13 07 ed reflective teacher

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Sugestão de Leitura

~ Psicologia

OVENS, Peter – Reflective teacher: Development in primary science. London and New York: Falmer Press/Taylor and Francis Press, 2000, X, 227 p.

Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft

Sugestão de Leitura— Educação Uma iniciativa da Divisão de Documentação Julho de 2013 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

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O desenvolvimento pessoal e profissional dos professores é o tema deste livro, que incentiva professores e tutores a envolverem-se em abordagens com vista ao desenvolvimento do ensino da ciência no ensino de professores primários. Encorajam-se os professores a serem professores e tutores investigadores para fazerem da investigação ação a parte principal do seu desenvolvimento. O livro explora a natureza do desenvolvimento pessoal e da avaliação dos professores e tutores. Incluem-se seis cursos com estudos de caso, nos quais se pode usar uma pedagogia investigativa da ciência do ensino, que conduz à aprendizagem científica. Deste modo, desenvolvem-se as compreensões, capacidades, habilidades e confiança de que deriva o crescimento profissional pela reflexão sobre as suas experiências na sala de aula e a sua participação nas discussões críticas com os pares e o tutor. O curso está enquadrado no contexto profissional e apresentam-se as caraterísticas, os princípios pedagógicos, o contexto pessoal, e o contexto conceptual dos membros do curso. Existem distinções claras entre as abordagens científica, de difícil aplicação dos métodos científicos e a educativa, de situações complexas, ao desenvolvimento curricular e à investigação educacional. Afirma-se, que duas escolas ou duas salas de aula não são semelhantes, no que respeita às circunstâncias que as prescrições da ação curricular podem suplantar no julgamento que as pessoas fazem delas. Rejeitando-se a possibilidade lógica que a investigação ou a prescrição curricular baseada m processos científicos podem dizer ao professor o que ele deve ou não fazer, os professores desenvolvem as capacidades para adotar e adaptar as prescrições relevantes aos alunos, às escolas e nos contextos das escolas. Essas capacidades podem ser usadas para criar o “conhecimento prático” do próprio professor. As inter-relações entre a investigação ação feitas pelos professores são feitas por métodos de inquéritos com a coleção de evidências acerca dos membros do curso e do envolvimento das respostas críticas coerentes com a razão do curso, no qual o professor e o tutor são conjuntamente responsáveis pelo desenvolvimento do professor. Para que se possam conhecer as experiências individuais e a aprendizagem dos professores apresentaram-se estudos de caso que visaram confirmar o interesse na aprendizagem científica das crianças no decurso do progresso profissional dos professores Ângela, Brenda, Chris, Kay, Lesley, Steve, tendo em conta os perfis profissionais de cada um, as preocupações e os novos desafios nas visitas às salas de aula a que foram submetidos pelos tutores, e às participações nos cursos. O desenvolvimento profissional destes seis professores foi apresentado como jornadas profissionais e alguns episódios críticos e significativos foram analisados em detalhe, usando vinhetas em pequenos extratos das provas dos episódios, que serviram para reconsiderar o papel do conhecimento da ciência no ensino e na aprendizagem. Em todos os casos os professores, questionados acerca das capacidades de investigação dos alunos, constataram que nunca tinham visto tanta perseverança no envolvimento dessas tarefas, mostrando grande curiosidade. As experiências nos estudos de caso refletem as caraterísticas da prática do uso da investigação ação para o desenvolvimento profissional. Foram testadas crenças sobre o ensino e a aprendizagem da ciência na escola primária, desenvolvidas e refinadas através da consideração dos eventos da sala de aula, dos possíveis pensamentos e ações que devem fazer para encorajar o desenvolvimento profissional dos professores desenvolvidos através da consideração dos eventos durante as sessões do curso. A análise feita foi essencialmente comparativa e exploratória, de modo a analisar

Sugestão de Leitura algumas questões que são comuns nos casos, e outras que representam a individualidade do desenvolvimento mostrado por determinada pessoa. Uma parte significativa de professores na participação nos cursos fica envolvida num inquérito. O ponto de partida, a orientação, o ritmo de desenvolvimento e o conteúdo são determinados pelo próprio professor em negociação com o tutor, com o apoio crítico dos colegas professores. São recolhidas as provas para criar uma visão geral dos aspetos da participação do professor. Na linguagem usada pelo professor, registam-se as auto-expressões de desenvolvimento, que são ordenadas cronologicamente, para se tornar linhas de desenvolvimento, a partir das quais se tecem teorias. As sessões da sala de aula tendiam em cair na relação entre a prática do professor e a sua prática usual, segundo duas tendências que se apresenta como sendo do tipo A, no qual não se partia de um ponto que foi relatado pelo professor. Nesta situação, a visita tendia a produzir um foco para o desenvolvimento da prática na forma do reconhecimento de um problema específico e exploração dos meios para o encontrar. No tipo B, as situações realizavam-se partindo de forma não planeada e rotineira. De acordo com as teorias culturais de aprendizagem, esta situa-se no seu próprio contexto e interliga-se com o que dá significado às partes. Os que aprendem devem estar envolvidos nas atividades que são autênticas, a cujo modelo as práticas dos cientistas se envolvem no pensamento, no conhecimento e nos instrumentos relacionados com as suas práticas. Apresentam-se testemunhos do desenvolvimento pessoal profissional dos professores ao longo da ação de investigação não só quanto aos objetivos do curso e da investigação, como também da metodologia de investigação. Sugere-se que o investigador tenha uma ação autónoma, independente da orientação do tutor. Entende-se por autonomia “o julgamento independente, usando critérios, objetivos, princípios, padrões e valores (Dearden, 1975) da progressiva ciência da educação primária e da investigação ação para o desenvolvimento pessoal e profissional. Questiona-se como avaliar formalmente o desenvolvimento profissional. Apresentam-se quatro critérios, que se prende com o uso justificado de métodos de recolha das provas sistemática adequados, do desenho das inferências, da ação escolhida para aperfeiçoar o exercício que serve de fundamento à experiência relatada, clareza concetual e coerência interna. Conclui-se que o modelo que melhor descreve as espécies de aprendizagem que os profissionais necessitam para se envolverem é serem capazes de responder de modo inteligente e de resolução do problema das complexas, dinâmicas e imprevisíveis situações na sua prática. Oferecem-se indicadores de qualidade para criar critérios de avaliação da compreensão de um desenvolvimento profissional na ação. As considerações conclusivas reiteram o significado de desenvolvimento pessoal e profissional no conceito do ser-se profissional, que envolve qualidades de auto-crítica e auto-avaliação, auto-revelação, abertura às perspetivas dos alunos e conceito de desenvolvimento, que envolve muitos aspetos da prática do professor e de reflexão sobre essa prática, não só do conhecimento técnico e da capacidade prática como também dos valores, crenças, atitudes e consciência. Uma mudança significativa numa parte de toda a estrutura interligada do ensino do professor não fica isolada, mas é assimilada, quando outras partes da estrutura são adaptadas para acomodá-la. A estrutura tem interligações que precisam de ser refeitas ou reconstruídas, e que são diferentes de pessoa para pessoa.

Recensão de Edma Satar, Bibliotecária


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