Exposição educação e desenvolvimento moral na escola 01/2014

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Carita, Ana, 1949- Conflito, moralidade e cidadania na aula / Ana Carita. - Porto : Campo das Letras, 2005

Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Mostra bibliográfica sobre Educação e desenvolvimento moral na escola

mostra bibliográfica Educação e desenvolvimento moral na escola

Uma iniciativa da Divisão de Documentação Janeiro de 2014

Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft

“A escola é incontornavelmente formativa. Parece, pois, legítimo que se espere dela a expressa assunção desta dimensão formativa e que se interrogue a escola sobre o modo como a exerce (Campos, 1989a, 1989b, 1991; Valente, 1989z, 1989b). Julgamos legítima a identificação de dois tipos essenciais de desempenho daquele papel, um mais centrado na orientação e outro mais centrado no desenvolvimento (Biggs, 1976). Quando a escola privilegia o modelo de orientação, presta especial atenção à instrução directa, à transmissão de conteúdos (…) prevalece, no domínio dos saberes escolares, uma instrução transmissiva e, consequentemente, uma aprendizagem receptiva de factos e processos. Trata-se de um modelo cuja tradução em termos de desenvolvimento sociomoral não é encorajadora, já que não favorece a criação de condições propícias à superação de níveis convencionais de moralidade. (…) Quando a escola privilegia, não o modelo de orientação, mas o modelo de desenvolvimento (Biggs, 1976), presta especial atenção às condições favorecedoras dos processos de crescimento. No campo das aprendizagens académicas valoriza-se então a aprendizagem pela descoberta e o desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas, sem excessos de orientação. No campo social, encorajam-se os estudantes à participação, ao debate racional, à assunção de responsabilidades, à construção de valores, em suma, ao desenvolvimento da autonomia e da cooperação (Kohlberg, 1971a; Selman, 1971a, 1980). (…) Actualmente, a assunção da dimensão formativa da escola tem passado por intervenções curriculares mais abrangentes do que as tradicionalmente potenciadas pelo conceito de educação moral. Deste modo, no caso português, por exemplo, as mais recentes reformas curriculares do ensino básico (1989, 2001) têm apontado para a criação de espaços de formação pessoal e social de natureza não disciplinar, como é o caso da Formação Pessoal e Social, do Desenvolvimento Pessoal e Social, da Área-Escola, da Educação para a Cidadania, da Formação Cívica. (…) Assumimos que compete à escola desempenhar um importante papel na educação moral e cívica dos seus membros e que é, não com lições, mas na vida escolar e na participação democrática dos estudantes que essa educação se faz. Torna-se necessário que a escola propicie ambientes normais, não artificiais, e pedagogicamente ricos. Estes são ambientes nos quais se espera que, desde cedo, os estudantes tenham possibilidade de se confrontar com os problemas reais do quotidiano e de experimentar a procura de soluções e as dificuldades e vantagens da cooperação. Trata-se de orientações gerais de intervenção que já obtiveram cabal sustentação na reflexão e na investigação realizadas (…)”

Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa

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Tel.: 21 794 36 00

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E-mail: biblio@fpie.ul.pt

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