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1.2.3 Bairro

Imagem 11: Representação da pequena cabana de pau a pique, onde os indios e os jezuídas, entre eles José de Anchieta, se reuniam com o intuito de catequizar os nativos.

Fonte: Departamento do Patrimônio Histórico Como citado no item 1.2.1, segundo o site da Prefeitura de São Paulo, o bairro da Sé, está localizado no distrito da Sé, possuindo uma área de cerca de 2,10km² (2010), e abriga a Praça da Sé e o Parque Dom Pedro II.

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Dentro do bairro está o centro histórico da cidade, que abrange o então chamado “Centro Velho”, isso porque na formação da cidade, ela foi dividida entre Centro Velho e Centro Novo, marcado pela expansão da cidade com a construção do Viaduto do Chá, ligado ao que é hoje o distrito da República.

A história do bairro está ligada diretamente a fundação da cidade de São Paulo, conhecida como marco zero onde em 1554, acontecia a primeira missa no povoado de São Paulo de Paraitinga por um grupo de jesuítas e entre eles José de Anchieta, que veio de Portugal onde tinha como missão catequizar os índios que ainda viviam na região.

Com isso, a primeira construção na cidade, construída pelos jesuítas e índios, foi o colégio, antes o que era uma cabana de pau a pique foi ampliada para abrigar o colégio dos Jesuítas e posteriormente passou por uma reconstrução sendo atualmente conhecido como Pa-

teo do Collegio, que recebe diariamente turistas e acontecem eventos culturais. Próximo ao Pateo do Collegio, se encontra a Catedral Metropolitana de São Paulo, mais conhecida como Catedral da Sé, onde funciona como ponto de encontro da cidade, as escadarias recebem protestos e segundo o SPTUR (2017), a Catedral está entre os top 5 mais visitas da cidade pelos turistas.

Imagem 12: Pateo do Collegio atualmente

Fonte: http://cidadedesaopaulo.com/v2/atrativos/pateo-do-collegio/ - Acesso em maio de 2020.

Imagem 13: Catedral Metropolitana de São Paulo, conhecida popularmente como Catedral da Sé, localizada na Praça da Sé.

Fonte: https://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/pontos-turisticos/praca-da-se/ - Acesso em maio de 2020.

Atualmente o bairro é um dos mais conhecidos pelos turistas, não só de fora do Brasil, mas também os próprios brasileiros, onde oferece diversos centros comerciais, bares, restaurantes, lugares históricos, pontos de encontro. Segundo os dados da prefeitura (2017), o bairro da Sé é o que possuí a maior quantidade de espaços culturais no Município de São Paulo.

A região se conecta com vários pontos da cidade e estado de São Paulo, através das avenidas: Avenida Tiradentes, Avenida 23 de maio, Alcântara Machado, Radial Leste, e Avenida dos Estados; e estações de metrô e terminais de ônibus, como: Metrô Pedro II, Metrô Sé, Metrô Anhangabaú, Metrô São Bento, Terminais de Ônibus Parque Dom Pedro II, Praça do Correio, Terminal Bandeira e Expresso Tiradentes.

Mapa 2: Mapa da região, com destaque as avenidas e ao trnasporte público

Fonte: Mapa elaborado pelo autor. A região da Sé é considerada um dos bairros com maior índice de criminalidade no Estado de São Paulo, conforme aponta a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo em pesquisa realizada no ano de 2017 comparando o índice de criminalidade de todos os distritos do estado. A pesquisa aponta que o distrito da Sé em 2017 ficou em 4º lugar em índices de roubos no estado (registrando em média de 343 roubos por mês), em 2º lugar no estado com índices de furtos (média de 945 furtos mensais), 14º em lesões corporais (55 por mês em média) e ficou em 18º lugar no que se refere ao tráfico de drogas, com uma média de 6 registros policiais por mês no ano de 2017.

Apesar de ser um ponto rico de história e espaços culturais, e bem servido de transporte e acesso, isso não o torna um local seguro. Um dos aspectos da área, é a presença de moradores de rua, usando algumas localidades como espaços de permanência, a praça da Sé por exemplo, é um desses lugares. É comum se pensar duas vezes antes de circular por esses lugares o que levar, como se comportar, justamente por não se sentirem seguras pela presença não só dessas pessoas, mas também como medo de serem roubadas, abordadas, entre outros.

Imagem 13: Praça da Sé - Barracas dos moradores de rua - Leo Martins (2017).

Fonte: VEJA SP, Léo Martins (2017).

Isso demonstra que apesar de haver inúmeros espaços culturais e opções de transporte (facilitando o acesso a esses equipamentos), isso ainda não é suficiente, pois, a região precisa de cuidado público. Não deixando de mencionar a região do Parque Dom Pedro II, área de intervenção desse trabalho ao qual será aprofundada no próximo tópico.

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