folheto ética Nov11

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Rui Nunes, no prefácio à obra

Ricou, Miguel (2004). Ética e psicologia : uma prática integrada. Coimbra: Gráfica de Coimbra

Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

mostra bibliográfica

Mostra bibliográfica sobre Ética em Psicologia

Ética em Psicologia

Uma iniciativa da Divisão de Documentação Novembro de 2011

Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft

“No âmbito da psicologia [os] princípios éticos merecem uma atenção muito particular devido não apenas à vulnerabilidade do sujeito, mas, também, à confiança que a sociedade deposita nesta classe profissional. (…) Deve recordar-se que em Portugal, a preocupação com o exercício ético das profissões da saúde não é recente. Pode mesmo invocar-se a existência de uma verdadeira escola deontológica, na esteira da obra realizada nos séculos XVI e XVII por autores como Jerónimo de Miranda, Amato Lusitano, Rodrigo de Castro ou Zacuto Lusitano. Mais ainda, nos cursos de medicina, o ensino da Deontologia Profissional é obrigatório desde 1911. Na sua base está a aceitação das leis da natureza e a sua imposição à actuação profissional, reforçando o carácter compulsivo da norma deontológica num colóquio singular de homem para homem. Na sua dimensão cognitiva e emocional—ou seja , no domínio da saúde mental—este colóquio singular evoca das principais questões éticas da actualidade, que têm sido abordadas com grande acuidade pela psicologia, enquanto área científica autónoma e em constante mutação. Mas, é sobretudo à escala internacional, que as associações representativas dos psicólogos propõem a edificação de grandes princípios éticos que devem nortear a sua conduta profissional. (…) A existência de uma plataforma internacional na elaboração de grandes princípios éticos de alcance universal não evita, porém, que na sua prática quotidiana o psicólogo se possa deparar com dilemas éticos de difícil resolução. Quando os princípios entram em conflito, o factor decisivo na resolução de um dilema ético concreto poderá ser o grau de virtude da sua consciência individual. (…) Sendo de louvar a emergência de estudos (…) que se dedicam à abordagem de temas complexos tais como o consentimento informado em saúde mental, o direito à privacidade e o dever de sigilo profissional, a autonomia de crianças e de outras pessoas incompetentes, a psicoterapia e o aconselhamento, a esterilização nos limites da autonomia reprodutiva, a investigação e o ensino, ou mesmo a problemática do internamento compulsivo de acordo com a ordem jurídica portuguesa. Temas, que merecem uma abordagem profunda e desapaixonada na tentativa de conciliar os direitos individuais e o bem comum, mas respeitando sempre a eminente dignidade da pessoa humana.”

Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa

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Tel.: 21 794 36 00

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E-mail: biblio@fpie.ul.pt

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