folheto profissionnaliser

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Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Sugestão de Leitura

~ Educação

LE BOTERF, Guy – Professionnaliser: Construire des parcours personnalisés de professionnalisation. 6ème éd. – Paris: Éditions d’Organisation/Groupe Eyrolles, 2010, 140 p.

Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft

Sugestão de Leitura—Educação Uma iniciativa da Divisão de Documentação Janeiro de 2012 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

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A referência ao profissionalismo foi feita, pela primeira vez, em 1992, quando o Alto Comissariado da Economia para a Educação (Haut Comité Éducation-Économie) observou num dos seus relatórios que uma formação podia ser qualificada de “profissional”, quando “estava apta a exercer uma determinada atividade económica, caraterizada segundo três critérios: o de clareza, do caráter consensual de uma formação, e da confiança. O interesse pelo profissionalismo e pela profissionalização surge da relação de serviço no exercício da profissão e da exigência de normalização pelas ordens profissionais, embora a maioria das situações profissionais sejam definidas no contexto de conjunturas fluídas. Estas caraterizam-se por situações complexas, nas quais interferem múltiplas lógicas, cujo contexto está sempre em evolução, por isso, se torna difícil ser-se reconhecido pelo profissionalismo. A profissionalização torna-se, então, uma força de segurança não só para o empregado que corre o risco de um novo emprego como também para o empregador, que é o responsável pela exigência das funções. Em França, a noção de profissionalização desenvolveu-se no contexto da crise do emprego e da competitividade, com vista ao desenvolvimento de novas competências e novas experiências e à mobilidade em função da promoção. A incerteza dos contextos económicos colocam desafios profissionais, que levam os indivíduos a percorrer diversas transições entre o trabalho a tempo inteiro e o trabalho a tempo parcial, e entre o trabalho assalariado e o independente; entre o período de trabalho e o de formação, entre o trabalho remunerado e o voluntário, e entre o período de trabalho e a reforma progressiva e a definitiva. Define-se um profissional competente como aquele em quem os clientes confiam, quando toma iniciativas pertinentes em situações complexas, distinguindo-se pela sua inteligência em diversas situações, dando importância aos detalhes, pondo em ação as práticas profissionais nos contextos apropriados, construindo e não apenas aplicando, cooperando de modo eficaz, gostando de aprender e agindo com ética profissional em relação ao serviço. A competência do profissional depende do tecido social, material, humano e simbólico a que pertence, tirando partido dos recursos que lhe oferecem e da sua cultura. Distinguem-se três níveis de profissionalismo que são o principiante, o profissional confirmado e o especialista. O profissionalismo resulta de um investimento pessoal, quer em termos e aquisição de conhecimentos novos, quer em termos de formação profissional com vista à progressão na carreira profissional. Os alvos da profissi-

Sugestão de Leitura onalização são os objetivos coerentes que devem ser atingidos no fim de um percurso. Os alvos podem ser situações de trabalho acompanhadas, viagens de estudo, participação e intervenção e encontros profissionais, tais como jornadas, colóquios, congressos, simpósios ou outros tipos de formação em alternância. O percurso profissional pode ser também acompanhado por funções de tutoria ou de cooperação de qualidade entre os atores que intervêm no percurso de profissionalização. Os objetivos dos resultados obtidos devem ser rigorosamente avaliados, como garantia dos esforços e dos custos, tendo em conta o retorno do investimento. Avaliar se um profissional executa com competência, é avaliar a prática que ele faz para interpretar as recomendações do trabalho e julgar o modo como o profissional resolveu as dificuldades para o executar e ser capaz de uma atitude de reflexividade. Apresenta-se um modelo genérico do percurso de profissionalização, que toma formas diferentes nos contratos de profissionalização, quer nos conjuntos de PME’s, quer de projetos de mobilidade numa empresa grande, de itinerários de preparação de potenciais postos de direção e de projetos individualizados de desenvolvimento das competências. Este modelo apresenta um conjunto coerente de elementos constitutivos de um dispositivo, que podem ser considerados como variáveis, e orientado para determinado resultado. Os projetos e percursos personalizados de profissionalização terminam com tabelas de profissionalização, onde se podem inscrever referenciais de profissões. Estas tabelas são estabelecidas em função de uma comparação entre as competências exigidas e o posicionamento do profissionalizado. Este tipo de cartografia é indispensável para elaborar e dirigir percursos de profissionalização. A oferta de formação de maneira modular e o plano de formação pode constituir um sub-conjunto da cartografia das oportunidades. Uma tabela de profissionalização destina-se a atingir etapas, segundo escalas, onde poderão ser fixados os objetivos, que correspondem às situações de aprendizagem. Aconselha -se a fazer-se, periodicamente, o ponto a situação. Empreender e realizar um percurso de profissionalização não é uma tarefa fácil. Exige tenacidade.

Recensão de Edma Satar, Bibliotecária


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