folheto divórcio Mar12

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“Ao longo da vida, há acontecimentos que exigem reorganizações pessoais e relacionais mais ou menos profundas. Apesar da maior ou menor competência pessoal ou relacional, designadamente da resiliência, estas reorganizações psicológicas ganham frequentemente em ser apoiadas através do recurso a profissionais qualificados nesta área, como são os psicólogos. (…) Pat Conroy (1988, p.109) afirma que “cada divórcio é o fim de uma pequena civilização”. Trata-se de uma metáfora repleta de múltiplos significados e que cada pessoa, que passou ou passa por esta experiência, poderia desenvolver de acordo com a sua vivência pessoal ou familiar. Com efeito, o divórcio toca a vida de milhões de pessoas em cada sociedade e abana as vidas de muitos mais milhões de crianças*. Nenhum estudo pode demonstrar que uma criança sofre mais com o divórcio do que numa família disfuncional (e.g. com negligência parental), contudo, sabe-se que a maior parte dos filhos dos divorciados sofre porque testemunha a destruição da relação mais importante das suas vidas, perde a inestimável vantagem de ter os dois pais juntos, perde capacidade económica, assiste a conflitos e é pressionado para apoiar um ou outro dos pais. (…) O divórcio, de acordo com diversos estudos internacionais, é o segundo acontecimento de vida que provoca mais stress nos que nele estão implicados e esse impacto depende de diversos fatores como a existência ou não de filhos, a ligação ao cônjuge, a perceção de fracasso, a rejeição social, a mudança de estilo de vida e de padrão de vida, a mudança no sistema social de apoio. Por sua vez, o impacto da separação / divórcio nos filhos depende da fase do ciclo de vida em que se encontram, sendo que a literatura científica é unânime em concluir que são fatores essenciais para o ajustamento dos filhos—a continuidade, a proteção, a confirmação e o diálogo.

Almeida, N. & Monteiro, S. (2012). Os meus pais já não vivem juntos: intervenção em grupo com crianças e jovens de pais divorciados. Lisboa: Coisas de Ler, pp. 6-7

* Em Portugal, prolongando a tendência de aumento que se verifica há quase duas décadas, em 2008 foram decretados 26 885 divórcios, contra os 25 411 decretados em 2007. Estabelecendo-se uma correspondência entre o número de casamentos celebrados, verifica-se um ratio de 6,2 divórcios por cada 10 casamentos em 2008 (Anuário estatístico de Portugal 2008. Instituto Nacional de Estatística. 2009)

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mostra bibliográfica

Mostra bibliográfica sobre Intervenção Psicológica no Divórcio

Intervenção Psicológica no Divórcio

Uma iniciativa da Divisão de Documentação Março de 2012

Conceção gráfica Divisão de Documentação Imagem Microsoft

Maria Teresa Ribeiro, no prefácio à obra

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