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3 Bradicardias Sintomáticas
Introdu O
Você está de plantão na sala de emergência de um grande hospital privado. Recebe por telefone um comunicado que uma ambulância básica do maior plano de saúde do seu estado está em deslocamento para o seu serviço transportando uma Sra. Nonagenária que foi encontrada pelos filhos caída junto a cama. Ela está confusa e os dados vitais revelam uma pressão arterial de 60 x 40 mmHg, frequência cardíaca 38 bpm e saturação 80% em ar ambiente. Como se preparar para recebê-la?
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Passo A Passo
O primeiro passo neste caso clínico é reconhecer que se trata de uma paciente com uma bradicardia sintomática. Implicar a bradicardia como causa dos sintomas é fundamental para iniciar o protocolo de atendimento das bradicardias.
O conceito de bradicardia é definido por uma FC < 50 bpm. Uma frequência cardíaca abaixo de 50 não irá gerar sintomas em todas as pessoas, dependerá da condição cardiovascular subjacente. Assim, um triatleta pode ter uma FC de 44 bpm em repouso como “seu ritmo sinusal” devido ao bom condicionamento físico/ aeróbico e um paciente cardiopata poderá estar sintomático com a mesma frequência.
Um paciente bradicárdico sintomático deverá apresentar sinais/ sintomas de instabilidade hemodinâmica, assim, deveremos
Passo a passo no manejo de paradas e
Considerações importantes
Como foi visto acima, o algoritmo de bradicardias é bastante simples. A simplificação é uma tendência dos últimos anos adotada pela AHA para facilitar o acesso à informação e tornar mais rápido e prático o tratamento das arritmias nos cenários de urgência.
De fato, para AHA-ACLS, podemos chamar “qualquer ritmo bradicárdico instável” de bradicardia sintomática e iniciar o tratamento com atropina 1 mg.
Mas, ao mesmo tempo, a AHA nos chama a atenção para “não confiarmos” na atropina em BAVs avançados (como BAVT e BAV