folheto depressao Jan12

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Diogo Guerreiro, na obra Frasquilho, M. A. & Guerreiro, D. (2009). Stress, depressão e suicídio. Lisboa: Coisas de Ler, pp. 115-130

Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

mostra bibliográfica

Mostra bibliográfica sobre

A Depressão

A Depressão

Uma iniciativa da Divisão de Documentação Janeiro de 2012

Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft

“A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes. Pensa-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens, podem vir a ter crises depressivas durante a sua vida (Kaplan & Sadock, 2005). Ao contrário do que se pensava até meados do século XX, as crianças e adolescentes também podem ser afectados (Saint-Clair, 2004). Uma perturbação depressiva é uma doença que envolve o corpo, o humor e os pensamentos. Afecta os instintos, a maneira como a pessoa come e dorme, a visão que tem de si e o modo de pensar sobre as coisas. (…) O seu diagnóstico passa muitas vezes despercebido, quer por falta de reconhecimento da depressão como doença, quer porque os seus sintomas são atribuídos a outras causas (doenças físicas, stress, etc.). Sem tratamento os sintomas podem permanecer por semanas, meses ou anos. Felizmente, com o tratamento apropriado, é possível ajudar a maioria das pessoas que sofre de depressão (NIMH, 2000). (…) Flutuações do afecto em resposta a situações do quotidiano acontecem em todos os seres humanos, e sentimentos de tristeza, frustração ou desânimo são comuns como resposta normal às vicissitudes da vida. Eventualmente as respostas afectivas podem assumir um carácter inadequado ou patológico, quer a nível da intensidade, duração ou das circunstâncias desencadeadoras. Quando isso acontece estamos perante uma perturbação do humor. A depressão não deve ser confundida com sentimentos de tristeza como “estar em baixo” ou “desmoralizado”, que são geralmente reactivos a acontecimentos da vida e transitórios. Trata-se de uma doença: uma perturbação do humor, ou seja, uma disposição emocional a longo termo, duradoura, que afecta significativamente o rendimento no trabalho (ou escolar), a vida familiar, afectiva e o simples existir do doente que sofre intensamente. (…) A etiologia da depressão, a perturbação do afecto mais estudada, está longe de ser totalmente compreendida. Muitos casos ocorrem após determinados eventos stressores, no entanto nem todos os indivíduos ficam deprimidos nessas circunstâncias. A probabilidade de certa pessoa vir a sofrer de uma perturbação depressiva depende de uma complexa interacção entre factores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Ou seja, depende da intensidade e duração do evento stressor, do substrato genético do indivíduo, das suas estratégias e reacções de coping e da rede de suporte social em que se insere (U.S. Public Health Service, 1999).

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Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa

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Tel.: 21 794 36 00

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E-mail: biblio@fpie.ul.pt

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