Um estudo de caso: o Instituto Moreira Salles Além de se destacar como a única instituição brasileira a manter uma política permanente de aquisição de fotografias desde o final do século XX, o Instituto Moreira Salles também se singularizou em virtude de ter encontrado as soluções mais criativas e diferenciadas no que diz respeito ao uso criativo de acervos fotográficos. Antes de prosseguir, é necessário assinalar aqui o caso, igualmente exemplar, do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), que desde 1990 mantém a Coleção Pirelli/Masp de Fotografia, a partir de um projeto capitaneado por Mario Cohen, Anna Carboncini e Rubens Fernandes Junior. A coleção conta hoje com 1.147 obras de 297 importantes fotógrafos brasileiros, e já publicou 19 catálogos dando conta das diferentes aquisições.1 Mas como se trata de uma coleção contemporânea constituída pela aquisição direta de obras com seus autores (salvo alguns raríssimos casos de autores já falecidos), não vou analisá-la aqui, mesmo porque, de modo geral, são adquiridas três imagens de cada fotógrafo ainda que existam umas poucas exce1
Cf. http://www.colecaopirellimasp.art.br.