Jornal A Quadra - Jardins – edição 11

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aQuadra

O JORNAL DOS JARDINS E DOS ARREDORES

VIDA DE BAIRRO

CRÔNICA

DESIGN

URBANISMO

GASTRONOMIA

CULTURA

VIAGEM

ESTILO

D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA - M A I O / J U N H O 2 0 1 9 - N O 1 1

Banco dos Irmãos Campana é destaque na semana de design em Milão

Declaração de amor às árvores: prevenção e cuidado evitam a queda

A casa modernista onde morou o arquiteto João Batista Vilanova Artigas, no Campo Belo, abre as portas para o público, com café, coworking e... muito charme

Mães de muitos filhos contam como conciliar maternidade e vida profissional

O caqui, a fruta da estação, vira um doce fácil, rápido e sob medida para o outono




EDITORIAL

A

Helena Montanarini

PADRINHOS

Cynthia Parodi Cutait Liliana e Lili Tuneu Vânia Assaly

Foto: Jade Gadotti; Fotos de capa: Felippe Segall; Paulo Giandalia; Drausio Tuzzolo; Divulgação

Nosso Q, decorado com sementes, promete florescer. A Ecoarts é a união de pessoas sementes que atuam na sustentabilidade da Floresta Amazônica integrando ecologia, cultura e arte. Suas iniciativas apresentam um olhar contemporâneo e ancestral sobre as florestas brasileiras unindo luxo e saber popular, exclusividade e inclusão, elegância e simplicidade. A Ecoarts é a semente da mudança. ecoarts.org.br

cada número, eu e minha equipe sentamos para conversar sobre a pauta. É quando colocamos todas as ideias em cima da mesa, e sempre nos surpreendemos com a quantidade de assuntos legais que surgem. São pessoas, eventos, lugares e projetos que nos encantam. O coração da equipe pulsa, descobrimos novidades e trocamos experiências, sem abrir mão do nosso propósito de valorizar nosso bairro, nossos vizinhos, nossa cidade, mesmo que nem sempre seja assim tão simples. A inspiração está nas ruas e no olhar atento de todos nós e dos nossos leitores, que nos enviam deliciosas sugestões. Ainda falando de coração, começamos esta edição homenageando mães que contam como conciliam trabalho e filhos, e, seguindo a brisa do Dia dos Namorados, publicamos selfies de casais eternamente apaixonados. Abrimos um sorriso largo para contar que estamos a todo vapor produzindo aQuadra Rio, reforçando nosso amor e encantamento pela cidade, e criamos a nossa ponte aérea, com pessoas que transitam entre as duas cidades e escolheram São Paulo para viver. Aliás, Higienópolis, nossa quadra parceira, também está aqui nesta edição, com o arquiteto Fábio Penteado, que completaria agora 90 anos, e a atriz Carolina Ferraz, uma ilustre moradora, cada vez mais envolvida com o bairro.


Crônica 5

Por JORGE FORBES* Foto JADE GADOTTI

A assustadora felicidade

Coragem, solidão, crise de identidade e tudo o mais que envolve a tal e tão sonhada – e temida – felicidade

F

ugindo totalmente à minha prática psicanalítica costumeira, atendendo a um pedido especial do presidente do clube, lá estava eu em um pequeno auditório do Centro de Treinamento de uma das mais importantes equipes de futebol do mundo, com alguns campeonatos mundiais no currículo. O público se dividia em três castas muito bem repartidas na disposição da sala: na parte da frente, os jogadores titulares e reservas; no meio, a equipe técnica, os médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos e, claro, o técnico e seus auxiliares. Finalmente, na parte de cima, sentavam o presidente e os diretores. Filas vazias entre os grupos aumentavam a impressão de hierarquia e rigidez. Tinha sido chamado para debelar uma crise emocional de aberta agressividade que, como um vírus, estava contaminando todos. O diagnóstico que me foi passado era de que a falta de bons resultados estava impedindo um clima cordial e feliz. Conhecendo o histórico do elenco e tendo conversado aleatoriamente com alguns antes daquela reunião, apostei no avesso do diagnóstico dado. Entendi que o problema não era um clima ruim que impedia o sucesso, mas exatamente o contrário, que o sucesso é que gerava o clima ruim. Poderia estar à frente de mais um caso de tristeza de ser feliz. Fui ao quadro branco e escrevi três palavras: Sucesso, Destaque e Êxito, dizendo aos jogadores que parecia ser isso o que eles não conseguiam alcançar. Todos concordaram, menos eu, lhes propondo notar que o problema não era alcançar e, sim, suportar. Suportar o sucesso é coisa muito difícil, vejo isso em meu consultório todos os dias. Quando você sofre, sempre ouve do outro um “eu também”. O sofrimento é solidário. Já quando você tem êxi-

to, não existe um “eu também”, não se trata de um sentimento solidário, mas solitário. Perguntei aos atletas se eles conheciam a etimologia daquelas três palavras. Sucesso vem de su-ceder, de cair. Destacar vem de largar a estaca, de ficar solto. Êxito é o mais comum, eles logo me responderam: é sair fora. Veja que interessante: quando você consegue o que deseja, quando você tem sucesso, você cai fora do grupo, você perde as estacas referenciais, você fica só. E, ao ficar fora do grupo, da comunidade, da família, do time, você tem uma crise de identidade, uma vez que a identidade humana se constitui no espelho do outro. O mais banal exemplo é o nome de cada

um. Nossos nomes trazem toda uma história que nos ultrapassa, mas sem a qual não nos reconheceríamos. Crise de identidade, portanto. A pessoa se pergunta, duvidando de si, se foi mesmo ela a autora daquele evento. Chora, agradece a Deus, desmaia, fica atônita, ri sozinha, se belisca. Quando isso persiste, não aguentando a angústia de despersonalização causada pela súbita alegria, ela pode procurar a loja das identidades prêt-à-porter, a loja das máscaras, e sair de lá vestida com uma. Daí se dizer, por exemplo, que tal jogador ficou mascarado. Não é só jogador de futebol que fica mascarado, basta olharmos à nossa volta, mas a velocidade e força com que eles são destacados de seus

grupos de origem é bem acima da média, precipitando a construção de identidades alegóricas. Buscando impedir esses momentos de felicidade única e singular – que a muitos assusta –, assim como nos “proteger” deles, surgem os livros de “autoajuda”, cheios de ensinamentos malfadados de psicologia positiva, pasteurizados e óbvios, prometendo alcançar a felicidade em cinco, sete ou dez lições. São os números mágicos. Para começar, quem quiser ler um livro de autoajuda, escreva-o, pois se foi outra pessoa quem escreveu já não é mais autoajuda, é “heteroajuda”. Depois – para ficar na crítica respeitável –, todos se baseiam na tão repetitiva “qualidade de vida”. Que coisa mais chata essa tal de qualidade de vida. Quem disse que a vida no campo tem mais qualidade de vida que na cidade? Com que balança comparamos a cachoeira e o ar puro com os espetáculos culturais, o trabalho e o prazer das multidões? Melhor que a qualidade de vida que supõe haver uma definição universal do que é bom ou ruim, bem melhor é estabelecer a “vida qualificada”. Vida qualificada não é universal, não propõe o mesmo bem para todos, ao contrário, exige que cada um se responsabilize por suas escolhas, pela forma pessoal com que dá qualidade à sua vida, com que constrói um estilo. Viver, e por momentos ser feliz, dá um trabalho danado, sendo necessária coragem para suportar o sucesso, vencendo a angústia paranoica que vem junto. P. S.: Aquele time teve êxito, ganhou o campeonato.

* JORGE FORBES é médico psiquiatra e psicanalista, especializado em Jacques Lacan.


Vida de Bairro

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Nossas árvores não precisam cair Moradores e especialistas afirmam que a queda pode ser evitada com prevenção e manutenção adequada

E

m uma cidade como São Paulo, a equação tempestade, ventos, raios, relâmpagos e enchentes é quase sempre certa. E um problema intrínseco aos fortes temporais – que em 2019 têm sido muito frequentes – é a queda de árvores, ainda mais comum em bairros antigos, como os Jardins, Pinheiros e Vila Madalena. A arquiteta e urbanista, ativista da mobilidade ativa (andar a pé) e responsável pelo blog Pé de Igualdade Meli Malatesta explica, porém, que a queda de uma árvore muitas vezes é apenas o desfecho de uma situação que começa bem antes, e que causa transtornos, e até tragédias, muito antes de a árvore chegar a cair. “O que chama a atenção é a queda da árvore pelo forte impacto no trânsito, os transtornos e os danos morais e financeiros que ela pode causar. Mas, muitas vezes, uma sucessão de erros e negligências culminou na queda, como a escolha de espécies de árvores impróprias para serem plantadas em calçadas, podas feitas de maneira equivocada, falta de manutenção e de cuidado de árvores doentes, com parasitas e pragas, e por aí vai”, explica

a urbanista, que trabalhou por 35 anos na área de mobilidade ativa da CET. Esses e outros descuidos fazem com que as raízes de muitas dessas árvores, já mais velhas e sem manutenção adequada, cresçam a ponto de romper a calçada, impedindo a passagem de pedestres, que ficam expostos a quedas e graves acidentes ao usarem a rua para caminhar. Apesar desses transtornos ainda muito frequentes em bairros como os Jardins, Meli ressalta que nos últimos anos os órgãos responsáveis têm se mostrado mais atentos a essas questões, escolhendo, por exemplo, árvores mais adequadas ao plantio em áreas urbanas de grande circulação de pessoas. Afinal, o problema definitivamente não são as árvores, e sim a falta de cuidado e de manutenção correta. “É fundamental ressaltar que as árvores em uma cidade são de extrema importância. Elas purificam o ar, ajudam a regular a temperatura, geram sombra, entre tantos outros benefícios. A queda das árvores é apenas uma resposta da natureza à falta de cuidados, que começa bem antes disso”, afirma.

OPINIÃO: O QUE DIZ UMA PAISAGISTA E MORADORA DO BAIRRO

Para aQuadra, a paisagista Viviane Bogari fala sobre o assunto que ela conhece bem. Como paisagista, como você encara o problema da queda das árvores no bairro? Era mais que previsto isso acontecer. Espécies inadequadas, podas irregulares, assim como a baixa permeabilidade do solo acabam fazendo com que as árvores apodreçam. Outro problema são os moradores contrários à remoção de árvores condenadas. Quais espécies de árvore são mais indicadas para serem plantadas nas calçadas da cidade? Há uma lista enorme de espécies adequadas. Eu ainda sonho com o plantio de frutíferas... Que providências ajudariam a diminuir ou prevenir o problema da queda de árvores? A troca rápida e imediata por espécies adequadas de todas as árvores comprometidas seria um importante legado para as próximas gerações. A permeabilidade dos passeios (o que poderia ser feito por cada morador referente a sua parte da calçada) e – com ousadia e futurismo – a substituição do asfalto por um piso permeável.

aspas A árvore (na foto pequena) que tínhamos em frente à nossa casa ilustra bem o problema. Embora ela se mostrasse inclinada havia muitos anos, especialistas da prefeitura nos garantiram que estava saudável. Ainda assim, pedimos que tomassem providências, e nada foi feito. Nesse meiotempo, descobrimos que sua origem é africana, o que nos fez entender que a proporção que ela tomou aqui – pelo fato de o nosso solo ser muito mais fértil que o da região dela de origem – foi totalmente diferente do que ocorre com as que crescem na África, desenvolvendo uma copa imensa para uma raiz pequena. Assim, com as chuvas, ela se tornava ainda mais pesada... E, com o vento, acabou acontecendo o que aconteceu: ela tombou. Roberto Romano, professor de filosofia e morador do bairro há mais de 40 anos

Fotos: Divulgação; Jade Gadotti

Imagens da queda de árvores na região do Jardim Paulistano, durante os fortes temporais deste ano


Vida de Bairro

Maître Dantas: carisma, simpatia e história, há mais de 30 anos nos Jardins Todo bairro tem seus grandes personagens, aquelas pessoas que guardam em si um pouco da história do lugar. É o caso de José Dantas, o famoso maître Dantas, que fez uma clientela cativa no restaurante Rodeio, dos Jardins. “Entrei lá antes mesmo de me tornar cumim (auxiliar de garçom). Depois, virei garçom, e, durante 27 anos, fui maître”, conta, hoje, aos 63 anos e em nova casa: a Carlos Pizza da Alameda Tietê. Durante os 35 anos em que esteve à frente da churrascaria, Dantas colecionou uma clientela assídua e bem conhecida do público José Dantas: e da sociedade, além de momentos marcantes. personagem “Eu me lembro muito bem do dia em que Thoquerido e cheio maz Souto Corrêa e Tarso de Castro criaram, de história dos Jardins na mesa do restaurante, aquilo que se tornou o Arroz Biro-Biro. Eles me pediram os ingredientes, foram misturando tudo e assim surgiu o famoso prato, que levou o nome pela semelhança com a cor do cabelo do jogador de futebol”, lembra. Dessa mesma época, Dantas guarda muitas recordações afetivas, como as do filho de Tarso de Castro, hoje o ator e humorista João Vicente de Castro, que começou a frequentar o restaurante ainda bebê. “Adoro crianças, pessoas de idade, tudo. Adoro servir e conversar. Meu hobby é ser garçom”, conta, com carisma e sinceridade.

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Ações da Areté nas ruas Vira e mexe, as famílias da Escola Livre Areté se mobilizam para promover melhorias no entorno, visando à segurança de quem caminha pela rua, especialmente as crianças. Já foram pintadas faixas de pedestre e colocadas placas lúdicas de sinalização em postes. O grupo também planeja ações de melhorias no entorno, como as novas plaquinhas de respeito às faixas e de incentivo ao descarte correto de lixo.

Novidade em CGH A nova passarela de Congonhas tem projeto de Helena Camargo e Marco Artigas, e comunicação visual de João Nitsche, que a transformou em uma bússola, orientando os sentidos Bairro e Centro. Com bancos e cara de praça, a ideia é que, em um contexto de muita movimentação, exista um espaço de permanência.

SÃO DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ! NA PRÓXIMA EDIÇÃO, VAMOS COMEMORAR DOIS ANOS! Dois anos com você! Dois anos com anunciantes incríveis! Dois anos com muita história pra contar! Dois primeiros anos de muitos que vêm por aí!

Fotos: Divulgação; Paulo Giandalia

Obrigado a você, que é parte dessa história!

Rua Guatemala , 269 - Jd América Tel.: (11) 3085-8999 Pelle & Capelli Hair Clinic @sandrocassolari

aQuadra


Vida de Bairro 8

Bons lugares para ler um livro...

Bibliotecas na cidade são ótimos refúgios para uma pausa na vida digital e um convite à boa e necessária leitura

Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima

Interior da Biblioteca Mário de Andrade, no Centro de São Paulo

Manioca para levar e saborear

Dia das Mães no JK Iguatemi

Quem circula a pé por Pinheiros já deve ter notado uma novidade na rua Joaquim Antunes quase esquina com a avenida Rebouças: o novíssimo Manioca Pra Levar, mais uma novidade do Maní pensada para quem gosta de receber. Outra novidade que só aQuadra sabe é que a Padoca do Maní está prestes a desembarcar no Shopping Iguatemi.

O dia 7 de maio terá programação especial no Shopping JK Iguatemi. A partir das 12 h, o evento “Vida em Equilíbrio” terá ações como workshop de Montando a Mesa com Thais Senna, arranjos de flores com Ana Helena Mofarrej, bate-papo com Lilian Pacce, coaching com Ana Raia, personalização de sandálias Claritas, degustação de vinhos orgânicos, entre outras atividades em comemoração ao Dia das Mães. O evento é aberto ao público, com Espumante Rosé Chandon à vontade, e buffet Capim Santo dentro das lojas participantes.

Manioca Pra Levar Rua Joaquim Antunes, 377 Tels.: (11) 2372-9526 e (11) 99810-4641 ou pelo lojavirtual.manimanioca.com.br

Shopping JK Iguatemi Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia iguatemi.com.br

Biblioteca Álvaro Guerra

Para adaptar os ambientes e as instalações às necessidades dos leitores de hoje, há dez anos a biblioteca municipal foi reformada e agora oferece espaços mais amplos e modernos. Possui, também, um jardim de leitura projetado para acolher atividades de contação de histórias e de leitura. Avenida Pedroso de Morais, 1919, Pinheiros, tel.: (11) 3031-7784

Páginas da estação

aspas Antes de aprender a ler, eu já frequentava essa biblioteca. Meu irmão caçula, Duílio, ia sempre comigo, e, para poder ficar na sala de leitura, ele fingia que estava lendo, com o rosto colado no livro. Eu que tinha de alertar: ‘Duílio, só não esquece de virar a página, senão vão te levar para a sala de brinquedos! Helena Montanarini

Lançamentos que invadem as prateleiras da cidade

Abaixo, imagem do livro “Atraque”, de Rodolpho Parigi

Fotos: Divulgação; Jade Gadotti

Na movimentada esquina das ruas Henrique Schaumann e Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, é um ótimo endereço para os amantes de poesia. No andar superior, fora os demais livros, ficam mangás e gibis. Tem tomadas para laptop. Rua Henrique Schaumann, 777, Pinheiros Tel.: (11) 3082-5023

Biblioteca Mário de Andrade

Fundada em 1925 como Biblioteca Municipal de São Paulo, ela só não é maior que a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Inaugurada oficialmente em 1926, incorporou, em 1937, a Biblioteca Pública do Estado, o que trouxe importantes aquisições para o acervo. Com o crescimento, precisou mudar de lugar, migrando, em 1942, da rua 7 de Abril, para a localização atual. O novo edifício foi projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon e é considerado um marco da arquitetura moderna na capital. A mudança de nome aconteceu em 1960, como uma homenagem ao poeta Mário de Andrade. Fechada para reformas entre 2007 e 2010, a biblioteca teve seu mobiliário restaurado e seu acervo reorganizado. Para alugar livros, basta ser inscrito no Sistema Municipal de Bibliotecas e ter a carteirinha amarela dentro do prazo de validade. Tanto a emissão da carteirinha quanto o aluguel de obras são gratuitos. Rua da Consolação, 94, Centro, aberta 24 horas @bibliotecamariodeandrade


Vida de Bairro/Música

Pedro Bandera: o som de Cuba na cidade

Adauto Dias e seu roteiro de música em SP

Lírico, barroco e eletrônico na voz de Ligiana

Fotos: Divulgação; Renê de Paula

Quem frequenta o circuito jazzístico de São Paulo já deve ter ouvido falar, se não do próprio Pedro Bandera, dos projetos do qual esse músico e pedagogo cubano faz parte. Há 15 anos no Brasil, Pedro é o fundador da banda de músicas de raiz afrocubana Batanga & Cia., que se apresenta atualmente no Blue Note – o famoso clube de jazz de Nova York que acaba de inaugurar um endereço na Avenida Paulista. Além de participar da Batanga, ele é percussionista da banda Aláfia, que marcou presença recentemente no Festival Lollapalooza. Há dez anos, Bandera, morador da Vila Madalena, criou também a Havana 6463, uma produtora cultural que promove e divulga eventos voltados para a difusão da cultura latina e cubana, curando festivais, turnês e artistas cubanos no Brasil e vice-versa. Tudo isso ao lado de um trabalho paralelo como fotógrafo, também nesse ambiente de produção. “Eu praticamente não paro”, conclui.

Radar musical Amanda Maria tem apenas 31 anos, e nasceu na Zona Sul de São Paulo, região onde começou sua carreira na cena black. Seu virtuosismo no canto, combinado à

sua “blequeira” natural no jeito de interpretar, a levou pro ambiente mais jazzístico. Hoje, Amanda surge como compositora sofisticada, com grandes parceiros musicais, que a acompanham em seu primeiro show autoral, Cirand’água. Ela está à frente também de outros projetos musicais, como o Ziriguin’Jazz, que propõe um encontro do jazz americano com o doce balanço da música brasileira. Gostou? Então, fica a dica: Amanda Maria vai apresentar o show Ziriguin’Jazz no dia 29 de junho, no Itaú Cultural.

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De volta a São Paulo, depois de uma temporada na Europa, a cantora Ligiana Costa, conhecida pela dedicação à música barroca, se entrega agora a outros projetos. O mais recente deles é um duo de música eletrônica com Edson Secco, que se chama NU (Naked Universe). “Acabamos de lançar a música ‘Durga’, que é o primeiro single do novo disco, chamado Atlântica”, explica. O nome não é por acaso: “‘Durga’ foi concebida durante sete dias, no meio da Mata Atlântica, na cidade de São Lourenço da Serra, e fala das forças espirituais e da importância da reconexão para salvar o planeta e as relações humanas”, conta ela, que se prepara para o show de lançamento no dia 2 de junho, no Sesc 24 de Maio.

UM CANTINHO, UNS SARAUS

A Casa Rosa Amarela, ali no coração do Jardim Paulistano, é mais do que a residência artística de Fabiano Al Makul: é também um ponto de encontro de artistas, músicos e apaixonados por arte em geral, que, juntos e de forma muito descontraída, participam de saraus ao lado do jasmineiro, um dos encantos do lugar. “Esses encontros de música e poesia acontecem naturalmente. A música sempre fez parte da minha vida”, conta ele, fã de sambas antigos, jazz e MPB, e autodidata em cavaquinho, violão e piano.

O guitarrista e compositor Adauto Dias acaba de lançar um novo disco, Clarão, disponível nas plataformas digitais. A seguir, ele, que também é professor particular de guitarra e violão, compartilha com os leitores de aQuadra suas dicas mais preciosas na cidade para quem, assim como ele, é apaixonado por música. BARES E CASAS DE SHOWS DE MÚSICA INSTRUMENTAL E JAZZ São Cristóvão: bar tradicional da Vila Madalena com jazz às segundas. Filial Bar: jazz e música instrumental às quintas. Bar do Julinho: roda de música instrumental e jam sessions às quartas. Madeleine: bar e restaurante com ambiente sofisticado e programação diária. Nossa Casa Confraria das Ideias: ambiente jovem e descolado com saraus, e bandas de jazz às terças. Picco: bar e restaurante com programação musical, e jazz às sextas. Centro Cultural Rio Verde: programação bem diversificada. Casa Natura Musical: casa de shows com estrutura grandiosa e programação diversa. LOJAS DE INSTRUMENTOS E AFINS Free Note: métodos, songbooks e materiais didáticos diversos. Pop’s Discos: ótima seleção de discos e CDs com o melhor do jazz e da MPB. Tambores do Zé Benedito: loja incrível de instrumentos de percussão. Chiara Guitar Shop: luthier especializado em consertos, regulagens e confecção de guitarra e violão. Basscenter: loja especializada em contrabaixo. Made in Brazil: instrumentos diversos e acessórios. Yashi Cabos: eletrônicos, cabos e acessórios. Feira da Praça Benedito Calixto: venda de vinis, aos sábados.


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Perfis

Mães de muitos...

...muitos filhos, desafios, histórias e respeito. Aqui, quatro mulheres contam um pouco sobre como é exercer a maternidade e, ao mesmo tempo, estar disponível para o trabalho JOANNA FLEURY SEGALL é fashion designer e fotógrafa, e mãe de Catarina, 17 anos, Rafaella, 15, Frederico, 10, e Anna, 7 Você se tornou a mãe que sonhava ser? A ideia de ser mãe antes de ser mãe é sem dúvida demasiadamente romântica, estou longe de ser a mãe perfeita, mas sempre quis ter proximidade, conexão e intimidade com eles. E isso eu acredito que conquistei com meus quatro filhos. Qual é o maior desafio da maternidade? Sem dúvida, é o tempo, que, depois deles, ficou todo repartido... e confesso que tenho a maior dificuldade em administrar. E a principal lição que conseguiu passar? Que educação, gentileza e o olhar coletivo, o olhar para o outro, são sempre gestos que devem estar no nosso dia a dia, e que eles precisam estar sensíveis e atentos a todos ao nosso redor.

MARIA EMILIA DINAT é fotógrafa e mãe de Joaquim, 7 anos, Amelie, 5, e Iolanda, 1 ano e 10 meses Qual é o maior desafio da maternidade? Buscar o equilíbrio em meio ao caos. E dar conta de tudo, me desdobrar, me reinventar, me desfazer, às vezes… Tem dias que parecem moleza, mas tem outros em que quero fugir. Como conciliar a maternidade com o dia a dia de trabalho? Já aceitei que nada vai ser perfeito: nem minha carreira, nem minha maternidade... Qual a principal lição que você conseguiu passar para seus filhos? Que eles possam respeitar as pessoas, serem gentis e educados. Vivo para ensinar isso.

ANDREA BISELLI é advogada, e mãe de oito filhos: Mateus, 28 anos, Tobias, 26, Regina, 24, Lourenço, 21, Lavínia, 15, Verônica, 14, Gregório, 12, e Isadora, 8 Qual é o maior desafio da maternidade? Formá-los bem como pessoas, com valores, afetividade, sentido do dever, solidariedade, amor ao próximo e consciência da sua dignidade. Como conciliar a maternidade com a rotina de muito trabalho? Nessa sociedade hipertecnológica, em que é difícil encontrar espaço para uma conversa cara a cara com cada filho, desligar-se da correria e olhar para cada um e para suas necessidades é o que faz a diferença. Faria tudo igual outra vez? Com certeza! Não mudaria nada na minha vida, nem no que ocorreu desde o primeiro filho, aos 22 anos, até o último, aos 42. A experiência acumulada em cada desafio com os filhos só me trouxe coisas boas.

Andrea Biselli em foto atual. Acima, à esq., a advogada com seus oito filhos, no ano passado.

“Como produtora de cinema, minha vida é um pouco atípica, porque eu e Marcos Tellechea acabamos viajando muito, o que levou ao meu primeiro grande desafio na maternidade: criar uma vida estável e equilibrada para as meninas, em que, mesmo em nossas ausências, elas se sentissem amparadas e amadas. Depois de uma viagem de 15 dias, em que percebi que elas sentiram muito a nossa falta, decidimos que o melhor seria elas nos acompanharem em viagens mais longas, que podem chegar a três meses. Nesses casos, elas vivenciam o nosso universo, descobrindo novos lugares, culturas, diferenças sociais. Mas tudo com o acompanhamento da escola, que representa muito bem essa educação fora de casa que queremos dar. Eles são superparceiros, e, com a ajuda da tecnologia, elas acabam não perdendo a proximidade com as matérias e os amigos da classe. Nesse desafio de conciliar tudo, criei uma regra: enquanto estou trabalhando estou 100% focada no meu trabalho, mas, quando estou com elas, minha atenção é 100% delas.”

Fotos: Jade Gadotti; Felippe Segall

PAULA LINHARES é produtora de cinema, mãe de Luiza, 9 anos, e de Maria Antônia, 6, e vive na ponte aérea SP–Los Angeles. Para aQuadra, ela conta como faz para equilibrar a rotina de viagens e a maternidade


Arquitetura/Urbanismo 11

Casa de Artigas vira centro cultural A residência onde viveu o arquiteto João Batista Vilanova Artigas abre para visitação, com café e coworking

C

onstruída em 1949 e tombada pelo patrimônio histórico, a casa onde viveu a família Artigas até 2016 acaba de abrir suas portas ao público como o Instituto Casa Vilanova Artigas – ICVA, um centro cultural voltado para a valorização da arquitetura e do patrimônio histórico, do design e da arte em geral, e preparado para expor projetos e imagens da vida e da obra do arquiteto, além de abrigar exposições e eventos. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer e apreciar os projetos das residências no bairro do Campo Belo e saber como era a vida naquela casa, frequentada por intelectuais e artistas renomados. O instituto abriga ainda o Café Artigas, e conta com uma área externa, em que os jardins, feitos originalmente por Burle Marx, ressurgem reeditados por Luiz Carlos Orsini, paisagista consagrado pelo projeto de Inhotim, em Minas Gerais. Outra novidade do espaço é um coworking com dez estações de trabalho – e um cenário inspirador. O projeto foi obra da arquiteta paulistana Talita De Nardo Missaglia, ex-aluna de Julio Artigas, filho do ilustre arquiteto, em 1998: “Morei a vida inteira no bairro e sempre admirei essa casa. Ter a oportunidade de cuidar desse espaço e manter sua vocação social é desafiador e constitui um orgulho não só para mim como para qualquer arquiteto. Nosso patrimônio histórico não é valorizado, e o papel do arquiteto na sociedade brasileira também não”, afirma.

Fotos: Drausio Tuzzolo

Instituto Casa Vilanova Artigas Rua Barão de Jaceguai, 1151, Campo Belo Tel.: (11) 3854-5636

Acima, a fachada do novo Instituto Casa Vilanova Artigas, no Campo Belo; à esq., o espaço onde funciona o café; abaixo, um dos ambientes de exposição


Gastronomia

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Sabor de brasilidade no novo Satú

A dupla formada por Amilcar Azevedo e Paulo Sousa, sócios do Nou, se uniu ao chef Flávio Miyamura para lançar o Satú, novo restaurante de comida brasileira do Baixo Pinheiros. No menu, pratos diversos, como x-coração de galinha, lagostins na brasa com creme de milho e tucupi, cupim glaceado com tucupi negro, purê rústico de batata-doce ou, ainda, a suavidade de um fettuccine de pupunha ao molho de sururu e crocante de pão. Para acompanhar, a boa e velha caipirinha é ótima pedida. Satú Rua Ferreira de Araújo, 450, Pinheiros Tel.: (11) 3032-1029

Renata Vanzetto abre Muquifo

“Quis abrir um negócio de comida de verdade, que a gente comeu a vida inteira, comida de casa”, explica a chef Renata Vanzetto (do Ema, MeGusta, Matilda e Marakuthay) sobre o menu do

novo Muquifo. Exemplo disso é a Batata da Vó Cida, prato que marcou a infância da chef e que vem com bife à milanesa empanado com panko. Pelas mãos de Renata, a carne de panela da avó virou um arroz de carne de panela, assim como o espaguete à matriciana, que se transformou num bolinho frito, lembrança de sua lua de mel. Por se tratar de receitas mais simples, é uma cozinha mais acessível, com preços mais convidativos. Muquifo Rua da Consolação, 2910, Jardins Tel.: (11) 98232-7677

DOCE DE CAQUI por Marilia Zylbersztajn

Felipe Bronze agora no MIS O Museu da Imagem e do Som (MIS) é o pano de fundo do novo Pipo, o primeiro restaurante do apresentador e chef Felipe Bronze em São Paulo. O cardápio tem minissanduíches e comidinhas para compartilhar, mas agregando também o conceito da brasa do Oro, restaurante duas-estrelas Michelin do chef no Rio. Ah, e com clima de informalidade. Pipo Avenida Europa, 158, Jardim Europa (acesso pelo MIS) Tel.: (11) 3530-1760

RADAR AQUADRA Depois do noodle, e do poke, duas novas modas prometem invadir SP: o hit inglês fish and chips (peixe empanado e batatas fritas) e os sanduíches feitos com Bao (um tipo de pão chinês assado no vapor) – última moda entre a turma cool na França.

A convite do jornal aQuadra, a superpremiada confeiteira Marilia Zylbersztajn desenvolveu uma receita à base de caqui, a fruta da estação. “Na prática, o processo é o mesmo de uma geleia, mas a textura fica mais próxima de um doce em pasta, como um doce de banana. Aliás, combina superbem para acompanhar um queijo ou passar em cima de um pão ou, ainda, para comer com sorvete, iogurte”, explica a doceira, que compartilha a seguir a receita. Ingredientes 350 g de polpa de caquis bem maduros (aproximadamente 4 unidades / 2 xícaras) 100 ml de água (1/2 xícara) 50 ml de suco de limão (1/4 de xícara ou 1 limão suculento) 200 g de mel (3/4 de xícara) 1/4 de noz-moscada ralada na hora Modo de fazer Coloque todos os ingredientes na panela e cozinhe em fogo baixo por 30 minutos, mexendo sempre. Aumente o fogo e cozinhe sem parar de mexer por mais 10 minutos. Para testar o ponto do doce, coloque algumas colheres para gelar no freezer e, quando achar que está pronto, pingue um pouco em uma dessas colheres. Se o doce escorrer, cozinhe por mais tempo. Caso ele segure a forma e não escorra, está pronto.

CÔNEGO: A NOVA QUADRA GASTRONÔMICA DE PINHEIROS

EUGÊNIA CAFÉ BAR Com o propósito de destacar o protagonismo feminino, o cantinho de charme e aconchego oferece cafés, comidinhas variadas – como polenta com creme de gorgonzola – e doces, além de drinques caprichados e batizados com nomes femininos. #cônego953 @eugeniacafebar

FUTURO REFEITÓRIO O segundo restaurante da chef Gabriela Barreto (Chou) conquistou a turma cool, com um menu de qualidade, ousadia e sabor, em pratos saudáveis e leves para o café da manhã, almoço e jantar, em que legumes e cereais são protagonistas. #cônego808 @futurorefeitorio

PURANA.CO O restaurante dedicado à alimentação vegana oferece saladas fartas, quiches com saladas, além de sucos com combinações especiais e revigorantes. O Purana.Co fica localizado no aFlora, centro de autoconhecimento e autocura urbano. #cônego840 @purana.co

TEVA VEGETAL ...ainda no assunto alimentação vegana, quem acaba de chegar a São Paulo é o carioca Teva, com seu cardápio 100% vegetal, com ingredientes sazonais, frescos e orgânicos, e opções para intolerantes a lactose, celíacos e crudívoros. #cônego539 @tevavegetal

Fotos: Divulgação

Conheça os principais destaques da Rua Cônego Eugênio Leite


Cultura 13

Roteiro quente e cooltural O que tem de mais bacana na cidade quando o assunto é música, exposição e arte

Ernesto Neto na Pina

Visita obrigatória para quem vive ou está de passagem na cidade, a mostra Sopro, do artista Ernesto Neto, convida a uma viagem pelas nossas raízes indígenas e africanas, por meio de instalações feitas de tecido, com formas orgânicas e muita beleza. Com obras interativas, é uma ótima dica de passeio para se fazer com crianças. Pinacoteca Até 15 de julho. Praça da Luz, 2 Tel.: (11) 3324-1000

FIQUE ATENTO: VIRADA CULTURAL Dias 18 e 19 de maio SHOWS ESPAÇO DAS AMÉRICAS Caetano, Moreno, Zeca e Tom Veloso, em Ofertório 10 e 11 de maio, às 22h30; 12 de maio, às 20 h

FESTAS JUNINAS

CASA NATURA MUSICAL Johnny Hooker 10 e 11 maio, às 23 h

Clube Atlético Paulistano Final de semana de 28 a 30 de junho Rua Honduras, 1400, Jardim América

BLUE NOTE SP Trio Corrente convida Proveta 4 de maio, às 20 h e às 22h30 Nomade Orquestra 26 de maio, às 18h30 TOM BRASIL Vanessa da Mata 15 de junho, às 22 h

NOVIDADES NA JAPAN HOUSE

A tradição do fazer manual e as novas possibilidades da tecnologia são assunto das novas mostras da Japan House. A “Japão 47 Artesãos” (até 17 de julho) combina design, artesanato e contemporaneidade. Já “Fluidez” (até 4 de agosto) consiste em uma instalação que remete ao movimento das águas e de pequenas partículas.

Fundação Stickel Toda edição a gente elege uma ONG para dar visibilidade. Desta vez, escolhemos a Fundação Stickel, que usa a arte no desenvolvimento de pessoas e comunidades, por meio de cursos e oficinas variados. A instituição oferece ainda workshops gratuitos e organiza exposições e instalações, além da publicação de livros e catálogos de arte.

Na imagem, as alunas Deosangela e Valéria durante as aulas do curso “Expressão da Tridimensionalidade” Fundação Stickel Rua Nova Cidade, 193, Vila Olímpia @ fundacao.stickel

Fotos: Divulgação; Ilustrac’ão Shhutterstock.com

De lá pra cá: novas galerias em SP

GALERIA PENA CAL O escritório de arte da empresária baiana Eva Pena Cal abre suas portas em São Paulo. Rua Oscar Freire, 1431, Pinheiros @penacalgaleria

GALERIA MARCELO GUARNIERI A tradicional galeria de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, agora tem um endereço na capital. Alameda Lorena, 1835, Jardins Tel.: (11) 3063-5410

Clube Pinheiros De 27 a 30 junho Rua Angelina Maffei Vita, 493 Jardim Europa

Quermesse da Igreja do Calvário Essa importante e tradicional festa junina acontece próximo à Praça Benedito Calixto, em Pinheiros. De 1o de junho a 6 de julho, a partir das 17h30, aos sábados e domingos. Rua Cardeal Arcoverde, 950, Pinheiros. Tel.: (11) 3085-1307 Igreja da Consolação De 1o de junho a 1o de julho, aos sábados, das 17 h à 0 h, e, aos domingos, das 17 h às 23 h. Rua da Consolação, 585, Consolação. Tel.: (11) 3256-5356


Antena

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Por HELENA MONTANARINI

Marisa Ribeiro Quimono 100% cashmere Al. Gabriel Monteiro da Silva, 929, Jardins Tel.: (11) 3812-9890

Mod Coração de porcelana Rua Cônego Eugênio Leite, 659, Pinheiros @lojamod

Souq Jarra de porcelana Shopping Iguatemi, Piso Faria Lima @souqlovers

For Her Rasteira com detalhe de concha natural @forheroficial Tel.: (11) 93233-7850

PRETO E BRANCO

Aquele casal que deu certo, e que nunca sai de moda. Nas versões clássicas e contemporâneas, uma seleção para casa, corpo e dia a dia.

Codex Home Almofada Al. Gabriel Monteiro da Silva, 338, Jardins @codexhome

Konsepta Vasos pião da ceramista Claudia Issa @konsepta_design

Piccadilly Tamanco com salto quadrado e fivela @calcadospiccadilly

Vallvé Cuba retangular de resina vallve.com.br @vallve_oficial

Doural Batedeira Jolie, da Cadence Al. Gabriel Monteiro da Silva, 795, Jardins @doural_lojas

La Lamp Abajur Will, retrátil Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1258, Jardins Tel.: (11) 3069-3949

Blue Bird Shoes Spadrille Look, de algodão Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1358, Jardins @bluebirdshoes

Handred Bermuda de linho Rua Melo Alves, 508, Jardins @handredstudio

Dpot Objetos Multiplus de bandejas Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1250, Jardins

Prada Óculos bicolor, aro quadrado @prada

O fundo da nossa página é um tapete da Square Foot Rua Groenlândia, 1805, Jardim América Tel.: (11) 3083-3425

Fotos: Divulgação

John John Sandália Helen, de tecido Rua Oscar Freire, 789, Jardins

Ovo Mesas margens de centro Rua Estados Unidos, 2104, Jardins, tel.: (11) 3045-0309


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Turismo

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Smart Vacation: a tendência que vai transformar suas férias

Smart Vacation é destinar cada minuto do seu tempo livre a conhecer um novo lugar e se surpreender com ele. E, melhor: vivenciando o mundo por meio de um novo idioma. Ou seja, você curte suas férias enquanto aprende inglês, francês, espanhol, coreano... são muitas as opções. Confira quatro destinos que selecionamos para sua próxima aventura.

CIDADE DO CABO, ÁFRICA DO SUL Se você está interessado em aprender inglês e fugir do circuito óbvio, a Cidade do Cabo é sob medida para você. Além de ter um bom custo-benefício, oferece praias incríveis, paisagem natural exuberante, safáris nas proximidades, ao lado de uma cena cosmopolita surpreendente. A África do Sul também é muito conhecida por suas vinícolas, que têm alguns dos melhores vinhos do mundo. Enfim, o cenário perfeito para praticar um idioma enquanto curte o sol, as belas paisagens e, claro, um bom vinho. MADRI, ESPANHA A capital espanhola é conhecida por unir história e contemporaneidade de um jeito mágico. Aprender a língua-mãe dessa cidade é imergir em um contexto cultural maravilhoso, cheio de museus, e marcado pela paixão pelo futebol e por uma gastronomia mundialmente famosa. Que tal então praticar o espanhol tomando uma boa sangria sentado em um terraço, enquanto observa o vaivém da metrópole?

NICE, FRANÇA O balneário é o destino perfeito para praticar o francês imerso no azul da Riviera mais sedutora do mundo. Nice reúne toda a efervescência de uma grande cidade, com o charme e o calor de um balneário da Côte D’Azur. É também um polo gastronômico, com destaque para a comida niçoise.

Fotos: Divulgação

CHICAGO, ESTADOS UNIDOS A metrópole americana oferece uma experiência imperdível para quem precisa praticar o inglês. Chicago é um polo profissional internacional, e conquista seus visitantes pelo contraste da arquitetura moderna e imponente com a autenticidade de lugares antigos e cheios de história.


Design 17

Moda e design Quem frequenta o Salone del Mobile em Milão, a maior feira de design do mundo, sabe quanta coisa bacana acontece fora dele, no circuito Fuorisalone. A ítalo-brasileira Briza Datti, leitora assídua e querida d’aQuadra, trouxe pra gente os momentos mais coloridos e marcantes da semana.

Objetos da coleção Nomades, desenvolvidos por designers para a Louis Vuitton

Briza Datti mora em Florença há dez anos e trabalha com moda e decoração

Ambiente todo feito de tricô, com projeto assinado pela designer Alessandra Roveda, para a grife italiana Missoni

Banco Bulbo, dos Irmãos Campana: uma flor tropical que remete a um casulo, envolvendo quem ali se senta

Banquinhos Matching Colorstool, de madeira natural, da italiana Miu Miu

Lente Sônia Gonçalves e Jorge Barallobre

Francisco Zelesnikar e Marco Donini

aQuadra convidou casais de leitores para, em clima All You Need is Love, compartilharem aqui suas selfies de namorados. <3

Roberta Maiorana e Duilio Montanarini

Andressa e Thiago Fidelix

Eva Pena Cal e Guto Esteves

Bibiana Vieira e Robert Filshill Melissa Fernandes e Carlos Eduardo Moraes

Fotos: Divulgação

Marcia e Michele Pala

Suada Rrahmari e Dimitri Mussard

Tania Eustaquio e Jonas Birger

Maria Helena Cabral e Oswaldo Mellone

Renata Barbosa de Oliveira e Claudio Hirsch


Ciclos

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Por VALDERSON DE SOUZA Ilustração CAMILA PINHEIRO

Publisher e diretora de redação Helena Montanarini Diretora de arte Mabel Böger Editora convidada Anita Pompeu

Colaboradores

Claudia Fidelis (tratamento de imagens), Eduardo Forbes, Frank de Oliveira (revisão), Jade Gadotti, Paulo Giandalia, Valderson de Souza Jornalista responsável Maiá Mendonça (MTB 20250)

Marketing e publicidade

Adriana Gorni comercial@jornalaquadra.com.br

WhatsApp: (11) 94544-0062

Consultoria financeira Sônia Regina Carboni srcarboni@carbonifinanceiro.com.br CTP, impressão e acabamento Gráfica Grafilar www.grafilar.com.br

A

baixo do equador, tudo se coloca ao contrário. O outono é caracterizado por cores terrosas, folhas caindo, e toda a natureza se preparando para o inverno. Porém, em nossas terras, ele se mostra esplendoroso, com manhãs magníficas, cores espetaculares e a natureza explodindo em beleza de tons e flores após os aguaceiros estivais. Somos premiados ou enganados? Fica estranho falar de melancolia e de fim de ciclo em meio a tanta beleza. Como resultado de séculos de colonialismo, insistimos em marcar a vida segundo padrões do Hemisfério Norte, mas na hora de aproveitar as boas coisas de cá retomamos o lema ultra aequinotialem non peccavi [não existe pecado abaixo do equador], que Barlaeus cunhou para exibir as atrocidades da época colonial, e que nos parece ser ainda a política e o comportamento atual e constante da população brasileira. Entretanto, a época outonal se assemelha aos prazeres da maturidade, quando os calores da juventude se aquietam e são substituídos por descobertas prazerosas e inesperadas. O poeta Verlaine escreveu que o outono traz longos soluços que ferem o coração com langores monótonos. Estejamos atentos para desfrutar as belezas outonais sem permitir que a desilusão e a monotonia destruam as nossas esperanças.

O jornal aQuadra é uma publicação bimestral da Montanarini Consultoria Editorial Ltda. - ME Rua Francisco Leitão, 653, 2o andar, conj. 22, CEP 05414-025, Pinheiros, São Paulo, SP, tel.: (11) 3898-3036 CNPJ.: 57.473.407/0001-53

aquadra@jornalaquadra.com.br jornalaquadra.com.br @aquadrajornal Distribuidores parceiros Padoca do Maní, Café Suplicy (da alameda Lorena), Le Pain Quotidien (de Higienópolis) Bancas: da Joaquim Antunes com Sampaio Vidal, do Colégio Saint Paul’s, banca da Oscar Freire com Bela Cintra, banca do Jairo, na rua Itambé com a Piauí, banca Curva, na rua Cesário Mota Júnior, Vila Buarque

ANITA POMPEU Curiosidades da cidade, o dia a dia no bairro e tudo o que pinta de novo por aí sempre atraíram a atenção da jornalista. Com 15 anos de experiência em revistas, Anita foi a editora convidada deste número.

FRANCESCA MONTANARINI Jovem, cool e formada em administração pública, a futura designer acionou o seu fino radar e rastreou as exposições, shows, bibliotecas e rolês culturais mais bacanas do momento.

CAMILA PINHEIRO Suas criações são marcadas por linhas limpas e cores tropicais, e podem ser encontradas em galerias e feiras de arte do Reino Unido. Ela, que atualmente vive em SP, fez a ilustração desta página.

MARILIA ZYLBERSZTAJN A confeiteira, com passagem pelo D.O.M e vários prêmios no currículo, se divide entre as lojas da Vila Madalena e do Itaim. Com exclusividade para aQuadra, ela criou um doce à base de caqui.

ECOARTS O coletivo promove um novo caminho de sustentabilidade na Amazônia, unindo arte, cultura e ecologia. A Ecoarts desenvolveu a arte que ilustra a letra “Q” que abre esta edição.

MAIÁ MENDONÇA As páginas dedicadas a Higienópolis, como não poderia deixar de ser, foram assinadas pela jornalista, entusiasta e antiga moradora do charmoso bairro paulistano.

Fotos: Divulgação; Luiz Fernando Macian

Colaboradores


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UMA GRANDE IDEIA NOS JARDINS. A Idea!Zarvos chegou ao Jardins com um lançamento como há muito tempo não se via. Com arquitetura assinada pelo escritório Andrade Morettin, os lofts trazem detalhes que fazem a diferença. Visite o decorado e descubra um novo motivo para se encantar pelo Jardins.

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A incorporação imobiliária do empreendimento denominado Condomínio Autem, localizado na Rua da Consolação, 3.150, foi registrada em 13 de dezembro de 2018, sob o R.2/101.650, nos termos da Lei nº 4.591 de 1964, pelo 13º Oficial de Registro de Imóveis da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. A decoração e o mobiliário das imagens e plantas não fazem parte do memorial padrão. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados, são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato. O imóvel será entregue conforme indicado no memorial padrão. Consulte a incorporadora para verificar as possibilidades de layouts e opções de acabamento dos apartamentos. As imagens são ilustrativas, sujeitas a alterações. Central de atendimento: Galeria IZ Imobiliária Ltda. Rua Natingui, 442, sala 8, Vila Madalena, CEP 05443-000, São Paulo – SP – Creci: 24477-J – tel. (11) 5189-1818.


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