Beauty Fair Negócios - Edição 10 - 2019

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EDIÇÃO 10 | ANO 4 | FEVEREIRO 2019

NEGÓCIOS

DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR PARTICIPA DE UMA SEMANA INTENSA DE CONTEÚDO EM NOVA YORK

O VAREJO É FEITO DE PESSOAS ENTENDA PORQUE CONSUMIDOR E COLABORADOR DESEMPENHAM PAPÉIS IGUALMENTE IMPORTANTES EM SEU NEGÓCIO

EXPERIÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO

CULTURA DIGITAL

O MODELO AMERICANO QUE ENCANTA O CLIENTE

IMPLANTE AGORA OU FIQUE FORA DA COMPETIÇÃO

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• Tubo longo • Máximo deslizamento • Temperatura 210 °C • 1 polegada / 25mm • Chave liga e desliga • Cabo giratório de 3 metros • Bivolt automático

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DeBRITO

A TAIFF ENTROU NA ONDA COM TUDO. CHEGOU O NOVO MODELADOR FOX ION 3.

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EDITORIAL

O SEGREDO ESTÁ NAS RELAÇÕES HUMANAS uito antes de o relacionamento entre pessoas e a humanização estar no centro das discussões da NRF, como aconteceu neste ano, este já era um assunto que sempre foi colocado em pauta na Beauty Fair, que, aliás, tem em seu DNA esse conceito de estreitar relações, seja entre profissionais da beleza, seja entre indústria e varejo. Neste ano, o quarto em que levamos uma Delegação, formada por algumas das principais redes de perfumaria do Brasil à Nova York percebemos o quanto este assunto tornou-se recorrente, e já não era sem tempo. Afinal, sem uma boa relação, não há negócio, não há evolução. Costumo dizer que essa viagem, cheia de conteúdo e conhecimento, é muito mais sobre networking e estreitamento de relações do que uma viagem para visitar a maior feira de varejo do mundo. É claro que não podemos tirar o destaque da NRF Retail’s Big Show, principalmente por ser ali que se reúnem os principais tomadores de decisões

e formadores de opiniões do varejo; e por ser ali que vemos grandes tendências, que nos permitem nos anteciparmos a muitas coisas que ainda acontecerão no Brasil, entre tantos outros fatores. É certo dizer que a ida da Delegação Beauty Fair aos Estados Unidos é algo que vai além de obter informação sobre o mercado. É a troca de ideias, as inspirações e reflexões entre pessoas que têm o mesmo objetivo: desenvolver o setor de perfumaria e beleza no Brasil. E é sobre relacionamentos, tendências, conceitos, novidades e insights que esta edição da Beauty Fair Negócios está pautada. Nas páginas a seguir, você encontrará a cobertura completa da viagem da Delegação Beauty Fair à Nova York, além de informações que poderão ajudá-lo a enxergar o varejo de uma forma diferente. Afinal, não adianta fazer sempre o mesmo e querer resultados distintos. Convido você a acompanhar todos os detalhes desta imersão no varejo mundial e a participar do nosso grupo. Programe-se, pois a Delegação Beauty Fair estará presente novamente em Nova York em janeiro de 2020!

Cesar Tsukuda Diretorsuperintendente da Beauty Fair 4

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DeBRITO

beautyfair .com.br

PODE! VENHA VIVER A LIBERDADE, AS CORES, AS NOVIDADES E A CRIATIVIDADE QUE ESTÃO VINDO AÍ COM A 15a BEAUTY FAIR.

7 a 10 de setembro Expo Center Norte São Paulo-SP – Brasil

BEAUTY FAIR O maior evento de beleza das Américas

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SUMÁRIO

8 | NRF 2019

AS NOVIDADES DA 108ª EDIÇÃO DA MAIOR FEIRA DE VAREJO DO MUNDO

12 | PESSOAS CLIENTE E COLABORADOR DEVEM ESTAR NO CENTRO DO SEU NEGÓCIO

16 | CHINA EXEMPLO EM TECNOLOGIA E EXECUÇÃO, O PAÍS TEM MUITO A ENSINAR PARA O VAREJO MUNDIAL

22 | TRANSFORMAÇÃO

ENTENDA OS MOTIVOS PELOS QUAIS É IMPORTANTE TER UMA CULTURA DIGITAL BEM DEFINIDA EM SUA EMPRESA

26 | INOVAÇÃO CONHEÇA ALGUMAS DAS TECNOLOGIAS APRESENTADAS DURANTE VISITA AO EXPO HALL DA NRF 2019

30 | ONE CHANNEL SAIBA MAIS SOBRE ESTE CONCEITO E APLIQUE JÁ EM SEUS NEGÓCIOS

34 | MODELOS DE NEGÓCIO JULIO TAKANO LIDERA VISITA TÉCNICA POR LOJAS QUE SÃO DESTAQUE DO VAREJO EM NOVA YORK

38 | RELACIONAMENTO BEAUTY FAIR PROMOVE JANTARES PARA APROXIMAR INDÚSTRIA E VAREJO

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DIRETOR-SUPERINTENDENTE Cesar Tsukuda

40 | CLESS, TAIFF E VULT ONE WORLD TRADE CENTER, ONE WORLD OBSERVATORY E JANTAR NO ONE DINE COMPLETAM A EXPERIÊNCIA OFERECIDA PELAS EMPRESAS

GERENTE EDUCACIONAL E DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Marie Suzuki Fujisawa GERENTE DE COMUNICAÇÃO Deborah Huff GERENTE DE MARKETING DIGITAL Karina Melo Sancinetti

44 | COTY

GERENTE COMERCIAL Mara Carneiro

50 | KISS NEW YORK

GERENTE NOVOS NEGÓCIOS Patrizia Battaglia

SIGHTSEEING, VISITA À SEDE E ALMOÇO FIZERAM PARTE DA PROGRAMAÇÃO ESPECIALMENTE CRIADA PARA OS VAREJISTAS

VISITA ÀS DEPENDÊNCIAS DA NOVA SEDE, WORKSHOP DE UNHAS E JANTAR TRADICIONAL COREANO MARCARAM AS ATIVIDADES DA EMPRESA

EXECUTIVAS DE CONTAS Guigui Lago Patricia Dias Fernanda Gonçalves Kellen Cyrillo

PRODUÇÃO GRÁFICA Cibele Sumie Ono PROJETO GRÁFICO Daybook Editora

54 | L’ORÉAL

EMPRESA PROMOVE MANHÃ DE ATIVIDADES E INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO, INCLUINDO ALMOÇO EM RESTAURANTE CONCEITUADO DE NY

60 | SKINCARE A CATEGORIA PROMETE GRANDES OPORTUNIDADES PARA OS VAREJISTAS DE PERFUMARIA BRASILEIROS

64 | INSIGHTS NRF 2019

SAIBA QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS LIÇÕES DESSA EDIÇÃO DA NRF POR EDUARDO TERRA E ALBERTO SERRENTINO

70 | HARVARD CLUB GRANDES NOMES DO VAREJO INSPIRARAM OS PARTICIPANTES DURANTE EVENTO EXCLUSIVO

76 | ATERRISSAGEM IDEIAS E PONTOS DE VISTA FORAM COMPARTILHADOS DURANTE AS REUNIÕES DA DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR

REDAÇÃO EDITORA-CHEFE Fabíola de Freitas REPÓRTER Isabela Lessak DESIGNERS Raphaella Baptista Jorge Toth Rubi Okamoto TRATAMENTO DE IMAGEM Douglas Lastri COLABORADORES Foto: Douglas Matsunaga REVISTA BEAUTY FAIR NEGÓCIOS edição 10 ano IV é uma publicação Beauty Fair Eventos e Promoções LTDA. A REVISTA BEAUTY FAIR NEGÓCIOS não se responsabiliza pelos conceitos emitidos por colunistas, entrevistados e anunciantes. REDAÇÃO Rua Teixeira da Silva, 54 – Conj. 61/62 Bela Vista – São Paulo – SP CEP 04002-030 - Tel.: (11) 2503-6752 PUBLICIDADE Rua Galvão Bueno, 41 – 9º andar Liberdade – São Paulo, SP – CEP 01506-000 Tel.: (11) 3373-4633 Patrocínio:

Curadoria:

Apoio Institucional:

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NRF 2019

INSPIRAÇÃO & OPORTUNIDADES SAIBA MAIS SOBRE A NRF 2019: RETAIL’S BIG SHOW E A PARTICIPAÇÃO DA DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR NESTE GRANDE EVENTO DO VAREJO MUNDIAL

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onteúdo, inspiração, mais conteúdo, mais inspiração e, em meio a tudo isso, uma certeza: há, sim, oportunidades para o varejo físico. Afinal, quem foi mesmo que disse que ele estava morto? Como afirmou Matthew Shay, presidente e CEO da National Retail Federation, “o varejo não está de volta porque

C

ele nunca foi a lugar nenhum”. Concorda? Se você ainda tem dúvidas, basta olhar os dados da NRF 2019 que comprovam isso: mais de 38 mil pessoas estiveram presentes nos três dias do evento em busca de informações, soluções tecnológicas, inovações e relacionamento para melhorar e fortalecer seus negócios. Ou seja, tomadores de decisão, formadores de opinião e varejistas em geral acreditam no futuro do varejo. Que, aliás, já é agora!

Números de

2019 38 mil VISITANTES

16 mil VAREJISTAS

800 EXPOSITORES

99 PAÍSES

2 mil BRASILEIROS

Delegação Beauty Fair no Jacob Javits Convention Center (Nova York)

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NRF 2019

NO CENTRO DO VAREJO O consumidor e o colaborador nunca foram tão discutidos como nesta edição da NRF. Eles são parte fundamental do varejo e estar atento a esses dois grupos de pessoas e, principalmente, saber ouvi-los é imprescindível para quem deseja ter competitividade no mercado. Além disso, ter uma cultura e propósitos bem definidos são igualmente importantes, pois permitem que tanto colaborador quanto cliente estejam engajados com o seu modelo de negócio. E sem engajamento, sem identificação com a cultura da sua empresa, não é possível ter a fidelidade de nenhum dos dois grupos. Leia mais sobre o assunto na página 12.

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA Com mais de 800 expositores e somente três dias de evento seria impossível conhecer todas as novidades apresentadas no Expo Hall. Por meio da curadoria feita por Grasiela Tesser, diretora comercial da NL Informática, e Daniel Pozza, gerente da área de serviços da NL Informática, foi possível conhecer as principais inovações deste ano ao longo de um tour de quase duas horas por diversos estandes. Durante a visita guiada, foram vistas algumas tecnologias já conhecidas, embora muitas ainda não sejam utilizadas no Brasil; e outras inovadoras, como a unmaned store, ou loja sem humanos, sem funcionários; além do drone para checagem de estoque. O resumo desse tour pelos estandes você confere a partir da página 26.

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FÍSICO E ON-LINE: INIMIGOS OU PARCEIROS? Esqueça o que você já ouviu sobre o fim das lojas físicas. Se essa informação obtida em algumas edições anteriores da NRF te chocou, fique tranquilo(a), pois o varejo físico tem, sim, seu espaço nesse mundo de transformações que estamos vivendo. No entanto, para se manter vivo e competitivo, a solução é garantir a integração do físico com o on-line. E não estamos falando de ter uma loja física e um e-commerce não. Entenda mais sobre o conceito de integração desses dois modelos – totalmente complementares, vale dizer – na página 30.

EMPODERAMENTO FEMININO Um assunto tão em voga atualmente não poderia ficar de fora da maior feira de varejo do mundo. Em parceria com a The Female Quotient, que fornece a empresas e líderes pesquisas e ferramentas para promover a igualdade de gêneros, a NRF criou o espaço The Girls’ Lounge. Ao longo dos três dias de feira, mais de 40 líderes femininas do varejo, tecnologia e negócios, que têm influenciado a indústria do varejo, falaram no espaço aberto a todos os visitantes – homens e mulheres. De acordo com Artemis Berry, vice-presidente de filiação da NRF, “cada uma dessas líderes foi escolhida a dedo para desafiar, inspirar e encorajar os visitantes a redefinir suas marcas, explorar oportunidades de trabalho juntos e constantemente promover mudança”.

O que acontece em NY, vem para o Brasil A DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR, FORMADA POR ALGUMAS DAS PRINCIPAIS REDES VAREJISTAS DE PERFUMARIA DO BRASIL, MARCOU PRESENÇA PELO QUARTO ANO CONSECUTIVO NA MAIOR FEIRA DE VAREJO MUNDIAL. O GRUPO DE 50 PESSOAS – ENTRE VAREJISTAS E REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA DE BELEZA – FEZ UMA VERDADEIRA IMERSÃO NO VAREJO INTERNACIONAL EM BUSCA DE INSIGHTS PARA APLICAR NO DIA A DIA DE SEUS NEGÓCIOS. AO FINAL DOS TRÊS DIAS DE FEIRA, O SALDO FOI MAIS DO QUE POSITIVO: ESTAR EM UM EVENTO QUE RESPIRA VAREJO E OFERECE TANTO CONTEÚDO É REALMENTE INSPIRADOR. E, MAIS DO QUE ISSO, PARTICIPAR DE UMA SEMANA INTEIRA – E INTENSA! – DE CONHECIMENTO E ATIVIDADES, COM UM GRUPO QUE TEM OBJETIVOS EM COMUM, QUE É O DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE PERFUMARIAS, FACILITA A TROCA DE IDEIAS, A OBTENÇÃO DE INSIGHTS E GARANTE UMA NOVA PERSPECTIVA. NA PÁGINA 76, VOCÊ ENCONTRA A OPINIÃO DOS PARTICIPANTES SOBRE A VIAGEM E ENTENDE POR QUE É IMPORTANTE FAZER PARTE DA DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR.

Programe-se! A DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR JÁ ESTÁ CONFIRMADA PARA A PRÓXIMA EDIÇÃO DA NRF RETAIL’S BIG SHOW EM 2020 E VOCÊ É NOSSO CONVIDADO! ESTEJA CONOSCO NO PERÍODO DE 11 A 18 DE JANEIRO, EM NOVA YORK, NOS ESTADOS UNIDOS, E NÃO PERCA A OPORTUNIDADE DE VISITAR A MAIOR FEIRA DE VAREJO DO MUNDO E FAZER PARTE DO GRUPO COMPOSTO PELOS PRINCIPAIS TOMADORES DE DECISÃO DO VAREJO DE BELEZA BRASILEIRO! 11

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PESSOAS

AS PESSOAS NO CENTRO DO NEGÓCIO NESTA EDIÇÃO DA NRF RETAIL’S BIG SHOW, CONSUMIDORES E COLABORADORES FORAM TEMA DE INÚMERAS APRESENTAÇÕES E ISSO FAZ TODO O SENTIDO. SAIBA MAIS! É verdade que o consumidor desempenha um papel importante no varejo, mas é correto afirmar que os colaboradores de uma empresa também têm função de destaque, principalmente nesse mercado. Como disse Rosalind Chrevreuil, vice-presidente sênior de recursos humanos da Best Buy, durante a palestra “As pessoas é que fazem os lugares”, “funcionários felizes fazem os clientes felizes que, por sua vez, fazem as outras partes interessadas – gerentes, proprietários, etc. – felizes”. E é verdade. Cada vez mais consciente do grande papel que as pessoas desempenham em um negócio é que inúmeras apresentações da NRF 2019: Retail’s Big Show foram pautadas. Num momento em que a experiência tem contado mais do que o produto em si, dar ao cliente o que ele deseja, seja um simples “bom dia” ou uma explicação, faz toda a diferença. Segundo Tina Sharkey, cofundadora COM ENTREGA E DEVOLUÇÃO GRÁTIS NÓS PENSAMOS QUE ESTARÍAMOS e CEO da Brandless, QUEBRANDO BARREIRAS, MAS TIVEMOS QUE PENSAR EM OUTRAS MANEIRAS PARA “nossa marca não é sobre QUE OS CLIENTES PUDESSEM INTERAGIR COM O PRODUTO. QUANDO AS PESSOAS nenhum produto que TOCAM E SENTEM O PRODUTO PESSOALMENTE VOCÊ CONSTRÓI CREDIBILIDADE vendemos; é sobre os E CONFIANÇA. ISSO NOS FEZ MAIORES DO QUE REALMENTE SOMOS, E NÃO É POR relacionamentos que são ISSO QUE ELES DEIXAM DE VIR ATÉ NÓS ATRAVÉS DO ON-LINE TAMBÉM. criados”. Alguma dúvida Rachel Cohen, cofundadora e coCEO da Snowe, marca de produtos para casa, de que ela tem razão? durante a palestra “Ecossistema das startups: construindo marcas que quebram padrões” 12

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“Dê realmente ao cliente um lugar na mesa para garantir que sua voz seja ouvida ou esteja envolvida em todos os aspectos da organização, nos níveis mais altos e no topo da organização. Acho também que é muito importante criar uma experiência que desafie. Na Chico’s, há cerca de dois anos, entramos em uma sala, provavelmente 60 ou 70 de nós. Éramos de designers assistentes até membros do conselho e o único requisito era: deixar seu título

na porta, colocar o cliente no centro e entrar na sala. E nós realmente deixamos aquela sala dois dias depois com uma jornada do cliente definida. E dois anos depois, isso ainda está vivo, bem e evoluindo. E acho que alguns pontos que saíram dessa sala e que são realmente importantes para nós estão alinhados à estratégia do cliente, mas também à mudança de cultura.” Ann Joyce, diretora-executiva de consumo e vice-presidente executiva da Chico’s

“Mudança cultural é a mudança mais difícil. Gosto de pensar que éramos inteligentes e firmes anteriormente e, agora, somos apenas centrados no cliente. É preciso ter curiosidade, mas entender o que ele quer saber, por que você quer conhecê-lo e, em seguida, deixar de lado todo o ruído que os dados podem criar para você. Muitas marcas, que têm um ciclo lento, precisam ser mais responsivas e fazer as perguntas certas sobre o cliente.” Michael Gilbert, vice-presidente executivo de desenvolvimento de produtos da Kohl’s

“O cliente nunca está errado. E isso é difícil, pois nem sempre incorporamos as informações e nos responsabilizamos pelos erros que cometemos. Isso me lembrou de uma citação da Ford que dizia que, às vezes, não é sobre o cliente estar errado, mas talvez seja sobre como resolver um problema que ele não sabe que tem.”

“Lealdade é pessoal, emocional. Se a pessoa decide permanecer numa mesma empresa, isso tem a ver com conexão, com emoção. Nós prestamos atenção no plano de carreira e nos certificamos de que essas pessoas estão tendo a oportunidade de crescer dentro da companhia. Nós tratamos todos os colaboradores e pessoas que aplicam para nossas vagas como cliente e isso começa com a forma como falamos com eles. Independentemente do que façamos, as pessoas sempre estão no centro de tudo. Sejam os clientes, sejam os colaboradores.”

Mark Chrystal, diretor-executivo analítico da rue21

Rosalind Chrevreuil vice-presidente sênior de recursos humanos da Best Buy

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SE VOCÊ FALAR COM O NOSSO FUNDADOR, HAMDI ULUKAYA, ELE DIRÁ PARA SEMPRE COLOCAR AS PESSOAS NO CENTRO, SEJA NAS COMUNIDADES, SEJA NAS FÁBRICAS, OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR. ELE DIZ PARA CONSTRUIR PROGRAMAS EM TORNO DAS PESSOAS, O QUE EU ACHO QUE É UMA COISA MUITO PODEROSA. AGORA PROCURAMOS POR UMA COMBINAÇÃO DE PESSOAS E CONTRATAMOS GENTE DE GRANDES EMPRESAS DE ALIMENTOS E GOSTAMOS DE DIZER QUE CONTRATAMOS OS MELHORES DOS MELHORES. MAS NÓS CONTRATAMOS PESSOAS QUE SÃO CORAJOSAS, CURIOSAS, CRIATIVAS E QUE BUSCAM DESAFIAR A SI MESMAS E DESAFIAR AS CONVENÇÕES. E, PORTANTO, A CONTRATAÇÃO É UM REFLEXO DIRETO DA CULTURA DA NOSSA EMPRESA. Peter McGuiness, chefe comercial e marketing da Chobani, empresa de iogurte e laticínios

MILLENNIALS AINDA SÃO O FOCO Em palestra ministrada por Kirk Goldman, vice-presidente de estratégia de varejo da Toshiba Global Commerce Solutions, diversos aspectos e características da geração millennial foram abordados e, muitas vezes, o executivo traçou um comparativo entre essa e outras gerações. Embora todos queiram estar engajados no universo digital, Kirk pontuou algumas diferenças entre os perfis. “Os mais velhos usam a internet, mas apostam mais em sites e e-mail. Os mais novos e os millennials usam as redes sociais e o YouTube. As crianças vão direto no YouTube, que é o local que provê informação a eles. E as crianças são os clientes do futuro”, afirmou dando a dica para que os varejistas comecem a olhar de

forma diferente para esse público, que não consome diretamente, mas que já exerce poder sobre seus pais em relação às compras. Ele disse também que são três os principais pontos que fazem o consumidor ser leal a uma marca: qualidade, ser fácil de comprar e ser conveniente. Para quem aposta e acredita que os programas de fidelidade são a chave do sucesso em qualquer varejo, Kirk relembrou que nos anos 80 não havia esse tipo de serviço e ainda assim as pessoas eram fiéis às marcas. De acordo com uma pesquisa feita pela empresa, os programas de fidelidade retém 18% dos clientes, enquanto 44% é consumidor novo. Fazer o varejista refletir foi o que basicamente fez o vice-presidente de estratégia da Toshiba durante sua apresentação. Ao longo do seu discurso ele também ressaltou um

Fotos: Shutterstock

PESSOAS

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E ainda temos a Geração Z! Não dá para esquecer tudo o que os millennials ensinam ao varejo dia após dia, mas além de estar atento a esse perfil de pessoas, é importante já ir se habituando com a Geração Z, que consiste naqueles que nasceram de 1995 em diante e já são 2,5 bilhões ao redor do mundo. Eles são nativos digitais e têm expectativas ainda maiores, principalmente quando falamos do universo do qual eles já sabem tudo. Se você não pensar em uma entrega no mesmo dia ou não ter uma experiência digital incrível, por exemplo, você já não será relevante para esse público. E para que você já vá se acostumando com essa geração, na NRF 2019 tivemos acesso a uma lista que revela como esse perfil é diferente dos outros que você já conhece. Saiba mais!

• ELES QUEREM

FAZER PARTE DA PERSONALIZAÇÃO

ponto: “Quem disse que todo consumidor deseja um check out self-service?”, tecnologia que vem sendo implantada por muitas empresas. Ele exemplificou sua pergunta com alguns dados:

participando de campanhas, dando insights sobre os produtos que você está desenvolvendo.

MILLENNIALS E GERAÇÃO X

BABY BOOMERS

41% preferem self-service checkout 24% preferem checkouts comuns 15% preferem “scan and go” 21% preferem o seamless (ex. Amazon Go)

31% preferem self-service checkout 44% preferem checkouts comuns 13% preferem “scan and go” 13% preferem o seamless (ex. Amazon Go)

Ou seja, cada vez mais se torna necessário conhecer muito bem seu cliente para saber suas preferências e, assim, oferecer a melhor experiência para ele, seja através da forma de comunicação, seja por meio de programas de fidelidade, experiência, etc.

• GOSTAM DA

• O CELULAR É TUDO

PARA ELES, por isso sua primeira interação e contato com o varejo costuma ser por meio de um aparelho celular.

• SÃO PRAGMÁTICOS e possivelmente apostarão em marcas que oferecem durabilidade e não apenas porque são legais ou estão na moda.

• PROVAVELMENTE

ESTARÃO À FRENTE DA ADOÇÃO DE PAGAMENTO MÓVEL, que será tão

normal quanto as formas que conhecemos hoje.

EXPERIÊNCIA DA LOJA FÍSICA e, com isso,

• ELES JÁ NASCERAM

acabam com a ideia de loja virtual e física separadas; tudo é uma coisa só.

muitos não fazem ideia de como funcionou a era pré-digital.

NO MUNDO DIGITAL e

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CHINA

O FUTURO DO VAREJO – NA CHINA – É AGORA ENTENDA POR QUE O PAÍS É UM GRANDE EXEMPLO E DEVE SERVIR DE INSPIRAÇÃO PARA OS MODELOS DE NEGÓCIOS BRASILEIROS

unca se ouviu falar tanto na China. Com uma cultura de inovação totalmente clara e bem definida, seria impossível não tomar o país como exemplo quando falamos de varejo. E sabe por que essa cultura de inovação é tão forte? Porque a China não tem medo de arriscar; a velocidade com que decide e implementa estratégias, sem pensar muito em seus riscos e se vai funcionar ou não, pode ser um dos fatores fundamentais do efeito chamado Leap Frog (veja mais na página 64), que está relacionado ao seu salto estratégico e tecnológico. A China passou de uma economia voltada para a exportação para uma economia impulsionada pelo consumo. E o New Retail, ou Novo Varejo, em tradução livre, tornou-se

reflexo disso. Enquanto muitos varejistas se prendem à questão do on-line versus off-line – ou e-commerce versus loja física – (veja mais na página 30), a China não vê diferença e coloca os dois modelos como complementares. Jessica Liu, executiva de moda do Alibaba, em entrevista para a Forbes, no final do ano passado, definiu bem como as empresas do segmento em que atuam devem ser e, talvez, sua fala possa se encaixar em um discurso que outros varejistas, de qualquer parte do mundo, também precisam ter. “A coisa mais importante é ser mente aberta; ser aberto para novas inovações e para os dados. Mesmo que tenham sucesso no mundo físico, se não estiverem abertos para a nova tecnologia, para os dados ou para a inovação, será difícil se achar no mundo on-line”, disse.

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New Retail Essa expressão foi utilizada em 2017 por Jack Ma, co-fundador do Alibaba, em uma carta destinada a seus acionistas, em que dizia: O COMÉRCIO, COMO O CONHECEMOS, ESTÁ MUDANDO DIANTE DE NOSSOS OLHOS. ‘O E-COMMERCE’ ESTÁ EVOLUINDO RAPIDAMENTE PARA O ‘NOVO VAREJO’. A BARREIRA ENTRE O COMÉRCIO OFF-LINE E O ON-LINE DESAPARECE ENQUANTO ESTAMOS FOCADOS EM PREENCHER AS NECESSIDADES DE FORMA PERSONALIZADA PARA CADA CLIENTE. NA CHINA, NOSSA INICIATIVA DE NOVO VAREJO ESTÁ TOMANDO FORMA CONFORME COMEÇAMOS A PONTUAR NOSSA ESTRATÉGIA COMO ‘FIVE NEW’, COMPREENDIDA EM NEW RETAIL (NOVO VAREJO), NEW FINANCE (NOVA FINANÇA), NEW MANUFACTURING (NOVA MANUFATURA), NEW TECHNOLOGY (NOVA TECNOLOGIA) E NEW ENERGY (NOVA ENERGIA).

Jack Ma, co-fundador Alibaba

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CHINA

MEIOS DE PAGAMENTO Com inúmeros investimentos em tecnologia, a China se destaca também em relação aos meios de pagamento. Na maioria dos países desenvolvidos, dinheiro, cartões de crédito e débito, cheques, e também o e-payment mobile, além do mais recente reconhecimento facial, são algumas das formas de pagamento utilizadas. Mas os chineses vão tão além, que nos fazem ter a sensação de que até mesmo nossa melhor e mais inovadora tecnologia nesse quesito é algo quase obsoleto. Para entender esse ecossistema chinês é importante levar em consideração que cartão de crédito ou PayPal já não são considerados meios de pagamento por lá. O que está dominando o mercado é o AliPay e o WeChat Pay. E por que essas tecnologias se tornaram tão importantes? É simples: pela conveniência e facilidade de uso que oferecem. O AliPay foi desenvolvido pelo Alibaba com a expansão de suas plataformas de e-commerce, a Taobao e a Tmall. Ele é usado tanto em pagamentos on-line quanto off-line e é considerado

o mais utilizado na China, tendo perdido um pouco sua dominância com o surgimento do WeChat Pay. Mesmo assim, se considerarmos os dois meios juntos, o AliPay e o WeChat Pay representam mais de 90% dos pagamentos feitos na China. Já o WeChat Pay é mais recente, mas foi criado para ganhar aceitação imediata. Aliás, ele já ultrapassa o AliPay em número de usuários registrados, embora não seja maior em volume de transações. Embora sejam parecidos, o WeChat Pay, por ser parte do WeChat app, funciona em todos os dispositivos móveis e cerca de 90% dos smartphones na China já chegam ao usuário com o WeChat instalado, fazendo com que este meio de pagamento seja ainda mais conveniente. Outro diferencial é o chamado “red envelope”, ou envelope vermelho, em tradução livre, que permite o envio virtual de dinheiro para amigos e família em ocasiões especiais. Há registros de que, na celebração do Novo Ano Lunar, em fevereiro de 2018, 768 milhões de pessoas enviaram o “red envelope”, ou seja, 55% da população chinesa.

ALIPAY No modo off-line depende do QR Code: o cliente analisa o QR Code da conta do vendedor com o aplicativo AliPay ou o vendedor explora o QR Code gerado no telefone do consumidor. Vários serviços já estão integrados no aplicativo e permitem que os usuários paguem contas, façam compras de passagens, reserva de táxi, etc., tudo dentro do aplicativo.

WECHAT PAY Usado on-line e off-line. Funciona da mesma forma que o AliPay, com QR Code gerado pelo aplicativo. Além de poder ser usado para pagar contas, comprar produtos, chamar um táxi, etc., o WeChat continua a expandir seus serviços para vários produtos financeiros − de fundos de investimento a seguros −, permitindo que os usuários paguem por meio do app.

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Alibaba Group Durante a NRF 2019, Michael Evans, presidente do Alibaba Group, participou de um bate-papo com Ian McGarrigle, presidente do World Retail Congress. Confira um trecho dessa conversa. HÁ ALGUMAS SIMILARIDADES ENTRE ALIBABA E AMAZON, MAS EU PREFIRO DESTACAR ALGUMAS DIFERENÇAS PARA CONTEXTUALIZAR UM POUCO O QUE É O ALIBABA GROUP.

SOMOS UM MARKETPLACE; NÃO SOMOS VAREJISTAS, O QUE SIGNIFICA QUE CONECTAMOS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, MARCAS E VAREJISTAS DIRETAMENTE COM O CONSUMIDOR. E A IMPORTÂNCIA DISSO É, NÚMERO UM: A GENTE NÃO COMPETE COM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, MARCAS OU VAREJISTAS; E NÚMERO DOIS: NÓS DAMOS DADOS A TODOS ELES. SÃO DADOS SOBRE OS CONSUMIDORES, QUE ELES ACHAM MUITO ÚTEIS E IMPORTANTES PARA DESENVOLVER SUA MARCA.

VEM AS HABILIDADES DO NEGÓCIO. SÃO 600 MILHÕES DE CONSUMIDORES, APROXIMADAMENTE 738 MILHÕES DE VENDAS; NÓS ENTREGAMOS 70 MILHÕES DE ENCOMENDAS POR DIA; TEMOS MAIS DE 10 MIL PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS EM NOSSA PLATAFORMA E MAIS DE 200 MIL MARCAS, SENDO QUE MAIS DE 10 MIL SÃO DOS EUA. SOMOS UMA PLATAFORMA MASSIVA. NO DIA DOS SOLTEIROS, NO ANO PASSADO, VENDEMOS 31 BILHÕES DE DÓLARES EM PRODUTOS E ENTREGAMOS MAIS DE 1 BILHÃO DE ENCOMENDAS. ESSA É UMA GRANDE PLATAFORMA.

ESTÁ A JUVENTUDE DA NOSSA BASE DE CONSUMIDORES. DE 600 MILHÕES, MAIS DE 80% TÊM MENOS DE 35 ANOS E 40% TÊM MENOS DE 25 ANOS. ESSE É UM GRUPO JOVEM DE PESSOAS E QUE FAZ TUDO NO CELULAR.

A ÚLTIMA DIFERENÇA, QUE É O QUE EU ESTAVA PENSANDO AGORA, É SOBRE OS FOSSOS QUE A AMAZON ESTÁ CONSTRUINDO. NÓS ESTAMOS CONSTRUINDO PONTES E NOSSAS PONTES LIGAM O NEGÓCIO ON-LINE E O MERCADO OFF-LINE E ISSO É O QUE CHAMAMOS DE NEW RETAIL. ACREDITAMOS QUE O FUTURO DO VAREJO É TODO O VAREJO, O ON-LINE E O OFF-LINE INTEGRADOS.

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CHINA

BRIGA DE GIGANTES O Alibaba é referência na China, enquanto nos Estados Unidos é a Amazon que se destaca. Ambas são líderes de mercado e, aparentemente, similares. Há, porém, inúmeras diferenças entre eles, principalmente porque a China tem uma atividade de comércio eletrônico maior do que em qualquer outro país do mundo e por ter um varejo movido e orientado por dados. Ou seja, mesmo que a Amazon siga algumas das tendências do Alibaba (saiba mais sobre a Amazon 4-Star, uma loja física que tem seu sortimento definido pelos dados da comunidade, na página 34), ainda há diferenças consideráveis entre os dois modelos:

ALIBABA _ Não realiza inventários. _ Favorece a conexão entre atacadistas/varejistas e seus clientes. _ É procurada pelo consumidor que deseja ter uma experiência diferente. _ Ajuda marcas e pequenas empresas a se conectarem com os seus consumidores. _ Não é o preço que define a compra. _ Aposta em ferramentas como jogos, notícias, vídeos e talk shows, para vender seus itens. _ Possui um conjunto de dados sobre o comportamento do seu consumidor e ajuda os comerciantes a melhorarem seu ROI de marketing e aumentar a conversão de vendas. _ Por ter um grande ecossistema, consegue capturar dados em diferentes sites e assim entender melhor o comportamento do seu cliente.

_ Tem seu próprio inventário. _ Concentra-se quase que exclusivamente no seu cliente. _ É procurada pelo consumidor que já tem algum objetivo. _ Possui uma seleção praticamente ilimitada de itens. _ Seus preços são baixos. _ Apresenta avaliações e recomendações de produtos para ajudar a efetivar vendas. _ Usa dados para refinar ofertas com base no padrão de compra de seu consumidor. _ Baseia-se nos dados capturados durante a jornada do seu consumidor em sua própria plataforma.

Fotos: Divulgação, Getty Images e Shutterstock

AMAZON

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lições da China para o varejo brasileiro

1 IMPLEMENTE UMA CULTURA CLARA DE TRANSFORMAÇÃO E TECNOLOGIA EM SUA EMPRESA; 2 NÃO TENHA MEDO DE ARRISCAR; TESTE E, SE ERRAR, TESTE NOVAS FORMAS; 3 AJA COM VELOCIDADE; 4 COLETE SEUS DADOS E USE-OS COM UM PROPÓSITO BEM DEFINIDO; 5 A EXPERIÊNCIA E A FORMA COMO VOCÊ VENDE SÃO MAIS IMPORTANTES DO QUE O PRÓPRIO PRODUTO.

Para analisar... SEGUNDO DADOS DIVULGADOS PELO DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA DA CHINA, OS CHINESES GASTARAM, EM 2016, CERCA DE US$750 BILHÕES EM COMPRAS ON-LINE; VALOR ABAIXO DO QUE FOI GASTO NOS EUA E REINO UNIDOS, JUNTOS, NO MESMO PERÍODO. DE ACORDO COM ESTIMATIVAS, AS COMPRAS ON-LINE FEITAS POR CELULAR REPRESENTARÃO, ATÉ 2020, 74% DO E-COMMERCE DA CHINA ANTE APENAS 46% DOS ESTADOS UNIDOS.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

DISRUPTIVE-SE! CRIAR UMA CULTURA DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL EM SUA EMPRESA PODE SER DIFÍCIL, MAS É TOTALMENTE NECESSÁRIO. SAIBA MAIS!

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azer sempre o mesmo e esperar resultados diferentes. Acreditar que o e-commerce e a presença nas redes sociais são o suficiente. Não ter uma cultura digital (forte) na empresa. Enxergar barreiras na hora de promover uma cultura entre os colaboradores. Algumas dessas afirmações – ou todas elas – soam comuns para você? Se a resposta for afirmativa, saiba que esses são apenas alguns dos erros cometidos pelos líderes em relação à transformação digital em suas empresas. Mais: de acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria global Protiviti, no final de 2017, com mais de 700 empresários de várias partes do mundo, 72% dos entrevistados afirmaram que a velocidade das inovações e as novas tecnologias são vistas como os maiores medos desses executivos. Mesmo que seja vista quase como uma vilã por esse grupo – que certamente reúne mais pessoas –, a transformação digital está aí para ajudar, já que tem como principal característica a mudança de processos com foco no aumento/melhoria da produtividade em todas as áreas da empresa. Ou seja, não há o que temer. Agora é só agir!

EMPRESAS AINDA NÃO ESTÃO PREPARADAS. E NÃO É SÓ NO BRASIL! Em pesquisa realizada pela Dell Technologies sobre o andamento da transformação digital ao redor do mundo, quatro mil líderes deram sua opinião e, em resumo, a maioria acha que o futuro será caótico. De acordo com o estudo:

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DOS LÍDERES NÃO SABEM COMO A EMPRESA ESTARÁ EM 3 ANOS

%

78

SE SENTEM AMEAÇADOS POR STARTUPS

%

45

TÊM MEDO DE ESTAREM OBSOLETOS NO PERÍODO DE 3 A 5 ANOS

Esses mesmos líderes acreditam, no entanto, que alguns atributos da transformação digital são importantes, como:

!

POSSIBILIDADE DE PREVER NOVAS OPORTUNIDADES DEMONSTRAR TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA OFERECER UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA E PERSONALIZADA INOVAR DE FORMA ÁGIL OPERAR EM TEMPO REAL Ou seja, mesmo que o caminho seja longo, há um entendimento de que a digitalização traz pontos positivos e significa oportunidades. 23

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Mudar o mindset e permitir que o digital seja a essência da empresa é imprescindível para haver uma mudança consistente. O Walmart, por exemplo, é a terceira empresa que mais investe em tecnologia no mundo, ficando atrás apenas da Amazon e da Alphabet, e foi um dos cases da NRF 2019. Durante apresentação, Jeremy King, vice-presidente executivo e chefe de tecnologia (CTO) do Walmart, comentou que somente em 2018 foram contratados 1,7 mil técnicos em tecnologia e que, neste ano, outros dois mil devem incorporar o time da empresa. Mas não é só investimento em colaboradores especialistas que a varejista norte-americana tem feito; em 2017, a companhia lançou sua própria incubadora de startups, a Store No 8, com o objetivo de desenvolver novas soluções para aprimorar seu e-commerce, entre outras questões; em 2018, lançou um app para melhorar a

experiência dos clientes na loja física; também em 2018, adquiriu a Flipkart, uma das líderes do comércio eletrônico da Índia por 16 bilhões de dólares com a ideia de melhorar a disponibilidade e velocidade do seu e-commerce. “Já não é mais aceitável ter uma experiência que não seja digital. A tecnologia está mudando o varejo”, disse Jeremy King. E, na verdade, para o Walmart, a tecnologia já mudou o varejo a partir do momento que a empresa entendeu que era preciso derrubar a barreira do físico versus o digital. Uma prova disso é a Pickup Tower, ou Torre de Coleta, onde é possível retirar os itens comprados on-line sem precisar interagir com ninguém na loja. Tudo o que o cliente tem a fazer é realizar sua compra online e, depois de ser notificado de que seus itens estão disponíveis, dirigirse à loja local, escanear o código de barras e pronto. Em segundos, os itens são disponibilizados. “Com cinco mil lojas nos Estados Unidos, nós estamos a uma distância máxima de 15 km

de cada lar americano. Essa é uma vantagem competitiva importante, e o nosso foco está em criar uma experiência omnichannel para nossos clientes”, disse Jeremy King. Quer mais conveniência que isso?

ENQUANTO ISSO, NO BRASIL... Uma das empresas que mais têm avançado nessa transformação digital é o Magazine Luiza. Para se manter competitiva, a empresa tem apostado em estratégias digitais e, em seu processo para oferecer uma experiência completa e integrada ao consumidor, a companhia criou um laboratório de tecnologia e inovação, o Luiza Labs, para otimizar digitalmente seus processos. E vale dizer que as ações têm surtido efeito, já que mesmo se transformando digitalmente, o Magazine Luiza não deixou de lado uma característica importantíssima: humanização, tanto a favor dos clientes quanto dos colaboradores.

Fotos: Shutterstock

PARA SE INSPIRAR

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Começo, meio... mas qual o fim? A transformação digital já vem acontecendo ao longo de alguns anos e talvez não tenhamos nos dado conta; começou com o primeiro contato do homem com os computadores e o início da formação do banco de dados, passou para mudanças maiores relacionadas ao uso de novas tecnologias e, agora, vivemos o momento de fusão entre os universos físico e digital. Quer um exemplo prático e atual? John Nicoletti, diretoradministrativo de varejo do Google, fez uma observação durante o Seminário Internacional de Varejo Harvard Club, que faz todo sentido:

EM MÉDIA, USAMOS O CELULAR 150 VEZES POR DIA, UMA VEZ A CADA SEIS MINUTOS. ASSUMIMOS QUE O TELEFONE É NOSSO ASSISTENTE DE VIDA, QUE VAI NOS NORTEAR EM TUDO O QUE FAZEMOS NO NOSSO COTIDIANO E QUE NÃO PODEMOS VIVER SEM, ESTÁ SEMPRE PERTINHO DA GENTE. DÁ ATÉ ANSIEDADE A SEPARAÇÃO.

Viu só como a digitalização já faz parte do dia a dia sem que percebamos? E esse é só um exemplo de como isso impacta a nossa vida, seja na parte pessoal ou profissional.

PARA TODOS! VOCÊ AINDA NÃO ENXERGA COMO PODE AGREGAR VALOR A UMA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA SUA EMPRESA? FIQUE DE OLHO, POIS AQUELES QUE ESTIVEREM ABERTOS A ESSA MUDANÇA SÃO OS QUE SE DESTACARÃO NO MERCADO. TENHA UMA EMPRESA COMPETITIVA, PRODUTIVA E ANTENADA!

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dicas para ter sucesso

1 ENGAJE SEUS COLABORADORES; ELES PRECISAM ENTENDER QUE A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É NECESSÁRIA E DEVEM SE SENTIR PARTES DO PROCESSO. 2 REPENSE A CULTURA DA SUA EMPRESA. TALVEZ ESTE SEJA O MOMENTO DE REVER CONCEITOS E TER MAIS CLAREZA. 3 COMBINE PESSOAS E TECNOLOGIAS PARA FAZER A TRANSFORMAÇÃO ACONTECER. EMBORA NÃO SEJA FÁCIL, É FUNDAMENTAL. 4 FAÇA UM BOM PLANEJAMENTO E CERTIFIQUE-SE DE QUE A EXECUÇÃO ESTÁ TOTALMENTE LIGADA AO NOVO DISCURSO, AO NOVO POSICIONAMENTO DA EMPRESA.

Qualificação é fundamental PRECISO INVESTIR EM TECNOLOGIA, MAS NÃO TENHO RECURSOS. O QUE FAÇO? ANTES DE CHEGARMOS EM QUESTÕES MAIS AVANÇADAS, COMO INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, REALIDADE AUMENTADA E TANTAS OUTRAS SOLUÇÕES INOVADORAS, COMECE A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL FAZENDO BOAS CONTRATAÇÕES. PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, DE ÁREAS DISTINTAS, E QUE PRINCIPALMENTE TENHAM UMA CULTURA DIGITAL CLARA, SERÃO NECESSÁRIOS PARA AJUDAR OS LÍDERES NESSE PROCESSO.

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EXPO HALL

INOVAÇÃO É O CAMINHO PARA O VAREJO MAIS DE 800 EXPOSITORES APRESENTARAM SUAS TECNOLOGIAS DURANTE A NRF, E AQUI VOCÊ CONFERE ALGUMAS DAS SOLUÇÕES MAIS INTERESSANTES VISTAS NESTA EDIÇÃO!

om três andares destinados aos estandes de empresas de inúmeros países, o Expo Hall pode ser considerado um verdadeiro parque de diversões para os varejistas. De drones à impressão 3D, passando por soluções para controle de estoque, prateleiras infinitas, provadores inteligentes e, claro, robôs, as tecnologias presentes na área de exposição da NRF Retail’s Big Show são diversas, tanto em termos de inovação quanto de preço e implementação. E visitar todos os estandes seria tarefa impossível mesmo para quem estivesse na feira apenas com esse objetivo.

A curadoria de Grasiela Tesser, diretora comercial e de marketing da NL Informática, e de Daniel Pozza, gerente da área de serviços da NL Informática e Business Dev do CAKEERP, que no primeiro dia de NRF circularam pelos espaços em busca de grandes inovações, foi fundamental. A dupla integra o time da BTR-Varese, que faz a curadoria do conteúdo da Delegação Beauty Fair, e nas próximas páginas você confere os destaques selecionados por Graziela e Daniel, que promovem, a cada edição, um tour de cerca de duas horas com informações relevantes e que estimulam os varejistas a repensar suas estratégias e em suas próprias tecnologias, com base no que é visto por lá. Acompanhe!

Robôs SEGUNDO GRAZIELA, MUITOS ROBÔS FORAM CRIADOS PARA SEREM ASSISTENTES VIRTUAIS E SUBSTITUIR VENDEDORES, MAS NÃO É ISSO QUE AS PESSOAS QUEREM. ELA CITOU ATÉ A PALESTRA DO CEO DA TARGET, QUE RESSALTOU QUE AS PESSOAS QUEREM UM CONTATO MAIS HUMANO, UM “BOM DIA” AO ENTRAR NA LOJA. POR ISSO É IMPORTANTE ENTENDER O OBJETIVO DA TECNOLOGIA, QUE NÃO DEVE SER DIMINUIR O CUSTO COM PESSOAS.

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FREESHIPPO (OU HEMA) Este é o supermercado do Alibaba e o conceito não é ser forte nessa categoria, ou ter o espaço cheio de cliente, mas captar os dados dos consumidores, e ter um grande número de clientes online. Neste modelo, outro destaque é a entrega dos pedidos ser feita num raio de até três quilômetros e num prazo de até 30 minutos. E como isso é possível? Ao receber o pedido, uma pessoa dentro da loja vai coletando os itens e bipando com um aparelho. Cada sacola tem uma cor, que significa uma categoria de produtos. Depois de coletar todos os itens – não em um centro ou área de distribuição, mas na loja –, colocam a sacola numa espécie de esteira na parte superior da loja, que leva as sacolas para a área de delivery, onde uma pessoa consolida todas as sacolas daquele cliente e um entregador, de bicicleta ou bicicleta elétrica, leva os produtos. A maior parte das pessoas frequenta o Hema para comer, já que o espaço tem grandes áreas de alimentação. O robô do restaurante é que leva a comida até a mesa onde o item foi solicitado.

BINGO BOX A unmaned store é uma loja sem pessoas, sem funcionários, e que na China tem se tornado cada vez mais

comum. A solução da IFY é um container, que tem em seu interior itens monitorados por sensores. Para entrar na loja, você precisa do QR Code, ou passar o seu cartão, para que tenham seus dados e assim possam debitar o valor gasto. Em algumas unmaned stores é preciso escanear o produto, mas neste caso é tudo por sensor. O que está na mão do cliente já foi computado; não tem tag, não tem RFID; pelos sensores já é possível avaliar o que o consumidor está levando. E os diversos pontos de distribuição têm drones, com capacidade para entregar os produtos em até duas horas em qualquer lugar da China. No Brasil, a Zaitt, localizada em Vitória, no Espírito Santo, e com previsão de inauguração de uma unidade em São Paulo, já oferece uma experiência de loja 100% autônoma. O conceito da marca é entregar uma experiência simplificada do processo de compra; para entrar na loja, o QR Code do app da Zaitt é lido e a cada produto retirado da prateleira, o mesmo processo é realizado. Ao sair do espaço, o cliente faz a leitura do QR Code novamente e o valor é debitado de seu cartão, já cadastrado no aplicativo. A liberação da saída do consumidor só é feita mediante comprovação do pagamento.

Esteira superior leva as sacolas com os produtos dos clientes

Parceria através da troca de dados MUITAS DAS EMPRESAS EXPOSITORAS DA NRF, AO SEREM QUESTIONADAS SOBRE O PREÇO DAS TECNOLOGIAS, REVELARAM QUE ERA VARIÁVEL. MAS DE ACORDO COM O QUÊ? SEGUNDO GRAZIELA, SE O INTERESSADO COMPARTILHA OS DADOS COM A EMPRESA, O VALOR É UM; SE NÃO COMPARTILHA, É MAIS ELEVADO. ISSO É O QUE CHAMAM DE PARCERIA, QUE CONSISTE NA EMPRESA SUBSIDIAR PARTE DO HARDWARE OU DO SOFTWARE EM TROCA DOS DADOS OBTIDOS, QUE PODEM SER VENDIDOS PARA A INDÚSTRIA, POR EXEMPLO.

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IBM As soluções de IoT da IBM destacam-se pela facilidade e comodidade que oferecem aos clientes. Às vezes, ter o conserto de algo pode levar horas e o custo de ficar com aquilo parado pode ser alto. Assim, é possível optar pelo suporte, que pode ser self help, ou seja, o cliente realiza o próprio suporte; ou pede para alguém ir até a loja a partir de um agendamento. Com o self help, sozinho, só com a realidade aumentada e com a informação que está sendo recebida pelo celular, qualquer pessoa consegue fazer a manutenção em um equipamento. Não precisa esperar horas e horas até o técnico chegar.

Delegação Beauty Fair em visita ao estande da IBM

TRAX O que o Bossa Nova (controle de itens da prateleira e estoque), com um tamanho mais avantajado faz, a solução da Tracks também faz. Com uma câmera pequena na gôndola, que pode ser grudada com fita dupla-face, é possível analisar, de tempo em tempo, os dados do que está fora da prateleira, o que está ali e não deveria, o que deveria ter e não tem. Com esses dados do PDV, a tecnologia faz a análise de estoque e, com as informações, emite alertas para alguém de dentro da loja sobre risco de ruptura, o que vai ser necessário repor, o que está faltando. O que a Tracks vende não é simplesmente a câmera, é o software, as APIs para integração com o PDV.

PERCH

PENSA O nome, que faz referência ao verbo pensar, foi escolhido pelo presidente e CEO Richard Schwartz, que é casado com um brasileira. Ao visitar o Rio de Janeiro em uma certa ocasião, disse que precisava pensar em um nome para a

empresa e foi aí que surgiu a Pensa. Nesta NRF, a empresa apresentou um drone combinado à tecnologia de inteligência artificial para coletar dados e fazer controle de estoque. Tudo o que acontece na prateleira, o drone avalia por meio de uma câmera e o ponto de destaque é que o equipamento consegue analisar até mesmo a profundidade da prateleira.

Fotos: Divulgação

A empresa, que possui painéis e soluções de display com sensores, apresentou uma tecnologia que, ao tirar o item da prateleira, pelo sensor, é possível saber do que se trata e mostrar informações que permitem a interação do cliente pela tela. A novidade da tecnologia é a forma como o sensor é apresentado: ele está embutido e não mais disposto como uma câmera em cima da cabeça do cliente. A área fica mais bonita, mais acurada e agradável para o consumidor.

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PRICER As etiquetas eletrônicas são a novidade da empresa. Elas trazem uma tecnologia que faz com que uma luz da etiqueta pisque e isso serve para coisas distintas, como fazer inventário somente dos itens que estão

piscando ou, se a ideia é fazer promoção de um produto, a etiqueta pisca para chamar a atenção do cliente para aquele item, ou até mesmo pode piscar para ajudar o colaborador a entender que ali tem um problema, que pode ser um item faltante ou um produto alocado naquele lugar, mas que deveria estar em outro.

APEX A companhia trabalha com lockers, mas já foram um pouco mais além e apresentaram um locker que quando alguem pede uma pizza, ela é colocada nesse locker, que pode ser até mesmo dentro da pizzaria, daí quando o cliente pode retirar a pizza, ela ainda vai estar quentinha. Outro destaque é uma prateleira onde os itens comprados pela internet ficam dispostos e aí o cliente só vai e retira o que está exposto ali.

MICROSOFT No estande da empresa inúmeros parceiros apresentaram as tecnologias que estão utilizando. Um bom exemplo é o uso da inteligência para engajar e conversar com o consumidor, como é o caso do Real Madri, que percebeu que tinha fãs no mundo inteiro, mas o lucro convertido a partir da base de fãs era pouco perto do que avaliavam. Então, usaram a base de fãs com um software e descobriram que as campanhas que faziam eram em espanhol e na Espanha, mas que 93% de seus fãs estavam espalhados pelo mundo. Em resumo, com a análise dos dados, conseguiram entender o comportamento dos fãs do clube e passaram a usar as informações para crescer e engajar essa base de torcedores.

HP Com inúmeras soluções para o varejo, o ponto alto da empresa neste ano ficou por conta da impressão 3D. A impressora custa entre US$200 dólares e US$300 mil dólares e consegue imprimir inúmeros protótipos, como uma capinha de celular, de acordo com a customização feita pelo cliente; sola de chinelo, que leva em consideração a anatomia do pé do cliente, para que seja o mais confortável possível. Uma impressora menor e, portanto, de custo menos elevado, e que pode estar em uma loja para fazer campanha permite que embalagens personalizadas sejam criadas. Como exemplo, a empresa levou para o estande a embalagem da Oreo feita exclusivamente para o Single’s Day; a embalagem de café para uma campanha real feita no Brasil do Café Pelé; entre outras. 29

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INTEGRAÇÃO

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O NOVO OMNICHANNEL AGORA, AS CONVERSAS BASEIAM-SE NO ONE CHANNEL E VOCÊ PRECISA ENTENDER SOBRE O QUE SE TRATA

mnichannel é um conjunto de soluções integradas para oferecer ao consumidor uma experiência entre o on-line e o off-line. Ou seja, estar presente fisicamente, no celular, no e-commerce, nas mídias sociais... Em resumo, é estar em todos os lugares para que o cliente o encontre rapidamente e de forma conveniente. Há alguns anos, a NRF vem reforçando a importância de ser Omnichannel para sua empresa ser relevante e competitiva. Essa ainda é a realidade do varejo, seja ele americano ou brasileiro, mas nesta edição do Retail’s Big Show, uma nova tendência foi lançada. Se é que podemos dizer dessa forma. Você já ouviu falar do One Channel? Esse foi o termo usado para denominar o que um varejista precisa ser a partir de agora. Mas o que é o One Channel? Poderíamos dizer que é o novo Omnichannel. Ou, se você preferir, é o cliente encontrar sua empresa em todos os canais possíveis sem ver uma diferença entre eles. Mas de que forma? É o cliente enxergar todos os canais como uma coisa só; é ele comprar on-line, retirar na loja física e fazer uma avaliação nas redes sociais. É ele visitar a loja física, experimentar um produto, ir ao site efetivar a compra e receber em casa. E daí por diante. No One Channel, essa integração de canais, essa mistura de online e off-line, é algo que “não existe”. Não se trata de multicanais; é tudo um canal só. É a sua empresa se comunicando através de vários pontos, mas com um único objetivo: atender e satisfazer a necessidade do cliente e, junto com isso, oferecer uma ótima experiência, independentemente do canal, do formato. Mas é preciso cuidado: o One Channel não é o Single Channel, ou seja, não é ter uma única estratégia em um canal só. E é pensando nesse formato que, neste ano, ao contrário de edições anteriores, as discussões não estavam em torno de um possível fim do varejo físico, o que aliviou muitos empresários. Mas ficou ainda mais claro que, se as empresas não se adaptarem a um novo modelo, se não se reinventarem para se tornarem competitivas, elas ficarão para trás.

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INTEGRAÇÃO

O FUTURO DAS LOJAS FÍSICAS

Fotos: Shutterstock

Com o on-line aumentando cada vez mais sua participação no varejo, é preciso repensar o papel da loja física. E nunca, em uma NRF, se ouviu tanto o termo brick-and-mortar, utilizado para se referir ao modelo físico de varejo. É preciso pensar na loja não somente como ponto de venda. “Ela tem de ser repensada como local de experiência, sem atrito, ser inteligente e tem de elevar a experiência do cliente”, disse Alberto Serrentino durante palestra “Superpotência Global: Relatórios da América Latina para a Europa”, em que dividiu o palco com os representantes da Cacau Show, Alexandre Tadeu da Costa, e da Pianoforte Holding, Francesco

Pinto, que concordaram com o especialista em varejo. Alexandre Tadeu da Costa comentou, por exemplo, que foi pensando em elevar a experiência do cliente que a rede, que hoje possui mais de 200 pontos de venda, inaugurou uma máxi loja, onde os consumidores podem ir além da compra de chocolates. Lá eles têm acesso a outras atividades, como workshops para aprender a fazer trufas, cinema para crianças, entre outras comodidades. Ou seja, a loja não é o canal principal de compra; é um local que reforça os valores e a missão da empresa em forma de experiência. Francesco Pinto, por sua vez, reforçou que é preciso investir, acelerar e arriscar e são nesses pontos que a companhia tem investido para se destacar no mercado.

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Resumindo Para pensar AMAZON COMPROU O WHOLE FOODS, DANDO UM SINAL CLARO DE QUE NÃO DESEJA FICAR SÓ NO ON-LINE.

NA CHINA, A JD.COM ANUNCIOU QUE PRETENDE COMPRAR INÚMERAS LOJAS NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS PARA ATENDER ALGUMAS ÁREAS ESPECÍFICAS.

DO ON-LINE PARA O FÍSICO Se você ainda não está convencido de que a loja física tem muitas oportunidades, basta analisar as marcas que nasceram digitalmente, mas que criaram alguma loja física ou pop-up store para oferecer ao cliente a chance de tocar, provar, conhecer melhor o produto. Durante o painel “O que acontece quando uma marca nativa digital se torna física?”, representantes das empresas Indochino, Casper e MM. LaFleur, falaram sobre seu processo e resultados. A Indochino, por exemplo, usou os dados obtidos através do site para criar uma estratégia e saber exatamente onde e de que forma abrir suas lojas físicas. Já a Casper oferece ao consumidor a chance de dormir em seus colchões para escolher o que for mais apropriado. E a MM.LaFleur permite que o cliente faça agendamento para receber um atendimento personalizado de acordo com o seu estilo. Tudo isso comprova que a experiência de loja física é um diferencial e que a conversa entre consumidor e marca precisa ser contínua e personalizada.

NÃO PODEMOS ESQUECER TAMBÉM DA HEMA E O SEU USO DE TECNOLOGIA PARA MELHORAR A EXPERIÊNCIA DO CONSUMIDOR.

RESUMINDO: É PRECISO DAR UMA IMPORTÂNCIA DIFERENTE AO VAREJO FÍSICO, TORNANDO A LOJA UM ESPAÇO QUE SEJA MAIS DO QUE DE COMPRA; É PRECISO DAR AO CLIENTE UMA RAZÃO DIFERENTE PARA ELE ESTAR LÁ.

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MODELOS DE NEGÓCIO

AMERICAN WAY OF...

VAREJO! COM CURADORIA DE JULIO TAKANO, A DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR VISITOU MODELOS DE NEGÓCIOS DISTINTOS QUE SÃO BONS EXEMPLOS EM TERMOS DE DISRUPÇÃO, EXPERIÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO

ma das formas de se aprender algo é vivenciando, de fato, uma experiência. E foi a partir de visitas a algumas lojas em Nova York que os representantes das principais perfumarias do Brasil conseguiram entender como funcionam alguns modelos de negócios americano. Mas como uma visitação sem fundamento pode não agregar tanto, a Delegação Beauty Fair contou com o conhecimento de Julio Takano, arquiteto e sócio-fundador da Kawahara Takano, que apresentou os conceitos das lojas, tirou dúvidas e ajudou os lojistas a enxergarem além das gôndolas e prateleiras de cada um dos estabelecimentos. A seguir você confere alguns dos detalhes dessas visitas e fica com a lição de casa, mesmo que não tenha participado do tour, de entender, absorver e se inspirar nas ideias.

Amazon 4-Star, 72 Spring St. (entre Crosby e Lafayette St.) – Soho

FISICAMENTE DIGITAL A Amazon 4 – Star tem pouco mais de 300 m², oferece 12 mil SKUs e é um reflexo do e-commerce. Ou seja, todos os itens comercializados no espaço estão relacionados com o que é mais procurado na internet pela comunidade local. Através da análise de dados, a Amazon altera os produtos da loja constantemente. Ao entrar na Amazon 4-Star, o consumidor se depara, logo na entrada, com uma mesa de boas-vindas. É nessa mesa de valorização que estão os itens mais desejados pelas pessoas da região. Cerca de 30% do faturamento da loja se dá através da venda dos produtos dispostos ali, que vão desde artigos domésticos, até brinquedos, passando por livros e outros itens. As prateleiras são cremalheiras e as identificações, a comunicação, são fáceis de serem removidas, já que esse projeto de varejo é flexível e tem troca de itens com frequência.

Ao entrar na loja, o lado esquerdo apresenta produtos de casa e cozinha e é possível perceber que esse é um dos setores mais procurados porque o fluxo da rua é da esquerda para a direita, conforme destacou Takano. A inteligência desta loja é baseada no varejo farma e supermercado. O piso da loja é de mosaico hidráulico, as paredes são um compensado de obra pintadas de preto e, assim como as cremalheiras, dá um conceito, um ar mais premium ao espaço. A preocupação da loja não é com sua ambientação, já que sabem que o consumidor vai entrar, experimentar e comprar. O processo de compra também é diferenciado. Não é possível pagar com dinheiro na Amazon 4-Star; somente cartão de crédito e por meio do Amazon Prime, já que a ideia do espaço é ser digital. Então, se o cliente não tiver nenhum desses dois meios de pagamento, certamente não conseguirá efetivar sua compra.

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DO VAREJO DE MASSA PARA O PREMIUM

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DO FATURAMENTO DA LOJA É OBTIDO ATRAVÉS DA VENDA DE ITENS QUE FICAM DISPOSTOS NAS PAREDES.

HÁ DUAS LINHAS DE PREÇO: NORMAL, PARA O CONSUMIDOR COMUM, E PRIME, PARA QUEM É INSCRITO NO AMAZON PRIME. A DIFERENÇA ENTRE ELES PODE SER CONSIDERÁVEL, DEPENDENDO DO PRODUTO.

COM SUAS NOVE ESTAÇÕES DE CABELEIREIROS NO FUNDO DA LOJA, A ULTA BEAUTY GERA FLUXO DE CLIENTES PARA ESSA ÁREA DO ESTABELECIMENTO.

Da lista de lojas, a Ulta Beauty foi a única do setor de beleza. A escolha foi proposital, pois, afinal, a Ulta se consolida como a maior rede de perfumarias dos Estados Unidos, marcando presença em 50 Estados com mais de 1.100 lojas. Considerada um varejo de massa, a marca se faz presente no Upper East Side, bairro nobre de Nova York, com uma loja inaugurada recentemente, composta de cerca de 22 mil SKUs – que pode passar de 70 mil itens se multiplicados por cor e modelo –. Com essa loja, a Ulta Beauty se aventura em uma transição para se tornar uma loja de conceito premium. Mesmo assim, ainda carrega algumas características do varejo de massa, como a concentração dos checkouts na porta da loja. Segundo Takano, eles não se concentraram em gerar tráfego, que é o que acontece com os caixas ao fundo, mas sim na prevenção de perda e roubo. Outro ponto são os equipamentos de eletrobeleza que estão todos disponíveis para

experimentação de forma massiva. A Ulta nasceu de um modelo de autosserviço, mas percebeu que, para agregar valor, precisava de consultoras dando suporte, principalmente na área de eletrobeleza, onde surgem várias dúvidas por parte da clientela. Para isso, a Ulta desenvolveu um processo de qualificação com o Academy Ulta. O espaço aéreo, chamado de negativo dentro da loja, foi todo preenchido com o mesmo tipo de iluminação da área de prestígio. Um aspecto que merece destaque, e vale bastante para inspiração, é o chamado estacionamento de maridos. “A mulher gosta que o marido venha comprar com ela, mas não gosta que ele atrapalhe seu processo de compra. Ela também não quer perdê-lo de vista. Assim, na área de prestígio, ela vê a família toda sentada na janela. Você tem um perfeito domínio e isso é muito estratégico”, reforçou Julio. Segundo ele, muitas lojas estão criando lounges escondidos, onde a mulher perde o contato com a família, e que é preciso criar espaços como esse da Ulta, pois os homens também são clientes e podem consumir.

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DOS CLIENTES DA ULTA BEAUTY SÃO DA CLASSE C E NO PRIMEIRO ANO DE CONTATO COM A MARCA NÃO SE AVENTURAM NAS ÁREAS DE MARCAS DE PRESTÍGIO. A PARTIR DO SEGUNDO E TERCEIRO ANOS, ESSA CLIENTE COMEÇA A TER CORAGEM DE NAVEGAR PELAS ILHAS PREMIUM DA LOJA, COISA QUE ELA NÃO FAZ EM LOJAS DE DEPARTAMENTO, NAS ÁREAS DE LUXO. Ulta Beauty, 188 East 86th St 35

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TRADIÇÃO REFORMULADA A Gucci Wooster é uma flagship da Gucci, marca fundada em 1921 em Florença, na Itália, que está localizada no Soho e tem um conceito completamente diferente das demais lojas da marca. Segundo Takano afirmou, raramente uma loja de luxo proporcionaria um atendimento caloroso. E essa é a proposta da Gucci Wooster: oferecer experiência e atrair as pessoas através dos sentidos, para que se sintam confortáveis durante o tempo em que estiverem na loja. Os funcionários incentivam a experimentação, sugerem que os clientes toquem os itens, pois essa é uma forma de disrupção que a Gucci tem experimentado nessa flagship. O pensamento estratégico da marca permite que o consumidor sinta-se em um grande closet.

OS MÓVEIS SÃO ANTIGOS E SE MISTURAM COM O CONCEITO DA ATUALIDADE. A IDEIA É TORNAR O LUXO ACESSÍVEL E NÃO ALGO FRIO, ALGO QUE A PESSOA SE SINTA CONSTRANGIDA.

ESSE CONCEITO DA FLAGSHIP NÃO TEM A VER SÓ COM O PÚBLICO QUE A FREQUENTA, QUE NO CASO É MAIS JOVEM, MAS TAMBÉM COM A ENERGIA DA LOJA E DO BAIRRO ONDE ESTÁ LOCALIZADA.

Aliás, a loja não possui departamentos; é tudo aberto. Um dos pontos que merecem destaque é o fato de haver duas entradas, sendo que uma delas é uma livraria criada para gerar tráfego cruzado e conectar os dois lados da loja. O atendimento no varejo é importante e, nesse caso, torna-se ainda mais, já que, se uma pessoa usa a loja apenas como passagem, para cortar caminho, ao oferecer um bom atendimento é possível convertê-lo em venda. Talvez não em um primeiro momento, mas em alguma outra ocasião, destacou Julio. Com piso original, os livros – usados, novos e raros – estão dispostos em um armário de farmácia. Muitos dos itens do mobiliário, e os próprios móveis – e aí inclui-se também um confessionário –, são antigos e originais. De acordo com um dos colaboradores que acompanhou o grupo durante a visita, a

parte dos livros se torna uma surpresa para quem procura roupas e o mesmo acontece quando alguém vai atrás de livros e se depara com uma loja. Esse choque tem motivo: tirar a ideia de que a Gucci é apenas uma coisa só. Na loja, que é modular e flexível e segue uma temática dos anos 80, existe ainda um cinema, com filmes e documentários que são trocados todo mês, uma parte de experimentação e customização de perfumes, e as roupas e calçados estão espalhados para todos olharem, tocarem.

OS PROVADORES FORAM CONSTRUÍDOS ESPECIALMENTE PARA ESSA LOJA; SÃO LUXUOSOS, AMPLOS, POSSUEM POLTRONA, CADEIRA E FORAM DESENVOLVIDOS PARA A PESSOA PASSAR O TEMPO QUE QUISER, SE SENTIR BEM ACOMODADA. A EXPERIÊNCIA PODE SER COMPLEMENTADA COM VINHO E ATÉ COM A PRESENÇA DE AMIGOS.

ALGUNS ITENS QUE SÃO VISTOS NA GUCCI WOOSTER NÃO SÃO ENCONTRADOS EM OUTRAS LOJAS. Gucci Wooster Bookstore, 120 Spring St. - Soho

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APRESENTA A MAIOR ÁREA DE TÊNIS DO MUNDO, QUE É A ÁREA MAIS QUENTE DA LOJA E IMPORTANTE ESPAÇO DE VISITAÇÃO DE CLIENTES.

A EXPERIÊNCIA QUE A LOJA PROMOVE FAZ COM QUE, MESMO QUE TENHA O CLICK AND COLLECT, MUITOS CLIENTES AINDA VISITEM A LOJA PARA PROVAR, COMPRAR NA HORA.

Gucci Wooster Bookstore, 120 Spring St. - Soho

ANDARES DE INOVAÇÃO Com cinco andares que misturam tecnologia, inovação e conceito, a Nike House of Innovation está localizada na 5ª Avenida e apresenta diversos detalhes inspiradores, a começar pelos sons produzidos dentro da loja, seguindo pelas áreas de customização/personalização e finalizando com a forma como a comunicação do espaço é (bem) feita. O elemento icônico desta loja é um satélite que pode ser visto de todos os andares. Seu alto-falante tem capacidade de projetar o som a 15 metros de distância; portanto, quem passa na rua pode ouvir o som. Todos os pisos dos andares são únicos, o que significa que, se for preciso mudar algo de lugar, não é necessária nenhuma obra. O mobiliário também merece atenção: os manequins foram feitos para a Nike usando impressão 3D e seus movimentos

Nike House of Innovation, 650 5th Ave, esq. com 52nd St.

foram desenvolvidos exclusivamente para a marca; os bancos parecem duros, mas quando você os toca, a espuma é quase macia. Além disso, cada andar recebe uma fita que fica posicionada em cima do número referente a ele. É dessa forma que o cliente tem a sinalização do andar em que está. Ainda há marcações no piso de cada um dos andares, que revelam um ponto de encontro entre as pessoas que estão visitando a loja. O sistema de espaço negativo é modular e os pontos focais nas paredes são diferenciados. A Nike aproveita ainda os sistemas modulares de outros segmentos para valorizar a moda. Diferentemente de outros estabelecimentos, na Nike House of Innovation, o click and collect está localizado em todos os andares. Assim, conseguem gerar um ótimo tráfego de pessoas, afirmou Julio. No primeiro piso há um espaço de customização, onde os clientes dão

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EXISTEM 22 MOMENTOS / ESPAÇOS INSTAGRAMÁVEIS DENTRO DA LOJA.

O SUBSOLO, COSTUMA-SE DIZER, QUE É O ESPAÇO DO NOVA-IORQUINO. É LÁ QUE ELE ENTRA COM SEUS FONES NO OUVIDO, NÃO FAZ CONTATO COM VENDEDORES E REALIZA SUA COMPRA DE FORMA RÁPIDA.

um toque pessoal aos seus produtos e, no último andar da loja, tem o Nike Experts Studio, onde os estilistas estão e auxiliam os clientes no desenvolvimento de peças únicas. É como se fosse uma boutique. Nesse mesmo conceito de boutique estão os provadores, que são amplos, separados e com controle de cena. São três tipos de luz: Yoga, que é mais aconchegante; Indoor Gym, uma luz mais clara, vibrante; e a Night Run, luz de balada. 37

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BEAUT Y FAIR

REDE DE RELACIONAMENTOS e promover networking na área da beleza faz parte do DNA da Beauty Fair, nada melhor do que alguns encontros para, assim, promover ainda mais a troca de informações, ideias e inspiração entre os participantes da Delegação Beauty Fair. E foi ao longo da semana, depois de uma imersão

na NRF, ações dos patrocinadores, visitas técnicas, reuniões de aterrissagem e muito conteúdo, que a Beauty Fair organizou alguns jantares para aproximar ainda mais o grupo e favorecer a interação entre o varejo de perfumaria e a indústria de beleza. Confira as imagens e as ações realizadas pela Beauty Fair durante essa semana em Nova York e prepare-se para estar na próxima edição!

THE HARROW A programação começou com uma apresentação e degustação, de destilados, seguida por um delicioso jantar.

Bianca Pi (L’Oréal), Ricardo Condó (Ikesaki Cosméticos), Micael Park (Ikesaki Cosméticos), José Carlos Benatti (Taiff), Marco Antonio Cerdeira (Taiff), Bruno Wolmer (Coty), Raphael Hanoh (Multi-B/ Vult), Maria de Lourdes Sacilotto (Danny Cosméticos) e Fabricio Klein (Nova Era Cosméticos)

Alexandre Spregacini (Kiss NY), Celso Nakahara (Kiss NY), Jennifer Kil (Kiss NY), Regina Jung (Kiss NY) e Suzi Ikesaki (Ikesaki Cosméticos)

Bruno Wolner (Coty), Alicio Maffra (Léo Cosméticos), Danilo Loretto (Perfumaria Sumirê), Juvêncio Filho (Shopping dos Cosméticos), Willian Kai (Léo Cosméticos, Celso Suzuki (Wella Professionals) e Fabio Kai (Léo Cosméticos) Luiz Piccoli (Cless), Marcio André Oliveira (Gloriosa Cosméticos Perfumaria), Joana Fleury (L’Oréal), Patrizia Battaglia (Beauty Fair), Ana Carrijo (L’Oréal), Cesar Tsukuda (Beauty Fair), Minoru Kamachi (Soneda Perfumaria), Thiago Maia (Coty), Maria Célia Reggiani da Silva (Lojas Rede) e Daniela Ferré (Cless) 38

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Pedro Barbosa (Bel Salvador), José Vitor Palmieri (Soneda Perfumaria), Tiago Parente (Cosbel), Marco Cerdeira (Taiff), Marie Suzuki (Beauty Fair), Ricardo Condó (Ikesaki Cosméticos), Micael Park (Ikesaki Cosméticos), Suzi Ikesaki (Ikesaki Cosméticos), Patrizia Battaglia (Beauty Fair), Fabricio Klein (Nova Era Cosméticos), Alessandra Peres (Rio Bel Cosméticos) e Saymon Gonçalves (Della & Delle)

CARMINE’S O italiano, sinônimo de boa gastronomia e fartura, também foi parada obrigatória do grupo nesta edição.

Juvêncio Filho (Shopping dos Cosméticos), Marcio Oliveira (Gloriosa Cosméticos Perfumaria), Daniela Ferré (Cless), Maria Célia Reggiani da Silva (Lojas Rede), Alexandre Spregacini (Kiss NY), Celso Nakahara (Kiss NY), José Benatti Filho (Taiff), Fabíola de Freitas (Beauty Fair), Deborah Huff (Beauty Fair) e Celso Suzuki (Wella Professionals)

Ricardo Ikesaki (Ikesaki Cosméticos), Letícia Kamachi (Soneda), Joana Fleury (L’Oréal), Mariella Scuro (Danny Cosméticos), José de Paula Brito (Ikesaki Cosméticos), Marcos de Campos (EBC Cosméticos), Thiago Maia (Coty), Bruno Wolmer (Coty), Alessandra Valença (L’Oréal), Maria de Lourdes Sacilotto (Danny Cosméticos), Minoru Kamachi (Soneda) e Ana Carrijo (L’Oréal)

DIZZY’S CLUB COCA COLA

Bianca Pi (L’Oréal), Celso de Moraes (Mundo do Cabeleireiro), Erika Guerra (Mundo do Cabeleireiro), Isabella Cavalcanti (Multi-B/Vult), Raphael Hanoh (Multi-B/Vult), Alicio Maffra (Léo Cosméticos), Fabio Kai (Léo Cosméticos), Marcos D’Oliveira (Multi-B/Vult), Ricardo Nobre (Multi-B/ Vult), Catarina Parente (Multi-B/Vult), Cesar Tsukuda (Beauty Fair) e Dominique Marceau (L’Oréal)

Uma apresentação de jazz, acompanhada de um jantar – e de uma vista incrível –, foi a escolha da Beauty Fair para fechar o último dia de viagem à Nova York.

Show de jazz no Dizzy Club Coca-Cola

Thiago Maia (Coty), Fabio Kai (Léo Cosméticos), Raphael Hanoh (Multi-B/Vult), Pedro Barbosa (Bel Salvador), Alicio Maffra (Léo Cosméticos), José Vitor Palmieri (Soneda), Tiago Parente (Cosbel), Fabricio Klein (Nova Era Cosméticos), Celso Suzuki (Wella Professionals) e Saymon Gonçalves (Della & Delle)

Letícia Kamachi (Soneda), Celso Nakahara (Kiss NY), José Benatti Filho (Taiff), Luiz Piccoli e Neide Piccoli (Cless), e Maria de Lourdes Sacilotto (Danny Cosméticos)

Willian Kai (Léo Cosméticos), José de Paula Brito (Ikesaki Cosméticos), Micael Park (Ikesaki Cosméticos), Cesar Tsukuda (Beauty Fair), Alessandra Peres (Rio Bel Cosméticos) e Juvêncio Filho (Shopping dos Cosméticos)

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PATROCINADORES

NO TOPO DE NOVA YORK lgumas experiências são realmente marcantes e as memórias da ação promovida pela Cless, Vult e Taiff, empresas patrocinadoras da viagem da Delegação Beauty Fair a Nova York, certamente ficarão vivas por muito tempo. O destino? O One World Trade Center, o edifício mais alto da Big Apple – são 417 metros de altura – e que carrega consigo muitas histórias. Depois de uma visita ao One World Observatory, localizado nos andares 100, 101 e 102, os varejistas foram recepcionados pelos representantes das marcas, Luiz Piccoli, CEO da Cless; Isabella de Oliveira Vianna Cavalcanti Wanderley, vice-presidente de Novos Negócios da Multi B (Vult); José Carlos Benatti, gerente de contas nacionais Taiff; e Marco Antonio Cerdeira, gerente nacional de vendas de contas regionais Taiff, no restaurante One Dine, também localizado no prédio. Tendo uma vista surpreendente da metrópole norteamericana como cenário, a Delegação Beauty Fair aproveitou um coquetel, seguido por um jantar, e teve a oportunidade de estreitar ainda mais o relacionamento entre varejistas e os representantes das indústrias.

Delegação Beauty Fair reunida no restaurante One Dine

SEM DÚVIDA PARA A INDÚSTRIA UMA DAS GRANDES ENTREGAS DO EVENTO É O RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES. ANTES TENTÁVAMOS OUTRAS INICIATIVAS QUE NÃO DAVAM CERTO, MAS A PARTIR DO ANO PASSADO COMEÇAMOS A VIR AQUI (NRF) E APRENDEMOS MUITO COM VOCÊS. QUERIA AGRADECER A TODOS COM QUEM TIVE OPORTUNIDADE DE CONVERSAR, AGREGA MUITO PARA NÓS. Luiz Piccoli, CEO Cless

Vista da chegada ao One World Observatory

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A Taiff se preocupa com o desenvolvimento e o crescimento dos seus parceiros comerciais e, ao apoiar iniciativas que proporcionam conhecimento, demonstramos claramente o quanto a Taiff reconhece a importância do canal especializado para o seu negócio. Além das palestras e visitas técnicas, que foram muito ricas, a NRF nos fez perceber que o mundo digital nos traz uma série de facilidades e informações, mas as relações humanas nunca deverão ser preteridas. Marco Antonio Cerdeira gerente nacional de vendas e contas regionais Taiff

Luiz Piccoli e Daniela Ferré (Cless)

É MUITO IMPORTANTE QUE NOSSOS CLIENTES ESTEJAM NA MESMA AGENDA ESTRATÉGICA QUE TEMOS. FICAMOS MUITO FELIZES DE PODER PROPORCIONAR ESSE CONVÍVIO ENTRE MARCAS E CLIENTES, EM UM AMBIENTE ABERTO, ONDE QUEBRAMOS BARREIRAS DE NEGÓCIO PARA BUSCAR SINERGIAS ONDE PODEMOS APRIMORAR E FORTALECER O VAREJO BRASILEIRO. José Carlos Benatti e Marco Antonio Cerdeira (Taiff) com Mariella Scuro (Danny Cosméticos)

Isabella de Oliveira Cavalcanti, vice-presidente de Novos Negócios Multi-B

Alicio Maffra Junior (Léo Cosméticos), Marcio Andre Oliveira (Gloriosa Cosméticos Perfumaria), José Vitor Palmieri (Soneda Perfumaria), Tiago Parente (Cosbel), Letícia Kamachi (Soneda Perfumaria) e Isabella Cavalcanti (Vult / Multi-B)

Marcos D’Oliveira, Catarina Parente, Isabella Cavalcanti e Raphael Hanoh (Vult / Multi-B)

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PATROCINADORES

ANIMAÇÃO COMO PARTE DO NEGÓCIO dia, que começou cedo, não poderia ter sido mais animado para o grupo brasileiro de varejistas de perfumaria. A Coty, uma das empresas patrocinadoras da viagem da Delegação à NRF, levou o grupo para um passeio por Nova York a bordo de um ônibus de sightseeing não convencional. O trajeto até a sede da Coty foi marcado por muita animação,

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informações sobre pontos turísticos e curiosidades sobre a Big Apple. Acompanhando os varejistas estavam Thiago Maia, diretor de vendas; Bruno Wolmer, diretor de vendas; e Celso Suzuki, gerente executivo de vendas (Wella), que também foram os responsáveis por uma apresentação na sede da empresa, onde falaram sobre produtos, novidades, além de apresentarem ideias para estreitar ainda mais o relacionamento com os lojistas.

A programação preparada pela marca também contou com a visita ao topo do Empire State Building, prédio onde está localizada a sede da empresa, que proporcionou uma vista de tirar o fôlego, com direito a muita interação entre os participantes. Para encerrar a ação, o grupo foi convidado para um almoço no State Grill and Bar, também situado no Empire State, onde mais momentos de descontração e troca de ideias aconteceram.

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Delegação Beauty Fair no topo do Empire State Building

O LADO MAIS BACANA É O FORTALECIMENTO DOS RELACIONAMENTOS E DAS PARCERIAS. O GRUPO MUDOU BASTANTE, MAS MANTIVEMOS A SENSAÇÃO DE UM GRUPO SUPERINTEGRADO, DE GENTE BACANA E DO BEM, QUE CONSEGUE TRABALHAR E VER CONTEÚDO, MAS TAMBÉM CRIAR CONEXÕES HUMANAS. A NRF TEM MUITO A VER COM ISSO, CONECTANDO PROFISSIONALISMO, ESTRUTURA, CONTEÚDO E LADO HUMANO, DE PARCERIA. Thiago Maia, diretor de vendas Coty

Celso Suzuki (Wella Professionals) com Bruno Wolmer (Coty) e Thiago Maia (Coty)

O networking, a relação pessoal que criamos aqui, é importante. Tivemos a oportunidade de passar uma semana juntos, estar mais próximos, criar relações e muitas figurinhas serão trocadas depois. Temos que buscar isso com cada varejista. A porta está aberta, é uma via de duas mãos entre o comércio e a indústria e isso é parte do objetivo de todos aqui. Tivemos uma semana muito bacana, de muita alegria, e o grupo teve uma sinergia bastante grande. Bruno Wolmer, diretor de vendas Coty

Grupo de varejistas participam de apresentação na sede da Coty

Bruno Wolmer (Coty), Danilo Loretto (Perfumaria Sumirê), Celso Suzuki (Wella Professionals), Cesar Tsukuda (Beauty Fair) e Thiago Maia (Coty)

EM NOME DA WELLA PROFESSIONALS AGRADEÇO A EQUIPE DA BEAUTY FAIR POR PROPORCIONAR ESTA EXPERIÊNCIA PARA A GENTE. NOSSO GRANDE OBJETIVO ERA QUEBRAR A BARREIRA DO INVISÍVEL, DE CONHECER AS PESSOAS, O QUE É MUITO IMPORTANTE PARA FAZER O BÁSICO. ESSA NOSSA PROPOSTA DE ESTAR PRÓXIMO E FAZER O BÁSICO É O QUE PRECISAMOS PARA FAZER O NEGÓCIO BEM FEITO. MUITO OBRIGADO PELO CONTATO, AMIZADE, CARINHO E CONVERSAS, ESTAMOS PRONTOS PARA SEGUIR EM 2019 COM BASTANTE SUCESSO. Celso Suzuki, gerente executivo de vendas Wella Professionals

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UMA DAS MAIORES EMPRESAS DE BELEZA NO MUNDO. Presente em cerca de 40 países, a Coty possui amplo portfólio de marcas líderes e tem como propósito celebrar a diversidade da beleza. Entre as marcas mais consagradas no Brasil, estão: Adidas, Bozzano, Monange, Koleston, Soft Color, Biocolor, Paixão, Risqué, Cenoura & Bronze. O principal compromisso da Coty é proporcionar aos consumidores produtos que celebrem a diversidade da beleza.

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PATROCINADORES

COMPARTILHANDO MOMENTOS tenção, gentileza e conhecimento podem ser as palavras que resumem toda a programação organizada pela Kiss New York oferecida aos varejistas de perfumaria da Delegação Beauty Fair. A ação da marca patrocinadora começou com um tour pela nova sede da empresa, onde os varejistas de perfumaria, acompanhados por Albert Park, diretor da empresa

em NY; Regina Jung, diretora geral; Jin Kim, diretor administrativo da Kiss NY; Celso Nakahara, gerente de vendas; Alexandre Spregacini, gerente de marketing; e Jennifer Kil, coordenadora de marketing, puderam ter acesso às diversas dependências do prédio e perceber de perto como a empresa se preocupa tanto com seus produtos quanto com seus colaboradores. O grupo foi recebido no auditório da sede da empresa para uma breve apresentação. A marca, que é líder no segmento de

unhas, e nos Estados Unidos lidera 90% do mercado, ofereceu ainda um workshop de unhas Impress, permitindo que os lojistas sugerissem cores de embalagem e de unhas para sua nova campanha, que deve ser lançada em breve. Para finalizar o dia de muitas novidades, conhecimento e networking, a Delegação Beauty Fair foi convidada pelos representantes da Kiss New York para um jantar no autêntico restaurante coreano Tang Korean, encerrando a programação com chave de ouro.

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O PATROCÍNIO DA KISS NEW YORK TEM MUITOS VALORES PARA NOSSA EMPRESA, COMO TER A OPORTUNIDADE DE CONVIVER POR UMA SEMANA COM ALGUNS DE NOSSOS PRINCIPAIS CLIENTES, TROCANDO EXPERIÊNCIAS, ALINHANDO EXPECTATIVAS E APROXIMANDO NOSSA EMPRESA DO DIA A DIA DAQUELES QUE TOMAM AS DECISÕES EM NOSSO MERCADO. Regina Jung, diretora-geral Kiss New York

Maria de Lourdes Sacilotto e Mariella Scuro (Danny Cosméticos), Juvêncio Lessa Filho (Shopping dos Cosméticos) e Pedro Ivo Barbosa (Bel Salvador) participam de workshop de unhas Impress

Alexandre Spregacini, Jennifer Kil, Regina Jung, Albert Park e Celso Nakahara (Kiss NY) Jantar no Tang Korean oferecido pela Kiss NY

Esta foi mais uma oportunidade de poder rever, não clientes, mas amigos, e fazer novos amigos, além de poder discutir e conversar. Tenho certeza que daqui pra frente vamos fortalecer ainda mais nosso canal perfumaria e essas parcerias também. Celso Nakahara, gerente de vendas Kiss NY

Jin Kim, diretor administrativo da Kiss NY, apresenta a sede da marca aos varejistas de perfumaria brasileiros

FOI A PRIMEIRA VEZ QUE EU TIVE A OPORTUNIDADE DE IR À NRF E FOI MUITO POSITIVO. TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE PASSAR ALGUNS DIAS COM CLIENTES IMPORTANTES E ESTAR FORA DA BASE É BOM PORQUE ESTAMOS MAIS DISPOSTOS A INTERAGIR TAMBÉM. Alexandre Spregacini, gerente de marketing Kiss New York

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UMA MANHÃ MARCADA POR OPORTUNIDADES ão é sempre que se tem a chance de visitar a sede de uma empresa como a L’Oréal e foi essa a experiência proporcionada pela marca representada por Dominique Marceau, diretor-geral de DPGP; por Elizabeth White, EVP Consumer Insight L’Oréal USA; Bianca Pi, diretora de marca L’Oréal Paris; Joana Fleury, diretora de trade marketing; Alessandra Valença, diretora de marca L’Oréal Professionnel; e por Ana Silvia Attux Carrijo, gerente comercial de L’Oréal Professionnel.

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Varejistas conferem as novidades em loja da L’Oréal

Para a L’Oréal é um prazer enorme estar com essa família Beauty Fair – NRF. A gente vem falando sempre e já formamos uma grande família entre as empresas, as indústrias, os clientes, e estamos sempre ansiosos pelo próximo encontro. Esse ano tivemos o prazer de conseguir levar nossos clientes na sede, na primeira filial do grupo em Nova York e foi muito bacana. Tivemos também a oportunidade de ter o pessoal de Consumer Insights conosco para trocar insights deles lá, já que hoje, dentro do grupo, essa é a filial que tem mais sofisticação em conhecimento sobre o consumidor. Estamos superanimados esperando a próxima viagem em 2020! Bianca Pi, diretora de marca L’Oréal Paris

José Vitor Palmieri (Soneda), Tiago Parente (Cosbel), Fábio Kai e Willian Kai (Léo Cosméticos)

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Depois de conhecer a sede e visitar a loja exclusiva para funcionários, onde foi possível ter acesso a inúmeros produtos que fazem parte do amplo portfólio da marca centenária, os participantes foram convidados para um almoço no Bouloud Bar, do renomado chef Daniel Bouloud, para uma incrível experiência gastronômica. Durante o almoço, o time de L’Oréal falou sobre uma categoria considerada bastante importante para a empresa, e que é uma ótima oportunidade no canal perfumaria, que são os dermocosméticos. Dados sobre mercado, informações sobre lançamentos da marca, como desejam e a importância da atuação da categoria no canal perfumaria, além de outras questões, como a parte de produtos profissionais da área, por exemplo, também foram destaque desse superalmoço.

Delegação Beauty Fair visita sede da L’Oréal

A NRF É UMA FEIRA SUPERINTERESSANTE SOBRE TENDÊNCIAS DO VAREJO E IR COMO PATROCINADORA DE UM GRUPO TÃO ESPECIAL COMO A BEAUTY FAIR É UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA ESTREITAR RELACIONAMENTO E, JUNTO COM OS CLIENTES, PENSAR EM OPORTUNIDADES PARA NOSSOS NEGÓCIOS. Joana Fleury, diretora de trade marketing

Dominique Marceau (L’Oréal), Alessandra Valença (L’Oréal Professionnel), Joana Fleury (L’Oréal), Bianca Pi (L’Oréal), Ana Carrijo (L’Oréal Professionnel), Brigitte King (L’Oréal USA) e Elizabeth White (L’Oréal USA)

Dominique Marceau, diretor-geral de DPGP (Divisão de Produtos de Grande Público), faz apresentação no Bouloud Bar

A NRF é reconhecida mundialmente como o espaço onde estão reunidas as tendências e melhores práticas do varejo. A Divisão de Produtos de Grande Público da L’Oréal, em sua missão de democratizar o melhor da beleza no Brasil, não poderia deixar de estar presente para conhecê-las e buscar formas de levá-las a nossos consumidores. As perfumarias representam, hoje, 27% do mercado e temos muitas oportunidades para alavancar o crescimento da L’Oréal neste canal. Tenho certeza que a oportunidade de estar ao lado de importantes parceiros das perfumarias na NRF foi muito importante para, juntos, desenharmos novas estratégias e oportunidades para nossos negócios. Dominique Marceau, diretor geral de DPGP

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Durante a ida da Delegação Beauty Fair à NRF, a L’Oréal Paris marcou presença por meio de seus representantes, Dominique Marceau, diretor geral DPGP; Elizabeth White, EVP Consumer Insight L’Oréal USA; Bianca Pi, diretora de marca; e Joana Fleury, diretora de trade marketing, que fizeram uma apresentação para mostrar as oportunidades de dermocosméticos no Brasil. Segundo Bianca Pi:

O BRASIL É NÚMERO 1 EM BELEZA NO RANKING DOS PAÍSES EMERGENTES E TEM POTENCIAL, POR ISSO OS GRUPOS INTERNACIONAIS TÊM FOCADO NO PAÍS.

Ela comentou ainda: “Quando a gente olha a América Latina, temos muita oportunidade de aumentar a penetração para continuar crescendo bastante na categoria. No Brasil, a única categoria que não está no Top 5 é a dermo”, ressaltou.

Beleza no Brasil 2º LUGAR: DESODORANTE 3º LUGAR: COLORAÇÃO 4º LUGAR: CAPILAR 5º LUGAR: MAQUIAGEM 8º LUGAR: DERMOCOSMÉTICO

TENDÊNCIA Os tratamentos capilares e o setor de unhas já são fortalezas da perfumaria e, embora ainda precisem ser analisadas intensivamente, apostar no skincare pode garantir bons resultados e ajudar o segmento a se tornar massivo. A categoria, que já é bem aproveitada pelo canal farma, pode ter ainda mais relevância se trabalhado melhor nas perfumarias. “Mais de dois milhões de consumidoras do porta-a-porta migraram para o massivo. A gente vê que a cliente já está procurando a loja física e mais de 58% de novos lares já apresentam um gasto médio maior. Em três anos, o porta-a-porta passou de 60% para 54% e a farmácia de 18% para 22%. Já para a perfumaria esta é uma oportunidade”, reforçou Bianca.

DERMO É INOVAÇÃO COM EXECUÇÃO E INOVAÇÃO E EXECUÇÃO TÊM QUE ANDAR DE MÃOS DADAS.

NA PRÁTICA Quando falamos de skincare, os consumidores são facilmente influenciados pelos resultados. Produtos que prometem menos rugas, por exemplo, recebem a atenção da consumidora, que se sente inspirada e motivada a comprar. Portanto, trabalhar com demonstração e inspirações no PDV são fundamentais para capturar esse consumidor. “A mulher está procurando uma rotina de beleza para a pele. Precisamos abordar de uma forma diferente. Com toda essa

história de experiência, do digital, precisamos educar as consumidoras para que elas entendam que precisam ter a prevenção, a limpeza, a proteção e, com isso, se aumenta o tíquete médio da nossa loja e sofistica a rotina de beleza das mulheres no Brasil”, afirmou a diretora.

O TRABALHO EDUCACIONAL VAI FAZER COM QUE A SHOPPER QUE ESTÁ COMPRANDO HAIR CARE SE ENGAJE COM A CATEGORIA DE SKINCARE. A GENTE SABE QUE A CONSUMIDORA DE SKINCARE, MUITAS VEZES, NÃO VAI PARA O PONTO DE VENDA COMPRAR ESSES PRODUTOS PORQUE ELA NÃO SABE NEM POR ONDE COMEÇAR. E SE VOCÊ PENSA NUMA SHOPPER QUE VAI NA PERFUMARIA COM MILHÕES DE SKUS, ELA NÃO SE AVENTURA A IR NA GÔNDOLA DE SKINCARE SE NÃO TIVER UMA CONSULTORA; ELA PRECISA DE AJUDA.

Para isso, Joana disse que o projeto da L’Oréal é já levar para o PDV a parte educacional. “É para ser simples e massificar. A gente leva uma moldura com passo a passo, de 1 a 4, e depois uma navegação na gôndola ajudando a shopper a identificar os principais produtos que ela precisa usar”, exemplificou reforçando que o projeto já começará a ser trabalhado em alguns pontos de venda. 61

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OPORTUNIDADE

Para ficar de olho!

A JORNADA DO CONSUMIDOR DE SKINCARE Elizabeth White, EVP Consumer Insight L’Oréal USA, também esteve presente no encontro da companhia com os varejistas de perfumaria da Delegação Beauty Fair e apresentou dados relevantes sobre a forma como a consumidora de skincare compra.

PARA MUITOS CONSUMIDORES DE PRODUTOS PARA A PELE, A PRATELEIRA É O MOMENTO DE DECISÃO DE COMPRA. INVISTA NA APRESENTAÇÃO DO PDV, NO DESIGN DO PRODUTO, PREÇO, DISPLAY E NA SINALIZAÇÃO, PARA OBTER CONVERSÃO DE VENDAS.

Elizabeth White comentou ainda que, nos Estados Unidos, por exemplo, 30% dos consumidores vão à loja e escolhem o produto “in-store”,

portanto esta é a oportunidade de uma interação pessoal para oferecer uma ótima jornada de compra. Para conseguir isso, é preciso educar as demonstradoras para que elas possam elevar a experiência de compra na perfumaria. Ela reforça:

A CATEGORIA DE SKINCARE DEVE TER UM APPROACH MAIS EMOCIONAL PARA AS CONSUMIDORAS E TEMOS OBSERVADO A RELEVÂNCIA DISSO EM TODA SUA JORNADA.

A seguir, confira alguns dos insights mais importantes apresentados pela EVP para ajudar o varejo no desenvolvimento da categoria: _ Garanta que sua loja e suas promoções sejam fáceis de encontrar, principalmente on-line. Consumidores estão sempre online; tenha engajamento digital o quanto antes e com frequência. _ O consumidor sabe o que

quer e fica aliviado quando encontra a marca ou o produto que procura, mas fica entediado rapidamente se o varejista não interage apresentando outras opções e as últimas novidades. _ Após a fase que o consumidor descobre o que realmente precisa para suas necessidades, a tendência é encontrar uma série de frustrações ao longo do caminho rumo à compra. A comunicação do varejista deve estar orientada a mostrar os benefícios do produto de forma clara. _ As demonstradoras de sua loja devem inspirar confiança e mostrar que o consumidor está tomando a decisão correta. Teste de produtos e demonstrações também são muito úteis. _ Os consumidores mais engajados têm uma jornada de compra mais envolvente e valiosa; já os compradores menos engajados tendem a estar na base de fidelidade ou são impulsionados pelas promoções.

Fotos: Shutterstock

ACOSTUMADAS A BUSCAR PRODUTOS DE MAQUIAGEM NAS PERFUMARIAS, O CROSSELLING PODE SER UMA FORMA DE TRABALHAR A CATEGORIA NUM PRIMEIRO MOMENTO. A IDEIA COM ISSO É FAZER COM QUE A CLIENTE PERCEBA QUE PODE NÃO APENAS EMBELEZAR O ROSTO, MAS ENCONTRAR LIMPEZA E CUIDADOS, PRINCIPALMENTE ANTISSINAIS, NO MESMO LOCAL EM QUE FAZ SUAS COMPRAS DE MAQUIAGEM. A OPORTUNIDADE ESTÁ EM CONSCIENTIZÁ-LA DE QUE OS ITENS DE MAQUIAGEM PODEM SER COMPLEMENTARES AOS DE SKINCARE E VICE-VERSA.

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O shopper de skincare*

45% 23% 19%

COSTUMAM COMPRAR OS MESMO ITENS, ESTOCAM PRODUTOS E GERALMENTE JÁ SABEM O QUE QUEREM.

RECEBERAM CONSELHO DE ALGUM AMIGO OU PROFISSIONAL OU TÊM DESEJO DE CUIDAR DE SI MESMOS.

BUSCAM ALGO MELHOR, QUE CONTRIBUA COM ALGUM PROBLEMA ESPECÍFICO.

13%

APROVEITAM AS PROMOÇÕES ANTES DE FAZER A COMPRA E BUSCAM ALGO VANTAJOSO.

* Dados de pesquisa realizada pela L’Oréal

Volte sua atenção também para eles! A PARTICIPAÇÃO MASCULINA NO SEGMENTO DE BELEZA TEM SE MOSTRADO RELEVANTE. NÃO À TOA O BRASIL JÁ OCUPA O SEGUNDO LUGAR MUNDIAL NO CONSUMO DE PRODUTOS DE BELEZA, DE ACORDO COM PESQUISA REALIZADA PELA EUROMONITOR INTERNATIONAL, FICANDO ATRÁS SOMENTE DOS ESTADOS UNIDOS. ESTIMA-SE QUE NÃO VAI DEMORAR MUITO TEMPO PARA OS BRASILEIROS ULTRAPASSAREM OS AMERICANOS NESSE SETOR. ESSA NOVA REALIDADE DE CONSUMO É IMPORTANTE PARA OS VAREJISTAS QUE ESTÃO DIANTE DE MAIS UM NICHO IMPORTANTE DO MERCADO. PARA SE TER UMA IDEIA, NO DIA DOS PAIS DE 2018, POR EXEMPLO, OS COSMÉTICOS ESTIVERAM NO TOPO DA LISTA DE ITENS MAIS VENDIDOS PELA INTERNET. ISSO, ALÉM DA PREOCUPAÇÃO COM A BELEZA, MOSTRA QUE OS HOMENS ESTÃO REPRODUZINDO OS MESMOS HÁBITOS DAS MULHERES: BUSCAM INFORMAÇÕES SOBRE TRATAMENTOS E COSMÉTICOS ON-LINE. OU SEJA, SE ELES SEGUIREM MESMO O EXEMPLO FEMININO, ESSE COMPORTAMENTO NÃO DEVE FICAR SÓ NA ÁREA DIGITAL, SENDO TRANSFERIDA PARA OS PONTOS DE VENDA. EM 2018, SEGUNDO PESQUISA DA KANTAR WORDLPANEL, 31% DOS GASTOS COM PERFUMARIA,

CREME E OUTROS PRODUTOS DO MESMO SEGMENTO FORAM REALIZADOS POR HOMENS. AINDA SOBRE ESTUDOS, DE ACORDO COM A EUROMONITOR, A ESTIMATIVA É QUE, EM 2021, A EVOLUÇÃO TOTAL DAS VENDAS DE ALGUMAS CATEGORIAS DIRECIONADAS AO PÚBLICO MASCULINO CHEGUE A MAIS DE R$26 MILHÕES ANTE R$10 MILHÕES REGISTRADOS EM 2011. ESSA É, NOVAMENTE, MAIS UMA OPORTUNIDADE PARA AS PERFUMARIAS COMPLEMENTAREM AS GÔNDOLAS DE SEUS PONTOS DE VENDA. VALE AINDA UMA REFLEXÃO SOBRE OS MODELOS AMERICANOS QUE JÁ INCORPORAM EM SUAS LOJAS O ESTACIONAMENTO DE MARIDOS, LOCAL ONDE HOMENS E FAMÍLIAS COSTUMAM ESPERAR A MÃE/ESPOSA/NOIVA/NAMORADA. MESMO ESTANDO NESSE ESPAÇO DE ESPERA, OS HOMENS DESEJAM TER ACESSO A PRODUTOS DIRECIONADOS A ELES, CONFORME EXPLICOU JULIO TAKANO EM VISITA TÉCNICA PELA ULTA BEAUTY, EM NOVA YORK (LEIA MAIS NA PÁGINA 34). NESSE MUNDO DE TRANSFORMAÇÃO EM QUE VIVEMOS, OS HOMENS DEIXARAM DE SER ACOMPANHANTES E PASSAM A SER COMPRADORES, ELEVANDO, EM MUITOS CASOS, ATÉ MESMO O TÍQUETE MÉDIO DOS ESTABELECIMENTOS. 63

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INSIGHTS

TRANSFORMANDO INFORMAÇÃO

EM AÇÃO

EDUARDO TERRA E ALBERTO SERRENTINO FAZEM UM RESUMO DA NRF 2019 E A MAIOR LIÇÃO QUE FICA É QUE, PARA EVOLUIR, É PRECISO TER AGILIDADE expressão imersão no varejo nunca definirá tão bem o que representa a NRF Retail’s Big Show. Em meio à avalanche de conteúdo, surgem muitas dúvidas, principalmente para o varejista brasileiro que, na maior parte das vezes, se pega pensando “será que vou conseguir aplicar algum desses conceitos em meu negócio?”. É fato que o varejo brasileiro ainda tem muito a evoluir, mas a boa notícia é que há chances. O caminho é longo e, por isso, a velocidade é fundamental. Basta olhar a China para se inspirar. E é sobre esses avanços, sobre disrupção, pessoas, tecnologia, dados e, principalmente, ação, que esta edição da NRF pode ser resumida, e os especialistas em varejo Eduardo Terra e Alberto Serrentino, de forma clara e prática, sintetizaram os temas centrais dessa edição da maior feira de varejo do mundo. São seis principais insights que você confere a seguir.

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RETAIL LEAP FROG Esse insight tem a ver com os saltos exponenciais que a China tem dado. Segundo Eduardo Terra, o ritmo que a gente entendia que era suficiente, já não é mais. INOVAR É FAZER ALGO MELHOR E, NUM SEGUNDO ESTÁGIO, FAZER COISAS NOVAS. A DISRUPÇÃO É QUANDO A GENTE FAZ PARECER QUE O QUE TINHA ANTES É OBSOLETO. E QUANDO VOCÊ VAI À CHINA, VOCÊ OLHA PARA TUDO O QUE ELES FAZEM E AQUILO NOS FAZ TER A SENSAÇÃO DE QUE O VAREJO QUE A GENTE CONHECE ESTÁ OBSOLETO. A China está tão além, até mesmo dos Estados Unidos que costumávamos ter como referência, que, para se ter uma ideia, o volume de pagamento móvel no país asiático é 70 vezes maior do que nos EUA. E esse é só um exemplo sobre como as coisas estão em velocidade muito superior na China do que em qualquer outro País.

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DEEP RETAIL

Essa é uma nova abordagem para falar sobre tecnologia e dados. É preciso olhar a transformação como um grande caminho para se tornar mais eficiente, mais produtivo. Transformação digital NÃO é e-commerce. A excelência operacional só será obtida quando se pensar em tecnologia, pessoas e processos. NOS ESTADOS UNIDOS, A AGENDA É BASEADA EM TECNOLOGIA, MAS NÃO ADIANTA USAR AS TECNOLOGIAS DELES NO BRASIL SE NÃO SOUBERMOS ADAPTÁ-LAS AOS NOSSOS PROCESSOS AQUI QUE, ASSIM COMO OS DELES, PRECISAM SER BEM DEFINIDOS.

A TECNOLOGIA TEM QUE SER VISTA SOB DUAS PERSPECTIVAS: 1) MELHORIA NA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE NA HORA DA COMPRA; DIMINUIÇÃO DO ATRITO. 2 ) EFICIÊNCIA PARA O FUTURO DO NEGÓCIO.

USE: TECNOLOGIA E DISCIPLINA A FAVOR DA PRODUTIVIDADE PARA TER COMPETITIVIDADE. VAREJO MAIS INTELIGENTE É UM VAREJO MAIS EFICIENTE E COM MENOS CUSTOS. A TECNOLOGIA VAI TRAZER REDUÇÃO DE CUSTOS.

DE ONDE VEM A AMEAÇA PARA O MEU NEGÓCIO? NÃO SABEMOS, MAS A VELOCIDADE É O REMÉDIO PARA SOLUCIONAR ALGUNS DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS. É PRECISO TENTAR, TESTAR E, SE NÃO DER CERTO, TENTAR NOVAMENTE E MAIS RÁPIDO. É ISSO QUE A CHINA FAZ; NÃO TEM MEDO DE TENTAR, DE ERRAR, DE SE REINVENTAR.

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INSIGHTS

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CUSTOMER CENTRIC ORGANIZATIONS

O varejo deve ser centrado no cliente e ponto final. Cliente no centro do negócio significa entender como as pessoas se comportam.

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RETAIL OPERATIONAL EXCELLENCE A AGENDA DE TECNOLOGIA TEM QUE IR PARA A MESA ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES, PORQUE É ELA QUE ESTÁ MOLDANDO O MUNDO DOS DADOS.

Hoje, a tecnologia está cada vez mais na nuvem. Os dados não podem estar em silos. Dados do cliente, de mercadoria, financeiros, de produto... todos devem conversar e estar em um único lado. Soluções de tecnologia não devem ser vistas como despesa. Se ela for boa, tem um custo num primeiro momento, mas depois trará retorno. Despesa boa é investimento. Data beats opinion (Dados vencem a opinião). Por isso, deixe os “achismos” de lado e use os dados que você coleta diariamente para criar estratégias.

PARA PENSAR... EU TENHO UM DATA LAKE (LAGO DE DADOS) OU UM PÂNTANO DE DADOS? SE VOCÊ TEM UM PÂNTANO, SIGNIFICA QUE O QUE VOCÊ TEM ESTÁ SUJO, DESORGANIZADO, E ISSO GERA DIFICULDADE. SE VOCÊ TEM UM LAGO, O MELHOR A FAZER É TRANSFORMÁ-LO EM UM RIO, MAIS FUNDO, MAIS DENSO.

MAS O QUE É O DATA LAKE? SÃO TODOS OS DADOS QUE VOCÊ COLETA: DOS CLIENTES, AQUELES QUE VOCÊ COMPRA, AQUELES QUE ESTÃO POR AÍ. O CONJUNTO DE DADOS DARÁ UMA VISÃO CORRETA DE INÚMERAS QUESTÕES QUE, HOJE, SÃO DIFÍCEIS NO VAREJO, COMO PRECIFICAÇÃO, ESTOQUE, COMPRA, SORTIMENTO. QUER RESPOSTA? CONSULTE SEUS DADOS!

O VAREJO HOJE TEM UMA VISÃO PARCIAL DAQUILO QUE ACONTECE COM O CLIENTE, QUE SÃO AS RELAÇÕES QUE ELE TEM A PARTIR DAS INTERAÇÕES ON-LINE. O VAREJO CAPTURA MUITOS DADOS E FAZ MUITO POUCO COM ELES. É UM VAREJO QUE SABE MUITO POUCO O QUE ESTÁ ACONTECENDO NAS LOJAS, POUCA COISA QUE ESTÁ ACONTECENDO NO SITE E QUASE NADA SOBRE O QUE ACONTECE ANTES E DEPOIS DISSO. E ESSE É O GRANDE DESAFIO.

BÁSICO: SABER O QUE O CLIENTE FAZ QUANDO ESTÁ COM VOCÊ. MISSÃO: SABER O QUE ELE FAZ QUANDO NÃO ESTÁ COM VOCÊ.

E como vou entender o que acontece com as pessoas? Como saber como elas chegaram até minha loja ou ao meu

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site? Como saber o que elas fizeram depois dali? Simples: redesenhando seus processos, sejam eles de definição do que se vende, como se vende, o quanto se vende, que quantidade se vende, como se precifica.... tudo!

O VAREJO É REATIVO. CRIA ESTRUTURA DE OFERTA. TEM UMA MARCA E CRIA VISIBILIDADE PARA ELA. TEM ALAVANCAS PROMOCIONAIS PARA TENTAR ESTIMULAR AS PESSOAS A CONSUMIREM O QUE NÃO PRECISAM.

E por que ficamos esperando as pessoas irem à loja, ao site, ou tentando converter quem já está no meio da sua jornada? É preciso ser ativo! É preciso capturar o cliente antes, pois uma vez que ele já está ali – na sua loja, no seu site –, ele já está decidido. O mais difícil influenciar os que não chegaram até sua marca.

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NEW RETAIL

De novo, a China ensina para o mundo como organiza lojas e repensa ecossistemas.

O QUE AS EMPRESAS TERÃO QUE FAZER É, A PARTIR DA VISÃO DO CLIENTE E DOS DADOS, ENTENDER A CAPACIDADE DE CAPTURA QUE ELA TEM, EM COMO ELA VAI TRADUZIR ESSA CAPTURA DE VALOR EM VALOR ECONÔMICO E COMO ELA VAI TER QUE SOMAR ISSO EM UM MODELO DE NEGÓCIO LUCRATIVO E SUSTENTÁVEL COMO UM TODO.

Segundo o presidente do Alibaba, Michael Evans, a empresa que comanda não é varejo. Eles se veem como uma plataforma, um ecossistema com o qual os varejistas se conectam.

O QUE ISSO SIGNIFICA? A COMBINAÇÃO DE TECNOLOGIA EM NUVEM COM ROBUSTAS ESTRUTURAS DE LOGÍSTICA, ALÉM DE UMA GRANDE CAPACIDADE DE ENTENDER O CLIENTE E CAPTURAR SEUS DADOS. TUDO ISSO PERMITE REDEFINIR O SIGNIFICADO DE VAREJO. AQUI NÃO SE PENSA EM CANAIS, MAS EM COMO A CONEXÃO COM OS DADOS DO CLIENTE PERMITE A PERSONALIZAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS DE COMPRA QUE AS PESSOAS TERÃO.

Obsessão por consumidores e dados faz TODA a diferença. Ser uma empresa obcecada pelo consumidor, mas não ser obcecada pelos dados do consumidor, não resolve. É PRECISO: GOSTAR DE DADOS. COLETAR DADOS. EXPLORAR DADOS. SABER O QUE FAZER COM OS DADOS. USÁ-LOS PARA TOMAR DECISÕES. 67

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INSIGHTS

Experiência e relacionamento são fundamentais! No mundo digital não se cria conexão emocional com o consumidor; é somente na loja física que o contato humano acontece. As lojas têm de ter pouco – ou nenhum – nível de atrito; precisam ser funcionais; inteligentes através do uso de tecnologia e precisam melhorar o processo e melhorar a experiência com o cliente. Elas também têm de ser convenientes. Nesse novo modelo, qual loja sobrevive? Aquelas que têm todas essas características!

A NIKE HOUSE OF INNOVATION É UM BOM EXEMPLO DE NOVO VAREJO, POIS REÚNE TODOS ESSES COMPONENTES. É UMA LOJA DE CONVENIÊNCIA DENTRO DE UMA LOJA DE EXPERIÊNCIA, ONDE PODE-SE TANTO RETIRAR A COMPRA FEITA ON-LINE COMO TAMBÉM É POSSÍVEL IR À LOJA, OLHAR, TOCAR, EXPERIMENTAR, E FAZER UM PAGAMENTO SEM ATRITO, COM USO DA TECNOLOGIA.

E A EXPERIÊNCIA? PENSE NO CONSUMIDOR COMO UM TURISTA QUANDO VISITA UM LUGAR NOVO: ELE QUER VIVENCIAR TUDO, QUER EXPERIMENTAR TUDO O QUE A MARCA TEM A OFERECER, QUER PERSONALIZAÇÃO, QUER CUSTOMIZAÇÃO, QUER BOM PREÇO.

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TRUSTY LEADERSHIP EXCELLENCE

Tem a ver com cultura, posição e transformação.

Á MEDIDA QUE OS NEGÓCIOS ACELERAM, TEMOS DE ASSUMIR MAIS RISCOS, TEMOS DE DELEGAR MAIS, MUDAR OS MODELOS DE GESTÃO. É PRECISO DEIXAR A EMPRESA MAIS ÁGIL E TRABALHAR EM EQUIPES; SEM MUITA HIERARQUIA, COM MENOS BUROCRACIA. COMO É QUE VOCÊ CONSEGUE FAZER ISSO? É A PARTIR DA CULTURA QUE VOCÊ SABE COMO TOMAR UMA DECISÃO SEM COLOCAR EM RISCO A EMPRESA. QUANTO MAIS FORTE FOR O PROPÓSITO DE VALORES DE CULTURA, MAIS FÁCIL VAI SER ACELERAR O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO. ENTÃO, NO FUNDO, A GENTE VAI PRECISAR DE EMPRESAS COM ALMA PARA ANDAR MAIS RÁPIDO.

ENTENDA: SUA MARCA, SUA EMPRESA, NÃO VAI MAIS PODER AGRADAR TODO MUNDO E, POR ISSO, É PRECISO TER CONSISTÊNCIA. UMA VEZ DEFINIDOS OS VALORES, ELES PRECISAM SER FORTES PARA DAR UM NORTE SOBRE COMO A EMPRESA VAI SE POSICIONAR.

A transformação vai mudar o desenho do modelo de negócio. É preciso ter coragem para isso! A cultura é algo que não contrapõe a transformação, mas a fortalece. Quanto mais forte a cultura, mais engajamento, mais capacidade de evolução.

VOCÊ NÃO VAI AGRADAR TODO MUNDO E TALVEZ PERCA ALGUNS CLIENTES, MAS AQUELES QUE FICAREM, ESTARÃO COM VOCÊ, DEFINITIVAMENTE.

NÃO ESPERE AS COISAS ACONTECEREM; TOME UMA POSIÇÃO!

As pessoas rejeitam marcas que tropeçam em questões como diversidade, cultura, polêmicas. Mas tem muita gente que rejeita marcas que simplesmente não se posicionam. E ainda há pessoas, principalmente as mais novas, que querem saber exatamente o que você pensa e como você se posiciona, e que vão deixar as marcas que não falam sobre isso.

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Resumindo... _ REPENSE A IDEIA DE TEMPO E DE VELOCIDADE. O FUTURO ESTÁ MUDANDO DE FORMA EXPONENCIAL. _ A LOJA PRECISA EXERCER UM PAPEL DE CONEXÃO COM O CLIENTE, SER UM ELEMENTO ESTRATÉGICO DA VENDA E NÃO A VENDA EM SI. _ A CATEGORIA DE BELEZA É A QUERIDINHA DOS CONSUMIDORES, MAS OUTROS VAREJISTAS JÁ TENTAM ABOCANHAR UMA FATIA (EXEMPLO: RENNER VENDENDO PERFUMES, RIACHUELO VENDENDO MAQUIAGEM), MAS É PRECISO TER UMA AGENDA DE TRANSFORMAÇÃO PARA NÃO FICAR PARA TRÁS.

Fotos: Shutterstock

_ BELEZA É UMA CATEGORIA QUE PRIVILEGIA A EXPERIÊNCIA. USE ISSO A FAVOR DO SEU NEGÓCIO! _ ADAPTE-SE ÀS MUDANÇAS E CORRA RISCOS. A EXEMPLO DA CHINA, TESTE, TESTE NOVAMENTE E SE NÃO DER CERTO, CORRIJA, MUDE A ESTRATÉGIA, MAS NÃO DEIXE DE TENTAR. VÁRIAS VEZES E DE FORMA RÁPIDA. _ O VAREJO TEM QUE DESCONSTRUIR A FORMA

COMO FAZ CONTAS, COMO AVALIA NEGÓCIOS, COMO MEDE O SEU DESEMPENHO, COMO RECOMPENSA PESSOAS E COMO REDEFINE A SUA FORMA DE CRESCER DE MANEIRA LUCRATIVA E SUSTENTÁVEL. _ CRIE UMA AGENDA DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL URGENTE. ELA É FORMADA POR UM CONJUNTO DE TRÊS COISAS, TODAS IGUALMENTE IMPORTANTES: TECNOLOGIA, DISCIPLINA E BOA PERFORMANCE. _ A DISCIPLINA NÃO É UM CONTRAPONTO NA EVOLUÇÃO; ELA É NECESSÁRIA PARA ESTRUTURAR O NEGÓCIO. _ O VAREJO DEPENDE MUITO DE PESSOAS, MAS É PRECISO CONSTRUIR UM SISTEMA OPERACIONAL DE EXCELÊNCIA MENOS DEPENDENTE. _ NÃO TEM INTERESSE OU BACKGROUND EM TECNOLOGIA? NÃO É PRECISO SER UM EXPERT, MAS PRECISA ENTENDER SOBRE O ASSUNTO, MERGULHAR NESSE UNIVERSO. _ PERSONALIZE A RELAÇÃO COM SEU CLIENTE, REDUZA SEUS CUSTOS DE MARKETING E MELHORE

A COMUNICAÇÃO. CONECTE TODOS OS DADOS QUE OBTIVER COM A TECNOLOGIA E GARANTA SEU VALOR. _ MESMO QUE VOCÊ ESTEJA BEM PRÓXIMO DO CLIENTE, DA LOJA, DA EQUIPE E DA OPERAÇÃO, BUSQUE NOS DADOS AS RESPOSTAS PARA TOMAR SUAS DECISÕES. _ COMECE A CAPTURAR SEUS CLIENTES ANTES, SEJA PELAS REDES SOCIAIS, PELAS FERRAMENTAS DE BUSCA, SEJA INTERAGINDO POR MEIO DE PESQUISAS, DE CONVERSAS, DE COMENTÁRIOS. _ FIQUE DE OLHO NOS MARKETPLACES ESPECIALIZADOS; ENTENDA COMO FUNCIONAM E GARANTA SUA COMPETITIVIDADE. _ EMPRESAS GERIDAS POR FUNDADORES OU SUCESSORES TÊM UM VÍNCULO FORTE COM SUA HISTÓRIA, VALORES E PRINCÍPIOS E FAZ COM QUE A CULTURA SEJA UM ELEMENTO VIVO. O DESAFIO É FAZER COM QUE A CULTURA EVOLUA PARA INCORPORAR IMPORTANTES COMPONENTES, COMO CULTURA DIGITAL, VELOCIDADE, INOVAÇÃO, AGILIDADE E DADOS. 69

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HARVARD CLUB

LIÇÕES A SEREM APRENDIDAS PALESTRANTES DE RENOME COMPARTILHARAM INFORMAÇÕES E DADOS RELEVANTES SOBRE O MERCADO E SEUS NEGÓCIOS NO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE VAREJO HARVARD CLUB

ntre as atividades da semana intensa nos Estados Unidos, o Seminário Internacional de Varejo Harvard Club é, sem dúvida, um dos pontos altos da programação. O ambiente que reflete tradição e conhecimento por si só já vale a visita, e quando se une ao espaço palestras e nomes de peso do setor a experiência fica ainda mais completa. Além dos insights apresentados por Eduardo Terra e Alberto Serrentino (que você vê a partir da página 64), o evento contou com apresentações de Sean Bartlett, líder global de indústria para o varejo da Apple; John Nicoletti, diretor administrativo de varejo do Google; Keith Higgis, vice-presidente de e-commerce da Unilever; Steve Dennis, presidente da Consultoria SageBerry, uma empresa focada em inovação e estratégia de crescimento para o varejo, luxo e marcas de impacto social; e Jarrad

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Bemman, marketing lead para e-commerce na América do Norte do Facebook. Confira um resumo do que eles disseram:

A FAVOR DO CLIENTE E DO COLABORADOR Se tivéssemos que definir as palavras-chaves da apresentação de Sean Bartlett, líder global de indústria para o varejo da Apple, possivelmente seriam: experiência, colaborador, tecnologia e cliente. Sean explicou que, pelo fato de a Apple não ser apenas uma companhia de tecnologia, mas também varejista, é que estão investindo em alguns conceitos e, sem dúvida alguma, trabalhando na experiência de quem visita a loja. “A Apple não tem um formato, um layout único, mas os elementos são sempre coerentes e você, em qualquer lugar que estiver, consegue identificar que é uma loja Apple”,

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FUTURO DA LOJA FÍSICA ISSO DEPENDE UM POUCO DO SEGMENTO DO PRÓPRIO VAREJO EM QUE SE ATUA, MAS DEVE SER UM LOCAL PARA VOCÊ ENTRAR E TER ACESSO A INFORMAÇÕES. QUANTOS JÁ FORAM À NIKE HOUSE OF INNOVATION, QUE TEM UMA EXPERIÊNCIA FABULOSA? LÁ VOCÊ PODE MARCAR CONSULTA COM UM ESPECIALISTA OU FECHAR SUA COMPRA VOCÊ MESMO. A EXPERIÊNCIA É TODA INTERATIVA. NÃO É SÓ A NIKE QUE OFERECE ALGO ASSIM, INOVADOR, QUE ENGAJA. O SERVIÇO É SELF-SERVICE, MAS TAMBÉM TEM ESPECIALISTAS. E É ISSO QUE VOCÊ DEVE FAZER.

EMPODERAMENTO DO COLABORADOR

disse. Mas o que esse layout tem a ver com colaborador e cliente? Para ele, tudo! Pois reforça o modelo de negócio e a marca: existe um padrão, uma cultura. Outro ponto que o líder global de indústria para o varejo mencionou foi a forma como a Apple está se relacionando com o cliente, e saiba que não é só por meio da venda de produtos. É através de sessões educacionais gratuitas onde os clientes podem aprender sobre fotografia, música, criptografia, entre outros temas variados. Segundo ele, são inúmeras aulas por semana, que fazem com que as pessoas queiram ir à loja. Ou seja, através do programa, a Apple mantém as pessoas conectadas à ela independentemente de uma compra. Sean também destacou o fato de não haver filas nas lojas Apple e o atendimento personalizado que se dá ao consumidor. Ele comentou que os colaboradores são orientados a criar uma descrição que inclui alguma característica do que a pessoa está usando, como cor de camiseta, aspecto da mochila, etc., para que se localize o consumidor dentro da loja. Isso faz com que a pessoa perceba que o atendimento é exclusivo para ele naquele momento.

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PARA MUITA GENTE TRATA-SE DE UMA MUDANÇA DE CULTURA. AQUELA NOÇÃO DA ERA INDUSTRIAL, QUE O NEGÓCIO ERA PEGAR UMA PESSOA PARA TRABALHAR EM UMA DETERMINADA MÁQUINA ACABOU. AGORA ESTAMOS NA ERA EM QUE ELE UTILIZA TANTO A MÁQUINA QUANTO A INFORMAÇÃO PARA OFERECER UMA EXPERIÊNCIA FABULOSA AO CLIENTE. É UMA MUDANÇA DE PARADIGMA, DE MENTALIDADE, É DAR AO FUNCIONÁRIO A FERRAMENTA PARA QUE ELE OFEREÇA UMA EXPERIÊNCIA. ISSO NÃO SE TRATA SÓ DE TECNOLOGIA, MAS TAMBÉM DE CULTURA.

Sean Bartlett, líder global de indústria para o varejo da Apple

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HARVARD CLUB ATENDIMENTO NÃO SE TRATA SÓ DE RESPONDER O QUE O CLIENTE QUER, MAS TAMBÉM DE PRESTAR ASSISTÊNCIA NA VIDA DAQUELA PESSOA DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEIS. O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO DIA DE HOJE PARA PRESTAR ASSISTÊNCIA AO SEU CLIENTE? SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COISAS QUE ELE SENTE COMO UMA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, TUDO BEM.

5 PONTOS DE ATENÇÃO NOSSA CRENÇA [NO GOOGLE] É QUE, COM RELAÇÃO AO VAREJO, EXISTEM CINCO ALAVANCAS: PREÇO, SORTIMENTO, CONVENIÊNCIA, SERVIÇO E EXPERIÊNCIA. PRECISAMOS SEGUIR ISSO, TIRANDO ATRITO, A BUROCRACIA COM O CLIENTE E A GENTE TEM QUE SE MEXER, POIS TEM US$23 BILHÕES QUE PODEM PASSAR DE UMA MÃO PARA OUTRA DEPENDENDO DA SUA FILOSOFIA DE ATENDIMENTO AO CLIENTE.

CRIANDO RELACIONAMENTO John Nicoletti, diretor administrativo de varejo do Google, não fugiu do tema mais visto em toda a NRF: o cliente. Durante sua palestra, ele reforçou que o atendimento personalizado, como se fosse único para aquela pessoa, é que é um fator de sucesso no varejo. Segundo John, os consumidores estão mudando o mundo. “Eles estão com o celular na mão; sabem o que fazer; têm acesso, velocidade e o conteúdo é grande. O que era impossível, agora é disponível e possível diariamente”, disse. O diretor administrativo do Google citou que o cliente de agora apresenta três principais características: é curioso, exigente e impaciente. Sobre ser curioso, ele comentou que por serem muito informados, querem saber ainda mais e serão mais inteligentes na hora da decisão de compra. Como exemplo, citou que o volume de buscas no Google com o início “a melhor” ou “o melhor” é muito grande. O consumidor quer saber o que é melhor, seja em relação a uma pasta de dente ou a um carro. Por serem impacientes, querem tudo mais rápido; tem que ser aqui e agora. Se o cliente for no seu site e ele demorar mais do que três segundos para carregar, a chance de ele voltar é mínima. O consumidor de hoje é impaciente e a compra precisa ser rápida, sempre. “Se você não está gerando valor para o consumidor, ele vai te bloquear. Se você não responder à pergunta que ele fizer, ele vai tirar o seu aplicativo do telefone, vai sair do site e nunca mais vai voltar”, reforçou John.

John Nicoletti, diretor administrativo de varejo do Google

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PROXIMIDADE COM O CONSUMIDOR Keith Higgis, vice-presidente de e-commerce da Unilever, começou sua apresentação dizendo que a mudança que vem acontecendo no varejo pode ser assustadora, mas que é preciso enxergar as oportunidades, e é isso que a empresa que ele representa vem fazendo juntamente com os parceiros de varejo que têm. “Como você pode estar mais próximo do ambiente físico e on-line do seu comprador? Ou seja, como a gente pode se tornar mais relevante, mais próximo, em contato, entregando serviços e produtos que ele quer? O outro aspecto são as parcerias: como podemos fazer parcerias de varejo, seja nacional ou internacionalmente?” O ponto-chave para Keith, em relação a oportunidades, está na compreensão das pessoas. Em relação ao colaborador, ele diz acreditar ser necessário criar um ambiente correto para que essas pessoas possam avançar, progredir, testar e aprender. “As pessoas dizem que não cometeram erros nos últimos três ou seis meses. A minha opinião é: você está no negócio errado, na empresa errada. Você tem que cometer erros, tem que ter essa mentalidade de testar, errar e reaprender”, reforçou. Já sobre o consumidor, ele se volta aos millennials que, segundo ele, têm valor distinto, pois veem o aspecto social e querem compreender o valor da marca. “Pense nisso: cada pessoa produz uma quantidade de lixo absurda. Isso pode não parecer inovador, mas para 2019 nós temos alguns objetivos: como podemos crescer nosso canal omni e como podemos reduzir o uso, o consumo de plástico em nossas embalagens? Isso para nós é muito especial e, principalmente, se falarmos da geração millennial, isso gera valor para eles”, disse. Resumindo, para Keith, “tudo é empoderado pelas pessoas, que precisam ter o conhecimento do varejo. Seus funcionários precisam ter conhecimento e mais experiência para entender o que está ocorrendo. Vejo algo acontecendo muitas vezes, que é pegar um ambiente físico, um modelo que funciona no físico e adaptá-lo ao on-line. Isso não funciona”.

OBSERVAR, ADAPTAR E TER PROPÓSITO SE PEGARMOS OS ÚLTIMOS 20 ANOS DE ESTUDO DO CLIMA, OS ÚLTIMOS 18 FORAM OS MAIS QUENTES. GRANDE PARTE DOS NEGÓCIOS DA UNILEVER FICA NA AMÉRICA LATINA E NA ÁSIA, E PARA A ÁSIA NÓS ESTAMOS PENSANDO QUE PRECISAMOS CRIAR PRODUTOS QUE NÃO TÊM ÁGUA, POIS EM MUITAS PARTES DO MUNDO HAVERÁ UMA ESCASSEZ DE RECURSOS HÍDRICOS. ESSES SÃO TIPOS DE QUESTÕES QUE AGREGAM VALOR PARA OS MILLENNIALS. TEMOS QUE NOS ASSEGURAR QUE ESTAMOS CRIANDO MARCAS COM PROPÓSITO, POIS SABEMOS QUE ESSAS MARCAS CRESCEM 20% MAIS DO QUE AQUELAS QUE NÃO TÊM UM PROPÓSITO CLARO.

Keith Higgis, vicepresidente de e-commerce da Unilever

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HARVARD CLUB

USO DE CELULAR 50% DAS PESSOAS ESTÃO USANDO SEUS CELULARES DURANTE SUA JORNADA DE COMPRA, A PARTIR DISSO VOCÊS VEEM A IMPORTÂNCIA DO CELULAR. HÁ 10, 12 ANOS, A GENTE DISCUTIA O ON-LINE E PARA ISSO TINHA QUE TER UM COMPUTADOR. HOJE, A GENTE VIVE ON-LINE, VIVE COM O CELULAR NA MÃO. EU POSSO ACESSAR A SUA MARCA 24 HORAS POR DIA, SETE VEZES POR SEMANA E ISSO MUDA A DINÂMICA.

ANTES X HOJE ANTES VOCÊ COMPRAVA O QUE ESTAVA DISPONÍVEL. HOJE VOCÊ PODE COMPRAR O QUE VOCÊ QUISER, ONDE QUISER. ENTÃO AS ESCOLHAS PARA O CONSUMIDOR SÃO MAIORES. A IDEIA DE TRATAR DIFERENTE O CONSUMIDOR É FUNDAMENTAL. SER MAIS PERSONALIZADO É COLOCAR O CLIENTE NO CENTRO DAS DECISÕES; ELE DIZ O QUE QUER.

FIM DO TRADICIONAL “O tradicional está morrendo. Parece clichê, ou vamos para o lado do valor, conveniência, preço, ou você vai para o lado da experiência. A gente não tem a expertise nem dinheiro da Amazon e do Wholefoods”. Foi assim que Steve Dennis, presidente da Consultoria SageBerry, começou sua apresentação. E o que ele quer dizer com isso? Não que você não possa ter tudo, mas precisa focar em algo para começar, caso ainda não tenha começado. No entanto, esta habilidade digital já não é mais uma possibilidade; é necessidade. Segundo Steven, alguns estudos afirmam que a influência do on-line no off-line é três vezes maior do que todo o comércio somente eletrônico. Ou seja, grande parte das transações, de fato, começam no on-line, mas estão terminando na loja física. “Em 2016, 40% do varejo físico foi influenciado pelas pessoas usando celular. Você tem que ser digital primeiro. Temos que entender a jornada do cliente. Dependendo do seu negócio, às vezes a pessoa começa a jornada na loja, como no vestuário, pois as pessoas querem tocar, ver a textura, entender o produto, se cai bem ou não, experimentar”, reforçou. Ele ainda lembrou que muitas marcas nos EUA afirmaram que nunca abririam lojas físicas, mas não só estão abrindo, como estão abrindo em grande número. Outro ponto destacado pelo presidente da SageBerry foi a reinvenção pela qual algumas empresas estão passando para se adaptar à atualidade. Best Buy e Target foram os exemplos dados por ele. “Os grandes varejistas, se forem inteligentes, podem aproveitar bastante a filosofia digital”, afirmou. Steven também mencionou que “eu quero, eu quero, eu quero” é o mantra do consumidor e que, às vezes, o varejista presta atenção no “quero comprar”, mas não olha o que acontece antes. É importante lembrar que a jornada do cliente não começa dentro da loja ou na hora em que ele acessa seu site.

Steve Dennis, presidente da Consultoria SageBerry

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O varejo atual é sem atrito JARRAD BEMMAN, MARKETING LEAD PARA E-COMMERCE NA AMÉRICA DO NORTE DO FACEBOOK, FOI RESPONSÁVEL POR UMA PALESTRA CHEIA DE DADOS, INTERAÇÃO E IDEIAS. REUNIMOS ALGUMAS FRASES IMPORTANTES DO PROFISSIONAL DO FACEBOOK SOBRE UM VAREJO SEM ATRITO PARA TE INSPIRAR!

A PERSONALIZAÇÃO É MUITO IMPORTANTE E AS PALESTRAS DA NRF FALARAM SOBRE ISSO; SOBRE TER ALGO QUE É FEITO ESPECIALMENTE PARA VOCÊ E TAMBÉM SOBRE O ’QUERO AGORA’, A FRASE DO CONSUMIDOR.

SE VOCÊ ME DER UMA MÁ EXPERIÊNCIA, EU NÃO VOLTO MAIS.

AS PESSOAS ESTÃO SEMPRE NO CELULAR, ACESSAM SEU SITE POR LÁ, E TÊM TRÊS FORMAS DE UTILIZAR O CELULAR: COM UMA MÃO SÓ; UMA MÃO SEGURANDO O CELULAR E A OUTRA DIGITANDO, E AS DUAS MÃOS DIGITANDO JUNTAS. VOCÊ PRECISA PENSAR NUM SITE QUE PERMITA QUE, INDEPENDENTEMENTE DE COMO A PESSOA UTILIZE O CELULAR, ELA CONSIGA NAVEGAR POR ELE.

AS PESSOAS NÃO TÊM PACIÊNCIA. ELA SAI DO SEU SITE E VAI PARA O CONCORRENTE SE SEU SITE É LENTO. VOCÊ PRECISA REDUZIR ATRITOS.

13 MILHÕES DE PIZZAS SÃO ENTREGUES TODOS OS DIAS; É MUITA PIZZA. VOCÊ PRECISA ESCOLHER O QUE QUER, COLOCAR NO CARRINHO, REVISAR, PAGAR. E SE VOCÊ PUDESSE MANDAR APENAS UM EMOJI DE UMA PIZZA PARA A PIZZARIA E ELES JÁ SABEREM O QUE VOCÊ QUER E ENVIAREM PARA SUA CASA?

O ATRITO FAZ COM QUE OS CONSUMIDORES ABANDONEM SUA JORNADA DE COMPRA. A TECNOLOGIA FACILITOU, MAS É FÁCIL LEVAR A CULPA PARA OUTRO LUGAR.

Jarrad Bemman, marketing lead para e-commerce na América do Norte do Facebook

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REUNIÕES

VIAJAR É PRECISO... ATERRISSAR É FUNDAMENTAL! s reuniões do grupo são imprescindíveis para organizar, não só a agenda da semana, mas também as ideias e inspirações. E as reuniões de aterrissagem são ainda mais importantes, pois permitem que os participantes entendam, de forma prática, como as tendências internacionais podem ser aplicadas no dia a dia brasileiro. Além da reunião inaugural e da reunião geral de aterrissagem com o grupo BTRVarese, a Delegação Beauty Fair tem um momento único de imersão nas dificuldades e oportunidades do varejo de perfumaria. É neste momento ainda que um resumo da semana é feito e que os varejistas dão sua opinião sobre o que viram e como farão nos próximos dias para alavancar seu negócio.

CONFIRA ALGUNS MOMENTOS E DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES DA DELEGAÇÃO BEAUTY FAIR SOBRE A NRF 2019 E O CONTEÚDO DURANTE A SEMANA EM NOVA YORK

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Alberto Serrentino falou sobre a aplicação dos insights no varejo de perfumaria

Julio Takano abordou os modelos de negócios vistos durante a semana e deu novos exemplos inspiradores

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“Estou há pouco tempo no setor, então o maior valor da feira é o networking, o relacionamento, trocar ideias e conhecer pessoas maravilhosas, conhecer todo o time da Beauty Fair. Claro que tem todos os insights também e todos já estão anotados.” José Vitor Palmieri, Perfumaria Soneda (SP)

ESTE ANO A FEIRA FOI MAIS LIGHT. NOS OUTROS, NA VOLTA, NÃO CONSEGUIA DORMIR TRAUMATIZADO. AGORA APARECEU O VAREJO FÍSICO BRILHANDO MAIS, COM MAIS SAÍDAS E OPORTUNIDADES; SÓ PRECISAMOS DESCOBRIR COMO. Celso de Moraes, presidente do Mundo do Cabeleireiro (PE)

“Fiquei bem feliz de ver o quanto este ano está positivo. Há dois anos, na NRF, estava todo mundo muito depressivo, mas agora vemos novamente essa pujança no varejo. Os dados estão aí e temos que nos aperfeiçoar mais, mas a bandeira que eu levanto mesmo é a de pessoas, é de encantar a experiência de compra. Vamos nessa! Agradeço à indústria e também à curadoria do Julio, que fez toda a diferença; trouxe emoção nas visitas técnicas, e realmente levamos isso conosco, é muito valioso para nós.”

Maria de Lourdes Sacilotto, diretora comercial Danny Cosméticos (SP)

“É meu segundo ano e sempre aprendo muito, e acho que voltamos pro Brasil com muitas reflexões. Temos que ser tudo, saber do digital. Vamos fazer a lição de casa, conversar; da gente até a ponta, todo mundo precisa saber por que está fazendo o que está fazendo. Temos que simplificar as coisas.” Suzi Ikesaki, sócia-diretora Ikesaki Cosméticos (SP)

Eduardo Terra também falou sobre as tendências do varejo vistas na NRF nesta edição 77

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REUNIÕES

“É MINHA PRIMEIRA VEZ NA NRF, JÁ TINHA PARTICIPADO DO PÓS-NRF NOS OUTROS ANOS E, ESTAR AO VIVO, É SENSACIONAL. SOU DA ÁREA DE TECNOLOGIA E SEI QUE A COBRANÇA TAMBÉM SERÁ FORTE. FORAM DIAS MARAVILHOSOS COM A INDÚSTRIA.” Ricardo Spera Condó, gerente de TI Ikesaki Cosméticos (SP)

“Foi uma experiência fora do comum. Muito relacionamento e aprendizado, anotei oportunidades e ideias, tanto para nós da indústria quanto para os clientes. A questão de colaboração é muito forte e temos grandes ideias malucas, que talvez não sejam tão malucas. A NRF nos mostrou que estamos no caminho certo. Obrigada pelo relacionamento e aprendizado.”

Daniela Ferré, gerente de marketing Cless

A EXPERIÊNCIA É MUITO BACANA, PRINCIPALMENTE A QUESTÃO DA COMUNHÃO ENTRE O FÍSICO E O DIGITAL. É PRECISO TER CUIDADO PARA NÃO SE PREJUDICAR. A MELHOR PARTE FOI O CONTATO COM TODAS AS PESSOAS DO GRUPO; MUITA GENTE TEM MUITO MAIS EXPERIÊNCIA DO QUE EU E SABER, PRINCIPALMENTE, COMO OS OUTROS RESOLVEM OS PROBLEMAS QUE TÊM NA MINHA EMPRESA E EU NÃO SEI COMO RESOLVER FOI FUNDAMENTAL. Pedro Ivo Barbosa, diretor comercial Bel Salvador (BA)

“Queria dar os parabéns à Beauty Fair por levantar a bandeira e defender o canal. É um canal de paixão, transparência, com uma causa nobre, que passa beleza, que se reflete num lar harmônico. A feira superou muito as minhas expectativas. O que levo comigo é o relacionamento que fiz com as pessoas. Concorrentes e parceiros pensando em como crescer juntos.” Ana Carrijo, gerente comercial L’Oréal Professionnel

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“MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA FOI INCRÍVEL E PROPORCIONOU MOMENTOS INCRÍVEIS. TAMBÉM REVI AMIGOS, E FIZ AMIGOS, E ISSO É SUPERIMPORTANTE. PESSOAS QUE ANTES SÓ CONHECIA DE NOME E, NESSES JANTARES E ALMOÇOS, PUDE VER QUANTA GENTE BACANA E IMPORTANTE TEM NO NOSSO MEIO. É BOM VER QUE TEM COISAS BOAS QUE A GENTE JÁ FAZ, SÓ PRECISAMOS DE MAIS DISCIPLINA E ACOMPANHAMENTO NO QUE FAZEMOS.” José de Paula Brito, gerente canal perfumaria Ikesaki Cosméticos (SP)

“Foi um aprendizado incrível, um momento ímpar de poder levar alguns insights importantes para casa. Acho que é tudo uma somatória, fiquei feliz de ver que tem coisas simples que fazem parte do nosso dia a dia. Gostaríamos de aplicar coisas que ainda estão longe do nosso alcance, mas também vejo muitas oportunidades, como a experiência e a relação com o colaborador. São coisas pequenas que podem ser feitas no dia a dia. Temos muito o que fazer para nosso time conseguir encantar o cliente. Precisamos de velocidade, trabalho e não deixar os fantasmas nos amedrontarem. O varejo não acabou, as lojas físicas são uma realidade.” Maria Célia Reggiani da Silva, superintendente comercial Lojas Rede (MG)

FOI MINHA PRIMEIRA VEZ NA NRF E UMA EXPERIÊNCIA MARAVILHOSA, TANTO DENTRO DA FEIRA QUANTO PARA CONHECER AS PESSOAS. Fabricio Klein, Nova Era Cosméticos (RS)

“É a terceira vez na NRF e comentei que no primeiro ano faltou entender o real propósito da feira. Precisamos nos estruturar mais, ter uma agenda mais ativa porque o real propósito é que precisamos crescer como canal, pois as farmácias estão crescendo demais. Passei a acompanhar esse raciocínio e aqui temos uma parte desse ecossistema que precisamos fortalecer.”

“É A SEGUNDA VEZ QUE VOU À NRF. NO ANO PASSADO, DE FATO, QUANDO VOLTEI NÃO CONSEGUI DORMIR. ESTOU UM POUCO MAIS CALMO. O NEGÓCIO É BACK TO BASICS BASICS, COMO USAR A TECNOLOGIA PARA OFERECER O ATENDIMENTO PERSONALIZADO NO VAREJO.” Micael Park, gerente canal profissional Ikesaki Cosméticos

Minoru Kamachi, sóciodiretor Perfumaria Soneda (SP) 79

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REUNIÕES

“É meu terceiro ano na NRF e isso tira muito o sono da gente, mas a mensagem que vejo hoje é que os dados são um mundo de informação, a dor de cabeça não passa, e quando olhamos para os dados no Brasil a gente percebe o quanto dá para crescer e avançar. Tenho parentes em outros segmentos que tentam ir para a perfumaria e não conseguem fazer tão bem quanto o que eles fazem. É inevitável colocar a agenda de tecnologia em pauta, temos que tentar fortalecer o varejo básico no nosso País. No primeiro ano achávamos que teríamos que fechar as lojas físicas e o que mais fizemos foi abrir lojas.” Saymon Gonçalves Leite, CEO Della & Delle (RJ)

FOI MINHA PRIMEIRA VEZ NESTE EVENTO MARAVILHOSO, FANTÁSTICO, NÃO TENHO PALAVRAS. TUDO O QUE VIVENCIAMOS, TODAS AS CONVERSAS FICAM PARA SEMPRE E PROMETO LEVAR MEU GESTOR NO ANO QUE VEM, POIS SÓ ESTANDO NA NRF PARA SABER. Alessandra Rodrigues Peres, compras Rio Bel Cosméticos (RJ)

“A NRF SOMADA À TODA AGENDA DA BTR E DA BEAUTY FAIR, NOS PROPORCIONOU MUITO CONHECIMENTO SOBRE ASPECTOS COMO VELOCIDADE, LIDERANÇA, PESSOAS, TRANSFORMAÇÃO, POSICIONAMENTO, TRANSPARÊNCIA, CONCEITOS QUE OUVIMOS ATRAVÉS DE LÍDERES DE OUTRAS COMPANHIAS, SENDO EXPRESSADOS E DEPOIS MULTIPLICADOS NAS ATERRISSAGENS QUE ACONTECERAM DURANTE A SEMANA. TIVEMOS UMA SEMANA MUITO BACANA, DE MUITA ALEGRIA, E O GRUPO TEVE UMA SINERGIA BASTANTE GRANDE.” Bruno Wolmer, diretor de vendas Coty

“Essa foi minha segunda NRF, mas na primeira vim sozinha, sem a Beauty Fair, e senti uma diferença enorme. Da primeira vez parecia muito distante e estar com o grupo torna tudo mais claro e mais prático. Fora isso, a parte do relacionamento é fundamental. Poderíamos participar de outro grupo, mas não faria tanto sentido, porque estar mais próximo da indústria não tem preço.” Letícia Megumi Kamachi, sócia-diretora Perfumaria Soneda (SP)

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“Quero elencar três pontos de grande valia para mim. O primeiro é o contato com os fornecedores, pois muitos estavam distantes de nós e espero que a partir de agora possamos criar relacionamentos; o segundo é o relacionamento com as outras redes, todo mundo faz alguma coisa bemfeita, mas ninguém faz tudo, então as boas práticas sobre as quais conversamos, por mais rápido que seja, são bastante ricas. E o terceiro ponto importante foi o fato de eu ver que eu não tenho que ser o Steve Jobs, inventar algo que não existe. A NRF me deu a clareza de que não é assim.” Márcio André Oliveira, sócio-diretor Gloriosa Cosméticos Perfumaria (SC)

“QUERIA AGRADECER À L’ORÉAL POR TER ME CONVIDADO. JÁ TINHAM ME FALADO SOBRE A NRF, QUE TINHA MUITA INFORMAÇÃO E MUITA TROCA E ASSIM QUE CHEGAMOS, TIVE UM GRANDE CONTATO COM O MEU MAIOR CONCORRENTE. LOGO NO INÍCIO, QUANDO OLHAMOS PARA O CONCORRENTE, O VEMOS COMO INIMIGO, O QUE É UMA VERDADE E NÃO É. TEMOS QUE RESPEITÁ-LO E SUPERÁ-LO. VOCÊ TEM QUE FAZER O SEU NEGÓCIO BEM, MELHORAR TODO DIA E SER O CRÍTICO DE TODAS AS ÁREAS DA SUA EMPRESA. VI QUE O AMERICANO ESTÁ SEMPRE TENTANDO MELHORAR E TEMOS QUE FAZER O MESMO. VI QUE TINHA MUITA GENTE DA MINHA CIDADE QUE NÃO ESTAVA NA NRF E ELES VÃO FICAR PARA TRÁS.” Tiago Parente Coelho, diretor de operações Cosbel (CE)

OUVI QUE OS OUTROS ANOS FORAM MAIS FOCADOS NA REALIDADE NORTEAMERICANA, QUE PODE SER MUITO DISTANTE DA NOSSA, MAS AS VISITAS TÉCNICAS, O NETWORKING E A TROCA COM AS MARCAS MOSTRAM QUE AS DIFICULDADES EM QUALQUER LUGAR SÃO AS MESMAS. OS ORGANIZADORES ESTÃO DE PARABÉNS, QUANTO MAIS NOS INTEGRAMOS E BUSCAMOS SOLUÇÕES CONJUNTAS, MAIS PODEMOS CHEGAR AONDE QUEREMOS.

Juvêncio Alves Lessa Filho, diretor comercial Shopping dos Cosméticos (GO)

“Cada experiência proporcionada, nos fez ter insights de querer levar melhorias para nossas lojas e de como nos aproximar com a indústria, não só na NRF. A lição de casa pra gente é refletir em como compartilhar melhor os dados que temos.”

Mariella Scuro, diretora de marketing Danny Cosméticos (SP)

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