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GULBENKIAN uma coleção a descobrir

Espaço Europeu de Educação

Sugestões Temáticas — Educação Uma iniciativa da Divisão de Documentação Agosto de 2012

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Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: biblio@fpie.ul.pt

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Gulbenkian uma coleção a descobrir Espaço Europeu de Educação

Lisboa foi uma das cidades capitais que teve maior projeção no período que se seguiu às grandes guerras, devido à sua localização geográfica como metrópole das colónias em África, após a expansão dos portugueses e como consequência das viagens marítimas e das conquistas. António Vieira prognosticara no séc. 16 (cf. Nóvoa: 1995: 1) um futuro próspero para as cidades capitais envolvidas no movimento expansionista, principalmente Lisboa. O progresso e a modernização foram sinónimos dos modelos e valores europeus espalhados mundialmente. As descobertas pelos portugueses e espanhóis trouxeram a unidade de consciência da humanidade, tornando possível o conhecimento do mundo e das pessoas, colocando a Europa no centro da história e da civilização. A ideologia da modernização como sinónimo de “westernization” [“ocidentalização”] tornou o discurso da modernidade numa necessidade “eurocêntrica”, como centro privilegiado e guardiã “iluminada” do destino histórico. Após a expansão, a colonização foi mais do que opressão física ou domínio espacial. A cultura europeia e o colonialismo envolveram-se, funcionando a Europa como “referente silencioso” do trabalho intelectual e do conhecimento histórico. Presentemente, assistimos a uma redefinição da história do progresso eurocêntrico, através dos meios alternativos de objetos de construção e argumentos teóricos, tais como o póscolonialismo, pós-modernismo e pós-estruturalismo. Com a independência dessas colónias, Portugal reorientou-se, canalizando os seus interesses para a Europa, preparando-se para colaborar na construção da União Europeia em linhas de orientação, produtos, redes académicas, movimentos sociais e relações comerciais em ligações virtuais com algumas cidades estados europeias. A área da educação é vista como uma arena para a construção de identidades educativas europeias, para além das organizações transnacionais significativas, novas afinidades profissionais e condutas inovadoras recíprocas. A cooperação educativa foi o principal foco do Tratado de Roma no campo da construção cultural da nova Europa, congruente com os processos de integração. A tendência para os estudos políticos europeus tem sido vista como “europeização” produzida por instituições centrais incorporadas nos contextos lo-

cais e alterada pelo novo regime internacional do neoliberalismo, embora atualmente se verifique uma incerteza na continuidade do fenómeno europeu.

Bibliografia LAWN, Martin; NÓVOA, António - L' espace, l' éducation et l' Europe. In: L' Europe réinventée. Paris : L'Harmattan, 2005, p. 9-24. NÓVOA, António - Modelos de análise de educação comparada : o campo e o mapa. In: Educação comparada: rotas de além-mar. - São Paulo, 2009, p. 23-62 NÓVOA, António - Les états de la politique dans l' espace européen de l' éducation. In: L' europe réinventée. Paris: L'Harmattan, 2005, p. 197-224. NÓVOA, António - Fabricating Europe: the formation of an education space. - Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2002. - 163 p. ; 25 cm. NÓVOA, António - On history, history of education, and history of colonial education. - [s.l.]: [s.n.], [ca 1995]. 42p.; 30cm. - Sep."The colonial experience in education: historical issues and perspectives ".

Comentário de Edma Satar, Bibliotecária


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