Produzido e ilustrado pelos alunos do 6º Ano Turma 2 da Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva sob orientação da docente da Lídia Fernandes
O SONHO DE JONAS
FICHA TÉCNICA: Autores: Ana margarida Nóbrega Diana camacho Gil Franco Laura Silva Pedro Morgado Rafael Martins Tomás Gouveia Ilustração: Ana Margarida Nóbrega Carolina Fidalgo Diana camacho Gil Franco João Afonso Oliveira Laura Silva Mafalda Sá Pedro Morgado Rafael Martins Tomás Gouveia Orientação: Lídia Fernandes Colaboradores: Professoras Sissi Ferreira, Acácia Camacho e Márcia de Sousa 1
SONHO DE JONAS
Produzido e ilustrado
pelos alunos do 6º Ano Turma 2 da Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva.
sob orientação da docente Lídia Fernandes 2
AGRADECIMENTO:
Dedicamos este conto aos nossos colegas de turma, Ă s professoras que nos apoiaram em todos os momentos e Ă escola pela oportunidade de participar neste projeto. 3
Numa pequena aldeia, existia uma casa antiga no cimo de uma colina que pertencia há quatro décadas à família de Jonas.
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Jonas era um rapaz simples que gostava muito de ler. Tinha cabelo claro, encaracolado e curto e olhos azuis como o céu de um belo dia de verão. Mas o que ele não sabia é que, com apenas onze anos, iria viver uma grande aventura que mudaria a sua maneira de ser.
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Jonas amava tanto a leitura que não tinha mais espaço no seu quarto para tanta literatura. Então, os pais decidiram oferecer-lhe uma gigantesca estante de madeira de carvalho que ocupava uma parede do escritório situado na cave da casa. Aqui, o Jonas fazia grandes viagens no mundo da imaginação. Num dia cinzento, quando só lhe apetecia ler, foi para o escritório e procurou numa das prateleiras, onde repousavam os livros de aventuras, um livro que o tirasse daquele tédio próprio de uma manhã de abril. Quando o retirou, a estante virou-se misteriosamente, teletransportando-o para outra dimensão.
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Olhou em seu redor e encontrou-se numa floresta. Enquanto ele tentava entender onde estava, um pequeno Elfo de smoking e laço verdes, nariz pontiagudo, tal como o chapéu e as orelhas, estava a baloiçar nas lianas, desequilibrou-se, bateu numa árvore e caiu nos braços de Jonas. – Olá! Obrigado por me salvares! Mas quem és tu? – interrogou o pequeno ser. – O meu nome é Jonas e não sei o que faço aqui, nem como vim aqui parar – respondeu o rapaz, assustado. – Bem-vindo à floresta encantada de Ecoverde, onde tudo é reciclado. Eu sou o Delfim e pertenço ao Reino dos Elfos. – Reino dos Elfos?! Não é um reino que está a ser ameaçado pelo Ciclope da poluição? – É verdade! Como sabes? – indagou o Elfo espantado. – Li uma história parecida num livro de contos para crianças. – Ah! Então já nos conheces. Como sabes, os meus amigos estão a ser atacados pelo Ciclope que cospe lixo e precisamos de ajuda. – Eu posso ajudar a combater a poluição no vosso reino, mas precisarei da ajuda de alguém que saiba magia.
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– Eu conheço um feiticeiro velho e sábio que de certeza nos pode ajudar – informou o Delfim. – Mas há um senão: ninguém até hoje conseguiu entrar na sua torre. 9
Puseram-se a caminho da torre do feiticeiro. Pelo caminho, encontraram um cavalo alado ferido junto de um lago a tentar beber água. – Não posso crer! É o Pégasus! O cavalo mais cobiçado de toda a Ecoverde! Segundo reza a lenda, quem acertar em três respostas, terá a fidelidade do animal mitológico.
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Os dois aproximaram-se muito devagarinho do cavalo, para o não assustar e fugir. Seguidamente, Jonas afagou-o e, nesse mesmo instante, Pégasus subiu ao céu e uma luz brilhante invadiu o bosque. Quando aterrou, estava completamente curado. 11
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Muito bem! Passaste o teste da bondade – afirmou o grande e poderoso Pégasus,
dirigindo-se para junto de Jonas. – Agora, terás de passar no teste ecológico, respondendo a três questões: Quantos tipos de ecopontos existem? Como se chamam? Qual é a política dos “5 rs”? Jonas refletiu um pouco e depressa respondeu: – Primeiro, existem seis ecopontos. Segundo, os ecopontos chamam-se embalão, vidrão, papelão, indiferenciado, eletrão e pilhão. Terceiro, a política dos 5rs é: reduzir, reutilizar, recuperar, renovar e reciclar. – És mesmo inteligente! – afirmou Pégasus. Por teres acertado em todas as questões, serei, agora, o teu fiel cavalo. Quando precisares de mim, basta assobiares e eu aparecerei logo. Nesse instante, Pégasus retirou-se e desapareceu num raio de luz.
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– Já se faz tarde. Vamos pernoitar aqui – ordenou Jonas. E os dois companheiros adormeceram exaustos, debaixo de um sobreiro e sob a claridade da lua cheia.
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No dia seguinte, acordaram bem-dispostos e prontos para o longo caminho que tinham de percorrer até à torre do feiticeiro. Pela floresta densa, encontraram frutos diversos que comeram de bom grado, pois estavam esfomeados. – Foi um pequeno-almoço bastante nutritivo, como diria o meu avô – gracejou Jonas. De repente, avistaram ao longe o cimo de uma torre. Aproximando-se, verificaram que o castelo era feito de pedras irregulares e estava coberto de heras e musgo. Não se avistava nenhuma janela. O silêncio daquele local era aterrador. Jonas e Delfim entreolharam-se. Delfim encostou-se a uma das paredes da torre e, sem querer, descobriu uma porta de pedra. Jonas afirmou: – Boa! Encontraste uma entrada. Vamos! Estamos a ficar sem tempo! – Rápido! Temos de salvar a minha aldeia do perigoso e malvado Ciclope – declarou o Elfo. E entraram rapidamente. Logo ouviram uma voz que ordenou a subida da longa escadaria até à torre. – Estava à vossa espera – afirmou o feiticeiro. – O tempo voa como a vida de uma borboleta. Tendes já pouco tempo!
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– A minha aldeia encontra-se em perigo. O meu povo precisa de ajuda! Pode ajudarnos a combater o nosso inimigo? – questionou o Delfim. O feiticeiro dirigiu-se a Jonas, dizendo-lhe: – Recebe esta caneta mágica e com ela poderás modificar a história do livro que estavas a ler. Só tu tens o dom de salvar esta aldeia através da escrita. Os dois amigos saíram apressadamente da torre. E à medida que eles desciam, as escadas iam desaparecendo misteriosamente. – Vamos! Apressemo-nos! O tempo está a esgotar-se! – ordenou o Delfim. Ao chegarem à aldeia, viram o terror instalado. Não se presenciava vivalma. Não se via nenhum elfo. As casas estavam cheias de lixo tóxico. O ar estava quase irrespirável. As árvores estavam despidas. Os passarinhos há muito que deixaram de cantar.
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Jonas rapidamente pegou na sua nova e mágica caneta e escreveu a palavra “OXIGÉNIO” no ar e a cidade voltou a ser respirável de novo. Mas o mal ainda não estava desfeito. Faltava derrubar o causador da poluição: Ciclope. De repente, Jonas vislumbrou um vulto negro que passava a correr. Era o Ciclope que se preparava para devorar o herói desta história. Jonas voltou a escrever “FINAL FELIZ”, e, como por magia, tudo à sua volta pareceu estar a renascer. As flores começaram a desabrochar do chão. As árvores ficaram com mantos de folhas de diversas tonalidades e com frutos diversos e multicolores. Os animais voltaram à aldeia, embora um pouco assustados. E, por entre arbustos e outras plantas rasteiras, os elfos começaram a aparecer e encheram a aldeia de vida. Ciclope ficou pasmado com tudo o que estava a acontecer e rendeu-se. Ficou verde e, a partir deste momento, tornou-se um Ecociclope. – Obrigado! Obrigado! – repetiam os elfos em coro.
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No meio disto tudo, ouviu-se um assobio e a presença de Pégasus impôs-se. Um grande clarão abraçou o céu da aldeia dos elfos e estes limitaram-se a arregalar os olhos perante tal beleza. Jonas despediu-se dos seus novos amigos, em especial do Delfim, e desapareceu por entre as nuvens até à linha do horizonte. No regresso a casa, Pégasus assustou-se com um trovão e inclinou-se, levantando as patas dianteiras, que fez com que Jonas caísse e acordasse do sonho que tivera. Jonas apercebeu-se de que tudo o que tinha vivido não passara de uma ilusão e sentiu-se inspirado para realizar o seu sonho: escrever um livro. Mas, antes de mais, teria de ler muitos livros para fortalecer ainda mais a sua criatividade.
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“Passatempo Biblioteca Fnac Kids” 23