Dolly A menina dos contos de fada
Turma E do 7.º ano do Colégio Marista de Carcavelos Professora responsável – Fernanda Carou
Capítulo 1 Os meus Avós Um dia de outono, já perto das férias, fui passar uns dias a casa dos meus avós. Era uma casinha simpática, pintada de branco, com riscas azuis a contornar uma das janelas muito antigas. Cheguei lá pelas duas, com a barriga a dar horas. O meu avô Tomás e a minha avó Daniela estavam no pátio, à nossa espera. - Olá, minha querida, como tu cresceste! – disse a minha avó que já estava mais baixa do que eu. - Bons olhos te vejam. – acrescentou o meu avô já a começar as suas mariquices. – Meu amor é mais lindo que uma flor. - Olá, boa tarde. – respondi a ambos - Vá, vamos almoçar antes que a comida arrefeça. – sugeriu a minha avó. - Já tinha saudades dos seus cozinhados!
Quando terminei o almoço, fui brincar, como sempre, para o sótão poeirento, onde os meus avós guardam tudo aquilo que já não usam. Eu adorava lá estar, havia peças muito antigas, que mais pareciam da Idade Média.
Comecei a brincar com umas bonecas de porcelana que usavam uns belos vestidos feitos pela minha avó. Estava entretida a brincar quando reparei numa chave muito invulgar, pendurada no chaveiro. A chave era muito maior que o normal e bastante ferrugenta. Por ser tão invulgar, senti uma grande curiosidade para resolver este grande mistério. O que abriria esta chave? Fui a correr lá para baixo e por pouco não caí das escadas. Tentei abrir todas as portas e gavetas, mas não consegui, pois a fechadura ou era demasiado grande ou demasiado pequena. Então, com uma grande tristeza por não ter desvendado este mistério, regressei ao sótão. Já ia voltar a guardar a chave e desistir, quando vi a pequena porta a um canto do sótão.
Capítulo 2 A porta misteriosa Quando olhei para aquela porta vi uma nova esperança. Enfiei a chave na fechadura e rodei; entrei, estava muito escuro, mas a curiosidade falou mais alto e continuei até uma incrível e enorme sala. Esta tinha várias estantes, cheias de livros. Era uma biblioteca! O ar cheirava a inteligência e conhecimento. Os livros nas estantes estavam bastante poeirentos. Comecei a investigar. Havia livros sobre tudo: Geografia, História, Matemática, Romances, Ficção, Aventura…
Capítulo 3 Princesa por um dia Fui procurar o meu livro favorito, Princesa por um dia. Era uma história sobre uma menina pobre e uma princesa muito rica. Não se conheciam, mas eram exatamente iguais.
A princesa tinha uma agenda muito atarefada. Acordava muito cedo, tinha aula de ballet, aula de pintura, lia durante duas horas, tomava o chá com a avó, ia aos bailes reais, andava sempre muito direitinha e deitava-se cedo. Mas ela detestava tudo isto! Por outro lado, a menina pobre sempre sonhara em ser uma princesa, pois passava muita fome, não tinha roupas em bom estado e trabalhava arduamente no campo. Um dia, a princesa foi passear pela aldeia e encontrou a menina pobre. A princesa ficou muito admirada por ver uma pessoa igual a si. - Somos gémeas! – exclamou a princesa admirada. - Gémeas como? – perguntou a menina pobre. - Já reparaste? Somos exatamente iguais! – repetiu a princesa. - Pois é! Como te chamas? – perguntou a menina pobre, muito admirada. - Eu chamo-me Yasmin! – disse a princesa. - Hummmm! Mas Yasmin não é o nome da princesa? - Pois… Eu sou a Princesa! E tu quem és? – perguntou a princesa.
- E… eu…, - gaguejou a menina pobre muito admirada. – Sou a Lilly. As duas começaram a contar as suas histórias de vida.
- Tenho uma ideia! O que achas de trocarmos de vida? Tu vais para o palácio e eu fico aqui na aldeia? – perguntou a princesa. - Adorava! Esse sempre foi o meu sonho. - Ótimo! Fazemos assim: trocamos de vida e daqui a três semanas voltamos a encontrar-nos neste mesmo local para voltarmos às nossas vidas. E assim foi. Mas as duas aborreceram-se mais depressa do que pensavam. A menina pobre, que passou a ser princesa, tinha sempre muitas tarefas para realizar. Sempre a aprender a andar direita, a beber o chá com o dedo mindinho espetado… A princesa que passou a ser pobre trabalhava arduamente no campo e sentia falta dos belos cozinhados do palácio e dos belos vestidos feitos pelas suas costureiras. Então, ambas concordaram em voltar para as suas vidas o mais cedo possível. E só depois disto, as duas deram valor ao que tinham.
Capítulo 4 As Guias Quando finalmente encontrei o livro, peguei nele muito entusiasmada. De repente, mal o abri, saltaram de lá as personagens principais, Yasmin e Lily. Fiquei boquiaberta. Nem queria acreditar que aquilo estava a acontecer! - Olá! Bem-vinda à biblioteca encantada! – gritaram ambas ao mesmo tempo. - Como te chamas, menina? – perguntou a Lily. - Dolly! – respondi baixinho. - Eu sou a Yasmin e esta é a Lily. Nós vamos mostrar-te uma coisa. – disseram ambas. – Anda!
Fomos até ao fundo da biblioteca, à prateleira do “T”, e eu retirei um livro. Mal o abri, fui ” sugada” para dentro dele. De início foi estranho, e fiquei com uma gigantesca dor de cabeça, mas logo me habituei. A biblioteca estava a girar. Fechei os olhos, pois estava a ficar tonta, e quando os abri apercebi-me que estava dentro da história.
Capítulo 5 Os três gatinhos Quando olhei, vi que estava um gatinho a comer uns biscoitos. Pensei para mim “Que estranho! Mas não eram três porquinhos?” Contudo, continuei e disse: - Olá! Nunca tinha visto um gatinho tão grande! - Eu também nunca te tinha visto por aqui. - afirmou admirado. - O que estás a fazer? – perguntei eu.
- Eu estou a brincar! - disse-me ele. - Queres provar um dos meus biscoitos?
- Desculpa! Mas eu não sou um gato! - respondi.- Sou uma menina, não como essa comida. - Como queiras…! Fui-me afastando e deparei-me com outro gato que estava a brincar com rolos de lã. Decidi ir ter com ele. - Olá! - Olá! Quem és tu? E o que fazes aqui? – perguntou-me como se eu fosse uma criminosa que lhe iria roubar os novelos de lã. - Sou a Dolly e vim parar a este livro! – disse-lhe. - Qual livro? – voltou ele a perguntar. - Então! O livro Os Três Porquinhos! – respondi admirada. Como é que eles não sabiam que estavam dentro do livro? - Porquinhos??? Mas eu por acaso pareço-te algum porco? Fiquei sem entender, até que reparei que ele realmente era um gato e não um porco!
- Oh! Pois é! Mas então que história é esta? A dos três gatinhos? - Bem, assim está melhor! – disse o gato admirado. - Que estás tu a fazer? – perguntei. - Bem… supostamente devia estar a construir a minha futura casa para me proteger do cão mau. - Mas eu não estou a ver casa nenhuma! – exclamei. - Pois, não me está a apetecer lá muito começar! – disse o gato. - Mas bem devias! Vá, vou deixar-te trabalhar. – disse eu, afastando-me. Depois fui ter com o terceiro gato. Este, sim, estava a trabalhar na sua casa. - Olá! - Agora não posso, estou ocupado! Disse ele muito atarefado a construir a sua casa insuflável. - Desculpa, eu só queria saber que tipo de casa estás a fazer? - É uma casa insuflável – continuou. – Mas agora não posso falar mais, tenho de terminar esta casa antes do cão mau chegar. - Então adeus! – disse eu. - Adeus! – saudou o gatinho. Fui ter com o gatinho que estava a construir a casa de biscoitos. Ele estava a berrar. - Socorro, socorro! - O que se passa? – perguntei alarmada. - O cão mau comeu a minha casa! – respondeu apavorado. - Mas quem é esse? - É um cão mau, tal como o nome diz! Por favor ajuda-me, ele vai destruir a casa do meu irmão! – implorou. - Está bem! Vamos lá! – disse. Fomos a correr ter com o outro gatinho que estava muito encolhido no telhado da sua casinha de lã. Fomo-nos aproximando e, quando lá chegamos, vimos um enorme cão raivoso a arranhar a lã, na tentativa de destruir a casa. - Para! Para! – gritei. – Porque fazes isso?
O cão, ao ouvir a minha voz, voltou-se e começou a correr na minha direção. Eu, muito assustada, comecei a fugir. - Cuidado, Dolly!!! Vamos fugir para a casa insuflável do nosso irmão! – gritou um dos gatinhos. Então lá foram os três até à casa, que era à beira de um rio. - Rápido!!! Abre a porta insuflável para entrarmos! - pediu um dos gatos, muito apressado. - Porque irei fazer isso? – perguntou o gatinho da casa insuflável. - Esquece isso agora! Abre a porta já!!!!! – ordenou. - Empurrem a casa e saltem cá para dentro quando eu vos abrir a porta! Começaram a empurrar até que a casa entrou no rio. De seguida, o gato que estava dentro da casa seguiu o seu plano, abrindo a porta. - Saltem agora! – disse ele. Lá saltaram os dois gatos das outras casinhas. - Não! – exclamou o gato da casa dos biscoitos. - Dolly, salta! O cão estava mesmo atrás da Dolly, a um metro, mas estava a coxear. Dolly olhou para trás com pena. -Dolly, é um truque! - protestou o gato da casa insuflável, com esta já a afastar-se. - Eu não gosto lá muito de água, sabes? – disse o gato da casa de lã à Dolly. Dolly afastou-se um pouco do rio e perguntou: - Tu…tu estás bem? – gaguejou, não muito confiante. - Bem, acho que espetei um espinho na pata, quando tropecei numa pedra! - confessou o cão “mau” com uma “voz” doce. Afinal todos os animais desta história falavam!
O cão era muito bonito. Tinha uns olhos castanhos muito brilhantes e o seu pelo era de um castanho muito claro. Dolly ficou com pena e aproximou-se. - Não, Dolly!!!!! – gritou um dos gatos, apavorado. – A casa está a afastarse e não podes subir. - Desçam! – sugeriu Dolly. - Mas nós não somos assim tão grandes para dar passos tão grandes, sem apanhar água! – disse o gatinho que estava mais perto da porta. - Se vocês acreditarem, conseguem! – afirmou Dolly, dando mais um passo até chegar ao cão. Os gatos decidiram arriscar e saltaram um de cada vez. - Oh não! A minha casinha! – lamentou o gato com uma expressão triste. - Não fiques triste! – pediu Dolly a aconchegar o gato. Se nós tivéssemos ido com a tua casinha, ficaríamos sem alimentos e desidratados, e só o faríamos se tivesse mesmo de ser! - Sim, tens razão! – respondeu-lhe. Os três gatinhos foram a correr até perto da Dolly. Dolly reparou então nas duas coleiras que o cão tinha ao pescoço. Uma delas dizia “Eu não sou um cão mau” e a outra “Eu sou um cão bom”. Dolly ficou muito surpreendida, por isso perguntou: - Mas se tu és um cão bom, porque é que andaste a correr atrás de nós? - Eu só queria fazer alguns amigos! – disse o cão com um ar brincalhão. Aqui nunca há ninguém para eu brincar! - Então porque é que destruíste as nossas casas? – perguntou o gato da casa dos biscoitos. - Primeiro a casa dos biscoitos é demasiado boa para não se comer, foi por isso que vim para aqui, o cheiro chamou-me à atenção. – explicou o cão bom. – Segundo, a casa de lã era um pouco frágil de um material superdivertido para brincar – continuou – Desculpem se vos destruí as casas. - Não há problema. Nós construímos aquelas casas para nos protegermos de ti. – disse o gato da casa de lã.
- Nós pensávamos que nos ias fazer mal, como comer-nos, ou… - Nunca iria fazer tal coisa! – interrompeu. - Bem, já que temos tudo esclarecido, vamos tratar da tua pata. – disse a Dolly com um sorriso na cara. Dolly pegou na pata do cãozinho brincalhão, pegou no conjunto dos primeiros socorros e tirou de lá uma compressa, uma pinça e um desinfetante. Passados cinco minutos o cão já estava tratado. - Muito obrigado, Dolly. - Não tens de quê! Mas agora que já está tudo bem, chegou a altura de me despedir. Acabei de me lembrar que já estou há imenso tempo aqui. As minhas amigas Lily e Yasmin já devem estar à minha procura! – disse Dolly, já muito apressada. - Adorámos conhecer-te! – afirmaram os gatinhos. - Sem ti ficaria sem amigos e com a pata magoada. – disse o cão. De repente, Dolly sentiu-se a ser sugada e ficou com medo, por isso fechou os olhos e, quando os abriu, estava de novo na biblioteca. - Olá! – saudaram Yasmin e Lily. - Olá! – retribui. - Então? Como correu? Gostaste? – perguntou Lily. - Muito bom, adorei! Foi fantástico! – respondi. - Ainda bem! Anda comigo. – disse Yasmin Percorri a biblioteca, com Yasmin e Lily, até um cantinho, mesmo lá no fundo. Chegamos à prateleira do “P” e Lily disse: - Minha querida Dolly, o Natal chegou à nossa biblioteca! Entra e sê muito feliz, acho que vais gostar.
Capítulo 6 O Pai Natal Senti-me a flutuar e a ser arrastada para um túnel, nunca tinha tido esta sensação, por isso tapei os olhos. Quando tirei a mão com que estava a tapar os olhos, vi uma enorme fábrica. Tinha o chão em madeira, lindas paredes vermelhas, com árvores de natal em todos os cantos, o ar cheirava a papel de embrulho e a óleo de pôr nos parafusos. Esfreguei os olhos, não estava a acreditar. Onde estava? Estava na fábrica do Pai Natal! Havia imensos anões a fazer brinquedos! Agora tudo faz mais sentido, claro! Como não desconfiei? Entrei na história do Pai Natal. - Olá! – gritei. - Opkgl! – disse um dos anões. - Desculpa, não percebo! Aproximou-se de mim anão muito pequeno, com um lindo fato verde e um e um chapéu com guizos vermelhos.
- O que deseja, minha menina? – perguntou ele com um ar importante. - Olá, chamo-me Dolly, e o … - Despache-se, não tenho o dia todo! Tenho encomendas de meninos de todo o mundo para fazer! – disse, não me deixando acabar a frase. - Ok, resumindo. Eu sou uma menina normal, que foi parar a uma biblioteca mágica e a este livro e, já que estou aqui, gostava de conhecer o Pai Natal. – disse-lhe. - Ai, ai! Estes meninos de hoje em dia. Eu vou é informar o Pai Natal para a tirar da lista dos meninos bem comportados. Eu faço parte de um livro! Onde é que já se viu isto? E quanto a ver o Pai Natal, isso é impossível! É um homem muito ocupado. Trabalha bastante. – disse, indo embora. - Mas!... Espere…!!! Tentei chamá-los, mas sem sucesso. - Bolas! Que anão tão rezingão! Ainda podia tentar falar com outros, mas só este falava a língua dos humanos.
Comecei a deitar uma lágrima pelo canto do olho. Queria tanto conhecer o Pai Nata! Vi a um canto da fábrica uma boneca linda. Tinha tranças e um belo vestido. Era mesmo aquela que eu ia pedir ao Pai Natal. Corri até lá para a ver, peguei na caixa e, sem querer, ao tirá-la, a caixa bateu num botão, eu não dei por nada, mas saltou de lá o Rodolfo (a rena do Pai Natal). Todos os anões ficaram alarmados a olhar para mim. Só queria fugir! Até que apareceu o Pai Natal e disse: - O que se passa, Rodolfo? - Desculpe, Sr. Pai Natal, eu só queria ver esta boneca e carreguei, sem querer, no botão! – respondi baixinho. - Não faz mal, minha querida menina! Mas quem és tu? Porque não foste ter comigo? – perguntou. - Bem, eu sou a Dolly e entrei numa biblioteca mágica e nesta história, e não fui ter consigo porque um anão não me deixou! – expliquei-lhe. - Ah! Bem-vinda! E desculpa lá, mas o Rodolfo é muito rígido com as regras! - Não faz mal. – disse baixinho. - A única forma de te compensar é seres minha ajudante por um dia! Aceitas? – propôs-me. - Claro! – aceitei muito feliz e eufórica. O Pai Natal conduziu-me até outra sala, talvez um pouco mais pequena, mas ainda mais bonita. Tinha paredes verdes com um padrão de árvores de natal e imensos anões a trabalhar. - Vamos, Dolly! Estás disposta a ajudar-me a montar este peluche? – perguntou. - Claro! – respondi. - Pano, algodão, linha e tecido!!! – pediu. - Aqui tem! – disse, dando os materiais. - Muito bem! Enquanto eu costuro o peluche, se faz favor vai embrulhando esta bola de futebol! – pediu-me. - Ok! – respondi e embrulhei-a com um lindo papel azul e um laço verde. Mal acabei de embrulhar, o Pai Natal disse:
- Boa! És muito boa nisto! Eu já costurei o peluche, só falta colar-lhe os olhos, queres colá-los? – perguntou. - Claro! – respondi, enquanto colava os olhos ao boneco. - Perfeito, Dolly. Muito obrigado pela tua ajuda! - De nada. Se calhar tenho de ir. Obrigada por tudo! – disse dando um beijo ao Pai Natal. - Obrigado eu! Volta sempre que quiseres! – exclamou. Fui sugada de novo. Quando dei por mim, estava na biblioteca de novo. - Gostaste? – perguntaram-me as guias. - Sim, muito obrigada. Adorei! – respondi.
Capítulo 7 Histórias As semanas na biblioteca foram as melhores da minha vida! Entrei em livros superdivertidos, com a Papunzel (que na realidade era a Rapunzel , onde ajudei um sapo a salvar a Papunzel – a gaivota – a sair da torre do castelo), o grande canguru (que na realidade é a pequena sereia, onde ajudei o canguru “pit bul” a aprender a nadar e a transformar-se em peixe), e com o Picóquio (que era um leão muito ingénuo e bom rapaz , mas também muito influenciável) Contudo, por andar em maus caminhos, transformou-se numa flor e eu ajudei-o a tornar-se um animal melhor e a voltar a ser leão. -Eu e a Yasmim não tivemos coragem de te dizer, mas cada visitante só tem um limite de seis aventuras – disse a Lily. - Claro, eu compreendo. – disse
Capítulo 8 O Coelho da Páscoa Senti-me a andar às voltas dentro de um tubo muito fininho. Mal conseguia respirar, tive tanto medo! Além disso, não havia nenhuma pista desta vez. Não sabia para onde ia. Estava entretida a magicar para onde podia ir quando cheguei a uma fábrica, com um rio de chocolate que ladeava os postos de trabalho. O chão era de relva doce e as paredes estavam pintadas às riscas, mas riscas muito giras. Eram amarelo limão e se as lambêssemos sabiam mesmo a limão!!! Verde-claro e azulão! Era um sítio encantador. Apeteciame mesmo baixar-me e molhar o dedo no chocolate. Estava a pensar se devia fazê-lo ou não, quando um lindo coelho branco com nariz rosa me disse: - Olá, Dolly! - Haa… Olá! Como sabes o meu nome? – perguntei. - Eu estava à tua espera! – disse. - Ai, sim? – perguntei admirada. - As tuas amigas Lily e Yasmin disseram-me que te queriam dar um presente pela tua última viagem E aqui estou eu! E como é quase Páscoa, adivinha o que vamos fazer? – perguntou. - Ovos de chocolate! – disse. - Exato! – exclamou. - Mas mesmo do início – precisou. Então, começou a explicar que o cacau vem de uma planta que é o cacau, que só cresce em países quentes.
- Por isso, nós temos uma sala muito quente onde estão essas árvores! – esclareceu apontando para uma saca onde havia muitas árvores e de onde vinha muito calor. E continuou, apontando para uma sala onde estavam uns coelhinhos muito pequenos a transformar o chocolate e de onde vinha um cheiro ótimo: - Os meus pequenos ajudantes apanham o cacau e depois transformamno em chocolate! Acho que até comecei a babar-me com aquele incrível cheiro – pensou a Dolly. - E depois vem a fase mais divertida. Pô-los em forminhas e embrulhá-los. A minha pergunta é se me queres ajudar? - Claro! – respondi muito feliz. Tinha seis bocados de chocolate, que pôs em forminhas. O primeiro pôs numa forminha de borboleta, o segundo e o terceiro numa forma de flor, o quarto e o quinto numa forma de cão e o sexto numa forminha de urso. Quando acabou, o coelho disse: - Muito bem! Agora é só esperar um pouco. Estas formas são especiais. Fiquei apreensiva. - Especiais? Mas lá esperei uns cinco minutos. Quando abri as forminhas, estavam feitos lindos chocolates! - Agora é só embrulhar! – exclamou o coelho. - Embrulha-os com os lindos papéis da cor das riscas das paredes. - Parabéns, Dolly! Davas uma rica chocolateira. – disse. - Muito obrigada. Se calhar…! Tenho muita pena mas tenho de ir. – disse muito triste!!! - Ok, mas só uma coisa. Esses chocolates são seis oportunidades de entrar em outras seis histórias. Guarda-os bem e quando quiseres usa-os. - Muito obrigada, adoro-te! – exclamei eufórica. - Adeus!!!
Fui sugada de novo para a biblioteca.
Capítulo 9 O regresso Quando voltei à biblioteca, reparei que Yasmin e Lily estavam a choramingar. - Não fiquem assim!!! – pedi. – Ainda tenho mais seis oportunidades de vos ver! Adorei tudo. Obrigada! - Oh, minha querida Dolly, também adorámos conhecer-te! - Adeus, até à próxima! – disse eu, dando-lhes um beijo. - Adeus!!! – disseram ambas. - Fui até à porta e fui arrastada para o sótão, outra vez! - Mas que grande aventura! Adorei! Quando finalmente me recompus, lembrei-me que estive dentro da biblioteca imenso tempo. - Devem estar preocupados comigo, estive fora quase um mês! - Dolly, vem lanchar! – gritou a minha avó. Eu fui.
- Mas que estranho! Ninguém sentiu a minha falta? - Querida, já são cinco horas! Preferes leite ou sumo? Eu respondi que queria sumo. - Mas como é possível? Na vida real passou um minuto! Que fixe, posso voltar lá sempre que quiser! - E tu? Em que história gostavas de entrar?
FIM
7.ºE
Ana Maria Pinheiro António Afonso Barroco Beatriz Silva Bernardo Vaz Carolina Nunes Duarte Lufinha Filipe Morais Francisca Pereira Francisco Nobre Gonçalo Melo Hanna Loschacoff Henrique Brito Inês Galhote Joana Silva João Cruz Leonor Nunes Lourenço Nunes Mafalda Santos Manuel Santos Margarida Moura Maria Sousa Mariana Rosa Martim Loureiro Pedro Mendes Pedro Coelho Rafaela Mello Ricardo Freitas Rodrigo Pina Rodrigo Gomes Teresa Freire d’Andrade