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borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544

Ano XXVI • Nº 154 • ASPA Editora

34 Alta Tributação

é responsável por desindustrialização

ENTREVISTA

Alexandre de Toledo Corrêa Diretor Geral da Gerdau Graphene

GRAFENO Nanomaterial mostra seu valor 10 ESPECIAL

Sustentabilidade já afeta positivamente os negócios

46 MATÉRIA TÉCNICA

Mangueiras Automotivas


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Ser sustentável sempre esteve na essência da Fragon. Com ações voltadas à preservação e à conservação do Meio Ambiente, atendemos nossos clientes e parceiros respeitando todas as normas de sustentabilidade, o que fica ainda mais evidente com a nossa Certificação Ambiental ISO 14001:2015.

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SUMÁRIO

borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544

Ano XXVI • Nº 154 • ASPA Editora

34 Alta Tributação é responsável por desindustrialização

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MATÉRIA DE CAPA ENTREVISTA

Alexandre de Toledo Corrêa Diretor Geral da Gerdau Graphene

GRAFENO Nanomaterial mostra seu valor 10 ESPECIAL

Sustentabilidade já afeta positivamente os negócios

46 MATÉRIA TÉCNICA

Mangueiras Automotivas

Entrevista Alexandre de Toledo Corrêa, diretor da Gerdau Graphene

10 ESPECIAL

A sustentabilidade já afeta positivamente os negócios

30 PNEUS

Pneus com tecnologia podem aumentar produtividade agrícola

32 PNEUS

Tecnologia gera energia elétrica no interior dos pneus

34 MAQUINATUAL

Alta tributação é responsável pela desindustrialização do Brasil

36 MAQUINATUAL

Semicondutores podem frear crescimento

38 CALÇADOS

Feiras digitais geram mais de US$ 2 milhões

41

EMPRESA

Bryan Adams fotografará o Calendário Pirelli 2022

42 QUÍMICA

Evonik lança sílica de alta dispersão

43 QUÍMICA

Importação de produtos químicos bate recorde

46 MATÉRIA TÉCNICA 1

Mangueiras automotivas

48 MATÉRIA TÉCNICA 2

EDITORIAL Ciência ampla, geral e irrestrita Felizmente a ciência não se detém em adversidades e segue seu curso rumo ao desconhecido. Não se limita a estudar apenas novos vírus que aparecem, mas se aventura na descoberta de novos mundos invisíveis e impercep�veis. Assim ocorre com este promissor material: o Grafeno, nanomaterial com inúmeras aplicações industriais, entre elas a borracha. Fizemos questão em destacá-lo em nossa entrevista, mostrando o empenho e esforço de pesquisadores de uma empresa nacional, a Gerdau Graphene, em desbravar novas fronteiras cien�ficas sem ficar limitada ao território brasileiro. Ela trabalha em colaboração com centros de pesquisa internacionais, demonstrando que os avanços de hoje não são mais regionais e sim globais. A ciência de sucesso deve ser ampla, geral e irrestrita. Também destacamos o fato da alta tributação estar contribuindo para a desindustrialização brasileira, já muito próxima do ponto de não retorno e de perder “o bonde da história”. Afinal, os sonhos que vivemos no presente serão nossa realidade no futuro. O Anuário da Borracha deste ano já está sendo elaborado, mais completo e com informações úteis para a nossa nova realidade. Por isso, todos que desejam par�cipar estão no momento certo de fazê-lo. Boa leitura! O futuro nos espera!

Elastômeros utilizados mais comuns

Antonio Carlos Spalle�a Editor

50 FRASES & FRASES

EXPEDIENTE

Ano XXVI - Edição 154 - Mai/Jun de 2021 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Ilustração Capa: Geralt/Freepik. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA ©DIVULGAÇÃO

Alexandre de Toledo Corrêa Diretor Geral da Gerdau Graphene

“Gerdau Graphene produzirá grafeno comercialmente e em larga escala” Alexandre de Toledo Corrêa é um executivo de grande experiência. Antes de ingressar na Gerdau, atuou como COO da Lacoste, sendo membro do Board brasileiro da marca, e teve uma carreira de 8 anos na Unilever nas áreas de “Supply Chain” e Marketing, onde foi membro do “Personal Care Category Board”. Depois, entre 2015 e 2020, liderou a Unidade de Negócios de Fluff da Suzano. Ingressou na Gerdau em 2020 com a missão de estruturar a sua nova empresa de Grafeno e traduzir esta inovação em um negócio rentável e escalável ao grupo. É um executivo C-Level, que transita por vários setores econômicos com histórico de entrega de resultados relevantes.

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Nesta entrevista em modo remoto para Borracha Atual, Alexandre fala sobre sua atuação à frente da Gerdau Graphene, os obje�vos e desafios da empresa, e como pretende revolucionar o mercado de materiais com esse novo produto que é o grafeno. BORRACHA ATUAL: Podemos afirmar que a Gerdau Graphene é pioneira no mercado de grafeno no Brasil? Alexandre de Toledo Corrêa: A Gerdau Graphene nasce com obje�vo de ser uma empresa referência na comercialização de produtos com aplicação de grafeno em escala nas Américas, com o foco inicial no Brasil e EUA. A nova empresa do grupo Gerdau inicia as suas a�vidades posicionada como uma relevante desenvolvedora de grafeno nas Américas. www.borrachaatual.com.br


Entendemos que um dos grandes desafios da indústria hoje está em acelerar a adoção do material em seus mercados fim. Por isso, a Gerdau Graphene atua de uma forma dis�nta dos demais players deste mercado. No lado operacional, a Gerdau Graphene se posiciona como um integrador de soluções. O seu foco está em fazer o “sourcing” correto de grafeno, definindo qualidade e �po de material, além de �pos de dispersão do material na borracha e desenvolver produtos com o grafeno já aplicado para venda ao mercado. Um exemplo é o semielaborado de borracha com grafeno, que pode ser enviado para vulcanização posteriormente. Com isso, a empresa se posiciona com um provedor de adi�vos e materiais contendo o grafeno, evitando que a indústria de borracha tenha que fazer sozinha o P&D de aplicação e conversão do grafeno em materiais de sua cadeia produ�va. A Gerdau Graphene também está construindo um ecossistema de grandes centros de pesquisa, como o GEIC em Manchester, na Inglaterra, DIK, na Alemanha e ICT’s no Brasil, todos focados em aplicação do material para acelerar o seu conhecimento e adoção na região. Na área de comunicação, a Gerdau Graphene irá inves�r para educar o mercado fim sobre os bene�cios e processos de aplicação do material com o obje�vo de, rapidamente, converter a indústria e escalar o consumo do grafeno. Neste sen�do, o posicionamento e atuação da Gerdau são de pioneirismo no Brasil e no mundo; e, certamente, irá revolucionar o mercado. Além da Gerdau, outras indústrias investem no grafeno aqui no Brasil. Como, por exemplo, a CBMM e WEG. Há também centros avançados de pesquisa nacionais como a Mackgraphene, em São Paulo, UCS Graphene, em Caxias do Sul e CTNano e MGgrafeno, em Minas Gerais, os úl�mos com produção do material. www.borrachaatual.com.br

Especificamente no mercado da borracha, que produtos utilizados atualmente ele pode substituir com vantagens? No mercado da borracha o grafeno será aplicado onde as caracterís�cas de redução de peso, aumento da resistência mecânica, aumento da durabilidade, melhoria do desempenho em condições dinâmicas, propriedades de barreira, condu�vidade térmica e elétrica possam agregar valor ao produto final. Como exemplo de algumas aplicações, podemos citar peças técnicas automo�vas, calçados espor�vos, calçados de segurança e pneus para aplicações especiais. No mercado de pneus, que representa 65% do consumo de elastômeros globalmente, o artefato se adapta melhor às condições do terreno aproveitando a versa�lidade do grafeno, além de deixá-lo mais leve e responsivo. Os bene�cios são diversos e vão desde o aumento da vida ú�l do pneu (maior quilometragem rodada), maior resistência ao rasgo e ao furo, passando por questões de segurança como menor distância percorrida até a frenagem (maior aderência) e possibilitando também maior produ�vidade durante a fabricação dos pneus. Outro setor estratégico para o grafeno é o calçadista, em que se busca um ganho de performance e durabilidade de produtos. Hoje há no mercado calçados espor�vos e de segurança com solados feitos com grafeno.

“No mercado da borracha, o grafeno será aplicado em peças técnicas automotivas, calçados esportivos e pneus para aplicações especiais.”

Qual a participação projetada da Gerdau Graphene dentro do grupo Gerdau? Em quanto tempo esperam atingir esta participação? A Gerdau Graphene é uma das empresas que teve origem na Gerdau Next e contribuirá para que a Gerdau se inove de maneira constante com novas receitas vindas de novas áreas. A Gerdau Next tem a ambição de alcançar um faturamento relevante em novos negócios e a Gerdau Graphene foi lançada no úl�mo dia 15 de abril para contribuir com esta meta. Em termos de custo, o grafeno é um material acessível ao mercado em geral ou apenas às empresas que atuam com tecnologia de ponta? O grafeno é um material versá�l e o seu custo varia de acordo com a aplicação. Como a Gerdau Graphene tem como missão ‘abrir mercados’, permi�ndo negociações em escalas, faremos um esforço para que o material seja mais conhecido e acessível. Quais os principais parceiros nas áreas da borracha e do plástico? No começo deste ano, a Gerdau Graphene iniciou conversas com grandes produtores nacionais de borracha e artefatos para o desenvolvimento de novos produtos com o grafeno. Temos ainda estudos e acordos com centros tecnológicos, como o GEIC (Graphene Engineering Innova�on Centre), na Inglaterra, o IPT e o SENAI no Brasil e empresas parceiras produtoras de grafeno e de artefatos de borracha diversos, como: pneus, esteiras transportadoras e calçados.

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ENTREVISTA

No setor automotivo, podemos considerar que os fabricantes de carros elétricos serão grandes consumidores de produtos com aplicação de grafeno? Os fabricantes de carros elétricos serão um dos grandes consumidores de grafeno. Além da possibilidade de ser aplicado em disposi�vos armazenadores de energia em si, como baterias, super capacitores e células de combus�vel, permi�ndo a�ngir maior densidade e velocidade de carga e durabilidade, o grafeno também possibilita a redução de peso em componentes automo�vos diversos, uma demanda importante para os veículos elétricos. Hoje a Gerdau Graphene tem um acordo estratégico para o desenvolvimento de aplicações com o grafeno junto à SKF e Baterias Moura na América La�na, independentemente de serem aplicações em peças para automóveis elétricos. A empresa também possui projetos em andamento com montadoras para o desenvolvimento de peças automo�vas que buscam a sua redução de peso. Estas inicia�vas não miram exclusivamente o mercado de carros elétricos, porém irão desenvolver soluções que serão aproveitadas pelo setor.

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O Brasil já tem mão de obra especializada para trabalhar com o grafeno? Como este é um mercado novo e grafeno é um material bem promissor, os grandes centros de pesquisa, no Brasil e no mundo, passaram a olhar com atenção para todo o seu potencial e a formar especialistas no assunto. Como exemplo, nos úl�mos anos, a Ásia tem se destacado com a abertura de milhares de empresas em diversos graus de maturidade de negócio. Nos Estados Unidos, apesar da presença de empresas ser menor, elas se destacam pela quan�dade de patentes depositadas e também pelos primeiros acordos comerciais. E, no Brasil, as principais inicia�vas já englobam projetos-piloto em universidades. Podemos destacar os centros de pesquisa nacionais focados no estudo de grafeno, como a Mackgraphene, em São Paulo, UCS Graphene, em Caxias no Rio Grande do Sul e CTNano e MGgrafeno, em Minas Gerais. Outros centros como o SENAI e “startups” locais também têm se especializado em grafeno e nas suas aplicações. Ou seja, o Brasil possui sim uma base inicial de mão de obra especializada neste material, que deverá se expandir nos próximos anos e o posicionamento de hub da Gerdau Graphene vai contribuir para unificar essa cadeia e formar especialistas no país, exportando tecnologia ao exterior. A demanda deste material se concentrará no Brasil ou a exportação é uma possibilidade? A empresa foi aberta com um olhar regional, focado nas Américas. Há demanda em todo o hemisfério, com mais volume nos Estados Unidos, Brasil, México e Canadá – nosso foco de atuação comercial inicial. Em um primeiro momento, a Gerdau Graphene irá adquirir grafeno de

parceiros internacionais e nacionais. A Gerdau faz a incorporação e ajuda na aplicação dos a�vos com seu know-how. Esta etapa acontece, no primeiro momento, em centros tecnológicos parceiros como GEIC (Graphene Engineering Innova�on Centre), o IPT e o SENAI no Brasil e também nas empresas parceiras produtoras de grafeno localizadas no Brasil, América do Norte, Europa e Austrália. Nas etapas futuras de nosso desenvolvimento, a par�r de seu segundo ou terceiro ano, a incorporação do grafeno e a produção de adi�vos serão feitas nas próprias fábricas da Gerdau e Gerdau Graphene na região. Existem concorrentes internacionais para este material? A cons�tuição da Gerdau Graphene tem um posicionamento único: a empresa entra no mercado de forma singular por sua aposta em tornar a produção do grafeno viável comercialmente e em larga escala. Ao mesmo tempo, a Gerdau é desenvolvedora e consumidora desta nova tecnologia, o que nos coloca em uma posição única. O grafeno é um nano material que começa a demonstrar seu valor de aplicação agora, com muitos produtores ainda ganhando escala de produção. Por isso, não vemos um concorrente direto entre os produtores do material. Acreditamos sim na filosofia de “Open Innovation”, em colaboração com múltiplos ecossistemas e por isso identificamos oportunidades de parceria, e não concorrência, com estas empresas. A proposta de valor da Gerdau Graphene de desenvolver, produzir e vender adi�vos com grafeno é única. Por isso, a concorrência que eventualmente vemos está em empresas que já fornecem adi�vos com propostas similares às nossas, apesar de que sem grafeno e, por isso, entrega inferior. www.borrachaatual.com.br


“O grafeno é um nano material que começa a demonstrar seu valor de aplicação agora.” A atual conjuntura políticoeconômica do Brasil pode influenciar neste projeto? Há cerca de quatro anos, a Gerdau mantém um Núcleo de Inovação e Materiais Avançados (NIMA), o qual estuda soluções inovadoras para o setor. A inicia�va é feita independentemente de movimentações polí�cas. Por meio do NIMA, a companhia inaugurou um posto avançado em Manchester, no Reino Unido, para desenvolver aplicações do grafeno, em parceria com pesquisadores da Universidade de Manchester. Existem parcerias com universidades ou institutos de pesquisa para este desenvolvimento do grafeno? A Gerdau abriu, em 2019, um centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Reino Unido para aplicações do grafeno, em parceria com pesquisadores da Universidade de Manchester. A cidade é hoje um grande polo tecnológico para este material e foi na Universidade de Manchester que, em 2004, o grafeno foi isolado, rendendo um Prêmio Nobel aos seus pesquisadores. Ter uma equipe de P&D e Negócios em Manchester foi uma enorme vantagem compe��va para a Gerdau neste processo, pois nos trouxe acesso a conhecimento técnico-cien�fico acumulado, proximidade com pessoas-chaves nesta cadeia e a uma infraestrutura de aplicação de ponta. Temos nos beneficiado com o desenvolvimento de novas aplicações em grafeno em ritmo acelerado. E a nova empresa con�nuará se beneficiando destes recursos. www.borrachaatual.com.br

Contudo, esta parceria e nosso inves�mento em Manchester não são exclusivos e iremos estudar parcerias similares em outros centros tecnológicos ao redor do mundo, se fizerem sen�do. O grafeno é um produto estratégico no longo prazo? Por meio da incorporação de grafeno em materiais base (e.g.: reves�mentos, óleos e graxas, concretos e polímeros) a Gerdau Graphene irá agregar valor diretamente ao seu por�ólio atual a médio e longo prazos. E, com o uso de grafeno em outros materiais, os clientes da Gerdau poderão também gerar valor para seus produtos e clientes finais; se beneficiando de caracterís�cas como aumento de propriedades mecânicas: redução de peso, redução de atrito, maior eficiência em lubrificação, maior condu�vidade térmica e elétrica, entre outras. Portanto, o obje�vo da Gerdau é trazer mais tecnologia e valor aos nossos produtos e à cadeia de nossos clientes, e a médio e longo prazos gerar receita e margem incremental com a comercialização deste novo material e seus derivados. Existe algum impacto ambiental em sua exploração? E no seu descarte? O grafeno pode se tornar um material de grande importância para o desenvolvimento das sociedades por seu apelo na redução da dependência de fontes não renováveis de energia, na reciclabilidade de materiais poliméricos, possibilidade de redução de peso de componentes diversos, maior durabilidade das aplicações em geral e redução de consumo de energia e emissões. Em linhas gerais, a produção do grafeno é realizada usando o grafite como matéria-prima. A esfoliação do grafite se dá por meios mecânicos ou químicos. Os métodos �sicos representam menor impacto ambiental e tendem a se tornar predominantes.

O grafeno poderia contribuir na implantação da economia circular? O grafeno pode ser adicionado a resíduos industriais diversos, possibilitando a melhoria de propriedades destes resíduos. Como consequência desta melhoria de propriedades é possível introduzir mais material reciclado nos processos produ�vos. Considerações Gerais. A Gerdau Graphene faz parte do por�ólio de empresas da Gerdau Next, divisão de novos negócios da Gerdau lançada no segundo semestre de 2020, que tem o obje�vo de empreender em novos segmentos, além do aço, com par�cipação relevante nas receitas da Gerdau.  A proposta de valor, diferenciada, é de fornecer ao mercado adi�vos, boosters e soluções com o grafeno que sejam “plug-and-play” para os processos industriais de nossos clientes. Ou seja, a comercialização será tanto o produto quanto o serviço e know-how em grafeno e, para isso, haverá alianças estratégicas com parceiros globais e nacionais. Neste primeiro momento, o foco estará nos mercados da construção civil, lubrificantes industriais e automo�vos, borracha, termoplás�cos, �ntas, baterias e sensores nas Américas.

“Ter uma equipe de P&D e Negócios em Manchester foi uma enorme vantagem competitiva.” 7


ENTREVISTA

O GRAFENO E SUAS APLICAÇÕES O grafeno é o primeiro material bidimensional do mundo com uma única camada de átomos de carbono, dispostos em uma estrutura hexagonal que possui um conjunto de propriedades únicas, tornando-o o material mais fino, forte e leve conhecido. Foi descoberto acidentalmente em 2004 pelos �sicos russos André Geim e Konstan�n Novoselov, o que garan�u aos pesquisadores o prêmio Nobel de Física em 2010. É um material flexível, impermeável a moléculas e um ó�mo condutor elétrico e térmico. Facilita a próxima geração de tecnologia com sua natureza forte e flexível que possibilita, por exemplo, visores de celulares e baterias flexíveis. Sua excelente capacidade de detecção pode ser usada no desenvolvimento de produtos para a Internet das coisas. O grafeno é também o material mais resistente já conhecido, em decorrência das fortes ligações químicas formadas entre seus átomos de carbono. Ele é cerca de 200 vezes mais resistente que o aço. Em virtude da estrutura hexagonal das ligações de carbono, os elétrons deslocam-se no interior dessas finas camadas em velocidades rela�vís�cas, próximas à velocidade da luz. Em temperatura ambiente a resis�vidade elétrica do grafeno é a mais baixa conhecida, menor que a da prata – o melhor condutor metálico conhecido até hoje. Isso o torna o material mais condutor do mundo. A olho nu, o grafeno é visível, já que permite a passagem de 97% a 98 % da luz incidente. Isso implica que, ao amontoarem-se diversas folhas de grafeno, é possível produzir um corpo perfeitamente negro, capaz de absorver quase toda a radiação incidente sobre ele. Em virtude das suas propriedades eletrônicas, o grafeno é um exce-

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lente condutor térmico. Esse material é capaz de dissipar calor mais rápido que qualquer outro conhecido. Aplicações – Sua grande área superficial, alta condu�vidade elétrica, propriedades óp�cas exclusivas e alta condu�vidade térmica o tornam ideal para sensores que podem ser menores, mais leves e mais baratos que os tradicionais; e também de vários �pos, de sensores químicos de contaminação de gases, pH e ambiente, até sensores de pressão e deformação e sensores biológicos capazes de detectar moléculas de DNA e muitos analitos diferentes, como glicose, glutamato, colesterol e hemoglobina. Os sensores de grafeno podem ajudar a criar embalagens inteligentes de alimentos que podem monitorar a adequação dos alimentos para consumo humano, até sensores ves�veis que podem monitorar a saúde em tempo real. Com sua grande condu�vidade elétrica, natureza leve, estabilidade química e alta flexibilidade mecânica, o grafeno pode desempenhar papel importante para atender à demanda na geração e armazenamento de energia. Células solares, baterias, super capacitores, armazenamento de hidrogênio e células de combus�vel são as áreas em que esse material pode fazer a diferença, em disposi�vos novos e únicos ou integrar-se aos disposi�vos atuais para aumentar seu desempenho. A próxima geração de compósitos e reves�mentos poderá ser aprimorada pelo grafeno, suas propriedades serão úteis para uma ampla gama de aplicações, desde reves�mentos an�está�cos e an�corrosivos até compostos ultra fortes e leves. O grafeno pode não apenas melhorar o desempenho dos materiais atuais, mas também possibilitar novos campos de aplicação. 

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ESPECIAL

©JCOMP/FREEPIK

A SUSTENTABILIDADE JÁ AFETA POSITIVAMENTE OS NEGÓCIOS

A sustentabilidade vem se firmando nos últimos tempos como um dos fatores essenciais para o sucesso dos negócios na economia moderna. A adoção do ESG (“Environment, Sustentability and Governance”), que em português podemos interpretar como Meio Ambiente, Sustentabilidade e Governança, é uma prática que se dissemina pelas empresas, alavancando investimentos e servindo como um selo de identidade às boas práticas administrativas, sociais e ambientais. 10

A

globalização mundial é uma realidade que integra os meios de produção industrial e comercial em paralelo com um sistema financeiro ágil, integrado e sustentado por uma comunicação em tempo real. Este fenômeno permi�u desenvolvimentos tecnológicos impensáveis há uma década, gerando uma expansão econômica mundial extraordinária, notadamente no con�nente asiá�co. Porém, nem tudo caminhou na mesma velocidade. A necessidade de uma demanda em expansão por bens e serviços pressionou uma oferta que correu atrás para atendê-la. O sucesso foi inegável, mas ficaram para trás questões ambientais e sociais. Nem todas as pessoas estão bem atendidas em saúde, educação e qualidade de vida. A disparidade econômica entre profissionais qualificados e trabalhadores braçais a�ngiu o ápice neste século XXI. Pressões sociais vão se avolumar num futuro próximo. No entanto, a questão ambiental está se mostrando mais urgente com o uso indiscriminado dos recursos naturais, a ponto de já causar alterações climá�cas que geram catástrofes e afetam economicamente diversas nações. Em um mundo globalizado, os problemas locais podem se tornar um desafio mundial. www.borrachaatual.com.br


EM UM MUNDO GLOBALIZADO, OS PROBLEMAS LOCAIS PODEM SE TORNAR UM DESAFIO MUNDIAL.

Energia solar ganha força no Brasil

A energia ocupa um lugar de destaque no quesito sustentabilidade. Ela sempre foi, e ainda é, sustentada por fontes fósseis, principalmente o carvão e o petróleo. A situação começou a mudar com inves�mentos em energias limpas como a eólica e a solar, vislumbrando um cenário de esperança e o�mismo. Essa conjuntura geopolí�ca/ambiental afeta sobremaneira o Brasil, detentor da maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. Vale lembrar que o Brasil assinou o Acordo de Paris em 2016, comprometendo-se a reduzir até 2025 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37%, comparados aos níveis emi�dos em 2005, estendendo essa meta para 43% até 2030. Seu principal obje�vo é combater o aumento da temperatura provocada pelo aquecimento global. Na prá�ca, significa impedir o aumento de 2ºC na temperatura global em relação à era pré-industrial. O Acordo de Paris foi definido a par�r de acordos que ocorreram durante a 21.ª sessão anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climá�cas (COP 21).

Segundo o novo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 9 gigawa�s (GW) de potência operacional da fonte solar em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 46 bilhões em novos inves�mentos ao País e gerou mais de 270 mil empregos acumulados. Ainda de acordo com a ABSOLAR, o avanço da energia solar no País, via leilões para grandes usinas ou pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para reduzir o chamado “custo Brasil”, com uma energia elétrica mais compe��va aos brasileiros, reduzindo a ocorrência das bandeiras vermelhas na conta de luz da população e diversificando o suprimento de energia elétrica do País. No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,3 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,9% da matriz elétrica do País. Em 2019, a fonte foi a mais compe��va entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.

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Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sé�ma maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocan�ns). Os inves�mentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 18 bilhões. Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combus�veis fósseis. A fonte solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW. No segmento de geração própria de energia, são 5,7 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 28 bilhões em inves�mentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é u�lizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.

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ESPECIAL ©DIVULGAÇÃO

Instalação da turbina eólica do primeiro Aerogerador Nacional. Fonte WEG e Engie.

Primeiro aerogerador nacional de energia eólica A energia eólica é uma das fontes mais limpas de energia e tem um enorme potencial de u�lização no nordeste brasileiro. Por conta disso, inúmeras empresas privadas e algumas en�dades públicas estão empenhadas em desenvolver esta importante alterna�va energé�ca. A Engie, mul�nacional francesa de energia, está concluindo a fase mais importante do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento “Aerogerador Nacional”, que é a montagem do equipamento. Localizado no município de Tubarão, em Santa Catarina, o aerogerador está instalado no parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da ENGIE e é resultado de um Projeto Estratégico do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Companhia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O aerogerador foi projetado e construído pela WEG S.A e a segunda etapa do projeto também contou com recursos do P&D das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (CELESC). O projeto, denominado “Desenvolvimento e cer�ficação de aerogerador nacional de 4,2 MW de acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs

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permanentes e conversor de potência plena”, tem por obje�vo desenvolver e incen�var a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de aerogeradores de grande porte. A fabricação dos segmentos da torre de concreto com mais de 1.100 toneladas de aço e concreto foi realizada pela WEG no próprio local de instalação do aerogerador. O gerador, o hub e a nacele, instalados no topo da torre de concreto, foram produzidos pela WEG, cuja matriz e principal operação global está localizada em Jaraguá do Sul (SC). Já as pás eólicas foram fabricadas pela empresa Aeris, em Caucaia (CE). Essa nova turbina, com 4,2 MW de potência, foi instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira etapa deste Projeto Estratégico de P&D, o qual foi primeiro protó�po construído pela WEG no Brasil. Ele entrou em operação em 2015 e a análise do seu desempenho contribuiu para o

O OBJETIVO É DESENVOLVER E INCENTIVAR A TECNOLOGIA NACIONAL EM ENERGIA EÓLICA PARA REDUZIR A DEPENDÊNCIA DE OUTROS PAÍSES.

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desenvolvimento deste novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que faz a conexão entre as unidades de geração e os consumidores de energia elétrica. Mais de R$ 300 milhões já foram inves�dos desde 1999 em Pesquisa e Desenvolvimento pela empresa no Brasil, em mais de 200 projetos realizados e/ou em desenvolvimento, unindo esforços de mais de 40 organizações, incluindo universidades, centros de pesquisa, empresas e startups. www.borrachaatual.com.br



ESPECIAL

HUB de hidrogênio verde O Estado do Ceará implementará o primeiro HUB de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, com o obje�vo de ser um player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação do hidrogênio verde, que é considerado um elemento-chave para a descarbonização do sistema energé�co mundial. As informações sobre esse projeto foram apresentadas durante o BW Talks HUB de Hidrogênio Verde – Ceará, promovido pelo Movimento BW, inicia�va da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Para essa inicia�va, foi ins�tuído um Comitê Gestor mul�disciplinar, formado por representantes do Governo do Estado do Ceará; Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC; Universidade Federal do Ceará – UFC e Complexo Industrial e Portuário do Pecém – CIPP. Um dos projetos do HUB do Hidrogênio Verde tem a meta ambiciosa de produzir 900 mil toneladas de H2V por ano, em uma área de 200 ha e com capacidade de eletrólise de 5GW, mas há espaço para vários outros projetos e para a instalação de plantas de toda a cadeia de valor do hidrogênio verde. As reuniões com empresas globais e locais

já se iniciaram. O Complexo do Pecém é um ponto estratégico não apenas para exportar o H2V, mas também para produção, armazenamento e distribuição, uma vez que no local já se encontra um grande número de indústrias que podem consumir o hidrogênio verde. Duna Gondim Uribe, diretora execu�va comercial na CIPP, explica que o porto possui como vantagens compe��vas sua infraestrutura e os bene�cios fiscais (por conta da Zona de Processamento de Exportação) e funcionará como mobilizador de toda a cadeia de valor, recebendo, por exemplo, componentes para plantas de energia eólica offshore, além de propiciar a instalação de painéis solares, plantas de eletrólise, armazenamento de H2, planta de dessalinização e linhas de transmissão de energia, a fim de que o H2V possa ser consumido não apenas pelas indústrias, mas também usado nos diversos serviços logís�cos e na mobilidade urbana. No caso da exportação, o Porto de Roterdã tem uma par�cipação no capital do Pecém, além de ser parceiro neste projeto. Duna afirmou que ideia é que o Porto de Pecém se torne a porta de saída para o H2V produzido no Brasil e o Porto de Roterdã seja a porta de entrada na

HIDROGÊNIO VERDE PRODUZIDO NO CEARÁ DEVERÁ SER EXPORTADO PELO PORTO DO PECÉM PARA A EUROPA. Europa. “Teremos um corredor logís�co, conectando os dois portos, e a chegada do H2V brasileiro aos países europeus”, informa Duna Gondim Uribe. Na avaliação de Jurandir Picanço, consultor da FIEC e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará – CSRenováveis/CE, outro ponto fundamental para o sucesso do hidrogênio verde no Ceará é o seu potencial na área de energias renováveis. Ele lembrou que o Ceará foi o primeiro a implantar plantas eólicas e solares no país, além de ter médias melhores em relação a outros países tanto no fator de capacidade eólico como de radiação solar. ©JORNAL O POVO

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ESPECIAL

Projetos importantes estão tomando corpo na área de extração sustentável na região Amazônica. Novamente a inicia�va privada aumenta seu interesse e par�cipação em projetos sustentáveis que geram desenvolvimento econômico e social em regiões menos favorecidas. O lucro gerado permite reinves�mentos e aprimoramentos das condições sociais, fixando as populações em seus locais de origem e evitando a degradação ambiental e migração das pessoas para os grandes centros urbanos. Um destes projetos é desenvolvido pela empresa Dow em colaboração com o Ins�tuto Peabiru e a “ The Nature Conservancy (TNC)” . O nome do projeto é Ybá: conservação que transforma, o qual visa contribuir para a valorização da conservação da floresta amazônica. Por meio da parceria com o Ins�tuto Peabiru, a empresa irá trabalhar para capacitar comunidades de Breu Branco, no Pará, e fomentar o desenvolvimento social por meio do extra�vismo sustentável de a�vos da flora na floresta amazônica, possibilitando alcançar diferentes mercados como o de insumos para bioa�vos à indústria de cosmé�cos. Em colaboração com a TNC será realizada a medição dos serviços ambientais – como regulação da temperatura e preservação da água – que beneficiam a comunidade por meio das áreas conservadas da empresa em Breu Branco, onde conta com um complexo fabril que concentra a�vidades de manejo sustentável de florestas plantadas, fábrica de carbonização e produção de silício metálico, principal matéria-prima u�lizada na produção de silicones. A unidade tem uma posição única em seu segmento, integrada a uma cadeia de valor global do negócio de silicones. A Palmyra Recursos Naturais reúne

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cerca de 45 mil hectares (o equivalente à área de 45 mil campos de futebol), com 80% de área total composta por florestas na�vas preservadas. É nesse ambiente que será realizado o projeto Ybá: Conservação que transforma, des�nando inves�mento de R$ 1 milhão para capacitação da comunidade local. A produção de silício metálico de Breu Branco é des�nada à própria Dow nos Estados Unidos e na Europa, e uma parte dela retorna como silicone para ser finalizada na fábrica de Hortolândia (SP), onde a empresa produz suas especialidades de alto valor. Os silicones da Dow beneficiam mais de 25.000 clientes em todo o mundo em várias aplicações, como: cosmé�cos, construção, eletrônicos, eletrodomés�cos, automóveis etc. A viabilização do projeto Ybá será entre a Dow, o Ins�tuto Peabiru e a “ The Nature Conservancy (TNC)”. Es�ma-se que até 2022 as comunidades estejam aptas a negociar produtos florestais não-madeireiros que possam ser de interesse do mercado, como é o caso da indústria de cosmé�cos, impactando posi�vamente a vida de mais de 150 famílias da região. O Ins�tuto Peabiru atuará no mapeamento da biodiversidade local presente na área preservada pela Dow para iden�ficar espécies de interesse e, também, na formação para a organização social dos moradores da região de Breu Branco, visando o desenvolvimento de exper�se para fornecimento de bioa�vos à indústria de cosmé�cos. “Como organização paraense, para nós do Ins�tuto Peabiru é fundamental fazer parte de inicia�vas de conservação da floresta voltadas para a valorização dos recursos naturais aliadas à geração de renda para comunidades tradicionais da Amazônia.

ESTIMA-SE QUE ATÉ 2022 AS COMUNIDADES ESTEJAM APTAS A NEGOCIAR PRODUTOS FLORESTAIS NÃOMADEIREIROS QUE POSSAM SER DE INTERESSE DO MERCADO.

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Extração sustentável de bioativos da floresta Amazônica

Estes recursos não-madeireiros, como as sementes e os frutos, possibilitam às comunidades organizadas alcançar autonomia acessando mercados, enquanto exercem seu papel de guardiãs da biodiversidade amazônica”, destaca João Meirelles, Diretor do Ins�tuto Peabiru. Já a TNC contribuirá com a medição dos serviços ambientais – como regulação da temperatura e preservação da água – que beneficiam as comunidades por meio das áreas conservadas da Dow. “A colaboração com parceiros, fornecedores e comunidade é fundamental para viabilizar projetos inclusivos como o Ybá, que vai dar uma alterna�va, não só para a sobrevivência, mas também para o desenvolvimento econômico dessas famílias e, consequentemente, da região, podendo servir de inspiração pra outras empresas atuantes em localidades próximas”, destaca Ana Félix, gerente de produtos da Dow e uma das líderes da inicia�va. www.borrachaatual.com.br


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As soluções de descarbonização para contribuir com a diminuição do efeito estufa e do aquecimento global têm sido apontadas como tecnologias viáveis para a substituição dos combustíveis e fontes de energia fósseis.

Tecnologia brasileira de hidrogênio verde A Hytron, empresa que nasceu no Laboratório de Hidrogênio da Unicamp/ Fapesp, apresentou no Biofuture/BBEST o ‘reformador de etanol’ para produção de hidrogênio em larga escala, voltado a carros elétricos em postos de combus�veis, diretamente onde se dá o consumo. Há dezoito anos o sonho de cinco alunos de pós-graduação da Unicamp de viabilizar a produção de hidrogênio globalmente a par�r de fontes renováveis e limpas resultou na Hytron, uma empresa especializada no fornecimento de tecnologias para a produção de hidrogênio a par�r de fontes renováveis como etanol. Seu projeto de pesquisa e desenvolvimento – um ‘reformador de etanol’, também chamado de ‘transformador de hidrogênio verde’ – foi financiado pelo Programa FAPESP Pesquisa Inova�va em Pequenas Empresas (PIPE). Esta tecnologia foi um dos destaques do evento internacional de bioenergia Biofuture Summit II / Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST) 2020-21. A conferência conjunta — organizada pelo governo brasileiro, através do Itamaraty, que conduz a presidência da coalizão Plataforma para o Biofuturo, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com apoio da APEX-Brasil, reuniu virtualmente representantes

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de governos, órgãos internacionais, setor empresarial e pesquisadores de mais de 30 países entre 24 e 26 de maio. As soluções de descarbonização para contribuir com a diminuição do efeito estufa e do aquecimento global como as da Hytron têm sido apontadas como tecnologias viáveis para a subs�tuição dos combus�veis e fontes de energia fósseis. O uso energé�co do hidrogênio (H2) não produz gases de efeito estufa como o metano e o gás carbônico. Quando misturado com o oxigênio, a exemplo do que ocorre nas células a combus�vel (Fuel Cell), produz água, que volta para o meio ambiente em forma de vapor. No caso do etanol usado na produção do hidrogênio, há uma grande vantagem, uma vez que o etanol pode ser transportado de forma eficiente e compe��va, viabilizando a produção descentralizada do hidrogênio que poderá ser produzido próximo ao consumidor. Melhor ainda: o uso do hidrogênio em células a combus�vel é bem mais eficiente, já que apenas 38 litros de etanol produzem hidrogênio suficiente para abastecer um carro elétrico com célula a combus�vel, garan�ndo-lhe uma autonomia de 750 quilômetros. Vantagens do hidrogênio – “Nosso sonho e desafio era provar que o hidrogê-

nio é uma solução viável. E conseguimos demonstrar que é possível usar o hidrogênio de forma descentralizada”, afirma o sócio-fundador e diretor Comercial da Hytron, Daniel Lopes. Ao longo de quase duas décadas de pesquisas, a Hytron desenvolveu sistemas de produção de hidrogênio a par�r de insumos renováveis dentro de um contêiner. Esse contêiner pode ser instalado, por exemplo, nos postos de distribuição de combus�veis e produzir o Hidrogênio localmente. As diversas soluções da Hytron permitem u�lizar como insumo, além do etanol, outras fontes como o metano, o biometano e a eletrólise da água, adaptando-se aos recursos de cada região. O etanol, no entanto, destaca-se como insumo para a tecnologia Hytron por ser um combus�vel que permite produzir hidrogênio de forma segura e rápida, além de estar presente na bomba de cerca de 48 mil postos de combus�veis em todo o País. “Nossa tecnologia produz um hidrogênio ultra puro, com até 99,9999% de pureza, neutralizando a emissão de carbono”, afirma Lopes. Internacionalização – A tecnologia da Hytron despertou o interesse internacional. Em novembro de 2020, a empresa foi adquirida pelo grupo alemão Neuman & Esser (NEA), um dos líderes mundiais www.borrachaatual.com.br



ESPECIAL Nos úl�mos anos um tema tem ganhado cada vez mais força na sociedade e presença na imprensa. A busca das empresas por uma estratégia ESG (Ambiental, Social e Governança, em livre tradução) nunca esteve tão em alta. Mas, antes mesmo deste assunto se tornar fundamental nas conversas corpora�vas, o setor de pneus já demonstrava a preocupação com o impacto ambiental de seus produtos – afinal, pneus não são feitos apenas de borracha, mas também de outros materiais como lonas, cordonéis de aço e náilon, e mesmo que não seja possível reu�lizar esses materiais ainda na indústria de pneus, outras indústrias podem u�lizar esses componentes em diferentes aplicações, fazendo com que o pneu seja reaproveitado após o fim de sua vida ú�l. A Sumitomo Rubber do Brasil, que detém as marcas Dunlop, Falken e Sumitomo, reafirmou seu compromisso como membro integrante da Reciclanip e que atua para que o descarte dos produtos produzidos pela empresa tenha o des�no ambiental correto. Além disso, o Grupo Sumitomo Rubber também tem a responsabilidade ambiental em todos os seus processos e busca con�nuamente tornar-se uma empresa que contribua para a concre�zação de uma sociedade sustentável. Sua fábrica conta com uma estação de reaproveitamento de água que realiza o tratamento de 100% de seu efluente domés�co através da osmose reversa, que permite reu�lizar 50% do efluente gerado no processo produ�vo. Com relação à preservação ambiental, as tecnologias empregadas na fábrica no Brasil garantem uma expulsão mínima de gases poluentes no processo de fabricação dos pneus e envia apenas o mínimo de resíduos para aterros. A empresa possui a cer�ficação ISO 50001, norma que estabelece parâmetros para o fornecimento, u�lização e consumo de energia de maneira mais

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eficiente, e também a cer�ficação ISO 14001 que capacita a empresa a operar sob um regime mais sustentável do ponto de vista ambiental. A Bridgestone reforçou seu compromisso com a sustentabilidade como parte de sua estratégia global. O Marco 2020 de sustentabilidade da companhia, que �nha como um dos obje�vos a�ngir o aterro zero em todas as unidade foi alcançado entre 2019 e 2020. Além disso, os projetos desenvolvidos estão alinhados ao compromisso de responsabilidade social da companhia, trabalhando sua gestão de resíduos visando o Marco 2030 com metas para reduções adicionais no impacto ambiental, promovendo a economia circular e a jornada rumo ao carbono neutro, por meio de tecnologias e inovação. Através de inicia�vas como campanhas para redução do uso de copos descartáveis, conscien�zação sobre a coleta sele�va e a implementação de um biodigestor que trata uma média de 15 toneladas de resíduos orgânicos ao mês, a unidade baiana da Bridgestone, em Camaçari, inaugurada em 2007, alcançou, em 2020, a reciclagem de 100% dos resíduos gerados pelo processo de produção da planta. Os resíduos de borracha, negro de fumo, papel, papelão e plás�co são reciclados por meio de empresas parceiras especializadas. Já a madeira tem aproveitamento energé�co em fornos de cerâmica. Os itens que não são passiveis de reciclagem direta são tratados em uma blendagem para coprocessamento – todos processos de des�nação ecologicamente correta. Em direção à economia circular, a planta de Santo André, a primeira fábrica de pneus da Bridgestone no Brasil, inaugurada em 1940, desenvolve projetos como o processo de compostagem, em que cerca de 177 toneladas de resíduos são transformados em adubo orgânico, u�lizado, em parte, nos jardins e canteiros da planta.

Além disso, a unidade reduziu os resíduos orgânicos gerados no restaurante em 14% e, desde 2020, iniciou um projeto junto a empresas parceiras para destinação ambientalmente responsável de resíduos de produção com maior grau de dificuldade de separação, como a lona de aço. Os resíduos de nylon, componente utilizado em camadas de pneus, é doado para artesãos locais para produção de trabalhos de artesanato como bolsas, joias, cintos e brincos. A lona de nylon é aproveitada na fabricação de pneus de empilhadeira, retornando para o uso da própria Bridgestone. Já o resíduo de madeira é transformado em subprodutos utilizados na fabricação de móveis, assim como plásticos e papéis transformam-se em novas embalagens, big bags de matéria-prima retornam ao fornecedor e, no fim de sua vida útil, são destinadas para reciclagem para a confecção de subprodutos automotivos. Campanhas de conscientização também são promovidas entre os colaboradores, que podem levar à unidade o óleo de cozinha utilizado em sua residência para reciclagem. Desde 2020, as duas fábricas Bandag em Campinas e Mafra, responsáveis pela produção das bandas de rodagem da companhia, alcançaram 100% de resíduos reciclados e o aterro zero. Entre as inicia�vas que contribuíram para estes resultados estão o treinamento de coleta sele�va, mapeamento das entradas e saídas de materiais e o monitoramento da geração de resíduos. Os materiais orgânicos gerados nas fábricas são levados para compostagem para serem processados e transformados em adubo para o jardim. Pallets de plás�co se convertem em granulado para fabricação de baldes e embalagens e a borracha vulcanizada em sola de sapato e asfalto. Papel, plás�co e madeira também são reciclados. www.borrachaatual.com.br


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Pneu de competição com 46% de materiais sustentáveis A Michelin lançou um pneu para compe�ções contendo 46% de materiais sustentáveis, adaptado ao protó�po GreenGT Mission H24, movido a hidrogênio e desenvolvido para corridas de resistência. A alta porcentagem de materiais sustentáveis foi conquistada ao aumentar a quan�dade de borracha natural na composição do pneu e usando negro de carbono reciclado, recuperado de pneus em fim de vida. Outros materiais sustentáveis, de origem biológica ou reciclados, u�lizados no pneu incluem itens de uso diário como casca de laranja e limão, óleo de girassol, resina de pinheiro e aço reciclado de latas de alumínio. Como um laboratório tecnológico do mundo real, o automobilismo permite que a Michelin desenvolva e teste novas soluções de alta tecnologia em condições extremas de uso. Com este lançamento, a Michelin mostra sua capacidade de incorporar uma proporção, cada vez maior, de materiais sustentáveis em seus produtos, sem comprometer seu desempenho. Junto com seu compromisso de integrar materiais sustentáveis em seus pneus, a Michelin também usa processos de eco-design para reduzir o impacto ambiental de seus pneus em todas as fases de seu ciclo de vida, desde a obtenção e produção de matérias-primas até o uso em estradas e reciclagem.

Primeiro pneu do mundo com certificação FSC A Pirelli se tornou a primeira empresa no mundo a produzir uma linha de pneus cer�ficados pelo FSC (Forest Stewardship Council) e foram projetados para o BMW X5 xDrive45e Plug-in-Hybrid. Esses pneus contêm borracha natural e rayon com cer�ficação FSC e representam um novo horizonte para a produção cada vez mais sustentável de pneus. A cer�ficação de manejo florestal FSC confirma que as plantações são manejadas de uma forma que preserva a diversidade biológica e beneficia a vida das pessoas e trabalhadores locais, ao mesmo tempo que garante a sustentabilidade econômica. O complexo processo de cer�ficação da cadeia de custódia do FSC verifica se o material cer�ficado pelo FSC foi iden�ficado e separado do material não cer�ficado à medida que segue seu caminho ao longo da cadeia de abastecimento, desde as plantações até a fabricante de pneus. O pneu Pirelli P Zero, o primeiro pneu com cer�ficação FSC do mundo usando borracha natural com cer�ficação FSC e rayon proveniente de plantações cer�ficadas pelo FSC, será fornecido na dimensão 275/35 R22 para a dianteira e 315/30 R22 para a traseira

do BMW X5 xDrive45e Plug-in-Hybrid. A segunda geração do BMW X5 com direção elétrica combina um motor a gasolina de 6 cilindros em linha de 3,0 litros – com a tecnologia BMW TwinPower Turbo – com a quarta geração da tecnologia do BMW eDrive. O híbrido plug-in produz uma potência do sistema de 290 kW/394 hp, com um torque máximo do conjunto de 600 Nm, em uma faixa de energia elétrica de 7788 km (WLTP). O BMW Group realizou uma cer�ficação de CO2 de ciclo completo para o BMW X5 xDrive45e, desde a aquisição de matéria-prima, a cadeia de suprimentos, a fabricação e a fase de uso, até a reciclagem. Este P ZERO foi desenvolvido pela Pirelli de acordo com sua estratégia de “perfect fit”, atendendo assim às necessidades de desempenho do fabricante alemão para este modelo popular, ao mesmo tempo que contribui para a filosofia ‘verde’ deste veículo híbrido. O novo pneu será produzido exclusivamente na fábrica da Pirelli em Rome, Geórgia, nos Estados Unidos, e foi projetado para visar especificamente a sustentabilidade ambiental juntamente com baixa resistência ao rolamento (pontuação ‘A’ no rótulo europeu de pneus), o que melhora o consumo de


ESPECIAL na fabricação de compressores de pistão e diafragma, que atua globalmente. Hoje a solução de produção de hidrogênio verde da Hytron complementa as ofertas de soluções NEA, incluindo a produção e purificação de hidrogênio em seu por�ólio e a eleva a um patamar de fornecedora de soluções completas para este segmento. Segundo Lopes, o hidrogênio como combus�vel para veículos movidos a célula de combus�vel já é uma realidade em países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão, levando a empresa a buscar a internacionalização. Nesse contexto, a associação com a NEA foi vista como natural. “Con�nuamos sendo uma empresa brasileira, que gera inovação no Brasil e exporta para outros países. Os sócios-fundadores da Hytron permanecem na administração do negócio e agora podemos oferecer soluções completas, incluindo compressão e armazenamento de hidrogênio”. Escala na produção de hidrogênio – Um dos ganhos tecnológicos ob�dos pela empresa, instalada em Sumaré (SP), na região de Campinas, está na escala de produção do hidrogênio. “Conseguimos viabilizar a geração distribuída para produzir o hidrogênio diretamente onde é consumido”, conta. Para Lopes, o desafio agora é ter acesso a linhas de financiamento que viabilizem a aquisição dos equipamentos pelos clientes e, consequentemente, reduzam os custos de operação, promovendo a produção de hidrogênio a par�r de etanol dentro das indústrias e futuramente nos postos de combus�veis, por exemplo”. De acordo com o diretor da Hytron, o uso do hidrogênio como combus�vel para a mobilidade elétrica traz vantagens promissoras na redução de emissão dos gases de efeito estufa, eleva a eficiência dos automóveis e viabiliza maior autonomia com menor tempo de abastecimento, uma vez que um veículo elétrico abastecido com hidrogênio necessita apenas

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de 3 a 5 minutos para uma recarga completa. O motor elétrico desses veículos terá alterna�vas de armazenamento e de geração embarcada de eletricidade; dentre elas, com o uso de hidrogênio com células a combus�vel, do �po PEM (Proton Exchange Membrane). Um veículo movido à célula de combus�vel (a base de hidrogênio) é um gerador e armazenador de energia. O sistema de tração é elétrico e o design modular possibilita diversas configurações: híbrida, com mais ou menos bateria, e o plug-in, para conexão na rede elétrica externa. Além disso, veículos movidos por célula a combus�vel de hidrogênio têm zero emissão de poluentes e o seu tempo de abastecimento é inferior a 10% do que leva para carregar uma bateria atualmente usada em carros elétricos tradicionais que u�lizam apenas baterias. Um mundo hidrogenado – Segundo o estudo “Scaling-up do Hydrogen Council”, publicado em 2017, para que o mundo alcance as metas da COP 21, em 2050, o hidrogênio terá de representar 18% de toda a energia consumida mundialmente. Com isso, haverá a redução anual de 6G t de emissões de CO2 e a eliminação dos principais poluentes do ar como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO-X) e materiais par�culados. O setor de transporte vai consumir 20 milhões de barris de petróleo por dia a menos, aumentando significa�vamente a segurança energé�ca dos países. Como resultado, o crescimento econômico será baseado em um desenvolvimento sustentável, gerando uma receita de mais de US$ 2,5 trilhões por ano e empregando mais de 30 milhões de pessoas mundialmente. A infraestrutura de abastecimento de veículos a hidrogênio tem crescido mundialmente, principalmente nos Estados Unidos, Europa, Japão, China e Coreia do Sul. A es�ma�va é que existam hoje 1100 postos de hidrogênio e 5 mil até 2030.

Equipamentos industriais impulsionam sustentabilidade Segundo a pesquisa realizada pela Union + Webster, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), 87% dos brasileiros preferem comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% deles afirmaram não se importar em pagar um pouco mais caro por isso. Sendo assim, a sustentabilidade no setor industrial é algo fundamental tanto para reparar os impactos causados no processo de produção, quanto para manter a empresa em vantagem compe��va, a�va no mercado, e atendendo as demandas dos consumidores. Para impulsionar a sustentabilidade em uma empresa é necessário adotar, além de novas polí�cas internas, programas e processos que tragam impactos posi�vos no meio ambiente. Através da compra e venda de equipamentos usados, por exemplo, é possível diminuir a demanda por recursos naturais e reduzir a emissão de poluição, afinal, dar uma segunda vida significa que um equipamento a menos precisa ser produzido para atender a demanda de uma empresa. Três cuidados com os equipamentos industriais que impulsionam a sustentabilidade na indústria: Evite o descarte de equipamentos em bom estado – Quando uma empresa investe em novos equipamentos, surge a preocupação sobre o que fazer com os equipamentos an�gos. Para evitar que eles sejam encaminhados para aterros sanitários e poluam o meio ambiente, a emprewww.borrachaatual.com.br


sa pode adotar outra alterna�va que, além de sustentável, também é rentável. Os equipamentos industriais são desenvolvidos para ter uma vida ú�l muito longa. Isso significa que, mesmo tendo uma jornada anterior de produção eles ainda estão funcionando e podem ser úteis para empresas que não possuem capital para novos maquinários. Dar uma segunda vida aos equipamentos contribui com uma economia sustentável, que agrega valor ao negócio ao mesmo tempo em que o torna mais responsável ecologicamente. A EquipNet, empresa norte americana com mais de 20 anos, oferece esse serviço para as empresas, auxiliando no processo de negociação de equipamentos industriais usados ou desa�vados, de qualquer valor, em mais de 20 segmentos como alimen�cio, farmacêu�co e P&D, uma solução prá�ca e posi�va para o meio ambiente. Doação – Alguns a�vos não representam alto valor de recuperação financeira e podem ser doados para ins�tuições de auxílio, como por exemplo, mobiliários e computadores. Dependendo da quan�dade disponível a ser vendida, condição do a�vo e da sua necessidade de reparo, a doação pode representar um ato de maior valor social do que a venda por quan�a irrisória. Sucateamento consciente – O cenário ideal é fazer todos os esforços possíveis para que os equipamentos possam ser reu�lizados. Porém, se o equipamento es�ver além da sua capacidade de uso e sem condições de operação, o ideal é optar por uma empresa idônea para realizar o sucateamento e assim, de alguma forma, o material retorna ao processo de produção, servindo novamente a indústria ao invés de poluir o meio ambiente. www.borrachaatual.com.br

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EM 2020, MAIS DE 42 MILHÕES DE PNEUS DE PASSEIO TIVERAM UM DESTINO CORRETO.

RECICLAGEM REFORÇA A ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE A reciclagem da borracha é fundamental para o sucesso de todo e qualquer programa de sustentabilidade, bem como na implantação da economia circular. A borracha é uma matéria-prima nobre com características únicas, essencial nos processos industriais. Porém, leva um longo tempo para se degradar naturalmente no meio ambiente e assim assume posição de destaque entre as vilãs da geração de resíduos. E dentre todos os artefatos de borracha, os pneus respondem por mais de 85% desta geração de resíduos a serem reciclados. No Brasil, 100% dos pneus inservíveis tem des�nação ambientalmente correta, por meio do programa de coleta da Reciclanip, uma ins�tuição criada pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos). Fundada em 2007, a Reciclanip hoje é considerada uma das maiores

iniciativas da indústria nacional na área de responsabilidade pós-consumo, também conhecida como logística reversa. Para se ter uma ideia da importância desta iniciativa, só em 2020, mais de 42 milhões de pneus de passeio tiveram um destino correto devido ao trabalho realizado pela entidade. Dentre as destinações corretas está a reciclagem dos pneus para uso em campos de futebol, solas de sapato, pisos e tapetes de borracha. Todas as indústrias pneumá�cas estão comprome�das com a des�nação de seus produtos após o uso. É pra�camente um caso único, onde o fabricante acompanha seu produto desde a produção até sua transformação em outro artefato.

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ESPECIAL combus�vel e reduz as consequentes emissões danosas. Além disso, os níveis de ruído são mais baixos, o que beneficia ainda mais o meio ambiente. A cer�ficação FSC para a borracha natural usada para fazer o novo pneu P Zero, des�nado ao BMW X5 Plug-in-Hybrid, adquirida de plantações cer�ficadas, é o úl�mo passo no caminho que a Pirelli trilhou por muitos anos em direção ao gerenciamento sustentável da cadeia de abastecimento da borracha natural. Isso é alcançado por meio de um roteiro de a�vidades baseado na capacitação e compar�lhamento de boas prá�cas nos países de origem do material, em consonância com os princípios e valores con�dos na Polí�ca de Borracha Natural Sustentável da Pirelli, emi�da em 2017. Este documento é o resultado de consultas às principais partes interessadas na cadeia de valor da borracha natural, incluindo ONGs internacionais, os principais fornecedores de borracha natural da Pirelli, produtores e comerciantes na cadeia de suprimentos, clientes automo�vos e organizações globais mul�laterais. A Pirelli também é membro-fundadora da plataforma global para borracha natural sustentável (GPSNR). Esta plataforma multistakeholder foi criada em 2018 com o obje�vo de apoiar o desenvolvimento sustentável do negócio da borracha natural em todo o mundo, beneficiando toda a cadeia de abastecimento.

Veículos com tecnologia de célula de combustível de hidrogênio O BMW Group começou a testar o seu sistema de propulsão alimentado por célula de combus�vel de hidrogênio, em veículos próximos ao estágio final de desenvolvimento, ou seja, unidades de pré-produção. A avaliação envolve rodagem em condições co�dianas das ruas e estradas europeias, visando simular todas as possibilidades a serem enfrentadas no momento em que essa tecnologia chegar aos produtos finais da marca bávara. Sem qualquer emissão de CO2, os protó�pos BMW i Hydrogen NEXT examinarão o comportamento na vida real dos chassis de cada modelo, sistemas de tecnologia e eletrônica embarcada, simulando condições da vida real, quando equipados com essa nova propulsão. O BMW i Hydrogen NEXT é um veículo puramente elétrico, que u�liza o hidrogênio como combus�vel primário que, por sua vez, é conver�do em energia elétrica dentro de uma célula de combus�vel. O recém-lançado programa de testes irá pavimentar o cami-

nho para que o BMW Group apresente uma pequena gama de modelos dotados dessa tecnologia voltada à mobilidade sustentável, que é uma das bandeiras da empresa. A tecnologia de célula de combus�vel de hidrogênio tem potencial de longo prazo para complementar os motores de combustão interna, sistemas híbridos plug-in e veículos elétricos a bateria, dentro da estratégia de diversificação do BMW Group. Pode se tornar uma alterna�va atraente aos veículos elétricos a bateria – especialmente para clientes que não têm seu próprio acesso à infraestrutura de carregamento ou àqueles que frequentemente dirigem longas distâncias. Como o tanque de combus�vel de um modelo de motor de combustão convencional, o tanque de hidrogênio do BMW i Hydrogen NEXT pode ser abastecido entre três e quatro minutos, garan�ndo uma autonomia de várias centenas de quilômetros em todas as condições climá�cas.

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A energia é gerada na célula a combus�vel como resultado de uma reação química entre o hidrogênio transportado pelo veículo e o oxigênio do ar. Um conversor elétrico localizado abaixo da célula de combus�vel ajusta sua voltagem para a do motor elétrico. A energia armazenada em uma bateria de buffer de desempenho também é usada para manobras de aceleração dinâmica e pequenas explosões de velocidade para ultrapassagens. Essa energia armazenada na bateria do buffer de desempenho é gerada de uma forma par�cularmente eficiente durante a direção, recuperando a energia das fases de desaceleração e de frenagem. O hidrogênio necessário para abastecer a célula a combus�vel é armazenado em tanques de resina reforçada com fibra de carbono (CFRP), que juntos suportam até 6 kg de hidrogênio. Sua reação é precisamente controlada com o oxigênio na célula de combus�vel e gera eletricidade. Como resultado, o que sai do escapamento dos modelos é nada mais que vapor d’água. ©DIVULGAÇÃO

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Carro elétrico solar de longo alcance Uma parceria exclusiva entre a Bridgestone e a Lightyear, companhia inovadora em mobilidade baseada na Holanda, permi�rá o desenvolvimento de pneus exclusivos para o Lightyear One, o primeiro veículo elétrico solar de longo alcance do mundo, com comercialização prevista para o final de 2021. Uma pesquisa recente, realizada pela Bridgestone, apresentou que 50% dos motoristas europeus consideram adquirir um veículo totalmente elétrico, porém 37% ainda estão cé�cos quanto a fazê-lo devido a preocupações em torno da eficiência e alcance limitado. O Lightyear One chega ao mercado para desconstruir esse conceito, com seu alcance sem precedentes de 725 km e até três vezes mais eficiência em termos de energia do que os veículos elétricos alterna�vos atualmente no mercado. O veículo é carregado diretamente pelo sol por meio de um grande teto solar, minimizando as emissões de CO2 e a necessidade de carregamento, maximizando sua eficiência e autonomia. Para alcançar esse desempenho, a Lightyear ultrapassou os limites da tecnologia atual, projetando um veículo que se diferencia pelo coeficiente aerodinâmico, por meio de ganhos substanciais

em diversas áreas do seu design. Para suportar este desempenho único e melhorar ainda mais a sua eficiência, a Lightyear procurou um pneu que oferecesse resistência ao rolamento muito baixa e peso reduzido, a fim de preservar a vida ú�l da bateria, maximizar o alcance do veículo e reduzir o impacto ambiental. A Bridgestone desenvolveu os pneus Turanza Eco com engenharia personalizada exclusivamente para o Lightyear One, combinando pela primeira vez as revolucionárias tecnologias ENLITEN e ologic. Juntas, as tecnologias reduzem o peso do pneu com o uso de menos matéria-prima ao longo do processo de fabricação, enquanto reduzem a resistência ao rolamento por meio de uma banda de rodagem inovadora e mais estreita, diâmetros maiores, altas pressões de inflação, somadas a um design refinado. A baixa resistência ao rolamento dos pneus também significa que o Lightyear One pode se beneficiar de uma bateria mais leve. Como resultado, os pneus Turanza Eco são projetados para aumentar o alcance quando comparados aos pneus Bridgestone EV alterna�vos, o que equivale a uma redução de peso de mais de 90 kg.

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ESPECIAL

O VEÍCULO É CARREGADO DIRETAMENTE PELO SOL POR MEIO DE UM GRANDE TETO SOLAR, MINIMIZANDO AS EMISSÕES DE CO2 . ©DIVULGAÇÃO

Além de ajudar o Lightyear One a viajar mais entre as recargas, a dispersão de sílica do pneu foi melhorada pela aplicação de uma nova tecnologia de mistura, em que há uma redução geral de 3,6 kg (cerca de 10%) no peso do pneu por veículo, sem qualquer impacto ou comprome�mento na quilometragem e aderência. Pela primeira vez, os pneus Turanza Eco levarão a nova marcação EV da Bridgestone nas paredes laterais, reforçando o processo rigoroso de aprovação dos fabricantes de automóveis. Esses pneus suportam as caracterís�cas exclusivas dos veículos elétricos e atendem aos requisitos dos fabricantes quanto à autonomia da bateria, controle do veículo e vida ú�l do pneu. A Bridgestone também u�lizou sua tecnologia Virtual Tire Development, que permite a modelagem precisa do desempenho de um pneu sem ter que produzi-lo e testá-lo fisicamente, economizando até 40 mil quilômetros em testes externos e de frota na vida real. Além disso, a tecnologia pode reduzir o tempo de desenvolvimento de produtos e testes de pneus de frota e ao ar livre em até 50%. A base para o Lightyear One foi lançada durante o Bridgestone World Solar Challenge, uma corrida de 3 mil quilômetros no Outback australiano, que ultra-

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passa os limites da inovação tecnológica e da mobilidade movida a energia solar. A Bridgestone colabora há oito anos com a Eindhoven Technical University e os profissionais por trás da Lightyear, que formam a Solar Team Eindhoven, venceram a Bridgestone World Solar Challenge Cruiser Cup quatro vezes consecu�vas, de 2016-2019. Emilio Tiberio, COO & CTO da Bridgestone EMIA, explica: “A Lightyear tem impressionado com sua abordagem à mobilidade sustentável desde que vimos a equipe enfrentar o Bridgestone World Solar Challenge e, por isso, estamos felizes em par�cipar do projeto do Lightyear One. A Bridgestone está comprome�da com uma redução de 50% nas emissões de CO2 até 2030 e materiais 100% sustentáveis até 2050 e parcerias estratégicas como esta são fundamentais para a�ngir esses obje�vos.”

Lex Hoefsloot, CEO da Lightyear, acrescenta: “Estamos par�cularmente felizes em ver esta colaboração entre a Bridgestone e a Lightyear, como duas empresas que compar�lham uma visão para a mobilidade sustentável. O mundo já está passando por mudanças e desafios sem precedentes e, por meio da inovação e de tecnologias de ponta, podemos trabalhar juntos para aproveitar as oportunidades e criar um mundo mais sustentável.”  ©DIVULGAÇÃO

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PNEUS

Pneus com tecnologia podem aumentar produtividade agrícola “Embora essa melhoria possa parecer pequena, quando você pensa globalmente, ela ajuda consideravelmente a alimentar o mundo."

U

m estudo aprofundado sobre compactação do solo revelou que as máquinas agrícolas que operam com pneus com a tecnologia Michelin Ultraflex, de baixa pressão, podem aumentar a produ�vidade dos agricultores em 4%. A Harper Adams University - provedora especializada de ensino superior para o setor agrícola e rural – liderou a pesquisa, realizada tanto em seu campus em Newport, como em conjunto com a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Paula Misiewicz, PhD AMIAgrE e Professora Sênior em Gestão de Solo e Água da Harper Adams University, explica: “Como os veículos agrícolas ficaram, cada vez mais pesados nos úl�mos anos, podendo ter um impacto severo sobre o solo, o obje�vo de nossa pesquisa foi encontrar maneiras de aliviar a compactação”. O estudo em Illinois foi conduzido ao longo de três anos, usando tratores

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de 290 HP com pneus de baixa pressão, com a tecnologia Michelin Ultraflex, e pneus de pressão convencional em dois �pos de campos. “Os resultados mostraram, claramente, que os pneus com a tecnologia Michelin Ultraflex podem ajudar os agricultores a reduzir significa�vamente a compactação do solo, aumentando o seu rendimento em 4% comparado aos pneus convencionais”, afirma Misiewicz. Já os testes realizados por nove anos na Harper Adams, em Newport, também compararam os dois �pos de pneus, combinando com cul�vo de tráfego controlado, juntamente com cul�vo zero, cul�vo raso e técnicas de cul�vo profundo. “Embora tenha havido alguns bene�cios no uso de pneus com a tecnologia Michelin Ultraflex, de baixa pressão, em todos os testes, foi nas técnicas de cul�vo profundo que eles realmente se destacaram. Novamente, registramos uma melhoria de rendimento de cerca de 4% em comparação aos pneus agrícolas convencionais”, aponta a professora.

Richard Godwin, Professor Visitante da Harper Adams University, afirma: “Embora essa melhoria possa parecer pequena, quando você pensa globalmente, ela ajuda consideravelmente a alimentar o mundo. Muitas pessoas estão preocupadas com a sustentabilidade humana e, se pudéssemos obter esses resultados para muitas culturas diferentes, teríamos um grande impacto na sustentabilidade”. O estudo também descobriu que o inves�mento inicial com a compra dos pneus com a tecnologia radial Michelin Ultraflex seria amor�zado em 12 meses. “Nossa análise descobriu que o período de retorno do inves�mento é de cerca de um ano. E, de forma eficaz, depois de pagar por seus pneus no primeiro ano, terá recuperado o inves�mento, podendo ainda usar esses pneus por mais cinco anos ou mais”, acrescenta Godwin. A tecnologia Ultraflex da Michelin permite que os agricultores operem suas máquinas agrícolas com pressões de pneu mais baixas do que o conwww.borrachaatual.com.br


vencional, protegendo a saúde do solo, ao reduzir a incidência de formação de sulcos e sua compactação. Como resultado, o ar e a água podem penetrar mais facilmente na terra, levando a melhores condições do solo para uma resposta máxima da cultura. Projetado para cobrir todo o ciclo de cul�vo da safra, a linha completa de pneus Ultraflex Technology, disponíveis no Brasil, inclui os pneus Michelin AXIOBIB para tratores, pneus Michelin CEREXBIB para colheitadeiras, Michelin SPRAYBIB para pulverizadores, além de pneus Michelin TRAIXBIB para reboques. 

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Digitalização, transformação e sustentabilidade Philip Nelles assumiu como o novo CEO da Con�Tech, uma das áreas de negócio da Con�nental. “Consideramos como nossa responsabilidade corpora�va desenvolver materiais de ponta e tecnologias inovadoras em conjunto com e para nossos mais diversos clientes. Sustentabilidade é igualmente uma oportunidade e um fator-chave para a inovação para modelos de negócio novos e completamente diferentes. Isso nos permite não apenas estar atentos às necessidades do mercado em constante mudança, mas também fazer a nossa parte no cumprimento das responsabilidades sociais com as quais todo o grupo empresarial está comprome�do. O resumo de tudo isso é que estamos preparando o caminho para viabilizar o futuro”, comentou Nelles. Entre as principais prioridades da Con�Tech de longo e médio prazo está a digitalização de seus produtos e sistemas e a expansão de seus negócios por meio de serviços dedicados para diversos setores, focado em campos de crescimento lucra�vo. “Com a nossa estratégia focada em ‘Sistemas Inteligentes e Sustentáveis www.borrachaatual.com.br

Além da Borracha’, nós já estamos no caminho certo. Agora, nossos esforços estão direcionados em alcançar esse obje�vo ao máximo”, comentou Nelles. Além disso, a Con�Tech também está comprome�da em alavancar cada vez mais as diversas oportunidades de negócio promissoras e emergentes nos mercados em crescimento na Ásia. Outra alta prioridade desta área de negócio é reduzir sua dependência nos ciclos da indústria automo�va, diversificando ainda mais sua carteira de clientes. Ano passado, cerca de 180 milhões de euros foram inves�dos na modernização e expansão das instalações de produção da Con�Tech em todo o mundo. O inves�mento foi abaixo do que o esperado para o ano passado, devido aos efeitos da pandemia. “Desde que o clima para os negócios permaneça estável, intensificaremos mais uma vez os nossos inves�mentos - principalmente na digitalização das nossas fábricas - de modo a acelerar o nosso progresso para um caminho da fabricação digitalizada e integrada com a Indústria 4.0, em uma escala global” diz Nelles. 

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PNEUS

Tecnologia gera energia elétrica no interior dos pneus Uma nova tecnologia está sendo desenvolvida pela Sumitomo e a Universidade de Kansai para a obtenção de aplicações práticas para a geração de energia elétrica limpa em pneumáticos. ©DIVULGAÇÃO

Dispositivo de geração de energia instalado dentro do pneu.

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Sumitomo Rubber Industries, detentora da marca de pneus Dunlop, dentre outras, tem trabalhado junto com o professor Hiroshi Tani, da Universidade de Kansai, em uma pesquisa que visa desenvolver uma nova tecnologia que pode gerar energia elétrica a par�r da rotação de um pneu, através da instalação de um disposi�vo (coletor de energia) dentro do pneu para aproveitar a eletricidade está�ca que é gerada internamente durante a rotação. Coleta de energia é uma tecnologia que captura, coleta e aproveita a ener-

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gia do ambiente, é um termo para luz, vibração, calor e outras formas de energia que estão presentes em quan�dades mínimas ao nosso redor. A energia do ambiente simplesmente é desperdiçada se não recolhida. O Grupo anuncia que a pesquisa alcançou o resultado esperado ao permi�r o fornecimento de energia a um sensor periférico de pneus sem o uso de baterias. Esse avanço foi alcançado graças à função de carga adicionada no coletor de energia, bem como à o�mização das estruturas e materiais envolvidos na coleta de carga de fricção, o que melhora muito a produção gerada.

O Grupo desenvolveu, com essa úl�ma descoberta, um sistema integrado que usa a eletricidade gerada pelo coletor de energia para carregar um circuito de controle de força, que por sua vez a�va e fornece energia para um sensor externo. O teste mais recente mostrou que um pneu rodando a uma velocidade de 50km/h, produz mais de 800μW de potência através desse sistema, o que é suficiente para a�var um sensor externo e alcançar uma transmissão con�nua. O Grupo está a�vamente engajado em uma ampla pesquisa e desenvolvimento como parte do seu “SMART TYRE CONCEPT” (Conceito de Pneu Inteligente), um conceito visionário para o desenvolvimento de novas tecnologias para pneus e serviços periféricos, através do qual pretende responder melhor às necessidades de CASE (Conectado/ Autônomo/Compartilhado/Elétrico), MaaS (Mobilildade como um Serviço) e outras inovações importantes que já estão transformando a indústria automo�va. Uma das principais chaves do “Conceito de Pneu Inteligente” são os esforços con�nuos do Grupo para fornecer serviços de soluções que efe�vamente transformam pneus em sensores (ou seja, a Tecnologia Sensing Core, tecnologia própria do Grupo). Porém, a vida limitada da bateria do sensor tem sido um dos maiores obstáculos para tornar a tecnologia de sensor dos pneus uma realidade. Oferecendo uma solução efe�va para superar esse obstáculo, a Tecnolowww.borrachaatual.com.br


Como a energia é fornecida ao sensor,

gia de Geração de Força Interna dos Pneus representa um grande passo em direção ao alcance de aplicações prá�cas para a Tecnologia Sensing Core. Esse projeto foi selecionado pela Agência de Tecnologia e Ciência do Japão (JST) para receber Suporte no

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Estágio II (Tipo de Desenvolvimento de Semente) sob o “Programa A-STEP” (Programa de Transferência de Tecnologia Adaptável e Con�nua através de P&D orientada ao obje�vo), em outubro de 2019, e assim o Grupo avança com essas pesquisas e desenvolvimen-

to de a�vidades com o apoio do JST desde então. “A-STEP” é um programa que apóia a pesquisa e o desenvolvimento conjunto entre a academia e a indústria, e par�cularmente projetos que visam verificar as possibilidades e aplicações prá�cas de sementes tecnológicas (ou seja, os resultados de pesquisas básicas por universidades e etc.) em direção ao desenvolvimento dessas sementes em novas tecnologias essenciais. O Grupo Sumitomo Rubber con�nuará trabalhando e se empenhando para contribuir no desenvolvimento de uma Sociedade de Mobilidade mais segura, proporcionando maior tranquilidade para todos, tudo baseado em seu slogan de “Pneus – Conectando-se com Veículos, Conectando-se com Pessoas, Conectando-se com a Sociedade”. 

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MAQUINATUAL

Alta tributação é responsável pela desindustrialização do Brasil

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edição de “Diálogos com a Indústria” com o ministro Paulo Guedes contou com a participação presencial de representantes das entidades que formam a Coalizão Indústria, além de mais de 1.400 industriais de forma virtual. A “Coalizão Indústria” construiu junto com a SEPEC, por meio de estudo, a já conhecida “mandala” que traz o “Custo Brasil” da ordem de R$1,5 trilhão acima da média de custos nos países da OCDE. Muitos temas importantes da agenda de competitividade evoluíram positivamente, como a Reforma da Previdência, o Marco do Saneamento, concessões públicas leiloadas, lei de liberdade econômica, agenda de desregulamentação etc. No entanto é uma agenda que trará resultados no longo prazo. Como sabemos, o “Custo Brasil” ainda não se reduziu. Pelo contrário, os setores da indústria

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©EDU ANDRADE/ASCOM/ME

que compõe esta “Coalizão Indústria” têm acusado aumento deste custo. O Brasil apresentou uma proposta ao Mercosul de redução de 10% das alíquotas da TEC imediatamente e outra redução de 10% no final do ano.Ministro, será que em função da crise do Corona vírus, de 14 milhões de desempregados, muitas empresas em dificuldades de honrar compromissos e tributos, não estaríamos começando pelo fim? Priorizando a abertura comercial? Há intenção de revisão na posição do Ministério da Economia sobre a abertura comercial, redução de 10 + 10% das alíquotas de importação da TEC, levando em consideração que o custo Brasil ainda não foi reduzido? Ainda dentro deste mesmo tema, causou surpresa e estranheza a redução intempes�va da alíquota de importação de Bens de Capital e Bens de Informá�ca e Telecomunicações (BK e BIT) em 10% – nos brinquedos esta redução foi de 5% ano passado e mais 5% agora em maio. Essa Coalizão manifestou-se con-

trária a esta redução de BK e BIT por entender que seria uma “escolha de perdedores”. Podemos dizer ainda que a indústria como um todo teve o mesmo entendimento. Perguntamos, da mesma forma, há uma possibilidade de suspensão desta decisão? Essa foi a pergunta formulada por João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ no evento “Diálogos da Indústria” organizado pela Coalizão Indústria, que recebeu o Ministro da Economia, Paulo Guedes, em café da manhã realizado no Hotel Windsor, em Brasília. Foram discu�das pautas como as reformas estruturais do país, a agenda liberal do governo no contexto da pandemia e as perspec�vas econômicas para os próximos meses. O secretário Especial de Produ�vidade, Emprego e Compe��vidade, Carlos da Costa, também par�cipou do encontro. O evento foi realizado de maneira híbrida, virtual e presencialmente. Em Brasília, ocorreu em local amplo e com poucos convidados, respeitando todos os protocolos sanitários. Após a abertura de Marco Polo de Mello Lopes, coordenador da Coalizão Indústria e presidente execu�vo do Ins�tuto Aço Brasil, José Ricardo Roriz, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plás�co (ABIPLAST), contextualizou o debate em torno da reforma tributária. Presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato falou sobre abertura comercial. Também par�ciparam do café da manhã presencialmente Synésio Ba�sta da Costa, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ), www.borrachaatual.com.br


Haroldo Ferreira, presidente-execu�vo da ABICALÇADOS, Paulo Camillo Penna, Presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), José Jorge do Nascimento Júnior, presidente-execu�vo da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (ELETROS), José Carlos Mar�ns, presidente do CBIC, e Sergio Mar�ns Mello, vice-presidente da ANFAVEA. O presidente execu�vo da ABIMAQ, José Velloso, par�cipou virtualmente da reunião e acredita que “a redução da tarifa de importação de máquinas e equipamentos e bens de telecomunicação sem mexer nos seus insumos foi uma escolha de perdedores. A coalizão indústria entende que não houve redução do custo brasil em 10% como alegado e ao final o Mercosul não concordou com a redução da tarifa e o setor de máquinas já teve a sua tarifa reduzida em 10%. Por isso que a gente entende que houve escolha de perdedores.” O ministro Paulo Guedes falou sobre o trabalho que vem desempenhando para aprovar as reformas e a polí�ca econômica do governo. “Precisamos trabalhar de forma integrada para que a indústria brasileira, resiliente a massacres de polí�cas supostamente industriais, volte a crescer e a escoar a nossa produção. Precisamos sair desse modelo de dirigismo e ir para a economia de mercado, com expansão e democra�zação do crédito para pequenas e médias empresas, ao invés de favorecer os ‘campeões nacionais’”, afirmou. Marco Polo de Mello Lopes traçou um panorama do atual cenário da economia e sobre os entraves ao crescimento do país por conta da pandemia e da alta carga tributária. “É consenso entre todos os segmentos da indústria que a alta tributação é responsável pelo processo de desindustrialização no Brasil. Pleiteamos uma reforma tributária ampla que impeça a cumula�vidade de impostos e mi�gue os efeitos do ‘Custo Brasil’. ”  www.borrachaatual.com.br

SUV´s BYD Tang seguem para a Noruega ©DIVULGAÇÃO

A BYD, fabricante líder mundial de veículos 100% elétricos e uma das primeiras a produzir um milhão de automóveis elétricos em todo o mundo, enviou no começo de junho os primeiros 100 SUVs BYD Tang de especificação europeia para clientes na Noruega. A remessa marca a entrada da empresa no compe��vo mercado europeu de automóveis, com um produto que combina a mais recente bateria da BYD e a tecnologia elétrica com design e especificações europeias. A marca BYD já está firmemente estabelecida na Escandinávia e em toda a Europa, como fabricante líder do mercado de ônibus 100% elétricos para o setor de transporte público. O primeiro carregamento de 100 SUV´s totalmente elétricos BYD Tang com tração nas quatro rodas par�u do porto de Xangai, com chegada prevista às concessionárias na Noruega no final do verão europeu. A BYD fez parceria com o principal distribuidor de automóveis escandinavo, RSA, para fornecer vendas, assistência técnica e distribuição de peças, valendo-se de sua experiência de classe mundial e histórico comprovado no suporte a muitas marcas automo�vas líderes na Noruega por meio de sua extensa rede de concessionárias. O BYD Tang possui o que há de

mais moderno em tecnologia automo�va, em termos de desempenho, segurança e, é claro, conforto do motorista e do passageiro. O design do veículo representa uma combinação de “sabedoria oriental e esté�ca ocidental” perfeitamente combinadas sob a direção especializada e mundialmente conhecida do Diretor de Design Global da BYD, Wolfgang Egger. O principal entre seus novos recursos tecnológicos é a nova bateria Blade, que economiza espaço, apresentando desempenho de 0-100 km/h em apenas 4,6 segundos com sua capacidade de bateria de 86,4 kWh e autonomia de mais de 500km. Embora a carga entre 30% e 80% da capacidade seja a�ngida em apenas 30 minutos, são as credenciais ultra-seguras da bateria blade que são realmente impressionantes, com testes rigorosos de penetração de pregos e testes de forno produzindo melhorias dramá�cas em relação à tecnologia de fosfato de íon-lí�o convencional.  ©DIVULGAÇÃO

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MAQUINATUAL

Semicondutores podem frear crescimento A Chevrolet foi a marca que mais cresceu no Brasil na úl�ma década. Muito em virtude dos inves�mentos que a empresa vem fazendo para o desenvolvimento de produtos inéditos e serviços inovadores. Com esta estratégia, a empresa conseguiu elevar significa�vamente também a par�cipação de veículos mais equipados no mercado. “Foi agregando tecnologias inovadoras que a marca Chevrolet transformou seus veículos em referência em segurança, conforto, conec�vidade e performance. Não vamos deixar de oferecer aquilo que nossos clientes mais valorizam em um automóvel nem focar em versões básicas em razão da escassez momentânea de suprimentos, mesmo que isso impacte temporariamente nossa produção”, informa Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul. A pandemia está provocando grandes disrupções. Uma delas é a expansão de a�vidades remotas, que fez crescer a procura por produtos eletrônicos. Outro fenômeno é o fato de que muitos estão preferindo se deslocar em veículos par�culares, o que também causou aumento na procura por automóveis. O fato é que a grande demanda simultânea por todos esses produtos tem gerado gargalos na cadeia de fornecimento global de componentes, como os semicondutores. Existem semicondutores de vários

�pos, e eles possibilitam um alto poder de integração de circuitos eletrônicos. No caso dos automóveis, os mais avançados necessariamente carregam maior conteúdo. Estudo publicado pela consultoria Deloi�e aponta que a eletrônica representa 40% dos custos de um veículo atualmente, cerca de 50% mais do que há uma década. Já um levantamento feito pela Chevrolet aponta que os semicondutores estão distribuídos da seguinte maneira em carros mais tecnológicos a combustão: 30% entre os sistemas de segurança, 30% entre os sistemas de conforto & conveniência, 25% entre os sistemas de conec�vidade e 15% entre os sistemas de propulsão. “Quanto mais avançada é a arquitetura de um veículo, melhores são seus aspectos de dirigibilidade, proteção aos

ocupantes e comodidade a bordo. E são os sistemas eletrônicos que maximizam tudo isso. Outro fator determinante é a forma como o fabricante integra todos estes sistemas no automóvel”, explica Plinio Cabral Jr., líder de Engenharia Elétrica da GM América do Sul. O Novo Onix chega a ter aproximadamente 1.000 semicondutores e sistemas integrados espalhados por quase 20 módulos, até o dobro da quan�dade encontrada em outros modelos da mesma categoria. Um dos sistemas mais complexos é a úl�ma geração do mul�mídia Chevrolet MyLink, isto porque ele interage com diferentes módulos do veículo. Dá até para configurar detalhes como o �po de aviso que o carro dará ao motorista quando detectar o distanciamento da chave inteligente para o travamento automá�co das portas. 

MWM lança itens para mercado de reposição No ano em que comemora os seus 68 anos de história no Brasil e 4.5 milhões de motores produzidos, a MWM, fabricante independente de motores Diesel e grupos geradores de energia, celebra agora um marco com o lançamento de mil novos itens, para o mercado de reposição. Os novos itens pertencem às

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linhas Máster Parts - linha de peças mul�marcas com a qualidade assegurada MWM e a linha Opcional - linha de peças para motores MWM, cer�ficadas e validadas pela engenharia da MWM, para motores com mais tempo de uso. Os lançamentos são resultado de um trabalho extraordinário, de inovação, reposicio-

namento e de um novo mindset para o negócio de peças de reposição da MWM, que está em con�nua expansão. Somente nos sete primeiros meses do ano fiscal da empresa (nov’20 a mai’21) a MWM vendeu 54,5% mais peças de reposição quando comparado ao mesmo período do ano anterior.  www.borrachaatual.com.br


O setor fabricante de máquinas e equipamentos registrou queda na receita líquida no mês de abril em relação a março, seguindo o seu comportamento sazonal. O resultado interanual, por outro lado, manteve o desempenho posi�vo iniciado no segundo semestre de 2020 como reflexo do processo de recuperação da a�vidade na indústria de máquinas e equipamentos. A receita total do setor foi 3,8% inferior à março de 2021, mas 72,2% acima de abril de 2020, mês que marcou o início da crise da pandemia da Covid-19 no setor. Em abril o mercado externo foi responsável pela melhora no desempenho da indústria de máquinas e equipa-

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mentos. O crescimento das exportações foi de 8%, enquanto na receita interna ocorreu queda de 6,1% na comparação com o mês de março de 2021. Ainda que as vendas no mercado domés�co tenham registrado queda em relação ao mês anterior, na comparação interanual superou em 102% o resultado de 2020 – em abril do ano passado as vendas encolheram 33% em razão dos efeitos da pandemia da covid-19. As exportações de máquina e equipamentos, que já vinham de um quadro de desaceleração, sen�ram fortemente a redução do comércio global em razão da pandemia. O ano de 2020 marcou a segunda queda consecu�va nas exportações. No

©JCOMP/FREEPIK

Máquinas e equipamentos crescem 72%

entanto, com a aceleração do ritmo de vacinação em importantes economias, o comércio internacional vem ganhando ritmo e com ele a melhora nas exportações. Nos meses de fevereiro, março e abril houve crescimento em relação aos meses anteriores (9,9%, 8,5% e 8%, respec�vamente. 

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CALÇADOS

Feiras digitais geram mais de US$ 2 milhões ©DIVULGAÇÃO

março e 8 de maio, foi um sucesso para as 17 marcas calçadistas brasileiras par�cipantes. Conforme relatório da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram gerados mais de US$ 1,5 milhão em negócios, somando os realizados e alinhavados no evento, quase três vezes mais do que na Micam Digital passada.

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rês eventos digitais neste primeiro semestre de 2021 renderam mais de US$ 2 milhões para empresas calçadistas nacionais. Um deles foi baseado nos Estados Unidos (Sourcing @ MAGIC Digital) e os outros na Itália – Expo Riva e Micam Milano. Em todos os eventos as empresas brasileiras foram apoiadas pelo Brazilian Footwear, programa de incen�vo às exportações desenvolvido pela Abicalçados em parceria com a Apex-Brasil. Este programa tem por obje�vo aumentar as exportações de marcas brasileiras de calçados através de ações de desenvolvimento, promoção comercial e de imagem voltadas ao mercado internacional. A feira digital italiana Expo Riva Schuh, apesar das necessidades de melhorias reportadas pelos expositores brasileiros, gerou US$ 630 mil em negócios imediatos e alinhavados para as 16 marcas verde-amarelas par�cipantes.

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A analista de Promoção Comercial da Abicalçados. Ruísa Scheffel, destaca que, apesar de necessitar alguns ajustes para o�mização, a plataforma digital da feira italiana é promissora, especialmente porque a organização se mostrou aberta para implementação de melhorias para as próximas edições. “O potencial é muito maior, pois a Expo Riva Schuh é uma feira caracterizada por grandes volumes de vendas. Nas feiras �sicas, por exemplo, as empresas chegam a vender 60% do total das suas exportações do ano”, acrescenta. A feira digital norte-americana Sourcing @ MAGIC Digital, que ocorreu entre os dias 1º de março e 1º de maio na plataforma NuOrder, gerou US$ 445 mil entre negócios efe�vados e alinhavados durante a ação para as marcas brasileiras. Foram 125 contatos com compradores dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, México, Equador, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Itália e Guatemala. A Micam Milano Digital Show, feira italiana que aconteceu entre 8 de

“Os eventos físicos foram prejudicados no período mais crítico da pandemia e com isso proliferaram os digitais.” A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Paola Pon�n, destaca que foram mais de 64 mil pares de calçados comercializados durante o evento, com destaque para compras feitas por grandes importadores dos Estados Unidos, França, Itália, Rússia, Inglaterra, Alemanha, Colômbia, entre outros. “No total, foram gerados contatos com mais de 30 países, uma procura mais efe�va e superior à registrada no evento anterior”, avalia Paola, ressaltando que tanto os consumidores quanto as marcas estão u�lizando cada vez mais as plataformas digitais para efe�var negociações. “Os eventos �sicos foram prejudicados no período mais crí�co da pandemia e com isso proliferaram os digitais. Existem vantagens de o�mização de tempo e custos logís�cos que vêm atraindo cada vez mais empresas para essa modalidade de negócios”, explica a analista. www.borrachaatual.com.br


Uma pesquisa realizada pela Abicalçados revela que mais de 70% das empresas seguirão par�cipando das ações digitais mesmo após a retomada dos eventos �sicos. O gerente de Exportação da Andacco, Leandro Oliveira, destaca que a experiência da marca foi considerada um sucesso comercial. “Diante da impossibilidade de termos feiras presenciais, eventos digitais são ferramentas para podermos estar em contato com os clientes em tempos de isolamento social”, avalia, ressaltando que os negócios foram realizados com clientes dos Estados Unidos, Rússia, Itália e Índia, todos importantes players do mercado internacional de calçados.

“70% das empresas seguirão participando das ações digitais mesmo após a retomada dos eventos físicos.” Também sa�sfeito com a par�cipação, o gestor comercial da Ferrucci, Leonardo Lachtermacher, ressalta a abertura de novos e importantes clientes durante o evento. “Pedidos ficaram enga�lhados e já estão chegando na fábrica”, comemora. Segundo ele, outro fato relevante foi a alta procura por produtos de marca própria. “Os clientes buscavam nossa marca”, acrescenta o gestor. Couromoda digital – Adaptada aos desafios que afetaram o planeta, a Usaflex mais uma vez se reinventou para apresentar uma coleção totalmente nova, que faz da primavera uma mo�vação especial e libertadora. As novidades foram apresentadas na Couromoda digital, que aconteceu entre 7 e 9 de junho, www.borrachaatual.com.br

completamente adaptada a oferecer oportunidades de negócios ao setor calçadista. Com o tema “Ser e Sen�r“, a ideia foi abrir janelas e portas para a natureza, respirar profundamente e se deliciar com os calçados que estarão nos pés das consumidoras pelo mundo todo. Fernando Eduardo Muller, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da marca, explica o conceito da coleção Primavera 2021: “Minimalismo e elegância hoje são internacionais. Chegam inseridos em design democrá�co com produtos inteligentes, duráveis e funcionais, feitos para todas. O conforto e a qualidade andam de mãos dadas e os itens básicos são transformados em novos clássicos.” As cores, embora minimalistas, trazem a alegria deliciosa da primavera: hortelã, camomila, lavanda e tan (aqueles tons de “terra” calorosos). Depois de muitas temporadas usando tênis e sapatos mais baixos, as flatforms reaparecem com uma esté�ca supermoderna, que traz a opção do uso do salto alto sem perda do conforto que é o DNA da empresa. Tamancos es�lo Birken são o hit, conforto e es�lo dentro de um despojamento total, embora aceitos com muita graça em composições mais formais, com alfaiataria, por exemplo. As sandálias têm detalhes em velcro e elás�co, o que as tornam funcionais e adaptáveis a qualquer ocasião. 

Calçados de segurança crescem na pandemia A pandemia do novo coronavírus mudou hábitos de consumo mundo afora. O setor calçadista brasileiro não passou incólume à mudança, tendo registrado uma queda de 18,4% na produção de calçados no ano passado (para 763,7 milhões de pares), mas viu a produção de calçados de segurança aumentar 1% em par�cipação, encerrando o ano com 41,6 milhões de pares produzidos (5,4% do total nacional). Os dados estão no Relatório Setorial da Indústria de Calçados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Entre os mo�vos apontados pela Abicalçados para o incremento desse mercado está a mudança no perfil do consumo e a baixa par�cipação das importações nesse segmento, de apenas 2% - a média nacional é 3% - , o que es�mula a produção nacional. Sempre houve uma necessidade de casar as necessidades de design e segurança em um produto. O trabalhador moderno busca um calçado que possa ser u�lizado no dia a dia e mantenha as caracterís�cas de segurança norma�zadas pelos órgãos oficiais. 

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CALÇADOS

Exportações seguem em recuperação

Mesmo diante de uma base compara�va fraca, o setor calçadista está comemorando a recuperação gradual das suas exportações. Entre janeiro e maio, conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram embarcados 49,3 milhões de pares, que geraram US$ 323,57 milhões, altas de 24,7% em volume e de 9,8% em receita no compara�vo com igual período do ano passado. Somente em maio foram embarcados 8,77 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 65,2 milhões, expressivos incrementos de 223% em volume e de 172,8% em receita no compara�vo com maio de 2020. Além disso, foi a terceira alta consecu�va, mesmo em relação aos respec�vos meses de 2019. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que os embarques seguem em recuperação e que o setor deve fechar 2021 com exportações 13% superiores a 2020. “Nos próximos meses, a base de comparação não será tão fraca como a dos primeiros cinco meses, por isso cresceremos menos”, destaca o dirigente. Segundo ele, diante do avanço da vacinação contra Covid-19 e a normalização do comércio mundial, a expecta�va é de recuperação

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de parte do estrago de 2020, quando os embarques caíram 18,6%. “Mesmo com essa recuperação, não recuperaremos as perdas do ano passado”, acrescenta. Nos primeiros cinco meses de 2021, o principal des�no do calçado brasileiro foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 5,38 milhões de pares por US$ 70,1 milhões, altas de 41,2% em volume e de 21,6% em receita no compara�vo com igual ínterim de 2020. O segundo des�no do período foi a Argen�na, para onde foram embarcados 4,15 milhões, que geraram US$ 38,48 milhões, incrementos de 44% e 30,6%, respec�vamente, ante mesmo intervalo do ano passado. O terceiro des�no dos cinco primeiros meses do ano foi a França. No período, os franceses importaram 3,1 milhões de pares, pelos quais pagaram US$ 23,46 milhões, altas de 16,7% e 20,5%, respec�vamente, diante do mesmo período de 2021. O Rio Grande do Sul seguiu sendo o principal exportador do setor calçadista no Brasil. Nos primeiros cinco meses, os calçadistas gaúchos embarcaram 11,82 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 136,75 milhões, altas de 27,8% em volume e de 8,3% em receita em relação a 2020. O segundo exportador de 2021 é o Ceará, de onde par�ram 15,7 milhões de pares, que geraram US$ 82 milhões, incrementos de 14,5% e 5,4%, respec�vamente, ante os cinco primeiros meses de 2020. São Paulo apareceu no terceiro posto entre os exportadores. Nos cinco meses de 2021, os calçadistas paulistas embarcaram 3,45 milhões de pares por US$ 36 milhões, altas de 25,1% e 18,2% ante o período correspondente de 2020. 

Importações asiáticas crescem mais de 70% Respondendo por 83% do total importado em calçados no período, as importações de calçados do Vietnã, Indonésia e China aumentaram mais de 70% em maio. No geral, o mês cinco registrou a entrada de 1,88 milhão de pares, pelos quais foram pagos US$ 28 milhões, altas tanto em volume (+58,1%) quanto em receita (+86%) ante o mês correspondente de 2020. Somente do Vietnã, principal origem, foram importados 775 mil pares, pelos quais foram pagos US$ 15,5 milhões, altas tanto em volume (+51,7%) quanto em receita (+79%) ante maio do ano passado. A Indonésia foi a segunda origem de maio, tendo embarcado para o Brasil 249 mil pares por US$ 4,97 milhões, incrementos tanto em pares (+50,8%) quanto em dólares (+91%) ante maio de 2020. A terceira origem do mês foi a China, de onde foram importados 551 mil pares por US$ 2,74 milhões, altas em volume (+33,1%) e receita (+45%) ante o mês cinco do ano passado. Já no acumulado dos cinco meses, as importações somaram 10,8 milhões de pares por US$ 136 milhões, quedas de 7,1% e de 1,7% ante o mesmo período do ano passado. As principais origens foram Vietnã (3,88 milhões de pares e US$ 76,42 milhões, quedas de 17,2% e 3% ante 2020), Indonésia (1,27 milhão de pares e US$ 22,85 milhões, quedas de 9% e 0,8%) e China (4,66 milhões e US$ 16,86 milhões, incremento de 1,8% e queda de 6,8%). Em partes cabedais, palmilhas, solas, saltos etc - as importações dos cinco meses somaram US$ 10 milhões, 7,2% mais do que no ano passado. As principais origens foram Paraguai, China e Vietnã.  www.borrachaatual.com.br


EMPRESA

B

ryan Adams, músico e fotógrafo, irá produzir as imagens do Calendário Pirelli 2022. O ar�sta canadense deu a no�cia por meio de seus canais de mídia social. “Tenho orgulho de ter sido escolhido como o fotógrafo do Calendário Pirelli 2022. Combinar fotografia e música para o ‘The Cal™’ é muito empolgante e, claro, terá algumas pessoas extraordinárias. Em algumas semanas, os shootings começarão. Estou emocionado”, disse ele. O anúncio marca o retorno do Calendário Pirelli, que foi

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Bryan Adams fotografará o Calendário Pirelli 2022 suspenso no ano passado em luz da emergência da Covid. Além de 2021, a história do ‘The Cal™’ viu suspensões em 1967 e depois de 1975 a 1983. Desde o final dos anos 1990, Bryan Adams tem combinado sua carreira no rock com sua paixão pela fotografia, fotografando músicos, atores e modelos para grande aclamação. Os fotografados anteriores incluem Sir Mick Jagger, John Boyega, Amy Winehouse, Naomi Campbell e muitos outros, incluindo polí�cos, estadistas e até Sua Majestade, a Rainha, que ele fotografou para o Jubileu de Ouro dela. Seus retratos enfeitam páginas de publica-

ções top como a Vogue, Vanity Fair, GQ e Harper’s Bazaar, bem como em sua própria revista de arte Zoo. Ele também publicou uma série de livros de seu trabalho, incluindo “American Women” (2004), “Exposed” (2012), um projeto sobre veteranos de guerra britânicos feridos, in�tulado “Wounded: The Legacy of War” (2014), e “Homeless”, lançado em 2019. Do outro lado da moeda cria�va, sua música nas úl�mas quatro décadas alcançou o status de número 1 em mais de 40 países. Ele tem 3 indicações ao Oscar e 5 ao Globo de Ouro, um Grammy, e lançará seu 15º álbum em 2021. 

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QUÍMICA

Evonik lança sílica de alta dispersão dos quatro pilares de crescimento estratégico da empresa. Esses produtos inteligentes aumentam o desempenho de um grande número de materiais.

A

Evonik Industries desenvolveu uma sílica a�va para a indústria da borracha, que melhora de maneira significa�va a tração dos pneus de inverno em condições de neve e lama, aumentando a segurança dos passageiros. ULTRASIL® 4000 GR é a primeira sílica de baixa área superficial (LSA) que também oferece alta dispersibilidade. Essa caracterís�ca permite níveis de carga muito altos na banda de rodagem, melhorando ainda mais a tração na comparação com pneus que usam a sílica convencional. “O que é exclusivo ao ULTRASIL® 4000 GR é o seu design de produto que combina uma dispersibilidade muito boa e uma área superficial baixa e é isso que permite os altos níveis de carga”, revela Bernhard Schäfer, Senior VP Rubber Sílica na Evonik. Apesar de sua alta concentração de carga, esta sílica pode ser dispersada com facilidade no composto de borracha. “Mesmo após processos de mistura curtos, é possível criar lotes

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©DIVULGAÇÃO

compactos de borracha com boa textura do composto”, explica Schäfer. Não só em bandas de rodagem, mas também nas paredes laterais e em aplicações fora do setor de pneus como, por exemplo, artefatos técnicos de borracha (MRG) ou solas de calçados, os fabricantes se beneficiam do processamento com economia de recursos e das excelentes propriedades do novo produto integrante da família ULTRASIL®. O ULTRASIL® 4000 GR será produzido inicialmente em uma nova linha de sílicas precipitadas no parque químico de Adapazari, na Turquia. A linha iniciou suas operações no úl�mo trimestre de 2019 tendo por obje�vo o fortalecimento da posição da empresa como parceiro global da indústria de pneus. A nova linha de produção permi�u à Evonik expandir significa�vamente a sua capacidade anual de fabricação de sílica, além de criar cerca de 40 novos empregos. A sílica integra a divisão Smart Materials da Evonik, cons�tuindo um

Inves�mento em Centro de Tecnologia Aplicada no Brasil A Evonik inves�u em torno de R$ 20 milhões para a construção de um moderno conjunto de laboratórios e plantas-piloto na cidade de Americana (SP), onde a empresa já possui duas plantas industriais. As obras �veram início no final de 2020 e a inauguração está prevista para o úl�mo trimestre deste ano. O ATC abrigará oito laboratórios voltados aos mercados de cuidados pessoais, cuidados do lar, poliuretanos, farmacêu�co, agro, construção civil, produtos à base de epóxi, �ntas e nutrição animal; e duas plantas-piloto dirigidas às áreas de nutrição animal e poliuretanos. Com área total de aproximadamente 2.300 m2, o novo empreendimento contará também com auditório, recepção, salas de reunião, espaço de ‘co-working’e espaço de convivência. O primeiro Applied Technology Center da Evonik no Brasil foi concebido para ser o Estado-da-Arte em termos de tecnologia e inovação, visando promover um ambiente colabora�vo, favorável para as discussões técnicas e a criação de aprimoramentos ou novas soluções a par�r das demandas dos clientes. O obje�vo é proporcionar aos clientes uma experiência aprofundada no universo Evonik, com todo o know-how que o Grupo possui em nível global atuando em mais de 100 países. “Na Evonik valorizamos muito o atendimento e a proximidade com os mercados. Este novo inves�mento reforça o respeito e a dedicação que temos com www.borrachaatual.com.br


os clientes dos diversos segmentos atendidos pela empresa, auxiliando-os a crescer e a prosperar a par�r das inovações desenvolvidas pela Evonik”, destaca Elias Lacerda, Diretor Presidente para a Região América Central e do Sul da Evonik. A cidade de Americana tem uma localização estratégica, estando próxima de universidades, indústria, agronegócio, aeroportos, malha rodoviária e clientes, além de ter boa infraestrutura. O polo industrial da Evonik em Americana já conta com uma planta dedicada à produção de ingredientes para a indústria de cosmé�cos e cuidados para o lar e uma fábrica de sílicas que atende fabricantes de borracha, nutrição animal e humana, agroquímicos e cremes dentais, inauguradas em 2014 e 2016, respec�vamente. A produção nessas plantas reforçam o por�ólio de produtos sustentáveis oferecidos pela empresa, como as sílicas u�lizadas para a fabricação dos chamados pneus “verdes”, que possuem baixa resistência ao rolamento; e os biossurfactantes baseados em recursos renováveis e que se encaixam perfeitamente nas exigências dos consumidores por maior sustentabilidade na produção de bens de consumo. Também na planta de cosmé�cos e cuidados para o lar, em Americana, a Evonik teve a oportunidade de contribuir com as ações da indústria química em prol do combate à disseminação do Coronavírus. Desenvolveu um sani�zante para as mãos, para distribuição na área da Saúde. Várias en�dades e hospitais da região de Americana já receberam a doação do sani�zante, bem como de outros itens de limpeza, higiene e alimentos, reforçando a corrente do bem que se formou para amenizar os desafios impostos pela pandemia.  www.borrachaatual.com.br

Importação de produtos químicos bate recorde

©MICHAELGAIDA/PIXABAY

Nos quatro primeiros meses do ano, as importações de produtos químicos movimentaram 17,2 milhões de toneladas, aumento de 17,8% na comparação com iguais meses de 2020. Trata-se de recorde em quan�dades adquiridas para o período, tendo sido registrados aumentos importantes em pra�camente todos os grupos acompanhados, como em resinas e elastômeros (34,1%), e em produtos químicos orgânicos (18,4%) e inorgânicos (16,1%), todos com significa�va fabricação nacional. Já o volume das exportações, de janeiro a abril, chegou a 5,4 milhões de toneladas, aumento de 7,3% em relação aos quatro primeiros meses de 2020, concentrado fundamentalmente em produtos inorgânicos (grupo que isoladamente representa pra�camente 70% de todas as quan�dades exportadas pelo Brasil em produtos químicos), em que pese forte queda de 24,1% nas vendas ao exterior de resinas termoplás�cas (380 mil toneladas exportadas no período). O déficit da balança comercial de produtos químicos teve, por sua vez, um expressivo aumento de 24,5% em relação ao mesmo período de 2020 e a�ngiu US$ 11,2 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, contextualizado pela inédita e extremamente preocupante marca de 46% de par�cipação de mer-

cadorias estrangeiras no consumo aparente nacional (dados até março, conforme o Relatório de Acompanhamento Conjuntural – RAC da Abiquim). Esse ritmo do crescimento do déficit não foi deses�mulado nem pelo aumento dos preços médios dos importados de US$ 785/T, em dezembro de 2020, para US$ 1.066/T, em abril de 2021. De janeiro a abril de 2021 foram importados mais de US$ 15,3 bilhões e exportados pra�camente US$ 4,1 bilhões em produtos químicos, aumentos de 20,3% e de 9,9%. No acumulado dos úl�mos 12 meses (maio de 2020 a abril de 2021), o déficit é de US$ 32,6 bilhões, maior valor em bases anualizadas em todo o histórico da balança comercial de produtos químicos e que, até o final do ano, poderá superar US$ 33 bilhões. Para o presidente-execu�vo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados da balança comercial em produtos químicos, até abril, evidenciam a urgência de uma agenda estruturante de compe��vidade e da retomada imediata do Regime Especial da Indústria Química – REIQ. “O Brasil precisa de uma estratégia voltada para o seu desenvolvimento e a retomada sustentada da a�vidade econômica somente será possível com o fortalecimento da compe��vidade dos setores que mais contribuem para a garan�a do

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QUÍMICA abastecimento interno, da agregação de valor em território nacional e para geração de empregos e renda. Nisso tudo a indústria química possui papel central, pois é a base para diversas outras a�vidades e, assim, o que acontece com ela impacta consequentemente toda a economia. A manutenção do REIQ, nesse contexto, é condição sine qua non para o próprio posicionamento estratégico do País no cenário internacional”, destaca Marino. Demanda forte – O segmento de produtos químicos de uso industrial teve crescimento na demanda interna no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, conforme informações preliminares do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. A variável consumo aparente nacional (CAN) cresceu 7,8% no 1º quadrimestre de 2021, sobre igual período de 2020. Na mesma base de comparação, a produção teve alta de 5,12%, as vendas internas subiram 14,70%, enquanto as importações �veram elevação de 11,2%. Segundo a diretora de Economia e Esta�s�ca da Abiquim, Fá�ma Giovanna Coviello Ferreira, esses dados confirmam a manutenção do ritmo forte de crescimento da a�vidade nos primeiros meses do ano, movimento que vem se repe�ndo no setor desde meados do ano passado, em especial devido à essencialidade da química no dia-a-dia da população, destacando-se, neste momento, a elevada procura por diferentes �pos de produtos u�lizados na prevenção, no tratamento e no combate ao coronavírus. No mercado internacional, o momento é de recuperação da demanda por produtos químicos e de um ciclo de alta no que diz respeito aos preços, puxados, em especial, pela China e pela Índia. Como os preços no Brasil acompanham as oscilações e flutuações internacionais, o resultado é que o IGP-Abiquim-FIPE, específico para as vendas realizadas no

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A extinção do REIQ no momento que o País acaba de editar a nova lei do gás, que trará muitos efeitos positivos para a química, mas não no curto prazo, também parece um contrassenso, dando uma sinalização de que mais uma vez o Brasil está na contramão do que outros países estão fazendo. mercado domés�co, teve elevação nominal de 42,39% no acumulado de janeiro a abril de 2021. No mesmo período, o petróleo Brent e a na�a petroquímica subiram 42,2% e 40,5%, respec�vamente, no mercado internacional – valores conver�dos de dólares para reais – pressionando os custos de produção interna. Vale destacar que o gás natural é referenciado ao Brent no mercado domés�co e vem sen�ndo muito esse impacto, na contramão do gás americano. A análise das informações rela�vas aos úl�mos 12 meses, encerrados em abril de 2021, mostra resultados também posi�vos e crescentes em relação aos doze meses imediatamente anteriores: produção cresceu 3,04% e vendas internas �veram alta de 9,49% (com aceleração em relação aos 12 meses anteriores, cujo resultado havia sido de +3,52%). Na média dos úl�mos 12 meses, a u�lização

da capacidade instalada ficou em 72%, três pontos acima do resultado do período anterior. Em doze meses, apesar da melhora de três pontos percentuais no uso das atuais instalações, o resultado representa ociosidade de quase 30%, muito alta para os padrões de produção da indústria química mundial. “O baixo índice de ocupação das instalações e a elevada penetração das importações sobre a demanda local evidenciam a falta de compe��vidade da indústria nacional, com consequente deses�mulo a novos inves�mentos, além de risco de desa�vação de unidades produ�vas. Esse quadro precisa ser avaliado e modificado com urgência, especialmente pela importância da química para o crescimento e para o desenvolvimento do País”, alerta a diretora da Abiquim. Nesse contexto, preocupa a edição da MP 1.034/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados, que, entre outras questões, ex�ngue o bene�cio de PIS/ Cofins concedido à indústria química por meio do Regime Especial da Indústria Química – REIQ. A eliminação do bene�cio sem a contrapar�da de uma Reforma Tributária mais ampla, que realmente diminua o peso do governo sobre a indústria, trará impactos muito ruins para o setor químico justamente em um momento em que as principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento estudam mecanismos de es�mular a química, em razão da importância do setor para a segurança e para a vida da população, seja na saúde, seja na produção de alimentos, apenas para ficar em dois exemplos da mais alta relevância. A ex�nção do REIQ no momento que o País acaba de editar a nova lei do gás, que trará muitos efeitos posi�vos para a química, mas não no curto prazo, também parece um contrassenso, dando uma sinalização de que mais uma vez o Brasil está na contramão do que outros países estão fazendo.  www.borrachaatual.com.br


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MATÉRIA TÉCNICA

MANGUEIRAS AUTOMOTIVAS Autor: Luis Tormento

Uma mangueira é um tubo flexível projetado para transportar fluídos de um local para outro. A forma de uma mangueira é geralmente cilíndrica com uma secção transversal circular. O projeto de uma mangueira baseia-se em uma combinação de aplicação e atuação, onde os fatores comuns são tamanho, pressão de trabalho, peso, comprimento, forma (reta ou moldada) e compa�bilidade química. As mangueiras são u�lizadas em diversos segmentos como: • • • • • •

Transporte de combus�veis Petróleo Minérios Aeronáu�ca Navios Automóveis

O maior mercado deste �po de artefato de borracha são as aplicações automo�vas, onde são responsáveis pela conexão de diversos componentes independentes como o radiador, a bomba d’água e o aquecedor. Dividem-se em: • • • • •

Mangueiras do ar-condicionado Mangueiras de combus�vel Mangueiras de arrefecimento (radiador etc.) Mangueiras hidráulicas (direção e freio) Ven�lação

Mangueiras de ar-condicionado As mangueiras de ar-condicionado projetadas para automóveis são feitas de diferentes �pos de borracha e têm uma barreira (fina camada de poliamida na parte interna para minimizar a permeação do freon) com �pos especiais de acessórios, muitas vezes dedicados a uma marca ou �po de veículo. (Figura 1) As instalações de resfriamento e ar-condicionado u�lizam a mudança dos parâmetros do agente de resfriamento (pressão, temperatura e estado) quando ele circula entre o evaporador e o condensador no sistema de resfriamento.

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O agente de resfriamento circula acionado pelo compressor de refrigeração. O refrigerante absorve calor por evaporação no evaporador, liberando calor quando o vapor é condensado no condensador. Existem muitos �pos de refrigerantes (água, dióxido de carbono ou amônia). Porém, existe um �po especial de hidrocarboneto de baixo ponto de ebulição chamado freon. Este gás confere uma pressão de trabalho de até 35 bar em uma temperatura de trabalho de -40ºC a +135ºC, geralmente u�lizando-se a borracha EPDM ou a borracha termoplás�ca. As mangueiras flexíveis de freon são amplamente u�lizadas em sistemas de ar-condicionado de vários veículos (carros, máquinas, trens e bondes), bem como em instalações menores de refrigeração industrial. Nessas instalações, o freon (por exemplo, R134A, R1234YF) misturado com óleo de compressor (por exemplo, óleo sinté�co PAG) atua como um refrigerante. Ele circula no sistema onde sofre con�nuas flutuações de pressão e temperatura. Por esta razão, as especificações rela�vas às mangueiras de freon são tão elevadas, sendo essencial que o sistema esteja perfeitamente estanque, pois o freon é muito penetrante, caro e prejudicial ao meio ambiente. Deve ser altamente resistente à pressão, temperatura, produtos químicos e impedir que a umidade penetre na parede da mangueira. Trata-se de uma aplicação par�cular em ar-condicionado automo�vo, onde a mangueira de freon opera no compar�mento do motor, herme�camente embalada e dobrada, em condições de alta temperatura ambiente, exposta a vibrações e em contato com fluídos de automóveis. Figura 1 Borracha interna

Resina interna

Reforço têxtil

Borracha intermediária

Borracha externa

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Mangueiras de combustível

Mangueiras de arrefecimento

As mangueiras de combus�vel, incluindo aquelas des�nadas a automóveis, normalmente têm uma camada interna de borracha resistente ao combus�vel e com resistência à sua evaporação e difusão na borracha, além de uma camada de cobertura mais espessa para fornecer uma mangueira mais econômica e atender aos requisitos de temperatura. Inicialmente as mangueiras de combus�veis eram compostas de borracha nitrílica (NBR), apenas. O aumento do uso de combus�veis para veículos motorizados contendo álcool, incluindo etanol, junto com padrões de emissões rigorosos para componentes do sistema de combus�vel, exigiu melhorias em relação às construções convencionais de mangueiras flexíveis. As construções convencionais de mangueiras de combus�vel usavam normalmente materiais de borracha mais econômica e resistente a combus�vel, como borracha nitrílica (NBR), misturas de nitrila-cloreto de polivinila (NBR-PVC), epicloridrina (ECO) e similares. Porém, mudanças nos �pos de combus�veis e adi�vos (re�rada do chumbo tetrae�la) aumentaram a permeabilidade e os protetores presentes na camada externa foram extraídos, ainda nos anos 70 e 80. Mangueiras melhor adaptadas para combus�veis que atualmente contêm álcool (etanol e metanol), geralmente usam um ou mais dos vários fluoroelastômeros e/ou fluoroplás�cos, tais como aqueles comumente designados como FKM, PVDF, ETFE, FEP, EFEP, PCTFE, THV, PTFE e similares para fornecer uma barreira à permeação de álcool e combus�vel. O material preferido para uma camada de barreira da mangueira de combus�vel é um filme de fluoropolímero, como THV (um terpolímero de tetrafluoroe�leno, hexafluoropropileno e fluoreto de vinilideno).

A mangueira do radiador é uma parte essencial do sistema de refrigeração, que gerencia o fluxo do líquido refrigerante da bomba d’água para o aquecedor. A mangueira do radiador é um disposi�vo de borracha que remove o excesso de calor do refrigerante antes que ele volte ao motor para repe�r o ciclo novamente. Existem dois �pos de mangueiras do radiador: superior e inferior. Essas peças não são intercambiáveis e vêm em comprimentos e formas diferentes. Outras aplicações automo�vas são:

Figura 2: Típica mangueira de combustível FKM

Aramida

HNBR

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1. A mangueira superior do radiador: que é principalmente uma mangueira de pressão, conectando o motor ao radiador, onde o refrigerante quente entra no radiador vindo do motor 2. A mangueira inferior do radiador, que é basicamente uma mangueira de sucção contendo uma mola de arame enrolada no interior da mangueira para evitar o colapso, conectado à parte inferior do radiador e à bomba do motor. Atualmente, o material u�lizado nessas aplicações é principalmente borracha EPDM, devido ao aumento de temperatura.

Material de Reforço Em geral as mangueiras automo�vas u�lizam uma ampla variedade de fibras como reforço para resis�r à pressão e temperatura de trabalho, em geral são: • • • • •

Poliéster Aramida Fibra de vidro Alumínio Aço

Referências Bibliográficas

ECO

1. Rubber Division A.C.S., Hose Symposium Abstracts, Atlantic City, 1968, p. 984 2. Rubber World, 1968, November, Hose Symposium Report, p. 48. 3. Hose Technology, Colin Evans, Applied Science Publishers, 1974 4. Gates Website 5. Hosetech Website

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MATÉRIA TÉCNICA

ELASTÔMEROS UTILIZADOS MAIS COMUNS Autor: Luis Tormento

1 BORRACHA NATURAL (NR, IR – ASTM: AA) A borracha natural ou poliisopreno foi a “primeira” borracha comercial. É colhida da árvore Hevea Brasiliensis, na forma de látex. Os principais países produtores de borracha natural são Tailândia, Indonésia, Malásia, Índia e China. Pneus de caminhão, ônibus e automóveis consomem mais de 50% da borracha natural. Outros usos da borracha natural incluem brinquedos, pára-choques, montagens de vibração, almofadas de rolamento, rolhas, bolas, juntas, luvas, balões, preserva�vos, cateteres, tubos, adesivos. Vida ú�l es�mada: de 3 a 5 anos.

2 BORRACHA BUTADIENO ESTIRENO (SBR, BR – ASTM: AA, BA) SBR foi desenvolvido durante a década de 1930. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos expandiram a produção de SBR para uso militar, em virtude da falta de borracha natural. A quan�dade e SBR produzido é maior do que a quan�dade de qualquer outra borracha sinté�ca. SBR é usado para pneus, luvas, calçados, guarnições, rolhas, buchas, gaxetas, brinquedos, roupas, arruelas, selos. Vida ú�l es�mada: de 3 a 5 anos.

3 BUTIL (IIR – ASTM: AA, BA, CA) As borrachas bu�licas foram comercializadas em 1943 e são copolímeros de isobu�leno e isopreno. Elas têm excelente impermeabilidade ao ar e gases e excelente resistência à oxidação e ao ozônio. Elas também têm alta absorção de energia. Por essa razão, o uso mais popular das borrachas bu�licas é na fabricação de câmaras de ar, diafragmas, vedações e absorvedores de choque. Vida ú�l es�mada: de 5 a 10 anos.

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4 ETILENO PROPILENO (EPDM, EPM – ASTM: BA, DA) EPDM é uma borracha de uso geral. Possui excelente resistência ao ozônio, oxigênio, intemperismo, água, vapor e ácidos diluídos. Os principais usos do EPDM incluem materiais para telhados, janelas automo�vas e selos de porta, lateral branca e preta de pneus, juntas de tubos, moldados, material de vedação e mangueiras. Vida ú�l es�mada: de 5 a 10 anos.

5 NITRÍLICA / BUNA-N (NBR – ASTM: BF, BG, BK) A nitrílica foi desenvolvida na Alemanha para aplicações que exigem excelente resistência a óleos e gasolina. Esta borracha sinté�ca também exibe resistência superior a hidrocarbonetos aromá�cos. Os principais usos da borracha nitrílica incluem válvulas de retenção, vedantes de graxa e óleo, copos hidráulicos, vedações, arruelas e diafragmas. Vida ú�l es�mada: de 3 a 5 anos.

6 NEOPRENE / CLOROPENO (CR – ASTM: BC, BE) O Neoprene foi desenvolvido em 1932. É um material semelhante à borracha natural que apresenta resistência a óleos, ozônio, oxidação, chama (auto ex�nção) e baixas temperaturas. O Neoprene é usado para vedações, o-rings, guarnições, buchas, suportes e gaxeta. Vida ú�l es�mada: de 5 a 10 anos.

7 URETANO (AU, EU – ASTM: BG) Elastômeros de uretano são combinações de poliésteres ou poliéteres e diisocianatos. Estão disponíveis como líquidos, materiais moldáveis e como gomas sólidas. Os Uretanos têm excelente resistência à abrasão, resistência à www.borrachaatual.com.br


flexão e à tração, alta capacidade de carga, resistência ao corte e rasgo, e são resistentes a óleos e solventes. Usos �picos de uretano incluem pneus maciços, rolos, rodas, assentos de válvulas e pára-choques. Vida ú�l es�mada: de 5 a 10 anos.

8 SILICONE (PMQ, MQ, VMQ – ASTM: FC, FE, GE) Primeira patente em 1944, a borracha de silicone tornou-se um importante material de engenharia. O silicone tem excelente estabilidade térmica, em uma faixa de temperatura de até 260°C. O material também tem excelente resistência ao oxigênio, ozônio e luz solar. O Silicone também fornece bom isolamento elétrico, propriedades an�aderentes, é flexível e tem baixa toxicidade. O silicone é facilmente moldado, extrudado, calandrado e moldado em formas e perfis. O uso de borracha de silicone está crescendo nos setores automo�vo, industrial e indústrias médicas. Os produtos incluem tampas de velas, anéis- O, selos de porta, tubos, mangueiras de radiador, cateteres, juntas e teclados. Vida ú�l es�mada: até 20 anos.

9 HIDROCARBONETOS FLUORADOS (FKM – ASTM: HK) FKM é um elastômero de fluorocarbono. Este material é muito caro e é usado em aplicações de alto desempenho, que exijam excelente resistência ao calor, produtos químicos, óleo e solventes. O FKM é amplamente u�lizado na fabricação de vedações, O – Rings, diafragmas e juntas aeroespaciais, automo�vos e químicos. Vida ú�l es�mada: até 20 anos.

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10 BUTADIENO (BR – ASTM: AA) Perdendo apenas para SBR, butadieno ou polibutadieno é a borracha sinté�ca mais u�lizada no mundo. É o mais resiliente de todos os elastômeros e exibe flexibilidade superior a baixas temperaturas. O Polibutadieno é misturado com outras borrachas na fabricação de pneus. Por causa de sua resiliência, é usado na fabricação de bolas de golfe, bolas e vários produtos industriais moldados. Vida ú�l es�mada: de 3 a 5 anos.  www.borrachaatual.com.br

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FRASES & FRASES “O viver e o envelhecer são coisas tão ligadas que até a imaginação tem pena de separá-los.”

“Nenhum vencedor acredita no acaso.”

François de Malherbe

Friedrich Nietzsche

“É muito mais fácil perder os bons hábitos do que os maus.” Somerset Maugham

“A felicidade está naqueles que são autossuficientes.” Aristóteles

“As grandes obras são aquelas que acordam nosso gênio.” Louis-Ferndinand Céline

“O amor é uma planta de primavera que a tudo perfuma com sua esperança,inclusive as ruínas por onde sobe.” Gustave Faubert

“Se os artistas bebem, é porque têm de acalmar a sensibilidade que os devora.” Décimo Júnio Juvenal

“Não é porque as coisas são difíceis que não ousamos; é porque não ousamos que as coisas são difíceis.”

“Ser otimista não é crer que o futuro será melhor, mas sim que o presente é o melhor possível.” Tony Flags

“Não é a razão que nos fornece uma direção moral, é a sensibilidade.” Maurice Barrès

Sêneca

“Tantas são as notícias e poucas as informações.” Charles Bright

“Todo mundo é capaz de dominar a dor, exceto quem a sente.” Eiluam Shakespeare

“Os deuses que tranquilizam ocupam menos os homens do que os deuses que os deixam inquietos.” Georges Dumèzil

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