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Sugestão de Leitura
~ Psicologia
KIMSEY-HOUSE, Henry; KIMSEY-HOUSE, Karen; SANDAHL, Phillip – Co-active coaching: Changing business, transforming lives. 3rd ed. – Boston, London: Nicholas Brealey Publishing, 2011
Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft
Sugestão de Leitura—Psicologia Uma iniciativa da Divisão de Documentação Maio de 2012 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação
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O estilo de comunicação global contribuiu para o aparecimento de um novo modelo de instrução baseado na estratégia de coaching. Conceito de definição difícil, o coaching é adotado no negócio, no e-government, no ensino numa relação co-ativa, que envolve a participação colaborativa do tutor e do cliente. O coaching co-ativo define-se como uma forma de conversação sustentada por regras, tais como o respeito, abertura, compaixão, empatia e um rigoroso compromisso baseado no amor da verdade, que visam a qualidade da relação de negócio. Esta forma de comunicação encontra as suas raízes não só nas relações não formais como também no estilo de liderança no espaço laboral. O coach ou tutor é alguém que cuida das pessoas e as orienta para a obtenção dos seus sonhos e objetivos. Este livro ensina como trabalhar com os outros, como descobrir e promover a missão do cliente, os objetivos do cliente e a agenda específica. Quando um coach negoceia com um cochee para resolverem uma questão, está em jogo mais do que um problema, mas um sonho para realizar, uma mudança a fazer, um objetivo a atingir, que envolve a pessoa: o coração, a mente, o corpo, o espírito. E a solução correta pode ter consequências emocionais que também são importantes. A dimensão espiritual influencia também as escolhas e as decisões. Existem dois modos de pensar o modelo da relação entre o coach e o cliente, por um lado como parte da vida do cliente, por outro, como princípios fundamentais de cumprimento, equilíbrio e processo, representado em cinco contextos: escuta, intuição, curiosidade, encaminhar e aprofundar, e auto-gestão num ambiente de confidencialidade, verdade, e abertura. Os ambientes nos quais se verifica o modelo de coaching são muito variados. Muitos tutores trabalham com clientes por telefone, agendam encontros e contratam-nos em relações abertas e continuadas, que cobrem cinco áreas, a logística, localização, projeção do futuro e orientação da tutoria. Dever-se-ia incluir algumas palavras sobre homeostase, uma resistência natural e muitas vezes subconsciente à mudança. O autor analisa com detalhe os três princípios do modelo de coaching, centrados na realização, no equilíbrio e no processo, que são três séries de instrumentos diferentes. No que respeita à realização, quando um coach e um cochee exploram valores, este último é incitado à concretização do objetivo. É o cliente que agenda a relação e a sessão de coaching e a sua realização conduz a uma vida com sentido, finalidade e satisfação. É importante para os tutores compreenderem a escala e impacto da realização quando começam o seu trabalho com os clientes. O equilíbrio, por sua vez, é fundamental à qualidade de vida, que existe em dois níveis, o da qualidade subjacente e o da experiência diária. Mas não se deve confundir o equilíbrio com o verdadeiro sentido do termo, mas no que se refere ao desenrolar da ação. A capacidade do coach vai-se articulando à medida que a relação prossegue, tomando consciência não só do quadro geral como também dos de-
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talhes do processo, esclarecendo o que for necessário, de modo a permitir pensamentos completos que conduzam a conclusões informativas. Finalmente, em relação ao processo, este modelo co-ativo é muito claro, porque aprofunda a aprendizagem e a ação que move o cliente a explorar outras áreas difíceis, tais como o dinheiro, a irritação ou a rejeição. Não é uma técnica aprendida, mas levada informalmente a desenvolver de acordo com a responsabilidade do tutor e o seu compromisso, distinto do papel de um consultor e de um mentor. O autor conclui convidando-nos a imaginar um mundo no qual se possa ter a visão do trabalho, o sentido da escolha e do objetivo, num mundo de relações interpessoais, relações internacionais e trabalho dinâmico e que as pessoas fossem sempre verdadeiras, não um mundo de queixas, de ócio, a trabalhar em máquinas. Um mundo valorizado mais pela aprendizagem e crescimento do que pelo conforto e aparência, totalmente celebrado.
Recensão de Edma Satar, Bibliotecária