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GULBENKIAN uma coleção a descobrir
Envelhecimento demográfico
Sugestões Temáticas — Psicologia Uma iniciativa da Divisão de Documentação Julho de 2013
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Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: biblio@fpie.ul.pt
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Gulbenkian uma coleção a descobrir Ao consultar o quadro demográfico da Europa (2011) verifica-se que os dados têm aumentado bastante nas últimas décadas, principalmente devido às correntes de imigração que se tem verificado de Sul para Norte. Os imigrantes têm contribuído para o aumento da natalidade, contrariamente aos residentes europeus, cuja população está a envelhecer. A crise socioeconómica reflete-se nas famílias e nas mudanças sociais motivadas pela escassez de casamentos, muitos divórcios, e coabitação. Por outro lado, a população trabalhadora está a envelhecer, comparada com o número cada vez crescente de jovens que buscam trabalho em outros países, fora e na comunidade europeia aumentando, desta forma, o número de habitantes que não vivem no seu país ou na cultura de origem. A mobilidade entre os estados membros intensificou-se e grande proporção da população em idade laboral nasceu no estrangeiro ou tem parentes nascidos no estrangeiro. Os estados membros aprovaram uma política de recessão com o tratado de Lisboa (2008), no qual se indicava uma forma de emprego para os jovens, as mulheres, os mais velhos e os migrantes mas, com o agravamento da recessão, que afetou os jovens e os migrantes, os governos encontraram dificuldade com as famílias, a consolidação de orçamentos, na assistência em apoiar os esquemas de aposentação, em geral, na terceira idade. Os aspetos do envelhecimento relacionados com esta etapa da vida são apresentados por psicólogos como conceções positivas, no que diz respeito à sabedoria e negativas da vida, relacionadas com o declínio biológico, próprio do processo de envelhecimento. O período da meia-idade é o da reflexividade, na qual as pessoas têm consciência das situações problemáticas capazes de enfrentar juízos críticos para que possam resolvê-los. Alguns investigadores reconhecem que a meia-idade “é um território do ciclo de vida a ser explorado”, após se ter completado o conhecimento da vida adulta. Segundo Fagulha (2009), enfrentam-se desafios em termos de mudança, porque se questionam os fatores que transformam o jovem adulto num adulto de meia-idade, encarada por muitos como um tempo de crise, com significados paralelos aos da vivência interna da adolescência, por outros, como um período enviesado, outros ainda, como um tempo de estabilidade e de satisfação em geral, e nos papéis sociais. Neste contexto, é encarada como um pico de desenvolvimento, no qual os adultos assumem responsabilidades em relação a si próprios e às gerações anteriores e posteriores. Analisando a interligação entre as experiências da meia-idade e o processo de revisão ou entre a diversidade dos acontecimentos relacionados com a meia-idade, a morte dos pais constitui a maior perda, que acarreta grande emoção. Acontecem outras experiências que incitam a mudanças, tais como o divórcio, a emancipação dos filhos, a viuvez ou a morte de familiares ou amigos. O envelhecimento humano constitui, para alguns, uma fase deprimente da vida e um tema desagradável. As mudanças que ocorrem com a idade, nas quais se verifica um enfraquecimento das estruturas e das funções orgânicas, a alteração nas capacidades de adaptação, as doenças degenerativas e as perturbações que ocorrem com as transformações fisiológicas e psicológicas afetam a motivação, a perceção, a emoção, inteligência, a capacidade criadora e social das pessoas. Edma Satar, Bibliotecária
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Bibliografia
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