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MATÉRIA TÉCNICA

DESMOLDANTE SEMI-PERMANENTE: DESMOLDANTE OU AUXILIAR DE FLUXO? Autor: Marcos Aurélio Rufato – Chem-Trend

Introdução Ao longo dos anos, o uso de desmoldantes semi-permanentes vem crescendo a passos largos nas empresas de artefatos de borracha ao redor do mundo. Porém, muitas vezes, há uma necessidade real de que o desmoldante, além de facilitar a extração dos artefatos produzidos do molde (função básica e principal de qualquer agente desmoldante), também auxilie na formação dos artefatos, trabalhando como um verdadeiro auxiliar no fluxo do composto de borracha. Esta caracterís�ca dos desmoldantes semi-permanentes está sendo cada vez mais explorada pelos engenheiros de processo e químicos das empresas, pois já é possível trabalhar com compostos mais nobres - onde o uso dos auxiliares de fluxo clássico pode alterar alguma caracterís�ca �sica do composto ou onde o desenho do molde exige que a borracha escoe por caminhos muito sinuosos -, sabendo que o desmoldante semi-permanente irá contribuir para que este composto flua com facilidade e a formação do artefato seja completa e sem defeitos. Há, também, a possibilidade de economia de energia elétrica que se consegue com a diminuição da pressão de injeção, pois com o uso de semi-permanentes é possível injetar, com pressão menor, a mesma quan�dade de composto de borracha na qual seria necessária uma pressão maior, caso não houvesse um agente desmoldante no molde. O intuito deste trabalho é demostrar, com os resultados ob�dos em testes experimentais, em laboratório, e prá�cos, em injetora de produção que, na realidade, os desmoldantes semi-permanentes são, ao mesmo tempo, agentes desmoldantes e auxiliares de fluxo.

todos os testes, variando-se o tratamento na super�cie do molde. Iniciamos com o molde virgem, sem tratamento algum, para termos como resultado base, a fluidez real do composto. Após obtermos este resultado, iniciamos os tratamentos, primeiramente com emulsão de silicone e em seguida com três �pos diferentes de desmoldantes semi-permanentes. 1.1) Molde Nos ensaios em laboratório foi u�lizado o método de medição de fluidez chamado “Método Du Pont”, ou mais conhecido como Teste no Molde Aranha:uma quan�dade definida de composto de borracha (30 +/- 1 grama) é transferida por ori�cio de 4,8 mm de entrada e 1,3 mm de saída a uma pressão de 150 Kgf. O molde é fechado, sem degasagem, aguardando-se a vulcanização do artefato. Após a vulcanização, visualiza-se a figura formada e também se calcula a porcentagem de massa transferida. Este é um método ainda não norma�zado, mas que se tem demonstrado eficaz no obje�vo de avaliação compara�va da fluidez de compostos.

1) Ensaios em laboratório Nestes ensaios, foram feitas várias vulcanizações de um composto preparado em quan�dade suficiente para

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Figura 1: Molde Aranha.

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