BioAtivo - 8ª Edição

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ioAtivo Nº 8 |Abril de 2012

Farma Júnior

Pesquisa investiga maneira de melhorar a produção de etanol R E P RO D U Ç ÃO

Mutantes da levedura ‘Saccharomyces cerevisiae’ podem ser a chave para um processo produtivo mais eficiente pág. 6

Novos membros integram a Farma Júnior pág.3

O perigo da resistência bacteriana pág.4

O empreendedorismo de um ex-júnior pág.8 A RQ U I VO P E S S OA L

R E P RO D U Ç ÃO


Editorial

Farma Júnior está a todo vapor Olá, protofarmacêuticos!

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Estamos todos de volta à programação normal depois da Páscoa, ainda que não na mesma velocidade pois agora é pra valer! Logo menos começam as provas, e para alguns já começaram, mas aproveitemos esse feriado(ainda que de sábado) para dar aquela última descansada, reunindo as forças para o que está por vir. E, na Farma Júnior não podia ser diferente. Após receber os novos trainees com um pouco de treinamento, estamos todos colocando a mão na massa para chegar no fim do ano com o orgulho de trabalho bem feito. E mesmo no começo já há um bom trabalho a se fazer. Mas também há muitas recompensas. Bom, deixando o saudosismo de lado, nesta edição falaremos um pouco sobre como foi todo o Processo Seletivo e os primeiros treinamentos, só um gostinho de tudo que temos preparado para o ano inteiro. Também traremos outros assuntos, como uma pesquisa que promete melhorar a produção do etanol com le-

veduras mutantes. Além disso, vamos esclarecer uma grande dificuldade do mundo farmacêutico: a resistência bacteriana a antibióticos. E, terminando a edição, ainda tem a entrevista com o nosso farmacêutico responsável, Fernando Rezende. Uma das figuras mais icônicas na história da Farma Júnior, ele teve uma carreira de sucesso dentro e fora da graduação e encontrou, no empreendedorismo, seu caminho. Assim como outros membros que passaram pela empresa e hoje tem uma carreira de sucesso, é por eles que, com orgulho, batemos no peito e falamos:

Expediente Farma Jr. Projetos e Consultoria Farmacêutica Gestão 2012 Diretoria: Jéssica Rocha, Jessyca Kuba, Juliana Medeiros, Marcos Moretto, Paulo Souza, Thais Mikami, Vivian Borali. Responsável pela BioAtivo: Marcos Moretto. Presidente: Vivian Borali. Endereço: Av. Prof. Lineu Prestes, 580 - Centro de Vivência, sala 14, Cidade Universitária. Contato: (11) 7175-4879 // farmajr@usp.br Produzido por:

Jornalismo Júnior ECA-USP

Eu sou Farma Júnior!!

por Marcos Moretto (Diretor de Marketing da Gestão 2012 da FJ)

Edição: Beatriz Montesanti e Bruna Romão Equipe: Beatriz Montesanti, Bruna Romão, Paloma rodrigues e Roberta Barbieri. Projeto Gráfico: equipe de Comunicação Visual da Jornalismo Júnior. Contato: (11) 3091-4085 // jjr@usp.br // @jornalismojr


Institucional

Novos trainees iniciam atividades Após dinâmica, entrevista e uma imersão de três dias, os candidatos estão preparados Beatriz Montesanti O processo seletivo para os trainees da Farma Júnior chegou ao seu final no dia 23 de março. Dezessete alunos integram o novo quadro da empresa e já iniciaram suas atividades. “Já tivemos a primeira Reunião Geral e os trainees vieram em peso!”, comentou Vivian Borali, Diretora Presidente da empresa. De acordo com Vivian, os diretores procuram traçar o perfil de cada candidato, pois o processo seletivo em si não é muito rigoroso: “Buscamos avaliá-los de acordo com os valores da empresa. Vemos se os candidatos se identificam com eles e se não possuem algum valor pessoal que vá contra esses princípios da empresa”. O processo teve duas etapas: primeiro, a dinâmica em grupo e, depois, uma conversa individual. “Achei bem inteligente começarem pela dinâmica em grupo, pois assim, puderam avaliar primeiramente como

você lida com a exposição e com o ‘falar em público’, antes de se apresentar formalmente na dinâmica individual”, comentou Tarik Klain de Andrade, agora trainee de Marketing. Faziam parte da atividade um desenho coletivo e a resolução de cases. A segunda etapa, por sua vez, consistia em uma espécie de entrevista de emprego. Perguntou-se se o candidato gostava de trabalhar em grupo ou o que procurava ao entrar na empresa. No dia da Reunião Geral, os selecionados receberam um feedback dos diretores quanto ao seu desempenho nas dinâmicas. “É uma demonstração de consideração por parte da empresa e um meio que podemos usar para nos aperfeiçoarmos daqui para frente”, comenta Tarik. Thais Barbosa, que optou por ser trainee da diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, também apreciou o feedback: “Foi ótimo, por exemplo, para perceber que pequenas atitudes, como sua postura

Trainees escolheram os projetos em que trabalharão

Já tivemos a primeira Reunião Geral e os trainees vieram em peso! Vivian Borali, Diretora Presidente da Farma Jr.

e seu tom de voz, contam muito numa entrevista de emprego, e que tentar impressionar o entrevistador não é uma boa opção”. Após o término do processo, os diretores realizaram uma Imersão com os selecionados, que aconteceu nos dias 28,29 e 30 de março. No primeiro, foi explicado o que é MEJ, a FEJESP e o Núcleo USP Jr. e como é a Farma Jr. em si. No segundo, houve uma capacitação para o uso do Gmail e do Google Docs. Por fim, no terceiro dia, cada diretor falou sobre sua diretoria e seus projetos e os trainees puderam escolher em qual iriam iniciar suas atividades. “Para mim foi uma experiência muito boa, pude conhecer como realmente funciona um processo seletivo. Como nunca trabalhei antes, meu conhecimento sobre processos seletivos era apenas por relatos de outras pessoas, então foi bom para eu tirar minhas próprias conclusões sobre o assunto”, disse Thais. “Acredito também que o processo seletivo da Farma Jr. me ajudou a não ter grandes surpresas numa futura entrevista de emprego para uma empresa maior”.

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Notícias

Alto crescimento da resistência bacte Iminência de uma ‘era pós-antibióticos’ diz respeito não só à maneira como essas substâncias Bruna Romão Em março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o risco de a humanidade chegar em breve a uma “era pós-antibióticos”. Em função da crescente resistência bacteriana a antimicrobianos, o mundo estaria caminhando a passos largos para um período em que esses medicamentos não surtiriam mais efeito contra infecções bacterianas, inclusive as mais simples, como uma dor de garganta ou de ouvido. A resistência, por si só, é um fenômeno natural, constituindo uma vantagem adaptativa comum a bactérias presentes em variados nichos. Como explica Viviane Nakano, Jovem Pesquisadora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB-USP), existem dois tipos de resistência, a in-

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trínseca e a adquirida. “A resistência intrínseca é quando a bactéria já possui, em seu próprio genoma, características para ser resistente a certo antimicrobiano”, diz a pesquisadora. Por sua vez, a adquirida ocorre quando uma bactéria sensível a determinado antibiótico entra em contato com outra a ele resistente e adquire desta o gene que codifica os mecanismos de defesa contra o composto. A resistência adquirida tem relação direta com os mecanismos de recombinação genética e reprodução bacteriana, como transposição, conjugação, transdução e transformação. Em geral, os plasmídeos, pequenas moléculas circulares de DNA extra-cromossômicas, são as estruturas celulares da bactéria que, contendo genes de resistência, envolvem-se nestes processos. Livres no ambiente, as bactérias naturalmente realizam trocas genéticas

Resistência adquirida se relaciona à reprodução das bactérias

Os microrganismos tentam de qualquer forma burlar essas substâncias.” Viviane Nakano, Jovem Pesquisadora do ICB

entre si e há, inclusive, a transferência dos genes de resistência. Isto faz parte da adaptação das espécies e possibilita maior variabilidade genética, sobre a qual atua a seleção natural, dando aos indivíduos mais aptos maior possibilidade de sobrevivência. Entre os agentes seletivos, incluem-se os antimicrobianos, que favorecem, entre um grupo de bactérias, aquelas que possuem o gene de resistência, o qual será transmitido a outras bactérias e outras gerações de organismos pelas variadas formas de reprodução bacteriana. “Os microrganismos tentam de qualquer forma burlar essas substâncias, para tentar sobreviver no ambiente no qual está inserido ou no sítio em que está causando a infecção”, explica Viviane. Pressão seletiva Acontece que o alto uso ou o uso indevido e mal orientado de antibióticos tem exposto a população bacteriana em geral a uma pressão seletiva maior ainda, acelerando o processo natural de adaptação, o que gera microrganismos cada vez mais


Notícias

eriana não é problema só da medicina são usadas, mas também aos investimentos para o desenvolvimento de novos medicamentos fortes, como as “super-bactérias” (bactérias multirresistentes). O primeiro fator apontado e lembrado como causa dessa resistência é a automedicação e a falha no controle do consumo de antibióticos. Entre outros motivos estariam o uso intensivo, porém adequado, em pacientes mais graves e vulneráveis, falhas no deescalonamento – redução do espectro do antibiótico após resultados de cultura bacteriana, erros de prescrição e indicação excessiva de drogas por médicos. No entanto, não são apenas aspectos ligados à medicina que têm efeitos na resistência bacteriana. Antimicrobianos também são utilizados na veterinária, como aditivo de rações animais para aumentar peso, e na agricultura. Todos estes fatores aumentam ainda mais a concentração dessas substâncias no meio ambiente e a exposição das bactérias a elas. “Se os microrganismos estão sempre submetidos à pressão seletiva, é óbvio que serão selecionados os mais resistentes”, diz Viviane. Isso faz com que a eficácia dos antibióticos seja reduzida e o tratamento de doenças bacterianas dificultado. Agravantes Além do uso indiscriminado dos antimicrobianos, há ainda outros aspectos agravantes da resistência bacteriana. Entre eles,

destacam-se especialmente motivos econômico-financeiros. Jorge Sampaio, professor de Microbiologia na FCF e médico líder do setor de Microbiologia do Fleury Medicina e Saúde, aponta dois agravantes neste contexto. Segundo ele, a pressão por rentabilidade em hospitais e clínicas, por exemplo, pode levar ao subdimensionamento do quadro de funcionários com relação ao número de pacientes.

A indústria vai decidir investir naquilo que é mais lucrativo” Jorge Sampaio, médico líder do setor de Microbiologia do laboratório Fleury.

Isso acarretaria em acúmulo de atividades e procedimentos de higiene poderiam ser negligenciados, facilitando a infecção cruzada entre pacientes.

O outro aspecto econômico e talvez mais grave apontado pelo médico diz respeito ao interesse da indústria farmacêutica em desenvolver novos antibióticos. Sampaio explica que é menos rentável produzir antimicrobianos do que outras drogas, como as de controle de doenças crônicas. “As indústrias farmacêuticas resolveram parar de investir em descobertas de novos antibióticos, simplesmente por causa da questão de lucro. Levam-se anos para desenvolver um antibiótico que pode ter uma vida muito curta. Enquanto os medicamentos para doenças crônicas em geral podem ser utilizados por muitos anos e o lucro é muito grande”, elucida. No entanto, Jorge acredita que os governos também têm certa parcela de culpa nessa situação por não oferecerem incentivos, inclusive econômicos, para a descoberta de novos antibióticos.

Resistência bacteriana é grande desafio para a medicina Com os avanços da medicina e de medicamentos para as mais variadas doenças, a expectativa de vida humana tornou-se bastante alta. Não apenas se vive mais, mas é possível oferecer sobrevida a pacientes com doenças graves e complexas, como pacientes com câncer, leucemia e imunossuprimidos. Flávia Rossi, Diretora Médica do Serviço de Microbiologia da Divisão

de Laboratório Central do Complexo do Hospital das Clínicas da FMUSP, explica que esses são os pacientes mais ameaçados. “Os pacientes que tem suas defesas naturais reduzidas e que fazem uso de medicamentos imunossupressores estão mais propensos a infecções por estas bactérias resistentes, o que é de fato preocupante”, relata a médica.

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Pesquisa

Leveduras mutantes podem tornar p

Projeto desenvolvido pela professora-pesquisadora Gisele Monteiro, da FCF, busca mutantes da Roberta Barbieri

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A importância de se utilizar o etanol como combustível ao invés da gasolina é um assunto cada vez mais discutido. Isso porque ele é um recurso renovável e pouco poluente, ao contrário dos combustíveis fosséis. No Brasil, o processo mais utilizado para a produção desse biocombustível é conhecido como obtenção de etanol de primeira geração. Primeiro, da cana-de-açúcar é obtido o melaço e esse é fermentado pela levedura Saccharomyces cerevisiae. Em seguida, ocorre a destilação que vai dar origem ao etanol. A Professora Dra. Gisele Monteiro de Souza estuda uma forma de melhorar a produção de etanol, por meio da análise dos mutantes da Saccharomyces cerevisiae. Ela explica que no Brasil o sistema de produção é aberto e não estéril. Assim, a cana-de-açúcar utilizada na produção de melaço é contaminada com outras leveduras presentes na natureza. Esses fungos, chamados de leveduras selvagens, são mais fortes, pois no ambiente estão expostos a diversas condições de estresse, como a variação de temperatura, às quais se tornam resistentes. Já as Saccharomyces cerevisiae usadas para a fermentação nas usinas são selecionadas devido a sua eficiência na produção de etanol.

O problema é que as leveduras selvagens contaminantes produzem pouco etanol e usam sua energia para o crescimento, o que explica sua enorme capacidade de proliferação. Isto faz com que as leveduras selecionadas não tenham condições de competir com as selvagens e depois de um tempo sejam substituídas por elas. A produção do biocombustível diminui e é este o inconveniente que a pesquisa busca solucionar. Gisele explica que há vários fatores que fazem com que a levedura selvagem seja mais resistente que a

selecionada. Um deles é o estresse térmico. Ele acontece devido a diferença da temperatura ótima da Saccharomyces cerevisiae que é de 30°C e da temperatura das dornas que é em média 37°C, por conta do clima quente do país. Contudo, as leveduras selvagens já estão adaptadas a temperaturas altas e sofrem menos por esse estresse. Para resolver isso, Gisele pesquisa mutantes capazes de resistir a altas temperaturas, como 40°C, 45°C. “Assim, consegue-se matar as leveduras selvagens e a selecionada se mantém”.

Experimento com leveduras submetidas a est Antes:

** *Espécimes submetidos à 37ºC e a uma concentração de 14% de etanol

Após o teste, observou-se a morte de algumas leveduras, inclusive a selv


Pesquisa

produção de etanol mais eficiente

a ‘Saccharomyces cerevisiae’ que resistam a altas temperaturas e concentrações de etanol A seleção também pode ser feita pela exploração da sensibilidade desses microrganismos ao etanol. Em síntese, encontrar um mutante resistente a alta concentração

Conseguindo melhorar o sistema produtivo do etanol, teremos um estoque grande e, assim poderemos controlar os preços do mercado.”

Gisele Monteiro, professora -pesquisadora da FCF

da substância e submetê-lo a essa condição. Nesse caso, as leveduras selvagens também morreriam mais em relação à selecionada. O processo A pesquisa é demorada, pois consiste no experimento e análise de cerca de 5 mil mutantes, os quais são expostos a temperaturas elevadas e a altas concentrações de etanol. O experimento é analisado e compara-se a levedura selvagem às mutantes, constatando-se qual resistiu mais. Os mutantes sobreviventes são então observados quanto a produção de eta-

tresse térmico e alta concentração de etanol* Depois:

** **WT: levedura selvagem. As leveduras mutantes foram numeradas.

vagem. Outras mutantes resistiram ao estresse em maior ou menor grau.

nol. “Não adianta eu selecionar uma levedura mutante maravilhosa que aguenta todo o tipo de estresse mas não produza etanol”, explica Gisele. A professora também esclarece que a modificação ocorrerá na levedura já utilizada. Não será uma levedura de laboratório, pois não teria condições de competir com as selvagens. Benefícios Essa pesquisa proporcionará diversos benefícios, sendo o principal a maior eficiência na produção do etanol, uma vantagem para os usineiros. E isso acontecerá sem a necessidade de modificações nas usinas, pois o processo e equipamentos usados serão os mesmos, alterando-se apenas a levedura. Além disso, com a maior eficiência produtiva, a disponibilidade do etanol aumenta e consequentemente, seu preço diminui. Isto pode impulsionar o maior uso do combustível em automóveis, por exemplo, contribuindo para que a emissão de poluentes seja reduzida., constituindo um importante avanço na questão ambiental. Há também uma vantagem político-econômica. Com a produção mais eficiente, o Brasil teria o controle de um grande estoque de etanol e poderia modular seu preço. O país também deixaria de ser dependente do mercado externo e seus combustíveis fósseis.

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Raio X

Quando nasce o empreendedorismo Aos 34 anos, Fernando Rezende, ex-membro da FJ, tem sua prória empresa de consultoria

De administrador-financeiro da Farma Júnior, para presidente da diretoria executiva da Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo (FEJESP) até a criação de uma empresa própria, a ProspeQta. A vida de Fernando Francisco de Rezende, de 34 anos, sempre foi pautada pelas transformações que a farmácia colocou em seu caminho. “Farmácia é um curso muito plural, que nos proporciona várias áreas de atuação. Meu pai é farmacêutico e eu sou fã dele. Foi uma grande influência na minha escolha de vida”. Ao ingressar na USP, no curso de farmácia, se encantou pelo trabalho desenvolvido na empresa júnior e decidiu fazer parte do grupo. Em 1998, passou a comandar a administração financeira. Fernando diz que a participação na empresa júnior foi a sua atividade mais importante paralela à graduação e esse foi um dos incentivos que o levaram a integrar a FEJESP. “Aprendi sobre temas que não são abordados diretamente na graduação, além de questões sobre a organização de uma empresa. É ali que começamos a entrar em contato de verdade com o ambiente profissional”, ressalta.

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Nova etapa Há cerca de dois anos, Fernando fundou a empresa ProspeQta, que

auxilia grupos e equipes de diversos países a desenvolverem seus novos produtos e serviços e consolidarem suas estruturas. “Esse é um grande projeto de minha vida. Fundei a empresa colocando em prática um lado empreendedor que eu alimentava desde a época da Farma Júnior”.

A RQ U I VO P E S S OA L

Paloma Rodrigues

Fernando também foi presidente da FEJESP

É ali [na Farma Jr.] que começamos a entrar em contato de verdade com o ambiente profissional.” Fernando Rezendo, exadministrador-financeiro da Farma Júnior A empresa realiza mapeamento e prospecção de novos produtos e tecnologias, gerando negócios para as empresas que os desenvolvem e para aquelas empresas interessadas em adquiri-los. A ProspeQta tem hoje parceiros nos Estados Unidos e Europa e estão desenvolvendo parceria na China. Na área Propriedade Intelectual, a ProspeQta oferece um conjunto completo de serviços dentro do campo de patentes, como gerenciamento de portfólios de patentes e estratégias de

patenteamento. E aqui há mais um ponto de cruzamento com a graduação: “meu sócio é um grande amigo que conheci na faculdade, quando trabalhamos juntos na FJ.”. Em 2004, a FEJESP solicitou às juniores que tivessem um profissional que não fosse da universidade para revisar seus trabalhos e Fernando assumiu essa posição na Farma Jr. Apesar desse envolvimento, ele diz que tem consciência de que as empresas juniores têm de ser geridas exclusivamente por seus alunos. “Faz parte do aprendizado acertar e errar. (…) Só os oriento quando eles pedem a minha opinião”, diz. Sobre o período que esses novos alunos estão passando ele diz “Se eu tivesse de dar um conselho aos iniciantes seria o de que eles passassem a ter consciência de que trabalhar em equipe é fundamental para qualquer profissional”.


Diversão

R E P RO D U Ç ÃO

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