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Era mais um daqueles dias típicos de escola, em que eu me esforçava para me manter concentrado nas aulas. A Joana, como de costume, era a mais faladora e estava constantemente a interromper a professora com perguntas fora de contexto:
— Professora, sabia que a língua de uma girafa é roxa?
— Lá vem a croma dos animais com as suas teorias mirabolantes! — disse a Carla.
— Mas é um facto! — explicou a Joana. — E tu não tens o direito de me falar assim!
Isso é discriminação.
A professora interrompeu toda aquela azáfama que se instalou na sala. Sabia que era o momento exato para abordar um tema muito importante...
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— Mas que bela pergunta! Claro que as crianças também têm direitos! Afinal, precisam de ser protegidas e de crescer felizes! Mas para os conhecerem tenho uma tarefa importante para vocês! Vão formar equipas e a cada uma vou dar um livro muito especial, que tem os 54 artigos que protegem as crianças. Cada equipa terá de explorar este livro… mágico… e terá de me responder a esta pergunta: Os vossos direitos estão a ser respeitados?
Mais um elemento para o meu mundo imaginário: um livro mágico. Agora sim, tinha a certeza de que a minha professora era uma feiticeira, uma guardiã dos direitos! Mas tinha de voltar ao mundo real, afinal tinha um trabalho para fazer…
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Neste primeiro capítulo, existem várias palavras que são muito importantes e que nunca deveremos esquecer. Desafiamos-te a escreveres apenas uma frase e que incluas cada uma das seguintes palavras:
Liberdade
Igualdade
Respeito
Direitos
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Agora tinha a certeza, o meu irmão também era um feiticeiro! Afinal, ele sabia tudo sobre direitos e sobre aquele livro de poções mágicas que protegem as crianças.
— Tenho uma ideia para o vosso trabalho. Eu vou abrir o livro e o direito que calhar é o que cada um de vocês irá explorar! — Todos aceitámos a ideia, afinal ninguém queria desrespeitar um feiticeiro.
— Daniel, tu ficas com o “Artigo 24: Direito à saúde”. — Enquanto o meu irmão continuou a distribuir os direitos, eu corri para o quarto para começar a trabalhar no meu.
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Eu já tinha o meu trabalho concluído, mas como estariam os meus colegas?
— Maria, andas às voltas e voltas com essa folha há dias e continua em branco. Que se passa? — perguntou a mãe da Maria.
— Mãe, tenho de saber se este direito está a ser respeitado, mas estou com tantas dúvidas.
A mãe olhou para o artigo que estava escrito bem no cimo da folha:
“Artigo 32: Direito de ser protegida contra a exploração económica ou trabalhos perigosos.”
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Só faltava um membro da equipa terminar a sua tarefa.
— Daniel, posso mudar de direito? Vá lá! — Pelo começo da manhã, o Ivo ligou-me para fazer esta estranha pergunta.
— Eu fiquei com o “Artigo 28: Direito à educação”, mas eu não quero continuar a acordar cedo para ir à escola! — Não conseguia parar de rir. O Ivo é conhecido por estar sempre com sono.
— Todos nós temos o direito a ir à escola… e aprender é tão bom! Queria que todas as crianças do mundo tivessem a mesma sorte que nós! Mas o meu irmão já me disse que isso não acontece. Algumas crianças são proibidas de estudar e obrigadas a trabalhar ou a ficar em casa a tomar conta da família. — Expliquei o que sabia ao Ivo.
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Ele desligou a chamada, arrependido da pergunta que tinha feito e com a certeza da resposta que iria dar:
“DIREITO A PRECISAR DE REFORÇO DE POÇÃO MÁGICA.”
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Num mundo tão diferente
Há tanto para ser igual
Estarmos felizes e seguros devia ser o normal
Uoh-oh
Quem é que nos pode salvar?
São vidas tão diferentes
A viver em união
Que merecem ser defendidas, vamos todos dar a mão
Uoh-oh
Quem é que nos pode ajudar?
Não importa a língua que falas
A roupa que trazes na mala
Homem ou mulher, tanto faz, eu
Hoje eu
Hoje eu já conto até 30 e vou-te mostrar
Que, mesmo sendo diferentes, somos iguais
Que todos nascemos livres para cantar
Que há Direitos Humanos a respeitar
Hoje eu já conto até 30 e vou-te mostrar
Que, mesmo sendo diferentes, somos iguais
Que mesmo quando no céu não há super-heróis
São os Direitos Humanos
São os Direitos Humanos que nos protegem a nós
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Já viram tanta guerra
Tanto que parte o coração
Todos os governos do mundo cantaram em união
Uoh-oh
Só nós nos podemos salvar
Escrevemos os direitos
Para nunca mais esquecer
A toda a gente do mundo, vamos dar este poder
Uoh-oh
De nos sabermos abraçar
Não importa a língua que falas
A roupa que trazes na mala
Homem ou mulher, tanto faz, eu
Hoje eu
Hoje eu já conto até 30 e vou-te mostrar
Que, mesmo sendo diferentes, somos iguais
Que todos nascemos livres para cantar
Que há Direitos Humanos a respeitar
Hoje eu já conto até 30 e vou-te mostrar
Que, mesmo sendo diferentes, somos iguais
Que mesmo quando no céu não há super-heróis
São os Direitos Humanos
São os Direitos Humanos que nos protegem a nós
![](https://assets.isu.pub/document-structure/240618091305-64c5fe078e42fdd7f772d8c728b2c3c3/v1/840867bb41e82424a4797889e0d5e019.jpeg)
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Quem diria que, num daqueles dias típicos de escola, eu e a minha turma descobriríamos que a nossa professora é uma verdadeira feiticeira?! Pois é, ela sabe tudo sobre direitos e sobre os poderes que protegem todas as pessoas do mundo… E o melhor de tudo é que nos ajudou imenso a compreender este tema! Sabias que as crianças também têm direitos? E sabias que foram escritos na Convenção sobre os Direitos da Criança? Bem, se não sabias, então tens mesmo de ler este livro para te tornares mais informado/a. Mas aviso-te já: vais descobrir que alguns direitos não estão a ser totalmente respeitados… Há que tomar uma atitude! Precisamos de um reforço de poção mágica, com urgência. Afinal, quando dizemos que todas as crianças têm de ser protegidas, são mesmo t-o-d-a-s! E tu? Achas que os teus direitos estão a ser respeitados?
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