Jornal A Quadra - Jardins – edição 10

aQuadra

O JORNAL DOS JARDINS E DOS ARREDORES

VIDA DE BAIRRO

CRÔNICA

DESIGN

URBANISMO

GASTRONOMIA

CULTURA

VIAGEM

ESTILO

D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA - M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 9 - N O 1 0

Tupinambo, a novidade que conquista chefs e gourmets

No Jardim Paulistano, um projeto ousado da Andrade Morettin

Thereza Matarazzo: disposição, alegria e um inabalável amor pela vida

Os ares de março trazem a leveza do outono e falam de mulheres suaves e ao mesmo tempo fortes, como Denise Gomes. Elas têm vez e voz nesta edição

L o ft s de 1 4 9 m 2 a 202 m 2 2 suítes • 2 vagas

UMA GRANDE IDEIA NOS JARDINS. A Idea!Zarvos chegou ao Jardins com um lançamento como há muito tempo não se via. Com arquitetura assinada pelo escritório Andrade Morettin, os lofts trazem detalhes que fazem a diferença. Visite o decorado e descubra um novo motivo para se encantar pelo Jardins.

Vis ite o deco rad o : Rua da Cons o l a çã o , 3 .1 50 Jardins

Mais Informações:

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A incorporação imobiliária do empreendimento denominado Condomínio Autem, localizado na Rua da Consolação, 3.150, foi registrada em 13 de dezembro de 2018, sob o R.2/101.650, nos termos da Lei nº 4.591 de 1964, pelo 13º Oficial de Registro de Imóveis da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. A decoração e o mobiliário das imagens e plantas não fazem parte do memorial padrão. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados, são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato. O imóvel será entregue conforme indicado no memorial padrão. Consulte a incorporadora para verificar as possibilidades de layouts e opções de acabamento dos apartamentos. As imagens são ilustrativas, sujeitas a alterações. Central de atendimento: Galeria IZ Imobiliária Ltda. Rua Natingui, 442, sala 8, Vila Madalena, CEP 05443-000, São Paulo – SP – Creci: 24477-J – tel. (11) 5189-1818.

EDITORIAL

O

Fotos capa: Divulgação; Jade Barbosa, Nelson Kon; Divulgação; letra Q por Sandro Akel

carnaval se vai. O ano enfim começa. Ao impulso realizador de Marte vem se juntar a fartura e a benevolência do signo do Porco, para os chineses (e do Javali, para os japoneses).

Alinhada com essas boas vibrações, nossa primeira edição passeia por assuntos e pessoas que falam de realizações e sonhos, tratando de projetos de vida e de arquitetura, caminhando pelas delícias da Páscoa e investindo cada vez mais nas dicas de lazer e prazer, a cada dia mais elogiadas pelos leitores, para alegria nossa.

Como não poderia deixar de ser, as mulheres têm destaque especial neste número. Sim, este é o dia delas (nosso!), esta é uma edição que fala delas. E que é em boa parte feita por elas. Uma edição que trata de sedução, talento e inteligência, em que mulheres discutem sua atuação no mundo, algo que envolve ser, empreender, realizar.

Ao lado disso, um passeio inspirado nos leva pelas ruas da Barra Funda, bairro pleno de tradição e boemia, e que renasce agora com a força dos artistas que para lá se mudam, criando nova vida.

Novo ano, novas realizações, um tempo sem medos e sem fronteiras. E muitas ideias, por antigas e novas quadras. Comemore conosco!

Helena Montanarini

PADRINHOS

Cynthia Parodi Cutait Liliana e Lili Tuneu Vânia Assaly

MINISTÉRIO DA CIDADANIA E BRADESCO SEGUROS APRESENTAM

ATÉ 21 ABR 2019 | TERÇA A DOMINGO | JK IGUATEMI INGRESSOS NO SITE WWW.INGRESSORAPIDO.COM.BR

Apresentado por:

Produção:

Cenografia:

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Realização:

Crônica 5

Por ANDRÉ RESENDE* Foto JADE GADOTTI

Árvores fazem bem para a saúde

A experiência solitária de um homem apaixonado por sua cidade e pelo verde cria um espaço de lazer e vira exemplo a ser seguido, inserindo-se nas metas de organizações voltadas para transformar o planeta

H

élio Silva, morador da Penha, São Paulo, cansado de passar por uma das avenidas da Zona Leste e achar a paisagem horrenda, decidiu mudar o cenário.

Doze anos e dezoito mil árvores depois, o bairro tem hoje o Parque Tiquatira, com 180 espécies nativas da Mata Atlântica.

Mudar realidades é o que espera

a ONU, Organização das Nações Unidas, com os dezessete objetivos de desenvolvimento sustentável, a agenda 2030. Entre eles, boa saúde, água limpa e saneamento, e combate a alterações climáticas.

Hélio deu uma contribuição enorme ao bairro da Penha. Dá inspiração a outros bairros, como os Jardins, que têm árvores, podem ter bem mais, até o ponto de emendar com o Ibirapuera. E chegar às avenidas desarborizadas, que se emendam de um lado a outro da cidade. Diz algo de bom à cidade: seguir plantando, pois sua meta é ampliar o parque para 50 mil árvores até 2030.

Em relatório recente, a TNC, The Nature Conservancy, organização internacional voltada para a conservação da biodiversidade, aponta as árvores urbanas como indispensáveis à melhoria da saúde pública. Plantar árvores

nas cidades deve fazer parte das políticas públicas. Emerge um urbanismo que acolhe a presença de árvores na paisagem como parte de uma política de saúde pública.

Colocar mais árvores nas cidades, assegura a TNC, filtra o ar, retém água da chuva, diminui o impacto do aquecimento, aumenta a produtividade e o bem-estar, reduz a incidência doenças.

Estudos mostram que para cada dólar investido, nos Estados Unidos, em manutenção, reflorestamento e reparação de árvores nas cidades, há retorno de quase seis dólares em benefícios públicos. Cada quilômetro de árvores plantadas contribui com benefícios anuais de 1,7 milhão de reais.

Ao reduzir a poluição do ar e o aquecimento das cidades, ao diminuir as emissões de carbono e reter a água da chuva, a obra de Hélio beneficia a cidade com

menos gastos em torno de 5,1 milhões de reais por ano. Beneficia a população da Zona Leste da cidade com mais área para trafegar, mais espaço de lazer e de interação.

Levantado do sonho pelas mãos de Hélio, o Parque Tiquatira tem três quilômetros apenas. Qualquer um pode dizer assim, se olhar para o tamanho e a quantidade de meio-fio da cidade: tem três quilômetros apenas. Mas é a maior biodiversidade de São Paulo. E começou com uma pessoa tomada pela motivação de que poderia mudar aquela realidade. E mudou.

As árvores do Parque Tiquatira, parque Hélio Silva, por inspiração e mão na obra, criaram um espaço urbano de saúde pública. * ANDRÉ RESENDE é escritor e psicanalista. É autor dos romances Diasassados e Penélope Africana, e do livro de ensaios Zômis

Fotos: Divulgação; Rui Mendes

INBOX JADE Ela tem um olhar sensível e perfeito para captar detalhes. Restauradora, artista plástica e fotógrafa, foi a responsável pelos cliques das mulheres que ilustram o editorial “O que é Ser Mulher Hoje”.

CLAUDIA LIMA Jornalista, é especializada na área de entretenimento, cultura e lifestyle. Entre outras publicações, já passou pelas revistas Elle, Revista da Gol e Trip, assim como pelo UOL, onde criou o canal de gastronomia.

HELENA BOCAYUVA Formada em hotelaria, publicidade e TI, ela comanda um canal no YouTube chamado A Mulher do Drone, onde exibe filmes e fotos da cidade vista de cima. Ela fez a foto da matéria sobre o Rio Pinheiros.

ALESSANDRA LEITE É publisher da hotelnews, plataforma de conteúdo que abrange uma revista, o site www.hotelnewsonline. com.br e o blog www. hotelnewstraveller.com. br. Ela deu as dicas dos hotéis para se ficar junto da natureza.

FABRÍZIO LENCI Sócio do estúdio Vapor 324 e formado em arquitetura pela Escola da Cidade, Fabricio adora cidades e bike. E, desde criança, sempre amou desenhar. É dele a ilustração do ano do Porco, na seção Astros.

SANDRO AKEL Fundador do coletivo de arte Bijari, Sandro Akel tem um olhar bem particular sobre a cidade e as pessoas que nela moram. Ele escreveu o passeio pelo bairro da Barra Funda e desenhou o “Q” do editorial.

FRANCESCA GASTONE Arquiteta formada em Milão, morou em São Paulo, mas hoje vive em Hong Kong, onde dedica parte do tempo ao desenho.

Nesta edição, ilustrou o lindo ovo de Páscoa na matéria sobre chocolate.

LUCAS HIDEKI Nascido em São Paulo, Lucas Hideki se formou em moda pela Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Hoje, aos 25 anos, é ilustrador e designer de estampas. Sua serpente ilustra a coluna Lente.

FRANK DE OLIVEIRA Multitarefa, é jornalista, escritor, tradutor, autor dos livros Contos arcanos e Pequenos encontros com Deus. Pós-graduado em Formação de Escritores, ministra cursos e palestras sobre redação criativa.

TATI VELA Estudou história da arte, literatura, pintura e ilustração.

Por quatro anos, foi designer gráfica das icônicas revistas Visionnaire e V Magazine.

Neste número, desenhou os prédios do box “@arquitetura na quadra”.

“Caros, Muito obrigado pelo carinhoso convite. Mas... como Ziraldo bem definiu uma vez, nos idos dos anos 80, “o Boechat fala que é uma beleza; mas escreve como um torturado”.

Acredite, colega: detesto escrever. Pode parecer paradoxal para alguém que vive do que vivo há quase meio século. Ou melhor, é mesmo. Mas sofro mais que condenado quando me deparo com a página (hoje a tela) em branco.

Proponho uma saída honrosa (para mim). Você liga, conversamos sobre o assunto que nosso “Jardim Paulistano” quiser e esse papo se transforma num artigo, do tamanho e abordagem que o jornal quiser. Que tal?

Abraços, Boechat.”

Uma pequena homenagem de nossa equipe ao jornalista Ricardo Boechat, que mostra toda a sua generosidade e bom humor.

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Vida de Bairro

De volta às origens Rampas, restaurantes e mais vegetação são apenas algumas das sugestões que ciclistas, arquitetos e pessoas comuns sonham para a revitalização do rio Pinheiros

Vista aérea do rio: o nome Pinheiros foi dado por jesuítas inspirados nas araucárias – ou pinheiros-do-brasil – que havia em seu entorno

trazer vida ao rio, assim como já foi feito no Rio Tâmisa, em Londres. Em 2014, por exemplo, o artista Eduardo Sur realizou uma intervenção no local, para chamar atenção para a recuperação do rio e seus afluentes. Entre as peças havia trampolins instalados nas pontes Cidade Jardim, do Morumbi, Eusébio Matoso e Cidade Universitária, onde manequins contemplavam a paisagem. Projetos como o Viva Pinheiros tentam junto com a população criar soluções para o problema.

Porém, sem ajuda governamental, é preciso admitir que levará algum tempo para que suas águas se tornem realmente navegáveis e seu entorno possa ser mais bem aproveitado pela população.

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Frequentava o local com a família, mas parei por conta do desrespeito de alguns ciclistas que utilizam a ciclovia como pista de alta velocidade, colocando em risco outros ciclistas e crianças.

Marco Pinto, fotógrafo

Fotos: Divulgação; Helena Bocayuva

C

onhecido antigamente pelo nome Jurubatuba (lugar com muitas palmeiras jerivá, em tupi) e famoso por cortar a cidade de São Paulo, o Rio Pinheiros nasce do encontro do Rio Guarapiranga com o Rio Grande e deságua no Tietê.

Em 1500, passou a ser chamado pelos jesuítas pelo nome que conhecemos, quando estes criaram um aldeamento indígena que em seu entorno concentrava uma grande quantidade de araucárias, ou pinheiros-do-brasil. É ladeado pela Marginal Pinheiros, uma das mais importantes vias da cidade e também das mais complexas.

Além do trânsito intenso – por ali passam mais de 400 mil veículos por dia –, há um problema impossível de ignorar: a poluição, causada por dejetos de empresas e de famílias da região.

O que nos leva a outro problema: o cheiro ruim, que pode ser sentido por quem trabalha na região e pelos que usam a ciclovia que margeia o rio como opção de lazer e prática de esportes.

Ciclistas e cidadãos comuns pensam soluções para

Vida de Bairro 7

Imagine se fosse um grande parque?

Fotos: Divulgação

São Paulo é uma das cidades mais incríveis do planeta em termos de rapidez de desenvolvimento. De mudar de cara, de hábitos. E, para mim, está na hora de mudar de novo. O momento é de repensar a cidade, e o uso das bikes é um bom termômetro disso.

O Rio Pinheiros é um supercanal para a gente poder usar a mobilidade na cidade. Já temos a ciclovia que funciona bem, mas ela é apenas um trecho.

René Fernandes, As marginais são artérias que assustam e não são arquiteto nada friendly, com seus milhares de carros. Mas acho que isso tudo é reversível e acredito que, num futuro próximo, apareçam grandes projetos para o Pinheiros.

Seria muito importante descaracterizar as marginais como nosso grande centro de locomoção. Já conseguimos mudar a cara: temos trens, bikes. O próximo passo seria fazer com que a população tivesse acesso ao rio e deixá-lo maravilhoso como a Marginal do Tietê, que já está com outra cara, com flores, árvores e vegetação.

Por que, por exemplo, não estreitar um pedaço da Marginal e, a cada três quilômetros, fazer túneis de 100 metros ou até mesmo rampas com acesso direto ao rio? Imagine se o leito fosse um grande parque?

Mesmo com as marginais no meio, mas com acesso até o rio de barco, com restaurantes ao redor, gente tomando sol... Imagine se as pessoas pudessem nadar ali, como acontece em várias cidades da Europa?

Por que não aqui?

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INTEGRAÇÃO TOTAL

O projeto do arquiteto Marcello Monteiro, “Sobre o Rio Pinheiros: Estruturas e Fruição Urbana”, tem como mote a inclusão social e a criação de um ponto de conexão urbana intermodal. “A ideia é oferecer à população lazer, cultura e esporte, através de uma piscina pública flutuante, salas com Wi-Fi, museu e cinema a céu aberto”, explica.

O projeto inclui a implantação de um velódromo – hoje, quem gosta do esporte se aventura por estradas, correndo risco de acidentes. Implantado sobre o rio, não apresenta impacto no tecido urbano, mas cria uma transposição do rio, na escala dos pedestres, e possibilita à cidade receber provas de ciclismo de âmbito internacional.

O programa fará a união da ciclovia da USP à ciclovia do Largo da Batata, estabelecendo um ponto de conexão e oferecendo um sistema de trens, metrô, ônibus e bicicletas, o que contribuiria para mais pessoas deixarem os carros na garagem.

Éramos muito carentes de espaços para se exercitar. Adorei quando a ciclovia ficou pronta. É muito legal e, num dos trechos, próximo ao Parque do Povo, há uma rampa que leva direto à ciclovia e onde só se pode entrar de bike Ariane Malohlava, preparadora física da Corredeiras Assessoria Esportiva

Vida de Bairro

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Motoristas, ciclistas, pedestres e patineteiros: dá para conviver em harmonia?

A infraestrutura urbana deve ser adequada a todos os usuários da via, nesta ordem de prioridade: pedestres, ciclistas/patineteiros, usuários do transporte coletivo, motociclistas e motoristas/passageiros.

Portanto, expansão de ciclovias e ciclofaixas na cidade é fundamental, e garante a segurança de quem está sobre duas rodas. Também diminui o conflito com quem anda a pé e nos demais modos.

Porém, é necessário que sua largura seja adequada à quanHannah tidade de usuários. Isso é latente na ciclovia da Av. FaArcuschin ria Lima, onde mais de 7 mil ciclistas circulam diariamente.

Machado, Onde não há ciclovia ou ciclofaixa, o ideal é coordenadora de que bicicleta e patinete circulem na pista, jun- Patinetes, uma Desenho Urbano to com os veículos. Mas isso só é seguro onde nova alternativa de transporte que e Mobilidade da a velocidade e o volume de veículos forem bai- disputa espaço com Iniciativa outros métodos de xos. Caso contrário, ciclistas e patineteiros locomoção e às vezes Bloomberg acabam recorrendo às calçadas, onde a prefe- com os pedestres para Segurança rência é do pedestre. Nesse caso, deveGlobal no se circular bem devagar, na velocidade Trânsito de uma pessoa a pé.

Mas o que fazer quando chego ao destino? O lugar adequado para estacionar é no paraciclo, nas vagas de carros ou aquelas especiais para patinetes e bicicletas compartilhados (sinalizadas em branco e vermelho e o símbolo de uma bicicleta). Outra alternativa é parar na calçada, próximo do meio-fio e afastado da esquina. Parar o patinete ou bicicleta na chamada “faixa de serviço” – onde ficam postes, árvores, lixeiras – minimiza o conflito com a área de circulação dos pedestres.

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Pedalo mesmo com buracos, risco de atropelar capivaras e o mau cheiro. Apesar disso, já registrei espécies de aves, como garças, e bem-te-vis.

A parte positiva é o reflorestamento das margens com espécies nativas da Mata Atlântica. Meu sonho é que a região se transforme em uma área de lazer, esporte e cultura.

Por que não fazer como Copenhague e Paris e usar as margens para lazer? Os ganhos seriam mais área verde, conexão com os parques Burle Marx, do Povo e Villa-Lobos, além de lazer e redução de enchentes. Projetos de despoluição e limpeza trariam qualidade de vida.

Cristina Rappa, jornalista

Carolina Bergstein, estudante de Relações Internacionais

Renata Smulevitch, da FIT: há 30 anos na Oscar Freire, a marca aposta no casamento de arte e moda

A história da Fit, marca da estilista Renata Smulevich, começa na primeira metade dos anos 80. Jane Fonda fazia sucesso com seus vídeos de aeróbica, mas as academias ainda eram coisa rara no Brasil.

Na época, malhar com estilo era uma dificuldade, já que não existiam roupas de ginástica como hoje. “Como frequentava uma das primeiras academias do bairro, acabei tendo a ideia de criar peças bacanas tanto para homens como para mulheres”, conta ela, que, aos 21 anos, acabou se unindo ao pai e ao irmão para a empreitada.

Abriu a primeira loja em 86, no mesmo

endereço em que está até hoje. No início, a marca voltouse para o universo fitness e de lazer, e a proposta era desenvolver cores, modelagens diferentes e estampas criadas por artistas como Paulo von Poser, Alex Cerveny e Rafic Farah, entre outros. “Era uma outra época, em que cabiam esses tipos de experimentação”, lembra. O sucesso foi imediato.

Com o tempo, Renata sentiu necessidade de mudar o perfil da marca.

“Tiramos o masculino e a linha praia, e apostamos somente no feminino.

Também chamamos a estilista Carla Fincatto para desenhar, e assim

tomamos um novo fôlego”, relembra ela, fã de Rei Kawakubo, Prada e Stella McCartney.

Hoje, a Fit é um clássico paulistano, com suas peças bem cortadas, de design atemporal e matéria-prima 100% nacional.

A preocupação com a arte ainda persiste: a última coleção é inspirada na obra do artista baiano Rubem Valentim, com referências à arte negra e ao candomblé. “Foi muito bacana explorar o universo de um artista cuja arte se viu renegada na nossa história. Queremos estar atrelados à arte de todas as formas e ter algo a dizer em vez de só vender o produto.”

Fotos: Jade Gadotti; Paulo Giandalia; Divulgação

Firme, forte e antenada

Vida de Bairro 9

Ao gosto da arte Em 1968, o mundo estava em revolução e, no Brasil, os artistas tentavam caminhos para protestar e manter sua arte viva. Um dos pontos dessa ebulição cultural era a charmosa Rua Augusta, onde, no número 2161, Regina Berjuhy Bertizlian e sua irmã fundaram seu espaço – de início butique, depois galeria de arte, a qual, em vez de só vender obras, funcionava como núcleo cultural. Logo veio a livraria e com ela os cursos ministrados por professores universitários sobre filosofia, música, ópera e cinema, além de uma revista.

Uma ideia que deu certo e cujos 50 anos são celebrados agora com o lançamento de um livro comemorativo – organizado por Sérgio Gregório e com textos de Marly Vidal, Jorge Coli, Sergio Gregorio e Luiz Hideki Sakaguti – sob a forma de uma sinfonia (os capítulos são divididos em ária, prelúdio, três movimentos e um finale), um DVD e uma exposição que conta sua história.

Ao longo de 50 anos, Regina e a irmã Lúcia reuniram artistas e pensadores num misto de galeria e livraria que fez história na mítica Rua Augusta

Rua Augusta, 2161, tel.: (11) 3082-1830

Ponto de encontro

Camila Michelin gosta de reunir as pessoas em torno de coisas gostosas. E seu charmoso carrinho, Sala de Steiner, é a tradução disso. “A proposta é oferecer, num espaço informal como a rua, uma alimentação viva, saborosa e afetuosa”, diz ela, que prepara bolos, iogurtes e granola com matéria-prima orgânica.

Ficou curioso? O carrinho fica em frente ao Ed. Corujas, na Vila Madalena, de seg. a sex., das 8 h às 10h30.

Blue Day da rede Iguatemi No dia 2 de abril, os shoppings Iguatemi São Paulo e JK Iguatemi participam da ação mundial Light it Blue, acendendo luzes azuis em suas fachadas. Ao longo da semana, os empreendimentos também promovem ações que pretendem chamar atenção para a importância do diagnóstico e do tratamento precoce dos sintomas do autismo.

Shopping Iguatemi Av. Brig. Faria Lima, 2232, Jd. Paulistano Tel.: (11) 3037-7001 iguatemi.com.br

R. Natingui 442

Fotos: Jade Gadotti; Divulgação

As rainhas da vela

Branca e Rosana Monteiro: negócio de família

A história da Branca Monteiro Velas Artísticas se inicia em 1956, quando Branca Monteiro fez as primeiras velas. Aos 20 anos, já dava aulas. Mas, ao engravidar, ficou só com as encomendas. Não parou mais.

A filha, Rosana, foi pelo mesmo caminho. “Como as encomendas aumentaram, minha mãe precisou de ajuda”, lembra. Juntas, mãe e filha fizeram velas para várias gerações de famílias paulistanas. “Acompanhamos batizados, primeira comunhão, casamento e nascimentos”, conta.

Aos 83 anos, dona Branca continua ativa ao lado da filha e produzindo muito – de editoriais de revista a colaborações como as que fizeram com o paisagista Vic Meirelles e a arquiteta Luciana Tepperman.

Durante essa trajetória, alguns momentos desafiadores. “Uma vez, tivemos de produzir 1.200 velas para a Daslu Casa. Foi uma loucura, mas entregamos antes do prazo”, lembra Rosana. “Em outra ocasião, a cliente queria velas no mesmo tom de um guardanapo. Não é que conseguimos reproduzir?”. Sinal de que os 63 anos de experiência valeram a pena. @rosanamonteirovelas

Vida de Bairro

Transformando vidas e empoderando mulheres

Fabiana Saad (ao lado) e Sofia Patsch inspiram mulheres a ganhar independência e gerir sonhos

O

projeto Mulheres Positivas surgiu quando Fabiana Saad escrevia seu primeiro livro, Dicas de mulheres inspiradoras no comando de suas carreiras, dirigido a executivas de alto nível. “Durante a pesquisa, conversei com mulheres interessantes e percebi que, para a maioria delas, o que trazia prazer e realização era transformar vidas. Mais do que conseguir um cargo, bater metas ou virar presidente da empresa”, conta.

Assim nasceu Mulheres positivas, livro lançado em parceria com Fernanda Médici em que um dos pilares é mostrar que, se tiver recursos e oportunidade, a mulher consegue gerar impacto positivo na sociedade e no mundo, não importando de onde veio. O livro gerou conteúdo para uma parceria com o Estadão, junto com Sofia Patsch, em que o objetivo é apresentar experiências femininas que

possam inspirar mulheres a lutar por seus sonhos.

Num mundo em que Future is female se tornou o lema da década, a principal questão para Fabiana é mostrar como mulheres – das intelectuais àquelas que são a primeira geração da família que sabe ler e escrever – podem transformar seu entorno, independentemente de serem ricas ou não. “Quanto mais mulheres geram renda e trabalho, melhor para todos. Você melhora o PIB e a qualidade de vida, pois melhores mulheres e mães elas vão ser. Mulheres que têm independência financeira conseguem criar melhor seus filhos e consequentemente gerar pessoas melhores, em valores e princípios. E, assim, temos uma sociedade melhor a médio e longo prazo”, explica.

Além de empresária e escritora, Fabiana cuida do SOS Mulher. “Trabalhamos na prevenção de

doenças e planejamento familiar. Mas o foco é dar apoio à mulher em situações de violência doméstica e ajudar na recuperação de sua dignidade, com cursos de finanças e empreendedorismo para ajudá-la a ter independência.”

Mas como cuidar da gestão de seus sonhos em meio a tantas adversidades? “Sempre digo que elas podem fazer e ser o que quiserem. E correr atrás de seu sonho, desde que ele seja factível, além de dedicar uma parte do tempo ao trabalho comunitário”, afirma. “Faça da sua existência uma ferramenta para uma sociedade melhor. Uma mulher poderosa é aquela que é independente e feliz com ela mesma e com suas escolhas.”

#achamosegostamos

BAR CANDEEIRO Bar com alma brasileira para jogar conversa fora e provar petiscos deliciosos.

A carta de drinques tem seleção exclusiva do bartender Zulu.

R. Dr. Melo Alves, 205 Tel.: (11) 3086-4774 @barcandeeiro

CHARCO Restaurante brasileiro com influência sulista, onde tudo é preparado na brasa. O cardápio inclui carnes, peixes, frutos do mar, vegetais e embutidos.

R. Peixoto Gomide, 1494 Tel.: 3063-0360 @charcorestaurante

TOY SUSHI Superexclusivo, o misto de restaurante e balada é “filhote” do Toy Room, de Londres e com filiais em Dubai e Mikonos.

Al. Lorena, 1386 Tel.: (11) 3086-0437 @toysushi

SOLO OUTDOOR & TRAVEL Concept store especializada em acessórios e vestimentas tecnológicas para viagens de aventura.

Rua Joaquim Antunes, 359 Tel.: (11) 3530-5573 @solo

PÃO DE QUEIJO DA CIDADE Dentro da caixinha, um pedaço da história da família de dona Maria, que compartilha sua receita com os amantes da iguaria.

Tel: (11) 99865-3961 @paodequeijodacidade

RISO.E.RIA Arrozes de todos os tipos são a estrela do início ao fim do menu. Dica de sobremesa? Prove o arroz-doce brûlé de carnaroli.

R. João Cachoeira, 225 Tel.: (11) 2614-1690 @riso.e.ria

FAZEMOS PÃO Pães de fermentação lenta e natural, cafés especiais e deliciosos doces artesanais num dos cafés mais charmosos e aconchegantes da cidade.

Rua Simão Álvares, 127 @fazemospao

SOUQ A loja de moda e objetos de Traudi Guida ocupa agora um novo espaço no piso Faria Lima do Shopping Iguatemi.

Av. Brig. Faria Lima, 2232 – Piso Faria Lima @souqlovers

Fotos: Jade Gadotti; Divulgação

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Vida de Bairro 11 Albanira Ramos é figura conhecida entre os moradores do Jardim Paulistano

Amor ao bairro Albanira Ramos nasceu no Rio Grande do Norte, em 1943, e com sete anos veio para São Paulo. Aqui, foi adotada pela família

de dona Ana, que a criou com muito amor.

Anos depois, formou a sua: três filhas, um filho e catorze netos, todos

vivendo na capital, criados e, como ela diz, “com vida própria”. “Eu também nunca pedi ajuda a eles, prefiro levar uma vida independente”, conta. E se orgulha muito disso. “Moro com uma prima em Osasco.”

Albanira já trabalhou em empresas e também como cozinheira, mas há trinta anos descobriu que a reciclagem seria uma opção para seu sustento e liberdade. Aos 77 anos, percorre todos os dias as ruas do Jardim Paulistano, onde arrecada material para vender. “Depois, vou até a Vila Madalena, onde guardo minha carroça”, conta.

Com olhar profundo e atenta a tudo, é conhecida como “fofão”, apelido que ganhou nos tempos em que era mais gordinha. Figura popular na vizinhança, declara: “Fiz muitos amigos aqui. Adoro o que faço e sou muito feliz”.

Fotos: Divulgação; Jade Gadotti

#achamosegostamosbaixopinheiros

FRIDA & MINA A rua Guaicuí, ocupada pelo Pitico e Mica, ganha agora a sorveteria Frida & Mina, num espaço de 15 m².

Rua Guaicuí, 26 @fridaemina

A BOTANISTA A loja de plantas dispõe de um café que oferece almoço e brunch no fim de semana.

Rua Amaro Cavalheiro, 138 Tel.: (11) 97107-9494 @abotanista

CAXIRI.SP A casa com alma e espírito amazônicos oferece pratos com preços convidativos.

Rua Ferreira de Araújo, 1025 Tel.: (11) 3562-7696 @caxirisp

FIEL DISCOS Esse misto de loja de discos e bar oferece, além dos vinis, drinques e comidinhas.

Rua Fernão Dias, 634 Tel.: (11) 3819-3717 @fieldiscos

PURA CAFFEINA Gisele Coutinho está à frente desse delivery de cafés especiais.

Rua Ferreira de Araújo, 1071A, sobreloja @puracaffeina

CERVERBARIA Um bar e editora para conversar sobre cerveja e degustar literatura.

Rua Ferreira de Araújo, 945 cerverbaria.com.br @cerverbaria

IGUATEMI SÃO PAULO APOIA SP-ARTE

O Iguatemi São Paulo apoia e patrocina de novo um dos mais importantes eventos do mercado global de artes: a SP-Arte, que está em sua 15.a edição. O festival acontece entre os dias 3 e 7 de abril no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera Durante o evento, o shopping traz para os visitantes o Lounge Iguatemi, um ambiente plural projetado por José Marton, artista visual, designer e colecionador de arte contemporânea brasileira. O espaço foi inspirado no conceito de teatro de arena, que traz a simbologia arquitetônica de espaço público, o qual remete a arquibancadas, praças, parques e, principalmente, à mobilidade urbana.

O projeto foi idealizado para transcender a relação da SP-Arte com o Parque Ibirapuera – um dos cartões-postais da cidade – criando uma peça que extrapola as fronteiras do espaço físico. Um espaço multifuncional para receber convidados, trocar experiências sobre cultura e fazer pausas para leitura. Contará com livros e pontos para carregar equipamentos eletrônicos, abrindo possibilidades para que galeristas, artistas e os visitantes possam se conectar. Sua matéria-prima foi reutilizada de projetos passados, respeitando a postura responsável do Iguatemi com relação à sustentabilidade e ao compromisso com o meio ambiente.

Loja 77

A loja ocupa uma casa espaçosa, que expõe peças de quatro marcas autorais: Okan, de moda africana, a contemporânea Olimpia, a marca vintage de vestidos orientais Voyage e a Irrita, da estilista Rita Comparato, que privilegia o slow fashion em peças que vestem todos os tipos de corpo e de mulher. Quer mais? Além da profusão de cores e estilos, você pode levar para casa arranjos de plantas da Da Horta.

www.brennheisen.com

Loja 77 Rua Padre Carvalho, 77 Tel.: (11) 99394-7286 @77

@brennheisen

Gastronomia

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Por CLAUDIA LIMA

Ao vencedor, os tupinambos!

Tubérculo exótico, “primo” do girassol e com sabor que lembra a alcachofra, ele é gostoso e saudável

muito apreciado em várias partes do mundo, um dia perdeu espaço para a batata. Mas agora se mostra de novo um vencedor, tanto nos restaurantes europeus como em Sampa, onde está sendo descoberto por chefs atentos e gourmets espertos, não só pelo gosto especial como pelos benefícios que traz para a saúde (veja box).

Semelhanças no visual e no sabor fizeram com que o tupinambo também fosse chamado de girassol-batateiro ou, em

Ficha técnica Nome: tupinambo, girassol-batateiro, alcachofra-girassol, girassol-de-jerusalém.

Espécie: Helianthus tuberosus.

Família: Asteraceae.

OSTRAS EMPANADAS AO CREME DE TUPINAMBO Por Telma Shiraishi, do restaurante Aizomê

Para o creme de tupinambo Ingredientes 500 g de tupinambo 2 colheres de sopa de manteiga sem sal 1 cebola pequena 500 ml de dashi (pode ser substituído por caldo de legumes ou água suficiente para cobrir o tupinambo) 100 ml de creme de leite fresco Uma pitada de açúcar Sal a gosto Modo de fazer Lave bem o tupinambo esfregando com uma escova ou esponja para retirar vestígios de terra ou sujeira da casca.

Apare apenas as partes machucadas ou estragadas, conservando a casca. Corte em pedaços de 2 ou 3 cm. Descasque e pique a cebola em cubinhos.

Aqueça uma panela e derreta a manteiga sobre fogo médio. Adicione a cebola e cozinhe até que ela esteja macia e translúcida. Acrescente o tupinambo, o caldo ou água e a pitada de açúcar.

Tempere com um pouco de sal (deixe para corrigir no final). Cozinhe tudo em fogo médio por 20 a 30 minutos, até que o tupinambo esteja macio e o líquido tenha reduzido bem. Acrescente o creme e deixe ferver por mais 2 minutos. Tire do fogo e passe pelo liquidificador ou processador. Corrija o sal e reserve.

Para as ostras Ingredientes 1 dúzia de ostras médias já limpas 100 g de farinha de trigo 2 ovos 100 g de panko (farinha

japonesa para empanar) Óleo para fritura 50 g de ovas de capelin 1 tomate italiano ou momotaro maduro 1 pitada de sal 1 pitada de açúcar 1 fio de azeite Sementes de papoula para decorar (opcional) Brotos de nabo para decorar (opcional) Modo de fazer Passe as ostras pela farinha de trigo, pelos ovos batidos e por último pelo panko. Aqueça o óleo e frite as ostras empanadas até estarem douradas e sequinhas. Escorra em papel absorvente e reserve. Corte o tomate em cubinhos bem pequenos, retirando as sementes.

Tempere com uma pitada de sal, uma de açúcar e um fio de azeite.

Finalização Em um prato fundo ou tigela, coloque o creme de tupinambo aquecido no fundo e duas ou três ostras por porção. Sobre cada ostra, coloque um pouco do tomate picadinho, um pouco das ovas e os brotos de nabo. Salpique as sementes de papoula e sirva.

Chips de tupinambo Ingredientes 250 g de tupinambo Óleo para fritura Sal a gosto Modo de fazer Esfregue bem as cascas do tupinambo com uma escova ou esponja para retirar vestígios de terra ou sujeira. Apare os pontos machucados ou estragados, conservando a casca. Passe o tupinambo pelo cortador de legumes para obter fatias o mais finas possível.

Aqueça o óleo em fogo médio, não quente demais.

Coloque as fatias aos poucos, fritando lentamente e não deixando dourar demais, até que estejam bem crocantes. Escorra em papel absorvente para retirar o excesso de óleo e tempere com sal a gosto.

Aizomê Alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista Tel.: (11) 2222-1176 @aizome

Fotos: Divulgação

E

le surgiu na América do Norte, mas faz sucesso na Europa, onde aportou no início do século 17. Lá, foi chamado inicialmente de topinambour, versão afrancesada do nome da tribo brasileira dos índios Tupinambá, que foram levados para aquele continente em 1613, mesma época em que a planta se disseminou por ali, o que induziu o naturalista Lineu a fazer erroneamente essa associação.

Esse tubérculo, outrora

Portugal, de alcachofra-de-jerusalém (uma referência ao sabor, bem semelhante). O tupinambo se faz artigo raro por não se conservar muito tempo após a colheita. O verão é o seu tempo, quando produz grossos tubérculos.

Na hora de prepará-lo, basta pensar na batata: ele pode ser comido cru ou ralado – não é preciso tirar a casca, que lhe adiciona um sabor característico. Também pode ser frito, cozido, assado, ou preparado como purê.

A chef Telma Shiraishi, do Aizomê, costuma servir o ingrediente em seu restaurante. “Fatio finamente e sirvo cru mesmo, para dar crocância às saladas. Ou chips, para guarnição. O creme também é delicioso, pois o gostinho de alcachofra é muito delicado”, conta.

Um dos segredos do tupinambo é a presença da inulina, que tem o poder de tornar adocicada qualquer coisa que se beba em seguida à sua ingestão. O sabor doce também faz com que ele combine com pratos condimentados.

O melhor de tudo é que, ele tem apenas 31 calorias por 100 gramas.

Um toque: os tupinambos escurecem ao ar livre, por isso é aconselhável mergulhá-los em água com limão ou vinagre antes do preparo.

Gastronomia 13

Poderoso aliado

Sem álcool, mas com emoção!

O tupinambo (Helianthus tuberosus) é cultivado por ser um tubérculo comestível, de fácil cultivo mesmo em solos pouco férteis. É rico nas vitaminas A, B3 e C, e também tem consideráveis concentrações de minerais como ferro, potássio, magnésio, cobre e zinco.

Diferentemente da maioria dos tubérculos, o tupinambo apresenta um teor de amido quase nulo e é rico em fibras insolúveis (importantes no trataO dr. Marcelo mento da constipação intestinal) e em fibras solúGuedes é nutricionista veis, principalmente a inulina. Esta tanto atua como funcional do uma fibra probiótica (auxiliando no equilíbrio da Instituto de microbiota do intestino, ou seja, na “multiplicação” Prevenção das boas bactérias intestinais), como pode auxiliar Personalizada no controle das taxas de colesterol e na redução da Vânia Assaly glicemia pós-prandial em diabéticos.

Para se obter tais benefícios, recomenda-se seu uso cru em saladas ou adicionado sobre sopas.

Se você acha que sem álcool quer dizer sem graça, é hora de se surpreender com estas sugestões

#achamosegostamos

FOTIA Nesse restaurante de cozinha grega, a estrela é a grelha, de onde sai até a sobremesa!

Rua Padre João Manuel, 964 Tel.: (11) 2638-6174 @fotia

Fotos: Divulgação

SUSHIMAR VEGANO No primeiro restaurante oriental do gênero, os sushis são uma explosão de cores e sabores.

Al. Campinas, 1287, Jardins Tel.: (11) 3889-0497 @sushimarvegano

COCHINCHINE Neste novo vietnamita, destacam-se os dumplings, recheados com camarão e porco.

R. Haddock Lobo, 1002 Tel.: (11) 3063-0718 @cochinchine

CARLOS PIZZA Da Vila Madalena para os Jardins.

Pizzas feitas com massa de fermentação lenta no forno a lenha.

Al. Tietê, 658, Jardins Tel.: (11) 3088-0666 @carlospizza_sp

FACTORIOQUINTAL Sanduíches, pratos e drinques servidos em um charmoso quintal.

Do café da manhã à happy hour.

Rua Haddock Lobo, 1077 Tel.: (11) 3064-4712 @factoriosp

CHACHA RESTAURANTE Charlô Whately leva sua despojada delicatessen para a região dos Jardins.

R. Bela Cintra, 1425 Tel.: (11) 3064-3718 chacharestaurante.com.br

KOMBUCHA HIBISCO, GENGIBRE E PIMENTA-ROSA A bebida fermentada feita com a infusão de hibisco e extrato natural de gengibre e pimenta-rosa é gasosa na medida certa, sem sódio e de baixa caloria.

Companhia dos Fermentados ciadosfermentados.com.br.

KIRO Bebida feita da combinação de quatro ingredientes: água, gengibre, mel e vinagre de maçã.

O resultado? Um sabor adocicado, com acidez equilibrada e um belo toque de gengibre. À venda em bares, restaurantes e supermercados.

BAER MATE Parece energético e refrigerante, mas não é. Novidade no Brasil, mas muito populares na Alemanha, as bebidas à base de mate ganham o mercado nacional com o mix de chá gaseificado, suco de maçã e cafeína. À venda em bares, restaurantes e supermercados.

TÔNICA ORGÂNICA WEWI Tônicas de sabor frutado, não muito doce e com acidez na medida certa, podem ser encontradas nas versões tradicional e rosé, que ganha a coloração pela mistura com açaí.

Livres de sódio, são ótimas puras ou como base para coquetéis analcoólicos. À venda em bares, restaurantes e supermercados.

ESPUMANTE DEMI-SEC SEM ÁLCOOL Quem disse que a bebida precisa ter álcool para se fazer um brinde?

O espumante alemão à base de uvas Henkell tem sabor sofisticado e não faz feio nas comemorações.

Empório sem álcool emporiosemalcool.com.br.

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Perfis Por FRANK DE OLIVEIRA Fotos JADE GADOTTI

O que é ser mulher nos dias de hoje?

Seis mulheres diferentes, atuantes, marcantes, presentes e influentes falam do seu papel na atualidade

DENISE GOMES O retrato dela são as imagens de suas criações, realizadas pela Bossa Nova Films, empresa da qual é sócia e produtora executiva da área de entretenimento. Isso sem contar as várias séries e documentários feitos para a TV em seus quarenta anos de estrada no audiovisual, num trabalho em que ela procura valorizar a mão de obra feminina.

“Diante da pergunta, penso numa variação da frase de Che Guevara: “Há que ser dura, sem perder a ternura”.

Avançamos, conquistamos muitos direitos. Podemos escolher o que queremos ser e como atuar no mundo. Ainda somos vítimas de preconceito, mas hoje temos voz, e podemos contar com o apoio de grande parte da sociedade. Porém, muitas vezes nos distanciamos de nossa essência feminina.

O mundo precisa do feminino.”

FERNANDA YAMAMOTO Com seu estilo único, que combina processos artesanais, materiais nobres, cores e texturas com uma modelagem especial, Fernanda Yamamoto já esteve em semanas internacionais de moda, como a de Tóquio, e no evento Raiz Diseño, no Chile. Entre outros reconhecimentos, ganhou o primeiro lugar na categoria Têxtil no Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira.

“Ser mulher hoje é estar em constante transformação, é unir força e sensibilidade. É lutar por igualdade e quebrar paradigmas e preconceitos diariamente.”

CANDY Ex-aeromoça, formada em psicologia e amante de viagens, equitação, vinhos e gastronomia, a parisiense Candy, cujo verdadeiro nome é Kandia Sangaré, deixou a estabilidade de um trabalho numa empresa aérea para tentar a sorte no Brasil. Uma escolha que lhe valeu quatro anos de desafios. Hoje, ela trabalha no lugar que mais lhe lembra sua cidade natal: o restaurante Chef Rouge, onde atua como hostess.

Tudo com muita alegria e um charmoso sotaque francês.

“A mulher de hoje em dia é a pessoa que vejo a cada manhã quando olho no espelho. É a imagem que vê cada mulher deste mundo – da chef de cozinha em Paris à arquiteta em São Paulo, da executiva em Abidjan à dona de casa em Nova York – quando diante do próprio retrato. Somos todas, de nosso jeito, um modelo.”

Perfis 15

THEREZA MATARAZZO Aluna do Colégio Dante Alighieri até o clássico, Thereza Matarazzo estudou cinco anos de línguas e domina os idiomas espanhol, italiano, inglês e francês. Além disso, fez o curso de tradutor e intérprete na Alumni, onde se formou aos cinquenta anos de idade. Tem quatro filhos, adora esporte e atividades culturais. Jogou tênis até os 76 anos e depois passou para a natação, que segue até hoje. O que mais gosta na vida é viajar. E segundo as amigas, é uma ótima companheira de viagens, com “rodinhas nos pés”...

CIÇA RAINHA Desde a infância apaixonada por construção de imagens e narrativas, moda e literatura, Ciça Rainha faz de seu trabalho de headbooker fashion uma maneira de construir uma história nova na vida das modelos que passam por ela, ao mesmo tempo que dá origem a belas imagens atemporais para o mundo. Segundo ela, o que a define são palavras como verdade, integridade, vontade do novo, sede de construção. E o que a representa são mulheres guerreiras, vanguardistas, que fizeram ou fazem algum tipo de revolução futurista, humana e solidária.

“Ser mulher hoje é ter orgulho dos avanços que conquistamos até agora e ter consciência do tanto que ainda precisa ser feito em prol da nossa igualdade. É usar a nossa voz para lutarmos contra essa sociedade patriarcal.”

“Bem, ser mulher hoje e aqui é com certeza melhor do que ser mulher na Arábia Saudita. Eu gosto de ser mulher. É um prazer.

Eu faço tudo que me passa pela cabeça, quase tudo o que os homens fazem. E não trabalho. É isso aí.”

FABÍOLA KASSIM Desde a adolescência, ela já tinha uma visão pessoal sobre moda. Cedo, envolveu-se com o Mercado Mundo Mix, experiência que ficou marcada por democratizar a moda. Dali, começou a dar consultoria de marca e hoje fala para muita gente em seu blog Hypnotique, “uma concentração de assuntos, de moda e comportamento”.

“No meu momento, próxima dos cinquenta anos, sinto uma confiança que vem da maturidade, e isso me faz bem. Em termos gerais, considero que nos dias de hoje as mulheres estão mais autoconfiantes, mulheres que, em outros tempos, na sua maioria se sentiam inseguras e tinham medo de dar opiniões.”

vos de Páscoa: motivo de alegria para crianças, que adoram chocolate, assim como para muita gente grande, que encontra neles um motivo para fugir da dieta e mergulhar nas gostosuras do cacau. Mas de onde surgiu essa tradição de comer ovos e por que eles são de chocolate?

A história começa na Idade Média, quando a Igreja proibiu que ovos fossem consumidos durante a Quaresma (talvez por serem de origem animal).

Porém, como não se combinou com as galinhas, elas continuavam a botar ovos, que eram guardados, decorados – e comidos – na chegada da Páscoa.

Por volta do século 18, alguém teve a feliz ideia de esvaziá-los e enchê-los de chocolate, para marcar o final do período de jejum. Já no século

seguinte, o avanço das técnicas de fazer moldes – de cobre e ferro estanhado –, assim como da arte de lidar com o cacau, permitiu fazer ovos totalmente de chocolate.

A prática, felizmente, persiste até hoje. Tanto que vemos uma infinidade de cores, sabores e formatos de ovos: escuros, ao leite, brancos, mesclados, recheados com bolo, brigadeiro, para comer aos pedaços e de colher.

E o coelho, o que tem a ver com isso tudo? A lenda varia segundo o lugar. Na Alemanha, é um coelho branco quem traz os ovos. Nos Estados Unidos, uma lebre. Na Suíça, um cuco. Mas, seja quem for o portador, o importante é que os ovos cheguem e que possamos degustá-los com muito prazer e – quase – sem culpa.

Ilustração: Atelier Fyumi

O

Tentação de chocolate

Caminhada

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Por SANDRO AKEL

Barra Funda, o charme de uma fênix

Por uns tempos esquecida, a região da Barra Funda se renova, transformando-se em polo de atração de artistas e artesões, assim como dos que procuram seus ótimos bares e restaurantes. O também artista Sandro Akel nos conta aqui um pouco da história e dos segredos desse bairro tão especial

Fotos: Sandro Akel; Divulgação

V

im para a Barra Funda a convite do grande amigo, artista e cenógrafo Zé Carratu. Ocupei então um andar em um prédio da década de 30, que pertence à Cúria Metropolitana, originalmente construído para ser uma escola e espaço de catequese voltado para a comunidade local, e que abrigaria cursos diversos e entretenimento, junto com um cinema, que desmoronou há cerca de uma década. Quem o construiu foi o homem que dá nome à rua, o cônego Vicente Miguel Marino.

Nessa área, e com essa energia, o prédio se renovou e hoje abriga fotógrafos, designers, videomakers, e artistas, entre eles o designer Marton, o fotógrafo Rui Mendes, o Studio Curva, do artista audiovisual Arthur Carratu.

Não distante e associado à minha história como fundador do grupo de artistas Bijari, fica outro videoartista e produtor, Alexis, criador da Visual Farm, e o designer e marceneiro consagrado Rodrigo Silveira, cuja rede de influências trouxe para o bairro vários outros da mesma área, como os designers e marceneiros Alexandre Kissajkian e Leon Ades, a fábrica de vinil chamada Vinil Brasil, o Lab 74, dentre outros nesses segmentos.

Aos poucos, essa área industrial e ferroviária ganhou novos rostos e atitudes, sem perder a essência do empreendedorismo e do chão de fábrica. Um bairro com vários contrastes do antigo com o novo, em que a gentrificação está dando de frente com a renovação dos frequentadores, um lugar de calçadas e ruas largas, ciclovias e imóveis que há até pouco tempo eram vazios e aos poucos são ocupados por artistas de todas as áreas e moradores em busca do loft original.

Andando sem esforço, encontramos o Komah, restaurante coreano, que o festejado chefe Paulo Shin leva na simplicidade e com

DESCUBRA A BARRA FUNDA Theatro São Pedro A arquitetura é uma atração nessa casa que abriga a dança clássica.

Rua Barra Funda, 171 A Dama e os Vagabundos Bar O rock comanda, acompanhado da costelinha de porco macia.

Rua Souza Lima, 43

Sandro Akel trabalha a poética do espaço urbano, a individualidade e o distanciamento de cada ser humano imerso na grandeza da cidade. Sua casa é um dos exemplo de loft do bairro, cheia de vida e espaço.

Alquimia Rotisseria e Restaurante O jeitão é de interior, com comidas italianas e alemãs, para degustar.

Rua Souza Lima, 174 Estádio de beisebol Local oficial para a prática do esporte, foi inaugurado em 1958.

Av. Pres. Castelo Branco, 5446

Lugar de artistas e artesãos, o bairro abriga ateliês como o dos designers e marceneiros Alexandre e Leon.

E se destaca também por ótimos restaurantes, como o Komah

o requinte que a região merece, o restaurante Capivara, o A Dama e os Vagabundos Bar, o Alquimia Rotisseria e Restaurante, e o Vietnamita Pho.366. Sem contar, o restaurante que fica na lendária fábrica da Laticínios Catupiry e o peruano Quinoa.

Próximo também encontramos os espaços de esportes radicais, frequentados por atletas de parkour, ciclistas de freestyle e skatistas, ao lado do único campo de beisebol oficial de São Paulo, o Estádio Municipal Mie Nishi.

Colégio Boni Consilli O visual data de 1937. O arquiteto é Luigi Pucci, o mesmo do Museu do Ipiranga.

Alameda Barão de Limeira, 1379 Oficina Cultural Casa Mário de Andrade A casa do poeta modernista virou lugar de criação de poesia.

R. Lopes Chaves, 546 Um CoffeCo. Lugar para curtir o prazer do café de ponta a ponta.

R. Júlio Conceição, 553 A Baianeira O conforto mediano é compensado pela comida, gostosa e pela qualidade R. Dona Elisa, 117

Arquitetura/Estilo 18

Fotos NELSON KON

Luz e leveza

Nesta casa no Jardim Paulistano, projetada pelo escritório Andrade Morettin, a ideia foi valorizar a relação entre as áreas construídas e o jardim sem esquecer os espaços de lazer. O resultado alia sofisticação e conforto

A estrutura composta de vigas de aço enfatiza a continuidade entre o jardim e as áreas de convivência.

Como resultado desse desenho, a casa parece pairar sobre o jardim. Na construção, perfis de aço, painéis de madeira e outros elementos pré-fabricados contribuem para suavizar visualmente o projeto arquitetônico

Arquitetura/Estilo 19

Equipe afiada

Fotos: Divulgação;Iilustração Tati Vela

Como é o processo criativo ao começar um projeto?

Na verdade, é coletivo.

Somos quatro sócios e uma equipe de arquitetos que também participa. Organizamos uma conversa entre nós e o cliente, para entender seus anseios. A partir daí, visitamos o local e com base nisso criamos o projeto.

Os Jardins têm características que os inspiram?

Como a cidade, é um bairro que vem se adaptando a um estilo contemporâneo. Adotamos um conceito mais amplo de Jardins, que vai até a encosta da Paulista e a região da baixada, que é um patrimônio paisagístico.

Essa completude forma um bairro agradável, com bons espaços, uso

Inspirada

Da esq. para a dir.: Vinícius Andrade, Renata Andrulis, Marcelo Morettin e Marcelo Maia Rosa

misto e boa circulação de pessoas.

Acabamos de concluir nosso primeiro edifício no bairro, o Autem, para a Idea!Zarvos. É um projeto que busca se integrar ao bairro, com apartamentos amplos, abertos, e uma vista linda.

Como define o estilo da Andrade Morettin?

Nossos projetos refletem nossos valores: são abertos, integrados à cidade. A arquitetura só faz sentido quando usada, não como escultura. Em relação à forma, usamos estruturas leves, que sejam mais um espaço para as vontades do que uma simples construção.

Conhecida pelo bom gosto e por criar tendências como designer de interiores, Neza César lança na feira ABUP Home & Gift sua primeira linha de produtos de decoração, em parceria com a Decortrico, marca especializada em peças de tricô. A inspiração para a coleção foi a natureza orgânica, unida ao geométrico moderno. “Fazer essa coleção está sendo uma experiência deliciosa, marcada pela alegria e ousadia. É um momento profissional decisivo, após dois anos morando no topo da montanha,

acordando com o sol nascendo e vivendo conectada com a natureza selvagem. Eu me sinto livre e só posso dizer que a coleção com a Decortrico está um absurdo de linda”, conta. @nezacesar @decortrico

Cores e estampas são a marca registrada da decoradora Neza César

#arquiteturanaquadra

Rua Cristiano Viana, Pinheiros

Al. Franca, Cerqueira César

Rua Francisco Leitão, Pinheiros

Antena

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Por HELENA MONTANARINI Joalheria Casa Castro Brinco de turquesa iraniana esculpida à mão e cravejada de diamantes. @joalheriacasacastro

Gucci Bolsa clássica estruturada de píton natural.

Shopping Iguatemi JK

CHARME ANIMAL

Depois das onças e tigres, chegou a vez de as cobras darem o tom da estação em texturas e estampas modernas e sofisticadas Ellus Bolsa míni em formato “saco”.

Rua Oscar Freire, 990 @ellusjeansdeluxo Osklen Bolsa tiracolo estilo pochete feita de couro reciclado de pele de pirarucu, projeto da marca em parceria com o @institutoe. A iniciativa é pioneira no desenvolvimento humano sustentável e de incentivo às práticas socioambientais.

Shopping Iguatemi @osklen

YSL Bota cano longo de píton.

Shopping Iguatemi Fillity Calça skinny de elastano.

Shopping Iguatemi @fillity

Corello Scarpin estilo chanel de couro estampado. @corello

Dpot Objeto Cobra decorativa de madeira pintada. @dpotobjeto

Fiever Tênis flatform de amarrar. @fiever

Boteh Tapete feito com lã e seda. @bottehtapetes

Schutz Sandália de píton neon e salto cristal. @schutzoficial

Amaro Cinto western cobra. @amaro

John John Denin Tênis flatform slip on.

Rua Oscar Freire, 789 @johnjohndenin

Fotos: Divulgação; Ilustração Lucas Hideki

Lenny Niemeyer Biquíni tomara que caia em modelagem clássica. @lennyniemeyer

UM A E X PERIÊNCI A ÚNICA A . N I E M E Y E R · A L E X A N D R E B I R M A N · C O N F E I TA R I A D A M A · C R I S B A R R O S · D I A N E V O N F U R S T E N B E R G DO LC E & G A B B A N A · P I Ù R E S TA U R A N T E · P O LO R A L P H L A U R E N · T I F FA N Y & C O. · Z A R A H O M E E M UITO M A IS iguatemisp.com.br

Cultura/Artes

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Por FRANK DE OLIVEIRA

Caldeirão das artes

Temporada de shows e exposições traz diversão para toda a família EVENTOS DO BIMESTRE

Vendedora de Flores, obra da artista Djanira da Motta e Silva

O feminino faz arte Mickey, 90 anos e ainda jovem Inaugurada em janeiro no Shopping JK Iguatemi, a “Exposição Mickey 90 anos” celebra a história do ratinho mais famoso do mundo. Em cartaz até 21 de abril, essa mostra interativa (a primeira no país em homenagem ao Mickey) tem 840 metros quadrados e 12 ambientes, além de uma loja.

A magia começa em um túnel do tempo com as evoluções do personagem, seguindo para uma réplica dos estúdios de Walt Disney, com mesas de luz e flipbooks para o público interagir e entender os princípios da animação. Os visitantes encontrarão também o barco de Steamboat Willie, curta-metragem que marcou a estreia de Mickey no cinema, em 1928. Há ainda a área de A Casa do Mickey Mouse, desenho animado do canal Disney Junior, e o cenário do Clube do Mickey – primeira série de televisão da Disney, lançada em 1955. Ao final, o visitante tem acesso a uma loja com produtos licenciados pela ONG Orientavida.

Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, 3° piso. De seg. a sexta: das 13h30 às 21 h, sáb.: das 10 h às 21 h, dom. e feriados: das 11 h às 20 h

Em 2019, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) alterna exibições de obras produzidas por mulheres no ciclo “Histórias das Mulheres, Histórias Feministas”. Mostras de Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi e Anna Bella Geiger, entre outras, se sucedem e, ao final, há uma coletiva internacional. A primeira exposição, de Djanira da Motta e Silva, fica em cartaz até 19 de maio.

Av. Paulista, 1578.

Quarta a dom., das 10 h às 18 h; terças, das 10 h às 20h

Nova York é aqui Famoso por receber shows de astros do jazz, blues e R&B, o Blue Note NY se instala agora no Conjunto Nacional, com atmosfera intimista e acústica que agrada aos ouvidos exigentes.

Destacam-se também a gastronomia, com menu da chef Daniela França Pinto celebrando os anos 70, e um serviço de bar refinado.

Azymuth, Ed Motta e Hermeto Paschoal se apresentam em março, e Yamandu Costa, Cesar Camargo Mariano, João Donato e Jesuton mostram sua arte em abril.

Av. Paulista, 2073, 2o andar

Hebe Camargo, graça e poder A exposição “Hebe Eterna”, exibida no Farol Santander, abre para o público no dia 19 e fica em cartaz até 2 de junho.

Mais do que falar da atriz e apresentadora, a mostra – interativa – faz uma caminhada pela história da TV brasileira.

Em 11 ambientes, o público verá vestidos, joias, fotos e vídeos raros, e seu lado religioso, além de outras curiosidades.

Farol Santander Rua João Brícola, 24.

Terça a sáb., 9 h/20 h; dom., 9 h/19 h. R$ 20

Bom pra cachorro Segue até 7 de abril a mostra “Architecture for Dogs: Arquitetura para Cães”, na Japan House São Paulo. Com curadoria do designer japonês Kenya Hara, a exposição apresenta irreverentes e conceituais casas de cachorro, em um exercício de escala que leva em conta as relações da sociedade com seus bichos de estimação.

Japan House Av. Paulista, 52, Bela Vista

Fotos: Divulgação

Mostra interativa celebra os 90 anos do ratinho mais famoso do mundo

Turismo 23

Cinco hotéis estrelados no Brasil para se reconectar com a natureza Por ALESSANDRA LEITE

RESERVA DO IBITIPOCA LIMA DUARTE (MG) Um projeto consciente de proteção do ecossistema da região que traz a essência mineira e a simplicidade rural nas experiências que disponibiliza para se conectar com a natureza. @reservadoibitipoca

JAGUARIBE LODGE – FORTIM (CE) Construído sobre palafitas onde o Rio Jaguaribe encontra o mar, o empreendimento recém-aberto já se tornou o paraíso para os praticantes de kitesurf. @jaguaribelodge

KA BRU BEACH BOUTIQUE HOTEL BARRA GRANDE (BA) A arquitetura contemporânea, aliada ao clima baiano da Península de Maraú, convida os hóspedes a curtirem momentos de puro relaxamento. @kabrubrazil

FAZENDA SANTA VITÓRIA QUELUZ (SP) Em meio à Serra da Mantiqueira, a fazenda centenária oferece atividades para a família e culinária com gostinho brasileiro. @fazendasantavitoria

CRISTALINO LODGE ALTA FLORESTA (MT) Em uma área amazônica de importante biodiversidade, o Cristalino é um dos destinos para se sentir a exuberância da floresta. @cristalinolodge

Fotos: Divulgação; @giacomo_m_perotti

Em Florença, a sedução da moda Em janeiro, fomos à Pitti Uomo, maior feira de moda masculina de Florença, na Itália. Localizada num antigo forte, a Fortezza de Basso, está em sua 92ª edição.

A feira não só traz marcas e tendências como promove uma pesquisa do estilo de vida contemporâneo. É também uma plataforma para coleções e acessórios masculinos e de lançamento de novos projetos e negócios no segmento. Durante a Pitti, a cidade toda é tomada por esse clima fashion, com eventos culturais e gastronômicos.

Na próxima edição, traremos dicas de Florença.

A Pitti Uomo, em Florença, é uma das maiores feiras de tendência de moda masculina do mundo

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Viver Bem Por CLAUDIA LIMA

Comer bem para viver bem pessoal, nos cosméticos, nos aditivos alimentares, no mar, nos agrotóxicos usados na nossa agricultura, na fumaça que carros, ônibus e caminhões liberam a todo instante nas ruas, nas estradas e em muitos outros locais.

Mediante tal fato, nosso corpo precisa de novos ajustes de faxina e na defesa (reações antioxidantes, de desinflamação e de desintoxicação), e para isso podemos contar com muitas enzimas produzidas A dra. Vânia por ele que fazem esse processo e com o auxílio de Assaly é médica muitos nutrientes e substâncias químicas (fitoquí- endocrinologista e nutróloga. micos) extraídos da natureza.

Para dar suporte ao organismo a fim de que ele Atua na área possa desempenhar com eficiência seus mecanis- de medicina mos de defesa e equilíbrio, contamos com um imen- funcional e so arsenal de nutrientes, que podem ser encontrados preventiva principalmente nas frutas, verduras, legumes, ervas naturais e especiarias. O grande segredo é saber fazer a distribuição desses alimentos na sua rotina diária para ter uma saúde plena.

• Frutas: deve-se ingerir em média três delas ao dia, variando suas colorações.

• Verduras e legumes: é importante ingerir no almoço e no jantar.

• Chás: pode-se ingeri-los uma a três vezes ao dia, mas é importante a especificidade do uso da erva para cada objetivo ou diagnóstico.

• Especiarias: fundamentais na prevenção (e até no tratamento de muitas doenças da modernidade). Podem ser usadas em chás, saladas, preparações quentes, sopas, smoothies e sucos variados.

V

ivemos há alguns anos vencendo desafios e nossos genes evoluem a cada dia por meio de uma inteligente relação com o ambiente. Da falta de alimento aos excessos de hoje e à ocidentalização da alimentação da era industrial, tivemos um trabalho enorme na luta pela sobrevivência.

Nesse caminho, houve nutrientes extraídos da natureza, bactérias amigas e inimigas. Fungos e vírus foram colocados em contato com nosso corpo, graças a que, por uma magia da inteligência biológica, pudemos estar aqui, escrevendo e lendo informações sobre a saúde humana.

E qual será nosso grande desafio de hoje, vivendo em um ambiente infestado de toxinas químicas (chamadas de xenobióticos)? Elas podem estar em muitos lugares: nos produtos de higiene doméstica e

Frescor tipicamente brasileiro As velas da coleção Biomas, da marca House of Freyja, são inspiradas nos biomas brasileiros - Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia, Mata Atlântica e Pampa. As notas que regem a fragrância Cerrado têm cheirinho de ipê-amarelo, frutas tropicais e madeira branca. @houseoffreyja

REVITALIZANTE Máscara de Leite de Amêndoas do Mediterrâneo com Aveia –100% vegetariana e esfoliante, é indicada para peles sensíveis.

Body Shop Shopping JK Iguatemi, piso 2

ANTI-AGE Masque Crème à la Rose Noire – Sisley – Com poder hidratante e rica em ativos anti-idade, ajuda a redefinir os contornos da pele ressecada, além de revitalizar e suavizar. @sisleyparisbrasil

DETOX Máscara de Argila – Simple Organic A argila auxilia na cicatrização, tem ação anti-inflamatória e desintoxicante. Previne o estresse e renova todos os tipos de pele. @simpleorganic

CLAREADORA Multi Vitamin C Mask – Too Cool For School – Combate os radicais livres, melhora a luminosidade, elimina manchas e clareia pele.

Sephora - Shopping Pátio Higienópolis - Piso Vilaboim

Fotos: Divulgação

#Máscaras para tudo – e para todos os tipos de pele

Lente 25

aQuadra pelo mundo Nelson Biondi e Charlô Whately

aQuadra registrou o estilo “dia e noite” de gente que mora, trabalha ou circula pelas ruas e pelos eventos da cidade de São Paulo

Guilherme Simões de Assis

Norea de Brito

Ana Cardinale Roberto Ruta e Lisa Chiari

Catharina Florence

Gui Deucher

Hans Scheller

Helena Baribero

Tim Nick, da Tecelagem Albini Nathalie Klein

Cenas de paparazzi na vizinhança

Anita e Eduardo Meltzer

Mai Carvalho e Nelson Biondi

Sig Bergamin

Beppe Angiolini, da loja Sugar em Arezzo

Glória Líon

Morena Leite

Charlô Whately e Tuca Reinés

Fotos: Paulo Giandalia; Divulgação

Juliana Stein

Patrícia Barros

Stela Sumaga e Cláudio Magalhães

Tereza Fittipaldi e Ucho de Carvalho

Miuccia Prada e Joel Edgerton

Astros

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Por VALDERSON DE SOUZA Ilustração FABRIZIO LENCI, VAPOR 324

Astral do ano do Porco da Terra / Javali da Terra

Publisher e diretora de redação Helena Montanarini Diretora de arte Mabel Böger Editora convidada Claudia Lima

Colaboradores

Claudia Fidelis (tratamento de imagens), Frank de Oliveira (redator), Jade Gadotti, Paulo Giandalia, Valderson de Souza, Trisco Comunicação (revisão) Jornalista responsável Claudia Lima (MTb 34 278)

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Adriana Gorni comercial@jornalaquadra.com.br

WhatsApp: (11) 94544-0062 Financeiro Sônia Regina Carboni srcarboni@carbonifinanceiro.com.br CTP, impressão e acabamento Gráfica LogPrint www.logprint.com.br

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om a lua nova de Aquário, começou o ano do Porco para os chineses e do Javali para os japoneses. Ele finaliza o ciclo de doze anos e, assim, será marcado pela fartura e benevolência. Começa um tempo de boa vontade para as pessoas e para os negócios.

Neste ano, a vida deverá ser vivida com total intensidade, tudo será levado até o fim e com muitas extravagâncias e exageros. Fiquem atentos, pois não será um período para gastar muito ou fazer grandes investimentos, caso contrário os arrependimentos virão com certeza. É tempo de desfrutar da segurança e ficar contente com as conquistas conseguidas. Os obstáculos serão pequenos e de fácil solução, mas fiquem espertos para não serem logrados pelos outros. Aliás, tomem muito cuidado com os excessos de toda ordem, senão a vida ficará pesada, inclusive seu corpo, e não adiantará entrar em dietas e programas de emagrecimento.

O ideal será buscar a calma e a compreensão, e assim ter paciência com os amigos e com as visitas que movimentarão sua casa e sua vida ao longo de todo o ano.

A sensualidade será alta, e o mundo afetivo passará por muitas transformações, pois está no tempo de todos aprenderem a dizer não para o negativo e sim para o positivo.

O Porco acredita em milagres, e assim milagres irão acontecer para todos, bastará ter fé...

Cor: azul, verde-pálido Aroma: alfazema Flor: giesta Chá: hibisco

O jornal aQuadra é uma publicação bimestral da Montanarini Consultoria Editorial Ltda. - ME Rua Francisco Leitão, 653, 2o andar, conj. 22, CEP 05414-025, Pinheiros, São Paulo, SP, tel.: (11) 3898-3036 CNPJ.: 57.473.407/0001-53

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Bancas: da Joaquim Antunes com Sampaio Vidal, do Colégio Saint Paul’s, banca da Oscar Freire com Bela Cintra, Café Suplicy e Le Pain Quotidien

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21/02/19 21:16

A Tishman Speyer traz uma nova Alameda para o Jardins UM PROJE TO IN OVAD O R A SSINAD O PELO REN O MAD O ESCRITÓ RI O D E ARQUITE T UR A AF L ALO/GASPERINI, DESIGN DE INTERIORES P OR CARLOS ROSSI, E PAISAGISMO

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Imagem ilustrativa do rooftop. Material preliminar, sujeito a alteração.

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REALIZAÇÃO E INCORPORAÇÃO

Memorial de incorporação do empreendimento registrado em 24/08/2018, sob o R.2, na matrícula nº 101.314, do 13º Cart. de Registro de Imóveis de São Paulo. Todas as imagens e perspectivas contidas neste material são meramente ilustrativas, podendo sofrer alterações, inclusive quanto à forma, cor, textura e tamanho. As vistas são referências e fotomontagens. As unidades e áreas comuns serão entregues conforme as especificações constantes do memorial de incorporação, que prevalecerá em caso de conflito com qualquer outro material ou informação relativa ao empreendimento. Endereço do empreendimento: Av. Rebouças, 1.145. LPS São Paulo - Consultoria de Imóveis Ltda. - R. Estados Unidos, 1.971 - Jd América - São Paulo-SP - CEP 01427-002 Tel.: 11 3067-0000 - www.lopes.com.br - CNPJ 15.673.605/0001-10 - CRECI/SP 24.073-J.