folheto educação no feminino

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“Em torno da mulher educadora, foi-se construindo o conceito da atividade docente enquanto uma extensão natural da própria maternidade. As atitudes educativas das mães face à sua prole, representavam um padrão aceite como o modelo ideal a ser adoptado pelas professoras para com as suas alunas no contexto educativo da sala de aula. A educadora na escola representava o prolongamento das competências maternais, mas também a possibilidade da mulher promover um ambiente familiar na escola. As professoras desenvolveriam um currículo educativo coerente entre a escola e a família, fomentando nas consciências das alunas as suas futuras responsabilidades familiares e facultando-lhes conhecimentos para o desempenho das tarefas domésticas, de acordo com as expectativas da condição social de cada menina. A evolução das políticas educativas do Estado relacionadas com a expansão do sistema de ensino primário foi também permitindo o cruzamento da actividade docente das mulheres com o seu papel de primeiras educadoras das crianças. Pelo que o acesso à carreira docente representaria para a mulher a transição das suas funções educativas restritas na esfera doméstica para o desempenho de uma actividade no espaço público. (…)

Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

mostra bibliográfica

Mostra bibliográfica sobre Educação no feminino

A tradicional diferenciação entre o papel masculino ligado às actividades praticadas no mundo exterior, assim como o quotidiano feminino limitado ao mundo doméstico, serviam de base justificativa para a delimitação dos horizontes educativos ministrados às mulheres. A educação diferenciada dos sexos pretendia a transmissão dos costumes vigentes na sociedade, aliados às restrições dos papéis sociais / familiares desempenhados por homens e mulheres. A boa educação das jovens damas deveria respeitar a concepção feminina naturalmente vocacionada para as obrigações familiares e maternais, pois a felicidade e bem-estar do núcleo familiar representaria o valor soberano da própria razão existencial feminina. (…)

PEDRO, Carlota Maria Conceição Aires, 1977Educação feminina no século XIX em Portugal : em busca de uma consciência / Carlota Maria Conceição Aires Pedro [Texto policopiado]. Lisboa : [s.n.], 2006. - 244 f.. - Tese de mestrado em Ciências da Educação (Área de especialização em História da Educação), apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 2006. - Orientador: Rogério Fernandes.

Uma iniciativa da Divisão de Documentação Março de 2013

Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft

A emancipação feminina iria alterar a condição do sexo feminino na família, no trabalho e na própria dinâmica social. O século XIX ainda não estava preparado para esta profunda revolução ideológica, laboral, social e familiar. Mas gradualmente, a mulher foi despertando e tomando consciência de si própria, e foi encontrando brechas na esfera política e social que lhe permitiram lutar pela sua dignificação na família, na vida profissional e também na vida pública.”

Educação no feminino

Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa

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Tel.: 21 794 36 00

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E-mail: biblio@fpie.ul.pt

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