#32 - Max Fercondini

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presidente - President

Above all, respect The Latin origin of the word respect teaches us a lot. It means attention, consideration. It is one of the basic values, inherent to human beings. It is the value that holds together all others because, without respect the consequence would be dissolution, the installation of chaos. We established respect as the pattern of our conduct, as our brand, because we hope that this attitude becomes more and more propagated and practiced by everybody. AVIANCA elected respect as the basis of its relationship with passengers, employees, suppliers, authorities and all else. To form the meaning of respect, we added quality to the concepts of attention and consideration. By treating each and every as a special one, offering a unique treatment, comfort and punctuality, turning the trip into a more pleasant one, we exercise respect for those that chose to fly with us. That, by itself, would be very gratifying, but we also have other reasons to be proud: we are the airline that experienced the biggest growth in 2012, which would be impossible to achieve without your choice, and we reached the first place in the pool conducted by the magazine Consumidor Moderno (Modern Consumer) to measure the level of satisfaction of passengers with the airlines. This is the proof that AVIANCA is doing right in its respect to the basic values, a recognition certified by a respected publication, which conducted its pool in a partnership with SAX, specialized in consumption experience, and Research Now, which does online research, both of them renowned companies. AVINCA was elected the best company among the seven airlines evaluated in all subjects. We achieved the highest grade for check-in and check-out service, punctuality during takeoff and landing, in-flight services and room between the seats. In the general evaluation of the items sensibility, reliability, empathy and attention to the client, AVIANCA achieved the best average grade. Altogether, the pool was based on the respect for the passenger. In the face of such positive answer, we can only defend respect above all. One way to reinforce the satisfaction of our clients is to keep them well informed. Therefore, our in-flight magazine brings, in this edition, very interesting and special stories about Peru, a country that, besides its historic and cultural importance, is going through an excellent moment of economic growth, an about Bahia, a place that must be visited by those who want to mix natural wonders with the unrivaled human warmth of the region. Good reading and have a nice trip! JosĂŠ Efromovich CEO Avianca Brazil


Respeito, acima de tudo A origem latina da palavra respeito nos diz muito. Seu significado é atenção, consideração. É um dos valores básicos, intrínsecos aos seres humanos. É a sustentação de todos os outros, pois, sem respeito, a consequência que virá será a desagregação, a instalação do caos. Estabelecemos, como padrão da nossa conduta, como nossa marca, o respeito, pois esperamos que essa atitude seja, cada vez mais, disseminada e praticada por todos. A AVIANCA elegeu o respeito como base do seu relacionamento com os passageiros, colaboradores, fornecedores, autoridades e todos mais. Agregamos, aos conceitos de atenção e consideração, a qualidade, para compor o significado de respeito. Ao tratarmos cada cliente como se fosse único, oferecendo tratamento diferenciado, conforto e pontualidade, tornando a viagem mais prazerosa, praticamos o respeito por aqueles que nos escolheram para voar. Isso por si só já seria gratificante, mas temos, ainda, outros motivos de orgulho: somos a companhia aérea que mais cresceu em 2012, o que seria impossível sem a sua preferência, e ficamos em primeiro lugar na pesquisa da revista Consumidor Moderno sobre satisfação de passageiros de companhias aéreas. É o reconhecimento de que a AVIANCA acerta no respeito aos valores básicos, atestado por uma conceituada publicação, que realizou a pesquisa em parceria com a SAX, especializada em experiência de consumo, e a Research Now, de pesquisa online, ambas de alta credibilidade. A AVIANCA foi eleita a melhor entre as sete companhias aéreas avaliadas em todos os quesitos. Obteve a maior pontuação para atendimento de check-in e check-out, pontualidade na saída e na chegada, serviço de bordo e espaço entre os assentos. Na avaliação geral dos quesitos sensibilidade, confiabilidade, empatia e atenção ao consumidor, a AVIANCA obteve a maior média. Em suma, a pesquisa baseou-se no respeito ao passageiro. Diante de resposta tão positiva, só podemos defender o respeito acima de tudo. Uma das maneiras de reforçar a satisfação dos nossos clientes é mantê-los sempre bem informados. Por isso, nossa revista traz, nesta edição, matérias especiais e muito interessantes sobre o Peru, país que, além de sua importância histórica e cultural, passa por um excelente momento de crescimento econômico, e sobre a Bahia, rota obrigatória para quem quiser unir as belezas naturais ao calor humano incomparável da região. Boa leitura e boa viagem! José Efromovich Presidente da Avianca Brasil


SLIDE

PARANAPANEMA SP

Foto: Graziela Ventura graziventura.com.br



Na terra e no céu

#32

O Céu (Clube Esportivo de Voo), no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi o cenário para a produção das fotos desta capa. É de lá que o ator e apresentador Max Fercondini decola com seu monomotor todas as semanas, desde 2007, quando fez o curso de piloto e tirou o brevê. Com a carreira consolidada, o ator conta sobre seu novo personagem na novela das 6 da TV Globo, o tenente Ciro, piloto da Força Aérea Brasileira. Para ele, que vive no céu, o personagem é um presente. Em nossas andanças pelo Brasil e pelo mundo, descobrimos uma parte do Peru que reserva viagens de experiências únicas. O país vive o auge da alta gastronomia e é referência em aliar tradicionais ingredientes andinos ao preparo de receitas contemporâneas. A cosmopolita capital Lima é a meca para comer bem. Já Cusco, ponto de partida para ir a Machu Picchu, guarda memórias das antigas civilizações e ainda vive a cultura andina. Por todo o Vale Sagrado dos Incas, ouvir o idioma quíchua e ver as coloridas roupas típicas faz parte do dia a dia. De volta ao Brasil, Salvador também transita entre os contrastes do antigo e do novo, do popular e do luxo. A promoter Lícia Fábio, ilustre moradora da capital baiana, dá suas dicas para conhecer a cidade. Das melhores praias da região à religiosidade da Igreja de Nosso Senhor do Bonfin e do Terreiro do Gantois, da famosa Mãe Menininha, Lícia percorre o melhor de Salvador. Ela ainda fala sobre gastronomia, arte e vida noturna. Um roteiro que desvenda muitos detalhes da cultura baiana ao som de “Tarde em Itapuã”, música de Vinicius de Moraes e Toquinho – trilha sonora de Lícia. Para esta edição, ainda preparamos um perfil do maestro Isaac Karabtchevsky, diretor artístico e regente titular da Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro, diretor artístico do Instituto Baccarelli e diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; e do músico Simoninha, que lança seu quinto álbum solo em abril. Outras reportagens para inspirar seu voo são a trajetória profissional do bem-sucedido sócio da PricewaterhouseCoopers, Nélio Weiss, a importância da doação de sangue, prática que faz parte de apenas 1,9% dos brasileiros, os melhores chocolates para comemorar a Páscoa, e outros assuntos de moda, economia, gastronomia e esportes. Espero que se divirtam com a leitura. Bom voo! @FredyCampos redacao@aviancaemrevista.com.br

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MAX

FERCONDINI APAIXONADO PELA AVIAÇÃO NA VIDA REAL, O ATOR ESTREIA NA TV COMO PILOTO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA INTERNACIONAL O PERU DA ALTA GASTRONOMIA LIMENHA ÀS TRADIÇÕES ANDINAS DO VALE SAGRADO DOS INCAS BAHIA LÍCIA FÁBIO, PROMOTER MAIS DESCOLADA DE SALVADOR, REVELA SEUS AMORES PELA CAPITAL ENTREVISTA O CINEASTA MARCELO GALVÃO CONTA OS BASTIDORES DO FILME COLEGAS

Foto: Alberto Andrich Stylist: Davi Dantas Make / Hair: Teodoro Jr. Max veste: Ricardo Almeida. Cinto: Aramis.


SUMÁRIO

16

58

76

BAHIA

PONTO DE VISTA

ESSA MERTAMORFOSE AMBULANTE Por Renata Maranhão

SALVADOR DE LÍCIA FÁBIO A promoter baiana dá dicas de praias, arte, religião e gastronomia

FRONT

MAX FERCONDINI

38

Piloto na vida real, o ator e apresentador Max Fercondini leva sua paixão pelo céu para a TV

90

68 ENTREVISTA

MARCELO GALVÃO

O cineasta fala sobre o longametragem Colegas e a produção de filmes no Brasil

ESPECIAL

PERU

A cultura contemporânea e as antigas tradições andinas enriquecem o território peruano

64

ECONOMIA EFEITOS DO NÃO-RACIONAMENTO

SABORES

A alta gastronomia da banqueteira Adriana Cymes

72

NÉLIO WEISS A CARREIRA DE SUCESSO DO SÓCIO DA PWC

86

MEDICINA DOAÇÃO DE SANGUE E VIDA


WE

AVIANCA

Gabriel Medeiros Brasilia para Natal

Alvandir R. Farias e Sonia M. Farias Chapecó para Salvador

Juliana Sperandio São Paulo para Salvador

Mila e Lisa Com o mascote AVI

Denise Franca de Barreiras Bahia para Ceará

Paulo Andrade e Péricles Andrade São Paulo para Salvador

Isabela Missel Bestene Koury Chapecó para Florianópolis

Isabela Missel Bestene Koury Chapecó para Florianópolis



PONTO DE VISTA

ESSA METAMORFOSE AMBULANTE POR RENATA MARANHÃO

Todos os dias precisamos nos adaptar às mudanças. Tornando o horizonte um pouco mais próximo, alguns podem lembrar da infância dos prédios sem grades ou portões na cidade de São Paulo. Trombamos com dificuldades de adaptação todos os dias das nossas vidas. Aquele que resiste à tecnologia, por exemplo, não percebe que apenas torna a própria vida menos prática. Praticidade necessária para dar conta da quantidade tão grande de problemas e responsabilidades que administramos nos dias de hoje. Alguns anos atrás nos adaptamos à nova famíla. No “boom” do divórcio, os filhos tiveram que se adaptar aos filhos do novo cônjuge. E novos olhares de “o que é uma família” começaram a nascer. As escolas alertaram os pais sobre o fenômeno, quando os agregados começaram a aparecer nos desenhos das crianças sobre o que representava uma família. Um efeito colateral foi criado. Era difícil batizar uma criança cujos pais não eram casados ao menos no papel. Esta geração também precisou se adaptar a uma outra coisa: novos tipos de união, o “morar junto”. Com a negativa da Igreja Católica ao batismo, os pais ficavam inseguros com a falta de proteção àquela criança. Afinal, é uma população de valores cristãos, amedrontados com as coisas ruins

que aconteceriam a uma criança pagã. Um déficit de coerência também pode confundir. Vi famosas saindo nas revistas com grandes decotes na igreja. Mas também vi uma mulher receber uma bronca por estar com um vestido sem mangas. O YouTube está recheado de imagens com pessoas escalando a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, transmitidas pela TV com frequência, não havendo mal algum nisso. Por outro lado, recebi broncas na adolescência por tirar uma foto sentada no colo da estátua de um grande buda gordinho, em Tóquo. A nuance do grau de valores é muito delicada e não cabe a mim discutir o que é certo ou errado, mas apontar a atividade histórica do ser humano nas constantes mudanças e eterna adaptação. O ser humano sempre se adapta. Qualquer ser vivo se adapta às mudanças pela sobrevivência da espécie. Se existisse uma máquina do tempo, um ser humano transportado do ano de 1600 não conseguiria respirar o nosso ar poluído – se intoxicaria em pouco tempo. Mas nossos pulmões foram adaptando-se à medida que o ar se poluía com o passar das gerações. Alguns simplesmente não se adaptaram. Charles Darwin dedicou muito do seu tempo a observar essa adaptação. Quem não se adapta vai se extinguindo aos poucos. ♦

Renata Maranhão é jornalista e apresentadora da RedeTv!

16 · MAR.13

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TRILHAS ÚNICAS

LAPA PR Prestes a completar 40 anos de existência, a Lapinha é atualmente considerado um dos 40 spas médicos mais procurados ao redor do mundo. O lugar, localizado na cidade da Lapa, no Paraná, é dirigido pelo casal Margareth e Dieter Brepohl, e tem como objetivo principal promover a saúde e o bem-estar através de terapias naturistas. Ou seja, a ideia é combater doenças com a força da natureza e adquirir novos hábitos saudáveis de vida. A fazenda é um lugar cheio de vida e possui todos os recursos necessários, como água potável, solo livre de agrotóxico e fauna e flora preservadas, o que o torna um local único. Os deliciosos alimentos servidos são cultivados na horta da própria Lapinha e são colhidos poucas horas antes do consumo. Também são de produção própria os pães, biscoitos, geleias, massas, queijos e manteiga, que inclusive estão disponíveis para venda. Participar do spa é, sem duvida alguma, uma experiência revigorante e encorajadora. Entrei de um jeito e saí de lá completamente relaxada e empolgada para colocar em prática os novos aprendizados. Toda minha experiência foi baseada na filosofia naturista. Num tempo onde o mundo está cada vez mais estressante sob as mais

diversas roupagens, o naturismo, como prática de vida em comum com o universo que nos rodeia, parece ser um oásis de bemestar e felicidade. Durante uma semana, participei de centenas de atividades gratificantes, em todos os sentidos. Entre elas, reabilitação integral dos hábitos, alimentação saudável para desintoxicar e reestabelecer a saúde, movimentos diários na água, tratamento fitoterápico, e o principal: espiritualidade, pois não só do corpo vive o ser humano. Na Lapinha, encontramos espaço para nos reconectarmos com nosso lado espiritual através do silêncio, do convívio e da reflexão. Verdadeiros momentos com Deus! A experiência do contato com a natureza também foi uma das coisas que mais me impressionou, e até agora está em meus pensamentos. Caminhava por horas entre os bosques e lagos que a fazenda possui, até compreender que, por meio deste contato direto com a natureza, consegui captar melhor suas forças vitais existentes que de forma determinante contribuem para a nossa felicidade. Vale ressaltar que o spa também oferece cerca de oito tratamentos específicos

para cada tipo de necessidade. Entre eles destacam-se o Programa Antitabagismo, que ajuda dependentes de cigarro a eliminar o vício com 18 tratamentos estratégicos aliados a eficientes recursos médicos convencionais, e o Programa Terceira Idade, que oferece 14 tratamentos para as pessoas acima de 60 anos que queiram prevenir doenças e melhorar a vitalidade. Enfim, o lugar é perfeito para conectar-se com a sua alma, entrar em contato com suas alegrias, com seu eu e aprender a superar suas dores e inseguranças. Um destino que valerá cada minuto de sua existência. Estrada da Lapa - Rio Negro - km 16 Lapa - Paraná – Brasil lapinha.com.br

Carla Palmieri, jornalista e crítica de moda, gastronomia, cinema e outros assuntos que vivencia em seu blog myfashionlife.com.br


ILHA MAURÍCIO A Ilha Maurício é um país que figura no imaginário dos viajantes – especialmente dos casais em lua de mel – como um paraíso tropical de mar azul-turquesa, praias de areia clarinha e fofa e natureza exuberante. Sim, tudo isso é a mais pura realidade em Maurício. Mas o que poucos sabem é que, além do mergulho e do surfe nas idílicas praias, o país reserva outras atrações imperdíveis. Eu sempre acreditei que uma das melhores maneiras de conhecer a cultura de um povo é por meio de sua comida. O Shanti Maurice, resort boutique superexclusivo localizado na parte sul da ilha, criou uma experiência culinária que permite a seus hóspedes provarem um jantar típico. Mas um jantar típico que realmente faz jus ao nome: a refeição acontece na casa de Goindoo, uma adorável senhora de 76 anos, nascida e residente da ilha, que é considerada um “guru” pela comunidade local. Na visita a sua casa, a vovó Goindoo recebe e saúda os visitantes em crioulo, sua língua de origem. Apresenta aos convidados os ingredientes que ela mesma seleciona nas feiras dos vilarejos rurais e com os quais, com a ajuda de seus parentes, cozinha pratos típicos. E o melhor: é permitido a todos observar o preparo. Entre as

delícias: cordeiro ao vinho branco com mel, canela, shoyu e gengibre; curry de peixe com especiarias, tamarindo, coentro e cebolas; e, por último, a “Pineapple Bomb”, uma sobremesa refrescante feita com abacaxi, ovos, açúcar e creme. Quando o jantar está pronto, todos podem desfrutar de uma refeição caseira entre amigos, ouvindo as histórias que Goindoo conta sobre sua infância e sobre as ilhas no período em que eram uma colônia britânica – sua independência foi em 1968. Na hora de partir, uma surpresa: Goindoo presenteia seus convidados com um caderninho, escrito à mão por ela mesma, recheado de receitas familiares, passadas de geração em geração nesse lar repleto de alegria. Tudo para que os hóspedes possam recriar os sabores de Maurício em suas próprias cozinhas.

Tina Lyra, diretora da TL Portfolio, consultoria de representação de hotéis e experiências de luxo em turismo.


MAPA CARIOCA

RIO DE JANEIRO RJ POR VIVIANE PESSOA

Esnobando as marcas internacionais, que há tempos tentam capturar o espírito carioca e expressá-lo em sabores, essências, formas e cores, muita iniciativa bacana nasceu e se criou no Rio. Vamos conferir uma amostra?

ANTONIO BERNARDO - LUXO CARIOCA Criada por dois italianos na década de 70, a sorveteria tem origem ipanemense, em pleno Bar 20, de onde os vendedores ambulantes partiam para vender os famosos potinhos pelas praias do bairro. Anos depois, as lojas mais queridas, agora franquias, seguem firmes na zona sul da cidade. O que mudou? Os sabores, que continuam incríveis, mas ganham cada vez mais bossa: imperdíveis os Torta de Limão, Sonho de Valsa, Romeu e Julieta e Banana Caramelada. E eles fazem eventos em casa. Imaginem reunir os amigos em casa e oferecer um buffet de picolés “sabores do Rio”?

FARM - MODA FUN, TUDO FUN Nascida em uma barraquinha em feira de moda, a Farm conquistou os armários de muita it-girl, virou loja e foi até para o exterior. Hoje, a marca também vende online, produz lookbooks incríveis, dá dicas mil pelo site e redes sociais, realiza parcerias deliciosas e tem linha de decoração. O mais bacana? Ela não abre mão de suas raízes. As estampas e cortes são inconfundíveis: dá para ver de longe e dizer “só pode ser coisa da Farm!”. As lojas ainda servem biscoito Globo e possuem cabines com interruptores que permitem a escolha da música que queremos ouvir enquanto provamos os looks.

OSKLEN - DÁ ORGULHO Apesar de gaúcho, foi morando no Rio que o fundador-gênio da marca lançou suas primeiras peças. Ele mantém até hoje a sede da empresa na cidade. A marca é extremamente carioca e oferece looks que transitam do dia para a noite, da praia para a festa. O clima orgânico da decoração das lojas é igual em qualquer canto do mundo, com a mistura de livros de capoeira e de Andy Warhol convivendo nos expositores como se fossem conhecidos de longa data. A Osklen já lançou internacionalmente diversas coleções inspiradas em points do Rio, como as peças da “United Kingdom of Ipanema” e as com assinatura “Arpoador”, ajudando a colocar a cidade no radar das pessoas antenadas.

SORVETE ITÁLIA - IRRESISTÍVEL O mago Antonio Bernardo, carioca da gema, abriu sua primeira loja no Shopping da Gávea. De lá, seguiu para uma flagship em Ipanema (que recebe mostras de arte ímpares) e para o mundo, sempre em espaços exclusivos, clean, elegantes e acolhedores que nos fazem sentir como a única pessoa adquirindo uma peça também única. Os designs são tão especiais que cada item fala por si só. Além disso, fica o espaço para a imaginação, com nomes sugestivos que invocam as mais diversas emoções. As peças, perfeitas para eternizar momentos, trazem pouca informação, mas transmitem muito.



RADAR

NALIVRARIA POR TATIANE GRECO FOTOS DIVULGAÇÃO

DIVINO CARTOLA UMA VIDA EM VERDE E ROSA AUTOR: DENILSON MONTEIRO

Mestre, gênio musical e poeta do samba. Estes foram alguns dos adjetivos que o carioca fundador da Mangueira, Angenor de Oliveira, recebeu ao longo de sua vida. O livro proporciona ao leitor uma viagem pela história desse ícone da cultura brasileira por meio de entrevistas, manuscritos de letras, poemas inéditos e imagens históricas raras, como fotos de seu casamento com Zica e encontros musicais com Dorival Caymmi, Ismael Silva e Tom Jobim.

PLAYLIST

EDUARDO VALLEJOS

1 Bob Sinclair - I Feel for You (Ben Delay Club Mix) 2 Chocolate Avenue - Let Me Do It (Slowly) 3 Claptone feat. Jaw - No Eyes 4 Fabo - Where I Stand (Karmon Remix) 5 Feed Me & Crystal Fighters - Love Is All I Got (Larse Remix)

6 Karmon - Take My Hand feat. Terry Shand 7 Maceo Plex & Jo Dasilva feat. Joi Carwell - Love Somebody Else

8 Alexander O’Neal - Criticize (Maxxi Soundsystem) 9 Miguel Puente - Something Going On 10 Vallejos & Dalzochio - On Fire

FILHOS DO FIM DO MUNDO AUTOR: FÁBIO M. BARRETO

Catástrofes e tensão psicológica. O romance de Fábio Barreto envolve o leitor na história de um repórter responsável por cobrir os eventos preparativos para o fim do mundo. Após a humanidade ser surpreendida com a notícia de que todas as crianças nascidas nos últimos 12 meses vão morrer misteriosamente, ele deixa sua esposa grávida em casa e parte para uma perigosa missão investigativa, onde enfrentará grandes desafios para proteger quem ama.

NO LIMIAR DO DESEJO AUTOR: EVE BERLIN

O segundo livro da trilogia iniciada com “Luxúria” fala sobre os conflitos mais íntimos dos seres humanos pela visão de Kara Crawford, uma advogada que não esperava encontrar alguém que pudesse realizar seus desejos e fantasias. Porém, ela vivencia uma das noites mais incríveis de sua vida com Dante Matteo, que já a conhecia dos tempos de colégio. Quando Dante é contratado pelo escritório de Kara, os dois são confrontados diariamente com as faíscas daquela química explosiva e agora precisam aprender a lidar tanto com o medo quanto com o prazer do amor.

snd.sc/YvHSdt Foto André Leme

CRIS PROENÇA

1 Luciano - Rise Of Angel (Andrea Oliva Remix) 2 Kings Of Tomorrow feat. Elzi Hall - Show Me 3 Those Usual Suspects & Nordean - Burn Forever (Michael Brun Remix)

4 Joe K - Batucada 5 Avicci Vs. Lenny Kravitz - Superlove 6 Claptone - No Eyes 7 Nicky Romero & Nervo - Like Home 8 Sweedish House Mafia - Don’t U Worry Child 9 Lana Del Rey - Summertime Sadness (Cedric Gervais Remix)

10 Steve Angelo & Third Part – Lights

O ARLEQUIM DA PAULICEIA AUTOR: ALEILTON FONSECA

Uma viagem nostálgica e poética. Aleilton Fonseca destaca neste livro o amor do grande poeta Mário de Andrade pela cidade de São Paulo, mesclando excertos de sua obra e fotografias das primeiras décadas do século 20. Sensorialmente, o leitor consegue andar de bonde, molhar-se na São Paulo da garoa, ouvir os ruídos dos primeiros automóveis e o burburinho de uma Paulicéia que caminhava em direção à loucura que se redesenha até hoje.

facebook.com/djcrisproenca


MÚSICA

PONTE AÉREA POR PEDRO HENRIQUE ARAÚJO

COM PRODUÇÃO NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO, SIMONINHA LANÇA SEU QUINTO ÁLBUM SOLO

Morador de Moema, na zona sul de São Paulo, e do Leblon, na zona sul carioca, Simoninha tem uma grande voz – dom herdado de seu pai, o controverso Wilson Simonal, um dos maiores cantores do Brasil, cuja carreira foi comprometida após a acusação de ter colaborado com a ditadura militar. A trajetória musical de Simoninha vem desde os anos 1980, mas seu primeiro disco solo, Volume 2, foi lançado em 2000. Palmeirense e pai de Tom e Gabriel, gêmeos bivitelinos de seis anos, concilia sua carreira com os shows do Baile do Simonal, projeto dele e do irmão Max de Castro, que revisita a obra do pai. Além disso, todo ano empresta seu talento para o Acadêmicos do Baixo Augusta, bloco de rua carnavalesco que circula pela famosa e boêmia rua da capital paulistana. Em 2012, Simoninha quis fazer um disco ensolarado, à beira-mar, cheio de referências cariocas. A praia, o calçadão e as mulheres bonitas do Rio de Janeiro estão ali. Simoninha decidiu fazer um disco urbano também. A densidade paulistana e os dias nublados também aparecem em Alta Fidelidade, com lançamento previsto para abril. “Eu queria fazer um disco despretensioso, leve”, comenta o cantor, que aos 48 anos conseguiu encontrar vigor e respiro em velhos parceiros como Léo Gandelman e Serginho Trombone, e em novos nomes como o cantor João Sabiá e o guitarrista Leonardo

Vieira. “Em minha carreira, sempre tive uma boa relação com as gerações mais antigas e com as mais novas também”, completa. A maioria das faixas foram criadas ora com um teclado Yamaha da década de 1970, estrategicamente localizado na sala da casa paulistana, ora com o violão. A produção contou com a parceria de Bruno Bona – responsável por quatro canções em São Paulo – e Alex Moreira – que fez três músicas no Rio de Janeiro. O próprio cantor assina mais cinco. Alta Fidelidade é um disco sólido, maduro e tem a leveza que o cantor desejou transmitir. Das 12 canções, apenas “Falso Amor” não é assinada por Simoninha. Ela foi composta há anos pelo seu amigo e sócio no selo S de Samba, Jair Oliveira, filho de outro grande cantor, o até hoje animado Jair Rodrigues. “A letra desta canção é muito densa, então decidi fazer um arranjo mais soturno, mais hip hop”, explica. A canção recebeu ainda um remix com rimas do rapper Max B.O. ♦

SIMONINHA

simoninha A LTA FID ELID A D E

Alta Fidelidade Selo: S de Samba


MÚSICA

“UM MAESTRO TEM QUE IR AO ENCONTRO DO POVO” POR FLÁVIA RAGAZZO FOTOS DIVULGAÇÃO

ISAAC KARABTCHEVSKY, O REGENTE QUE CONQUISTOU O MUNDO, FIXA RESIDÊNCIA NO PAÍS E TEM OS OLHOS NO FUTURO DA MÚSICA NO BRASIL

O maestro Isaac Karabtchevsky começa a entrevista se desculpando por estar um tanto quanto tumultuado. “Ontem eu dei um concerto na Sala São Paulo e a adrenalina demora pelo menos doze horas para passar”, explica. É uma quente tarde de verão em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro, e esse paulistano filho de pais russos fala de música com a vivacidade de quem passou a maior parte de seus 78 anos de vida se dedicando ao ofício de regente. Com uma carreira que transcorreu dentro e fora do Brasil – na maioria das vezes simultaneamente –, ele conta que agora está definitivamente no país. Diretor artístico e regente titular da Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro, diretor artístico do Instituto Baccarelli e, desde janeiro de 2013, diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o maestro mostra-se incansável na atividade de levar a música erudita ao público. Filho de uma cantora lírica, ele nega que o legado materno tenha sido fator decisivo para a vocação musical. “Eu diria que a herança musical torna as coisas mais fáceis, mas esse não é – e isso eu constato em Heliópolis – um fator decisivo para um jovem optar pela carreira de músico”, afirma. Karabtchevsky se refere a seu trabalho no Instituto Baccarelli, que oferece formação musical para jovens de uma das maiores comunidades carentes de São Paulo. “Olho para lá (aponta a Rocinha, que se avista da janela de sua ampla sala de estar) e 24 · MAR.13

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tenho certeza que, se procurar, acho vários talentos musicais. Eles estão à nossa espera”, diz. A educação musical é um de seus focos. “Não acredito em muita coisa em relação ao futuro da música no Brasil, pois isso depende de fatores muito diversos, mas no jovem eu acredito. Acredito no potencial dos movimentos de educação musical, esse é o ponto fundamental”. Com 15 anos, Karabtchevsky foi estudar com um dos maiores ícones da música no Brasil, o professor Hans-Joachim Koellreutter – mestre de nomes como Tom Jobim, Edino Krieger, Marlos Nobre, Gilberto Gil e Caetano Veloso –, na Escola Livre de Música de São Paulo. De lá, partiu para a Alemanha, onde conseguiu uma bolsa de estudos em Freiburg e morou por cinco anos. Antes disso, fundou em Belo Horizonte o coral Madrigal Renascentista, projeto com o qual viajou o mundo antes mesmo de completar 30 anos. “O Madrigal se apresentou na inauguração de Brasília. Juscelino Kubitschek era um grande fã e exportou o grupo para todos os continentes. O grupo se consolidou em pouquíssimo tempo como a maior expressão coral brasileira”, conta. Após a temporada na Alemanha, foi contratado como maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira no fim da década de 60, e lá permaneceu por 26 anos. Isso não impediu que fosse maestro titular em orquestras europeias, e esse expediente entre Brasil e Europa durou até 2011. A Tonkünstler Orchester, em Viena, o Teatro La Fenice, em Veneza, e a Orchestre National des Pays de la Loire, no sul da França, foram algumas das instituições em que atuou, sempre simultaneamente a trabalhos no Brasil. “Evidentemente, toda a minha experiência europeia me serve muito aos propósitos que tenho no Brasil. Assim como a minha experiência brasileira também foi essencial para o desenvolvimento da minha carreira na Europa. O trabalho em um país reverte positivamente em outro e vice-versa”, afirma. Em 2004, assumiu o cargo de diretor artístico e regente titular da Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro. Para Karabtchevsky, o grande diferencial desse trabalho é seu regime de autogestão. “Nesses quase dez anos, nunca vivenciei um momento de tensão. Temos que exercer o poder da discussão até o último detalhe, e isso é muito saudável”. Além dos três cargos que acumula, o maestro conta

Aula do curso de regência

Isaac e Aleksander Kwasniewski, presidente da Polônia

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MÚSICA

que ainda grava atualmente as onze sinfonias de VillaLobos juntamente com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Osesp. Ele ri quando perguntado sobre como equilibra tantas atividades. “Enquanto Deus me der saúde e disposição para o trabalho, vou continuar aceitando trabalhos. Mas agora estou concentrado somente no Brasil, mesmo porque na minha idade o corpo pede arrego”, brinca. Ele afirma que pretende se dedicar a estabelecer um marco no país, a deixar traços. “A falta de um método e a falta de uma exposição maior na mídia desvinculam os jovens da música. Isso é uma pena, pois se tivessem uma maior vivência nesse sentido, as pessoas seriam fanáticas. Estou esperando ansiosamente por um novo ápice da música clássica no Brasil e trabalho para isso”, afirma. Para Karabtchevsky, a atividade de um maestro não pode ser apenas a de levantar batuta e dirigir a orquestra. “Ele tem que ser uma figura da qual provenham novas ideias, tem que ter contato com a comunidade e uma relação íntima com seus músicos. Tem que sair da torre de marfim e ir ao encontro do povo, sempre lutando por suas ideias”, diz. Sobre a, frequentemente, difícil relação entre um maestro e sua orquestra, ele afirma estar cada vez mais atento ao aspecto psicológico do trabalho. “Quando você

é confrontado a cada manhã com mais de cem músicos com cabeças completamente divergentes, tem que colocar em prática as ferramentas que desenvolve dentro de si mesmo. Por isso faço análise há 30 anos. É uma atividade que não dispenso. Ela me fornece subsídios para que eu possa continuar trabalhando sem me deixar abalar”. Ele considera que uma orquestra sinfônica é um reflexo da sociedade com seus altos e baixos, mas diz que, à medida que envelhece, as relações ficam mais amenas. “Hoje eu só me exalto musicalmente”, finaliza bem-humorado. ♦

Isaac com a Orquestra de Barra Mansa

Isaac regendo na Itália

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O BRASIL ESTÁ PRESTES A RECEBER MUITAS ESTRELAS E NOSSOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS TAMBÉM. Chegou o SBClass, o novo sistema brasileiro de classificação que vai fazer seu meio de hospedagem brilhar nos grandes eventos que estão chegando. O país está prestes a ser palco de grandes eventos esportivos, que irão atrair milhões de turistas de todo mundo, e a melhor forma de seu empreendimento se preparar para recebê-los é entrar no SBClass - Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem. O novo sistema de classificação do Brasil, criado e concedido exclusivamente pelo Ministério do Turismo, é uma parceria com o Inmetro que promove a melhoria da qualificação da prestação de serviços, assim como orienta, clara e objetivamente, as escolhas que os turistas fazem no curso de suas relações de consumo nesse segmento de mercado. Ele, portanto, alinha-se com as melhores práticas internacionais. SBClass, nossos meios de hospedagem prontos para um futuro brilhante. Confira as tipologias e categorias contempladas: HOTEL de 1 a 5 estrelas. RESORT de 4 ou 5 estrelas.

CAMA & CAFÉ de 1 a 4 estrelas. HOTEL HISTÓRICO de 3 a 5 estrelas.

POUSADA de 1 a 5 estrelas. FLAT / APART-HOTEL de 3 a 5 estrelas.

HOTEL FAZENDA de 1 a 5 estrelas.

Acesse www.classificacao.turismo.gov.br e saiba mais.


CARRO

CLEBER.GT40@GMAIL.COM

ORIGINAL OU RÉPLICA?

POR CASSIO MATTOS

“Desde quando me conheço sou apaixonado por carros antigos”, afirma Cléber Jean, natural de São José dos Campos, residente da capital paulista desde os 15 anos de idade. O pai trabalhava em uma oficina de máquinas pesadas, e aos cinco anos Cléber já passava as tardes entre ferramentas e graxa. “Vários carros marcaram minha infância. O primeiro foi um Chevrolet Fleetline 47 com a traseira bem caída, preto, com interior preto e cheiro de carro antigo”, lembra. Assim como o carro, o cheiro é uma coisa que nunca conseguiu esquecer. Sua próxima recordação é uma caminhonete Dodge 46, com aquela escadinha do lado que leva para a caçamba. “Quem gosta de carro antigo nunca esquece, e quem gosta não sabe bem o porquê, mas a vida inteira vai gostar”, expõe Cléber, contando também que na sua cidade tinha um Ford 46 coupe em um ferro velho. Cléber mudou de cidade e depois de 20 anos voltou ao mesmo ferro velho. O carro ainda estava lá, praticamente da mesma maneira que ele guardava na memória, porém, uma árvore havia nascido no lugar do motor. “Chorei e insisti com o proprietário do ferro velho que eu queria comprar aquele carro e tentar recuperá-lo, mas não deu certo”, diz. Aos 17 anos, Cléber comprou dois Ford 37 coupe e montou um Hot Rod. Na mesma época, restaurou um Ford 29 de um amigo. “Depois disso, parei com restauração. É muito cansativo e o resultado demora muito”. Cléber

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fez transformações e modificações em vários carros antes de partir para a construção. A esposa começou a se envolver e se apaixonar e começou a trabalhar com o marido. Enquanto ele cuidava do motor, da funilaria e da pintura, ela fazia a tapeçaria do interior. ”Desde o começo ela é minha companheira. Íamos a eventos, viajávamos e ela me incentivou muito”, relata. Trabalhando com construção, Cléber viu que poderia solucionar alguns problemas que encontrava na restauração e transformação dos carros, como a dificuldade de comprar e importar peças. ”Realizar um sonho seu de construir da forma como você quiser é o que dá satisfação. Depois disso, é só sair com o carro e curtir”. Cléber se diz um construtor e não um hobbista. O hobbista por muitas vezes não tem pressa em finalizar seu carro, pois o que interessa é trabalhar no projeto e raramente desfazer-se do produto final. Em 1988, Cleber e mais dois amigos juntaram todo o dinheiro que tinham e, sem falarem inglês, compraram uma réplica feita nos EUA de um Willis coupe. Tiraram o molde do carro e construíram um carro para cada um. Foi aí o começo da construção de réplicas. Nesse mesmo ano, Cléber começou uma réplica do Ford Cobra e aí não parou mais. Depois foi a réplica do Ford Thunderbird, entre 1999 e 2000, e a do Jaguar XK120, em 2003. Em 2006, foi a vez da réplica do mítico Ford GT40, projeto finalizado em 2010.

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GT40 - Cleber com seu último projeto realizado

A próxima meta é morar nos Estados Unidos, onde Cléber pretende receber carros semi-prontos produzidos no Brasil e finalizá-los por lá. A partir de abril deste ano, ele pretende começar a construção, em solo americano, de uma réplica de um Rolls Royce 1963/1964 conversível. “O mercado americano, além de ser muito forte, abastece a Europa também. O europeu compra nos EUA, mas não compra no Brasil”, lamenta Cléber. Os últimos carros que ficaram na garagem de Cléber para seu uso no Brasil foram dois GT40 – o número 1 com 350 hp e o outro uma versão mais moderna do GT40, igual ao modelo 2006, com mecânica de 520 hp – e um Cobra. Todos construídos por ele mesmo. “Com a minha ida para os EUA, vendi todos e agora estou focado na construção de um Jaguar XK 120 coupe e de um conversível, que pretendo levar com a minha mudança para curtir pelos EUA”. Quem compra uma réplica nem sempre é um comprador de carro antigo, mas sim um apaixonado pelo design e exclusividade dos carros de época. O comprador quer sentar, dar a partida e curtir. Fora o conforto que não existiam nos antigos, como ar-condicionado, direção hidráulica e freios a disco. A réplica permite a confiabilidade e a segurança de um veiculo zero km. Cleber afirma que 80% de seus clientes já tiveram carros antigos e hoje querem curtir o carro sem preocupar-se com manutenção. A réplica é um carro feito para andar e não para ficar parado. ♦ Primeiro carro que Cléber sonhou em transformar AVIANCA EM REVISTA

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PERFORMANCE

FRESCOBOL POR ERIC POMI SOUSA FOTO TATI BRANDÃO

A atividade tem raízes na Europa, mas foi no Rio de Janeiro, na década de 40, que o frescobol nasceu. Podendo ser praticado por duas ou três pessoas, a modalidade consiste basicamente em criar sequências por meio de batidas feitas com raquetes específicas, sem deixar a bola cair no chão. Com isso, os outros jogadores não são adversários e sim parceiros com o mesmo objetivo. Quanto maior o tempo que se conseguir manter a bolinha no alto, mais calorias são gastas com a diversão. Recomenda-se uma distância de oito metros entre os praticantes, além do cuidado de manter punho e braço agindo juntos, com os dedos firmes no cabo. Para a sua segurança, faça um aquecimento encurtando a distância entre os participantes, com batidas com força moderada. Esta distância menor e a menor força utilizada também são recomendadas aos iniciantes. Adquirindo mais domínio, leve mais emoção e intensidade para a atividade, aumentando a velocidade das batidas e/ou ataque para o companheiro defender. O interessante é que o material tem o preço acessível, é fácil de carregar e o esporte pode ser praticado em diversos lugares, como praias, gramados e quadras. Frescobol: - Pode queimar até 800 calorias, dependendo do tempo e da intensidade. - Trabalha o sistema cardiovascular. - Promove o fortalecimento de pernas e tronco. - Melhora a coordenação e o reflexo. - Pode ser praticado por familiares, casais e amigos de diferentes idades. Faça sempre exames médicos e consulte um profissional de educação física antes de iniciar qualquer atividade física. Eric Pomi Sousa é graduado pela USP, faz parte do Asics Personal Team e é voluntário da ONG TETO

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O Brasil inteiro ao seu alcance

Cristo Redentor | Rio de Janeiro | RJ

Jardim Botânico | Curitiba | PR

5 hotéis no Rio de Janeiro

5 hotéis no Paraná

Angra dos Reis, Brasília, Belém, Campo Largo, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Goiânia, Itacaré, Lençóis Maranhenses, Maceió, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Pinhais, São Paulo, São Luís, Uberlândia, Vitória e mais

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MUNDO DIGITAL

SÓ O CONTEÚDO DIGITAL SALVA POR SILVIA CAMARGO

Os meios se dissolvem e o que importa agora é o conteúdo. Antes, as fronteiras entre os meios – TV, rádio, jornal e revista – eram absolutamente rigorosos. Hoje vivemos um cenário de migração e convergência total entre eles, no qual as imagens predominam. A comScore, instituto referência em medições do mundo digital, divulgou em fevereiro um dado que reforça esta afirmação: a audiência de vídeos online no Brasil alcançou 43 milhões de espectadores únicos em dezembro de 2012. O estudo revelou que o YouTube é o maior destino de vídeos dos brasileiros, e que o Facebook é o que cresce mais rápidamente na lista dos 10 mais acessados. O estudo também mostrou que o Brasil é o sétimo maior mercado de vídeos online no mundo. A simplificação técnica, os novos recursos e o barateamento da produção de vídeos proporcionados pelo digital, somados à facilidade de distribuição pela internet e seus canais, tranformou todos nós em produtores e diretores em potencial. Por esse motivo, aparecem fenômenos que viram sucessos instantâneos assistidos e reproduzidos por milhares de pessoas ao redor do mundo, como o cantor pop sul-coreano Psy, a campanha “Vem Sean Penn” para trazer o ator ao Brasil para a estreia de um filme, ou o exemplo de que mais gosto entre

todos: o das magníficas aulas do professor Salman Khan. É a afirmação definitiva da linguagem através de imagens em movimento. O mercado responde rápido e os desdobramentos no setor de eletrônicos traduzem-se na mais nova tendência em aparelhos, o Phablet. A novidade tem uma tela maior que a dos aparelhos lançados até hoje, porém, ainda um pouco menor que a dos tablets. O Phablet fica entre um smartphone e um tablet, justamente para “acomodar melhor” imagens e vídeos, que, atualmente, segundo a Consumer Electronics Association, já constitui 65% das atividades realizadas nos devices portáteis. Ou seja, hoje em dia o que os telefones menos estão fazendo é falar. A previsão de um fabricante é que mais de 220 milhões destes novos aparelhos sejam vendidos em 2013, sendo que se estima que oito milhões de unidades já tenham sido vendidas em 2012. A nova geração já cresce habituada a esta linguagem no formato das telinhas dos mobile devices. A comunicação através de imagens em movimento com música, locução e animação parece ser definitiva. Os resultados disto vamos observar e entender no breve futuro. É a velha máxima revisitada: uma imagem vale mais do que mil palavras. ♦

Silvia Camargo é CMO da Predicta, empresa de inteligência digital que aproxima marcas de seus consumidores no ambiente digital.

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FASHION

34 路 MAR.13

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50 TONS DE THAÍS GUSMÃO POR ROZZE ANGEL

Quando se pensa em uma lingerie mais provocante, um nome sempre vem à cabeça: Thaís Gusmão. Desde os seus 12 anos (hoje tem 37), ela já tinha adoração pelo universo mais íntimo da mulher. Como no comercial que marcou sua adolescência, Thaís também nunca esqueceu seu primeiro sutiã. E foi justamente por achá-lo tão sem graça que começou a criar suas próprias peças. O que no início era uma produção modesta – “apenas para as amigas da faculdade” – transformou-se em uma marca com lojas que, entre próprias e franqueadas, já estão em São Paulo, Paraná e Distrito Federal. O segredo do seu sucesso é justamente conseguir atender os desejos mais secretos de suas clientes.

Qual o estilo de uma lingerie Thaís Gusmão? É burlesque, sensual, mas é feminina sem cair na vulgaridade. Prefiro dar um apelo mais romântico para as minhas peças, por isso tem babados, frufus, rendas e laços. Consigo transportar para as minhas peças o momento que estou vivendo. Então nesse momento você é uma super-heroína? Agora sou. Faz duas coleções que sou a Mulher Maravilha. Mas agora acabou, porque ser Mulher Maravilha não é fácil, viu?... (risos). Por que escolheu esse tema? Trabalhamos duas coleções com a linha dos heróis. Primeiro fiz uma coleção pequena e, nessa época, a Warner (detentora dos direitos dos personagens) me ligou para renovar o contrato. Meu filho, o Théo, é fascinado pelos Super-Heróis e pensei: agora é a hora... Vou fazer uma coleção para arrasar. Tanto que teve até uma linha infantil em homewear.

trabalha, que é decidida, que sabe o que quer, bem resolvida. Gosto de conversar com as pessoas, de saber o que elas pensam, o que querem. Não crio só para pessoas que vivem no mundo da moda. E a mulher fantasia muito mais do que imaginamos... Muito mais... Eu viajo bastante, tenho amigas que moram fora em países da Europa, cidades como Londres, Paris... até Nova York e, por lá, elas estão muito mais adiantadas nessa questão do que nós. Aqui ainda temos muito pudor. Tem muita hipocrisia do tipo “isso é feio, isso é errado”. Na verdade, elas querem mesmo a fantasia, mas acabam vivendo com uma máscara. A Thaís Gusmão usa lingerie Thaís Gusmão? Eu uso. Na verdade, inicialmente, quando penso na peça, faço para mim. E dentro do que estou criando as ideias vão brotando para atender aos pedidos de clientes.

E qual será o tema da próxima? Para o inverno vou voltar um pouco mais às minhas raízes, ser mais romântica. A coleção é toda inspirada na boneca Blythe. Durante uma viagem, comprei a primeira e comecei a colecionar. Devo ter umas 12 bonecas. Ela é muito versátil e tem uma identidade tão múltipla, de black power a Marilyn Monroe. Tem tudo a ver com o meu momento, de estar apta a enxergar o mundo sob novos ângulos. E vou conseguir, através da Blythe, trabalhar algumas linhas de produtos que eu gostaria de ter na loja e que nunca tive por medo.

Então você está sempre com uma lingerie “especial”? Minha rotina não permite, mas eu gostaria de ser como aquelas executivas dos filmes, com meia 7/8, cinta-liga. A mulher tem um pouco da responsabilidade de mexer com a imaginação do homem porque o homem é muito visual. Ele tem que ver para desejar. Tem mulheres que ficam muito tempo casadas e começam a dormir com camiseta velha, de propaganda (risos). Não pode. A mulher tem que sempre ir bonita para a cama. Independente de ela ter ou não um companheiro dentro de casa porque você tem que estar bem com você mesma para depois agradar alguém.

Por exemplo? Eu gosto de fantasias. Mas eu pensava, como vou colocar uma fantasia tipo enfermeira ou empregada na minha loja? Vende no sex shop porque é um fetiche, mas minhas lojas são em shopping, onde as famílias frequentam. Então, agora, terei roupinhas da Blythe: a Blythe de enfermeirinha, a Blythe de empregadinha (risos).

Para você, qual é a lingerie mais bonita? Tem que ter a produção completa: o sutiã ou corpete, a cinta-liga, o fio-dental, a meia 7/8 e o salto alto, e até luvas se a ocasião permitir. Principalmente o salto alto porque dá mais postura, e meia sem sapato não combina.

Mesmo porque quem compra Thaís Gusmão tem um perfil bem definido, certo? Sim, vejo a minha cliente hoje como uma mulher como nós, que

Os homens vão à sua loja para comprar presentes? Vão e eles se sentem super à vontade. Escolhem os presentes e sabem muito bem o que querem.


WISH - BEAUTY

ARE YOU

RED?

Um toque de vermelho transforma até a mais simples das mulheres em uma femme fatale. Pode ser nos lábios destacando um sorriso sedutor, nas maçãs do rosto para um ar saudável, contornando os olhos para um clima de mistério ou nas unhas para mãos encantadoras.

POR ROZZE ANGEL FOTOS DIVULGAÇÃO

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AROUND

O chef Toshiro apresenta a causa, tĂ­pico prato peruano


Limeño con gusto por camila balthazar fotos marcos trinca

Lima deixou de ser uma cidade de passagem, conexões, embarques e desembarques apressados. Ao pisar fora do Aeroporto Internacional Jorge Chávez, o viajante impressiona-se com a capital de bairros boêmios, cosmopolitas e históricos cravada entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes. Se no Brasil o símbolo é o futebol e na Colômbia a música, o Peru respira Machu Picchu e comida. Mas é em Lima que toda a magia gastronômica acontece.


Os limenhos não têm guarda-chuva. Lá não chove – ou quase nunca. Mesmo banhada pela água gelada do Oceano Pacífico, a capital do Peru vive seus dias em uma área de deserto úmido, “culpa” da Cordilheira dos Andes, que bloqueia os ventos. Ao tentar escalar os mais de cinco mil metros montanhosos, o vento resfria, escorrega e forma uma neblina úmida. O clima é atípico. Mas os andinos aprenderam desde cedo técnicas de irrigação que garantiram a produção de mais de três mil variedades de batata; e mil e quinhentas de milho. Isso tudo há mais de oito mil anos. Esses alimentos e outros cereais andinos, como quinoa e amaranto, estão hoje presentes na alta gastronomia peruana. Mas antes foi preciso vencer o preconceito e provar que esses ingredientes não eram comida restrita aos criollos. O final feliz dessa história foi conquistado pelo chef Gastón Acurio. Em suas mãos, a culinária peruana virou grife; e Lima virou parque de diversões para aqueles que buscam experiências à mesa. O filho de político cursou a escola culinária Le Cordon Bleu e casou-se com a doceira alemã Astrid. Juntos, inseriram o ceviche no cardápio de restaurantes estrelados. O cozinheiro soube trabalhar a herança pré-incaica, somada à imigração espanhola, africana, chinesa, japonesa e italiana, misturando sabores de quatro continentes. Passados quase 20 anos que sua carreira gastronômica começou, Gastón Acurio é tratado como celebridade no Peru e mantém uma rede de mais de 40 cozinhas em onze países, incluindo o Astrid y Gastón 40 · MAR.13

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de Lima, que ocupa a 35ª posição na lista dos 50 melhores do mundo. Lima cresceu e apareceu como uma metrópole cosmopolita, divertida e saborosa. Entre as descobertas culinárias da capital peruana estão a chicha morada, bebida refrescante preparada com um milho roxo; a causa, bolinho de purê de batata amarela com a suave pimenta ají; o famoso ceviche, corvina ou linguado cozido rapidamente no próprio limão; sopa de choclo, outro tipo de milho, porém grande e de cor esbranquiçada; suspiro limeño para sobremesa, feito com doce de leite coberto com merengue; e um bom drink à base de pisco, bebida alcoólica destilada da uva. Sem esquecer da Inka Cola, refrigerante cor amarelo ouro com cheiro tutti frutti (os peruanos discordam dessa informação) que vende mais que Coca-Cola. Todas as variedades de frutas, verduras, peixes e ervas peruanas podem ser vistas – e degustadas – no mercado de produtores de San Isidro, bastante frequentado por donas de casa e pouco conhecido de turistas. Logo na entrada, a banca de Pedro Ortiz exibe frutas coloridas e selecionadas que parecem artigos de decoração. Pedro trabalha ali há 40 anos e dá uma verdadeira aula sobre as frutas típicas da região, como aguaymanto, granadilla, lúcuma, níspero e tuna. Na barraca ao lado, é possível encontrar a pimenta ají, os vários tipos de batata e milho, além do camote e do zapallo. Essa visita pode ser feita com apoio de um tour gastronômico, que inclui a visita ao mercado, seguida de um almoço no restaurante AVIANCA.COM.BR


Os clássicos da culinária peruana: ceviche de entrada, lomo saltado como prato principal e suspiro limeño para sobremesa

Rosa Nautica – de frente para o mar no bairro Miraflores. Mas antes de atacar os pratos, o bartender Martín ensina a preparar pisco sour e o chef Ricardo Conejo dá uma aula de ceviche, causa e lomo saltado, este último um fillet mignon com legumes e shoyu refogados na frigideira. Entre uma refeição e outra, caminhadas pela história de Lima revelam uma cultura que começou muito antes do Império Inca do século XIV. O Museu Larco, no bairro Pueblo Libre, expõe uma enorme coleção particular em uma casa de 1707 rodeada por um jardim florido de orquídeas e primaveras. Objetos de cerâmica, ouro e tecido remetem às culturas Chavín, Chimú e Nasca, além da Inca. Mais ao sul da cidade, sítios arqueológicos piramidais, como o Huallamarca e o Huaca Pucllana, datam de 200 a 700 DC e dão uma ideia de como viviam esses povos. Como a maioria das cidades colonizadas por espanhóis, Lima também tem sua praça central. Elzinha Soares, guia turística brasileira que mora no Peru há mais de 30 anos, revela a razão para essa aparente coincidência. “No século XVI, havia uma lei espanhola que determinava a arquitetura da fundação da cidade. Por esse

Pedro Ortiz dá uma aula sobre as frutas locais. Na foto, o aguaymanto.

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AROUND

Em sentido horário, policial garante segurança na Plaza Mayor; Boulevard a céu aberto recém-inaugurado no Shopping Jockey Plaza; e vista das falésias do bairro Miraflores

motivo, as três mil praças centrais das cidades fundadas pelos espanhóis têm as mesmas características: Palácio do Governo, Prefeitura e Catedral”, conta. Lima não fugiria da regra: a Plaza Mayor reúne os três poderes e contrasta o amarelo de suas construções com o céu cinzento. No fim da tarde, as áreas verdes do bairro Miraflores ganham ainda mais vida com pessoas aproveitando para descansar enquanto assistem um voo de parapente passar pelo Parque do Amor, de frente para o mar, sobre uma falésia de 30 metros de altura. O sol se põe no Oceano Pacífico e marca a hora de seguir caminhando. Ainda na orla está o Centro Comercial Larcomar, shopping a céu aberto. Mas se

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o objetivo é fazer compras em um lugar menos turístico, há vinte minutos dali está o Jockey Plaza, maior shopping do Peru. Entre as mais de 200 lojas estão Diesel, Versace, Armani Exchange e Ilaria – joalheria peruana de prata 925. À noite, a lua traz o pisco, a música e jovens animados para curtir bares e baladas de Miraflores e seu bairro vizinho, Barranco. Enquanto Miraflores atrai pelas casas noturnas com playboys de classe média alta, Barranco é mais artístico e tem o perfil boêmio de bares com música ao vivo e rock ‘n roll rolando nas caixas de som. Assim como Las Vegas e Nova York, Lima também não dorme. ♦

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ONDE FICAR Country Club Hotel Construído em 1927, o hotel foi totalmente remodelado e é hoje um patrimônio cultural de Lima. São 83 quartos luxuosos com decoração clássica. Obras de arte emprestadas do Museu de Osma dão o toque histórico do Peru antigo. Los Eucaliptos, 590 – San Isidro hotelcountry.com Miraflores Park Situado em um dos melhores bairros de Lima, o hotel tem piscina de fundo infinito no terraço e café da manhã servido com vista para o Oceano Pacífico. O hotel cinco estrelas faz parte da rede Orient-Express. Av. Malecón de la Reserva, 1035 – Miraflores miraflorespark.com

ONDE COMER

ONDE SAIR

Mesa 18 O conceituado chef Toshiro Konishi, nascido no Japão e residente do Peru desde 1974, utiliza os melhores ingredientes para criar pratos da cozinha japonesa com influências da gastronomia peruana. A apresentação dos pratos é artística. Av. Malecón de la Reserva, 1035 – Miraflores mesa18restaurant.com

Gotica e Aura As duas baladas mais tops de Lima são vizinhas e ficam no Larcomar, shopping center em Miraflores com vista para o oceano. O público é jovem, selecionado e descolado, e os DJs tocam de house e reggaeton a salsa. Centro Comercial Larcomar gotica.com.pe / aura.com.pe

La Mar Um dos nove restaurantes do chef Gastón Acurio, o La Mar oferece um dos melhores ceviches da cidade. Degustar as invenções do chef que valorizou os cereais andinos e reinventou a gastronomia peruana é “parada obrigatória”. Av. La Mar, 770 – Miraflores lamarcebicheria.com/lima

Ayahuasca Um casarão republicano construído no final do século XIX dá espaço ao Ayahuasca RestoBar. A estrutura e os acabamentos foram conservados. Cada um dos vários – mais de 20 – cômodos foram decorados de maneiras diferentes seguindo referências do xamanismo e da visão andina. Av. Prolongacion San Martin, 130 – Barranco ayahuascarestobar.com

Café del Museo O ambiente é mágico e acolhedor, em um dos jardins mais bem cuidados de Lima: no Museu Larco. À noite, pequenas luminárias a velas penduradas nas árvores compõem o ambiente. Av. Bolívar, 1515 – Pueblo Libre museolarco.org/cafedelmuseo Huaca Pucllana O restaurante fica dentro do sítio arqueológico Huaca Pucllana, que no idioma quéchua significa “Rituais Sagrados”. Construído no século V com adobe e argila, o local foi um importante centro cerimonial e administrativo da cultura lima. General Borgoño cdra. 8 – Huaca Pucllana – Miraflores resthuacapucllana.com La Tiendecita Blanca Tradicional restaurante das famílias de Miraflores, a casa foi fundada pelo suíço Don Alberto Bachmann em 1937 – e mantém sua qualidade até os dias de hoje. Com quatro cardápios (café da manhã, almoço, jantar e sobremesa), o estabelecimento abre das 7h da manhã à meia-noite, todos os dias. Av. Larco, 111 – Miraflores latiendecitablanca.com.pe

VOOS PARA PERU São Paulo (GRU) Rio de Janeiro (GIG) taca.com

SAÍDA CHEGADA 6h20 9h15 5h52 9h09


AROUND

CULTURA ANDINA VIVA POR CAMILA BALTHAZAR FOTOS MARCOS TRINCA


AS TRADIÇÕES ANDINAS VIBRAM EM CUSCO E TODA A REGIÃO DO VALE SAGRADO DOS INCAS. O IDIOMA QUÍCHUA É COMUMENTE OUVIDO DURANTE UMA CAMINHADA PELAS RUAS DA CIDADE TOMBADA PELA UNESCO E MAIS AINDA AO SAIR DO EIXO PRINCIPAL E VISITAR PEQUENAS COMUNIDADES AGRÍCOLAS QUE VIVEM MAIS ÀS MARGENS. E A REGIÃO AINDA GUARDA A IMPRESSIONANTE MACHU PICCHU.

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Plaza de Armas


“Escolham as três folhas de coca mais bonitas que encontrarem para levarmos para Machu Picchu amanhã e fazermos uma oferenda à pachamama, divindade que representa a mãe terra”, explica Jorge Airampo Arones, guia turístico peruano fluente no idioma quíchua e estudioso da antropologia e do esoterismo andino. A folha de coca é considerada sagrada na cultura pré-hispânica. Famosa por ajudar na aclimatação de altas altitudes, também é medicinal e religiosa. No dia seguinte, depois de um pequeno ritual que termina com um sopro, as folhas voam por Machu Picchu, antiga cidade Inca construída no século XVI. O local foi redescoberto apenas em 1911 pelo norteamericano Hiram Bingham, aficionado por arqueologia que buscava a “cidade perdida” – a história inspirou a criação de Indiana Jones. Os objetos encontrados durante as escavações feitas pela equipe de Bingham foram levados para a Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Lá ficaram por cem anos. Depois de muita disputa, em 2011 o Peru começou a receber as relíquias de volta, que agora estão expostas no Museu Casa Concha, em Cusco. Cusco, primeira capital do Império Inca, é o ponto de partida para ir a Machu Picchu. Os 113 km que ligam as duas cidades podem ser percorridos em três horas de trem ou de dois a quatro dias a pé na trilha inca. Pela ferrovia, o trem Vistadome, da PeruRail, tem janelas amplas e teto de vidro, criando a sensação de imersão na paisagem: sítios arqueológicos incas, uma geleira no alto de uma montanha de 5800 metros de altitude, e muito verde, sempre na companhia do majestoso rio Urubamba. O trem chega a Aguas Calientes, pequeno povoado na base do morro que leva a Machu Picchu – uma das novas 7 maravilhas do mundo. Dormir neste pacato vilarejo pode garantir o descanso necessário para visitar logo cedo as ruínas – antes da chegada de todos os turistas – e evitar o trajeto de ida e volta de trem no mesmo dia. Mas a maioria dos visitantes hospeda-se em Cusco para aproveitar a infraestrutura turística e visitar museus, sítios arqueológicos, bons restaurantes, bares e baladas. Mas o roteiro deve ser leve nos primeiros dias. Situada nos Andes a 3400 metros de altura, é normal sentir dor de cabeça e cansaço nos primeiros dias, até o corpo aclimatar com a altitude. Cidade tombada pela Unesco, suas ruelas de paralelepípedo percorrem construções de arquitetura inca e espanhola. Cada detalhe das pedras e paredes narra um fragmento da história da civilização inca, da invasão do conquistador espanhol Francisco Pizarro e do terremoto de 1950, que destruiu 50% de Cusco. Na Plaza de Armas, coração da cidade, mulheres com roupas típicas e coloridas com suas crianças envoltas em xales posam para a clássica foto em troca de umas moedas. A tradição ainda vive na região e o idioma quíchua está na boca dos peruanos: três milhões deles são fluentes – 10% da população do país.

Vista de Machu Picchu

Não deixe de carimbar seu passaporte quando visitar Machu Picchu

Trem da PeruRail


Machu Picchu

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No sentido horário: Flora mostra as plantas que dão cor às linhas; prato da culinária local é servido para o almoço em Misminay; e recepção da comunidade junto com Vicky Rodriguez e Raúl Mejía, da Condor Travel


Passeio de bicicleta pelo Vale Sagrado

Maras, Moray e bicicleta pelo Vale Sagrado As raízes da cultura andina são fortes em uma pequena comunidade de 300 famílias da comunidade Misminay. Para chegar lá, a estrada percorre os pampas verdes de plantações de batata sem fim. Durante o caminho, lagoas refletem o azul do céu e das nuvens, enquanto crianças empurram seu rebanho de ovelhas. O viajante mergulha verdadeiramente no modo de viver dessa cultura e vai além das roupas típicas e vibrantes que se vê nas ruas das cidades maiores. Em Misminay, as famílias esperam ansiosas pelos turistas para compartilhar o seu jeito de viver. “O turismo vivencial começou oficialmente em 2007. Das 300 famílias, trabalhamos com 180”, conta Vicky Rodriguez, coordenadora do projeto de Misminay, resultado da parceria da agência Condor Travel com o apoio da organização SNV. O principal objetivo do projeto é receber os grupos sem que a característica da comunidade andina se perca. Flora é a líder do grupo de Misminay e a única que fala espanhol. Os demais comunicam-se em quíchua. O estilo de música huayño é tocado por eles e todos dançam em pares. Feitas as apresentações, uma pausa para conversar enquanto o aroma mentolado do chá de folha de muña preenche o ambiente. “A chegada dos turistas mudou a nossa vida. Antes as mulheres não trabalhavam. Só os homens eram carregadores na trilha inca. Somos muito agradecidos e queremos seguir em frente”, revela Flora. O processo de fabricação manual das vestimentas e linhas é demonstrado pelas mulheres. Diferentes tipos de sementes, folhas e raízes tingem naturalmente os fios. Da planta ilka sai a cor verde, da flor de coli a amarela. Todos os alimentos também são produzidos ali. O que não cresce no clima de 3700 metros de altitude chega por meio de intercâmbios. O milho abundante é trocado pelas frutas de Ollantaytambo, que está a “apenas” 2700 metros acima do mar. O

almoço é servido e os cereais andinos dão sabor a um típico prato da culinária local. Muito próximo da comunidade está Moray, maior centro experimental de agricultura do Império Inca. Construído em níveis circulares, cada degrau varia em até 3º a temperatura, o que gera diferentes microclimas para testar a aptidão do solo para cada tipo de semente. Desta região, o passeio segue de bicicleta descendo os 6km de imensidão das montanhas do Vale Sagrado, chegando as salinas do município de Maras. A construção pré-inca é mantida até hoje. A água salgada que brota da montanha se deposita nos terraços de argila e evapora com a luz do sol, restando apenas o sal. Até hoje o sal é comercializado pela comunidade: 50 kg valem aproximadamente 10 S./ (moeda novo sol), o que equivale a uns R$ 7,50. As salinas são propriedade da comunidade e cada família é dona de uns 20 terraços. Raúl Mejía, guia nativo do vale que nos acompanhou durante este dia, comenta: “A produção é infinita. Até que a pachamama não dê mais”. Mas parece que depois de mais de dez mil anos de história peruana a mãe terra segue sendo generosa com o povo andino. ♦

Nossos agradecimentos a Condor Travel. Para programar sua viagem ao Peru entre em contato com: TGK Tour Operator (11) 3283-3233 tgk.tur.br atendimento@tgk.tur.br

PISA TREKKING: (11) 5052-4085 pisa.tur.br pisa@pisa.tur.br

condortravel.com


AROUND

ONDE FICAR Hotel Monasterio O hotel ocupa um antigo convento de 1592. Hoje são 127 quartos contemporâneos combinando o charme arquitetônico do ambiente com o serviço de primeira. Calle Palacios, 136 monasteriohotel.com

JW Marriot Hotel cinco estrelas no centro histórico de Cusco, em harmonia com a arquitetura da cidade. O lobby é aconchegante e há música ao vivo nos fins de tarde. O spa também acolhe após um dia cheio de caminhadas. Calle Ruinas, 432 marriott.com

Novotel Hotel quatro estrelas com excelente localização. Também situado em uma antiga construção do século XVI, é uma boa opção para famílias. A internet é gratuita, o que não acontece em todos os hotéis. Calle San Agustin, 239 novotel.com

ONDE COMER MAP Café O chef Coque Ossio combina ingredientes andinos em pratos da alta gastronomia peruana. Escondido no jardim interno do prédio colonial que abriga o Museu de Arte Precolombino, a estrutura é de vidro, dando a experiência de infinito dentro do pátio iluminado. Plazolete Nazarenhas cuscorestaurants.com/map-cafe-por-coque-ossio Restaurante Limo Pratos tradicionais peruanos com fusão oriental. O restaurante fica no segundo andar de uma casa com vista para a famosa Plaza de Armas. Uma boa maneira de começar a visita em Cusco. Portal de Carnes, 236, Piso 2 – Plaza de Armas cuscorestaurants.com/limo

Incanto Acolhedor e contemporâneo, este restaurante italiano oferece, além de massas e pizzas, opções de fusão da culinária dos dois países: Peru e Itália. A lasanha da casa é deliciosa. Santa Catalina Ancha 135 – Centro Historico cuscorestaurantes.com/incanto Qunuq Restaurant Situado no hotel de luxo Sumaq, em Aguas Calientes, o restaurante serve pratos típicos, como ceviche e choclo. A apresentação do ambiente não é igual aos estabelecimentos cinco estrelas de Cusco e Lima. Av. Hermanos Ayar Mz 1L-3 – Machu Picchu machupicchuhotels-sumaq.com

ONDE SAIR Museo del Pisco Tapas, sushi, ceviche e, claro, muito pisco. Todos os dias, entre 17h e 19h, os mixólogos dão aula de pisco sour. É uma boa opção para começar a noite. Santa Catalina Ancha 398 – Centro Historico museodelpisco.org


120cm

80cm

76cm

55cm


AGENDA

POR TATIANE GRECO

DICAS

VER É UMA FÁBULA MOSTRA DE CAO GUIMARÃES

SHOW THE CURE

Com um acervo de 21 obras entre fotografias, instalações, vídeos e filmes, a exposição pretende difundir a obra do artista brasileiro. Foram selecionados trabalhos que apresentam uma visão ampla e articulada do resultado de duas décadas de intensa produção do artista.

Responsável por hits como “Boys Don’t Cry” e “Friday I’m In Love”, a icônica banda inglesa The Cure se apresentará no Brasil em abril. Os fãs de carteirinha não podem perder essa oportunidade.

28 de março a 1º de junho Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 – São Paulo – SP itaucultural.org.br

Imagem:Divulgação

LOLLAPALOOZA BRASIL 2013 Depois de 20 anos de edições bem-sucedidas nos Estados Unidos, o Lollapalooza ganhou sua primeira versão latina em 2011, no Chile, e desembarca mais uma vez no Brasil para a realização de sua 2ª edição. Considerado um dos principais festivais internacionais, este ano o Lollapalooza Brasil traz grandes nomes para o país, como Pearl Jam, The Killers, The Black Keys, Deadmau5, Queens of the Stone Age, Franz Ferdinand e The Flaming Lips. Confira o line-up completo no site. 29 a 31 de março Jockey Club de São Paulo lollapaloozabr.com

MOB FESTIVAL 2013 Em sua 7ª edição, o festival une música de qualidade, gente bonita e belas paisagens a bordo do navio Splendour of the Seas. Com roteiro follow the sun, cerca de duas mil pessoas poderão conferir sets de renomados nomes da música eletrônica nacional e internacional, além de experimentar uma viagem inesquecível. 8 a 11 de março Splendour Of The Seas mobfestival.com.br

4 de abril HSBC Arena – Rio de Janeiro livepass.com.br 6 de abril Estádio do Morumbi – São Paulo livepass.com.br

SHOW ALEJANDRO SANZ Em sua turnê mundial “La Música No Se Toca”, o cantor espanhol desembarca no Brasil em março para dois shows imperdíveis. No repertório, o dueto com Ivete Sangalo “No Me Compares”, além de seu grande sucesso “Corazón Partío”. 17 de março Credicard Hall – São Paulo ticketsforfun.com.br 19 de março Citibank Hall – Rio de Janeiro ticketsforfun.com.br

EXPOSIÇÃO RETRATO SOCIAL A mostra de fotos de Regina Moraes tem direção artística de Fábio Assunção e retrata personagens da Índia com um olhar sensível. As imagens foram capturadas durante uma viagem de 16 dias, passando por cidades como Delhi, Agra, Jaipur e Udaipur. As 25 imagens estarão à venda durante o período e a renda arrecadada será revertida para um projeto social que leva o mesmo nome da exposição. 19 a 30 de março Shopping Cidade Jardim 4º andar – São Paulo retratosocial.org.br



CULT

TEATRO

POR VITOR CARDOSO FOTO DIVULGAÇÃO

RIO DE JANEIRO

QUASE NORMAL Apenas seis atores em cena e uma temática complexa que envolve drama familiar e psicoterapia e, sim, estamos falando de um musical. A versão brasileira do espetáculo que impressionou a Broadway pela audácia de ir na contramão dos grandes shows chega a São Paulo depois de uma temporada no Rio. Vanessa Gerbelli está totalmente entregue a Diana, dona de casa bipolar que tenta manter a harmonia de sua família quase normal. Destaque para Carol Futuro, que interpreta Natalie, a filha gênio e esquisita menosprezada pela mãe. Drama Musical / Direção: Tadeu Aguiar; Com: Vanessa Gerbelli, André Dias, Cristiana Gualda, Olavo Cavalheiro, Carol Futuro e Victor Maia. Teatro Faap – Rua Alagoas, 903, Higienópolis – São Paulo/SP – Sex. 21h, sab. 18h e 21h30 e dom. 18h. faap.br/teatro

SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

ALÔ, DOLLY!

SHREK O MUSICAL

O MÁGICO DE OZ

Musical / Direção: Miguel Falabella; Com: Marília Pera, Miguel Falabella e grande elenco. Teatro Oi Casa Grande – Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon – Rio de Janeiro/RJ – Qui. 17h e 21h, sex. 21h, sab. 18h e 21h30, dom. 19h. Até 17/02 oicasagrande.com.br

Musical / Direção: Diego Ramiro; Com: Diego Luri, Sara Sarres, Rodrigo Sant’Anna, Marcel Octavio e grande elenco. Teatro João Caetano – Praça Tiradentes, s/n - Centro – Rio de Janeiro/RJ – Qui. e sex. 20h, sab. e dom. 15h e 17h. shrekomusical.com.br

TIM MAIA VALE TUDO, O MUSICAL

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AVIANCA EM REVISTA

Musical / De: Nelson Motta; Direção: João Fonseca; Com: Tiago Abravanel ou Danilo Moura e grande elenco. Theatro Net Rio – Rua Siqueira Campos, 143, 2º Piso, Copacabana – Rio de Janeiro/RJ – Qui a sab. 20h30, dom. 20h. Até março/2013. theatronetrio.com.br

Musical / Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho; Com: Heloisa Perissé, Lúcio Mauro Filho, Malu Rodrigues, André Torquato e grande elenco. Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro – São Paulo /SP – Sex. 21h30, sab. 16h e 20h, dom. 15h e 19h. aventuraentretenimento.com.br/ omagicodeoz

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FRONT

NAS ALTURAS COM MAX FERCONDINI POR LIANE BANCA FOTOS ALBERTO ANDRICH

AOS 27 ANOS DE IDADE, MAX FERCONDINI CELEBRA 13 ANOS DE CARREIRA COM TRABALHOS SÓLIDOS NA TV – COMO ATOR E APRESENTADOR – E A DELÍCIA DE VIVER UM PILOTO DA FAB NA NOVA NOVELA DAS 6 DA REDE GLOBO 58 · MAR.13

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AVIANCA EM REVISTA

P贸lo Ricardo Almeida MAR.13 路 59


FRONT

Camisa: Ricardo Almeida, Calça e Cinto: Aramis, Relógio: Taug Hauer para H. Stern, Sapato: Jorgito Donadelli

Nascido em Jundiaí, no interior de São Paulo, Max Fercondini iniciou a busca pela arte com cursos de interpretação aos 13 de idade. O incentivo partiu de sua mãe, que após diversas convocações do colégio para falar sobre o comportamento extrovertido de Max, buscou uma atividade extracurricular para que ele extravasasse sua veia artística, amenizando a animação em sala de aula. Durante os cursos de vídeo que realizou em São Paulo, Max conheceu diretores de elenco, dentre eles Wolf Maya, que o convidou para integrar o elenco de Esplendor – folhetim global que estrearia em janeiro do ano 2000. Daí por diante, a carreira não parou mais. Mudou-se para o Rio de Janeiro e conciliou o trabalho de ator com os estudos escolares. Tanta mudança em sua vida, ainda menino, só foi possível devido à base familiar estabelecida. Max recebeu todo apoio e dedicação de seus pais,

além da assistência diária de uma conhecida da família, que também se mudou para o Rio para acompanhá--lo nas atividades. Já foram diversos papéis ao longo da carreira, entre filmes, programas, especiais de fim de ano e novelas brasileiras (e uma novela portuguesa). Com tantos personagens interpretados e, geralmente, na linha do “bom moço”, Max tem dificuldade para eleger qual gostou ou se identificou mais, porém, não hesitou em falar sobre o novo personagem que está gravando no momento. Na próxima novela das 6 da Rede Globo, Flor do Caribe, Max dá vida ao tenente Ciro, piloto de elite da Força Aérea Brasileira. Para compor o personagem, ele e seus companheiros de núcleo, Thiago Martins, Dudu Azevedo e Henri Castelli, passaram duas semanas na base aérea de Natal, onde funciona o centro de formação de pilotos da


Aeronáutica. Lá, os quatro vivenciaram este universo que seria realmente a segunda opção profissional de Max caso a carreira de ator não tivesse dado certo. Ainda que não possa pilotar os aviões de caça, pois isso é permitido somente aos militares, Max sentiu-se realizado por estar a bordo destas aeronaves. Tanto entusiasmo com o personagem vem de sua paixão pela aviação. Ainda menino e morando no interior, sua casa ficava na área da rota de pouso dos aviões com destino ao aeroporto de Viracopos, em Campinas. Foi observando as aeronaves que ele passou a sonhar com a possibilidade de voar. Em 2007, o ator fez o curso de piloto privado e, após tirar o brevê (autorização para pilotar aviões), passou a frequentar o Céu – Clube Esportivo de Voo, no bairro Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Semanalmente ele decola com seu monomotor para passeios com a namorada, e também atriz, Amanda Richter. Juntos há quatro anos e meio, o casal adora viajar. Quando não estão em algum destino internacional, as viagens mais frequentes são a bordo de seu avião, rumo a Paraty, Búzios, Angra dos Reis ou algumas cidades mais próximas em São Paulo e Minas Gerais. “Não acho que eles me convidaram para fazer essa novela. Eles me deram um presente! Fiquei maravilhado em poder respirar os ares de uma carreira que admiro tanto. Estou vivendo as três paixões da minha vida ao mesmo tempo: atuar, pilotar e namorar a Amanda”, brinca Max. Há cinco anos, Max Fercondini apresenta o programa Globo Ecologia. O ano de 2012 foi de grande importância para ele e sua equipe, pois ganharam o Prêmio João Valiante de Jornalismo, concedido pela ABA – Associação Brasileira de Alumínio, na categoria Melhor Produção de Mídia Eletrônica sobre Reciclagem.

Camisa e Calça: Ricardo Almeida, Cinto: Aramis, Relógio: Taug Hauer para H.stern, Óculos: Ray-Ban MAR.13 · 61 AVIANCA EM REVISTA


FRONT

Além disso, foi em 2012 a primeira vez que Max conseguiu aliar seu trabalho e seu hobby, apresentando um programa inteiro a bordo de seu avião. Decolando do aeroporto de Maricá, Max rumou ao Parque Estadual da Serra da Tiririca para sobrevoar um trecho da Mata Atlântica e mostrar o real estado de conservação da floresta. Ultimamente, sua curiosidade está voltada para as lentes fotográficas. Entendido do assunto, ele conta o quanto adora clicar e tratar as imagens. E essa sua nova paixão tem um grande apoiador: o fotógrafo mineiro Alberto Andrich, amigo particular de Fercondini que está sempre por perto, dando dicas e tirando dúvidas sobre o assunto. Beto, como é chamado pelo amigo, diz que Max tem grande potencial para a fotografia. Como não poderia deixar de ser, o ensaio para a Revista Avianca – a convite do ator, apresentador e piloto – foi clicado por Alberto. O pano de fundo? Seu monomotor, as lindas pistas de grama do aeroclube e a luz do sol. ♦

Max: Pólo: Ricardo Almeida, Calça: Mr. Kitsch, Bota: Timberland, Relógio: Taug Hauer para H.Stern.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS CÉU – CLUBE ESPORTIVO DE VOO, JACAREPAGUÁ – RJ LÍVIA GIANNINI – LIV PRODUÇÕES TATIANE GRECO AMANDA RICHTER RICARDO ALMEIDA ARAMIS JORGITO DONADELLI TIMBERLAND H.STERN PRODUÇÃO DAVI DANTAS MAKE / HAIR TEODORO JR. Da esquerda para a direita: Amanda Richter, Davi Dantas, Tatiane Greco, Max, Liane Banca, Inácio Américo, Teodoro Júnior e Alberto Andrich


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ECONOMIA

EFEITOS DO NÃO RACIONAMENTO POR FABIO KANCZUK

Claro que não dá para ter certeza. Temos uns 15% de chance de passarmos por um racionamento de energia nos próximos dois anos. Mas com a probabilidade remanescente, de 85%, nada vai acontecer. Ou vai? Quais as consequências de não termos um racionamento? Humor de São Pedro Diz a piada que os meteorologistas servem para que economistas ainda tenham alguma credibilidade em suas previsões. Com isso em mente, os metereologistas afirmam que as baixas temperaturas no Pacífico potencializam os fenômenos La Niña (associados a períodos de seca) e enfraquecem El Niños (associados à chuva). Na prática, isso significa que teremos vários anos pela frente com pluviosidade abaixo do normal. Entramos em 2012 com os reservatórios cheios. Contando com o El Niño, o operador do sistema elétrico optou por usar a água acumulada, o que permitiu que a energia ficasse relativamente mais barata. Mas a chuva não veio e agora, no começo de 2013, nossas reservas de água estão no osso. Percebendo a nova realidade, o operador reagiu. Em vez de utilizar livremente a água acumulada, passou a gerar energia por meio das usinas térmicas, que queimam gás, carvão ou diesel. Com isso, a chance de ficarmos sem energia diminui, pois dependemos menos do volume de água. E, se tivermos sorte, e passar a chover decentemente, os reservatórios voltam a encher. Lindo, tudo parece se resolver, mas não é bem assim. Ao tomar a decisão de despachar as usinas térmicas, o custo da energia sobe instantaneamente, e alguém vai ter de pagar a conta. O truque é não deixar isso muito explícito. Melhor ser rico, inteligente e bonito do que pobre, burro e feio Diante da inexorável realidade, de que São Pedro fez a energia ficar mais cara, há algumas alternativas de política econômica, com seus respectivos efeitos sobre inflação, atividade, emprego e popularidade eleitoral. A solução ótima, que eu ensino na escola, é deixar o preço refletir livremente a situação de escassez. Isso significa fazer os empresários pagarem mais pela

energia, forçando os mais ineficientes a cortarem produção. A inflação também subiria e, vendo os novos preços, as famílias consumiriam menos energia. De fato, esse caso corresponde a um racionamento, em que o preço força os agentes a se ajustarem à realidade. É claro que todos ficaríamos bravos com o governo, mas o problema estaria de fato resolvido. Outra solução é baixar o preço da energia e tentar convencer todo mundo de que não há risco nenhum. Nessa situação, não somente o consumo residencial de energia sobe, mas até as indústrias mais ineficientes aproveitam para produzir o máximo possível. Em um primeiro momento, a inflação cai e atividade e emprego permanecem sólidos. Para fazer essa mágica, o governo reduz as tarifas de energia e posterga o reajuste das distribuidoras, embora elas estejam pagando caro pelo produto. Para garantir o equilíbrio econômico dessas, evitando que quebrem, o BNDES faz um empréstimo a juros bem módicos e o Tesouro Nacional capitaliza o BNDES. Em outras palavras, e sem enrolação, o dinheiro das famílias, que está “guardado” no Tesouro, é utilizado para cobrir o rombo causado pelo consumo excessivo de energia das próprias famílias. Todos nós felizes, consumindo à vontade, porque não sabemos que vamos pagar a conta. E, enquanto isso, os reservatórios não enchem como o esperado e, quiçá, talvez esvaziem ainda mais. Um final sem graça e outro desgraçado Com sorte, a mágica da energia barata mesmo sem água dura até a eleição. O governo reeleito sobe o preço da energia e nos faz pagar pelo que preferíamos não ter consumido. Com azar, a chuva é tão pouca que o racionamento torna-se inevitável. Trocamos as lâmpadas, desligamos o microondas e encurtamos o banho quente. ♦

Fabio Kanczuk é engenheiro pelo ITA, PhD em Economia pela UCLA com pós-doutorado em Harvard, além de professor titular do departamento de Economia da USP.


“Muito pouco se Muda por aqui,

a Não ser as pessoas que aqui passaraM.”

FoLLoW us ViLLaMaNaKas

VeNha desFrutar de uM dos Locais Mais cobiçados do LitoraL Norte de são pauLo eM uM dos retiros Mais charMosos e iNtiMistas da praia de caMburi

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red

think

Fotografe o vermelho do seu dia a dia e publique nas redes sociais com #thinkredavianca e fique atento à próxima edição

Ou envie sua foto para redacao@aviancaemrevista.com.br

Foto: Gabriela Boff Foto: Richard Schwarzer

Juazeiro do Norte Foto: Luiz Rocha

Foto: Reginaldo Brito


RIO DE JANEIRO

Foto: Ingrid Domingos Machado

Foto: Bruno Campelo

Foto: Thiago Heinen

JUAZEIRO DO NORTE

Foto: Glaucia Raquel Vitorino

Foto: Mau Ramos


ENTREVISTA

ENTREVISTA MARCELO GALVÃO POR VITOR CARDOSO FOTO DIVULGAÇÃO

Você sempre pode ver o copo meio cheio ou meio vazio. Para o cineasta brasileiro que trilha seu caminho com muita determinação, enxergar em cada obstáculo a oportunidade de se superar é quase vital. Marcelo Galvão, 39 anos, abandonou o emprego, vendeu o carro e foi estudar cinema em Nova York em 1999. De lá para cá, criou a produtora Gatacine e dirigiu quatro longas e um documentário. Todos eles premiados aqui e lá fora. Seu último trabalho, o longa “Colegas”, levou o Kikito de Ouro de Melhor Filme no Festival de Gramado, além de conquistar prêmios na Rússia e na Itália. O filme conta a história de três jovens com síndrome de Down que fogem do instituto onde vivem a fim de realizar seus sonhos. Galvão se inspirou em seu tio Márcio, que também tinha síndrome de Down, para escrever o roteiro de uma grande aventura que emociona e surpreende a plateia. O filme tem sido aplaudido de pé em todas as sessões já realizadas e chegou aos cinemas brasileiros para o grande público no dia primeiro de março.

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AVIANCA EM REVISTA

Este foi o seu primeiro filme incentivado por leis e, mesmo assim, levou sete anos para ser realizado. Na sua opinião, o que precisa acontecer para o cinema brasileiro decolar?

Hoje já temos um grande auxílio na área de produção dos filmes por meio das leis de incentivo ao audiovisual. Este tipo de formato é inédito e só existe no Brasil. Mas falta incentivo de distribuição. É triste fazer um filme e não ter a chance de que as pessoas o assistam. Há um tempo atrás, o Brasil tinha menos salas de cinema do que o México. Além da quantidade de salas ser muito aquém do que deveríamos ter, as distribuidoras dão preferência aos grandes blockbusters de Hollywood. Em um complexo de oito salas, por exemplo, seis delas exibem o mesmo filme. Assim, a concorrência fica desleal e o cinema brasileiro fica sem espaço para se consolidar.

O processo de filmagem utilizado em “Colegas” é algo muito caro, principalmente se pensarmos no Brasil. Com os avanços da tecnologia, você enxerga uma luz no fim do túnel para países em que o cinema não é tão difundido, que é o caso do Brasil? Acho que vai ajudar sim, principalmente quando todos os cinemas estiverem equipados com projetores digitais. Ainda hoje, a maior parte das salas só possui equipamentos para exibição em positivo e cada cópia da película custa, em média, R$ 3 mil. As salas que possuem a tecnologia digital estão exibindo os filmes em 3D. Quando tivermos uma uniformidade de projetores

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digitais, os custos serão menores e provavelmente será mais fácil distribuir filmes nacionais.

Assim como no filme “Colegas”, você também foi em busca de seus sonhos quando vendeu seu carro e mudou-se para Nova York para estudar cinema. Você dava aulas de artes marciais e dormia em um tatame para pagar o curso. Na sua opinião, não existe sucesso sem sacrifícios nesta profissão?

Em toda profissão precisamos nos dedicar, não é? É preciso viver a batalha diária. No meu caso, bater de porta em porta, mandar emails, levar vários “nãos”, correr atrás dos contatos, enfim, todo o caminho que se passa para conseguir algum êxito é necessário, mas, apesar de tudo isso, não sinto que trabalho muito. Tem uma frase que diz trabalhe com o que você gosta e nunca vai precisar trabalhar. Acredito muito nisso, pois amo o que faço. Gosto de chegar cedo na produtora. Às vezes, torço para que o final de semana passe rápido para chegar logo a segunda-feira e ir trabalhar. Escrevo, dirijo, edito e finalizo meus filmes e adoro isso.

Qual é a parte mais difícil de todo o processo? Ainda é a captação? Por quê?

A captação é dificil, tem que convencer que o seu projeto vai ser bacana para a marca, a empresa precisa ter lucro de alguma forma. Mas o mais difícil mesmo é botar o filme no cinema. Se existisse uma distribuição bacana talvez eu nem teria captado recursos para “Colegas”, pois eu esperava ganhar dinheiro com meu projeto anterior (“Rinha”), mas o filme não teve um grande alcance, pois as distribuidoras não se interessaram por ele. Embora o filme tivesse vários pontos atraentes por abordar a temática de luta quando o MMA estava voltando à tona no mundo – existia cenas de lutas reais, o que gerou muita mídia espontânea, mulher bonita, alguns atores conhecidos –, não existiu interesse em nenhuma distribuidora. Lá fora, a realidade é outra. “A Bruxa de Blair”, por exemplo, foi feito com US$ 35 mil e arrecadou US$ 140 milhões. Isso é possível lá fora.

Para a gravação de “Colegas”, além da cidade de Paulínia, você utilizou Buenos Aires e outras locações no Sul do Brasil. Qual é a influência das viagens no filme? Em “Colegas” é um elemento determinante. É um road movie e por isso sempre imaginei diversas locações, planos abertos, cenas grandiosas. Tratar cada frame como se fosse uma pintura e isso tem muito a ver com viagem. Adoro viajar, acho essencial no meu trabalho.

O filme lançou uma ação nas redes sociais que tinha como objetivo contar a admiração do protagonista do filme Ariel pelo ator hollywoodiano Sean Penn e convidá-lo para a estreia. Este vídeo tem mais de 1 milhão de visualizações, mas ainda assim existem pessoas que foram contra, alegando uma superexposição do Ariel. O que você pensa a respeito disso?

Parei de ver crítica há muito tempo e, neste caso em específico, muitas dessas críticas são de pessoas que não conhecem o Ariel. Aliás, não devem conhecer ninguém com síndrome de Down. O Ariel quer exposição, ele sempre quis isso! Foi um desejo dele, ele quer ser

igual. Através deste vídeo, ele está fazendo o Fernando Henrique, o Neymar e outras grandes personalidades conhecerem sua história e fazer parte dela. Ele está absolutamente feliz e realizado com o sucesso do vídeo e do filme. Quem fala mal certamente é uma pessoa frustrada que está com inveja, pois não consegue realizar seus sonhos e o Ariel consegue. Você sempre pode ver o copo meio cheio ou meio vazio.

Você esperava este sucesso todo que o filme vem fazendo antes mesmo da estreia nacional?

Esperava que tivesse sucesso, mas não dessa forma. Mais importante do que a Mostra de SP, Kikito ou qualquer outro prêmio que conquistamos é o retorno do público. A receptividade do público com “Colegas” me impressionou muito e precisamos deste boca a boca para que o filme tenha vida longa, pois, a princípio, não teremos uma grande distribuição. E no cinema nacional funciona assim: se no primeiro final de semana o filme não bombar, vai saindo das salas gradativamente até sair totalmente de cartaz antes mesmo de completar um mês de lançamento. Por isso é importante que as pessoas assistam o filme nas primeiras semanas, o quanto antes, para garantir sua procura e, quem sabe, resultar em mais cópias ao redor do país.

Você tem conversado com o público que já assistiu ao filme? Qual tem sido a impressão deles?

Sim, principalmente nestas sessões em festivais sempre fazemos um bate-papo no final e já ouvi histórias que me marcaram muito. Em Gramado, por exemplo, um jovem chegou para mim após a sessão, apertou a minha mão e me disse: “Obrigado! Você mudou minha vida! Nunca antes eu havia conhecido alguém com síndrome de Down e por isso tinha uma barreira com este assunto, mas depois de “Colegas” a minha cabeça mudou completamente”. Outro caso: após a exibição na Mostra de SP, uma senhora com um filho de 27 anos com síndrome de Down levou ele para assistir o filme, mas foi ela a mais impactada. No debate, ela se levantou e falou: “Há 27 anos que eu cuido do meu filho, estou do lado dele e achava que isso era o bastante. Mas eu nunca o perguntei sobre quais são os seus sonhos. Hoje, vou perguntar para ele o que ele almeja realizar e vou ajudá-lo a conquistar, obrigada”. Conseguir mexer na vida das pessoas é a melhor recompensa, definitivamente.

AVIANCA EM REVISTA

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CHOCOLATE

DOCE FERIADO POR RENATTA FIGUEIREDO

Este ano, o feriado mais doce do calendário cai no último dia do mês de março. Claro que o consumo de bombons e chocolates em tempos de Páscoa supera a média anual. Na verdade, o período deve movimentar R$ 4,4 bilhões no mercado nacional. Essa é a estimativa da IPC Marketing Editora, que anualmente avalia o potencial de consumo das cidades brasileiras. A indústria alimentícia e o varejo estão prontos e os lançamentos já estão nas vitrines. Confira alguns dos mais deliciosos.

RIO DE JANEIRO BRASIL

CURITIBA

BRIGADEIROS FABIANA D’ANGELO

São 91 cidades de 25 estados, além do Distrito Federal. Em 85 anos de história, a consagração da Kopenhagen já atravessa três gerações de chocólatras, sem perder seus princípios do passado: dedicação, qualidade e tradição. Como todos os anos, a marca lança seus produtos especiais na Páscoa. Os tradicionais ovo Língua de Gato, recheado com o chocolate da marca Língua de Gato na versão amarga, e ovo Nhá Benta Duo, com casca de chocolate ao leite recheada com marshmallow e chocolate, estão presentes, além do especial para comemorar os 85 da marca: ovo Collection, embalado em um veludo preto cravejado com cristais Swarovski.

Em 2004, nasceu a marca Cuore di Cacao, transformando matériasprimas de qualidade em deliciosos chocolates. As irmãs Carolina e Bibiana Schneider compartilham seus talentos: Carolina é chocolatier com experiência em grandes chocolaterias europeias, e Bibiana é designer e artista plástica, criando estampas, cores e texturas para os chocolates e embalagens. Os coloridos palets – quadradinhos de ganache com estampas coloridas – são os mais famosos. Celebrando a Páscoa, as irmãs inventaram o ovo com chocolate Ouro Negro, feito com amêndoas de cacau brasileiro – das sementes ao processo final, 100% brasileiro.

Gostinho caseiro e preparo artesanal. Cada leva de brigadeiro que vai ao fogo rende apenas 80 unidades, sendo que o “ponto”, ou seja, o momento de tirar da panela, é dado pessoalmente por Fabiana a cada uma das encomendas. Para a Páscoa, foram criados alfajores recheados de brigadeiro, que custam R$ 10,00 nos quiosques e R$ 9,00 para encomenda. A marca conta com um quiosque no Fashion Mall, inaugurado em 2011, e outro no Rio Design Leblon, aberto em dezembro de 2012. Quem passa pelas lojas ainda confere brownies e cake pops – pirulito de bolo misturado com brigadeiro.

KOPENHAGEN

kopenhagen.com.br

CUORE DI CACAO

Rua Fernando Simas, 334 – Batel Soho Rua Dr. Manoel Pedro, 673 - Cabral cuoredicacaochocolateria.com.br

Shopping Fashion Mall, 2º piso Avenida Ataulfo de Paiva, 270, 2º piso – Leblon brigadeirosfabianadangelo.com.br


SÃO PAULO

SÃO PAULO

A luxuosa casa de chocolate nasceu em 1987 com a receita europeia da Truffes du Jour, trufas feitas artesanalmente e em pequenas quantidades. Até hoje é a marca registrada da Chocolat du Jour. Em edição limitada e exclusiva para a Páscoa, a casa lança a Linha Pratigi. Ao abrir o ovo, uma surpresa: são três ovos, um dentro do outro, com diferentes sabores: ao leite, meio amargo e amargo. A marca ainda lançou o ovo Pérolas de Cacau, com casca de chocolate amargo e recheado com lascas de cacau torradas, cobertas com chocolate. E, fugindo totalmente do tradicional, o famoso coelhinho estojo, recheado com ovinhos de chocolate, chega este ano com uma releitura desenvolvida pelas mãos da estilista Fernanda Yamamoto.

Na chocolateria paulistana conhecida por desenvolver chocolate artesanal e diferenciado, a aposta do chocolatier Daniel Goldberg para esta Páscoa é a Linha Brasilidade. Na composição, cacau e recheio de ingredientes tipicamente brasileiros: murici, caipirinha, castanha-do-pará, paçoca, castanha de caju e brigadeiro. Tudo preparado com os chocolates da linha Melken Unique, da marca Harald. O ovo Gabriela é feito com chocolate ao leite com ganache de queijo brie e laranja cristalizada, enquanto o Karla usa chocolate amargo e ganache de cerveja irlandesa tipo Stout. E o de paçoca estilizado com chocolate ao leite é uma obra de arte.

CHOCOLAT DU JOUR

Rua Haddock Lobo, 1421 – Jardins Shopping Iguatemi, piso térreo Shopping Cidade Jardim, piso térreo chocolatdujour.com.br

GALERIA CHOCOLATE

Rua Gaivota, 779 - Moema galeriachocolate.com.br

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BIOGRAFIA

BIO NÉLIO WEISS

No topo da carreira, sócio da PwC quer deixar legado POR CAMILA BALTHAZAR FOTO MARCOS TRINCA

DURANTE OS 34 ANOS DE CARREIRA, O EXECUTIVO BUSCOU A EXCELÊNCIA NA ÁREA DE CONSULTORIA TRIBUTÁRIA INTERNACIONAL. O TALENTO FOI PERCEBIDO LOGO NOS PRIMEIROS ANOS – OITO ANOS APÓS A CONQUISTA DO PRIMEIRO EMPREGO, NÉLIO TORNOU-SE SÓCIO DA PRICEWATERHOUSECOOPERS. NAS HORAS VAGAS, APRENDEU OS IDIOMAS INGLÊS, FRANCÊS, ITALIANO, ESPANHOL E ALEMÃO, TORNOUSE TRICAMPEÃO BRASILEIRO DE AUTOMOBILISMO, GRAVOU UM CD DE ROCK E ATUALMENTE MANTÉM UMA FAZENDA DE CEM HECTARES EM AIURUOCA, SUL DE MINAS GERAIS, COM PROJETOS DE SOLTURA DE AVES, REFLORESTAMENTO E PLANTAÇÃO DE OLIVEIRAS.

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BIOGRAFIA

Em 2008, Nélio Weiss, sócio da área internacional da PricewaterhouseCoopers (PwC), estava na Rússia para uma apresentação em uma reunião global da empresa. No momento em que subiu ao palco, os russos estavam com os fones no ouvido para ouvir a tradução simultânea. Afinal, a apresentação do brasileiro deveria ser em inglês. Executivos de outras nacionalidades deixaram o fone de lado. Mas o que se ouviu nos instantes seguintes foi russo fluente. Toda a plateia surpreendeu-se e fez o movimento contrário: russos tiraram os fones e os estrangeiros os colocaram. “Antes de viajar, estudei um mês de russo com um professor particular. Preparei um texto de três minutos e pratiquei para falar com a maior perfeição possível”, conta Nelio. Passados os três minutos, a apresentação seguiu em inglês, mas a surpresa já havia divertido e conquistado a todos. “Ter interesse em fazer uma coisa inusitada faz a diferença. As pessoas já me olharam diferente”, lembra. Não ser igual e inventar projetos e atividades que fogem da rotina são atitudes que acompanham a carreira bem-sucedida do executivo. Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, um dos primeiros passos para chegar à posição que ocupa hoje foi o intercâmbio no sul dos Estados Unidos em 1975. A experiência de sair do círculo confortável da família, escola, amigos e namorada o amadureceu, e ainda trouxe a fluência no inglês, raridade para a década de 70. “Não dá para dizer que a decisão foi baseada em um planejamento claro, que avalia as consequências futuras. Uma escolha na adolescência pode até dar certo, mas é apenas um faro de que o resultado vai ser bom que te leva a agir”, afirma. Em 1979, Nélio cursava o terceiro ano do curso

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de Economia na Universidade do Rio de Janeiro (UERJ) quando começou a ir atrás de um emprego. Um anúncio a uma vaga de trainee na Arthur Andersen, empresa de consultoria tributária que já não existe mais, parecia descrever no perfil desejado as características de Nélio. “Vi o perfil e vi que era para mim. Me candidatei sem ter a menor ideia do que eu faria. Quando o entrevistador me perguntou se eu sabia o que era a empresa, fui honesto. Falei que não, mas que estava ali pelo perfil que eles buscavam”, diz. Até hoje, Nélio busca transparência nos candidatos às vagas na PwC. Aqueles que fazem “cursinho de como se dar bem em entrevista” estão fora. Uma semana depois de começar a trabalhar na Arthur Andersen, o jovem de 21 anos descobriu a gravidez da namorada. O dia em que foi buscar o exame em um laboratório no 21o andar de um prédio em Copacabana foi decisivo para a carreira. “Desci os andares de escada, pensando no que faria da vida. Ali decidi que privilegiaria o trabalho para poder tocar em frente casado, com filho e cursando a faculdade. Eu não tinha herança e ninguém me sustentaria. Era eu ou eu”, relata. Integralmente comprometido em entregar tudo com o máximo de excelência no novo emprego, rapidamente alcançou cargos de liderança. Três anos e meio depois, Nélio entrava na Coopers & Lybrand (atual PwC depois da fusão com a Pricewaterhouse, em 1998) como gerente. A carreira foi rápida para os padrões da profissão. Em três anos, Nélio ocupava um cargo de gerência e, em 1987, após cinco anos na PwC, uma das maiores empresas do mundo em consultoria, foi promovido a sócio, responsável pela área tributária do Rio de Janeiro. Em 1990, sua responsabilidade passou a ser com todo o

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Brasil, recebendo assim a notícia da transferência para São Paulo. Nélio ocupou essa função até 1998, quando passou a cuidar da área internacional – cargo que exerce até hoje. “A mudança de cidade marcou a minha vida e mudou minha perspectiva do mundo de negócios. No geral, São Paulo é uma cidade com a cabeça mais voltada para o negócio do que qualquer lugar do Brasil”, relata. Mas a adaptação não foi fácil. Durante o primeiro um ano e meio na capital paulista, assim que a sexta-feira chegava o executivo fugia para o Rio de Janeiro. Além do inglês fluente e do comprometimento intenso, o executivo fala sobre outra característica que o ajudou a ter sucesso: entender aspectos mais subjetivos das pessoas. “Não existe ‘o’ cliente, mas sim uma pessoa. A minha relação com o cliente é pessoal e por isso é preciso ler nas entrelinhas e entender quem é essa pessoa que está ali naquela função. Também é importante saber diferenciar as culturas. Não posso lidar com um francês da mesma forma que lido com um americano. Não vai dar certo, pois o que é importante para um não é importante para o outro”, explica. A comunicação com diversos países já não é mais apenas em inglês. A curiosidade o levou a aprender francês, italiano, espanhol e alemão. Apaixonado por automobilismo, uma das únicas revistas do setor nos anos de 1980 era a italiana Autosprint. “Tive que aprender para poder entender o que estava escrito. O mesmo aconteceu com uma revista francesa e outra alemã. Eu sentia necessidade de ler as coisas, mas não sabia o idioma, então tinha que me virar”, conta. Se a vida não o levasse para uma grande empresa, Nélio gostaria de ter sido piloto ou músico de uma banda. Mas nenhuma vontade fica no plano das ideias. Em 2003, Nélio começou a correr, chegando a ser tricampeão brasileiro de automobilismo na categoria Endurance.

Alguns anos antes, em 1991, havia estudado guitarra com um professor que tinha uma banda de heavy metal. Depois de um tempo, gravaram um disco, que se chamou Firebox. Até hoje ele guarda o bolachão. Com 34 anos de profissão e cursos em Harvard e no Insead, Nélio se prepara para o futuro. “Vou continuar atendendo meus clientes por mais um tempo, mas meu futuro já não está mais aí. Meu objetivo agora é ter vários negócios diferentes. Quero fazer acontecer as boas ideias que as pessoas têm, ou as minhas próprias”, revela o futuro empresário, que é contra aposentar-se da vida. “A falta de futuro físico, que é a morte, vem com a falta de futuro mental. Tem pessoas que acham que experiência é repetir as mesmas coisas todos os anos. Quem tem 30 anos de experiência, mas não fez nada de diferente durante todos esse anos, tem apenas um ano de experiência. Quero deixar um legado, ter uma biografia extensa”, afirma Nélio, que já trabalha com esse propósito há muitos anos. Além de pilotar e tocar guitarra, fez aulas de arco e flecha e tiro. “Não me profissionalizei em nenhum deles, mas se alguém vier me falar sobre o assunto eu entendo. A curiosidade e o ceticismo andam juntos. Para mim deu muito certo”, diz. Atualmente o executivo mantém uma fazenda em Aiuruoca, Minas Gerais, com projeto preservacionista de soltura de aves, plantação de oliveiras para produção de azeite de oliva – que devem estar prontas para colheita em três anos – e reflorestamento com madeira de lei (jacarandá, mogno, carvalho) e árvores frutíferas. “Sou contra o discurso bonitinho que algumas pessoas têm de ajudar a natureza, mas na prática nada é feito. E muitas vezes quando fazem é para mostrar para os outros, pois se ninguém ver não tem graça. Você acredita em alguma coisa? Vai lá e faz”, conclui. ♦

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BAHIA

APAIXONANTE SALVADOR POR FLÁVIA RAGAZZO

A PROMOTER LÍCIA FÁBIO, ILUSTRE MORADORA DA CAPITAL BAIANA, DÁ DICAS SOBRE A CIDADE E MOSTRA QUE SEUS ENCANTOS VÃO MUITO ALÉM DO QUE SE IMAGINA Vivendo há 40 anos na Bahia, a sergipana Lícia Fábio – promoter responsável por eventos como o camarote de Daniela Mercury no Carnaval e o Réveillon das Águas – é apaixonada por Salvador. Suas dicas da cidade vão da praia mais famosa a uma agitada feira de rua, de um luxuoso hotel histórico à mais tradicional sorveteria da capital, da moderna gastronomia baiana à famosa comida de rua. Confira a seguir um guia para descobrir uma Salvador em que coexistem o antigo e o novo, o moderno e o tradicional, o popular e o luxo, tudo iluminado pela deliciosa luz que banha a cidade do nascer do sol ao entardecer.



BAHIA

CIDADE BAIXA Salvador está dividida entre Cidade Baixa, a área litorânea, e Cidade Alta, onde se concentra o centro econômico, as duas ligadas pelo famoso Elevador Lacerda. Apesar de menos moderna e da visível degradação de seus prédios históricos, a Cidade Baixa é um lugar inspirador, com vistas estonteantes e clima único. Ali, Lícia sugere a boêmia Praia da Ribeira, com seu cenário bucólico composto por casarões antigos, ou a Ponta de Humaitá, de onde se avista uma poética igrejinha. Para completar, não pode faltar uma visita à histórica Sorveteria da Ribeira, fundada em 1931. “Os sorvetes de frutas nordestinas, como goiaba e umbu, são os melhores, mas vale a pena também provar os mais exóticos, como o de inhame”, indica. Sorveteria da Ribeira - Praça Conselheiro Nabuco, 87 - (71) 3316-5451

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Praias

São mais de trinta praias em Salvador e região metropolitana. Há para todos os gostos. “O pôr-do-sol e o nascer da lua no Porto da Barra são lindos demais”, diz Lícia sobre a sua favorita, um dos pontos mais badalados da cidade aos fins de semana ou mesmo nos dias úteis. Vale a pena caminhar pelo calçadão e se juntar aos muitos locais e turistas que se reúnem junto ao farol para aproveitar o entardecer. Para relaxar, a promoter sugere uma escapada à paradisíaca Praia do Forte, a 50 quilômetros da capital, famosa por seu mar de águas transparentes.

Religião Gastronomia “Todo mundo vem à Bahia em busca de certa religiosidade”, opina Lícia. Ela indica a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, na Sagrada Colina, como parada obrigatória. “O forte é às sextasfeiras, dia de Oxalá [o Senhor do Bonfim no Candomblé], quando a maioria dos baianos veste branco”, conta. O Terreiro do Gantois, comandado pela famosa Mãe Menininha até a década de 1980, é também uma ótima pedida. E, para quem se interessa pelo assunto, uma tarde no Pelourinho explorando as muitas igrejas da época em que Salvador era capital da colônia é um passeio imperdível.

“O acarajé é nosso hambúrguer”, dispara Lícia quando perguntada sobre a cozinha baiana – seus favoritos são o da Dinha, no Rio Vermelho, e o da Chica, na Pituba. Mas nem só de acarajé e moqueca vive a culinária de Salvador. “O Paraíso Tropical faz uma ótima leitura da nossa cozinha. Meus preferidos ali são o arroz de pitanga e o peixe com jambo. O Amado incorpora elementos nordestinos à gastronomia internacional de maneira bem interessante. E o Porto do Moreira, um dos mais antigos, citado inclusive na obra de Jorge Amado, traz culinária que mistura sabores portugueses e baianos”. Acarajé da Dinha - Rua João Gomes, 25 - (71) 3334-4350 Acarajé da Chica - Avenida Manoel Dias da Silva, s/n - (71) 9911-6424 Paraíso Tropical - Rua Edgard Loureiro, 98 B - (71) 3384-7464 Amado - Avenida Lafayete Coutinho, 660 - (71) 3322-3520 Porto do Moreira - Largo do Mocambinho, 488 - (71) 3322-4112


BAHIA

ARTE

O Museu de Arte Moderna de Salvador, instalado no Solar do Unhão – complexo histórico restaurado pela arquiteta Lina Bo Bardi na década de 60 – é imperdível. O caminho do Parque das Esculturas, instalado em uma encosta, merece uma longa pausa no dia e dá direito a uma das mais deslumbrantes vistas do mar da Bahia. Lícia destaca ainda o Instituto de Artesanato Visconde Mauá, que fomenta o melhor do artesanato baiano. “E encontramos boa arte local na Feira de São Joaquim, onde há também ótimos queijos, frutas, farinhas e pimentas”, aponta. Museu de Arte Moderna da Bahia - Avenida do Contorno, s/n - (71) 3117-6139 Instituto de Artesanato Visconde Mauá - Rua Gregório de Matos, (27) - 71 3116-6700 Feira de São Joaquim - Rua Engenheiro Oscar Pontes, 993-1119

Foto: Bahiamam.org / Luciano Oliveira


TRILHA SONORA LÍCIA FÁBIO ELEGEU TARDE EM ITAPUÃ, DE VINÍCIUS DE MORAES E TOQUINHO, COMO TRILHA SONORA DESSA VIAGEM A SALVADOR. “ESTAMOS FESTEJANDO O CENTENÁRIO DO VINÍCIUS, QUE VIVEU AQUI E TAMBÉM ERA UM POUCO BAIANO. PARA MIM, É UMA MÚSICA PARA SE VOLTAR À VIDA”.

NOITE Engana-se quem pensa que Salvador é só a terra do axé: a noite soteropolitana é bastante animada e traz opções para todos os gostos. O boêmio bairro do Rio Vermelho se transforma em uma grande festa noite sim e outra também, com pessoas de todas as idades circulando pelas diversas casas noturnas no entorno do que se apelidou “Largo da Dinha”, famoso pelo acarajé da Dinha e onde os notívagos se concentram. Às terças, o Casa da Mãe traz música brasileira ao vivo da melhor qualidade, com jovens se espalhando entre a casa e a calçada em frente ao mar. Entre os preferidos de Lícia Fábio estão o Bar Piauí, na Pituba, e o De Passagem Boteco, no Horto Florestal.

ONDE FICAR As opções de hotéis em Salvador são bastante variadas. Lícia aponta os das redes Ibis e Mercure como boas alternativas de hospedagem econômica. Na categoria executivo, o Sotero traz conforto e facilidades para quem está na cidade a trabalho. O Hotel Boutique Zank é uma opção charmosa e possui um ótimo spa. E, para quem quer luxo com gosto soteropolitano, o Pestana Convento do Carmo, no Pelourinho, tem padrão de qualidade dos melhores hotéis do mundo em um prédio colonial e um cenário de sonho como vista. 1. Mercure Salvador Boulevard - Rua Ewerton Visco, 160 - 71 2201-2999 2. Zank Boutique Hotel - Rua Almirante Barroso 161 - 71 3083-4000 3. Pestana Convento do Carmo - Rua do Carmo, 1 - 71 3327-8400

Casa da Mãe - Rua Guedes Cabral, 81 - (71) 3017-9041 Bar Piauí - Rua Piauí, 16 - (71) 3346-5113 De Passagem Boteco - Avenida Santa Luzia, 1000 - (71) 3357-0158 AVIANCA EM REVISTA

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SONHAR ALTO

Um relógio para chamar de seu POR RICARDO OLIVEROS FOTO DIVULGAÇÃO

Relógios de luxo de marcas como Patek Philippe, Piaget, Cartier, Breguet e Audemars Piguet podem alcançar cifras de R$ 1 milhão por peça, e mesmo sendo raras, adquiridas geralmente por colecionadores, não são exatamente exclusivas. A Vacheron Constantin, relojoaria mais antiga do mundo, oferece um serviço especial de relógios sob encomenda. Em 1755, Jean-Marc Vacheron, um jovem de 24 anos, abriu sua primeira oficina relojoeira. Um artesão excepcional, com aptidões que atravessaram séculos, e que se consagrou como um dos nomes mais prestigiados na ciência do tempo. Em 1819, Jaques-Barthélémy Vacheron, neto de JeanMarc, se associou a François Constantin e a relojoaria passou a se chamar Vacheron Constantin, hoje a mais antiga do mundo. O primeiro Vacheron Constantin vendido para o Brasil foi em 1936. Para os apaixonados por esses relógios, é natural entender o que os torna verdadeiras obras de arte. Mas será que são apenas os materiais nobres, como ouro e pedras preciosas, e pulseiras de crocodilo que lhes conferem o status de objeto de desejo para muitos homens? O que muitos não sabem é que somente 10% do total que representa a arte da relojoaria é visível. Para se ter uma ideia, um relógio que marca apenas as horas, conhecido como “simples”, tem em sua caixa em torno de 150 peças, mas alguns podem chegar a ter 650, de acordo com as funções que exercem. Cada função recebe o nome de “complicação”, ou seja, se ele


Dicionário da alta relojoaria

tem calendário ou cronógrafo, isso é uma “complicação”. O maior desafio é criar um relógio que comporte mais funções com a caixa cada vez mais fina. Considerado o relógio mais complicado já produzido, o modelo “Tour de I’lle” demorou mais de 10 mil horas para ser construído. Ele é composto de 834 partes e possui dois lados (um para cada zona horária), um indicador astronômico de estrelas e um calendário eterno. Até hoje, só foram produzidas sete unidades, com valor de US$ 1,5 milhão. Não bastasse a excelência de seus relógios de luxo, desde 1755 a marca suíça oferece o “Ateliê Cabinotiers Encomendas Especiais”, que tem uma missão exclusiva: criar peças únicas, integralmente personalizadas e realizadas sob encomenda. A maior parte dessas encomendas especiais são cercadas de segredo e confidencialidade, já que não existe nem catálogo e nem coleções. Por exemplo, por volta de 1860, o czar Alexandre II encomendou uma peça suntuosa destinada a seu filho, o grãoduque Vladimir Alexandrovich. E no início do século XX, sir Bhupinder Singh, marajá de Patiala, figurava entre os ilustres clientes que tinham o hábito de fazer encomendas especiais. O famoso banqueiro nova-iorquino Henry Graves Jr. e seu compatriota James Ward Packard, fabricante de automóveis do início do século XX, também eram colecionadores entusiastas das peças únicas da grife Vacheron Constantin. 
Na “Cabinotiers”, como eram conhecidos os artesãos relojoeiros, tudo começa com uma história, que pode ser de um apaixonado por história e que espera a reprodução de um quadro; de um amoroso que deseja uma campainha que só toca uma vez por ano, no dia do aniversário do ser amado; o do amante de grandes complicações, que por sua vez, sonha com uma obra-prima mecânica nunca criada. ♦

Relógio mecânico – Alimentado por uma mola principal e regulado pelo balanço. Há dois tipos: manual e automático. Movimento manual – A mola principal deve ser girada virando a coroa do relógio. Movimento automático – A mola mestra é girada por meio de um rotor interno que oscila em torno de seu eixo quando o usuário movimenta o braço. Calibre – Modelo específico de movimento, usualmente denotado pelo número ou nome alfanumérico, como em Calibre 430P (o mais fino do mundo, produzido por Piaget, com 2.1 mm, e utilizado no Altiplano) ou o Calibre 1400 (da Vacheron Constantin e certificado com o Selo de Genebra). Relógio de Quartzo – Relógio eletrônico no qual as oscilações do cristal de quartzo são usadas para regular o tempo. Complicação – São as funções adicionais do relógio, além das básicas de mostrar a hora e data. Demonstram a capacidade e competência técnica do fabricante, principalmente quando são desenvolvidas internamente. As complicações mais comuns são Reserva de energia, Calendário perpétuo, Turbilhão e Fases da lua. Calendário anual – Mecanismo de calendário que ajusta automaticamente para as diferentes durações dos meses de março a janeiro. Precisa ser redefinido apenas uma vez por ano, no final de fevereiro, devido aos anos bissextos. Calendário perpétuo – Mecanismo de calendário que ajusta automaticamente para as durações irregulares dos 12 meses, incluindo anos bissextos. Reserva de energia – A duração do tempo em que o movimento mecânico vai funcionar sem precisar dar corda. A maioria dos relógios mecânicos tem reservas de energia de 36 a 48 horas. Cronógrafo – Dispositivo que mede o tempo decorrido, ou seja, um cronômetro. Relógios de cronógrafo mais modernos estão equipados com um ponteiro de segundos central, montado para mostrar os segundos decorridos, e um submostrador ou submostradores para mostrar os minutos decorridos e, em alguns relógios, as horas decorridas. Turbilhão – Projetado para compensar erros no tempo causados por efeitos da gravidade em relógios mecânicos. Antimagnético – Protege contra os efeitos de campos magnéticos, que podem afetar a precisão do movimento. Um sintoma que sugere a magnetização do relógio é quando seu funcionamento é devagar. Selo de Genebra – Selo de qualidade concedido por um escritório independente em Genebra para movimentos de relógio submetidos para inspeção. Para receber o selo o movimento deve obedecer 12 critérios relacionados com a qualidade do acabamento e materiais empregados. Movimento esqueletizado – Um movimento cujos componentes foram perfurados de modo que apenas os metais absolutamente necessários para cada função permanecem. Deste modo é possível ver o movimento através das peças.


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GOLD IS BEAUTIFUL POR DANIEL AMARAL FOTOS DIVULGAÇÃO

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MEDICINA

JÁ SALVOU UMA VIDA HOJE?

POR MARIANA BORTOLETTI

Encontrar pessoas que estejam dispostas a doar sangue não anda fácil. No Brasil, apenas 1,9% da população é doadora. Segundo a Organização Mundial da Saúde, um número mínimo aceitável seria algo entre 3% e 5%. O ato é voluntário e salva vidas, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto. Doador há dez anos, o economista Marcus Vinicius Fortin incentiva as pessoas a fazerem o mesmo. “A doação dedicada a um paciente específico é importante e a voluntária é ainda mais. Às vezes, uma cirurgia simples pode ter complicações e este tipo de estoque será de suma importância”. Segundo ele, também é uma forma de estimular o corpo a se manter em atividade. O tema é tão importante que ganhou até rede social: a Veia Social (veiasocial.com.br) foi criada sem fins lucrativos, projetada para aumentar o número de doadores de sangue e medula óssea no Brasil. Outro personagem importante no assunto é a Fundação PróSangue – instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital das Clínicas. A Pró-Sangue é o maior hemocentro da América Latina e o volume de sangue coletado equivale a aproximadamente 32% do sangue consumido na região metropolitana de São Paulo. Em todos os estados brasileiros existem postos de coleta. Para doar é fácil: os requisitos são estar em boas condições de saúde, alimentado, ter entre 16 e 67 anos,

pesar mais de 50 kg e portar documento de identidade original com foto. “Vale lembrar que é bom evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se a pessoa estiver com gripe ou resfriada, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apta à doação. No mais, outros impedimentos poderão ser identificados durante a entrevista de triagem, no dia da doação”, diz o Dr. César de Almeida Neto, médico hematologista e hemoterapeuta da Fundação Pró-Sangue. No Brasil, são coletadas anualmente 3,5 milhões de bolsas de sangue, sendo que a Pró-Sangue, ao longo dos seus 28 anos de trabalho, já registrou mais de 4,5 milhões de doações. Embora a ciência tenha avançado, ainda não encontrou nenhum elemento que possa substituir o sangue. “Um país consolida-se como desenvolvido quando obtém, além de avanços na economia, progressos sociais. A doação de sangue mostra o cuidado da população e do país com as atitudes sociais”, diz o Dr. Neto. “O objetivo da Pró-Sangue é tornar todos doadores e, para aqueles que já são, incentivá-los a repetirem o ato e doar ao menos uma vez ao ano”.

Quem não pode doar 1. Hepatite após os 10 anos de idade. 2. Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas. 3. Uso de drogas ilícitas injetáveis. 4. Malária. Impedimentos temporários 1. Resfriado: aguardar sete dias após desaparecimento dos sintomas.

Começo de uma história “A primeira vez que minha família se mobilizou foi em 2002, quando a filha de uma amiga, na época com cinco anos, precisou fazer uma cirurgia extremamente delicada no cérebro. Eu tinha 17 anos e 10 meses e me barraram. Meus pais, minha irmã e eu almoçávamos juntos, nos arrumávamos, íamos para o Hospital das Clínicas e depois sempre parávamos em algum lugar para uma sobremesa especial. Acompanhar a recuperação e lembrar daqueles domingos em família é uma motivação ímpar para continuar doando”, diz Fortin, que logo após completar 18 anos fez sua primeira doação. A triagem de doadores da Fundação Pró-Sangue obedece a normas nacionais e internacionais, como as do Ministério da Saúde, Associação Americana e Conselho Europeu de Bancos de Sangue. O alto rigor no cumprimento dessas normas visa oferecer segurança e proteção ao receptor e ao doador. Dica: os dias mais movimentados são os sábados. Se quiser ir com tranquilidade, prefira a segunda ou a terça-feira. Intervalos para doação Homens: 60 dias entre uma doação e outra, respeitando o número de até 4 por ano. Mulheres: 90 dias entre uma doação e outra, respeitando o número de até 3 por ano.

2. Gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana. 3. Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação. 4. Tatuagem nos últimos 12 meses. 5. Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses. 6. Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são estados onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses.


ARTE DE FAZER CHURRASCO Av e n i d a R E b o u รง a s , 1 0 0 1 - J a r d i m P a u l i s t a - S รฃ o P A u l o - S P - T E l . ( 1 1 ) 3 0 8 3 - 4 2 6 5 - w w w. v e n t o h a r a g a n o . c o m . b r


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SABORES

O LADO COZINHEIRA DE ADRIANA CYMES POR CARLA PALMIERI FOTOS ROBERTO SALGADO

Há 15 anos, a banqueteira Adriana Cymes vive da alta gastronomia. Desde 1997, juntamente com seu pai, Horácio, e o irmão, Alexandre, cria diversas delícias para o Buffet Arroz de Festa. Em 2012, ao lado do marido, o chef Victor Vasconcellos, foi em busca de uma cozinha mais livre, simples e despretensiosa, e nascia então o restaurante Feed Food, em São Paulo. Seu amor pela gastronomia surgiu quando foi morar em Santa Bárbara, na Califórnia, e passou a criar receitas aconchegantes para si mesma. De volta ao Brasil, abandonou a carreira de relações públicas e decidiu atuar no segmento. Neste caminho, cursou Gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi e passou pelos conceituados Buffet Ginger, da cozinheira Nina Horta, e pela rotisseria Mesa III, da chef Ana Soares. “Foi uma fase de grande aprendizado, [foi] quando aconteceu a minha formação de estilo”, afirma. Por seu trabalho como banqueteira, em 2011 Adriana ganhou o prêmio de Melhor Banqueteira oferecido pela revista Prazeres da Mesa. Grande parte deste reconhecimento foi por ter apostado sempre em uma culinária artesanal, com pitadas de ousadia e boas técnicas para fortalecer os resultados. “A minha comida, além de ser bem-humorada, é feita com amor. E, claro, sem esquecer dos detalhes, aqueles mínimos que fazem toda a diferença”, define. Ao longo dos anos, vem criando seus cardápios sempre respeitando a cultura de cada receita, sem esquecer a preocupação com a forma e o sabor dos alimentos. “Minha criação é muito intuitiva e sempre planejo tudo nos mínimos detalhes, cada prato tem a missão de tornar aquele momento inesquecível para quem os prova”, revela. Se você passar na frente da loja Cartel 011, em

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Pinheiros, nem vai se dar conta de que existe um quintal delicioso e repleto de árvores na parte de trás. Mas repare: atravesse a loja e chegue ao Feed Food, misto de restaurante e café ao ar livre. Neste espaço, a chef traz para o mundo cores, aromas e sabores de todo o seu conhecimento adquirido nas incursões culinárias por onde passou. O restaurante tem um menu focado na sazonalidade, no produto fresco e na variedade. “Resolvemos abrir as portas deste lugar maravilhoso para que os visitantes sintam-se em casa e provem uma comidinha gostosa. Além disso, nosso menu é baseado no conceito de comfort food paulistano. Ou seja, tem tudo o que o paulistano gosta – massa, cozinha, carne e doces elaborados”. Nas horas livres, além de devorar pilhas de livros de gastronomia e ser uma estudiosa de produtos e ingredientes para testar em suas receitas, Adriana não dispensa prazeres palatinos das culinárias italiana e indiana, suas preferidas. “Gosto muito de carne e massas bem feitas. Além disso, sou uma formiga assumida, amo doces!”. Ela ainda fala da importância da gastronomia brasileira, por considerá-la uma autêntica culinária de raiz, ou seja, uma grande mistura de tradições, especiarias e alimentos: “Nosso segredo é sempre a mistura criativa, que traz novos sabores para a culinária brasileira. Nossa comida surpreende a todos os paladares”. Dona de um estilo que alia muitos elementos, Adriana finaliza nossa conversa com palavras otimistas: “Estamos sempre aprendendo... Amo cozinhar, vivo disso e sou feliz por poder unir trabalho e prazer. Quero poder compartilhar um pouco de meu trabalho e de minhas descobertas com todos”. ♦

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SABORES

PANZANELLA

RECEITA DE ADRIANA CYMES E VICTOR VASCONCELLOS, DO FEED FOOD Ingredientes (4 porções) 1 caixa de tomates sweet grape cortados ao meio 3 tomates tipo italiano sem pele e sem semente cortados em cubos 1 xícara de mussarela de búfala cerejinha cortada em quatro 1 maço de rúcula cortada em tirinhas (juliene) 4 talos de manjericão desfolhados 1/4 de xícara de azeite 1 pitada de sal 4 giradas de pimenta-do-reino de moinho 1 dente de alho 2 pães tipo ciabatta 1 colher de sobremesa de alcaparra 2 colheres de sopa de azeitonas pretas 1 colher de sopa de suco de limão siciliano 100 g de parmesão ralado ou em lascas (feito com descascador de legumes) Modo de preparo Tire os caroços da azeitona, junte com a alcaparra e pique-as bem. Acrescente o azeite, o suco de limão e reserve. Corte a ciabatta ao meio e esfregue o alho nela. Você pode tostar na torradeira, em uma frigideira teflon sem gordura ou na chapa. Em seguida, corte o pão em cubinhos. Em um bowl, junte os tomates, o manjericão, a mussarelinha e as lasca de parmesão (reserve algumas para enfeitar). Acrescente o azeite e a mistura de alcaparras e azeitonas e misture. Junte o pão, acerte o sal e a pimenta-do-reino. Acrescente a rúcula. Coloque em uma saladeira e finalize com as laminas de parmesão.


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DRINKS

ALCOÓLICOS DELICIOSOS

POR PAULO GRECA

APROVEITE A MULTIPLICIDADE DE SABORES QUE SELECIONAMOS PARA VOCÊ NESTA EDIÇÃO E APRIMORE SEU PALADAR. CERVEJARIA BACKER: TRÊS LOBOS

Com rótulos inspirados nos velhos filmes de faroeste, chegam ao mercado as long necks produzidas pela Cervejaria Bäcker. São elas: a Três Lobos (American Pilsen, com forte lupulagem e uso de açúcar mascavo), a Pele Vermelha (IPA – Indian Pale Ale, com maior lupulagem, maltes especiais e raspa de laranja), a Exterminador de Trigo (Wheat Beer, cerveja de trigo, com capim limão, e envasada sem filtrar, turva) e, por último, a Bravo (Imperial Porter, escura, com maltes especiais e maior lupulagem, maturada em barris de umburana). Cervejaria Backer: (31) 3288-2958 cervejariabacker.com.br KRANZ MERLOT 2008

DECERO MALBEC 2006

Direto da cidade de Treze Tílias (SC), a Vinícola Kranz faz o lançamento de seu primeiro vinho e apresenta uma joia rara: Kranz Merlot 2008. Tinto de coloração vermelho violáceo com notas de amora preta, violeta, toques florais, baunilha e coco queimado. Envelhecido em barris de carvalho francês, tem acidez equilibrada com final longo e persistente. Mondovino: (21) 2497-4211 mondovinoweb.com.br

A Ana Import apresenta o Decero Malbec 2006: tinto produzido pela Finca Decero, da região de Mendoza, Argentina. Envelhecido por 14 meses em barricas de carvalho francês, tem cor vermelho granada com reflexos telha, aromas intensos de violeta e frutas vermelhas. Na boca é encorpado, sedoso, com taninos macios e final marcante. Ana Import: (11) 3951-4333 anaimport.com.br

TEQUILA HERRADURA EXTRA AÑEJO

Produzida no México, esta é a menina dos olhos da Casa Herradura (fundada em 1870 por Feliciano Romano, em Sierra Madre). A busca pela perfeição resultou na Herradura Selección Suprema Extra Añejo Edición Limitada. Elaborada a partir de agaves-azuis com 10 anos de idade e envelhecida em barris de carvalho francês por 49 meses, apresenta o perfume delicado da agave, sabor de baunilha, tostado com leve toque de canela. Casa Herradura: +52 (33) 3942 3900 herradura.com

Dica do especialista: Ao comprar a bebida de sua preferência, procure se informar sobre as condições ideais de armazenamento, tais como tipo de local, temperatura e umidade. Isso faz com que você aumente a vida útil da bebida e possa desfrutá-la sem perda de qualidade.


MAPA GASTRONÔMICO

CHARME, GASTRONOMIA E ESTILO

POR PAULO GRECA

LOCAIS ACONCHEGANTES E GASTRONOMIA DE PRIMEIRA ESTÃO NAS DICAS DESSA EDIÇÃO, PARA VOCÊ COMER BEM E SE DELICIAR. ANOTE!

CARNES NOBRES ARGENTINAS E PIZZA O recém-inaugurado restaurante Fugazzeta apresenta o que o chef Miguel D’Agostino sabe fazer no tradicional padrão argentino: carnes suculentas e porções generosas, servidas em um ambiente aconchegante. Vale experimentar mais de uma opção do cardápio, já que é possível pedir meia porção de qualquer uma das carnes da casa, como, por exemplo, ½ ojo de bife e ½ assado de tira. À noite, a casa conta também com uma boa seleção de pizzas. Seja qual for sua opção, deixe a escolha do vinho por conta do simpático “Gê”, sommelier da casa. Aproveite! Fugazzeta: (11) 3333-4444 fugazzeta.com.br

DO MAR PARA SUA MESA A boa novidade para aqueles que gostam de ostras vem direto de Cananeia (SP). A Salerosa produz deliciosas ostras defumadas em conserva no óleo de canola. O idealizador do projeto e proprietário da empresa, Ronaldo Faria, ainda disponibiliza outros itens de dar água na boca, como a Bottarga, Mexilhões e Ovas de Peixe, também defumados, ideais para serem servidos em entradas, acompanhamentos, petiscos ou usados em receitas culinárias. Salerosa: (13) 3851-6206 salerosa.com.br

CAFÉ RÚSTICO DA FAZENDA Um café da manhã no melhor estilo rústico da fazenda, você encontra na Barra do Bié. Localizado na cidade de Cunha (SP), o pequeno restaurante da pousada é comandado pelos proprietários Ciro e Ana Rosa Calfat, que põem a mão na massa para preparar deliciosas receitas caseiras de pudins, bolos e pães fresquinhos, assados na hora em forno a lenha. Vale conferir! Pousada Barra do Bié: (12) 3111-1477 pousadabarradobie.com.br

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LONGEVIDADE

VOVÓ MÃO NA MASSA POR JULIANA MENEZES

A pequena Isabela está prestes a completar quatro anos e Gabriel está chegando aos três. Os netos da vovó Rita têm o privilégio de terem comidinhas saudáveis e preparadas com muito carinho sempre ao alcance. Os pequenos inspiraram Rita Gargioni a escrever um livro com receita de papinhas gostosas para ajudar as mamães que não sabiam como preparar o alimento. Agora que as crianças já estão maiores, as mamães, titias e vovós podem consultar o segundo livro da autora, “Vovó, socorro!!! Agora quero suas comidinhas...”, lançado no dia 27 de fevereiro, para aprender receitas para bebês a partir de um ano. Empenhada em levantar a bandeira de uma alimentação saudável para as crianças, vovó Rita é enfática: “Tem que ter carinho com responsabilidade. Não adianta nada dar roupinhas lindas, muitos brinquedos e um quarto de luxo se a família não toma conta do que entra no corpinho da criança”. Ela acredita que até que a criança complete três anos de idade, cabe a nós, adultos, o controle da dieta dos pimpolhos. “Essa é justamente a fase em que a criança está desenvolvendo o paladar. Ela ainda não sabe pedir o que quer comer. Temos que nos esforçar para mantermos a alimentação saudável e evitarmos problemas como a obesidade. Pizza e batata frita devem ser exceção e não regra”, completa. O livro traz receitas fáceis e rápidas e diversas dicas para ajudar as mamães em apuros. “É tudo bem-feito, simples, com fotografias bonitas para que todos consigam fazer as comidinhas sem problemas”, ressalta. O pequeno Gabriel é o laboratório da vovó na hora de testar as receitas e, segundo Rita, ele gosta mesmo de comer todos os dias arroz com carninha, feijão e legumes. “O segredo é ter sempre todos os grupos alimentares, variar todos os dias e montar um prato bem colorido para a criança”, revela. E para quem acredita que a vida moderna pode atrapalhar no hora de preparar as comidinhas, vovó Rita não aceita corpo mole: “Comecei a trabalhar fora de casa aos 17 anos e trabalhava muito! Nem por isso descuidei da alimentação dos meus filhos”. É justamente para evitar que a correria do dia a dia atrapalhe a alimentação saudável das crianças que o livro também conta como congelar e armazenar as refeições preparadas. Ao longo de sua experiência com seus filhos e netos, vovó Rita também adquiriu alguns macetes para garantir a alimentação saudável das crianças. “Sei que alguns pediatras não

concordam, mas coloco uma verdura ou outra que a criança não gosta no feijão e faço de tudo para ela comer. Nem que tenha que papar enquanto brinca!”. Para a avó de Isabela e Gabriel, o mais importante é garantir a alimentação saudável das crianças. Onde encontrar As mamães que se interessaram pelo livro de receitas podem encomendá-lo pelo site socorrovovo.com.br. Já as vovós que também têm receitas, dicas e histórias de seus netinhos para contar, podem acessar o site para trocar experiências e até mesmo para se reunir em confrarias. A Confraria idealizada por Rita tem o objetivo de reunir as avós para a troca de experiências. Saindo da esfera virtual, os encontros incluem visita à 25 de Março, em São Paulo. E para a Páscoa está programado o Segundo Encontro da Confraria na Chocofest de Gramado, Rio Grande do Sul. Além de contar as histórias dos netinhos, as vovós já podem aproveitar e garantir que o coelhinho traga coisas deliciosas para os pequenos.


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SOCIAL

SÃO PAULO

MERCEDES-BENZ TOP NIGHT 2013 FOTOS LUCIANA PREZIA

Mais de mil VIPs prestigiaram a 7ª edição do Mercedes-Benz Top Night, festa anual da montadora alemã que agitou a noite paulistana no dia 30 de janeiro. Durante o evento, foram apresentados o novo Classe A e a tradicional exposição fotográfica de Luiz Tripolli.

BRUNA VERGA SA, JOANA SEPRENY, MIHALY E SOPHIA GONZAGA

AMANDA RICHTER, JURGEN ZIEGLER E MAX FERCONDINI

DIMITRI PAILLAKIS, LUIZ TRIPOLI, STEFANO HAWILLA, ISABELLA FIORENTINO E JURGEN ZIEGLER

BETH SZAFIR

ALINE RODRIGUES

AMAURI JR.

ANUAR TACACH E CRISTIANO CHEHIN

FERNANDA SUPLICY E SERGIO MORISSON

JULIO ROCHA E PATRICIA GUTKOSKI

JUNIOR CIGANO

ISABELLA FIORENTINO E STEFANO HAWILLA


O carro já é econômico, o aluguel nem se fale.

RIO DE JANEIRO

ANIVERSÁRIO SABRINA SATO FOTOS MÁRCIO NUNES

Em clima de carnaval, Sabrina Sato comemorou seu aniversário no dia 2 de fevereiro na quadra da escola de samba Vila Isabel, recebendo integrantes da agremiação, amigos e familiares.

SABRINA SATO EC JULIANNE TREVISOL M

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DIÁRIA DE

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ARIADNA E GABRIELE BENEDETTI

QUITÉRIA CHAGAS

OMAR RAHAL, KIKA SATO RAHAL, SABRINA SATO, KARIN SATO RAHAL E KARINA SATO RAHAL

SABRINA SATO E DENNER NOVAIS

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BOA VISTA/RR • CAMPINAS/SP • CAXIAS DO SUL/RS • CUIABÁ/MT CURITIBA/PR • MACAPÁ/AP • MANAUS/AM • NITERÓI/RJ • PETROLINA/PE • PORTO VELHO/RO • RIBEIRÃO PRETO/SP • VÁRZEA GRANDE/MT • VITÓRIA/ES • TEREZINA/PI

SABRINA SATO E LEANDRO SAPUCAHY

VALESCA, SABRINA SATO E DAVID BRAZIL

Respeite a sinalização de trânsito. *Ao alugar um veículo pela primeira vez na Le Mans, no pacote de 3 dias, você só paga R$ 1,00 pelo terceiro dia de locação. Promoção válida para todos os veículos com base na categoria 100 km livres do tarifário (não incluso proteção e taxas de serviço). Consulte condições de locação nos balcões da companhia. Cadastro sujeito a aprovação.


SOCIAL

FLORIANÓPOLIS

JAMIROQUAI E ERICK MORILLO EM JURERÊ INTERNACIONAL FOTOS CASSIANO SOUZA E FELIPE CARNEIRO

O domingo de carnaval em Jurerê Internacional (SC) aconteceu ao som do Jamiroquai. A banda inglesa, comandada por Jay Kay, animou o Music Park e a turma que estava no backstage da POSH Floripa. Em seguida, foi a vez do DJ Erick Morillo animar a galera.

ARNALDO DINIZ

ERIC MORILLO

HELOAH VIDOVIX

JAY KAY

MARIANA E GUGA KUERTEN

LEO RIBEIRO E TATY BETIM

FERIADO CAFÉ BEACH CLUB SÃO PEDRO FOTOS WALDEMIR FILETTI

O Café Beach Club São Pedro agitou o final de semana do feriado do dia 25 de janeiro com três grandes shows: Naldo, Trio Ternura e Michel Teló, que aproveitou para gravar seu próximo DVD, com participação da cantora Paula Fernandes.

EDUARDO BARBEIRO, RAQUEL BARHUM

CARLA VICENTE

FELIPE LOMBARDI, PEDRO ALCANTARA

STEPHANIE CONDE, PAULA PEREZ

PAULA FERNANDES, MICHEL TELÓ

FABIO FRONTEROTTA, NALDO

NALDO

IRIS STEFANELLI


SALVADOR

AVIANCA NO CAMAROTE SALVADOR FOTOS URAN RODRIGUES

O Camarote Salvador, cenário para o palco mais desejado do circuito Barra-Ondina, ficou mais vermelho este ano. A Avianca foi a transportadora oficial do evento.

FLAVIA ZULZKE, JAIME ROCHA FILHO E CARLA PASSOS

GUSTAVO ENDRIGO E DORIVAL NETO

ISABELI FONTANA

DIOGO PRETTO

ANA LUISA CASTRO

FERNANDO TORQUATO

REYNALDO GIANECCHINI

JUNIOR CIGANO

LUIZ EDUARDO MAGALHÃES E FAT BOY SLIM

RENATA KUERTEN

ADRIANO LÁZARO E NATALIA BAPTISTA

THAIS CARMONA

BRUNO DE LUCA E ARNALDO CESAR COELHO

RODRIGO E ANDREZA NAPOLI, JULIANA SPERANDIO, FELIPE COUTINHO E DENISE BARBOSA

JESUS LUZ

IAN ACIOLI


EU SOU AVIANCA

VIVER A VIDA SOBRE AS ONDAS POR FLÁVIA RAGAZZO FOTOS CRISTIANO BRIGIDI / DIVULGAÇÃO Jussemir Júnior durante premiação

A intimidade de Jussemir Junior – ou Kokinho, como é conhecido entre os surfistas – com a prancha começou cedo. Desde os cinco anos de idade, o catarinense do bairro Campeche, em Florianópolis, passa o máximo de tempo possível sobre as ondas. Ainda criança, foi diagnosticado com bronquite e o médico recomendou a prática de esportes aquáticos. “Como morava ao lado da praia e um amigo do meu pai surfava, optei por esse caminho. Um ano depois, ganhei minha primeira prancha e nunca mais parei”, conta. Com 33 anos e dono de quase 400 troféus e mais de 60 medalhas, o ídolo do surf catarinense desempenha também uma atividade bem diferente de seu esporte: é colaborador da Avianca desde 2010 e atua como agente de despachos no Aeroporto Internacional de Florianópolis. Antes de cada voo, ele é responsável por encaminhar ao comandante um relatório da quantidade

de passageiros, bagagem e cargas, o que permitirá o balanceamento da aeronave. “Trabalho no setor de aviação desde 1999, mas agora consigo conciliar melhor meus dois trabalhos: o esporte e a atividade de agente de despachos”, diz. Patrocinado pela Avianca, Jussemir conta que a empresa é bastante flexível com sua rotina de trabalho, o que permite que ele continue participando de campeonatos Brasil afora. Os títulos de Jussemir até o momento incluem o primeiro lugar na categoria Iniciante no Circuito Catarinense Amador, na década de 1990, o primeiro lugar em uma das etapas do Circuito Brasileiro Amador, em 2011, e o quarto lugar na categoria Open no Pan-americano de Surf de 2011. Casado e pai de um filho de dois anos – já iniciado no mundo do surf – Kokinho está de olho agora nos títulos do Campeonato Brasileiro e, quem sabe, até do Mundial. ♦


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Comprimento / Lenght (M): 33,84 envergadura / Wingspan (M): 34,00 altura / Height (M): 11,80 Motores / empuxo / Engines / Thrust: 2 CFM 56-5b7 (27.000 lb) peso Max decolagem / Max Weight At Take-Off (kg): 75.500 Velocidade de Cruzeiro / Crusing Speed: 875 km/h alcance / Range (km): 6.850 altitude de Cruzeiro / Crusing Altitude: 39.000 FT Tripulação Técnica / Technical Crew: 2 Tripulação Comercial / Commercial Crew: 4 passageiros / Passengers: 132

Comprimento / Lenght (M): 37,57 envergadura / Wingspan (M): 34,00 altura / Height (M): 11,75 Motores / empuxo / Engines / Thrust: 2 CFM 56-5b4 (27.000 lb) peso Max decolagem / Max Weight At Take-Off (kg): 77.000lb Velocidade de Cruzeiro / Crusing Speed: 875 km/h alcance / Range (km): 6.110 altitude de Cruzeiro / Crusing Altitude: 39.000 FT Tripulação Técnica / Technical Crew: 2 Tripulação Comercial / Commercial Crew: 4 passageiros / Passengers: 162

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m k 2 8 Comprimento / Lenght (M): 35,53 envergadura / Wingspan (M): 28,08 altura / Height (M): 8,49 Motores / empuxo / Engines / Thrust: 2 rr TaY650 (15.100 lb) peso Max decolagem / Max Weight At Take-Off (kg): 44.450 Velocidade de Cruzeiro / Crusing Speed: 821 km/h alcance / Range (km): 3.167 altitude de Cruzeiro / Crusing Altitude: 35.000 FT Tripulação Técnica / Technical Crew: 2 Tripulação Comercial / Commercial Crew: 3 passageiros / Passengers: 100

Comprimento / Lenght (M): 31,45 envergadura / Wingspan (M): 34,00 altura / Height (M): 12,88 Motores / empuxo / Engines / Thrust: 2 pW6124a(24.000 lb) peso Max decolagem / Max Weight At Take-Off (kg): 68.000 Velocidade de Cruzeiro / Crusing Speed: 875 km/h alcance / Range (km): 5.800 altitude de Cruzeiro / Crusing Altitude: 39.000 FT Tripulação Técnica / Technical Crew: 2 Tripulação Comercial / Commercial Crew: 4 passageiros / Passengers: 120


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Dallas / FT. Worth

Raleigh-Durham

Los Ángeles Phoenix Tijuana Houston

San Antonio

Fort Lauderdale

MÉXICO Monterrey Cidade de México

Oceano Pacífico

San Andrés

Santa Marta Barranquilla Cartagena

Montería

Panamá

Corozal

Buenaventura

Cali

Medellín

Guapi Baltra San Cristobal Galápagos

Pasto

QUITO Manta

Barrancabermeja

CUBA

REPÚBLICA DOMINICANA

Quito

Arauca Puerto Carreño

EQUADOR Guayaquil

BOGOTÁ Ibagué

Neiva Popayán

Tumaco

Havana

Cancún Punta Cana Flores GUATEMALA San Pedro de Sula Santo Domingo La Ceiba Ciudad de Guatemala EL SALVADOR Tegucigalpa Aruba San Salvador ManaguaCOSTA RICA Curazao Santa Marta PANAMÁ San José Caracas Riohacha Barranquila de Costa Rica Valencia Cartagena Ciudad de Panamá Valledupar Medellín VENEZUELA Bogotá Cali COLÔMBIA Bucaramanga

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Mérida

Mar Caribe

Miami

Cúcuta

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Tampa Orlando

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Puerto Inírida

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Colombia

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Ecuador Piura Chiclayo

Guayaquil Cuenca

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Bolivia LA PAZ Santa Cruz de la Sierra Arequipa Paraguay

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L o j a s A v i a n c a n o B r a s i l A v i a n c a S a l e s De s k s i n B r a z i l

ARACAJU

Aeroporto Santa Maria Av. Senador Júlio C. Leite, s/nºCEP: 49037-580 - Aracaju - SE Tel.: (79) 3243-1041

BRASÍLIA

Aeroporto Int. Juscelino Kubitschek Lago Azul, s/nºCEP: 71608-900 - Brasília - DF Tel.: (61) 3364-9358 Câmara dos Deputados Esplanada dos Ministérios Câmara dos Deputados - Anexo IV - Térreo - Centro CEP: 70160-900 - Brasília - DF Tel.: (61) 3216-9946

BELO HORIZONTE - CONFINS

Aeroporto Internacional Tancredo Neves LMG 800 - km 7,9 - s/nºCEP: 33500-900 - Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3689-2685

CAMPO GRANDE

Aeroporto Internacional de Campo Grande Av. Duque de Caxias, s/nº- - Vila Serradinho CEP: 79101-901 - Campo Grande - MS Tel.: (67) 3368-6171

CHAPECÓ

Aeroporto Serafim Enoss Bertaso Acesso Florestal Ribeiro, 4.535 Quedas do Palmital CEP: 89805-720 - Chapecó - SC Tel.: (49) 3323-0444

CUIABÁ

FORTALEZA

PORTO VELHO

ilhéus

RECIFE

Aeroporto Internacional Pinto Martins Av. Senador Carlos Jereissatti, 3.000 Serrinha - CEP: 60741-900 - Fortaleza - CE Tel.: (85) 3392-1525 Aeroporto de Ilhéus R. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/nºPonta Ilhéus - CEP: 45654-070 (Nova Base 1º- Setembro) - Ilhéus - BA (73) 3231-7957

João pessoa

Aeroporto Int. Pres. Castro Pinto, s/nºBayeux - CEP: 58308-901 - João Pessoa PB Tel.: (83) 3232-721

JUAZEIRO DO NORTE

Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes Av. Virgílio Távora, 4.000 - Aeroporto CEP: 63020-470 - Juazeiro do Norte - CE Tel.: (88) 3572-1050

MACEIÓ

Aeroporto Internacional de Maceió Zumbi dos Palmares Rodovia BR 104 Km 91. CEP: 57110-100 - Tabuleiro Maceió - AL Tel.: (82) 3036 5409

natal

Aeroporto Internacional Augusto Severo R. Rio Xingú, s/nº- - Emaús CEP: 59148-902 - Natal - RN Tels.: (84) 3087-1395 / 1302

Aeroporto Internacional Marechal Rondon Av. Governador João Ponce de Arruda, s/nºJardim Aeroporto CEP: 78110-900 - Várzea Grande - MT Tel.: (65) 3614-2550

PASSO FUNDO

CURITIBA

PETROLINA

Aeroporto Lauro Kourtz BR 285 - km 287 - Zona Rural CEP: 99050-970 - Passo Fundo - RS Tel.: (54) 3045-3008

Aeroporto Internacional Afonso Pena Saguão Principal Av. Rocha Pombo, s/nº- - Águas Belas CEP: 83010-900 - São José dos Pinhais - PR Tel.: (41) 3381-1354

Aeroporto Senador Nilo Coelho BR 235 - km 11 - Zona Rural CEP: 56313-900 - Caixa Postal 403 Petrolina - PE Tel.: (87) 3863-0808

FLORIANÓPOLIS

PORTO ALEGRE

Aeroporto Internacional Hercilio Luz Av. Diomício Freitas, 3.393 - Carianos CEP: 88047-900 - Florianópolis - SC Tel.: (48) 3331-4233

Aeroporto Internacional Salgado Filho Saguão Principal Av. Severo Dullius, 90.010 - Anchieta CEP: 90200-310 - Porto Alegre - RS Tel.: (51) 3358-2393

Aeroporto Gov. Jorge Teixeira de Oliveira Av. Gov. Jorge Teixeira, s/nº- - Belmont CEP: 76803-250 - Porto Velho - RO Tel.: (69) 3219-7472

Aeroporto Internacional de Guararapes Gilberto Freyre - Praça Salgado Filho, s/nºImbiribeira - CEP: 51210-902 - Recife - PE Tel.: (81) 3322-4841

RIO DE JANEIRO - GALEÃO

Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim Av. 20 de Janeiro, s/nºTerminal I - Setor B - 2º- Andar CEP: 21941-570 - Ilha do Governador Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 3398-4648

RIO DE JANEIRO - SANTOS DUMONT Aeroporto Santos Dumont Praça Senador Salgado Filho, s/nºCEP: 20021-340 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 3814-7329

SALVADOR

Aeroporto Internacional Deputado Luiz Eduardo Magalhães Praça Gago Coutinho, s/nºSão Cristovão - CEP: 41510-045 Salvador - BA - Tel.: (71) 3204-1586

SÃO PAULO

Av. Washington Luis, 7.059 CEP: 04627-006 - Campo Belo - São Paulo - SP Tels.: (11) 2176-1111 / 1110

SÃO PAULO - CONGONHAS

Aeroporto Internacional de Congonhas Praça Comandante Lineu Gomes, s/nºSaguão Principal (Embarque) CEP: 04626-911 - São Paulo - SP Tel.: (11) 5090-9728

SÃO PAULO - GUARULHOS

Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro Rodovia Hélio Smidt, s/nº- - Ed. Interligação Balcão Avianca - Terminal I - ASA A CEP: 07143-970 - Guarulhos - SP Tels.: (11) 2445-3576 / 3759


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O serviço de cargas nacional da Avianca se consolida como alternativa de transporte para sua carga ou encomenda, proporcionando uma ampliação na sua rede de atendimento a seus clientes. Avianca’s domestic freight service has become a reliable transportation alternative for your freight or small parcels, ensuring the expansion of its client checking desk network. • Utilização de voos comerciais da Avianca.• Utilização de voos regionais exclusivos. • Rastreamento da encomenda online. • Opção de seguro para transporte. • Sistema simplificado de tarifas. • Flexibilidade no atendimento. • Atendimento nas principais capitais, com coleta e entrega. • Use of Avianca commercial flights. • Use of exclusive regional flights. • On-line tracking of all orders. • Transportation insurance options. • Simplified airfare system. • Flexible services. • Pick-up and delivery services in the main capital cities. ARACAJU - AJU Rua Heraclito Rolemberg, nº 325 - Orlando Dantas CEP: 49042-250 - Aracaju - SE Tel: (79) 3259 3505 Email: ops.aju@aviancacargo.com.br BRASÍLIA – BSB Aeroporto Internacional de Brasília Terminal de Logística de Carga Nacional, salas 06 e 08 - Térreo CEP: 71608-900 – Brasília - DF Tel.: (61) 3364-9674 / 3364-9673 E-mail: ops.bsb@aviancacargo.com.br CAMPO GRANDE – CGR Aeroporto de Campo Grande Hangar Infraero Cargo - Entrada lateral, fundos Jardim Aeroporto CEP: 79101-901 - Campo Grande - MS Tel.: (67) 3363-0444 E-mail: ops.cgr@aviancacargo.com.br CHAPECÓ - XAP Acesso Florenal Ribeiro, nº 4535 – Aeroporto CEP: 89800-000 – Chapecó - SC Tel.: (49) 3328-3747 E-mail: ops.xap@aviancacargo.com.br CONFINS - CNF Aeroporto Internacional Tancredo Neves Terminal de Cargas Rodovia MG 10 – Km 39 CEP: 33400-000 - Confins - MG Tel.: (31) 3689-2683 E-mail: ops.cnf@aviancacargo.com.br CUIABÁ - CGB Aeroporto Internacional Marechal Rondon Av. Gov. João Ponce Arruda, s/nº - Jardim Aeroporto CEP: 78110-100 - Várzea Grande - MT Tel.: (65) 3029-7001 E-mail: ops.cgb@aviancacargo.com.br CURITIBA – CWB Aeroporto Internacional Afonso Pena Teca Infraero – Carga Doméstica Av. Rocha Pombo, s/nº CEP: 83010-900 – Curitiba - PR Tel.: (41) 3381-1350 / 3381-1364 E-mail: ops.cwb@aviancacargo.com.br

FLORIANÓPOLIS - FLN Av. Deputado Diomício de Freitas, nº3393 CEP: 88047-400 - Florianópolis - SC Tel.: (48) 3331-4201 E-mail: ops.fln@aviancacargo.com.br

PORTO VELHO - PVH Rua Rafael Vaz e Silva, 2645 - Liberdade CEP: 78902-700 - Porto Velho - RO Tel.: (69) 3223-8421 E-mail: ops.pvh@aviancacargo.com.br

FORTALEZA – FOR Av. Senador Carlos Jereissatti, nº 3000 - Serrinha CEP: 60740-900 – Fortaleza - CE Tel.: (85) 3392-1717 E-mail: ops.for@aviancacargo.com.br

RECIFE – REC Aeroporto Internacional de Guararapes Teca da Infraero, Espaço OceanAir - Imbiribeira CEP: 51210-010 – Recife - PE Tel.: (81) 3322-4724 E-mail: ops.rec@aviancacargo.com.br

JOÃO PESSOA - JPA Aeroporto Internacional de João Pessoa Terminal de Cargas Nacional - Rio do Meio CEP: 58308-000 - Bayeux - PB Tel.: (83) 3232 7674 Tel.: (83) 3232 1637 E-mail: ops.jpa@aviancacargo.com.br JUAZEIRO - JDO Rua: Santa Luzia, nº 236 - Centro CEP: 63010-230 - Juazeiro do Norte - CE Tel.: (88) 3512-2648 E-mail: ops.jdo@aviancacargo.com.br NATAL - NAT Rua Silva Jardim, nº 02 sala 04, Ed. Mirmão, Ribeira CEP: 59012-180 - Natal - RN Tel.: (84) 3201 1439 E-mail: ops.nat@aviancacargo.com.br PASSO FUNDO - PFB Aeroporto Regional de Passo Fundo BR 285 - KM 287 – Zona Rural de Passo Fundo CEP: 99700-000 – Passo Fundo - RS Tel.: (54) 3327-0207 E-mail: ops.pfb@aviancacargo.com.br PETROLINA - PNZ Rua Ana Nery, 40 - Vila Mocó CEP: 56304-500 - Petrolina - PE Tel.: (87) 3031-6585 E-mail: ops.pnz@aviancacargo.com.br PORTO ALEGRE - POA Av. Severo Dullius, s/nº, Portão 06 Infraero – São João CEP: 90200-310 – Porto Alegre - RS Tel.: (51) 3358 2399 E-mail: ops.poa@aviancacargo.com.br

RIO DE JANEIRO - SANTOS DUMONT - SDU Aeroporto Santos Dumont Av. Almirante Sílvio de Noronha, nº 399, Cabeceira Sul CEP: 20231-030 – Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 3814-7577 E-mail: ops.sdu@aviancacargo.com.br RIO DE JANEIRO - GALEÃO - GIG Estrada do Galeão, s/nº Terminal de Cargas - Aeroporto Velho do Galeão CEP: 21941-510 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 3398 7264 Email: ops.gig@aviancacargo.com.br SALVADOR – SSA Praça Gago Coutinho, nº 15 A – Área Industrial Aeroporto CEP: 41500-570 – Salvador - BA Tel.: (71) 3204-1129 / 3204-1041 E-mail: ops.ssa@aviancacargo.com.br SÃO PAULO - CONGONHAS - CGH Av. Pedro Bueno, 1382 - Jardim Aeroporto CEP: 04342-001 – São Paulo - SP Tel.: (11) 4020 2021 / 0300 313 2021 E-mail: cerca@aviancacargo.com.br SÃO PAULO - GUARULHOS - GRU Aeroporto Internacional de Guarulhos Rodovia Helio Smidt, s/n – Terminal de Cargas Nacional CEP: 07141-970 – Guarulhos - SP Tel.: (11) 4020 2021 / 0300 313 2021 E-mail: cerca@aviancacargo.com.br


S E G U R A N Ç A O P E R A C I O N A L O P E R AT I O N A L S A F E T Y O VOO E A SAÚDE DO PASSAGEIRO Quando planejamos a nossa viagem de avião, seja a negócios ou a turismo, seja para uma longa viagem de férias ou um breve bate-evolta pela ponte aérea, um check-up da nossa saúde não costuma fazer parte da nossa preparação, não é mesmo? Isso ocorre porque, em geral, o ambiente pressurizado da aeronave não deve nos causar nenhum desconforto médico, sobretudo em viagens de curta duração. No entanto, na presença de certas condições de saúde preexistentes, o estado geral do organismo pode ser agravado devido às características do ambiente de cabine. Você sabe dizer em que casos não deve viajar de avião quando se está doente? Conhece os efeitos da viagem sobre o indivíduo resfriado, sobre a mulher grávida ou sobre o idoso com doença crônica? Com essa preocupação em mente, o Conselho Federal de Medicina publicou em 2011 uma cartilha intitulada “Doutor, posso viajar de avião?”. Esse documento visa informar passageiros e tripulantes sobre algumas das condições médicas mais comuns em situações de voo, a fim de orientar quanto ao melhor momento para realizar a viagem em segurança. Seguem algumas das orientações emitidas pelo CFM (disponível na íntegra em: http://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/ cartilha_medicina_aeroespacialfinal2.pdf). O contexto da viagem aérea, envolvendo tanto o ambiente de voo em si quanto os procedimentos no aeroporto, pode resultar em estresse e, com isso, desregular a pressão arterial. Para passageiros com hipertensão, alguns cuidados são fundamentais, como manter o uso e o horário das medicações, não ingerir bebida alcoólica ou café antes e durante o voo, chegar cedo ao local de embarque para evitar rush e voar no mínimo quatro dias após uma crise hipertensiva. Passageiros com pneumonia não devem viajar, pois o quadro é agravado com piora dos sintomas, além de haver possibilidade de contaminação dos demais passageiros. Para aqueles que têm histórico de enjoos em outros meios de transporte (ônibus ou navio, por exemplo), deve-se evitar ingerir líquidos em excesso ou consumir alimentos gordurosos. Não é recomendado o voo para passageiros com transtornos psiquiátricos que se reflitam em comportamentos imprevisíveis, agressivos ou não seguros. Passageiros com distúrbios psicóticos podem viajar, desde que estáveis, sob uso de medicação e acompanhados. Epiléticos medicados costumam poder voar, mas com precaução – alguns fatores relacionados ao voo, como fadiga, hipóxia e alteração do ciclo circadiano, podem atuar como desencadeadores de uma crise.

OPERATIONAL SAFETY: HOW DOES IT CONCERN THE PASSENGER? To travel by air have been turning into a habit for thousands of passengers. To many of them, the routine of the airport and the flight is already very familiar: buy the ticket, go through the checkin, check the luggage, board and, finally, arrive at their destination. This routine is a part of life of so many passengers that the airplane seems to have lost all its secrets, and they start to feel familiar with all that is happening, from the moment to board until the end of the trip… But, do they really? You, as a passenger, are capable of remembering all the important safety instructions passed on by the flight attendants during the takeoff preparation? Studies indicate that the passengers don’t pay much attention to these instructions as they should. These studies also explain why this lack of attention occurs, and the familiarity with the routine of the flight is only one of the reasons. Besides felling overconfident in relation to what they believe they know about flight safety, the passengers are “fooled” by the repetition of the instructions: they think that because they have heard the same sentences several times they are able to remember them in case they need. However, studies indicate that the ability to remember safety instructions and to take safety actions when needed is not as great as the passengers think it is. Besides, a cultural aspect seems to be a factor in the recurring lack of attention to the instructions. The passengers tend to think that those who pay attention to the safety instructions are the ones who are afraid to fly, or yet, those who don’t have experience in air travelling. Thus, the tendency of the majority is to focus in some other activity, ignoring the speech of the flight attendant who repeats the already known emergency procedures. To use the cell phone after the doors are closed, to leave the iPad on during the takeoff procedure, to leave the seats before the plane comes to a complete stop… Have you ever seen this happen during the flight or were you the one acting like these? Do you really know how to use an oxygen mask or in which circumstance you should keep the seat in a vertical position? These and some other information are passed on by the flight attendants but a lot of times the passengers do not remember them…

Mulheres grávidas devem evitar o voo caso apresentem dores ou sangramento prévios à viagem. A partir da 36ª semana de gestação, a passageira deve ter autorização do seu médico para embarcar e, a partir da 38ª, o seu médico deve acompanhá-la a bordo. Já recémnascidos devem ter ao menos uma semana de vida antes de viajar.

That doesn’t mean that the passengers don’t recognize the importance of the procedures to ensure the flight’s safety. Nevertheless, a lot of times, this recognition don’t reflect the behaviors that indeed happen during the flight. This dissonance between what one knows and what one does, besides the reasons mentioned above, can be explained by some other issues. Some people can be led to believe that they will never need to employ this kind of knowledge, others can feel uncomfortable when thinking about the safety of the flight, and others could think that this information are not helpful or are difficult to follow.

Por fim, independente do destino ou da condição de saúde, todos os passageiros devem ter suas vacinações em dia, sobretudo as vacinas contra tétano, difteria, sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite e hepatite B. Esses são alguns dos importantes cuidados que os passageiros podem ter para realizar a sua viagem em plena segurança.

If you fit in some of these categories, remember: the passenger is also responsible for the maintenance of the safety of the flight, and can contribute by paying attention to the safety instructions presented in order to help him/herself and others during emergency situations.

Coordenação de Fatores Humanos Diretoria de Segurança Operacional

Human Factors Coordination Committee Board of Directors of Operational Security


EXPEDIENTE

COLABORADORES Marcos Trinca Empresário do mercado de tecnologia, vive a paixão pela arte como músico e fotógrafo.

Presidente: José Efromovich Presidente Executivo: Santiago Diago Vice-presidente de Marketing e Comercial: Tarcisio Gargioni Conselho Editorial: Flavia Zulzke – Gerente de Marketing Fernanda Coelho – Analista de Marketing Felipe Coutinho – Assistente de Marketing Marketing Avianca: Gabriel Lago - Supervisor

Carla Palmieri Jornalista e crítica de moda, gastromia, cinema e outros assuntos que vivencia em seu blog myfashionlife.com.br

Vitor Cardoso O jornalista, ator e produtor acumula experiência em teatro, eventos, televisão e cinema. Ancora o talk-show “Cultura Urbana“ na Just TV.

Flávia Ragazzo Jornalista graduada pela UNESP, atua também como relações publicas de moda.

Fundada em 1998 avianca.com.br AviancaBrasil aviancabrasil

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central de reserva 4004-4040 outras cidades 0300-7898160 SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor SAC 0800-286-6543 Atendimento ao deficiente auditivo: 0800-286-5445

Diretor Executivo Carlos Koga - c.koga@midiaonboard.com.br Editor Fredy Campos - redacao@aviancaemrevista.com.br Jornalista Responsável Camila Balthazar - camila.balthazar@aviancaemrevista.com.br Marketing Priscila Soares - priscila@midiaonboard.com.br Flavia Cunha - flavia@midiaonboard.com.br Publicidade Marcelo Simões - marcelo@aviancaemrevista.com.br Rio de Janeiro: Zeiry Dias - zeirydias@xaoquadrado.com.br Departamento Financeiro Jane Elaine - jane@midiaonboard.com.br Produção Salvador Nazarre e Otávio Yamasaki Projeto Gráfico Ari Maia Design / Diagramação Leonardo Bussolo - Agência Sampling Edição de Imagem Graziela Ventura Revisão Just Layout PARA ANUNCIAR comercial@aviancaemrevista.com.br (55 11) 5505-0078 Colaboraram nesta edição Cassio Mattos, Ricardo Oliveros, Silvia Camargo, Eric Pomi, Tati Brandão, Rozze Angel, Marcos Trinca, Tatiane Greco, Vitor Cardoso, Fabio Kanczuk, Liane Banca, Grazi Ventura, Daniel Amaral, Camila Ciberi, Flávia Ragazzo, Carla Palmieri, Roberto Salgado, Paulo Greca, Viviane Pessoa, Mariana Bortoletti, Renata Maranhão, Tina Lyra, Pedro Henrique Araújo, Alberto Andrich, Davi Dantas, Teodoro Jr., Roberto Salgado, Juliana Menezes.

SELO

Agradecimentos Isaac Karabtchevsky, Simoninha, Eduardo Vallejos, Cris Proença, Thaís Gusmão, Condor Travel, PromPerú, Mariana Crovetti, Ibis Martínez, Javier Collantes, Katia Silva, Elzinha Mayer, Raúl Mejía, Jorge Airampo Arones, Fabiola Velásquez, Stefany Lerner Ara, Carla Reyes Paredes, Mariella Carrillo Ferreccio, Patricio Zucconi Astete, Alejandra Cáceres, Lina Rodríguez, Max Fercondini, Clube Céu, Lívia Gianinni, Marcelo Galvão, Nélio Weiss, Lícia Fábio, Vacheron, Adriana Cymes, Rita Gargioni. A Avianca em Revista é uma publicação da Editora Drops, sob a licença da empresa aérea Avianca, distribuida exclusivamente a bordo das aeronaves nos voos nacionais. As pessoas que não constam do expediente da revista não tem autorização para falar em nome da revista. É necessário uma carta de autorização, atualizada e datada em papel timbrado assinada pelos editores. Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e fica expressamente proibido a reprodução total ou parcial sem autorização prévia. Tiragem: 30.000 exemplares. Editora Drops Todos os direitos reservados. (55 11)5505-0078 Auditado pela aviancaemrevista.com.br Impressão IBEP Gráfica


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