AS AVENTURAS E DESVENTURAS DE MARGARIDA E DIOGO
5ºA Conservatório de Música de Barcelos, abril de 2014
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Num dia de sol radiante, Margarida e Diogo conversavam sobre como seria o mundo daqui a cem anos: - Será que daqui a cem anos o planeta será só terra ou mar, ou até, mas muito improvável, floresta? – intrigava-se a Margarida. - Não faço a mínima ideia, Margarida. – respondeu o Diogo. De repente, abre-se um portal à frente deles. - O que será isto? – perguntou o Diogo. - Não sei, mas vamos descobrir! E lá foram eles direitinhos ao inesperado…
Quando lá chegaram notaram logo que tinham viajado cem anos no tempo. - Boa!!! E agora o que é que fazemos?! – perguntou o Diogo. - Exploramos! – respondeu a Margarida.
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Enquanto exploravam aperceberam-se de que o futuro era muito diferente. Por mais estranho que parecesse era mais limpo e menos poluído. - Finalmente, o Homem aprendeu a lição! Não achas Diogo? – perguntou a Margarida. Diogo não respondeu, estava mais interessado nas novas tecnologias. - Uau!! Tantos carros voadores, jetpags, computadores ativados por voz, televisões 8D!... – exclamou, entusiasmado, o Diogo. - Lindo! Agora ele só pensa nisso! – dizia zangada a Margarida. – Vamos mas é tentar saber o que aconteceu durante estes anos todos. – continuou Margarida. E assim foram caminhando e perguntando às pessoas com quem se cruzavam se podiam usar o computador, mas ninguém lhes ligava, ou porque estavam muito atarefadas, ou porque não lhes queriam emprestar, ou ainda porque nem sequer os viam. Até que viram uma menina com um computador, sentada num banco do jardim, a flutuar em cima da água! - Olá, podes emprestar-nos o computador? - perguntou Margarida. - Olá, claro que sim! Eu chamo-me Catarina e vocês como se chamam? - Eu chamo-me Diogo e ela é a Margarida. Viemos do passado e agora queremos saber o que aconteceu à Terra e descobrir como regressar novamente ao nosso tempo. - Ah!, Bem me parecia que vocês eram diferentes, agora já percebo. De certeza que devem ter entrado por um dos portais mágicos do Tridente…que é um grande ditador – sussurra, assustada, Catarina.
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- Sabem, ele quer trazer pessoas do passado para escravizar e para fazer tudo o que ele quer! – continua Catarina. - Mas porque é que não usa as pessoas do futuro? – perguntou Margarida. - Porque as pessoas do futuro inventaram uma poção mágica que as torna imunes à hipnotização desse ditador. – responde Catarina. - Mas eu vou ajudar-vos, vou dar-vos a poção. Bebam, rápido, para ficarem seguros! – diz Catarina. - Bem, pelo menos agora já estamos protegidos – exclamou, aliviado, Diogo. - Respondendo agora à vossa pergunta, de como podem sair daqui… Têm de encontrar rapidamente vocês no futuro, só eles (vocês) podem abrir o
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portal mágico que permitirá o vosso regresso. E não se esqueçam, de que têm que ser muito rápidos, porque ao fim de três dias nunca mais poderão regressar! – disse Catarina. - Muito obrigada Catarina, nunca mais te esqueceremos! - respondeu Margarida. - De nada! Façam uma boa viagem! – responde Catarina. E lá foram eles à procura do Diogo e da Margarida, quem serão eles no futuro. Percorram toda a cidade, mas sem sucesso, não encontraram ninguém parecido com eles. De repente, Diogo puxa pelo braço da Margarida e sem sequer conseguir dizer uma palavra, aponta em frente. Abismada, Margarida vê duas pessoas a lutar contra aterrorizadores robôs. - Mas, mas aquela rapariga é igualzinha a ti, Margarida! – diz Diogo a gaguejar. - É verdade e o rapaz igualzinho a ti, Diogo – responde Margarida. Temos que ir ter com eles e ajudá-los! – continua Margarida. Aproximaram-se e começaram a saltar e a correr de um lado para o outro. Os robôs distraíram-se e o Diogo e a Margarida do futuro acabaram por os derrotar.
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Terminada a luta, Diogo e Margarida do futuro aproximaram-se, também eles ainda muito desconfiados. - Olá, não se assustem, nós somos vocês no passado. – disse Diogo. - Viemos pelo portal mágico do Tridente. – completou Margarida. - A sério? Incrível, somos mesmo iguaizinhos! – disse Margarida do futuro. - E aposto que andam à procura do portal para saírem daqui – indagou Diogo do futuro. - É isso mesmo! – responderam Margarida e Diogo ao mesmo tempo. - Então, temos de procurar a árvore mágica, para retirar a seiva. Só com ela podemos abrir o portal. – respondeu Diogo do futuro. Estavam todos a decidir que caminho deviam seguir quando, de repente, o Diogo grita: - Cuidado, vai começar a hipnotização do Tridente, protejam-se!
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- Não é preciso, eu tomei a poção. – disse logo Margarida do passado. O problema é que Margarida não sabia que a fórmula da poção mágica que a Catarina lhe tinha dado já estava fora do prazo de validade e não fazia efeito. Por isso, quando viu o malvado hipnotizador, foi atrás dele. - E agora, como vamos livrar a Margarida da hipnotização? – perguntou, muito atrapalhado, Diogo. - Nós sabemos de outro remédio, mas, a pé, demora dois dias a chegar à prisão dos escravos, onde está escondido, não vamos ter tempo! – disse a Margarida do futuro. Entretanto, Margarida do passado continuava a seguir o malvado Tridente e repetia: - Tenho de obedecer ao mestre Tridente! Aflitos, pensavam numa solução. Foi aí que, de repente, apareceram dois Robôs, velhos amigos do pai de Diogo do futuro, que se ofereceram para os levar até à prisão. - Vamos, rápido, quanto mais cedo melhor! – exclamou Diogo. E lá foram eles. Passaram por várias florestas, grutas, passagens secretas, rios, riachos e pontes. Até que já era noite. Era mais seguro parar. Então, resolveram montar um acampamento e ir dormir. No dia seguinte, bem cedo, começaram novamente a viajar. Passadas algumas horas, finalmente chegaram ao seu destino, a prisão estava mesmo ali em frente. Os Robôs deixaram-nos e seguiram de volta para a cidade. - Muito bem Diogo, agora vai buscar a poção, enquanto eu e o Diogo do passado lutamos com os robôs do Tridente – ordenou a Margarida do futuro.
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- Ok! Boa sorte para vocês! – disse Diogo. E assim começaram a lutar para distrair os robôs, enquanto, sorrateiramente, se infiltrou na prisão. A prisão era um sítio escuro, frio, sujo. Havia muitas celas, com pessoas presas, que também tinham viajado no tempo e foram capturadas. Diogo correu para o esconderijo secreto e lá estava a poção mágica. Rapidamente, pegou nela e escondeu-a no bolso do casaco. Tinham passado uns vinte minutos e, enquanto Diogo e Margarida continuavam a lutar contra os robôs, Diogo percorria todas as celas à procura de Margarida. De repente, soltou um grito de alegria: - Margarida, encontrei-te! Diogo, muito depressa, deu a poção a Margarida, que logo acordou. Começaram a correr para fugir dali. Juntaram-se a Margarida e Diogo, que tinham terminado de derrotar os robôs. Margarida do passado ficou muito feliz por os ver e não parava de os abraçar e dizer: - Obrigada, sem vocês eu tinha ficado presa o resto da minha vida! - De nada! – disseram todos. - Não temos tempo a perder, vamos procurar a árvore mágica, só temos dois dias para vocês poderem regressar ao vosso tempo. – disse a Margarida do futuro. Lá foram caminhando, caminhando, caminhando até que chegaram junto da floresta encantada, onde tudo era mágico! Entraram, percorreram alguns caminhos e reparam numa árvore muito diferente das outras, era azul, muito brilhante e cheia de pequenas bolinhas cintilantes que cobriram todos os seus ramos. Aproximaram-se… - O que querem de mim? – perguntou a árvore, com um tom meigo. - Queríamos um pouco da tua seiva. – disse Diogo do futuro.
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- Só um bocadinho – disse Margarida do passado. Só assim poderemos regressar ao nosso tempo. Precisamos da tua ajuda. - Pedido rejeitado! – exclamou a árvore – primeiro têm de fazer o ritual mágico. - E como se faz? – questionaram todos ao mesmo tempo. - É fácil. Têm de dançar a dança da seiva, vestindo uns fatos feitos de folhas e cantando esta canção: “A árvore mágica é a maior, a sua seiva é a melhor!” - Está bem! – disse Margarida do futuro.
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Vestiram-se e dançaram sem parar. - Muito bem, convenceram-me. O vosso pedido está concedido! – disse a árvore com um ar sorridente. E, de repente, começaram a cair gotas de seiva dos ramos da árvore, que todos se apressaram em apanhar. - Mas cuidado, se o malvado do Tridente vos apanhar, poderá usar a seiva contra vocês e hipnotizar-vos para sempre! – avisou a árvore. - Obrigado, muito obrigado, teremos cuidado. – respondeu Diogo. E logo saíram a correr da floresta. Assim que avistaram uma clareira, sentaram-se e apressaram-se a fazer a poção mágica, que felizmente a Margarida do futuro tinha aprendido com a sua avó. - Algumas gotas de seiva, um punhado de relva, umas folhas secas da árvore amarela e um pouco de água… – ia dizendo em voz alta Margarida, enquanto juntava tudo num pequeno caldeirão que encontraram pelo caminho. - Agora bebam e vamos ver se resulta. – disse Diogo do futuro. Estavam ainda a terminar de beber quando, de repente, surge à frente deles uma luz muito forte e no centro um buraco negro… Tinha resultado, era o portal! - Rápido, está na hora de irem, saltem para o outro lado do portal – dizem Diogo e Margarida do futuro ao mesmo tempo. - Sim, vamos saltar, obrigada por tudo! – agradeceu Diogo. - Vocês são maravilhosos, nunca vos esquecemos. – disse Margarida. E saltaram para dentro do portal mágico.
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Assim que passaram logo reconheceram que estavam de novo no passado. E a meio da aula de matemática!!! - Boa, matemática – disse, entusiasmadíssimo, Diogo. - Voltamos ao mesmo de sempre…a nossa vida… – concluiu Margarida. E assim viveram felizes no passado para sempre!!!
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