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CALÇADOS
from Ed146
by Aspa Editora
Mercado aquecido na Couromoda 2020
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A47ª edição da Couromoda, feira calçadista que aconteceu entre os dias 13 e 15 de janeiro, no Expo Center Norte, em São Paulo/SP, refl e� u o reaquecimento do mercado interno brasileiro. A mostra, que apresentou mais de 1,2 mil coleções de calçados e acessórios para a temporada Outono/Inverno, recebeu compradores de todo o País, especialmente das regiões Sul e Sudeste.
Para o presidente-execu� vo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, a Couromoda refl e� u a recuperação iniciada ao longo de 2019, com a retomada da confi ança tanto do mercado quanto dos consumidores, o que proporcionou uma visitação 12% maior do que a registrada na feira do ano anterior. Segundo ele, em outubro e novembro do ano passado (dado mais recente do IBGE), o varejo de calçados acumulou uma alta de 3,8% na relação com igual período de 2018. “Isso mostra que
existe uma recuperação em andamento, que já foi sen� da na feira, com lojistas abastecendo suas lojas em função das vendas do fi nal do ano e também pensando em um futuro promissor para 2020”, avalia o dirigente.
O diretor da Couromoda, Jeferson Santos, destaca que a feira foi superior a do ano passado, tanto em visitação quanto em negócios. Segundo ele, o fato de a feira ter três dias, e não quatro, como as anteriores, o� mizou o tempo dos expositores e lojistas, fazendo que com os úl� mos viessem mais focados para a realização de negócios. “Os es� mulos dos governos de São Paulo e Rio Grande do Sul, que reduziram o ICMS para calçadistas para 3,5% e 4%, respec� vamente, também refl e� ram posi� vamente no ânimo dos expositores”, acrescenta. Santos ressalta, ainda, que a mostra sai com a renovação de 40% dos espaços, o que aponta para a confi ança do mercado. “O ano de 2020 é promissor e sen� mos isso aqui”, fi naliza.
Calçadistas projetam crescimento de até 2,5% para 2020
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) durante a Couromoda 2020 trouxe para a pauta temas que fi zeram parte do ano de 2019 e também os que devem infl uenciar o desempenho da a� vidade ao longo de 2020. Par� ciparam o presidente do Conselho Delibera� vo e o presidente-execu� vo da en� dade calçadista, Caetano Bianco Neto e Haroldo Ferreira, respec� vamente.
Para Neto, existe um “o� mismo moderado” para 2020. “Em 2019, � nhamos expecta� vas muito posi� vas, mas o atraso de reformas estruturais importantes, caso da Previdência, acabou frustrando um pouco. O fato é que, para não ter que rever a es� ma� va de crescimento, ainda mais para baixo, estamos sendo um pouco mais conservadores nas projeções”, diz, acrescentando, com bom humor, que é melhor estourar a meta do que dizer que não a alcançamos. No início de 2019, a meta de crescimento do setor chegava a 3,4%, número que foi revisto para entre 1,1% e 1,8% no úl� mo trimestre do ano. “Não foi um ano ruim, mas poderia ter sido melhor. O certo é que parou de piorar”, afi rma, ressaltando que a confi ança, tanto do mercado quanto do consumidor, segue em elevação com o novo momento econômico brasileiro.
Para Ferreira, comportamento das exportações foi determinante para que 2019 se man� vesse em crescimento. “O mercado externo puxou as exportações, especialmente em função do aumento dos embarques para os Estados Unidos, resultado direto da guerra comercial instalada entre o país norte-americano e a China”, avalia, ressaltando que no período, em função das sobretaxas às importações da China, os compradores norte-a
mericanos buscaram calçados em países alterna� vos ao gigante asiá� co, favorecendo o Brasil, maior produto de calçados do Ocidente. Em 2019, os embarques cresceram 0,9% em volume e registraram queda de o,9% em receita no compara� - vo com 2018. “Porém, em função do dólar valorizado ao longo do ano, � vemos um incremento de 7% e reais, um resultado posi� vo importante”, acrescenta. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram embarcados ao exterior 114 milhões de pares por US$ 967 milhões.
Expectativas
Para 2020, o setor espera crescer entre 2% e 2,5%. Porém, diferentemente do ano passado, esse número deve ser puxado pelo desempenho no mercado interno, que absorve mais de 85% da produção de calçados (de mais de 950 milhões de pares por ano). Já no mercado externo, a percepção é de que Estados e China estão “se acertando” e que o setor de calçados deve retornar aos patamares anteriores de embarques para o país norte-americano, historicamente o principal des� no do calçado brasileiro além-fronteiras.
Outro fator que deve seguir prejudicando o desempenho no mercado internacional é a crise da Argen� na e o retorno da onda protecionista que parece ter invadido a praia dos hermanos. No úl� mo dia 10 de janeiro, entrou em vigor um decreto do governo argen� no que alterou o prazo das licenças não automá� cas para importação de uma série de produtos brasileiros, entre eles calçados. A par� r da data, são 90 dias, não mais 180 dias, o prazo de autorização para a entrada do produto naquele país, isso após o preenchimento do chamado SIMI, um sistema de monitoramento de importações exigido pelo governo local. “É mais um complicador para as exportações de calçados, mas não chega a ser surpresa, pois quando assumiu o novo governo, de viés mais protecionista, sabíamos que poderiam voltar essas difi culdades”, diz Ferreira. Atualmente, a Argen� na é o segundo des� no do calçado brasileiro no exterior e, portanto, tem um impacto signifi ca� vo na balança comercial do setor.
A melhor projeção, para os calçadistas, está no mercado domés� co, que parece começar a reagir, depois de anos de demanda reprimida. “Acreditamos que o incremento das vendas no mercado domés� co deva impulsionar o resultado de 2020”, frisa o execu� vo, que também sauda medidas como a redução do ICMS para calçados nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, alguns dos maiores produtores do segmento no Brasil. “O fato também terá impacto importante na compe� � vidade do calçado desses dois estados”, comemora Ferreira.
Expo Riva Schuh deve render US$ 34,4 milhões
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Tradicionalmente, o calendário de eventos internacionais dos calçadistas inicia com a feira italiana Expo Riva Schuh, que acontece na cidade de Riva Del Garda e apresenta as coleções de Outono/Inverno. Neste ano, a 93ª edição da mostra, que ocorreu entre os dias 11 e 14 de janeiro, deve gerar cerca de US$ 34,4 milhões em negócios, somados os realizados in loco e os alinhavados, para as 44 marcas brasileiras apoiadas pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados man� do pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves� mentos (Apex-Brasil).
Durante os quatro dias do evento, os brasileiros comercializaram 389 mil pares de calçados, que geraram aproximadamente US$ 8,6 milhões em negócios in loco. A expecta� va para os próximos meses é de que as negociações ultrapassem 1,4 milhão de pares, o equivalente a US$ 25,8 milhões. Considerando os resultados efe� vados no evento e os alinhavados, houve um crescimento de 18% em relação à edição do mesmo período de 2019. “Embora a edição de junho, que lança as coleções de verão, seja a mais forte para os calçadistas brasileiros, � vemos resultados posi� vos. Além de atenderem seus clientes habituais, os expositores nacionais conseguiram realizar novos importantes contatos, e suas coleções de inverno performaram melhor do que em janeiro do ano passado, o que reforça o posicionamento do Brasil como um dos principais produtores de calçados do mundo”, destaca a coordenadora de Promoção de Imagem da Abicalçados, Alice Rodrigues. No total, foram aproximadamente 566 contatos, sendo 229 deles novos, 24 a mais que no ano passado.
Exportações somaram US$ 967 milhões
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Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que o ano de 2019 encerrou com o embarque de 114,55 milhões de pares, o que gerou uma receita de US$ 967 milhões. Os números representam uma queda de 0,9% em faturamento e um incremento de 0,9% em volume no compara� vo com 2018. Segregando apenas o úl� mo mês do ano, foram embarcados 10,34 milhões de pares por US$ 80,73 milhões, quedas de 21% em volume e de 17,2% em receita em relação ao mês correspondente de 2018.
Segundo o presidente-execu� vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o resultado geral apontou para uma forte infl uência do câmbio no período. Com o dólar cerca de 10% mais valorizado do que no ano anterior, os calçadistas conseguiram formar preços mais compe� � vos no mercado internacional. “Se convertermos para Real, a exportação de 2019 foi 7% superior a de 2018”, explica.
O resultado do ano também teve a infl uência do mercado norte-americano, que importou mais calçados brasileiros para fugir das sobretaxas aplicadas ao calçado chinês em função da guerra comercial instalada entre Estados Unidos e China. Em 2019, o principal des� no do calçado brasileiro no exterior importou 11,9 milhões de pares por US$ 197,5 milhões, incrementos de 10,5% e de 18,4%, respectivamente, ante 2018. O segundo des� no do calçado brasileiro no exterior, no entanto, puxou a média geral para baixo. Em profunda crise econômica, em 2019 a Argen� na importou 10 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 105,2 milhões, quedas de 15% e 24,7%, respec- � vamente, no compara� vo com o ano anterior. O terceiro des� no do ano foi a França, para onde foram embarcados 7,9 milhões de pares, que geraram US$ 60,42 milhões, altas de 7,8% e de 6,2%, respec- � vamente, em relação a 2018.
Origens – O maior exportador de calçados do ano foi o Rio Grande do Sul, de onde par� ram 30,64 milhões de pares, que geraram US$ 444,7 milhões, resultados superiores tanto em volume (12,7%) quanto em receita (3,8%) em relação a 2018. O segundo exportador do ano, em receita, foi o Ceará. Nos 12 meses, as fábricas cearenses exportaram 38,44 milhões de pares por US$ 232 milhões, quedas tanto em volume (-6,2%) quanto em receita (-7%) em relação a 2018. A terceira principal origem das exportações de calçados do ano foi São Paulo, de onde foram embarcados 7,56 milhões de pares por US$ 103 milhões, incremento de 6,8% em volume e queda de 0,7% em receita na relação com o ano anterior. Destaque no pelotão de cima dos exportadores, a Paraíba foi a quarta origem do calçado exportado pelo Brasil. Nos 12 meses, as fábricas locais embarcaram 20,2 milhões de pares, que geraram US$ 68,3 milhões, altas tanto em volume (11,3%) quanto em receita (14%) em relação a 2018.
Importações – Assim como as exportações, as importações � veram infl uência da guerra comercial Estados Unidos e China. Com suas exportações para o maior mercado importador de calçados do mundo restritas, a China precisou desovar seu excedente em outros países, inclusive no Brasil. Conforme levantamento da Abicalçados, esse rearranjo foi o equivalente a US$ 420 milhões em calçados, que seriam exportados para os Estados Unidos e � veram mudança de rota. No ano, entraram no Brasil 28,17 milhões de pares por US$ 373,9 milhões, altas de 6% em volume e de 7,6% em receita no compara� vo com 2018. A principal origem as importações foi o Vietnã, que no ano enviou 12 milhões de pares por US$ 187,54 milhões ao Brasil, números que representam quedas de 0,9% e de 2,6%, respec� vamente, em relação a 2018. A segunda origem das importações do ano foi a Indonésia, que embarcou rumo ao Brasil 4,77 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 76,86 milhões, altas tanto em volume (15%) quanto em receita (17,6%) em relação ao ano anterior.
Mesmo com a aplicação da tarifa an� dumping (em US$ 10,22 por par importado), a China foi o terceiro des� no do calçado importado pelo Brasil no ano. No período, as fábricas chinesas embarcaram rumo ao Brasil 8,33 milhões de pares por US$ 48 milhões, incrementos tanto em volume (12,5%) quanto em receita (33,3%) na relação com o ano anterior. Já em partes de calçados – cabedal, palmilhas, saltos, solas etc – as importações somaram US$ 30,48 milhões, 36,2% menos do que em 2018. As principais origens foram China, Vietnã e Paraguai.
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Calçados especiais com nova sandália Argentina altera regime de licenças para importação
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Desde o dia 10 de janeiro, o governo argen- � no está aplicando uma alteração no regime de licenças de importação que tem deixado os calçadistas receosos quanto à volta das barreiras para exportações brasileiras, experimentadas até 2016.
O presidente-execu� vo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, conta que a medida é válida para todos os calçados importados, que terão o prazo de validade de suas licenças reduzido de 180 para 90 dias corridos após a aprovação do Sistema Integral de Monitoramento de Importações (SIMI, sigla em espanhol). “O prazo reduzido pode trazer problemas, pois dependendo da velocidade dos trâmites existe a possibilidade de perdermos negociações importantes”, explica o execu� vo, ressaltando que a Abicalçados está atenta à medida, em consulta permanente com exportadores de calçados. “Não vamos antecipar o problema, mas em caso de entraves vamos agir poli� camente junto aos governos para a resolução do impasse”, comenta Ferreira.
Além do prazo de validade das licenças, o governo argen� no diminuiu a tolerância de divergência entre o declarado no SIMI de 7% para 5%, o que também pode causar problemas nas negociações, já que ajustes são realizados entre o pedido e a efe� vação do negócio. “São medidas protecionistas que não chegam a ser uma surpresa”, lamenta o dirigente. Mesmo em crise, a Argen� na segue sendo o segundo principal mercado para o calçado verde-amarelo no exterior. Em 2019, os argen� nos importaram 10 milhões de pares por US$ 105,2 milhões, quedas de 15% em volume e de 24,7% em receita em relação a 2018.
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