Curadoria hoje O advento da informática e das redes sociais modificou nossa maneira de nos relacionarmos com a arte, a cultura como um todo, e uns com os outros. Mudou também, obviamente, o papel do curador como “mentor”, “facilitador” ou intermediário entre o público e o artista. No passado, apenas alguns poucos eleitos muito lidos e viajados detinham as informações e haviam visto de fato as obras-primas dos grandes museus. Hoje, qualquer pessoa pode ter acesso a elas por meio dos sites dos próprios museus ou por intermédio de muitos outros sites e blogs didáticos. O termo curador chegou ao Brasil por influência americana. Os franceses não o utilizam, preferindo a fórmula: “commissaire de l’exposition”. Antes aqui no Brasil dizíamos: “exposição organizada por” ou “coordenação da exposição”. O termo curadoria passou a ser usado a partir de meados da década de 1980. Em inglês, o verbo “to curate” se relaciona com cuidar de coisas materiais, sobretudo no sentido de “to care for, to organize, to pull together”.
Experiência Hoje em dia, quem come em um restaurante célebre não busca se alimentar, mas “viver uma experiência”, da mesma forma que o hóspede de um resort ou de um hotel de luxo não procura hospedagem, mas “viver uma experiência inesquecível”. O suíço Hans Ulrich Obrist, um dos mais renomados curadores de arte da atualidade, também se espantou e encarou com bom humor o modismo que envolve o termo, comentando em seu livro Caminhos da curadoria o caso do chef de cozinha de um restaurante da Chinatown nova-iorquina que é comparado a um