SANCHES, M. F. C. & SOARES, G. I. M. Liderança escolar : modos de sentir e actuar em situações de governação da escola
In: Itinerários: investigar em educação: 2005. - Lisboa, 2005, pp. 1599-1606
Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA
mostra bibliográfica
Mostra bibliográfica sobre Direção e Liderança Escolar
Direção e Liderança Escolar
Uma iniciativa da Divisão de Documentação Outubro 2011
Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft
À evolução de perspectivas sobre as organizações correspondem alterações na conceptualização da liderança e características mais adequadas aos papéis e funções de governação escolar (Sanches, 1995). (…) A relevância social da liderança nas escolas implica interacção permanente com as diversas culturas oriundas da comunidade educativa, muitas vezes permeadas por tensões e dissidências. Essas tensões têm origens sociais e contextos institucionais vários. Refiram-se, como exemplo, as que vive o director simultaneamente como representante da administração central e como porta-voz dos seus colegas e da comunidade escolar; as tensões nascidas nas interacções com os professores; as que resultam da consciência dos limites inerentes a uma autonomia relativa, limitada de escola, implicando escassa capacidade de decisão. Trata-se, afinal, de um exercício de liderança que imbrica os domínios político e pedagógico. Se, de um lado, há que liderar entre diferentes pontos de vista, tentando diversas estratégias, negociando consensos e acordos, guiado por finalidades de ordem social; de outro ponto de vista, há que garantir que as tarefas da organização sejam educacionalmente relevantes e eficazes. Todavia, nem só de racionalidade e eficácia vive a liderança educativa. Assumindo-se como factor de coesão e de integração, a acção de liderança não pode reduzir-se a mera actividade racional. Ela é, primordialmente, acção axiológica com implicações de ordem ética (Sanches, 1996). A governação de uma escola tem influência na adesão a determinadas inovações e também e nas expectativas e compromissos que os membros da comunidade escolar assumem acerca das finalidades e valores que dão fundamento e imprimem carácter motivador ao projecto educativo da escola. Motivar os professores para os processos de mudança constitui um factor chave do processo da mudança educativa. Segundo Friedberg (1977), ao líder cabe diligenciar a mudança no sentido de mobilizar a experiência, as capacidades, as propostas, as ideias, as soluções dos actores. São necessários esforços coerentes e conjugados para operar as transformações nos diversos contextos, nas estruturas e nos processos sociais, culturais e políticos. Deste modo, examinar as condutas de liderança, quando se assumem desafios de responsabilidade social, é fundamental para compreender melhor as suas realizações, as suas frustrações, os seus medos, as suas ambições e as suas preocupações (Sanches, 1997; 1999).
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Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa
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Tel.: 21 794 36 00
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E-mail: biblio@fpie.ul.pt
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