Sugestão de leitura psicologia 12/2014

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Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Sugestão de Leitura

~ Psicologia

TAVEIRA, M. C. & SILVA, J. T. (Coord.) (2008) - Psicologia vocacional: perspectivas para a intervenção. Coimbra: Impressa da Universidade de Coimbra,185 p.

Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft

Sugestão de Leitura—Psicologia Uma iniciativa da Divisão de Documentação Dezembro de 2014 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

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Sugestão de Leitura

A psicologia vocacional nasceu no início do século XX nos EUA com a preocupação de entender e poder intervir no bem-estar social e educativo de jovens. Ao longo do desenvolvimento desta área, as investigações acerca dos aspectos relacionados com o processo de escolha de uma profissão foram e continuam a ser realizadas, e é por isso que atualmente os profissionais de psicologia usufruem de modelos, métodos e materiais que permitem realizar um trabalho focado no desenvolvimento do comportamento vocacional.

consulta psicológica vocacional, bem como as áreas de aplicação e os modelos utilizados. Segundo as autoras, a construção do projeto de vida dos jovens adultos pode suscitar problemas no desenvolvimento da sua identidade vocacional, o que justifica a prática da consulta como um apoio nesse momento. Em relação aos adultos, enfatizam os problemas de carreira enfrentados , tais como adaptação ao emprego, mudanças na carreira e desemprego e indicam quais devem ser os objetivos da consulta vocacional.

Coordenada por dois importantes pesquisadores portugueses, Maria do Céu Taveira, da Universidade do Minho e José Tomás da Silva, da Universidade de Coimbra, a obra Psicologia Vocacional: perspectivas para a intervenção incide sobre o estudo do comportamento e do desenvolvimento humano através do trabalho, nos mais variados contextos e ao longo da vida, e nas aplicações desse estudo à consulta psicológica e a outras modalidades de intervenção especializada.

Capítulo 4 - "O uso de tecnologia na intervenção vocacional: implicações para a teoria e prática", de Maria do Céu Taveira e José Tomás da Silva. Discutem-se as limitações e desafios na utilização dos Sistemas de Orientação da Carreira Assistidos por Computador (CAGGS), programas completos de orientação vocacional que oferecem um conjunto de processos que vão desde a avaliação dos interesses, capacidades e valores ocupacionais, até ensinar como se comportar numa entrevista de emprego, por exemplo. Os autores indicam os principais sistemas disponíveis na atualidade, levantando também a questão do uso da internet como mais um recurso nos processos de orientação e o papel do orientador diante dos recursos tecnológicos.

É uma obra que pretende ajudar estudantes e profissionais de Psicologia e de outras áreas afins a compreender e a debater, de modo esclarecido, o papel da Psicologia Vocacional e da intervenção dos psicólogos, na resolução de problemas e na tomada de decisões que se relacionam com o trabalho e com o ato de trabalhar. O livro procura, ainda, demonstrar o papel da Psicologia Vocacional no aperfeiçoamento de potencialidades e na melhoria do bem-estar psicológico, numa diversidade de populações. Esta obra é constituída por um conjunto de seis capítulos distintos, da autoria de investigadores provenientes das universidades públicas da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América, de Barcelona, em Espanha e de Coimbra, Lisboa e Minho, em Portugal. Em cada um dos capítulos os autores, reputados especialistas nos temas glosados, reveem de um modo bastante aprofundado e com espírito crítico, a história e as principais características de distintas modalidades de intervenção vocacional, originadas no âmbito da Psicologia Vocacional, com crianças, jovens e adultos. Capítulo 1 - "Abordagens às intervenções de carreira: perspectiva histórica", de Edwin Herr (Universidade do Estado da Pensilvânia). Resgate histórico do surgimento e desenvolvimento de teorias sobre o desenvolvimento da carreira, comentando, por fim, os anos 90, nos quais a preocupação dos processos de intervenção deixa de ser exclusivamente a busca de uma profissão e passa a incorporar outros aspectos relativos ao mundo do trabalho, como stress, raiva, distúrbios emocionais, ansiedade e depressão. Capítulo 2 - "Educação para a carreira: aplicações à infância e à adolescência", de María Luisa Rodríguez Moreno (Universidade de Barcelona). Parte da premissa de que o mundo do trabalho começa a exigir uma atitude de abertura e adaptação constante das pessoas e, por isso, a disposição para a aprendizagem deverá ocorrer por toda a vida.

Capítulo 3 - "Consulta psicológica vocacional para jovens adultos e adultos", de Lígia Mexia Leitão e Maria Paula Paixão (Universidade de Coimbra). Explora amplamente o conceito de

Capítulo 5 - "A avaliação psicológica na intervenção vocacional: princípios, técnicas e instrumentos", de Maria Eduarda Duarte (Universidade de Lisboa). Partindo da premissa de que a avaliação psicológica é etapa fundamental nos processos de orientação vocacional, a autora detalha os aspectos dessa avaliação, enfatizando os princípios éticos que devem nortear os profissionais da área. Além disso, a autora faz uma ampla descrição das técnicas de avaliação, passando pela entrevista, testes de aptidões, inventários de interesses, personalidade, valores e desenvolvimento de carreira. Capítulo 6 - "Mudança de paradigma na educação e novos rumos para a actuação dos professores e dos psicólogos nas escolas", de Manuel Viegas Abreu (Universidade de Coimbra). O autor faz uma ampla discussão sobre os aspectos atuais da situação da educação em Portugal e propõe que a intervenção do psicólogo nesse contexto ocorra a partir do desenvolvimento global da personalidade dos alunos. Porém, para que essa proposta seja colocada em prática, o autor indica que a participação dos pais, professores e psicólogos deve ser conjunta e, além disso, a escola deverá propor iniciativas que permitam aos alunos se expressarem, reconhecendo e valorizando assim suas potencialidades, aptidões e talentos.

Recensão por Sofia Coelho, Divisão de Documentação


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