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1.3 ANÁLISE DO TERRENO
Situado no encontro das vias expressa e local da Avenida do Estado com a Rua Frederico Alvarenga encontra-se o terreno onde será implantado o Museu da História da Cidade de São Paulo, objeto de estudo deste trabalho. Com seus exatos 12.883,70m² de área, o local é dado como patrimônio histórico, tombado no ano de 1981 pelo CONDEPHAAT, devido a construção histórica presente no local que já abrigou diversas instituições porém ficou mais marcado pelo uso como Quartel do 2º Batalhão de Guardas, ou também mais popularmente, como Quartel Tabatinguera.
Tabela 1: Tabela de própria autoria. Situado no encontro das vias expressa e local da Avenida do Estado com a Rua Frederico Alvarenga encontra-se o terreno onde será implantado o Museu da História da Cidade de São Paulo, objeto de estudo deste trabalho. Com seus exatos 12.883,70m² de área, o local é dado como patrimônio histórico, tombado no ano de 1981 pelo CONDEPHAAT, devido a construção histórica presente no local que já abrigou diversas instituições porém ficou mais marcado pelo uso como Quartel do 2º Batalhão de Guardas, ou também mais popularmente, como Quartel Tabatinguera.
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O Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE), de forma mais abrangente, especifica a área do terreno como “Área verde ou Parque”, contudo, a ZEPEC (Zonas Especiais de Preservação Cultural), descrita pelo PDE como a responsável pela “demarcação de áreas da cidade destinadas a preservação, valorização, e proteção de espaços culturais, afetivos e simbólicos, de grande importância e memória, identidade e vida cultural da cidade” e uma das diretrizes do zoneamento que se aplica a todos os bens tombados na capital, classifica o edifício assim como o terreno em questão como ZEPEC-BIR (Bens Imóveis Representativo), ao qual se refere a elementos construídos assim como toda sua área que possuam valor histórico, arquitetônico,
paisagístico, artístico, arqueológico e/ou cultural e que apresentem certo valor referencial para a comunidade na qual estão inseridos (Mapa 7).
Mapa 7: Mapa de Zoneamento ZEPEC da Cidade (pontos vermelhos representam os edifícios BIR).
Fonte: Prefeitura de São Paulo, (2016).
Além disso, segundo o mapa de zoneamento (Mapa 8), o lote está dentro de uma área chamada ZC (Zona de Centralidade), caracterizada como territórios destinados majoritariamente ao uso não residencial e sim a qualificação paisagística e espaços. Sendo assim, apesar de o terreno possuir duas classificações de zoneamento, podemos afirmar que ambas se complementam em seu interesse e intenção de uso para o mesmo pois o tratam tanto como um espaço destinado a qualificação de uso público a sociedade, e também com o edifício tombado trazendo um novo uso ao já existente e sub utilizado além de adicionar um equipamento cultural para a região em que se localiza.
Mapa 8: Mapa geral de zoneamento
Fonte: Prefeitura de São Paulo, (2016).
A topografia do lote de intervenção do projeto, segundo dados topográficos disponíveis no Mapa Digital da Cidade (MDC), localiza-se entre duas curvas de níveis, 726,0 e 727,0, com desnível de um metro entre ambas e, tendo este, caída para a direção do Rio Tamanduateí. Existem pontos atuais de acesso para o Quartel em ambos os níveis, sendo a curva de nível 726,0
o acesso ao pátio interno da edificação de frente ao rio, já na cota 727,0 localiza-se o acesso principal para o piso interno do edifício.
Analisando o terreno quanto ao clima, de acordo com Silva (2017) a cidade de São Paulo está localizada em uma zona subtropical úmida na classificação climática de Köppen-Geiger, essas regiões que possuem as estações bem marcadas, como verões muito quentes e úmidos podendo ultrapassar os 30ºC de temperatura e marcados pela presença de grandes volumes de chuvas, e invernos mais secos caracterizados pela presença de massas de ar frio que diminuem as temperaturas consideravelmente.
Foi consultada, também, a norma NBR 152203 (Desemprenho Térmico de Edificações), para se realizar um estudo climático da região, nela estão descritas diretrizes construtivas para cada Zona Bioclimática Brasileira assim como as estratégias de condicionamento térmico para cada uma delas. Segundo o mapa de zoneamento bioclimático brasileiro (imagem 23), a cidade de São Paulo se enquadra na zona 3.
Imagem 23: Zoneamento bioclimático brasileiro
Fonte: NBR 15220-3. Para zonas 3, as recomendações são: aberturas médias para ventilação e permissão de entrada de sol durante os meses de inverno; para as vedações externas, paredes leves refletoras e coberturas leves isoladas; para as questões térmicas, no verão recomenda-se ventilação cruzada e paredes internas pesadas (inercia térmica.
Relacionado ao seu passado histórico como parque, a região do Parque Dom Pedro II ainda possui grande volume de áreas verdes arborizadas que podem ajudar a trazer espaços de estar e conforto, no terreno de estudo,
devido ao estado de abandono do edifício ao longo de diversos anos, foram crescendo árvores e vegetações diversas não somente dentro do pátio interno, mas também na calçada em frente à Avenida do Estado que denotam o estado de má conservação do edifício, que poderão ser utilizadas no desenvolvimento do projeto.
As recomendações da Norma Brasileira 152203 serão os parâmetros de consideração durante o desenvolvimento do projeto em questão e, além do desempenho térmico por conta das sugestões de espessura de paredes e vedações, ajudarão também no momento de planejar o estudo acústico do local, principalmente devido ao entorno possuir grande fluxo de veículos e, com isso, ruídos que podem prejudicar a visitação ao local.
Foi feito um estudo de insolação, a partir no solstício de inverno (9h00, 12h00 e às 16h00), e no solstício de verão (6h00, 12h00 e às 16h00). Devido ao entorno não possuir tantos edifícios altos nas proximidades, não causa sombra no quartel, entretanto existem vegetações, principalmente no pátio interno, portanto, as sombras internas podem sofrer alteração.
Diagrama 1: Estudo Solar
Fonte: Croqui elaborado pelo autor.