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No caso da UMEI Castelo, não tínhamos um espaço reservado específico às experimentações em teatro. A escola em momento algum negou a utilização de qualquer espaço, o que permitiu que explorássemos a escola toda como uma grande viagem. Na UMEI Alaíde Lisboa, apesar de termos uma sala específica para o teatro, optei, em algumas experimentações, por utilizar espaços alternativos, como rampas e parquinhos. Neste sentido as aulas de teatro se potencializavam com a própria estrutura escolar, fazendo o uso de tempos e espaços diversos para além da sala de aula. Isso permitiu interpretar e ressignificar os vários locais dentro do potencial dramático. 3.1 – UMEI ALAÍDE LISBOA O Projeto Teatro e Infância: experimentos teatrais na Educação Infantil surgiu em 2010, financiado pela Pró-reitoria de Extensão e atua na UMEI Alaíde Lisboa, no campus da UFMG. O Projeto contou com vários bolsistas desde seu inicio e à época das aulas experenciadas contou com três bolsistas: eu, Rafaela Kênia e Larissa Altemar. Nesta época, as aulas ocorriam duas vezes na semana, com 50 minutos cada aula. O Projeto teve sua formatação mudada de acordo com as demandas – do orientador, dos alunos-bolsistas, das crianças. O Projeto iniciou suas atividades com quatro oficinas ao longo do semestre após observações das aulas e de crianças de uma turma de 05 anos. A intenção era preparar as oficinas com o material colhido a partir das observações e em seguida construir um espetáculo que era apresentado para todas as turmas de 05 anos em apresentação aberta a todas as outras turmas de outras idades. Posteriormente, era feita uma roda de conversas com cada turma sobre as impressões que as crianças tiveram da cena-espetáculo. A proposta inicial do Projeto era identificar se já na infância conseguia-se fazer leituras de vivências teatrais, indo da autopercepção do fazer teatro propriamente dito ao fruir das várias modalidades teatrais, dentro delas, o Teatro-Infantil. A modalidade teatral conhecida como “Teatro-Infantil” ainda guarda resquícios de uma Educação Tradicional e ainda vê a criança como um sujeito da falta, alguém que virá a ser... Na contramão dessa concepção, acreditamos que a