Revista Vitória - Dezembro 2012

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vitória

Ano VII ͻ Nº 11 ͻ Dezembro de 2012

Z s/^d ZYh/ /K ^ s/dMZ/ ͳ ^ ISSN 2176401

9 772176 40103 5

Edição Mensal

00706

PARA UNIR O

céu e a terra ATUALIDADE

PROJETO

IDEIAS E SUGESTÕES

As lições de Jesus para entender os sinais dos tempos

Solidariedade faz diferença no Lar Frei Aurélio

Em busca de vitalidades nas complexidades da vida


DIÁLOGOS Fé, santidade e a preparação

4

Arcebispo Metropolitano Dom Luiz Mancilha Vilela Bispos Auxiliares Dom Rubens Sevilha Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias

Ano VII – Edição 11 – Dezembro/2012 Publicação da Arquidiocese de Vitória Editora Maria da Luz Fernandes / 0003098-ES Repórter Lisandra Melo / 0003041-ES Colaboradores Thales Delaia Alessandro Gomes Dauri Batisti Raquel Tonini Giovanna Valfré Alexandre Lemos Gilliard Zuque Revisão de texto Yolanda Therezinha Bruzamolin Publicidade e Propaganda comercial@redeamericaes.com.br Telefone: (27) 3198-0850 Fale com a revista vitória: mitra.noticias@aves.org.br Projeto Gráfico e Editoração Comunicação Impressa (27) 3319-9062 Ilustrador

Kiko, Arquivo

Designers Albino Portella Ricardo Coufler Impressão Gráfica 4 irmãos (27) 3326-1555

www.aves.org.br

para o Natal

CIDADANIA Adoção, diminuição da poluição e comunicação

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comunitária

SAÚDE

Pedalar pode ajudar a ter

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uma vida mais saudável

PARÓQUIAS

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Sagrada Família em Vitória

ARQUIVO E MEMÓRIA

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Solidariedade na Arquidiocese é prática antiga

ESPECIAL

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Tempo de Natal

IDEIAS E SUGESTÕES

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Em busca das vitalidades

ACONTECE

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Homenagens, avaliações e celebrações de Natal

FESTA Ganhadores da Campanha do Dízimo

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SUMÁRIO

ENTREVISTA A decisão pessoal de comprar e a influência da sociedade de consumo

ATUALIDADE

Se é presente, é Natal!

O

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Diante das estatísticas sobre religião, a Igreja Católica olha para as lições de Jesus

REPORTAGEM O acolhimento aos refugiados

ARTE SACRA

O templo como lugar privilegiado da liturgia

EDITORIAL

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PROJETOS

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Quando a comunidade faz

nosso viver movimenta-se entre o presente, o passado e o futuro e, neste balanço constante o tempo é o maestro. Dá o tom, indica as nuances, aponta o ritmo, sugere cadências, puxa para o alto, propõe os baixos, determina o que pode e o que não pode, o que é próprio ou impróprio, o que dá e o que não dá, o que foi e o que virá como se a vida corresse entre o ponto de partida e o de chegada. O Natal rompe com essa linearidade e continuidade. O Natal une o passado e o futuro e transforma o tempo em “um contínuo hoje”. Hoje, que quer acolher, crescer e aprender, viver bem e em paz, ser feliz com o que tem, encontrar-se para encontrar outros, abrir-se às “inventividades”, doar e doar-se, porque nascidos de uma mesma família onde há liberdade, espaço para a vida acontecer, lugares para experiências porque o tempo, o hoje, não começa e não acaba, Natal é o tempo do agora eterno, “a troca de dons entre o céu e a terra” e a “família humana tornou-se ícone de Deus”. A todos um Feliz e Santo Natal! Maria da Luz Fernandes Assessora de Imprensa


DIÁLOGOS

VOCÊ QUER SER SANTO? Quando o ser humano

naturalizado, desumanizado.

a raiz da desumanização do

chega ao melhor de si mes-

Quem não é santo é um ser

tecido social atual. A cultura

mo, recebe o nome de santo.

humano pela metade.

reinante propõe modelos de

Portanto, santo é o ser huma-

O que fazer para ser san-

no verdadeiro, no máximo de

to? Para ser santo basta ser

si mesmo, na excelência da

normal, ou seja, seguir o mo-

Cabe a nós, os segui-

sua humanidade. Sendo cria-

delo de verdadeiro homem

dores de Jesus, abrindo-nos

do à imagem e semelhança

(e verdadeiro Deus): Jesus.

docilmente à ação do Espíri-

de Deus três vezes Santo, o

Sendo discípulos do Mestre

to Santo, mostrar o homem

homem só pode ser natural-

Jesus nós aprendemos a ser

novo, que, consequentemen-

mente santo. Na perspectiva

verdadeiros seres humanos

te, formará famílias novas e

da fé podemos afirmar que

com o Verdadeiro Homem.

um mundo novo. Este é o

ser santo é a condição natural

Não tendo os olhos

sonho de Deus e o nosso

para o ser humano. Assim

fixos em Jesus, onde o ser

sendo, quando ele não é san-

humano olhará para encon-

to, o homem não está sendo

trar um modelo excelente

ele mesmo, isto é, está des-

para viver? Talvez aqui esteja

ser humano muito baixos ou superficiais.

“Na perspectiva da fé podemos afirmar que ser santo é a condição natural para o ser humano

também. Sejamos santos.

Dom Rubens Sevilha Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

PREPARAÇÃO PARA O NATAL

O maior presente de Deus Pai foi dar-nos seu filho Jesus Cristo, e o melhor presente para retribuirmos é acolhermos seu filho que veio, que vem e que virá no fim dos tempos.”

O Tempo litúrgico do

para retribuirmos é acolher-

no e do Caribe, realizada em

Advento teve início, este ano,

mos seu filho que veio, que

Aparecida de 13 a 31 de maio

na Igreja, no dia 02 de dezem-

vem e que virá no fim dos

de 2007, alerta-nos que, para

bro. É um tempo de espera,

tempos.

ficarmos verdadeiramente

o momento de fazermos um

A Igreja nos alerta, qua-

parecidos com o Cristo, o

balanço moral e espiritual do

tro semanas antes do Natal,

Verbo de Deus encarnado, é

ano todo, da nossa caminha-

a estarmos vigilantes para

necessário assumirmos a cen-

da como Cristãos e pedirmos

os valores de Deus, porque

tralidade do Mandamento do

vida nova para que o Cristo

nossa tendência é para as

Amor, que Ele quis chamar

possa nascer e renascer forte-

coisas da terra; às vezes nos

seu e novo: Amem-se uns

mente na nossa consciência

distraímos, nos preocupamos

aos outros, como eu os amei

e no coração dos ambientes.

demais com os presentes, a

(Jo 15,12). Quem ama acolhe,

O maior presente de Deus

roupa nova, a ceia, com as

perdoa, anuncia; quem ama

Pai foi dar-nos seu filho Jesus

coisas que passam e nos es-

espera; quem espera prepara;

Cristo, e o melhor presente

quecemos da verdade Eterna.

quem ama se encontra com

A V Conferência Geral do

Deus, porque Deus é amor.

Episcopado Latino-America-

Boa espera, boa preparação!

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

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VOTO DE FÉ

A

proxima-se a Festa do Natal. A família cristã não se esquece desta data. Vinte e cinco de dezembro tornou-se há séculos uma data especial. As pessoas viajam em busca de encontros com seus entes queridos. Fazem economias de seus ganhos para encontros com os familiares e para o lazer em família. A Festa do Natal do Senhor não é apenas um tempo das famílias de fé, mas por causa da fé em Jesus Cristo, é um tempo especial das famílias quando se cultiva a ternura familiar, as relações interpessoais em todos os setores da vida humana. Acredito que, antes de qualquer crítica negativa, sobre possíveis abusos da Festa do Natal do Senhor, nós cristãos, podemos e devemos celebrá-la como deve ser celebrada. Celebramos a vinda de Deus até nós. A Palavra de Deus, que percorreu durante tantos séculos de paciência com a humanidade, revelou-se no seio de uma família, de um povo, até chegar a este tempo memorável aproximando-se, definitivamente, da humanidade. Deus armou sua tenda

entre nós. “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós.” (Jo 1, 14). É a festa de Deus conosco, o Emanuel. É, sobretudo, um tempo de fé. Durante este ano somos convidados pelo Santo Padre a cultivarmos este dom precioso que recebemos, a fé. A Festa do Natal é festa de fé! É a fé na Palavra de Deus que se fez Homem, Jesus Cristo, que nos leva a celebrar com entusiasmo esta data. O fato de Deus ter se aproximado de nós para nos salvar, dar sentido a toda a nossa existência nos leva, na fé, a agradecer esta graça tão especial. O Mistério da encarnação do Verbo faz parte essencial de nossa profissão de fé! Este ano somos convidados a renovar e cultivar a Fé na Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, o Emanuel, Deus conosco! Os votos e desejo de Feliz Natal devem ser plenos de fé! Não há Dom e Presente mais precioso do que o Dom da fé no Verbo que se fez Homem para estar conosco e nos salvar! Feliz Natal, meu irmão e minha irmã! Este é o meu voto e desejo de fé! Dom Luiz Mancilha Vilela Arcebispo Metropolitano

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ATUALIDADE

Igreja Católica na Arquidiocese de Vitória Vamos continuar a colocar em prática as ações do Sínodo Arquidiocesano. Olhando pra frente. Agora é a hora da prática e eu vou cobrar isso das paróquias. Motivados pelo Ano da Fé , vamos aprofundar o cultivo da Fé, propiciando momentos de encontro com Deus. Outro momento marcante será a Semana Missionária na qual vamos reunir mais de 10 mil jovens, de todo mundo, em nossa Arquidiocese. Façamos, ainda, um esforço evangelizador em prol da paz, por um mundo mais pacifico. Como está não dá! E que os políticos que vão assumir mandatos façam

LIÇÕES

AS DE JESUS PARA A

IGREJA

J.B. Libanio

uma administração respeitadora e humana que

As estatísticas do IBGE têm deixado católicos

tenham espírito cristão, que valorizem o cidadão

perplexos e preocupados. Os números

e a cidade, baseada nos valores do Evangelho.

percentuais de católicos no Brasil descem a

Dom Luiz Mancilha Vilela Arcebispo Metropolitano de Vitória

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cada censo e os de evangélicos sobem.


Igreja Católica na Diocese de São Mateus A Igreja de São Mateus vai colocar todas as forças vivas em ação num grande projeto de evangelização chamado Santas Missões Populares . É um projeto longo, com cerca de quatro anos de duração, que envolve todas as pastorais e movimentos da nossa Igreja local.

E

m 1940, somávamos o porcentual de 95% de católicos no Brasil. Em 1991, já nos reduzíamos a 83,3%. Em 2000, caímos para 73,6%. E no último censo de 2010, não passamos de 64,6%. Em sentido inverso, caminham os evangélicos. Na década de 40, eles engatinhavam com 2,6%. E na última pesquisa, depois de 70 anos, eles atingiram 22,2%. A presença de outras religiões, embora estatisticamente pequena, já aponta para o pluralismo reli-

Como resultado, queremos formar cerca de 10

gioso presente no país: 2% se declaram espíritas; 0,3% se dizem pertencentes à umbanda e candomblé; o islamismo detém 2,7%; apenas 0,1% não respondeu tal quesito. Acentua-se a presença dos sem religião com a taxa de 8%. Segundo cálculos de projeção, os católicos por volta de 2030 responderão por menos da metade dos habitantes do Brasil. Aí estão os dados. Cabem as análises. Jesus pede-nos que interpretemos os sinais dos tempos.

mil novos missionários. Quero também continuar as visitas pastorais a todas as comunidades da nossa diocese. São mais de 700 e já visitei metade delas. O contato com a sociedade civil é fundamental. Žŵ ĂŶŽŶŝ ĞŵĞƟŶŽ ĚĞ ĂƐƚƌŽ Bispo da Diocese de São Mateus

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ATUALIDADE

Igreja Católica na Diocese de Colatina Em 2013 começa a execução do Projeto diocesano de evangelização baseado em quatro pilares: a mística, com a realização de retiros espirituais; a missão, com a implantação dos conselhos missionários diocesanos e paroquiais; a formação de novas lideranças para atuarem na missão e o fortalecimento de ações voltadas aos mais carentes. Atendendo ao desafio colocado pelo Ano da Fé , a meta é ir ao encontro daqueles que precisam ser acordados em sua fé, propiciar aos que estão afastados formação, além da multiplicação dos círculos bíblicos e leitura orante da Bíblia. Quero destacar ainda dois pontos: a intensificação das ações voltadas para a juventude com JMJ e a construção do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, em Ibiraçu. Dom Décio Zandonade ŝƐƉŽ ĚĂ ŝŽĐĞƐĞ ĚĞ ŽůĂƟŶĂ

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Repreendeu aqueles que sabem ler o tempo físico, mas não o movimento da história, sobretudo na perspectiva salvífica. Fica-nos esse desafio de Jesus. As religiões de maioria, normalmente, provocam adesões sem tanto compromisso. Nas pesquisas, inscrevem-se nelas pessoas não praticantes. As de minoria, porém, revelam convicção e assiduidade. A primeira reflexão sobre o êxodo de Católicos levanta a pergunta se os que abandonam a Igreja fazem parte da faixa não praticante. Então, nesse caso, tal fato pode provocar, por contraposição, maior engajamento dos que permanecem. Soa ocasião propícia para a Igreja Católica fazer profundo exame de consciência dos ensinamentos, liturgia e disciplina. Em seguida, assumir as modificações necessárias para responder às interpelações do momento atual. Analisemos, portanto, a Igreja sob esses três aspectos: doutrina, liturgia e disciplina. Pontos vitais de sua existência. Situemo-nos no horizonte maior da fidelidade à pessoa, práxis e mensagem

de Jesus. Elemento irrenunciável de autocrítica. A doutrina: impressiona na vida de Jesus a liberdade que tinha diante da Lei e das prescrições da vida judaica. A doutrina farisaica enrijecera. Jesus quebra tal rigidez. Ele interpretava o mundo judaico a partir da experiência de misericórdia em relação às pessoas. Em primeiro lugar, estava o bem daqueles que se aproximavam dele. Curou em dia de sábado, tocou leprosos, acolheu a adúltera, deixou-se tocar por mulher conhecidamente de má vida, conversou em público com mulheres, etc.. Não fez tais gestos em sinal de protesto, mas de acolhida e perdão. Por conseguinte, a doutrina da Igreja Católica existe para a salvação das pessoas e não por ela mesma. Primeira grande lição jesuana. E a liturgia? Jesus rezou, celebrou com discrição, não se constituiu nenhum “sacerdote” do templo. Prezava profundamente a relação pessoal com Jahwe, seu Pai. Comemorou a ceia pascal como sinal de despedida e de memória para


as gerações futuras. A liturgia católica não existe como puro rito eficaz em si mesmo e sim para celebrar a presença salvadora de Deus no mistério da vida de Jesus. Aí está o centro. Ela não se celebra por devoção, mas para vivenciar-nos a comunhão com a vida de Jesus em comunidade. A celebração eucarística ocupa o centro da vida cristã, fim e consumação dos outros sacramentos. Nela se pede que os fiéis, ao comungarem do corpo e sangue de Cristo, transformem-se pela força do Espírito Santo numa comunidade de amor, de justiça, de união. Jesus dá-se a nós para que nos demos aos irmãos. Corremos o risco de tornar a eucaristia superficial, teatral, cinematográfica, perdendo o sentido fundamental: comungar do corpo de Jesus para tornar-nos uma comunidade de entrega aos irmãos pela força do Espírito Santo. Nunca se insistirá demais na participação livre, consciente e esclarecida da Celebração Eucarística. Não se trata de “assistir missa”, mas de inserir-se no corpo da comunidade

pela força da Eucaristia. E o terceiro elemento da disciplina cai ainda mais sob a crítica jesuana. O enrijecimento ritualista com a preocupação principal na exterioridade das vestes e dos ritos distancia-se da prática de Jesus. Ele viveu como judeu comum, sem chamar a atenção sobre si a não ser pela fidelidade a Deus. O próprio Direito Canônico termina dizendo que a Suprema Lei da Igreja é salus animarum – a salvação das pessoas. Aqui está um dos pontos importantes para a revisão da Igreja. Até onde a liberdade criativa dos fieis tem espaço dentro da Igreja? Abre-se-nos maravilhoso campo para a renovação da Igreja nos três pontos. Uma doutrina que se interprete em vista da perspectiva salvífica realizada por Jesus e seja compreendida. Uma liturgia que acentue o aspecto da memória da presença viva de Jesus na qual os fieis comungam para entregarem-se ao serviço dos demais. E, finalmente, a liberdade jesuana em face de disciplinas que impeçam viver o frescor do Evangelho.

Igreja Católica na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim Para 2013 queremos dar prosseguimento ao projeto Ser Discípulo e Missionário e fazer com que cada um atenda ao chamado missionário da igreja. Os 50 anos do Concilio Vaticano II está sendo lembrado com momentos de reflexão para o clero e para os leigos. Estamos convocando, ainda, cada comunidade a trabalhar a temática do Ano da fé . Precisamos reanimar a alegria do católico de ter Fé, soprar essa brasa adormecida, a alegria desse reencontro com Cristo. E, a partir daí, chamar os outros a se colocarem no seguimento de Jesus. A Jornada Mundial da Juventude e o Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base, que vai acontecer em nossa diocese, são também pontos a destacar para o ano que vem. Dom Dario Campos Bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

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CIDADANIA

0HQRV SROXLomR Os ônibus ecológicos já são uma realidade na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado. Desde outubro,

a empresa que administra o transporte público no município conta com 13 coletivos que possuem um sistema de motor diferenciado, conhecido como Euro 5, e que consomem

3HUÀO GD $GRomR QR %UDVLO Mais de 4.000 crianças e adolescentes brasileiros esperam para serem adotados. O número parece

grande, mas não é. De acordo com os últimos dados divulgados pela Comissão Nacional de Justiça (CNJ) há no país 27.000 pretendentes à adoção. Destes, no entanto, 5.203 só querem bebês, 5.373 aceitam crianças com até um ano de idade e 5.474

admitem crianças com até dois anos. Em se tratando de raça, mais de 10 mil aceitam apenas adotar brancos. A porcentagem dos que aceitariam apenas negros é inferior a 2% do total. Sobre o gênero, 60% são indiferentes ao sexo da criança, 30% desejam meninas e 10%, meninos. Já, sobre os pretendentes à adoção, a CNJ divulgou que 24 mil são casais, 2,5 mil mulheres e 300 homens.

um combustível mais limpo. A tecnologia permite que haja uma diminuição de até 90% nas emissões de gases poluentes. A expectativa da empresa é que até 2022 toda a frota seja substituída pelos veículos, que causam menor impacto ambiental.

Intercâmbio em alta Presente em mais de 100 países e territórios, a AIESEC é uma organização global e sem fins lucrativos. No Brasil há mais de 40 anos, ela tem como objetivo oferecer uma experiência diferenciada ao estudante

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universitário, desenvolvendo suas habilidades através de intercâmbios profissionais e voluntários para os mais variados destinos. Reconhecida pela UNESCO como a maior organização de jovens universitários do mundo, os números


&RPXQLFDomR Comunitária Formar agentes de comunicação que trabalhem em prol da comunidade. Este é o objetivo da Varal Agência de Comunicação (Ponto de Cultura). Mantida pela Prefeitura Municipal de Vitória, a agência trabalha formando os moradores do Território do Bem , área composta pelos bairros da Penha, Bonfim, Consolação, Engenharia,

Valorizando a cultura Construído em 1949, o Mercado São Sebastião, localizado no bairro de Jucutuquara, em Vitória presta atualmente um importante serviço à cultura do Estado do Espírito Santo. Nele, funciona o

Centro de Referência do Artesanato Capixaba. Ao todo, são 14 boxes que co-

Floresta, Itararé, Jaburu e São Benedito. mercializam desde as tradicionais panelas de barro, moldadas pelas paneleiras de Goiabeiras, à doces e licores típicos da região serrana. Tombado em 2007, pela Prefeitura da capital capixaba, o Mercado abriga, ainda, eventos relacionados à literatura e música, ambos promovidos pela Secretaria de Cultura de Vitória no intuito de revitalizar o espaço.

da AIESEC impressionam, são mais

organização, podem visitar a sede da

de 2.400 universidades parceiras e

AIESEC Vitória, localizada no Centro

86.000 voluntários que auxiliam a

de Vivência da Ufes, em cima do Cine

formar a rede que realiza por ano

Metrópolis. São vagas para programas

cerca de 20.000 intercâmbios.

voluntários e profissionais para países

Os estudantes capixabas interessados em concorrer a uma vaga pela

do leste europeu, América Latina e Ásia.

Através de oficinas, exercícios e workshops, os participantes do projeto são incentivados a produzir e gerenciar ferramentas de comunicação, tais como: jornal comunitário, portal eletrônico, programas de rádio e audiovisuais, resgatando, assim, a história das comunidades em que vivem.


ENTREVISTA

Comprar ou

não? Luciana  Moura,  Publicitåria,  Mestre  e  Doutoranda  em  Psicologia

A

ntes  de  fazer  compras  para  o  Natal  precisa  perguntar-­se  sobre  a  real  necessidade  do  produto.  Nunca  se  deve  cogitar  gastar  mais  do  que  se  ganha  e  o  atual  estado  do  mundo  OŸĹ˜ÉšĂž_ Č–ĹŽ Ç‹sĘŞsÉŽ Ÿ ǣŸEÇ‹s OŸĹ˜ÇŁČ–ĹŽŸ OŸĹ˜ÇŁOĂžsĹ˜ÇźsĘł

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Vitória - No final do ano, neste clima de

Natal, as pessoas estão mais sensíveis ao consumo? Ou isso independe? Luciana - Sim, sem dúvida. A mídia começa a badalar as compras de final de ano já em setembro, a decoração natalina convida à compra. É cultural a troca de presentes no final de ano e existem brincadeiras que envolvem essa prática, como o tradicional amigo X e suas inúmeras variações. O décimo terceiro salário também tem esse sentido de ser usado para comprar coisas para o Natal. São muitos apelos e assim fica difícil resistir. Mas é importante lembrar que o ano começa com uma série de despesas e, quem já entra no ano novo endividado, vai ter uma chance menor de colocar as finanças em dia. Vitória - A propaganda alimenta o consumismo? Luciana -O objetivo da propaganda é favorecer o consumo, então a relação entre os dois é direta. Não que seja a única ou a mais séria causa, mas como o objetivo da propaganda passa pela apresentação de produtos, é natural que a exposição deles gere interesses que se convertem no desejo do consumo. Não há nada de errado com isso. O problema é quando esse processo assume uma dimensão que não consiga ser controlada objetivamente pelo consumidor, que se torna uma espé-

cie de “escravo” do seu próprio desejo de comprar e, com isso, assume riscos para sua saúde emocional e relacional. Vitória - As pessoas que compram mais têm a sensação de serem mais felizes? Existe esta satisfação? Luciana - Existe uma satisfação momentânea. Quando o consumo é uma válvula de escape para algum estado de insatisfação íntima, a compra funciona como um analgésico, que ameniza mas não resolve o problema real. Assim, durante poucos instantes a pessoa se sente bem, realizada, mas logo a insatisfação volta e o desejo de comprar reaparece. Em alguns casos isso pode virar uma compulsão. Assim como acontece em relação à comida, sexo, bebidas alcoólicas e drogas, as compras também podem viciar. Vitória -

Como faço para saber se eu sou um consumista? Luciana - Verifique se o hábito de com-

“O problema é quando esse processo assume uma dimensão que não consiga ser controlada objetivamente pelo consumidor, que se torna uma espécie de “escravo” do seu próprio desejo de comprar

prar é uma questão central na sua vida. É nisso que consiste seu prazer, sendo ele superior à satisfação de ter algo que você realmente precisava? Outra coisa importante é avaliar o tipo de consumo. O instituto Akatu – uma organização dedicada a promover reflexões sobre o consumo consciente - preparou um teste que mede o seu grau de envolvimento com as situações de consumo e uma coisa que parece central é o planejamento de compras. Quanto mais impulsiva for a pessoa, maior a chance de desenvolver compulsão por comprar. Vitória - Que mensagem você deixa para as pessoas que vão fazer as compras de Natal? Luciana - É preciso planejar em que vale a pena investir nesse final de ano. Se a família tem o hábito de comprar presentes, que faça isso de forma planejada, evitando os impulsos. Cuidado com as promoções e o parcelamento. É importante resgatar os verdadeiros sentidos das festas natalinas e fazer valer o espírito cristão que justifica as comemorações. As crianças, muitas vezes, são envolvidas em um clima de presentes e nem se recordam o que é tão comemorado. Muitos pequenos pensam que o aniversariante do Natal é o Papai Noel. Vivemos na era da reutilização, do reuso, da reciclagem. Aposte nessas ideias também no Natal. Envolva sua família em valores superiores, agradeça o fato de estarem juntos. Se vai haver compras de Natal que sejam elas compatíveis com a realidade da sua família e, simplesmente, um complemento da relação que os une, e não algo central ou o mais importante que todo o resto. Aproveite o Natal e reafirme o amor pelos que estão ao seu lado. Isso é o que vai lhe fazer realmente bem. Feliz Natal!

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ARTE SACRA

O TEMPLO E A LITURGIA

Catedral de Cristo Luz, Oakland, Califórnia -­‐EUA

“As palavras criam conceitos, os conceitos criam ídolos, só o estupor, o encantamento, o maravilharse tem o pressentimento de alguma coisa, colocanos diante de uma presença” São Gregório de Nissa, século IV

O

s cristãos, ao longo da história, inicialmente adaptaram e, posteriormente, construíram como até hoje, edifícios destinados ao culto divino. ‘Pedras vivas’ reunidas para ‘a construção do edifício espiritual’ tornado visível pelo edifício igreja: tenda do encontro com Deus e com os irmãos. Deve ser belo e

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adequado à ação litúrgica, trazendo em si mesmo os símbolos de nossa fé. A arte sacra surge como serviço à liturgia marcando cada lugar desse espaço com beleza e dignidade. O altar é o centro da igreja, lugar da Eucaristia. Nele se faz presente o Sacrifício da Cruz sob os sinais sacramentais, sendo também a mesa para onde todos nós somos convidados. O lugar da Reserva Eucarística permite a adequada conservação da Eucaristia e a oração. O lugar da Palavra deve ser destacado, favorecendo o anúncio e colocando-nos na disposição da escuta. O lugar da Presidência deve exprimir, com dignidade,

ůƚĂƌ ĚĂ /ŐƌĞũĂ ĚĂ ^ĂŶơƐƐŝŵĂ dƌŝŶĚĂĚĞ͕ &ĄƟŵĂͲWŽƌƚƵŐĂů

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a função de quem preside a assembleia e dirige a oração. O lugar do Batismo, cujo sacramento nos introduz na vida nova, é também memória de nossas promessas batismais. O lugar da Reconciliação, adequado para o recebimento do perdão. O lugar da Assembleia deve ser cuidado com atenção, permitindo a participação ativa dos fiéis. O lugar da Acolhida, onde todos são recebidos com alegria. Cada lugar tem sua função, sua dignidade, e faz parte do todo. Como sinal escatológico, entrar na Igreja, ‘o lugar sagrado’, é atravessar um limiar, símbolo “da passagem do mundo ferido pelo pecado para o mundo da vida nova”. Cristo é essa porta: por Ele, com Ele e n’Ele, somos todos introduzidos na comunhão com Deus. Raquel Tonini, membro da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese de Vitória


SAÚDE

PEDALAR É TER SAÚDE

P

edalar, correr e nadar são exemplos claros de atividades de “resistência aeróbica”. Mas o que é resistência aeróbica? O exercício físico, dentre eles “pedalar”, leva ao aumento do volume de sangue no coração que, consequentemente, eleva os batimentos cardíacos facilitando a troca de gás carbônico por oxigênio no organismo, além de levar nutrição necessária aos tecidos e órgãos. Assim, fica mais fácil para o sistema cardiorrespiratório (coração e pulmão), levar os nutrientes aos músculos em atividade, neste caso, especialmente os membros inferiores. Ao pedalar com marcha mais pesada, a pessoa aumenta a capacidade de contração do coração e a pressão sanguínea na parede dos vasos. No entan-

to, com marcha mais leve, pode ocorrer o mesmo. Caso a pessoa não esteja fisicamente ativa, ou seja, se for sedentária ou com idade avançada os benefícios também podem ser grandes, contudo, vale ressaltar que isso varia de indivíduo para indivíduo, se uma pessoa não estiver em condições físicas de sentar em uma bicicleta, é melhor que corra ou faça outra atividade que goste e que possa realizar com prazer. Por isso, todo exercício físico não deve ser realizado sem a orientação de um profissional de Educação Física. Quanto mais alta a intensidade do exercício, maiores são os benefícios e os riscos. O corpo e o psicológico de cada ser humano devem ser trabalhados e entendidos de forma completa, para que assim, antes do início do exercício

proposto, seja possível a identificação de doenças que possam ser curadas, mas principalmente, prevenidas com o exercício. Também é importante entender a diferença entre atividade física e exercício físico. Atividade física é todo e qualquer movimento realizado, mexer o braço, levantar para ir à padaria etc. Estas atividades são

rotineiras e podem ser feitas sem orientação profissional. Já os exercícios físicos precisam ser profissionalmente controlados, mantendo o equilíbrio da pressão, respeitando a resistência, a elasticidade e a função de cada vaso, como também os batimentos e estrutura física do coração. Mariana Ribeiro David de Souza, Pesquisadora e especialista em ƌĞĂďŝůŝƚĂĕĆŽ İƐŝĐĂ

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PARÓQUIAS

A

SOBRE A SAGRADA FAMÍLIA

Papa Bento XVI

s primeiras testemunhas do Natal, os Pastores, encontram diante de si não somente o Menino, mas também Maria e José. Deus quis revelar-se nascendo numa família humana, e por isso a família humana tornou-se ícone de Deus! [...] José cumpriu plenamente seu papel paterno, sob todos os aspectos. Seguramente educou Jesus à oração, junto com Maria. Ele, em particular, o terá levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, bem como a Jerusalém para as grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição judaica, terá conduzido a oração doméstica quer na cotidianidade, pela manhã, ao entardecer, nas refeições , quer nas principais ocasiões religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em Nazaré, entre a simples casa e a carpintaria de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família. Podemos, então, imaginar que a vida na Sagrada Família foi ainda mais repleta de oração, porque do coração de Jesus garoto – e depois adolescente e jovem – jamais cessará de difundir-se e de refletir-se nos corações de Maria e de José esse sentido profundo da relação com Deus Pai.

SOBRE A PARÓQUIA Z Criada em 1° de janeiro de 1993 por Dom Silvestre Luiz Scandian -­‐ 2º Arcebispo da Arquidiocese de Vitória Z A paróquia tem cinco comunidades Z Pároco: Padre Márcio Ferreira de Souza Z Vigário Paroquial: Monsenhor Tarcísio Anacleto Caliman

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NENÉM MENSAGENS Mensagens para todas as ocasiões, ao vivo ou por telefone. Cestas de café da ŵĂŶŚĆ Ğ ŇŽƌĞ Ɛ͘ 3343-­‐3451.”


ARQUIVO E MEMÓRIA

EU TIVE FOME E ME DESTE DE COMER A Igreja sempre se preocupou com os mais pobres. Desde o início da evangelização, em terras capixabas, a defesa dos menos favorecidos sempre foi sua marca.

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odemos exemplificar com a dedicação de José de Anchieta aos índios em nossa terra, a preocupação de Dom Fernando de Souza Monteiro(1902-1916) com o atendimento digno à população mais carente na Santa Casa de Misericórdia, o incentivo de Dom Benedito Paulo Alves de Souza (1918-1932) à fundação do Orfanato Cristo Rei, que cuidava da infância empobrecida e abandonada e, a vinda das Conferências de São Vicente de Paulo (Vicentinos) que silenciosamente trabalham, até nos dias de hoje, em favor da caridade. Nos anos de 1960, a Igreja buscou uma nova forma de organização e, além da fundação da Cáritas, sur-

Comunidade de Cariacica preparando cestas básicas para os mais carentes em 1999

giram as Pastorais Sociais que, com outro olhar e outra forma de atuar, têm trabalhado para minimizar a falta de pão para aqueles que necessitam. As comunidades e paróquias, ajudadas pelas Pastorais Sociais e Movimentos, espalhados por toda a Arquidiocese de Vitória, não medem esforços para, literalmente, viver o Evangelho de Jesus : Eu tive fome e me deste de comer (Mt 25,35).

Ação da pastoral da criança no Bairro São Pedro em 1994

Giovanna Valfré Coordenação do Cedoc

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REPORTAGEM

À PROCURA DA

liberdade

É difícil acreditar que, ainda hoje, existem pessoas que são proibidas e condenadas por manifestar suas opiniões, ideias e, sobretudo, a sua fé. No entanto, esta é a realidade em que vivem mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo.

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essoas que são obrigadas a deixar para trás compromissos profissionais, laços familiares, seus países de origem e, forçadas a se refugiarem em outras nações em busca de sobrevivência e liberdade. Essas pessoas saem de suas moradias, muitas

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vezes escondidas durante a noite, sem levar nada além da roupa do corpo e a esperança de encontrar apoio e solidariedade em outros povos. Maria (nome fictício), que não pode ter seu nome revelado, viveu anos de perseguição e intolerância

em seu país de origem, o Irã. “Quando conheci o Cristianismo comecei a estudar a Bíblia Sagrada. Desde então, comecei a ser ameaçada. Sofri humilhações físicas e emocionais. Fui tratada como criminosa por ler outro livro sagrado que não fosse o Alcorão”. 38 dos 50 países que mais perseguem cristãos no mundo, professam fé islâmica. É o caso do Irã, cujo Regime Político adotado é a República Teocrática, ou seja, o sistema de go-


verno, as ações jurídicas e policiais são submetidas às normas da religião oficial, o Islamismo. “A intolerância religiosa no meu País é desumana. Seguir outra religião é crime passível de duras penas”, diz Maria. Embora defendidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a liberdade política e religiosa são os principais motivos que levam diferentes países a adotarem medidas severas de punição, como perseguição, humilhações públicas e, até mesmo, pena de morte. Essas punições são aplicadas, em sua maioria, contra aqueles que desejam manifestar sua oposição ao sistema político, implantado em seu país, ou professar outra religião, diferente daquela adotada como oficial. Maria, que vive há quatro anos no Espírito Santo longe da opressão, sabe a importância do acolhimento das pessoas para reintegrá-la na sociedade e valoriza a liberdade que encontrou no Brasil. “Viver livremente minha fé, sem colocar em risco a minha vida e a vida da minha família, é um sonho concretizado. A liberdade,

A intolerância religiosa no meu País é desumana. Seguir outra religião é crime passível de duras penas.” em todos os campos, deve ser um direito respeitado de todo ser humano”, argumenta. Formada em Letras em seu país, Maria trabalha como professora de Inglês no Estado. “Tinha medo de passar necessidade no Brasil. Pensei que as pessoas não me aceitariam, por conta da minha condição de refugiada, mas fui bem recebida”. O trabalho já não é mais problema para ela, sua maior dificuldade é saber lidar com a saudade da família. “Não posso fazer nenhuma ligação telefônica, tenho medo de rastrearem meu número. Faz quatro anos que não vejo ninguém da minha família. Todas as noites a saudade é uma tortura para mim”.

Nuares, Núcleo de refugiados: Criado em 2004 pela Universidade de Vila Velha (UVV), como projeto de extensão do Curso de Relações Internacionais, o Nuares é o único órgão que atende a refugiados no Espírito Santo e, atualmente, ajuda cerca de dez pessoas em situação de refúgio. Segundo a professora Flávia Nico, responsável pelo projeto, o número de refugiados no Estado pode ser maior, mas por medo e falta de conhecimento, muitas pessoas não procuram ajuda. “Eles chegam aqui cansados, abatidos emocionalmente e desconfiados de todo mundo. Temem ser vistos como criminosos e receiam ser deportados, o que significaria a morte para muitos deles”. A professora explica que o objetivo principal do Nuares é ser um centro de apoio e assistência a essas pessoas, zelando pelos seus direitos e também ser um meio de promoção e responsabilidade social. “Temos que trabalhar na mente dos brasileiros que os refugiados não são bandidos, são vítimas de um regime

autoritário”, comenta. O refugiado colombiano, Emanuel (nome fictício), disse que se não fosse o apoio do núcleo, sua situação seria ainda mais difícil. Perseguido na Colômbia pela guerrilha armada, sem falar português, ele veio para o Brasil em 2010, aos 21 anos de idade. “É triste ter de abandonar o meu país, deixar para trás as pessoas que amo e esquecer toda uma história. Mas não tive opção. Para me ver livre das ameaças tive que fugir”. Formado em Engenharia Elétrica na Colômbia, ele trabalha no Espírito Santo como costureiro. “Ainda não consegui acertar a minha documentação

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REPORTAGEM

na Polícia Federal, a legislação é muito burocrática e a justiça brasileira é lenta. Por isso, sou impedido de exercer minha profissão. Além de costureiro levo a vida fazendo outros bicos pelas ruas de Vitória”. Emanuel tem notícias da família apenas pela Internet. “Quando a saudade aperta combinamos de nos encontrar pela webcam”. Mesmo vivendo nesta situação, ele agradece o ca-

rinho com que foi recebido por alguns capixabas. “Ganhei emprego e abrigo. As pessoas confiaram em mim. Essa recepção amenizou meu sofrimento. Tem gente que nasceu brasileiro, eu aos poucos estou me tornando um”, disse. De acordo com a ONU, existem no Brasil, cerca de cinco mil refugiados de 75 nacionalidades diferentes, que não podem voltar aos seus países por diferentes

Quem é considerado refugiado? Toda pessoa que, com medo de sofrer perseguição por motivos de raça, religião, política e nacionalidade, encontre-se fora do seu país de origem e não possa retornar com segurança. Refugiados no mundo ACNUR, Dados do segundo semestre de 2012, com maior número de pessoas refugiadas. Afeganistão: Mais de dois milhões de refugiados Paquistão: 1.702,7 mil refugiados Iraque: 1.428,3 milhão de refugiados Sudão: 500 mil refugiados. República Democrática do Congo: 491,5 mil refugiados Mianmar: 414,6 mil refugiados Colômbia: 395,9 mil refugiados Vietnã: 337,8 mil refugiados China: 205,4 mil refugiados Irã: 886,5 mil refugiados Síria: 400 mil refugiados Quênia: 566,5 mil de refugiados Jordânia: 451 mil refugiados

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motivos. “São pessoas em sua maioria altamente qualificadas, que falam mais de dois idiomas, com curso superior e que têm muito a oferecer ao Brasil, com seus conhecimentos e cultura”, diz a estudante de Relações Internacionais, Moara Ferreira. Para a estudante, que trabalha voluntariamente no Nuares, embora exista fragilidade na Legislação para tratar do assunto, a hospitalidade característica do brasileiro faz a diferença na vida dessas

pessoas. “Ao contrário de imigrantes, os refugiados não têm a opção de retornar à sua terra natal. Como seus diplomas dificilmente são reconhecidos no Brasil, eles têm dificuldades para trabalhar. Não fosse a ajuda e o acolhimento das pessoas, muitos morreriam até de fome”, conta. Pelas experiências que passaram, não é difícil entender o porquê muitos refugiados preferem o anonimato. Mesmo livres da opressão, vivenciada em seus países de origem, o medo de serem descobertos e deportados faz com que centenas deles prefiram viver escondidos. São vítimas marcadas pela dor da intolerância, que encontram em outros seres humanos refúgio, proteção e a esperança para recomeçar uma vida nova.

Qual é o órgão que concede o título de refugiado? O Comitê Nacional para Refugiados (Conare) é o organismo público responsável por receber as solicitações de refúgio, e determinar se os solicitantes reúnem as condições necessárias para serem reconhecidos como refugiados. Para ter acesso ao benefício, o interessado deverá acessar o site do Departamento de Polícia Federal - www.dpf.gov.br para agendar o seu atendimento. Após análise de documentos, o Conare libera a documentação que lhes permite residir legalmente no país, trabalhar e ter acesso a serviços públicos.


ESPECIAL

TEMPO DE

Natal Solenidade da Santa Mãe de Deus

D

a véspera do Natal até a festa de Batismo de Jesus comemoramos o início da manifestação do Senhor, em que celebramos “a troca de dons entre o céu e a terra”, pedindo que possamos “participar da divindade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade”.

Pela celebração desses acontecimentos, a Igreja faz memória deles e torna-nos seus contemporâneos. Assim, vivemos em contínuo hoje, um tempo novo de graça e de salvação, inaugurado por Cristo, na força do Espírito Santo, e que se faz presente no meio de nós.

FESTAS DO TEMPO DE NATAL Solenidade do Natal

Festa da Sagrada Família

Natal é a celebração de um acontecimento salvador, que a Igreja proclama todos os anos em meio a uma alegria tão doce e íntima como a da Virgem Maria na gruta de Belém, tão festiva e orante como a dos anjos do céu na Noite Santa.

Celebra-se dentro do domingo da oitava de Natal ou, se não houver nenhum domingo dentro da oitava, celebra-se no dia 30 de dezembro. A liturgia desta festa descreve o equilíbrio familiar como fruto do mútuo respeito entre pais e filhos.

Ocorre no dia 1° de janeiro. A liturgia apresenta-nos uma síntese da maternidade de Maria e da circuncisão de Jesus. Esta solenidade é a mais antiga celebração em honra da Virgem Maria dentro da liturgia romana. O título mãe de Deus inclui e, portanto, preserva a fé na divindade de Cristo Jesus. Maria é a mãe de Deus, pois pela encarnação a pessoa divina nela assumiu a natureza humana. Ela deu à luz um filho que é Deus. Ela lhe deu a natureza humana como instrumento da encarnação. Epifania do Senhor

A palavra “epifania” significa “revelação”. No Ocidente a Epifania celebra a manifestação do menino-Deus aos Magos que vêm de terras distantes. Os Reis trazem ouro, incenso e mirra para o menino-Deus. O ouro é sinal de sua realeza; o incenso, de sua divindade; e a mirra aponta para a sua paixão, visto que era a mistura aromática usada para preparar o corpo para a sepultura.

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Após ser batizado por João, o Espírito Santo desceu sobre Jesus. A tradição vê na descida do Espírito Santo sobre Jesus a verdadeira unção e investidura de Jesus como Messias. É a plena manifestação do Pai, pelo Espírito, consagrando o Filho à sua missão de colocar-se a serviço do Reino de Deus, dando preferência aos pobres e oprimidos, no cumprimento da vontade do Pai. Esta solenidade, narrada pelos quatro evangelistas, encerra o ciclo natalino.

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PROJETO

O DESPERTAR DE UMA COMUNIDADE EM FAVOR DOS

menos favorecidos maioria empregadas domésticas, que trabalhavam na Praia da Costa e Itapõa e, que não tinham com quem deixar seus filhos, este grupo decidiu construir o Lar Frei Aurélio para acolher as crianças. O projeto se tornou referência na Praia da Costa, como uma entidade que acolhe e constrói, através do

E

m uma área nobre de Vila Velha, um projeto social desenvolvido pela Comunidade O Bom Pastor ganha destaque. Localizado na Praia da Costa, o “Lar Frei Aurélio Stulzer” ajuda famílias carentes há 17 anos a cuidar de suas crianças no horário de trabalho dos pais. A relação de solidariedade existente entre a comunidade e as 75 crianças, de dois a seis anos de idade, assistidas pelo Projeto, tem despertado nos moradores do bairro o sentimento de amor e cidadania, aproximando a comunidade de outra realidade social, fazendo do Lar um instrumento de valorização da vida.

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amor e da dedicação,

%5(9( +,67Ð5,&2 O projeto surgiu em 1995, quando um grupo de reflexão de casais do ECC - Encontro de Casais com Cristo, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em união com a comunidade, atentos às necessidades das mães carentes, em sua

melhores oportunidades para dezenas de famílias.


RESULTADOS Quase duas mil crianças já foram beneficiadas com o projeto. Receberam educação em tempo integral, alimentação, uniformes e materiais escolares. Além disso, as crianças são assistidas com acompanhamento pedagógico qualificado, atendimento médico, odontológico e psicológico.

3/$12 '( 75$%$/+2 O Lar oferece um amplo trabalho pedagógico, visando o desenvolvimento das crianças nos aspectos social, físico e espiritual.

MANUTENÇÃO Para garantir a qualidade no processo educativo das crianças, são gastos mensalmente R$25 mil, sendo 80% deste valor financiado pela comunidade local, que o faz através de carnê mensal e, os 20 %

No aspecto social as brincadeiras e as atividades educativas são direcionadas para a promoção do respeito ao próximo, orientando para a boa convivência em grupo e excluindo qualquer forma de violência. No aspecto físico para garantir o desenvolvimento das crianças, são oferecidas cinco refeições diárias, preparadas por especialistas. Além disso, existem aulas práticas que estimulam hábitos saudáveis e de higiene pessoal. No aspecto espiritual as crianças são iniciadas à experiência da oração e aprendem a contemplar as coisas boas do mundo, a importância de se tornarem adultos que contribuam para uma sociedade melhor e mais fraterna.

restantes fruto de parcerias empresariais.

COMO AJUDAR Além de contar com equipe de 12 funcionários, que atuam na área de culinária, recreação e serviços gerais, o Lar Frei Aurélio conta ainda com o apoio de voluntários de diversas especialidades, como médicos, dentistas, nutricionistas e psicólogos. Quem tiver interesse em conhecer e colaborar com o projeto, deve entrar em contato com o setor administrativo da entidade, pelo telefone (27) 3329-7075.

NATAL FREI AURÉLIO O interessado em contribuir com a Campanha Natal Solidário , basta entrar em contato com a entidade, através do e-mail coordenacaoalfas@outlook.com, e fazer doações de brinquedos, roupas e chinelos. As doações devem ser entregues até o dia 14 de dezembro na Sede do Projeto, localizado na Rua Romero Botelho, 350 (ao lado do Shopping Praia da Costa).

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IDEIAS E SUGESTÕES

ABRIR-SE ÀS

vitalidades

A reinvenção da vida em todas as suas instâncias, seja particular, familiar, institucional parece ser um apelo dirigido a todos.

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tempo do saber hegemônico, que se estancou, bem estabelecido nesta ou naquela área e, ou, autoridade, já passou. Se há um campo de complexidades sempre crescentes é o da subjetividade. A experiência subjetiva do contemporâneo e a necessidade da reinvenção da vida desafiam qualquer tentativa de entendimentos e soluções que passem por avaliações e diagnósticos que categorizem as realidades e as pessoas. E fazemos isso tantas vezes porque,

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talvez, ainda não somos capazes de suportar o silêncio diante daquilo para o qual ainda não temos palavras. Dentre as formas de categorização a que naturalmente recorremos quando não damos conta do que a complexidade contemporânea oferece está a culpabilização e patologização do outro. Usamos muito tranquilamente expressões como “perverso”, “doido”, “sem rumo”, “do contra”, “bipolar”, etc. como se isso não tivesse consequências, como se isso não tornas-

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se a realidade ainda mais inibidora das potencias de vida. Ah, convoca-nos a luta: expor-se ao desgastante trabalho de cartografar as saídas e alternativas que a inventividade humana sempre oferece em espaços vários e os mais inusitados. O esplendor da manhã não se abre com faca, diz o poeta Manoel de Barros. Na verdade a realidade transbordou para além do que estávamos preparados para enfrentar, e continuará transbordante por muito tempo. É impossível que não

sejamos todos afetados, de um modo ou de outro, pela megamáquina capitalista produtora de sempre novas formas de assujeitamentos, controles e apropriação das forças da vida. Mas a vida é sempre maior do que as forças que a oprimem. A vida, a despeito da megamáquina capitalista, ainda faz surgir nos humanos, pela sua inventividade, pelos seus insuspeitos modos de lidar com as dificuldades, aqui e acolá, rebentos de beleza e força. Procurar por estas vitalidades é um bom caminho. Parece-me. E aqui pensamos especificamente a Igreja diante dos desafios que lhe são impostos: o quadro dos novos números estatísticos, a fluidez das pessoas pelas várias experiências espirituais, os imensos e inúmeros anseios que aguardam respostas. Procurar por vitalidades pode significar mais do que se lançar em ansiosas


e apressadas iniciativas – o que geralmente fazemos quando estamos sob pressão – mas permitir que o olhar em humilde recoleta busque as inventividades que já se apresentam em tentativas, nas várias comunidades pela cidade afora, nos corações que em sinceridade querem dar sua contribuição. Sim, abrir-se às vitalidades e permitir que estas se expressem, e ganhem ainda mais força. Mas esta procura não necessariamente se mostrará na carta das certezas, ou na mesa dos gabinetes. Antes, a estrela a nos guiar será aquela que indica que há muitos mundos possíveis. Nem todos os mundos sonhados se viabilizarão, nem todos vão florescer, nem todos se expandirão. Algumas tentativas não passarão dos primeiros muros, mas outras poderão ir além. De todo modo há uma urgência: dar atenção ao sopro de vida que não

Abrir-se às vitalidades e permitir que estas se expressem.” se ausentou do mundo, a despeito das complexidades dos tempos atuais. Ele é nascente a cada dia. Portanto, mais do que dar-nos às angústias acerca do que não é feito, do rosto que se perdeu, dos cami-

nhos que ficaram para além da curva, parece ser melhor entregar-se a este nascente. E me refiro ao nascente como esta capacidade extraordinariamente humana de encontrar saídas. Inventividades que estão sempre presentes onde estivermos, seja nos times de futebol de várzea, nas escolas de samba, nas famílias, na internet, nas empresas, nas comunidades eclesiais, nos presépios, e em todos os tempos. Todas as gerações são prenhes de inventividades. Todos os lugares, situações e agremiações humanas são prenhes dessas vitalidades.

E a geração atual é a mais inventiva, porque atual. E por falar em inventividades – estas arteiras e desconcertantes forças de vida – impossível não lembrar de Manoel de Barros, maravilhoso poeta do Pantanal. Difícil não se abismar com a vitalidade do seu olhar desacostumado de imposições e cartilhas. Ah, que de fato carecemos de palavras – como as suas – que ainda não foram catalogadas nos idiomas do bonito e do feio, do aguerrido e do quieto, do retilíneo e do tortuoso.

Deixo, portanto, a poesia de Manoel de Barros como dica de leitura. Decerto uma leitura agradável, mansa e surpreendente. Para quem ainda não conhece esse poeta um bom começo pode ser “O Livro das Ignorãças” (Apesar de que, qualquer começo será bonito). Ali, na primeira parte – que é nomeada como “a didática da invenção” – ele diz: “as coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis: elas desejam ser olhadas de azul – Que nem uma criança que você olha de ave”. ĂƵƌŝ ĂƟƐƟ

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ACONTECE

+RPHQDJHQV j 3DGURHLUD No dia 8 de dezembro, paróquias da Arquidiocese de Vitória comemoram a tradicional festa da Imaculada Conceição. Confira os locais e horários das celebrações em homenagem a Nossa Senhora: Guarapari A Celebração da Festa da Padroeira da cidade de Guarapari já virou tradição no município. Para homenagear a mãe de Jesus, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro, realiza a grande festa da Padroeira, com Celebração Eucarística na Antiga Matriz, às 10h, seguida de procissão pelas ruas da cidade. A Missa de encerramento das atividades será às 17h, também na Comunidade Matriz, sendo concelebrada por vários padres convidados.

Serra As homenagens à Padroeira, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição da Serra, começam no dia 5 de dezembro com o Tríduo Preparatório. Já no dia 8, às 17h30, a Solenidade tem início com Ofício de Nossa Senhora, seguido de procissão e Missa na Matriz com a participação de todas as 23 comunidades. Alfredo Chaves A Paróquia Nossa Senhora da Conceição, do município de Alfredo Chaves, deu início aos festejos no dia 29 de novembro e segue até o dia 8 de dezembro, com a realização da Santa Missa às 9h, presidida pelo Bispo Auxiliar de Vitória, Dom Joaquim Wladimir.

Cantatas e shows natalinos Um show para os olhos e para os ouvidos. Assim, serão as cantatas de natal com encenações teatrais bíblicas, programadas para o mês de dezembro na Arquidiocese de Vitória. VEJA A PROGRAMAÇÃO: 16/12 (Domingo) Cantata às 19h30, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Ibes, em Vila Velha. Maestro: Rodrigo Gomes

20/12 (Terça) Cantata às 19h30, na Paróquia Santa Rita de Cássia, na Praia do Canto, Vitória. Maestro: Márcio Neiva

23/12 (Sexta) Cantata às 20h, na Paróquia São José, Maruípe, Vitória. Maestro: Claudemir Lira


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O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Espírito Santo (CONIC-ES) promove no dia 26 de dezembro, um Encontro destinado aos participantes do CONIC-ES. A proposta do evento é avaliar a atuação e a caminhada do Conselho neste ano, bem como, definir diretrizes e novas propostas de ações para a entidade em 2013. O encontro acontece no Instituto Franciscano, em Nova Almeida, das 8h às 17h.

Os católicos da Arquidiocese de Vitória já podem programar sua agenda para assistir às Missas de Natal, momento especial de oração e comunhão em que as famílias e a comunidade celebram o nascimento de Jesus.

Festival da juventude Os jovens que desejam participar da programação cultural oficial da Jornada Mundial da Juventude podem garantir sua participação no evento. As inscrições para o Festival da Juventude estão abertas e seguem até o dia 15 de dezembro 2012. São três as categorias do festival: Música, Artes Cênicas e Exposição. Para apresentações musicais, serão aceitas apenas as cristãs, em qualquer ritmo. Os jovens artistas selecionados irão se apresentar em diversos teatros do Rio de Janeiro e em palcos distribuídos pelos bairros da cidade, durante a realização da Jornada Mundial. As inscrições devem ser feitas no site www.rio2013.com.

VEJA A PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DE NATAL Z Catedral Metropolitana de Vitória 24 de dezembro: Missa às 20h 25 de dezembro: Missas às 9h e 19h Z Santuário de Vila Velha 24 de dezembro: Missa às 19h 25 de dezembro: Missa às 19h Z Paróquia Bom Pastor, Cariacica 24 de dezembro: Missa às 20h, seguida de encenação teatral bíblica 25 de dezembro: Missas às 07h, 18h e 20h Z Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Serra 24 de dezembro: Missa às 20h 25 de dezembro: Missa às 9h Z Paróquia Nossa Senhora da Assunção , Anchieta 24 de dezembro: Missa às 21h 25 de dezembro: Missa às 19h30


FESTA

CONCURSO DO

DÍZIMO

PREMIA GANHADORES

Em 2012 a campanha anual do Dízimo na Arquidiocese de Vitória veio com uma novidade: um concurso como forma de levar às crianças o entendimento sobre o que é o Dízimo e a importância do ato de doar.

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O

foco era a Catequese infantil. Com o tema “Doar na Alegria, tá no DNA do católico” o concurso escolheria o nome do mascote e a melhor redação sobre o tema. Durante dois meses, centenas de nomes foram enviados e o vencedor foi “Alegrito”, sugerido por três crianças: Luiz Carlos Gomes, 9, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Guarapari; Catarina Campos, 10, da Paróquia São Francisco de Assis, Vitória e Lara Araujo, 7, da Paróquia São Sebastião, de Afonso Claudio. Cada um ganhou uma bicicleta de presente. Já para a redação, que teve o tema da campanha

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Foi a família que colocou no coração da criança essa fé, esse entusiasmo.” como motivação, a selecionada foi escrita por Ruan Machado, 12, da Paróquia Nossa Senhora da Glória, Vila Velha. O autor ganhou um vídeo game Play Station. A premiação aconteceu durante um café da manhã em Ponta Formosa com

a presença das crianças, dos pais e catequistas. A expectativa dos pequenos era grande para o momento de receber a premiação das mãos do arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela e para as entrevistas às rádios da Arquidiocese, América e FM Líder. Dom Luiz ressaltou a importância da família nesse processo. “Foi a família que colocou no coração da criança essa fé, esse entusiasmo. A base foi aprendida em casa. A catequese começa com o pai e a mãe. A criança vai crescendo na sua criatividade e chega o momento dela ser desafiada, como nesse concurso, e faz com competência”, finalizou.




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