NúmeroIssue 23 • Avicultura 23 • Poultry
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Potencializando Boosting Vaccines‘ a eficácia Effectiveness das vacinas Utilizando The prebiotic uma and conjugação de prebióticos e probióticos probiotic combo
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Six Ways to ComSeis maneiras de combater a celulite bat Cellulitis in nas poedeiras Broilers’ Photo: fotostorm_iStockphoto
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Uma A revista magazine daof
Qual What’s o problema Wrong das With minhas My Birds? aves? Parte Part 5: 5: Lesões Carcass na carcaça bruising
Editorial Microbioma intestinal e saúde animal – uma ligação redescoberta Embora tenham sido ignorados no passado, os conhecimentos sobre o microbioma intestinal e a sua relação com a saúde humana e animal estão felizmente aumentando em um ritmo exponencial. Todos os dias, as revistas científicas editam artigos sobre microorganismos no intestino e a ligação com doenças e desempenho zootécnico animal. Atualmente, utilizam-se várias tecnologias avançadas para demonstrar como o microbioma intestinal pode afetar a homeostase fisiológica, com impacto nos sistemas digestivo e imunitário, no desempenho e até mesmo na determinação das vias neuroendócrinas. Fatores como a utilização de antimicrobianos, o stress, o ambiente e as condições de tratamento e a falta de determinação da microflora podem desestabilizar o equilíbrio da microflora intestinal, levando a disbiose entérica. Este desequilíbrio é frequentemente um importante fator de risco para distúrbios como necrotic enteritis, salmonellosis e infecções de E. coli, bem como para a eficácia das vacinas. Na última década, realizaram-se trabalhos intensivos visando a identificação de maneiras sustentáveis para combater a disbiose intestinal em sistemas de produção avícola comerciais, incluindo probióticos (bactérias benéficas) ou prebióticos que suportam o desenvolvimento de bactérias benéficas. Uma abordagem mais promissora, designada simbiótica, consiste numa conjugação de ambas. Neste número da Science & Solutions consideramos o modo como a simbiótica específica das espécies avícolas pode combater a celulite avícola, uma importante doença avícola causada pela E. coli. Além disso, abordaremos como o mesmo simbiótico pode modular a resposta do sistema imunitário, aumentando a eficácia de várias vacinas avícolas. Finalmente, este número inclui a quinta parte da nossa série sobre diagnóstico diferencial que abrange questões relacionadas às lesões na carcaça. Sente-se, relaxe e aproveite a leitura.
Guilherme BORCHARDT NETO MV, MSc, PhD Diretor de Marketing Regional - South Latam
Science & Solutions • Número 23
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Índice
Seis maneiras de combater a celulite nas poedeiras
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Métodos para contornar uma das principais causas da descarte da carcaça.
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Por Luca Vandi MSC
Potencializando a eficácia das vacinas utilizando simbióticos
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Suportar a saúde intestinal das aves com um prebiótico e um probiótico à base de bactérias do ácido lático conjugados pode melhorar a resposta do sistema imunitário dos animais. Por Wael Abdelrahman DVM PhD
Cut & Keep
Checklist
Qual o problema das minhas aves?
Parte 5: Lesões na carcaça
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Uma lista de verificação útil para diagnóstico de sintomas, causas e soluções.
Science & Solutions é uma publicação mensal da BIOMIN Holding GmbH, distribuída gratuitamente aos nossos clientes e parceiros. Em cada número, Science & Solutions apresenta temas sobre os mais recentes conhecimentos científicos em nutrição e saúde animal com destaque especial para uma espécie (aves, suínos ou ruminantes) em cada trimestre. ISSN:2309-5954 Se desejar obter uma cópia digital e mais informações, visite: http://magazine.biomin.net Se desejar obter cópias de artigos ou assinar Science & Solutions, contate-nos no e-mail: magazine@biomin.net Editora-chefe: Daphne Tan Colaboradores: Guilherme Neto, Luca Vandi, Wael Abdelrahman Marketing: Herbert Kneissl, Cristian Ilea Gráficos: Reinhold Gallbrunner Pesquisa: Franz Waxenecker, Ursula Hofstetter, Mickaël Rouault Editora: BIOMIN Holding GmbH Industriestrasse 21, 3130 Herzogenburg, Austria Tel: +43 2782 8030 www.biomin.net Impresso na Áustria por: Johann Sandler GesmbH & Co KG Impresso em papel ecológico: Austrian Ecolabel (Österreichisches Umweltzeichen) ©Copyright 2015, BIOMIN Holding GmbH Todos os direitos reservados. Nenhuma parte da presente publicação pode ser reproduzida sob qualquer forma para fins comerciais sem a autorização escrita do detentor dos direitos autorais, exceto em conformidade com as disposições da Copyright, Designs and Patents Act 1998 [Lei relativa aos Direitos Autorais, Desenhos e Patentes de 1998]. Todas as fotografias incluídas na presente publicação são propriedade de BIOMIN Holding GmbH ou foram usadas sob licença.
Uma revista da BIOMIN
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Seis maneiras de combater a celulite nas poedeiras Por Luca
Vandi, Diretor Técnico de Vendas
A celulite, uma das principais causas de descarte das carcaças das poedeiras, representa significativas perdas econômicas para os produtores avícolas. Seguem-se vários métodos que permitem contornar esta incidência.
2
Science & Solutions • Número 23
N
os EUA, os produtores avícolas sofrem perdas econômicas anuais devido à celulite avícola de aproximadamente US$35 milhões, metade do valor total do descarte de carcaças anual. No Canadá, a celulite constitui a causa predominante de descarte das poedeiras. Ela afeta muitos produtores avícolas em todo o mundo.
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Surpresa no matadouro A celulite, uma doença cutânea crônica que se caracteriza por infecção bacteriana, é uma doença traiçoeira. E. coli é o patógeno mais frequentemente isolado das lesões, sendo o sorotipo patogênico O78 o mais comumente isolado (Derakhshanfar et al., 2002). Nas poedeiras, a celulite surge durante o período do crescimento na exploração avícola, mas apenas é identificada no matadouro depois de escaldar e depenar as carcaças. As carcaças afetadas pela celulite são rejeitadas pelo veterinário inspetor, sendo destruídas, o que resulta em perdas econômicas para os produtores.
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E. coli é o patógeno mais frequentemente isolado das lesões relacionadas com a celulite
Uma revista da BIOMIN
Perdas incontáveis Em muitos países, o valor de mercado estimado das perdas resultantes do descarte de carcaças continua a não ser claro, embora em muitos locais os esforços para se identificarem as causas e se quantificarem os impactos tenham revelado que a celulite é um problema considerável.
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Seis maneiras de combater a celulite nas poedeiras
Em muitos locais, os esforços para se identificarem as causas e quan
% de todos os animais abatidos
Figura 1. Causas de descarte da carcaça em dois matadouros brasileiros
4,25
2,79
0,91
Celulite
0,81
Contaminação
1,04 0,47 Contusão/ Fratura
0,79
0,88
Others
n Matadouro A n Matadouro B Fonte: Santana A. P., et al., 2008
No Brasil, realizou-se um estudo em dois matadouros visando a classificação dos motivos para descarte (Figura 1). No Matadouro A, um integrador vertical, os descartes devido à celulite representaram 4,25 % do total de abate e 51 % de todos os descartes. No Matadouro B, um integrador vertical, os descartes devido à celulite representaram 0,91 % do total de abate e 25 % de todos os descartes. Esta disparidade de resultados deve-se provavelmente às diferentes práticas de gestão das explorações. Combate Os produtores podem adotar várias medidas para combater a celulite nas explorações. Essas medidas incluem a promoção da cobertura das penas, o monitoramento da densidade das aves, o reforço da biossegurança, o ajuste da oportunidade das vacinações, a atualização das práticas de gestão e a garantia de uma boa saúde intestinal. 1. Promover a cobertura das penas A introdução no mercado de linhas genéticas de poedeiras de penugem lenta aumentou o problema da celulite nas poedeiras. As poedeiras modernas têm um abdome mais proeminente que as expõe a mais arranhões. Existem estudos que revelam que a penugem aos 28 dias é o fator que mais predispõe as poedeiras à celulite. Por isso, é extremamente importante uma boa gestão das
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poedeiras que suporte uma penugem apropriada. Evitar um ambiente demasiado quente, especialmente entre as 2 e as 4 semanas de idade, também é útil para estimular a penugem e deste modo minimizar a celulite. 2. Monitorar o número de aves Um número elevado de aves por aviário (densidade mais elevada) está associado a uma maior incidência de arranhões, que aumentam a vulnerabilidade das aves à celulite. Este relacionamento simples (mais aves = mais arranhões = mais celulite) é muito importante, principalmente nas explorações onde a densidade de aves é aumentada sem uma alimentação e linhas de bebida adicionais, o que aumenta a concorrência entre as aves pelo acesso a alimento e água. 3. Reforçar a biossegurança Uma má qualidade do leito também está associada a uma incidência mais elevada de celulite. Um leito úmido constitui um ambiente ideal para o desenvolvimento de bactérias. O contato frequente do abdome das aves com o leito úmido aumenta a frequência da contaminação bacteriana e assim, através dos arranhões, a transmissão de patógenos do leito para a ave. As condições de leito úmido também resultam na sujidade dos pés, provocando um aumento da contaminação bacteriana, aumentando a probabilidade de infecção dos arranhões. Consequentemente, é extremamente importante a limpeza e a desinfecção dos recintos durante o período de retirada. Garantir um período de retirada superior a 15 dias também pode ajudar a reduzir a incidência de celulite. 4. Ajustar a oportunidade das vacinações A realização das vacinações na incubadora pode contribuir para uma redução de descartes total de carcaças dos frangos de corte — incluindo da celulite — no matadouro (Paniago M., CEVA bulletin, 2009). Os resultados de um ensaio realizado no sul do Brasil revelaram que a aplicação precoce da vacinação para o IBDV, na incubadora e não na exploração, reduziu a maioria das causas para descarte da carcaça, principalmente no caso de celulite dos frangos de corte (Figura 2).
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Luca Vandi Diretor Técnico de Vendas
ntificarem os impactos revelaram que a celulite é um problema considerável.
5. Atualizar as práticas de gestão Deve considerar-se uma melhoria ao nível da gestão nas explorações. É fundamental a atualização do equipamento e a disposição da exploração para dar resposta às necessidades das cepas dos frangos de corte modernas em termos de ventilação, alimentação e abastecimento de água. 6. Garantir uma boa saúde intestinal E. coli, o principal agente da celulite nos frangos de corte, é um patógeno oportunista que reside no intestino dos frangos e que se dissemina através das fezes para o leito. Um probiótico, ou bactérias benéficas, pode modular a microflora do intestino e reduzir a disseminação de E. coli no ambiente. Através da exclusão da concorrência (impedindo que os patógenos se fixem aos enterócitos, ou células de absorção intestinais) e da produção de substâncias antimicrobianas naturais tais como ácidos orgânicos e bacteriocinas, estes microorganismos dificultam a replicação e o desenvolvimento do E. coli. Deste modo, reduz-se a disseminação do E. coli para o ambiente e, consequentemente, reduz-se a probabilidade de infecção por E. coli através de arranhões e abrasões cutâneas. Um estudo realizado por Estrada et al. em 2001 revelou que a administração de uma cepa de Bifidobacteria nas aves de corte reduziu a incidência de celulite nas carcaças abatidas. O grupo de tratamento com B. bifidum apresentou uma taxa total de descartes da carcaça inferior (2,8 % vs. 4,4 %) e uma incidência inferior de celulite das aves de corte (32,1 % vs. 55,4 %) como uma porcentagem da população global em comparação com o grupo de controle (Figura 3). Conclusão A celulite dos frangos de corte é uma das principais causas de descarte das carcaças em matadouros de todo o mundo, representando significativas perdas econômicas
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Figura 2. As vacinações precoces reduzem a taxa de descarte das carcaças 3,0 2,5 2,0 %
É importante salientar que quaisquer alterações no programa de vacinação devem ser previamente debatidas com a equipe de veterinários e com o fornecedor da vacina.
1,84 1,47
1,5 1,0 0,5 0,0
0,87
0,78 0,3
0,37
Aerossaculite Celulite
Patologias
n Incubadora
n Exploração avícola
Fonte: Paniago, 2009
Figura 3. A aplicação de probióticos pode reduzir a celulite nas poedeiras Descartes
8537 aves tratadas com B. Bifidum
8470 aves de controle
77***
205
Ascite
46
42
Mutilação
34
27
Doença do papo pendular
34
47
Cianose
36
32
Nefrite
5
4
Hepatite
4
2
Deformação do valgo/varo
2
3
Celulite
Salpingite
1
3
Abscessos
1
3
Peritonite
0
1
Emaciação
0
1
240***
370
Total ***P < 0.001. Fonte: Estrada et al., 2001
para os produtores. Os produtores podem adotar diversas medidas para combater a celulite, incluindo a promoção da cobertura da penugem, o monitoramento da densidade das aves, o reforço da biossegurança, o ajuste da oportunidade das vacinações, a atualização das práticas de gestão e a garantia da boa saúde intestinal através da aplicação de probióticos.
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Aumentando a eficácia das vacinas utilizando de simbióticos Por Wael
Abdelrahman, Consultor Técnico, Probióticos para Aves de Corte
Recentes evidências demonstram que suportar a saúde intestinal no setor avícola com uma conjugação de prebióticos e probióticos à base de bactérias do ácido lático pode melhorar a resposta imunitária dos animais.
A
s aves são altamente suscetíveis a muitas infecções e doenças que são provocadas por diversos microorganismos, tais como bactérias, vírus, fungos e parasitas.
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A vulnerabilidade das aves a estas infecções é particularmente elevada em sistemas intensivos de criação de aves comerciais em todo o mundo. Sem os respectivos sistemas imunitários, as aves não conseguiriam sobreviver num ambiente tão hostil.
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Desenvolvimento do sistema imunitário natural Em condições naturais, os pintos são chocados próximo das progenitoras, o que lhes permite comer e beber assim que são chocados. A microflora da progenitora também coloniza o trato gastrointestinal dos pintos. A alimentação precoce e a colonização da microflora têm efeitos muito positivos sobre o desempenho das aves e sobre a maturação dos respectivos sistemas imunitários. Colonização moderna mais lenta A produção de aves de corte com recurso a práticas de produção avícola modernas não permite que os pintos recém nascidos tenham contato com as progenitoras, atrasando o desenvolvimento da microflora intestinal e do sistema imunitário em 3 semanas ou mais. A falta de estabelecimento da microflora intestinal abre a porta à colonização entérica por patógenos, tornando as aves suscetíveis a infecções e doenças. Efeitos positivos dos probióticos na imunidade Os probióticos à base de bactérias do ácido lático suportam o sistema imunitário das aves de várias maneiras. Eles desempenham um papel importante no desenvolvimento e no estabelecimento da microflora intestinal e incentivam uma rápida maturação do sistema imunitário. Isso ajuda as aves a darem uma melhor resposta às vacinas e também a melhorarem as defesas contra as infecções. Os probióticos desempenham um papel importante no combate às doenças e às infecções. As bactérias comensais e os probióticos são sempre identificados pelas células
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imunitárias, onde as células que apresentam antígeno como os macrófagos, células dendríticas e células B imitam estas bactérias benéficas e induzem uma modulação imunitária local específica com a ativação de células B para produzirem IgA secretora contra estas bactérias benéficas que podem ser consideradas inofensivas e não inflamatórias nas mucosas e no ambiente sistêmico (tolerância oral). Os probióticos ajudam as células imunitárias do hospedeiro a reconhecerem melhor e a eliminarem os patógenos nocivos. Uma tolerância melhorada coincide com um menor gasto de energia no caso de inflamação, deixando mais energia direcionada para o crescimento. Interação entre probióticos e vacinas Foram realizados estudos mais aprofundados em humanos que contemplaram o efeito dos probióticos sobre a resposta da vacina. Por exemplo, observou-se um elevado aumento das titulações de anticorpos IgA e IgG de soro específico da vacina nos indivíduos que receberam probióticos à base de Lactobacillus e Bifidobacterium com vacinas para Salmonella typhi e Cólera em comparação com os que receberam apenas a vacina (Paineau et al., 2008, Maidens et al., 2012). Do mesmo modo, mas em menor escala, também se realizaram alguns estudos em aves. Por exemplo, Methner e outros (2000) descobriram que a administração da vacina Salmonella viva antes ou em simultâneo com probióticos proporcionava a melhor proteção contra a provocação com Salmonella experimental em resultado do desenvolvimento de uma resposta imunitária mais forte. Os simbióticos alicerçam-se no sucesso dos probióticos Os benefícios dos probióticos, ou bactérias benéficas, na ajuda à microflora estão bem documentados. Os prebióticos são ingredientes alimentares não digeríveis que influenciam beneficamente o hospedeiro estimulando o crescimento oua atividade de uma ou mais bactérias benéficas do intestino. Os simbióticos combinam prebióticos e probióticos para aumentar os benefícios para os animais.
Illu: ilyast
O sistema imunitário das aves O sistema imunitário das espécies avícolas é muito exclusivo, uma vez que não possui gânglios linfáticos, mas sim agregados linfoides ao longo do trato gastrointestinal (GIT) e outras superfícies mucosas. O tecido linfoide associado ao GIT (GALT) integra cerca de 65 – 70 % do sistema imunitário das aves. Isto significa que, lém das funções digestiva e absortiva, o trato gastrointestinal também é considerado o maior órgão do sistema imunitário das aves.
Um dos principais avanços na imunologia é a descoberta e o uso de vacinas, que diminuíram drasticamente a incidência de muitas doenças.
A produção de frangos de corte com recurso a práticas de produção avícola modernas não permite que os frangos recém-nascidos tenham contato com as progenitoras, atrasando o desenvolvimento da microflora intestinal e do sistema imunitário em 3 semanas ou mais. 7
Aumentando a eficácia das vacinas utilizando simbióticos
Tabela 1. Parâmetros de desempenho ao fim de 45 dias e estado imunitário após programa de vacinação para o IBD Parâmetros de desempenho
Controle negativo
Controle positivo
PoultryStar®
600
600
600
Número de aves
45
45
45
Peso em vida (g)
Duração do ensaio (dias)
1894
1979
1947
Ingestão de ração (g)
3352
3449
3358
Mortalidade (%)
1,12
0,59
0,53
TCA
1,77
1,75
1,73
Titulações IBD
1281
2304
3385
PI*
235
250
249
*PI índice de produtividade de frangos de corte) = (Sobrevivência [%] x Peso em vida [kg]/idade [d]/TCA) x 100 Fonte: Estudos BIOMIN , Kasetsart University, Tailândia, 2005
Figura 1. Efeitos da administração de PoultryStar® nas titulações de vacina NDV aos dias 35 e 42 vs. grupo de controle.
Dia 35 títulos NDV médios
4000 3500 3000 2500
2118,5
2038,5
2000 1500 1000 500 Grupo de PoultryStar®
Grupo de controle negativo
títulos NDV médios
Dia 42 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
4228,5
2758,5
Grupo de PoultryStar®
Grupo de controle negativo
Fonte: Estudos BIOMIN, Poulpharm, Bélgica, 2014
Ensaio com vacina contra a IBD Um estudo realizado na Universidade de Kasetsart, Tailândia, avaliou o efeito do PoultryStar® — o primeiro produto simbiótico multiespécies específico para avicultura a ser autorizado pela UE — contra a flavomicina (um antibiótico) — e o controle negativo no desempenho e no estado imunitário dos frangos de corte após vacinação contra a doença infecciosa bursal
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(IBD) no dia 14. Em comparação com outros grupos de ensaio, o PoultryStar® aumentou o desempenho, além de aumentar as titulações de anticorpos para a IBD, o que é sinal de uma suprarregulação do estado imunitário das aves (Tabela 1). Ensaio de IBV e NDV Identificou-se um efeito semelhante na resposta da vacina num recente estudo a campo em que as aves foram divididas por duas salas, sendo cada uma delas dividida em dois grupos; um grupo com PoultryStar® e um grupo de controle. No primeiro dia, todos os grupos receberam vacinas para o vírus da doença de Newcastle (NDV) e para o vírus da bronquite infecciosa (IBV) na incubadora, seguidos da vacina para o NDV no dia 15. Nos dias 35 e 42, detectou-se que as titulações da vacina para o NDV eram mais elevadas nos grupos tratados com simbióticos (Figura 1). Mais para descobrir Não se sabe bem como os simbióticos melhoram a resposta das vacinas. Os efeitos positivos dos simbióticos podem dever-se ao fato de os probióticos atuarem como adjuvantes das vacinas (direcionando a resposta imunitária) e como facilitadores de um regresso para homeostase dos tecidos após provocação com patógenos. Além disso, a diversidade e composição da microflora intestinal também pode influenciar a eficácia das vacinas de administração oral. A incapacidade para desenvolver uma imunidade protetora às vacinas em áreas geográficas em particular pode dever-se à composição da microflora intestinal, entre outros motivos (Valdez et al., 2014). A conjugação dos probióticos com vacinas tem um efeito positivo ou, por vezes, nenhum efeito sobre a resposta à vacina, uma vez que a resposta depende das cepas de probióticos usadas (Maidens et al., 2012). Conclusão Com o crescente interesse na utilização de probióticos na produção animal, é importante compreender o papel que desempenham na modulação do sistema imunitário das aves. Embora ainda não se compreendam na íntegra as atividades imunomoduladoras dos probióticos, sabe-se que podem aumentar a resposta imunitária das aves após a vacinação. Science & Solutions • Número 23
Qual o problema das minhas aves? Parte 5: Lesões na carcaça O processo de tomada de decisão do consumidor ao comprar produtos de origem avícola leva em consideração principalmente o aspecto, a higiene e o sabor. Para ajudar a garantir que os produtos da melhor qualidade cheguem aos consumidores, devem estar implementados diversos procedimentos. Inspeção veterinária no momento do abate para garantir que as carcaças das aves não têm doenças nem contaminação fecal. Na presença de uma ou de ambas as contaminações, as carcaças são descartadas e retiradas da cadeia alimentar. Hematomas ou hemorragias nas carcaças são um dos principais motivos que conduzem à redução da classificação da carcaça (qualidade reduzida) ou ao descarte no matadouro. São provocadas pela ruptura de vasos sanguíneos e consequente fuga de sangue para os tecidos sem que haja ruptura cutânea. É difícil determinar se ocorrem na exploração, durante o transporte ou na unidade de processamento; portanto, quaisquer significativas perdas financeiras resultantes são geralmente assumidas pelo matadouro. Segundo a literatura científica, a cor dos hematomas pode revelar há quanto tempo a lesão foi provocada, sendo que hematomas de cor vermelha a vermelha-escura revelam lesões recentes (≤ 12 horas) e verde-claro, laranja-amareladas e amarelas revelam lesões mais antigas (≥ 24 horas). Cerca de 90 % dos hematomas ocorrem no prazo de 12 – 24 horas antes do processamento, sendo o peito, as asas e as pernas as zonas mais afetadas. As possíveis causas são uma densidade do bando inadequada na sala de crescimento e/ou incapacidade para ajustar devidamente os dispositivos de recolha. Um atordoamento inadequado (voltagem e tempo) podem provocar hemorragias petequiais, que geralmente ocorrem no peito e nas pernas. A presença de patógenos na exploração, tais como IBDV (doença de Gumboro), pode aumentar a fraqueza capilar, resultando em hematomas na carcaça. As micotoxinas, tais como as aflatoxinas, atuam de modo semelhante, reduzindo a força necessária para produzir hematomas devido a um aumento da fragilidade capilar. Geralmente, ocorrem nas coxas. Para problemas relacionados com micotoxinas, a prevenção pode realizar-se através da utilização de uma ferramenta de gestão do risco de micotoxinas adequada que se baseia em estratégias de desintoxicação
Checklist
Fotografia: sansubba
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Cut & Keep
Lista de verificação
Ação de correção
Causa possível: MANEJO: Sistema de atordoamento • Voltagem do sistema de atordoamento
• Voltagem e duração dos choques elétricos corretas
• Duração do choque elétrico
Causa possível: AGENTES PATOGÊNICOS: Doença bursal infecciosa (IBDV/Gumboro) • Substituir a vacina de reação ligeira por vacina de reação forte
• Manchas de sangue localizadas principalmente nas pernas e no peito • Necropsia: A bolsa de Fabricius apresenta tumefação, aumento e está ensanguentada • As titulações de anticorpos maternos são muito baixas em pintos com um dia de idade • Implementar/corrigir o programa de vacinação em animais reprodutores
• Corrigir a idade de vacinação (Fórmula de Deventer) • Aumentar o nível de biossegurança
Causa possível: MICOTOXINAS: Aflatoxinas • Detecção em matérias-primas (ELISA) ou rações (HPLC)
• Verificar níveis de contaminação médios.
• Animais apresentam sintomas semelhantes a icterícia, estão desidratados e emaciados. Apresentam áreas de cor roxa avermelhada na carcaça
• Uso de Mycofix® com um nível de dosagem correto • Evitar que recipientes de alimentação ou linhas de alimento/água sejam contaminados por alimento deteriorado, úmido ou bolorento
• Matérias-primas originárias de fornecedor/ região com história de contaminação por aflatoxina • Histopatologia: Verificar outros órgãos-alvo (por exemplo, o fígado) • Redução do desempenho global do bando Causa possível: MANEJO: Densidade de animais • Elevada densidade do bando na sala de crescimento
• Ajustar a densidade do bando
Causa possível: MANEJO: Apanha • Maus procedimentos de apanha complementares
(biotransformação,
adsorção, bioproteção) para eliminar os
• Ajustar as máquinas de recolha e/ou o procedimento de apanha mesmo tempo a proteção do fígado e do sistema imunitário.
efeitos tóxicos nos animais, garantindo ao
Para mais informações, visite www.mycotoxins.info
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ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Esta tabela inclui conselhos gerais sobre os assuntos relacionados com avicultura que afetam com maior frequência as aves de produção e que podem estar relacionados com a presença de micotoxinas na alimentação. As doenças e problemas avícolas incluem, entre outros, os que são indicados nesta tabela. A BIOMIN não aceita qualquer responsabilidade ou responsabilização resultante ou de algum modo associada à utilização desta tabela ou de seu respectivo teor. Antes de agir com base no teor desta tabela, você deverá obter os conselhos diretamente do seu veterinário.
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