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Cores Barulhentas: ensaio artístico fotográfico sobre saúde mental durante a pandemia da Covid-19

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CORES BARULHENTAS: ENSAIO ARTÍSTICO FOTOGRÁFICO SOBRE SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 1

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Por Marconi Cordeiro de Meireles 2 e Tifanny Valente Brasileiro3

INTRODUÇÃO

O primeiro caso oficial de infecção da Covid-19 (coronavirus disease 2019) foi de um paciente hospitalizado no dia 12 de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China. No início de 2020, o vírus foi se espalhando pelo mundo de tal maneira que se tornou uma pandemia que até 2021 persistia em vários países, cenário que se prolongou até o final deste artigo.

Diante dessa realidade, governos de vários países passaram a adotar medidas de prevenção ao Coronavírus como distanciamento social, quarentena, fases de lockdown, uso de máscaras, álcool em gel

1 Trabalho para as disciplinas Cultura Visual: Imagem e Fotografia e Fotografia & Arte: Histórias de Contravisualidades, da MBA Cultura Visual: Fotografia & Arte Latino-americana da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), realizado no primeiro semestre de 2021. 2 Estudante da MBA Cultura Visual: Fotografia & Arte Latinoamericana da Unicap, e-mail: marconicmeireles@gmail.com 3 Estudante da MBA Cultura Visual: Fotografia & Arte Latinoamericana da Unicap, e-mail: tifanny.valente@hotmail.com

para higienização, além de recomendações como a lavagem completa e constante das mãos com água e sabão. Devido à capacidade de transmissão ser grande e dos números altos de óbitos por causa da Covid-19, muitas pessoas começaram a viver com medo, incertezas, prejuízos financeiros, o que levou ao aumento dos casos de problemas de saúde mental.

Enquanto a descoberta da doença vai sofrendo evoluções positivas, com vacinas sendo aplicadas no mundo, as consequências da pandemia ainda não foram completamente calculadas. Mas a recorrência de aspectos emocionais decorrentes do quadro epidêmico tem levado autores a identificar, junto à ocorrência de COVID-19, uma “pandemia do medo” ou a “coronafobia”, correlacionadas ao Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e outros sintomas psicológicos como depressão, transtornos de estresses, síndrome de Burnout, distúrbios do sono, Transtorno Compulsivo Obsessivo (TOC), exaustão e síndrome de Pânico, que passaram a ter um predomínio importante em todo o mundo.

Em uma pesquisa realizada na China com 50.000 participantes, segundo Miranda T. S. et al. (2020), por meio da implementação de questionários, 35% dos participantes confessaram ter passado por experiências de sofrimento psicológico. Outras pesquisas na China também indicaram que 53,8% das pessoas que participaram da entrevista classificaram o impacto psicológico do surto como moderado a grave.

Tendo em vista esses problemas, foi criado um ensaio artístico fotográfico buscando retratar situações de crises psicológicas com jovens adultos (incluindo os autores deste artigo), que ainda seguem enfrentando esses problemas. Como forma de chamar a atenção para as questões descritas acima, espera-se que as pessoas, ao ver essas fotografias, possam sentir um pouco do peso, medo e desespero que um indivíduo vivencia decorrentes das doenças mentais, utilizando uma estética que mistura poses de sofrimento, tristezas e baixa autoestima, com um misto de cores para simbolizar o excesso

de informações, perturbações, intensidades e barulhos mentais.

O objetivo desse projeto fotográfico é de, através das imagens artísticas, mostrar que doenças mentais não são frescuras e nem fáceis de lidar, sendo necessário um cuidado maior, respeito e empatia e busca por especialistas, como psicólogos e psiquiatras para poder auxiliar em um tratamento correto.

METODOLOGIA APLICADA

Para a construção deste projeto, foi adotada como metodologia pesquisas exploratórias e bibliográficas através de leituras de livros, artigos, sites oficiais e conversas com os modelos fotografados buscando ouvir seus relatos a respeito das doenças mentais desenvolvidas durante a pandemia da Covid-19.

Como base de inspiração e referência estética para as imagens artísticas criadas para o ensaio deste trabalho, foram adotados os fotógrafos Diane Arbus e Derrick Ofosu Boateng. Já os teóricos principais que auxiliaram nas pesquisas e agregaram conhecimentos sobre os assuntos abordados neste artigo, foram Nicholas Mirzoeff (2016) e David Le Breton (2006), além do texto científico “Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade e problemas” (BARROS, 2020).

Mirzoeff (2016), ao abordar o direito a olhar, mostra o quanto é importante a criação de fotografias que abordam temáticas fortes e delicadas, ao servir como forma de reflexão e/ou denúncia. Com esse pensamento, foram criadas fotografias em um ensaio artístico, buscando retratar a depressão e a ansiedade dos modelos durante o período pandêmico do Coronavírus através de uma estética colorida, forte e sensível.

(...) o direito a olhar não é simplesmente uma questão de montagem de imagens visuais, mas sim uma questão acerca das bases

sobre as quais tais montagens são capazes de se fazer percebidas como representações de um dado evento que façam sentido. (MIRZOEFF, 2016).

Buscando destacar ainda mais o real sentido que objetivamos alcançar com as fotografias do ensaio artístico, decidimos adotar o fenômeno da sinestesia, defendido por Le Breton (2006), ao incluir, por exemplo, muitas cores nas imagens que pudessem representar som e barulho. Ao inserir os modelos em posições de crise psicológica, de descontrole mental, no meio de tantas cores, passamos a ter o resultado que foi idealizado desde o início. “O corpo projeta um filtro sobre o ambiente, ele encarna um sistema semiológico. A percepção não é a realidade, mas a maneira de senti-la. ” (LE BRETON, 2006, p.29).

Dessa forma, pode-se provocar com essas fotografias vários sentimentos e reflexão sobre a importância de olhar o outro com empatia, na tentativa de quem observar essas imagens possa levar mais a sério o caos mental que esta pandemia fez irromper em diversas pessoas, contribuindo com a necessidade de quebrar paradigmas e preconceitos a respeito de doenças como depressão e ansiedade, podendo, assim, ajudar outras pessoas e até evitar que vidas sejam perdidas.

DOENÇAS MENTAIS NA PANDEMIA DA COVID-19

No texto científico “Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ ansiedade e problemas” (BARROS, 2020), foi possível encontrar dados reais sobre os problemas com a saúde mental na pandemia da Covid-19 no Brasil, através da análise apresentada no texto referente ao questionário elaborado com a utilização do aplicativo RedCap (Research Eletronic Data Capture), cujos resultados foram assim descritos:

De 45.161 respondentes, que incluiu pessoas de todas as macrorregiões do país, 53,6% eram do sexo feminino, 20,3% contavam 60 anos ou mais, e 24,7% 18 a 29 anos de idade; 14,9% registravam antecedente/diagnóstico prévio de depressão. Entre os adultos jovens (...), 44,0% eram estudantes, e 19,2% casados. Entre os idosos, 38,7% eram aposentados e não trabalhavam. Verificou-se que, durante a pandemia, 40,4% se sentiram frequentemente tristes ou deprimidos, e 52,6% frequentemente ansiosos ou nervosos; 43,5% relataram início de problemas de sono, e 48,0% problema de sono preexistente agravado. Tristeza, nervosismo frequentes e alterações do sono estiveram mais presentes entre adultos jovens, mulheres e pessoas com antecedente de depressão. (BARROS, 2020).

É possível observar que as pessoas reagem de maneira diferente a situações estressantes, e isso também se aplica na pandemia da Covid-19. O nível de estresse pode depender da formação, da situação financeira, da história de vida, das características particulares de cada indivíduo e também do lugar em que mora e da sua relação com as pessoas com quem vivem.

De fato, esse aumento dos transtornos mentais e também dos sintomas psíquicos na pandemia pode surgir por diversas causas, sendo diretamente associada ao vírus, como pessoas que foram contaminadas e/ou tiveram alguém querido que sofreu com a doença e/ou chegou a óbito. Mas também pode ter sido provocado por problemas financeiros, medos diversos, dificuldade em permanecer em isolamento social, etc.

Constatou-se que os adultos jovens apresentaram maior prevalência de sintomas negativos de saúde mental no decorrer da pandemia, frente aos participantes nas idades mais avançadas. ‘Sentir-se sempre triste’ é quase o triplo e ‘sentir-se sempre ansioso’ quase o quádruplo nesse segmento etário, em comparação aos mais idosos. Também entre os mais jovens, foi mais frequente o início de problemas de sono durante a pandemia ou o agravamento desses problemas quando preexistentes. (BARROS, 2020).

A partir daí a mente passou a sobrecarregar, provocando diversos estímulos corporais, acionando um cansaço generalizado. Como disse Le Breton (2006, p.59), “os sentidos estão sempre presentes em sua totalidade”, e essa realidade pandêmica passa a atingir todos os nossos sentidos, como o tato (falta de abraços, de tocar o outro, por exemplo), olfato (a máscara passou a interferir a forma de poder respirar mais livre), a visão (os olhos passaram a viver voltados para uma tela, seja celular, TV e demais aparelhos eletrônicos), paladar (com o aumento de apetite ou a perda dele, afetando o peso corporal), e auditivo (excesso de pessoas confinadas na mesma casa falando o tempo todo, ou o incômodo do silêncio).

A FOTOGRAFIA ARTÍSTICA

De acordo com Ferrer (2016), “a fotografia chega à América por volta de 1840”, mas não era reconhecida como arte. Ainda que em países como o Brasil, por exemplo, a fotografia tenha sido considerada

um motivo de interesse desde a primeira metade do século XIX, e tenha chegado a ser recebida nos salões organizados pela Academia de Belas Artes, (...) não significou o reconhecimento da fotografia como uma prática artística plenamente aceita, nem esteve acompanhado, naquele momento, por uma produção teórica que dignificasse a fotografia no país. (FERRER, 2016).

Com a inclusão da fotografia em exposições e demais eventos artísticos, ela começou a ser introduzida na sociedade como arte, passando a ser valorizada, vista e aceita nesse meio. Além disso, o fotógrafo investiu em criar imagens de acordo com sua visão, utilizando o meio para expressar sentimentos, ideias, sonhos, desejos etc., saindo de um estilo voltado para a fotografia jornalística, que cumpria o papel de retratar ou documentar a realidade. Pelo que poderíamos dizer que o conceito da “Fotografia Latino-Americana”, nascido e promovido com os eventos teórico-expositivos de 1978 e 1981, implicou também um processo de “artistificação da fotografia”, (...) que esteve apoiado – em sua tentativa de dar coerência a um conjunto imagético díspar e múltiplo – num discurso que privilegiou certas qualidades estéticas (...). Assim como, (...) o destino final dessas imagens, a coleção permanente até hoje sob a custódia de uma instituição dedicada às artes, desempenha não só a função de perpetuar a memória dessa tentativa de imposição do novo conceito, mas também representa a validação dessa

produção no universo artístico. (FERRER, 2016).

Essa “artistificação da fotografia” possibilitou ao fotógrafo artístico uma maior liberdade de criação, estimulando e desafiando sua criatividade constantemente, além de servir como meio de se expressar e de construir diferentes formas de significação das coisas, e de se aventurar com novos olhares. A autonomia reivindicada pelo direito a olhar tem sido, e continua a ser, oposta pela autoridade da visualidade. Apesar do nome, este processo não é composto apenas de percepções visuais no sentido físico, mas é formado por um conjunto de relações que combinam informação, imaginação e introspecção em uma interpretação do espaço físico e psíquico. (MIRZOEFF, 2016).

A fotografia artística tem como característica uma identidade mais abstrata e conceitual, com objetivo de expressar algo muito particular do fotógrafo, como suas ideias, sentimentos e emoções, não carregando a obrigação de representar a realidade, como na fotografia jornalística. Segundo Le Breton (2006, p. 24), “a condição humana é corporal. O mundo só se dá sob a forma do sensível. Não há nada no espírito que em primeiro lugar não se tenha hospedado nos sentidos”. Assim, o fotógrafo artístico, através do seu olhar, vivência, experiências, cultura, curiosidades, sonhos e desejos, passa a tentar despertar a sensibilidade e a emoção das pessoas através de suas imagens.

EXECUÇÃO E ANÁLISE DO ENSAIO ARTÍSTICO FOTOGRÁFICO

Buscando colocar em prática fotográfica um olhar artístico desses problemas psíquicos referentes à pandemia da Covid-19, foram convidados quatro jovens-adultos, cujos nomes não serão expostos neste trabalho, a fim de preservá-las, para serem modelos representativos desse cenário. Também os dos dois autores deste artigo, que fotografaram um ao outro, por estarem enfrentando doenças como ansiedade e depressão, aplicando uma visão artística ainda mais íntima e proporcionando uma experiência intersubjetiva.

Primeiro foi decido nos inspirar na fotógrafa Diane Arbus, então houve uma longa conversa descontraída e aberta com todos os fotografados, que relataram suas histórias de dores psicológicas que surgiram em 2020 com o passar da vivência pandêmica, estando ainda presentes em cada um deles até o final deste artigo. Essa conversa foi bastante importante para os fotógrafos poderem entender melhor a angústia de cada um, facilitando seus olhares criativos para retratar esses sentimentos e sensações negativas que foram citadas.

Arbus podia passar horas com seus modelos antes de iniciar a sessão de fotos. Essa talvez seja a razão pela qual seus retratados nos parecem tranquilos, às vezes, até inconscientes da sua diferença. Não há “flagrante”, não há “instante decisivo” nas suas imagens. (MENDES, 2013).

A partir dessa conversa, da mesma forma que Diane Arbus conseguia fotografar de forma espontânea, deixando as pessoas à vontade, foi possível também fazer as fotografias dos modelos de maneira tranquila, com muita espontaneidade, tendo uma total entrega e confiança. Assim, iniciou-se, no Parque do Carmo, na

cidade de Olinda, PE, ao ar livre, os cliques deste projeto artístico, tentando inserir dores de sentimentos pessoais em cada imagem, como Diane Arbus fez.

Ao definir as poses de cada modelo, foi decidido adotar a ideia de representar momentos de crises de cada um através de posições corporais que mais se repetiu durante essas ocasiões, levando em consideração Le Breton (2006, p. 28), ao dizer que “o corpo não é uma matéria passiva, sujeita ao controle da vontade, por seus mecanismos próprios, ele é de imediato uma inteligência do mundo, uma teoria viva aplicada ao seu meio ambiente. ”

Imagem 1 – Preso nos pensamentos. Fonte: Feita pelos autores, 2021

Imagem 1 – Preso nos pensamentos. Fonte: Feita pelos autores, 2021

Já na pós-produção, optamos por uma estética bastante colorida, com cores fortes, nítidas, saturadas em todo cenário de cada fotografia, tendo como referência o fotógrafo de 21 anos, Derrick Ofosu Boateng, da cidade de Acra, em Gana, que faz seu trabalho fotográfico artístico utilizando um iPhone do pai.

Em sua conta do Instagram, o jovem fotógrafo já possui 53.400 mil seguidores. Boateng tem como estética final adicionar cores vibrantes e irreais no Photoshop, e, muitas vezes, escolhe as que existem na bandeira do Gana. A cor é uma necessidade vital. É uma matéria-prima indispensável à vida, como a água e o fogo. Não é possível conceber a existência dos homens sem um ambiente colorido. As plantas, os animais se colorem naturalmente; o homem se veste com cores. Sua ação não é só decorativa, é psicológica. Ligada à luz, ela se torna intensidade, se torna necessidade social e humana. (LÉGER, 1989, p. 93).

Ao adotar uma estética semelhante à de Boateng, com várias cores vibrantes, foi intencional para o resultado final de cada imagem deste ensaio visual artístico a junção das poses com o cenário multicor, representando a inquietação da mente, além da angústia, do desespero, e do excesso de informação que persistem em atormentar os pensamentos ansiosos e depressivos, que estão implícitos nos cenários.

Imagem 3 – Solidão fora do coração. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 4 – Quase para de tanto bater. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 5 – Barulhos da mente. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 6 – Mãe em tempo integral. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 7 – Quando está escuro, enxergo melhor. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 8 – Nova forma de tocar o outro. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 9 – Grito de socorro preso na garganta. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Imagem 10 – Solidão grande, me sentindo pequena. Fonte: Feita pelos autores, 2021.

Em cada imagem há, de certa forma, uma tensão marcante. Os planos de enquadramento se integram e se contrapõem como árvores, nuvens e concretos. Com cores fortes, vibrantes e também suaves, mas, em conjunto, se tornam gritantes, reforçando o fenômeno neurológico de sinestesia ao associar cor com som, e a textura que existe nas imagens busca gerar sensações no tato. Todas foram feitas com celulares (Xiaomi Mi A2, iPhone 11 e Samsung Galaxy S20FE) e, na pós-produção, foram tratadas e manipuladas nos softwares de edição Adobe Photoshop e no Adobe Lightroom.

CONCLUSÃO

A partir da realização do ensaio fotográfico artístico e de uma análise sobre doenças psíquicas como a depressão e ansiedade que muitas pessoas passaram a sofrer durante a pandemia da Covid-19, percebeu-se que há uma necessidade de ter determinados cuidados nas criações e pós-produção de fotografias artística buscando colocar ideias, sentimentos e sensações nelas, para que o resultado cumpra o dever de provocar emoções nas pessoas que irão ver essas imagens.

Observamos que buscar referências de fotógrafos, pesquisar sobre o tema que se deseja abordar para conhecer melhor sobre o assunto e, se houver pessoas que serão retratadas, conversar antes com elas, pode tornar o trabalho mais fiel ao que se idealiza, ao que se sente, além de ajudar estimulando ainda mais a criatividade.

Para este trabalho, os fotógrafos Diane Arbus e Derrick Ofosu Boateng foram de muita importância para a criação das imagens, e os teóricos, como Nicholas Mirzoeff (2016) e David Le Breton (2006), serviram de auxílio para aprofundar conhecimentos e interpretações artríticas fotográficas, atingindo assim o objetivo es-

perado para este projeto, com imagens artísticas fortes que podem servir de reflexão para as pessoas que sofrem psicologicamente durante a pandemia, e principalmente para as demais pessoas poderem saber como ajudar quem está sofrendo de depressão, ansiedades etc. Dessa forma, poderá haver uma relação saudável entre quem enfrenta doenças psicológicas, seus familiares, amigos e colegas, e os especialistas da área da saúde, sem que haja nenhum desgaste entre todas as partes, nem emocional e nem físico.

REFERÊNCIAS

BARROS, M. B. de A. et al. Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade e problemas de sono na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19. Epidemiol. Ser. Saúde, Brasília, v. 29, n. 4, e2020427, 2020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S223796222020000400311&tlng=pt BOATENG, Derrick. Derrick Ofosu Boateng Art photography. 2018. Disponível em: https://derrickboateng340. wixsite.com/derrickofosuboatenga FERRER, Mónica Villares. Contexto para um nascimento/ invenção: a “Fotografia Latino-Americana” como conceito. Revista Studium, n. 38, 2016. Disponível em: https:// www.studium.iar.unicamp.br/38/05/index.html LE BRETON, David. Antropologia dos Sentidos. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2006. LÉGER, Fernand. Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989. MENDES, André Melo. Diane Arbus e o estranho nosso de cada dia. Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, Belo Horizonte, v. 7, n. 13, out. 2013. MIRZOEFF, Nicholas. An introduction to visual culture. London: Routledge, 1999.

MIRZOEFF, Nicholas. O direito a olhar. In: ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 18, n. 4, p. 745-768, nov. 2016. ISSN 1676-2592. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp. br/ojs/index.php/etd/article/view/8646472 MirandaT. S.; SoaresG. F. G.; AraujoB. E.; FagundesG. H. A.; do AmaralH. L. P.; SoaresH. C.; TavaresK. S.; de FassioL. R.; MotaT. do N.; GonçalvesY. de A. Incidência dos casos de transtornos mentais durante a pandemia da COVID-19. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 17, p. e4873, 31 dez. 2020. MONTEIRO, Renata. Derrick fotografa os amigos com iPhone do pai e as cores do Gana. África, 2020. Disponível em: https://www.publico.pt/2020/04/19/p3/fotogaleria/ derrick-fotografa-amigos-iphone-pai-cores-gana-400149

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