Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA
Sugestão de Leitura
~ Psicologia
NEZLEK, John B. – Multilevel modeling for social and personality psychology. Singapore, Washington, D.C.: Sage, 2011, 113p.
Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft
Sugestão de Leitura—Psicologia Uma iniciativa da Divisão de Documentação Julho de 2012 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação
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Neste livro, o autor começa por admitir que toda a gente tem consciência da
derar-se o grau de dependência entre um conjunto de observações. Imaginemos
existência de hierarquias em toda a parte. No universo, na terra, no relaciona-
um grupo de estudantes, aninhados segundo classes individuais, que têm em co-
mento das sociedades. Daí, a necessidade de se usar frequentemente modelos
mum um professor, mas diferem uns dos outros em termos de personalidade,
de vários níveis. Questiona-se o que significa “vários níveis?” [“multilevels”].
motivações, capacidades, pais, etc. Podemos concetualizar as observações e agru-
O conceito de “multilevel data” refere-se a “nested” ou “hierarchically nes-
pá-las segundo caraterísticas em comum, usando uma correlação entre classes
ted”, porque as observações a um nível de análise são aninhados a observações
para determinar se uma análise a vários níveis é adequada. Existem softwares que
a um outro nível, a que os estatísticos chama de “clusters”. Existem diferentes
disponibilizam programas de análises, por exemplo o LwiN e o SAS. Dão-se ins-
modos para analisar dados a vários níveis. Tradicionalmente, os dados a vários
truções para a criação de ficheiros MDM, para comparar dois coeficientes, rela-
níveis eram analisados de acordo com as técnicas de “agregação” e
ções moderadas, e a força dos coeficientes com signos diferentes em análises
“desagregação”. Neste tipo de análise, calculam-se as médias do grupo e as
constituídas por três níveis.
relações são examinadas ao nível intergrupal. Embora as análises de agregação possam ser adequadas, dependendo do nível a que se coloca a questão, os investigadores que dependem deles são levados a cometer o que se designa por falácia ecológica, ao pretenderem usar relações a nível intergrupal para tirar conclusões a nível do interior do grupo. Nas análises de desagregação, os conjuntos de dados são conduzidos como se fossem tratados a um nível. Para a descrição do modelo de vários níveis lembra-se o pioneirismo de Bryk e Raudenbush, os primeiros a publicarem este tipo de modelo básico como uma série de equações, nas quais os coeficientes de um nível de análise passam a outro nível. Os modelos usados para comparar coeficientes com signos diferentes são o MLM ou HML e, para tratar dados num contexto de vários níveis existem dois tipos de interação. O Modelo MLM deve ser usado para a análise a vários níveis por ser mais simples e, o melhor meio de o conseguir é consi-
Recensão de Edma Satar, Bibliotecária