ganhos eleitorais, continuamos o caminho com os cidadãos e cidadãs que sonham, acreditam e aumentam sua esperança e empenho em construir uma sociedade mais justa e uma vida melhor. “Os sonhos não envelhecem”, já dizia Márcio Borges. A transformação acontece de diversas formas, mas é o testemunho a partir de convicções pessoais e empenhos coletivos que marca e faz, realmente, a diferença. É, também a falta de convicções pessoais e iniciativas coletivas que impedem avançar para transformar e muitas vezes permitem o retrocesso. Convictos, acreditando em quem faz, em experiências de vida, no empenho e na força da coletividade que se une em busca de novas perspectivas com fé, esperança e caridade, a Revista Vitória propõe conhecer as pessoas. Por trás de cada experiência um ensinamento e uma lição. Em cada testemunho uma história e um aprendizado. Em cada texto um desejo de comunicar e estabelecer relações porque a era é da conexão, do compartilhamento, da solidariedade e da participação. Maria da Luz Fernandes Assessora de Imprensa


diálogos

Desertificação Espiritual

Na homilia da missa de abertura do Ano

da Fé, o Papa Bento XVI, afirmou que estamos vivendo uma “desertificação espiritual”. De fato, a nossa cultura atual é cada vez mais agnóstica e ateia. As nossas crianças e jovens estão crescendo respirando esse ar cultural que exclui Deus do convívio social. A ideologia dominante quer nos convencer de que Deus é uma “invenção” do homem infantil e, com desprezo pela religião,

Eu creio, Senhor!

N

tolera-a somente como algo individual.

Sem Deus o mundo vai se “desertificando”.

A qualidade de vida humano-espiritual vai lentamente murchando. A aridez, o vazio e o tédio, vão tomando conta dos corações. Quando a realidade nua e crua bate à porta, o homem encontra-se sem motivos para viver. Está no deserto seco: sem flores, sem beleza, sem água, sem alimento para a alma.

Por que morrer de sede se a fonte de água

viva está aos nossos pés, ou melhor, está dentro de nós? Jesus prometeu vida e caminho para quem quiser caminhar com Ele. “Vinde a mim todos que estais cansados e eu vos aliviarei...” Jesus, o Bom Pastor, oferece-nos o alimento verdadeiro, Ele é o Pão da Vida e nos oferece a

Professar a fé. Acreditar

água viva e, quem beber dessa água, jamais terá

e testemunhar. Mas,

sede e do seu ser brotarão rios...

em que ou em quem

Dom Rubens Sevilha Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

acreditamos? O que professamos? Convido-o, meu amigo leitor, a refletir comigo sobre esta

“As nossas crianças e jovens estão crescendo respirando esse ar cultural que exclui Deus do convívio social.

expressão fundamental em nossa vida: Eu creio em Deus! Nós cremos em Deus!

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ão cremos em um ídolo! Deus não é um ídolo. O ídolo é criação da pessoa, uma invenção para buscar respostas imediatas. O ídolo é uma ilusão da mente humana que o cria para dominá-lo a seu bel prazer. Daqui nasce a palavra idolatria! A fé em Deus vem do testemunho dos Apóstolos de Jesus Cristo. Na convivência com Jesus os Apóstolos foram aprendendo quem é Deus. Aprendizagem que se deu na convivência e não com provas ou teorias elaboradas pelo intelecto humano! Na convivência os apóstolos conheceram Jesus aos poucos, aprenderam a considerá-Lo o Mestre. Quando os contemporâneos de Jesus e dos apóstolos procuravam a grandeza e valorizavam o mais forte sobre o mais fraco, Jesus ensinava que todos deviam ser servos uns dos outros. Enquanto marginalizavam a mulher e as crianças, apedrejavam os leprosos, Jesus acolhia-os e dava-lhes sen-


A educação da fé

A família é um dom de Deus, é a primeira

comunidade eclesial, que deve possibilitar um encontro pessoal com Jesus Cristo. É ela que proporciona a educação da fé, que não se constitui mero ensinamento, mas transmissão de uma mensagem de vida, vivenciada no ambiente familiar.

Transmitir a fé não é tanto uma questão de

estratégia ou de pedagogia, mas de vivência, de testemunho, é facilitar para que cada um descubra o desígnio de Deus para que, a partir disso, possam fazer suas escolhas definitivas.

Outro fator importante é a amizade, pela

sua grande força de persuasão. Todos nós conhecemos jovens educados na fé, que se viram arrastados por um ambiente sem Deus e, não souberam cultivar seus valores familiares. Por isso, é preciso conhecer quais ambientes os filhos frequentam e dialogar para que convivam em ambientes propícios e adequados, que facilitem o crescimento da fé e das virtudes humanas e

tido e vida. Jesus era diferente! Humano ao extremo! Bondade extrema! Misericórdia extrema! Isso incomodou tanto que resolveram matá-lo, mas só conseguiram quando Jesus deixou que isto acontecesse. Quando Ele quis revelar à humanidade o Caminho a Verdade e a Vida. Os apóstolos viveram tudo isso, mas só acreditaram quando Jesus ressuscitado lhes apareceu e conversou com eles, abrindo-lhes a inteligência e o coração para que acreditassem. São Tomé, após tocar as feridas,

constrangido, pronunciou cheio de fé: Meu Senhor e meu Deus! Os apóstolos aprenderam, então, que esse Jesus era a mesma Palavra de Deus que criou o céu e a terra, o Filho que depois enviou o Espírito Santo aos apóstolos, como havia prometido. Eles aprenderam quem é Deus. Jesus revelou-lhes o Pai Misericordioso, com a vida, com a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Os apóstolos aprenderam de Jesus que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

teologais.

Vivemos num mundo em plena mudança de

época, torna-se necessário educar os filhos para descobrirem a si mesmos, desenvolverem o seu próprio potencial, criarem um senso crítico cristão, a partir dos exemplos e da fala dos pais. Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

Transmitir a fé não é tanto uma questão de estratégia ou de pedagogia, mas de vivência, de testemunho...”

Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc. Arcebispo Metropolitano de Vitória

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Atualidade

Midiáticos, digitais, híbridos e convergentes,

assim somos nós Entendimentos sobre cultura midiática, pessoa digital, novo sujeito nos espaços digitais onde continuamos a ser pessoas solidárias que buscam conversar, compartilhar, e com as mesmas perguntas: “Quem sou eu? Donde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que existirá depois desta vida”? A pessoa e a mídia, a partir dos autores Joana Puntel, Antonio Spadaro, Henry Jenkis, Rovilson Brito e Néstor Canclini*

A

velocidade com que as mídias evoluem, se transformam e agregam novas configurações e conexões, modificam ambientes e, principalmente, pessoas. A ideia de mídia simplesmente como instrumento para se

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comunicar está cada vez mais perdendo sentido com a evolução do mundo digital. Alguns autores já falam de “novo sujeito” e “pessoa digital”. Essa relação mídia versus pessoa (mídia X pessoa) desenha atualmente uma nova cultura,

chamada cultura midiática, que rompe o tradicional conceito de associar cultura a grupos com proximidade geográfica e história a preservar. A cultura midiática está em construção e derruba os conceitos de tempo, espaço e lugar tal como eram


entendidos e interpretados. Mas, o que é mídia e o que é cultura? Mídia: instrumentos de comunicação cuja finalidade primária é o serviço à pessoa e à sociedade. A mídia, contudo atinge hoje uma nova etapa ou um novo degrau. Hoje problemas, discussões, reivindicações são considerados, apenas se estiverem na mídia. Por isso, além de meios para favorecer a comunicação, a mídia carrega a responsabilidade por estabelecer prioridades, definir o que importa e o que não importa. Ao mesmo tempo, a mídia dita comportamentos e moda. “Atrás de cada meio, existem autores, produtores, interesses

econômicos, políticos e ideológicos e,[.....]reflete o grau de civilidade e desenvolvimento de um povo”. Doc. 101 CNBB. Cultura: conjunto de costumes, tradições, crenças, comportamentos, modos de agir, instruções, arte etc. Tratando-se do ambiente das comunicações sociais, hoje, a definição, também está em mudança: cultura midiática para cultura digital ou cibercultura. Até à década de 80, a cultura era consolidada com a afirmação de práticas duradouras e mantidas de geração em geração, por afetarem a vida social de um grupo. Com a evolução

tecnológica e da informática a vida das pessoas sofre transformações mais rápidas criando o que Joana Puntel aponta como “novo habitat” ou “nova ambiência”. Cultura midiática e Igreja. Neste novo contexto ou nova cultura, onde a transformação acontece de forma contínua, é importante lembrar que esta acontece simultaneamente em ambientes distintos. São mudanças estruturais e conjunturais, objetivas e subjetivas. Objetividade e subjetividade na cultura pós-moderna, intitulada por Canclini de Cultura híbrida, rompe com a ideia processual histórica de organização social e introduz a descontinuidade, fazendo com que as decisões

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Atualidade

ACESSOS

tecnológicas sejam tomadas na dimensão objetiva e a subjetividade seja recolhida ao âmbito privado.

vITÓRIA É A CIDADE COM MAIOR NÚMERO DE USUÁRIOS

Características: Algumas atenções precisam ser dadas no novo contexto em que vivemos, pois o cenário de consumo massivo de informação e entretenimento que a mídia

325.453 190.900

58,65% Número de Habitantes

Usuário de Facebook

Acessos

a maior rede social do mundo no menor estado do sudeste brasileiro

18,03%

633.338

3.512.672

Uma nova gramática

Regional Metropolitana 1.685.384

447.980

Extremo Norte 26,58%

Polo Linhares

54.396

3.800

oferece traz, também, um senso de angústia e de desconforto. Por um lado parece favorecer a relação entre os interlocutores, por outro parece tornar as mesmas relações supérfluas e frágeis. A nova cultura ou novas culturas oferecem respostas concretas ao desejo de comunicação, de partilha, de participação e solidariedade, próprias do ser humano. Ao mesmo tempo, em que favorecem o individual, aumentam as possibilidades de interlocução e orientam para o outro. A cultura midiática introduz a pessoa numa nova esfera de conversação e relacionamento.

6,98%

Para navegar nas novas

avenidas do mundo midiático e digital é necessário apren-

Polo Colatina

der uma nova gramática. Novas

291.364

36.200

12,42%

Met. Exp. Sul

133.626

132.059

14.620

10,54%

104.550

11.720

8,87%

14,78%

97.876

123.441

8.508

8,13%

343.507

principalmente para o mundo 7.640

7,80%

11,70%

168.734

religioso, é necessário entender o novo sentido das palavras. Salvar, converter, justificar, com-

10.060

8,63%

partilhar, interativo, participação, hub, on-line e off-line.

26.560

7,33%

Aprender a nova gramática

é passaporte para transitar e viver nos novos ambientes da mídia social que trouxe às pes-

Caparaó 21.780

palavras, novas regras, novas linguagens. Em alguns casos,

Cachoeiro

Litoral Norte 186.051

28.340

NoroestE 2

Central Serrana

191.684

Noroeste 1

Sudoeste Serrano

soas a possibilidade de “cons15.580

9,23%

truir e produzir o conteúdo à sua maneira”.

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Gênero • idade 300.245 38%

47,70%

34%

Vitrais, um hino a Deus criador é um roteiro espiritual a partir dos vitrais da Catedral de Vitória. Beleza nas fotos e nos textos que convidam ao encontro com Deus.

16% 14%

ATÉ 17

18-24

25-34

35-44

333.143

3%

45-54

+55

52,60%

41%

24%

19%

ATÉ 17

2%

18-24

25-34

8%

6%

35-44

45-54

2%

À venda na Livraria Paulinas, no Centro de Vitória, na Catedral e na Mitra Arquidiocesana na Cidade Alta.

+55

Conectados

Estar conectado é a palavra de

ordem para as novas gerações, mas

(27) 3025-6290

enganam-se aqueles que pensam serem os adultos mais alheios a esse processo. A rede digital não é mais um instrumento, é um lugar onde se está, se é e se vive. Neste ambiente nos movemos e existimos.

A rede é um lugar de experiência e

“estar na rede” é “estar ligado ao mundo físico”. São as pessoas que estão na rede, portanto, a web é um lugar de encontros e de relações. “A mensagem digital é paciente,

é benigna, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, não se irrita, não pensa mal. Mas, também não pondera. Responde antes de pensar, sentencia antes de analisar”. *PUNTEL, Joana. Cultura midiática e Igreja SPADARO, Antonio. Ciberteologia, pensar o cristianismo nos tempos da rede JENKINS, Henry. Cultura da convergência BRITTO, Rovilson. Cibercultura CANCLINI, Néstor. Culturas híbridas

Os produtos apresentados nesta cesta são ilustrativos

Neném mensagens Mensagens para todas as ocasiões, ao vivo ou por telefone. Cestas de café da manhã e flore s. 3343-3451.”

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cidadania

Ainda desigual Apesar dos avanços, o Brasil ainda continua a ser marcado pela desigualdade. Dados divulgados

Energia limpa Grande parte da energia consumida no Espírito Santo é “suja” – termo utilizado para fontes de energia não renováveis -.

A alta participação da fonte térmica na matriz energética no Estado vai de

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contraponto ao potencial de geração de energia limpa. O litoral dos municípios de Linhares, Presidente Kennedy e Marataízes, devido a suas características geográficas, é apontado como possível área para a implantação de empreendimentos eólio-elétricos no Estado. O aproveitamento da energia dos ventos vai muito além da mudança da matriz energética. Podendo, a longo-prazo, alavancar o crescimento econômico e a autossustentabilidade energética do Estado.

recentemente colocam o país na quarta posição do ranking da desigualdade na América Latina, ficando atrás, somente, da Guatemala, Honduras e Colômbia. De acordo com as Nações Unidas o principal desafio do Brasil, e de outras regiões latino americana, é o desenvolvimento de estratégias eficazes no combate a desigualdade, tendo em vista que as cidades têm riqueza suficiente para reduzir essa situação.


DOE... Sangue

Pela união dos povos

“Doar sangue é doar vida; alguém em algum hospital está aguardando o seu sangue para viver com mais saúde.” esse é o lema do HEMOES - Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo. Centro que hoje é referência no processamento e distribuição de sangue no Estado. Por dia, são cerca de 60 atendimentos, metade do necessário, segundo dados divulgados pelo

HEMOES. Para contribuir com o trabalho do centro, o voluntário deve seguir algumas recomendações: pesar mais de 50 kg, ter entre 16 e 67 anos e não estar em jejum.

Órgãos

“A doação de órgãos é uma decisão livre de oferecer, sem recompensa, uma parte do próprio corpo em benefício da saúde e do bem-estar de outra pessoa”, disse, por ocasião do 18º Congresso Internacional sobre Transplantes de Órgãos, o Papa João Paulo II. A cada dia, cresce no Espírito Santo o número de doadores . Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foram realizados no primeiro semestre de 2012 no Estado: 49 transplantes de rins, 14 de fígado, 3 de coração, dentre outros. Com destaque para a doação de córneas. Foram, ao todo, 151 cirurgias, que deixa o Espírito Santo à frente de estados como Rio de Janeiro e Mato Grosso.

No início do mês de outubro começam a ser premiadas ações que, em diversos ramos, contribuíram para a melhoria e avanço da sociedade. Em 2012, mesmo mergulhada em uma crise econômica, foi a vez da UE União Européia ser agraciada ganhando, do Comitê norueguês, o Nobel da Paz. A justificativa para a premiação foi a contribuição do bloco, durante as últimas seis décadas na promoção da paz, reconciliação entre os povos, consolidação da democracia e dos direitos humanos. Composta por 27 Estados-membros, e agregando uma população de 500 milhões de pessoas, a UE, criada em 1957 por seis países que assinaram o Tratado de Roma, ganha com o prêmio muito mais que reconhecimento. Ganha, também, a chance de afastar o extremismo e nacionalismo que permeia o continente europeu.

Menor desempenho Segundo avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC), o Espírito Santo está entre os nove estados em que a nota do ensino médio caiu no último ano. Os resultados

da pesquisa não são nada animadores. Neste primeiro semestre de 2012, a meta mínima nacional era de 4,1 pontos. No

entanto,em uma escala de 0 a 10, o Estado atingiu a nota de 3,6 pontos. A falta de um padrão de qualidade no ensino, a precária infraestrutura das escolas capixabas e a ausência do comprometimento dos alunos são os principais motivos pelo baixo desempenho avaliado pelo MEC, que colocou o Espírito Santo no ranking das piores médias nacionais.

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entrevista

“Ninguém amadurece quando quer, tem que ter tempo”

D

escansando em sua casa, no ambiente familiar, a ex-candidata à Prefeitura de Vitória e deputada federal, Iriny Lopes, recebeu a Revista Vitória, para falar da Iriny. Nossa conversa não foi sobre mandato ou candidatura, foi sobre a pessoa, que está por trás da candidata que se expõe a confrontos e avaliações. Quem é e como ficou a pessoa, a Iriny, esse é o assunto desta entrevista.

Vitória­ - Você consegue separar a Iriny

Lopes, mulher política e a Iriny Lopes, pessoa? Iriny - Consigo. Não é fácil, mas amadureci. No começo era sábado, domingo, se tinha reunião participava. Ninguém amadurece quando quer, tem que ter tempo. Percebi que não estava acompanhando meus filhos e agora meus netos. Acho que faltar uma reunião, eu posso. Não preciso estar sempre, pelo menos uma vez na semana fico com a família, descanso, reúno os amigos. A gente deixa uma música tocando, conversa, faz uma comidinha... Vitória­ - Quantos filhos? Iriny - três filhos, Carolina,

Nicolas e Flávia. Dois netos, Ares e Cristal.

a gente se respeita. Somos muito unidos, ligados, uma família sem brigas, sem confusões. A Iriny Lopes, ministra, deputada não é a mãe deles, a mãe deles é a Iriny. Vitória­ - Como você se define? Iriny - ... Sou responsável, comprometida,

tenho objetivos... Meu pai era Grego, gostava de música e de carnaval, mas mi-

“Alguns pensam que político só pensa em si mesmo, mas eu realmente amo as pessoas...

mais nova ainda mais. Quando precisei de proteção eles se preocuparam muito. suas campanhas?

Iriny - Nenhum deles é envolvido com

política e não forço. Não gosto que me cobrem e, também, não cobro. Por isso

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Vitória­ - E as coisas que você ouviu na

campanha. Que é briguenta, durona, antipática. Atingem a Iriny, a pessoa Iriny? Iriny - Ah, sim. Atinge. É muito duro, algumas coisas até nem ligo, mas quando vem de pessoas, que é injustiça, dói, dói muito. Eu não sou durona, tenho sentimento, amor pelas pessoas, estou na política por amor às pessoas, mas temos que ter opinião, expor e ouvir também, pois existem os coletivos para isso, mas é importante defender o que se acredita e os projetos que vão melhorar a vida das pessoas. Vitória­ -

Vitória­ - A família cobra sua presença? Iriny - Sim, principalmente os filhos, a

Vitória­ - Porque eles não aparecem em

de sentir... não falo tanto, mas gosto de abraçar.

nha mãe era muito exigente e eu sempre cobro muito de mim. Sempre acho que eu devo acertar para não ser cobrada. O tempo todo eu quero fazer a coisa certa. Gosto de ajudar as pessoas, de abraçar,

Você se sentiu derrotada? Você insistiu em ser candidata. Por quê? Iriny - Não. Eu não me sinto derrotada. Me candidatei para o PT disputar e se o meu Partido não disputa ele está morto. Então, me candidatei para apresentar projetos, pois é nas candidaturas majoritárias que os partidos apresentam projetos, o que muita das vezes não acontece nas proporcionais. Quero ver meu Partido


disputando, apresentando e realizando projetos. Vitória­ - Durante a Campanha você dizia que queria cuidar das pessoas, de cada pessoa. Isso era verdadeiro? Iriny - Sim. Alguns pensam que político só pensa em si mesmo, mas eu realmente amo as pessoas e quero cuidar delas tenho amor e preocupação. É carinho mesmo, é querer mudar a realidade, melhorar a vida. Vitória­ - O que mudou na Iriny após a

Campanha Política?

Iriny - Eu amadureci, para haver amadu-

recimento é preciso caminhar. Tem coisas hoje que não abro mão, outras deixo prá lá. Estou mais tolerante, mas continuo tendo objetivos, tendo opinião. As pessoas precisam ter opinião e objetivos.

Vitória­ - Como você se sentiu durante a eleição? Iriny - Abandonada. Vitória­ - E com relação à sua família? Iriny - Solidariedade, muita solidariedade. Vitória­ - E com as pessoas? Iriny - Carinho. Vitória­ - E aquele índice de rejeição altíssimo que a imprensa divulgou? Iriny - Eu não senti. Nas ruas senti carinho. Vitória­ - O que você gostaria de respon-

der e nunca ninguém perguntou?

Iriny - ...Acho que é isso mesmo do amor,

do sentimento pelas pessoas, de verdade, eu tenho sentimento...

Vitória­ - E o futuro? Iriny - Continuo na política, no PT, pro-

pondo projetos com ou sem mandato. O meu partido também amadureceu e vou continuar disputando os rumos do PT e do país. Novembro/2012

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arte sacra

Olhar com o coração É denominada arte sacra a arte religiosa que tem um destino de liturgia, isto é, aquela que se ordena a fomentar a vida litúrgica nos fiéis e que por isso não só deve conduzir a uma atitude religiosa genérica, mas há de ser apta a desencadear a atitude religiosa exigida pela Liturgia, quer dizer para o culto divino.

paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Vila Velha

C

ontemplar o belo faz parte da natureza do homem e da mulher! Somos imagem e semelhança da Beleza-Bondade que se revela a nós na pessoa de Jesus Cristo. Santo Agostinho já nos ensinava que Aquele que fez belas todas as coisas mutáveis, presentes na criação, não

pode ser outro que não o próprio Deus, “Beleza imutável”1. A Igreja encerrou o Concílio Vaticano II com uma de suas grandes mensagens dirigida aos artistas. Nela, o expresso convite à produção de uma autêntica arte que responda às necessidades do homem contem-

porâneo diante da “desertificação” espiritual que avança ao longo dos últimos decênios: “O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens [...], que une as gerações e as faz comungar na admiração”2. O caminho da beleza, expresso pelo emprego da arte sacra cristã tradicional, rica também no simbolismo universal, tem ajudado a Igreja, ao longo da história, a traduzir a sua mensagem divina na linguagem das formas e cores, tornando perceptível o mundo invisível. Com o objetivo de representar o Cristo, Verbo encarnado, que inaugura a possibilidade da representação de Deus no meio do seu povo, é capaz de alcançar o coração do homem de todos os tempos e culturas. “[...] só o estupor, o encantamento, o maravilhar-se [...] coloca-nos diante de uma presença”3. A arte sacra contemplada e tornada vida, torna-se então, um caminho para encontrar Deus. Essa experiência-encontro com o Mistério Raquel Tonini, membro da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese de Vitória e Grupo de Reflexão do Setor Espaço Celebrativo da Comissão Litúrgica da CNBB Santo Agostinho, Sermão 241, 2. Mensagem do Papa Paulo VI aos artistas, 1965. São Gregório de Nissa, século IV

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saúde

Varizes provocam trombose?

E

m 2003, uma mulher de 50 anos me procurou para tratar dores no quadril, também apresentava risco de trombose nas safenas D e E, mas antes queria aliviar as dores para depois fazer cirurgia e retirar as safenas. Após 5 meses de tratamento, como o quadro de dor havia melhorado, fez um novo exame para saber como estavam as safenas e, para quando marcaria as cirurgias. Para sua surpresa e também minha, as veias estavam com seu diâmetro mais próximo do normal e sem o risco das tromboses. No momento que se tem dor, fraqueza, tensões, desequilíbrio no controle dos movimentos, os músculos se endurecem e, apertam os vasos sanguíneos

Relato de um tratamento

e linfáticos na região do quadril, com isso represam os líquidos e provocam dilatação das veias e sistema linfático abaixo, causando, varizes e inchaço nos membros inferiores. Outro fator que causa varizes é a compressão ou degeneração dos nervos, os quais são necessários para que o cérebro possa controlar o corpo, e isso pode causar rigidez e flacidez de músculos e sistema circulatório. Foi uma grande satisfação saber que nosso tratamento havia auxiliado aquela mulher a recuperar seu sistema circulatório naturalmente. Após esse caso, comecei a comentar e a receber relatos de outras pessoas que também pas-

saram a se observar mais. Desde então, muitos pacientes já tiveram melhoras na redução de varizes e, na prevenção de tromboses. Como nossos hábitos de movimento também geram os desequilíbrios e disfunções no organismo, nada melhor que desenvolver novos movimentos para conquistar qualidade de vida. Dr. Audinei Carlos das Neves

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Paróquias

SANTA Maria Goretti

M

aria Goretti nasceu no ano de 1890, em Corinaldo, Itália, filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini. A sua família vivia em grande pobreza e trabalhava no cultivo de uvas. Migram para Nettuno, no ano de 1899 e no ano seguinte seu pai morre vítima de malária. Possuía um desejo tremendo de receber a Primeira Comunhão, mas as dificuldades financeiras e de aprendizagem foram impecilho. No ano seguinte, o zelo de um religioso passionista atuando particularmente na sua catequese, fez com que a pequena Marietta recebesse esse grande presente. Um jovem chamado Alessandro Serenelli tinha um imenso desejo de possuí-la. Como tinha grande horror ao pecado, Marietta relutou até o fim. No dia 05 de julho de 1902, ele feriu-a mortalmente. Na

tarde do dia 06 de julho, após ter perdoado o seu assassino, ela partiu para o Pai. No dia 24 de junho de 1950, o Papa Pio XII canonizou Maria Goretti. Na celebração estavam presentes a sua mãe Dona Assunta e o seu agressor Alessandro Serenelli, que após profunda experiência de conversão, tornou-se um irmão franciscano. Santa Maria Goretti, tem também, o título carinhoso de menina de Deus

Projeto da Nova Igreja

Sobre a paróquia w Criada em 16 de julho de 1958 por Dom José Joaquim Gonçalves – V bispo do Espírito Santo. w Desde esta data a paróquia está sob a responsabilidade dos Padres Passionistas. w No período de 1953 a 1957, a mesma Congregação deu atendimento religioso a quase todas as comunidades católicas do município de Cariacica.

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ARQUIVO E MEMÓRIA

O “PAI” DOS HANSENIANOS Padre Matias Hahn, sacerdote alemão veio para o Brasil com a missão de servir numa comunidade de hansenianos.

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m 1951 chegou a região de Itanhenga – Nova Rosa da Penha em Cariacica, para trabalhar na colônia dos portadores de hanseníase. O padre morou no então denominado leprosário em uma casa simples e pobre perto dos doentes, sendo o único morador sadio do local. A casa que o abrigou ainda está no mesmo lugar e é moradia da Irmã Lúcia Maya, Missionária Redentorista, que trabalha com os Hansenianos. Padre Matias administrava os sacramentos, cuidava dos filhos dos doentes que, naquele tempo, pela força da lei, eram retirados do convívio dos pais e internados no Educandário Alzira Bley, atendia os doentes e era muito rígido nas

questões morais. Contam-nos, os que o conheceram, que o sacerdote não permitia bagunças, bebedeiras, prostituição e brigas entre os internos . Além da parte religiosa e espiritual, o padre cuidava da alimentação dos moradores da colônia. Partilhava entre eles, leite, queijo e carne, que compra-

va com dinheiro enviado da Europa por seus familiares, pois considerava precária a alimentação fornecida pelo Estado. Irmã Lúcia Maya após ouvir muitas histórias sobre Matias Hahn, que nem chegou a conhecer, o descreve como um verdadeiro missionário, o pai dos hansenianos. Padre Matias Hahn faleceu em 28 de abril de 1979 aos 76 anos, sendo sepultado no cemitério da colônia.

Além da parte religiosa e espiritual, o padre cuidava da alimentação dos moradores da colônia.

Giovanna Valfré Coordenação do Cedoc

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Reportagem

Reféns do

preconceito

e do abandono social O Hospital Dr. Pedro Fontes, também conhecido como Colônia Itanhenga, foi criado em 1937, no município de Cariacica para abrigar mais de 400 pessoas, na época portadoras de hanseníase.

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mbora conhecido como hospital, ele não tem a configuração de hospital com a qual estamos acostumados. Na verdade, é um hospital-colônia, uma micro-cidade composta por clínicas ambulatoriais, armazém, igreja, escola, farmácia e diversas casas, onde eram abrigados os portadores da doença que, naquele tempo, eram impedidos da convivência social, porque a hanseníase era infecto-contagiosa e não tinha cura. Apesar de passados quase 80 anos, a colônia ainda existe e, para surpresa de quem visita o local, encontra, ainda hoje, 24 moradores remanescentes do isolamento compulsório, que lutam pela eliminação do preconceito. “As pessoas tinham medo de se aproximar de um hanseniano. Acreditavam que o contato físico pudesse atrair azar ou alguma maldição para suas vidas”, explica irmã Lúcia Maya, que trabalha há 26 anos no hospital-colônia. O hospital esconde um passado sombrio. O local era controlado, permanentemente, e os que tentavam fugir eram “caçados” pelos policiais que faziam o patrulhamento no local e tratados como marginais. “Alguns doentes ficaram com transtornos psicológicos, por conta da prisão que viviam, e acabavam se suicidando”, disse a irmã. Capturados pela polícia sanitária estadual, os moradores do hospital foram forçados a deixar para trás

seus laços familiares, sua identidade e origem, formando no interior dessa instituição uma nova sociedade. Os filhos de hansenianos que nasciam na Colônia Itanhenga eram retirados compulsoriamente dos seus pais, e encaminhados para o Educandário Alzira Bley, localizado em um terreno próximo ao hospital-colônia. “Logo após o parto arrancaram o meu filho dos meus braços. Chorei 40 noites sem parar”, recorda Sofia Andreão, que viveu reclusa por quase 25 anos no local. Emocionada, ela relata que teve mais dois filhos, ambos privados da convivência familiar. “Acabei me acostumando com a dor. Não tinha nada que eu e meu marido (também interno) pudéssemos fazer”. O trabalho voluntário como costureira, ofício que

aprendeu aos 23 anos quando chegou à colônia, foi uma forma que encontrou para ajudar os outros doentes e a si mesma. “Manter a mente ocupada, amenizava o meu sofrimento”, conta. Sofia ainda lembra que só podia ver os filhos no natal e no dia das mães. “Era uma dor terrível. Não podia tocá-los, uma grade nos separava”. Hoje, curada da hanseníase, ela mora em uma comunidade próxima ao hospital e convive diariamente com seus filhos. “Conversamos pouco sobre o que vivemos. É um passado que toda minha família tenta esquecer”. Liberdade

Os avanços na medicina, a partir da década de 70, que encontrou medicação adequada para impedir contágio, desde que a pessoa portadora

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Reportagem

“Vivi momentos alegres aqui. Conheci muitas pessoas. Mas, preferia ter ficado com minha família em Minas Gerais.

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da doença assuma o tratamento, abriu caminho para a conquista da liberdade dos moradores da colônia. “O sucesso clínico consiste no diagnóstico precoce e no empenho do paciente em cumprir as orientações médicas”, esclarece a dermatologista Renata Modolo. “Com a introdução do tratamento terapêutico no Brasil, a poliquimioterapia, que reduz o tempo de tratamento da doença, garantindo a cura para todos os casos, o isolamento compulsório foi sendo abolido no Espírito Santo”, explica a dermatologista. Aos poucos, os internos do Hospital Dr. Pedro Fontes foram se mudando para áreas próximas, que foram transformadas em pequenos bairros denominados Pica-Pau e Cajueiro. “A

cerca de madeira, que dividia o espaço entre o hospital-colônia e a sociedade, foi rompida. Os internos passaram a ter não só o direito à vida respeitado, mas, também o da liberdade”, afirma Solange Herzog, funcionária do hospital há 28 anos. A reintegração social dos pacientes não foi exercida com total êxito. Marcelino Moreira de Oliveira, ainda traz no corpo e na alma os sinais do isolamento forçado que viveu por quase 30 anos. Hoje, deficiente visual e aos 80 anos, ele ainda mora na Colônia Itanhenga. “Vivi momentos alegres aqui. Conheci muitas pessoas. Mas, preferia ter ficado com minha família em Minas Gerais. Sei que agora as coisas mudaram, os tempos são outros. E mudou para melhor. Mas, vou sair daqui e me mudar para onde? Minha família são as pessoas que ainda moram na colônia. Aqui, eu me sinto igual a todo mundo”. Reféns do preconceito, os 18 homens e seis mulheres que ainda moram no Hospital Dr. Pedro Fontes são a herança dos anos de exclusão e abandono social que viveram. No local ainda funcionam três casas geriátricas que acolhem os internos remanescentes. Futuramente, no lugar da antiga biblioteca do hospital-colônia, será construído um museu pela Secretaria Estadual de Cultura, que vai resgatar a história do local e a dignidade das centenas de pessoas que passaram por lá.


ideias e sugestões

Mundo, complexidades, novos jeitos de viver Para escrever este texto deixo de lado, por enquanto, o livro de Dino Buzzati, O deserto dos tártaros. Este romance de 1940, obra prima do autor, já levado ao cinema com o mesmo título, ainda continua um excelente convite para quem deseja uma boa leitura, tanto pela fluidez e beleza do texto quanto pelas indagações sobre a vida que ele suscita. Somos forçados no seguir das páginas a nos perguntar sobre as atividades a que nos entregamos em passividade, sobre as mudanças que não implementamos em nosso jeito de viver, sobre os desejos que não ousamos realizar.

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em, sigamos. O mundo pode nos adoecer, pode nos envolver em aconchegantes mantos de passividade, e como diria Richard Sennet - renomado sociólogo americano - o capitalismo vai impondo a todos uma corrosão do caráter. Destarte, a despeito dessa corrosão que em nós também atua, haveremos cotidianamente de nos posicionar contra ela. E, se o mal-estar se generaliza, se as insatisfações se avolumam, se as indelicadezas se disseminam, se os modos agressivos de convivência se

expandem, inclusive entre aqueles que labutam a mesma luta, nós outros, retornando às fontes das beatitudes, da poesia e do abraço, reafirmaremos o propósito de não abdicarmos de outros e bonitos e possíveis jeitos de viver. Também reafirmaremos a confiança nos modos plurais, criativos e coletivos de darmos respostas às questões que nos interpelam. Ah, que explicações podem ser dadas, penso que sim, para esse mal-estar. Mas mais do que isso, mais do que constatar e explicar a perda dos vínculos entre as pessoas, a perda das delicadezas e suavidades no trato de umas com as outras, cabe retomar o que nutre a confiança mútua, a necessária bondade no convívio com os outros, a inadiável tolerância aos modos diferentes de ver e viver a vida, o respeito reverente aos pensamentos e às convicções das pessoas, entre outras atitudes. Então, não será binária a avaliação que faremos da vida, da Igreja, do mundo, de nós mesmos. As realidades são muito mais complexas do que possa alcançar o saber que se arvora em dividir as pessoas em dois blocos, os que pensam como eu penso, e os outros. Sim, quanto mais desprezamos o saber do outro, sua experiência, a possibilidade de outros saberes, mais caímos na idolatria do nosso próprio ponto de vista. Não será binária, destarte, a classificação que farei das pessoas, pondo ao meu lado os que me são iguais, os laureados com todos os meus elogios, pondo do outro lado os que são ou-

tros, e porque são “os outros”, “G8” e etc, são os causadores dos problemas que me afligem. Não. Decerto não. A realidade tem muito mais do que dois lados. E se a realidade é multifacetada na sua complexidade, se são multiaxiais os problemas que enfrentamos - seja no mundo, na Igreja - também os modos de lidar com isso não serão padronizados, monocromáticos, pensados por uns para muitos. Haveremos de somar experiências, antes de nos apoiar em especialistas, em planos e estratégias. Estes não serão dispensados, mas aquelas serão mais valorizadas. E, no que diz respeito a estratégias, há que se tomar cuidado, pior ainda será se forem “estratégias de convencimento”. Estratégias de convencimento - se se quiser usar esta não muito saudável expressão - precisam ser, de fato, estratégias em que se vence desafios a partir das forças de muitos, con-vencer, e não a partir da capitulação de outros modos de pensar em favor de um determinado ponto de vista. Talvez o caminho que poderemos alargar na direção de um outro jeito de viver incluirá em primeiro lugar - entre nós com maior empenho – o sonho de que, de fato, pode haver um outro jeito de viver, e de conviver, melhor. Em segundo lugar, viver com o propósito de não colocar nada acima da beleza e da importância das diferenças, da delicadeza da bondade, da consideração pelos que nos são próximos – mesmo que não sejam “amigos”. Dauri Batisti

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projeto

Semente, UM TRABALHO DE

inclusão social F

ruto de mobilização social, de pessoas ligadas à Paróquia de São Pedro, em Jacaraípe, o Projeto Semente nasceu com a proposta de ser um espaço de oportunidades para crianças e adolescentes, em situação de risco pessoal e social, que vivem no Bairro Residencial de Jacaraípe e adjacências (Lagoa de Jacaraípe, Costa Dourada, Jardim das Laranjeiras, Bairro das Laranjeiras e Jardim Atlântico).

200 crianças

Atualmente, a instituição atende 200 crianças e adolescentes, com faixa etária de 07 a 17 anos, que por meio de atividades sócio-educativas de prevenção e formação, possibilitam uma nova realidade de vida, com mais dignidade e novas oportunidades.

Atividades educativas Entre as diversas atividades educativas desenvolvidas no Projeto Semente, destacam-se:

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Horta e Jardinagem

Escolinha de Futebol

As crianças aprendem a preparar a terra para plantar as sementes. A ação serve para conscientizar os menores sobre a importância de cuidar da natureza que beneficia a todos, trazendo alimentos.

Promove a socialização das crianças e dos adolescentes por meio da prática esportiva, incentivando a promoção da saúde e melhor auto-estima. Na Escolinha de Futebol as crianças conhecem os benefícios do esporte para melhores hábitos de vida.


Sustento e sobrevivência do projeto O Projeto é mantido através de convênio com a Prefeitura de Serra desde 2005 e administrado pela Cáritas Arquidiocesana que coordena a metodologia do mesmo com pedagogos, educadores sociais, psicólogos, assistentes sociais e técnicos agrí-

colas. O projeto tem parceria também com o CEPEMA, Centro de Execuções de Penas e medidas alternativas, tornando-se espaço de motivação à prática do bem. Conta, ainda, com 5% do dízimo mensal da paróquia São Pedro em Jacaraípe.

Aproximação da Comunidade Para que o projeto dê certo é fundamental o relacionamento com a comunidade local. Para isso acontecer destacam-se duas iniciativas que vêm dando certo:

1

Voluntariado Uma equipe de oito voluntários, motivados a construir uma sociedade mais justa e menos violenta, colaboram espontaneamente com a limpeza, a mobilização de recursos, o atendimento às crianças e aos adolescentes, e principalmente, com a presença que faz do Projeto um ambiente familiar.

Se você deseja ser um voluntário, agende sua visita ao Projeto Semente pelo telefone

(27) 3245-4994.

2

Campanha de Natal A “Campanha de Natal Solidário” visa tornar o natal das 200 crianças e adolescentes assistidos pelo Projeto Semente, mais feliz. Mas, também, aproximar a comunidade de forma concreta das crianças e adolescentes.

Participe: escolha a idade do seu apadrinhado (de 07 a 17 anos) e envie um e-mail para sementescaritas@hotmail.com, que os organizadores da Campanha enviarão um e-mail de resposta dando mais informações. Para este ano o padrinho ou madrinha deverá assumir o compromisso de presentear seu “afilhado” com um chinelo Havaianas e uma caixa de bombom.

Oficinas de Teatro

Formação humana

Novo Projeto

O projeto de teatro visa à sensibilização e desinibição das crianças e dos adolescentes, por meio de improvisos, dramatizações, exercícios corporais e vocais, criações de cena e personagens que estimulam o desenvolvimento infantil.

São aulas e atividades educativas que buscam encorajar os participantes do Projeto a agirem corretamente. São ensinamentos sobre comportamentos, impulsos, emoções e qualidades que valorizam a dignidade humana e o respeito ao próximo.

Será inaugurado, na Sede do Projeto Semente, no dia 14 de novembro às 14h, uma ação de incentivo à leitura em parceria com a Livraria Paullus. A comunidade está convidada a participar do evento. O novo Projeto de Leitura será mais um incentivo às crianças e adolescentes que passam a ter mais uma atividade: a leitura.

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cultura teológica

Redes sociais

portas da verdade e da fé

O Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais divulgou o tema para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013. Redes Sociais: portas da verdade e da fé; novos espaços de evangelização.

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o contexto do tema do Ano da Fé, o Papa Bento XVI, ao definir o tema para o 47° Dia Mundial das Comunicações Sociais, convida a refletir sobre as redes sociais, utilizando as metáforas de “porta” e de “espaço” relacionando com a verdade, a fé e a evangelização. Por que? Qual o profundo significado desta mensagem? A pergunta parece ser: as “redes sociais” na internet são formas de comunicar e condividir que contribuem para o crescimento humano dos indivíduos, ou um perigo insidioso que pode aumentar a sensação

de solidão e desorientação? Ao escolher o tema é como se o Papa dissesse: A rede social é um ambiente de relações, de encontros e, esse ambiente oferece grandes oportunidades: é porta e espaço. Acrescento eu: o critério de bondade não faz parte da Rede Social, porque é a ética da pessoa, a sua capacidade de integrar a presença neste ambiente virtual com os relacionamentos na própria vida. Portanto, o Papa interessa-se pelo fato que, num tempo em que a tecnologia tende a tornar-se o tecido que conecta muitas experiências humanas


como os relacionamentos e os encontros, é necessário perguntar-se: Pode isso ajudar as pessoas a encontrarem Cristo pela fé? Não é mais suficiente a adequação superficial da linguagem ou do pensamento da Rede como meio de evangelização. É indispensável, porém, poder apresentar o Evangelho como resposta às perguntas de sentido e de fé, que também surgem da rede e, na rede tornam-se estrada. O que torna as redes sociais peculiares é a emergência das relações e

“Uma pessoa que vive de relacionamentos sadios, pode encontrar nelas uma grande oportunidade para continuar as relações que, de outra forma, seriam muito fragmentadas.

a acentuação de um estilo dialógico e interativo na comunicação e nas relações. O certo é que a vida das pessoas de hoje exprime-se, também, no ambiente digital. O Papa parece quebrar o dualismo do dualismo digital. Enquanto disserem que precisa sair das relações em rede para viver relações reais confirma-se a esquizofrenia de uma geração que vive o ambiente digital como um ambiente puramente lúdico, no qual joga-se um segundo ‘eu’, uma dupla identidade que vive de banalidades efême-

ras, como uma bolha privada de realismo físico, de contato real com o mundo e com os outros. O desafio não é somente a ética, mas profundidade espiritual. Se o Pontífice indica que as Redes Sociais podem ser “portas de verdade e de fé; novos espaços de evangelização” então, um dos maiores desafios hoje consiste em não ver a Rede como uma realidade paralela, mas um espaço antropológico interconectado pela raiz com outros lados de nossa vida. O desafio, portanto, não deve ser aquele de como usar a rede, como muitas vezes pensamos, mas de como a pessoa possa encontrar Cristo na fé, vivendo sua vida também no contexto das Redes Sociais. Padre António Spadaro é sacerdote Jesuíta, Mestre em Comunicação, Doutor em Teologia e diretor da Revista Civiltá Católica

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acontece

Encontro de assessores Jubileu de prata Em comemoração aos 25 anos do Instituto de Pastoral Catequética da Arquidiocese (IPAC) acontece no dia 24 de novembro, uma festa na quadra do Colégio Agostiniano, em Vitória. O evento começa a partir das 14h. São convidados a participar

do momento celebrativo os atuais Ipaquianos e ex-ipaquianos. Para garantir sua participação no evento, os interessados devem confirmar sua presença até o dia 12 de novembro pelo telefone (27) 3025.6265 ou pelo e-mail mitra.catequese@aves.org.br.

EEJ 2012 Entre os dias 15 e 18 de novembro, o Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica (RCC), realiza no Parque de Exposição de Carapina, na Serra, o Encontro Estadual de Jovens – EEJ. Com o tema “Jovem tu me amas: apascenta as minhas ovelhas”, o evento deste ano pretende reunir, aproximadamente, 15 mil jovens capixabas. Na programação do encontro, shows católicos, workshops, Missas e pregações. A animação ficará por conta do Ministério Santuário, Ministério Bem Aventurada e Banda Rezza. A inscrição custa R$25,00 e pode ser feita no dia do encontro.

ABBA PAI

ARTIGOS RELIGIOSOS CATÓLICOS Livros, Cd’s, Bíblias, Imagens, Crucifixos, Lembranças para: Batismo, 1ª Eucaristia, Crisma e outros. Rua Eugênio Ramos, 656 Jardim da Penha - Vitória - ES Telefax (27) 3235-2344 (próximo a igreja São francisco de assis)

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Estão abertas as inscrições para participar do Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Juvenil, que acontece entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, em Brasília. Promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento é destinado aos responsáveis adultos de (arqui) dioceses, movimentos, congregações, comunidades, pastorais e organismos que trabalham diretamente com a juventude. O encontro reflete a temática “A Juventude no Ano da Fé”. A proposta é auxiliar os assessores na missão de acompanhar os jovens na educação da fé, como orienta o Papa Bento XVI. A taxa de inscrição é de R$220. O valor inclui hospedagem e alimentação para os quatro dias de evento. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de novembro pelo site www. jovensconectados.org.br.


Padres x Paróquias

Encontro de Liturgia

Em reunião com o Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Vitória, o Arcebispo Metropolitano, Dom Luiz Mancilha Vilela realizou o remanejamento de diversos padres.

No dia 24 de novembro, das 8h às 17h, no Centro de Treinamento Dom João Batista, em Ponta Formosa, Vitória, a Pastoral Litúrgica da Arquidiocese de Vitória realiza um encontro destinado aos agentes envolvidos com a Liturgia. A temática do evento é “Bíblia: exegese e hermenêutica”. O encontro será assessorado pelo padre Andherson Franklin Lustosa de Souza. As inscrições devem ser feitas até o dia 14 de novembro pelo e-mail mitra.folhetocaminhada@aves.org.br ou pelo telefone (27) 3025-6296. O investimento é de R$ 30. A orientação é que participem do encontro até cinco pessoas por Paróquia.

Confira as mudanças w Pe.Roberto Moreira de Sousa Neto assumiu a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Brejetuba. w Pe. Carlos de Assis Viana saiu da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Brejetuba, e assumiu a Paróquia São Francisco de Assis, Porto Santana, Cariacica. w Pe. José Pedro Luchi assumiu a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Serra, antes conhecida como Santuário de Fátima. w Pe. Walmir dos Santos tomou posse como Administrador Paroquial, na Paróquia Jesus Libertador, Castelo Branco, em Cariacica. w Pe. Jesimar Soares saiu da Paróquia Santa Rita de Cássia, em Vila Velha, e assumiu a Paróquia Sagrados Corações, em Barcelona, na Serra. w Pe. Diego Carvalho dos Santos deixou a Paróquia Jesus Libertador, de Castelo Branco, Cariacica, e assume no dia 10 de novembro, a função de Administrador Paroquial, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Alfredo Chaves. w Pe. Elson Moura do Nascimento assume no dia 9 de novembro, a Paróquia Santa Maria Goretti, Jardim América, Cariacica.

Avaliação Com a proposta de fortalecer e unificar o trabalho pastoral, a Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Vitória promove, no dia 11 de novembro, sua Assembleia Anual. A reunião vai avaliar as ações realizadas neste ano pela Pastoral na Arquidiocese, refletir sobre a Campanha do Dízimo 2012, e definir diretrizes e propostas de ação para a Pastoral do Dízimo em 2013. O encontro começa às 8h, com a celebração da Santa Missa, no Centro de Formação Dom João Batista, em Ponta Formosa, Vitória. O final do evento será com o almoço de confraternização às 12h30. As inscrições devem ser feitas até o dia 5 de novembro pelo e-mail mitra.secretariapastoral@aves.org.br. Mais informações pelo telefone (27) 3025 6288.

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festa

20 ANOS NO AR: RÁDIO AMÉRICA AM 690

A a missão de evangelizar, educar, enfatizando a justiça social, o bem comum, a solidariedade e a formação cidadã...”

rádio América AM, veiculo de comunicação da Arquidiocese de Vitória, completa 20 anos no ar. São duas décadas de história, levando a seus ouvintes entretenimento, serviço e música em uma programação de qualidade voltada às famílias, com a missão de evangelizar, educar, enfatizando a justiça social, o bem comum, a solidariedade e a formação cidadã, em sintonia com os princípios cristãos, onde a Palavra de Deus sempre esteve em primeiro lugar. São muitos ouvintes conquistados nas diversas localidades que a rádio al-

cança através do seu sinal. Hoje a emissora chega a todo o Estado do Espírito Santo, ao leste de Minas Gerais, sul da Bahia e norte do Rio de Janeiro, inovando como a primeira emissora AM do Espírito Santo a transmitir com sinal digital e com 18 horas de programação local ao vivo, das 06 às 24 horas. A rádio pode ser sintonizada em qualquer lugar do mundo, pela inter-

net, através do site www. redeamericaes.com.br. E para esta data, uma série de eventos foram planejados a fim de celebrar com os amigos conquistados na sintonia e as paróquias. No último mês o Teatro Carlos Gomes foi palco do 1º evento dos festejos (foto), onde os ouvintes compareceram em massa. Foi o 1º Espetáculo de bandas católicas.

A próxima atividade será uma missa em ação de graças, no dia 25 de novembro, às 18 horas, na Catedral Metropolitana. E muito mais ainda está por vir, será um ano inteiro de celebrações. Sintonize a 690 AM e participe desta festa. É a rádio América, há vinte anos presente na vida da Igreja de Vitória!



Campanha da Evangelização

Coleta: 16 de dez

embro de 2012

Semana missioná ria

Bote fé Bote fé na co leta da evangelização e bote fé na juventude. Co labore!


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