13-01 ed folheto storytelling

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Sugestão de Leitura

~ Educação

MALITA, Laura; BOFFO, Vanna (eds) – Finding the first job through digital storytelling: A guide to getting into the employment world. Timisoara: Mirton, 2010, 110 p.

Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft

Sugestão de Leitura—Educação Uma iniciativa da Divisão de Documentação Janeiro de 2013 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

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Este livro publica parte do projeto L@JOST, do Lifelong Learning Transversal Programme, KA3- ICT Project, iniciado em Dezembro de 2008. Este projeto faz parte de uma série de estudos em várias disciplinas, que vão desde a educação à formação, ao conhecimento económico e know-how social relacionado com o trabalho e as profissões. O desemprego é um mal que se tem verificado em todos os países, agravado pela crise económica que a Europa enfrenta. Este guia que agora se oferece pretende ser um instrumento útil e prático para os estudantes que terminam a universidade e procuram o primeiro emprego através de meios eletrónicos, tais como o ePortfolio, os portais e blogues, onde podem colocar o CV, isto é, a sua história. Através desta história, o profissional pode demonstrar as suas competências e realizações que refletem como aprendiz ou profissional. É a partir desta atividade que surge o conceito de storytelling. A procura de emprego realiza-se usando as redes sociais em portais especializados.

sintética), a criatividade (ente criativa) e, finalmente, a ética.

Procurar trabalho é um processo na formação da pessoa, não uma ação ou transição a que a idade adulta obriga. Os desafios que a globalização, a pressão nos recursos e a idade implicam um compromisso dos governos no crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. Para prosseguir estas iniciativas é necessário que os cidadãos tenham consciência de uma construção relacional orientada para a respeitabilidade e a conduta ética. Respeitar os outros é perceber e compreender a pertença ao grupo. Gardner afirma que, para se tornar num profissional ético é necessário ser voluntarioso e persistente, orientar e ser orientado no trabalho, ter um modelo ou mentor que acompanhe os trabalhos, “testar ao espelho”. Apresentam-se alguns exemplos de projetos de storytellings digitais de transições de colocação de empregos para licenciados em educação. Surgem modelos de biografias ocupacionais de vários países, tais como a Itália, a Dina-

Segundo Eric Miller (2008) “story” [história] que engloba o significado de narrativa, pode ser definida

marca, Roménia e Alemanha. Os modelos apresentados estão relacionados com a figura do mentor, de

como uma série de eventos, envolvidos pela causalidade. Fog et al. (2005) analisam quatro elementos

emprego não especificado, de estágio, empreendedorismo, estudo-trabalho contínuo, e experiências

básicos que são o cerne da storytelling, que são a mensagem, o conflito, os carateres e a trama. Estes,

profissionais. O objetivo é a procura de um emprego, o planeamento ou a mudança de uma carreira, para

dão sentido à vida, expressam valores, ensinam, estabelecem relações culturais. Existe uma diferença

as quais existem questões como O que preciso de saber, Onde posso encontrar informação?, Quem devo perguntar,

entre storytelling e outras histórias contadas ou apresentadas através de outros meios, tais como o cinema

Como devo perguntar, para esclarecer o objetivo.

ou os livros, na medida em que naquela se processa o feedback, porque as situações ocorrem ao telefone ou e videoconferência. A storytelling digital combina narrativas com conteúdo digital, que incluem imagens, som e vídeo. As histórias digitais podem ser aplicadas como técnica pedagógica, sendo instrutivas, persuasivas históricas ou reflexivas. O próprio narrador da história aprende quando cria a história digital, construindo uma narrativa e comunicando-a, desenvolvendo a ideia do tópico, na qual considera a perspetiva da audiência. No campo da educação, inclui a relação emocional com o conteúdo de aprendizagem, a facilidade de partilha de conteúdos autoproduzidos, serve de ponte entre cursos diferentes de aprendizagem de estudos, e potencia o aumento da literacia. Howard Gardner questiona no seu livro “Five Minds for the Future” o futuro da educação das novas gerações e o papel da educação no local de trabalho. O autor lembra-nos da relação entre a escola, a aprendizagem formal e o trabalho, aventando cinco caminhos, dimensões e modos de construir a capacidade de encontrar o caminho na transição da escola para o trabalho, para o qual a primeira chave é a disciplina (mente disciplinada), a síntese (mente

A partilha de conhecimento é uma atividade através da qual se troca informação, capacidades ou experiência) entre as pessoas, amigos ou membros de uma família, uma comunidade ou uma organização.

Conclui-se com recomendações acerca da entrevista para um emprego, da experiência no desenvolvimento profissional, do que os empregadores recomendam, das competências gerais, de como adquirir as competências que compreendem as habilidades nas tecnologias de informação, na aprendizagem ao longo da vida, no comportamento nas redes sociais. A competência social não é um requisito muito importante no processo de procura de emprego, contrariamente aos aspetos da personalidade, sendo fundamental ter-se capacidades de self-marketing, perfil para o cargo, ser-se rápido, espontâneo, autêntico, individualidade, soberania e auto-confiança.

Recensão de Edma Satar, Bibliotecária