Science & Solutions #16 Suínos (Português)

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Número 16 • Suínos Uma revista da

Enfrentando o desafio das fumonisinas na suinocultura Tendências globais da indústria Destaques do World Nutrition Forum 2014

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Photo: lenetstan

A abordagem correta? Qual é o problema dos meus suínos? Parte 1: Depressão imunitária


Editorial Gerenciando as grandes ameaças aos suínos Dentre todos os animais domésticos produzidos para consumo humano o suíno é o mais suscetível a intoxicação por fumonisinas. Só recentemente, em 1981, é que descobrimos que a causa do edema pulmonar porcino (Porcine Pulmonary Edema, PPE) é o consumo de milho contaminado com Fusarium verticillioides pelos animais. Desde então, numerososestudos revelaram que as fumonisinas exercem um efeito imunossupressor nos suínos e contribuem para predispor o animal para várias doenças. Mesmo em níveis de contaminação baixos, a exposição prolongada às fumonisinas reduz a proliferação das células epiteliais intestinais , comprometendo a integridade dos enterócitos e resultando na fácil translocação de agentes patogênicos para o sistema circulatório. Neste número da Science & Solutions, abordamos as fumonisinas como grande ameaça à saúde e ao desempenho dos suínos e exploramos novas formas de combater os efeitos prejudiciais das fumonisinas na suinocultura. Outra questão importante que afeta a indústria é o aumento dos custos com ingredientes e cereais das rações. No passado, os custos com rações representavam 65 % a 75 % dos custos variáveis da suinocultura. Atualmente, muitas vezes eles são ainda maiores, especialmente em países que dependem muito da importação de matérias-primas. Consequentemente, os custos com rações é um componente fundamental na determinação da rentabilidade da atividade. Em todo o mundo, os nutricionistas especializados em suínos esforçam-se diariamente para formularem dietas com custo mínimo e nutricionalmente equilibradas de forma a maximizar a relação custo-benefício. Continue a ler para descobrir como a BIOMIN está empenhada em ajudar os suinocultores a otimizarem completamente o valor nutricional dos ingredientes das rações, para obterem um desempenho e uma rentabilidade sempre crescentes.

Justin TAN Diretor de Vendas e Marketing

Science & Solutions


Name, title position

Índice

A abordagem correta?

2

Enfrentando o desafio das fumonisinas na suinocultura. Por Shu Guan

MUNICH 2014 15-18 October

Tendências globais da indústria

7

Destaques de suinocultura do World Nutrition Forum 2014.

Cut & Keep

Checklist

Qual é o problema dos meus suínos? Parte 1: Depressão imunitária

9

Uma lista de verificação dos sintomas para diagnóstico, das causas e das soluções a serem implementadas na granja.

Science & Solutions é uma publicação mensal da BIOMIN Holding GmbH, distribuída gratuitamente aos nossos clientes e parceiros. Em cada número, Science & Solutionsapresenta temas sobre os mais recentes conhecimentos científicos em nutrição e saúde animal com destaque especial para uma espécie (aves, suínos ou ruminantes) em cada trimestre. ISSN:2309-5954 Se desejar obter uma cópia digital e mais informações, visite: http://magazine.biomin.net Se desejar obter cópias de artigos ou assinar Science & Solutions, contate-nos no e-mail: magazine@biomin.net Editora-chefe: Daphne Tan Colaboradores: Shu Guan, Simone Schaumberger, Diego Padoan, Karin Nährer, Justin Tan Marketing: Herbert Kneissl, Cristian Ilea Gráficos: Reinhold Gallbrunner, Michaela Hössinger Pesquisa: Franz Waxenecker, Ursula Hofstetter, Mickaël Rouault Editora: BIOMIN Holding GmbH Industriestrasse 21, 3130 Herzogenburg, Austria Tel: +43 2782 8030 www.biomin.net Impresso na Áustria por: Johann Sandler GesmbH & Co KG Impresso em papel ecológico: Austrian Ecolabel (Österreichisches Umweltzeichen) ©Copyright 2015, BIOMIN Holding GmbH Todos os direitos reservados. Nenhuma parte da presente publicação pode ser reproduzida sob qualquer forma para fins comerciais sem a autorização escrita do detentor dos direitos autorais, exceto em conformidade com as disposições da Copyright, Designs and Patents Act 1998 [Lei relativa aos Direitos Autorais, Desenhos e Patentes de 1998]. Todas as fotografias incluídas na presente publicação são propriedade de BIOMIN Holding GmbH ou foram usadas sob licença.

Uma revista da BIOMIN

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A abordagem certa?

Enfrentando o desafio das fumonisinas por Shu

2

Guan, Diretor TĂŠcnico

Science & Solutions


Photo: alphaspirit

na suinocultura

Uma revista da BIOMIN

As fumonisinas — um grupo de metabolitos fúngicos carcinogênicos e tóxicos habitualmente encontrados no milho e respectivos subprodutos — representam uma grande ameaça para a suinocultura. Desenvolvimentos científicos recentes relativos à detecção e ao tratamento estão prestes a revolucionar a gestão do risco associado a micotoxinas. 3


Shu Guan Diretor Técnico

Em condições reais de granja, os animais são frequentemente confrontados com a interação de outros fatores e desafios que aumentam a sua suscetibilidade às micotoxinas. Além disso, a presença de várias micotoxinas diferentes representa um perigo adicional para os animais.

Um fenômeno mundial As rações para suínos dependem muito do milho e respectivos subprodutos, como por exemplo cereais secos provenientes de destilarias e contendo materiais solúveis (Dried Distiller’s Grains with Solubles, DDGS) e glúten de milho — sendo todos uma grande fonte de contaminação por fumonisinas nas matérias-primas. Resultado de um recente estudo sobre Micotoxinas da BIOMIN, baseado em milhares de amostras de matérias-primas de produtos colhidas em todo o mundo, mostram a ocorrência de contaminação por fumonisinas em com níveis que representam ameaças reais para a saúde dos suínos, especialmente para osleitões e para as porcas (Figura 1).

Efeitos clínicos na suinocultura Sabe-se que as fumonisinas inibem a biossíntese dos esfingolípideos, induzem hepatotoxicidade e a nefrotoxicidade e elevam as concentrações de colesterol plasmático na maioria das espécies de animais (Colvin et

al., 1993). Nos suínos, a contaminação por fumonisinas está associada ao edema pulmonar porcino (Porcine Pulmonary Edema - PPE) (Haschek et al., 2001). Neste âmbito, identificam-se frequentemente pulmões úmidos e pesados com septos interlobulares alargados, bem como fluido nas vias respiratórias e na cavidade torácica (Harrison et al., 1990). Recentemente, tem sido reportado nas províncias do sudeste e do sul da China um número crescente de casos de PPE associados à contaminação por fumonisinas no milho a 2 a 3 partes por milhão (ppm).

Efeitos subclínicos na suinocultura A contaminação por fumonisinas em suínos é difícil de se detectar, sobretudo porque tende a ocorrer em níveis subclínicos. Para Tal, é necessário calcular a relação esfinganina/esfingosina (Sa/So), um marcador biológico cientificamente aceitopara a identificação da exposição a fumonisinas em suínos (consulte o número 12 da Science & Solutions).

Figura 1. Ocorrência global das fumonisinas superior ao limite de risco (> 750 ppb). Europa do Norte

Leste da Europa

2%

8%

Europa Central

8% Norte da Ásia

Europa do Sul

24%

34%

América do Norte

27%

Sudeste Asiático

Oriente Médio

19%

Sul da Ásia

37%

América do Sul

33%

4

26%

13%

África

Sul da África

0%

Oceania

0%

Science & Solutions


Photo: idal

A abordagem correta? Enfrentando o desafio das fumonisinas na suinocultura

Embora seja frequentemente ignorada, a ingestão de fumonisinas a longo prazo pode provocar efeitos crônicos e supressão imunitária (Casteel et al., 1993), representando perdas econômicas reais para os suinocultores. Estas perdas são oriundas do aumento da incedência de doenças inespecíficas e da redução do desempenho dos animais. Doses baixas de fumonisina B1 a 0,5 mg/kg de peso corporal/dia podem comprovadamente aumentar a suscetibilidade dos suínos a cepas patogênicas de E. coli, Pseudomonas aeruginosa e Pasteurella multocida (Halloy et al., 2005). Também se sabe que as fumonisinas aumentam a suscetibilidade dos suínos à síndrome reprodutiva e respiratória porcina (Porcine Reproductive and Respiratory Syndrome - PRRS), reduzem os títulos de anticorpos contra a doença de Aujeszky, inibem a fagocitose de Salmonella typhimurium dos macrófagos alveolares e diminuem a produção de anticorpos contra Mycoplasma agalactiae (Marin et al., 2006; Moreno et al., 2010; Posa et al., 2011; Stoev et al., 2012).

Tabela 2. Níveis de risco das fumonisinas em ração para suínos, em condições reais Fumonisinas (ppb ou ng/kg de ração)

Baixo

Médio

Alto

Suíno (porca, leitão)

<750

750-1000

>1000

Suíno (terminação)

<1000

1000-1500

>1500

Fonte: Compêndio sobre Fumonisinas da BIOMIN, 2013

Adsorventes problemáticos

Definindo a norma Para combater a contaminação por micotoxinas, introduziu-se uma legislação que limita a quantidade permitidade micotoxinas nas rações para animais (Tabela 1).No entanto, ainda há muita regulamentação pendente em vários países Cabe ressaltar, no entanto, que estes níveis regulamentares são muito baseados em considerações políticas, ao invés de serem baseados no grau de tolerância dos animais às micotoxinas e nos respectivos efeitos nocivos. Tabela 1. Orientações regulamentares relativas às fumonisinas (ppb) UE

EUA

Milho e respectivos subprodutos

60000

200001

Rações para suínos

5000

-

1

Para < 50% na dieta, em conformidade com a FDA dos EUA Fontes: EFSA, FDA dos EUA.

Em situações reais, os animais são frequentemente confrontados com a interação de outros fatores e desafios que aumentam ainda mais a sua suscetibilidade às micotoxinas. Além disso, a presença de várias micotoxinas diferentes

Uma revista da BIOMIN

representa um perigo adicional para os animais. Por estes motivos, é comum ver animais a campo negativamente afetados por micotoxinas em níveis abaixo dos limites preconizados pela legislação. Após várias décadas de experiência prática em nível mundial e pesquisas científicas conduzidas para simular situações a campo, a Biomin elaborou um conjunto de níveis de risco das fumonisinas em suínos como ferramenta prática para a indústria (Tabela 2).

Os adsorventes são compostos que aderem às toxinas, reduzindo assim a quantidade de toxinas que podem entrar na corrente sanguínea de um animal — um processo de neutralização conhecido como adsorção. Durante mais de uma década, têm sido habitualmente aplicados adsorventes de micotoxinas para prevenir a micotoxicose. Embora os adsorventes funcionem em alguns casos (as aflatoxinas, uma classe de micotoxinas, podem ser adsorvidas muito eficientemente), são menos eficazes ou ineficazes contra certos tipos de micotoxinas, como as zearalenonas ou os tricotecenos. No caso das fumonisinas, até agora não foi identificado nenhum material adsorvente comprovadamente eficaz na aglutinação das fumonisinas (Solfrizzo et al.., 2001; Piva et al., 2005; Avantag-giato et al., 2005; Guia sobre Micotoxinas da BIOMIN, 2012). Os adsorventes têm duas desvantagens significativas. Em primeiro lugar, a adsorção é reversível, o que significa que as fumonisinas adsorvidas podem ser liberadase, assim, voltam a representar uma ameaça ativa para a saúde dos animais. Em segundo lugar, os adsorventes dependem muito do pH. Embora se possa demonstrar que os adsorventes são eficazes num contexto laboratorial estático (de fato, alguns têm taxas de adsorção de fumonisinas elevadas em soluções tampão

5


Shu Guan Diretor Técnico

Figura 2. Efeitos do FUMzyme® no desempenho de crescimento e na relação Sa/So em suínos após 42 dias Taxa de conversão alimentar (kg/kg) 1,95

900

1,90

880

1,85

860 840 820 800 780

886 834

904

TCA [kg/kg]

Ingestão de ração (g)

Ingestão diária média de ração (g/animal) 920

839

1,80 1,75

1,60

29,0

0,6

28,5

0,5

28,0

0,4

27,5

26,5 26,0

1,80

n Controle n Fumonisinas n Tratamento n Apenas Mycofix® Focus Relação Sa/So

28,8 28,0 27,0

n Controle n Fumonisinas n Tratamento n Apenas Mycofix® Focus

Sa/So

Peso corporal final (kg)

Peso corporal final (kg)

27,0

1,80 1,72

1,65

n Controle n Fumonisinas n Tratamento n Apenas Mycofix® Focus

28,4

1,89

1,70

0,3

0,57b

0,2 0,1 0

0,25a

0,26a

0,26a

n Controle n Fumonisinas n Tratamento n Apenas Mycofix® Focus

Fonte: Relatório do Ensaio BIOMIN, 2013

com níveis de pH estáveis), estes demonstraram uma eficácia consideravelmente inferior em condições que simulam o trato gastrointestinal de um animal. Nestas simulações mais realistas, a eficácia da adsorção de toxinas foi reduzida em mais de 50 % — sobretudo devido ao fato de a maioria dos adsorventes demonstrarem uma capacidade de adsorção das fumonisinas extremamente baixa em valores de pH de 6 e 7. Consequentemente, a maioria das fumonisinas adsorvidas no estômago seriam liberadas no lúmen intestinal, representando um risco para os animais.

Uma nova e potente ferramenta Até recentemente, os adsorventes eram essencialmente a única forma de combater as fumonisinas. Agora, surgiu um novo método: a biotransformação enzimática. Após 10 anos de investigação científica, a BIOMIN desenvolveu o FUMzyme®, a primeira enzima purificada que transforma as fumonisinas em metabólitos não tóxicos, sendo o único produto do seu gênero autorizado pela UE. O FUMzyme® converte as fumonisinas em Fumonizinas B1 hidrolisada, não tóxica (HFB1). A pesquisa científica indica que a HFB1 não provoca toxicidade intestinal nem hepática no suíno e não induz grandes alterações no metabolismo dos esfingolípideos (Voss et al., 2009). A biotransformação através de enzimas apresenta quatro evidentes vantagens em relação aos adsorventes tradicionais. Em primeiro lugar, a biotransformação é irreversível, por isso, não é afetada pela desvantagem primária dos adsorventes. Em segundo lugar, o trato GI não prejudica as enzimas utilizadas para a biotransformação. Em terceiro lugar, o FUMzyme®

6

é uma solução específica concebida para combater as fumonisinas. Em quarto lugar, a eficácia do FUMzyme® foi comprovada. Ensaios in vivo em suínos na Áustria, no Brasil e na França demonstraram os efeitos benéficos do Mycofix® Focus (contendo FUMzyme® e bentonita) no combate às fumonisinas. Num estudorecente realizado na Coreia, a aplicação de Mycofix® Focus aliviou o efeito das fumonisinas na dose de 5 ppm, no ganho de peso corporal e na TCA num prazo de 42 dias (Figura 2). Um marcador biológico para a exposição às fumonisinas, a relação esfinganina/esfingosina, ou Sa/So, atingiu níveis elevados no grupo das fumonisinas (p < 0,05) no dia 42. O tratamento reduziu a relação Sa/So para o nível do grupo controle, o que demonstra a eficácia no controle da toxicidade das fumonisinas in vivo.

Conclusão As fumonisinas são altamente prevalentes em todo o mundo, representando atualmente uma ameaça em particular na Ásia, na América do Sul e no Sul da Europa. Embora os adsorventes tradicionais tenham demonstrado a sua eficácia no combate a alguns tipos de micotoxinas — particularmente aflatoxinas — eles são consideravelmente menos eficazes contra as fumonisinas. Graças a desenvolvimentos científicos recentes, a biotransformação enzimática oferece uma forma única, específica e irreversível de combater as fumonisinas.

Science & Solutions


Name position

Destaques de suinocultura do

World Nutrition Forum 2014 A sessão especial sobre suinocultura de 2014 reuniu líderes dos setores da pesquisa e produção de suínos para abordar o estado atual da indústria em vários países de todo o mundo, destacando também aspectos e diferenças em comum. Além disso, a sessão explorou o tópico da “sustain:ability” (sustentabilidade) e a função essencial da saúde e integridade intestinal na promoção do crescimento e na obtenção de um desempenho eficiente.

E

m outubro, mais de 800 representantes de 86 países visitaram Munique para o World Nutrition Forum de 2014 organizado pela BIOMIN. O tema do fórum foi a “sustain:ability” (sustentabilidade), refletindo o desafio futuro de alimentar uma população global mais numerosa (9 bilhões de pessoas até 2050) frente a restrições de recursos. A BIOMIN tem se preocupado há muito tempo em melhorar a sustentabilidade com a sua abordagem sustentada em 3 pilares: Desempenho, Lucro e Planeta. A primeira parte da sessão explorou como os suinocultores de diferentes áreas geográficas enfrentam desafios semelhantes.

Presidida por Franz Waxenecker, Diretor do Departamento de Desenvolvimento na BIOMIN, a sessão especial sobre suinocultura explorou resultados de pesquisas

Uma revista da BIOMIN

recentes e opiniões de acadêmicos e técnicos especializados da indústria. A primeira parte da sessão abordou como os suinocultores de diferentes áreas geográficas enfrentam desafios semelhantes. • Hans Aarestrup, Diretor Executivo da Danske Svineproducenter (Associação de suinocultores dinamarqueses) falou sobre a Europa Central — “a grande potência da suinocultura” — uma das regiões de suinocultura mais densas de todo o mundo, com mais de 5 milhões de porcas e 125 milhões de suínos terminados / ciclo num raio de 700 km. Ele contrastou o comportamento eleitoral das pessoas com o seu comportamento consumista; o primeiro enfatiza frequentemente o bem-estar animal, a utilização de antibióticos e questões ambientais, enquanto as considerações de preço dominam o segundo. Ele abordou as pressões da concorrência na economia

Franz Waxenecker

Hans Aarestrup

Alberto Stephano

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A melhoria do desempenho dos animais tem impactos benéficos sobre o lucro e o uso sustentável de recursos. Dr. Pieter J. Grimbeek

Prof. Yulong Yin

Barbara Rüel

Merlin D. Lindemann

Frans Dirven

Prof. Cheol-Heui Yun

Prof. Duong Duy Dong

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global face aos custos adicionais associados à regulamentação, biossegurança, etc. Além disso, enfatizou o valor da partilha de conhecimentos entre as diferentes áreas geográficas de suinocultura para a promoção da indústria. • Falando também na alta concorrência global e nos padrões de importação/ exportação, Alberto Stephano, da Stephano Consultores SC, destacou as tendências-chave na suinocultura latino-americana. Embora haja muita variação entre países da América Latina e do Sul em relação à suinocultura, surgem alguns temas comuns. Comparando os custos de produção no hemisfério ocidental, ele mostrou custos com rações são superiores na América do Sul, em comparação com os custos nos EUA e no Canadá. Observou-se ultimamente um crescimento elevado da produção na região, bem como taxas de parto.. No entanto, o consumo doméstico continua a ser muito baixo. Segundo o Dr. Stephano, alguns países da América do Sul aumentarão a produção para satisfazerem a crescente procura em regiões como a Ásia. Ao fazê-lo, enfrentarão o desafio de produzirem mais com menos (ex., água, terreno, doença). • O Dr. Pieter J. Grimbeek, um consultor veterinário do setor privado, falou sobre desafios mundiais semelhantes numa indústria isolada de suinocultura na África do Sul. Ele delineou uma transição — observada também em outras áreas — para explorações de maior dimensão com gestores profissionais. Nas suas palavras, “os produtores de hoje são gestores de riscos”. A África do Sul enfrenta questões de bem-estar animal semelhantes às existentes na Dinamarca e em outros países. Segundo o Dr. Grimbeek, embora o consumo doméstico seja extremamente baixo, os suinocultores adaptam-se bem para satisfazerem as expectativas dos consumidores. O consumo doméstico crescente, sustentado por uma classe média emergente e pelo mercado de exportação, poderá ter um futuro promissor.

• O Prof. Yulong Yin, professor de nutrição animal e ciências alimentares do Instituto de Agricultura Subtropical da Academia Chinesa de Ciências, revelou os três principais modelos de suinocultura na China, sublinhando as grandes diferenças de tamanho entre as pequenas explorações de quintal e as grandes empresas internacionais. Ele delineou também as tendências no setor chinês de suinocultura. • Barbara Rüel, Diretora de Produtos Nutricionais na BIOMIN, falou sobre a gestão eficiente de recursos através de soluções dietéticas para suínos e sobre a extrema importância da digestibilidade, na perspectiva do nutricionista. A chave para uma gestão de recursos eficiente é apoiar a saúde intestinal. • Olhando para as décadas vindouras, Merlin D. Lindemann, professor na Universidade de Kentucky, nos EUA, abordou as formas de obter sustentabilidade na suinocultura através de uma melhor compreensão das rações e do animal. • Frans Dirven, fundador e coproprietário da Lintjeshof, falou a experiência holandesa em torno da utilização sustentável de antibióticos na suinocultura, descrevendo uma redução significativa na utilização de antibióticos num prazo de 5 anos. Neste âmbito, centrou-se nas figuras-chave e nas considerações envolvidas numa produção alimentar com eficiência biológica, enfatizando a importância da saúde dos animais. • Na mesma linha, Cheol-Heui Yun, professor da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, tratou sobre os aspectos imunológicos e nutricionais da resposta inflamatória nos suínos, centrando-se nas condições de stress em explorações pecuárias. Ele sublinhou as ligações entre nutrição, resposta imunitária e produtividade dos animais — juntamente com a potencial utilização de marcadores biológicos no monitoramento da saúde dos animais. • Completando a sessão especial, Duong Duy Dong, professor na Universidade de Nong Lam, no Vietnã, explorou a utilização dos fitogênicos nas dietas para suínos como alternativas aos antibióticos, para a promoção do crescimento e outras utilizações, como a melhoria da digestibilidade dos nutrientes. Adicionalmente, teceu várias considerações relacionadas com a escolha de fitogênicos nas rações para animais.

Science & Solutions


X

T

MYCOFI

EN

A

M

Uma lista de verificação útil para o diagnóstico de doenças dos suínos que pode ser destacada e guardada para consulta.

Checklist

X I N RI TO

SK

Qual é o problema dos meus suínos? Parte 1: Depressão imunitária

MYCO

Cut & Keep

NAGEM

MICOTOXINAS

Há vários agentes biológicos que conseguem comprometer a integridade imunitária dos animais, desde as micotoxinas a infecções e medicamentos. Uma simples ocorrência ou administração concomitante e intoxicação nestes animais pode comprometer o desenvolvimento normal das defesas do organismo, resultando em quedado desempenho, aumento da ocorrência de doenças e das falhas vacinais. As síndromes resultam, com maior frequência, das chamadas “doenças condicionadas”, como E. coli, Streptococcus, Salmonella, Pasteurella, Influenza, etc... Sabe-se atualmente que as doenças são provocadas por causas multifatoriais; a depressão imunitária pode propiciar o início de muitas infecções latentes, representando um desafio para os médicos veterinários no diagnóstico da etiologia e terapêutica.

Causa potencial

Lista de verificação

Ação de correção

• AFB1, DON, DAS, T-2, OTA, FUM

 Positivo em matérias-primas (ELISA) ou rações (HPLC)

 Verificar as matérias-primas e a ração final.

 Histórico de contaminação na origem das matérias-primas

 Limpeza das linhas de ração/água

 Sintomas referentes a infecções múltiplas, falhas vacinais

 Utilizar Mycofix® com uma taxa de inclusão adequada

PATÓGENOS

 Queda dos desempenhos do lote por fase Virus: • Circovírus, vírus do herpes (doença de Aujeszky), Asfivírus, Ortomixovírus (Gripe), ASF, Arterivírus (PRRS)

 Epidemiologia, sintomatologia

 Biossegurança

 Necropsia

 Vacinação

 Histoquímica imunitária, PCR, ELISA

 Antibióticos

 Sobredosagem  Tratamento prolongado

 Gestão e nutrição adequadas (acidificantes, fitogênicos)

 Uso imprudente

 Antibióticos alternativos

ANTIBIÓTICOS

Bactérias: • Micoplasma, Pasteurella, APP, Salmonella • Tetraciclinas, penicilinas, sulfametazina, estreptomicina, cloranfenicol (proibido na UE)

Para obter mais informações, visite www.mycotoxins.info

ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Esta tabela inclui conselhos gerais sobre os assuntos relacionados a suínos que afetam com maior frequência os suínos e podem estar relacionados à presença de micotoxinas na ração. As doenças e os problemas dos suínos incluem, entre outros, os que são indicados nesta tabela. A BIOMIN não aceita qualquer responsabilidade ou responsabilização resultante de ou de algum modo associada à utilização desta tabela ou do respectivo conteúdo. Antes de agir com base no teor desta tabela, você deverá obter os conselhos diretamente do seu veterinário.

Uma revista da BIOMIN

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O seu exemplar de Science & Solutions

Mycofix

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Comprovada proteção … em todo o ciclo de produção. Mycofix® é a solução para a gestão de risco de micotoxinas.

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