Science & Solutions #55 Perus (Português)

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O impacto das micotoxinas nos perus O uso de bactérias benéficas para melhorar o desempenho dos perus sem antibióticos

Mantendo você naturalmente informado | Número 55 | Perus

A produção de perus ganhando impulso

Como reduzir os problemas causados por E. coli nos perus apesar da resistência ao enrofloxacino


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ÍNDICE

4

8

12

O impacto das micotoxinas nos perus

O uso de bactérias benéficas para melhorar o desempenho dos perus sem antibióticos

Como reduzir os problemas causados por E. coli em perus adotando a estratégia correta

Michele Muccio MSc Gerente de Produto

Luis Valenzuela MSc Gerente de Produto

Antonia Tacconi PhD Gerente de Linha de Produto Global - Ácidos

As micotoxinas estão presentes em quase todas as matérias-primas utilizadas na produção de rações para perus. Elas têm um grande impacto no desempenho produtivo do plantel avícola. A utilização de um produto de desativação de micotoxinas na dieta pode mitigar estes efeitos negativos.

A produção de perus conta com desafios específicos, incluindo melhorar as taxas de crescimento, aumentar a absorção de nutrientes e diminuir as doenças entéricas bacterianas. Reduzir a utilização de antibióticos exacerba estes desafios, mas a adição de PoultryStar® à dieta pode introduzir bactérias benéficas para restabelecer os níveis de desempenho.

2 SCIENCE & SOLUTIONS

A maioria das bactérias existentes no trato gastrointestinal consegue viver no hospedeiro sem causar danos. No entanto, há certas cepas que provocam doenças, resultando em perdas econômicas substanciais para os produtores. O controle dessas doenças bacterianas reduzindo simultaneamente a utilização de antibióticos na produção de perus exige uma abordagem ponderada e estratégica.

BIOMIN


EDITORIAL

A produção de perus ganhando impulso Segundo os dados disponíveis mais recentes, relativos a 2016, a produção de perus na UE apresentou um crescimento exponencial de 6,8%. Este crescimento foi liderado pela Polônia e pela Espanha, mas houve uma taxa de crescimento significativa em muitos dos outros principais países produtores de perus. Contudo, o consumo per capita permanece abaixo dos 4 kg. Em 2017, é provável que se verifique um declínio na produção global da UE. Isto deve-se ao impacto da gripe aviária no segundo semestre do ano. A AVEC (Associação Europeia de Processadores e Comerciantes de Aves) indicou a ocorrência de abates de aves devido a gripe aviária em diversos países, incluindo no maior produtor europeu de perus, a Alemanha. Tem havido um crescimento dos mercados fora da UE, tendo-se registrado aumentos na Rússia, na Ucrânia e em países do Norte da África: Marrocos, Tunísia e Argélia. No entanto, a América do Norte continua a ser o principal país produtor, enquanto o Brasil continua a aumentar a produção. Apesar deste crescimento global, o consumo de perus permanece bem abaixo do consumo de frangos. Como há uma procura por rações de alta densidade, o sucesso dos produtores de perus depende da estabilidade dos preços das matérias-primas que são fontes de proteínas, o que se verificou nos últimos dois anos. Todavia, com as dietas de alta densidade há sempre o risco de estarmos alimentando tanto as aves como alguns dos seus habitantes intestinais menos desejáveis. As bactérias E. coli patogênicas são um dos aspectos mais preocupantes na produção de perus

e podem resultar em perdas no desempenho, bem como em perdas econômicas adicionais, em termos dos custos veterinários necessários para o seu controle. Portanto, manter uma estrutura intestinal saudável e o equilíbrio microbiano é importante para se alcançar a produtividade econômica. Neste número da Science & Solutions, abordamos algumas formas de reduzir a incidência de colibacilose, mantendo-o naturalmente à frente com produtos otimizados à base de ácidos orgânicos que, incluindo a adição de um agente de permeabilização potenciador da atividade antimicrobiana, melhoram a eficácia e o desempenho dos perus. De forma semelhante, a utilização de probióticos vem recebendo boa aceitação como forma de melhorar a saúde intestinal global através da estimulação do sistema imunológico e da exclusão competitiva de agentes patogênicos, reduzindo assim a necessidade de intervenção com antibióticos. Um ciclo de crescimento longo significa que há grande probabilidade de que as aves sejam alimentadas com rações contaminadas por micotoxinas. As micotoxinas têm um impacto direto na estrutura intestinal e efeitos sinérgicos quando combinadas com alguns desafios patogênicos. A minimização dos seus efeitos também pode ajudar a reduzir a necessidade de intervenções por veterinários. Esperamos que aprecie a leitura deste número da Science and Solutions, que o mantém naturalmente informado.

Andrew Robertson Gerente Técnico - Avicultura

Editores: Ryan Hines, Caroline Noonan Colaboradores: Andrew Robertson, Michele Muccio MSc, Luis Valenzuela MSc, Antonia Tacconi PhD. ISSN: 2309-5954 Marketing: Herbert Kneissl, Karin Nährer Se desejar obter uma cópia digital e mais informações, Gráficos: GraphX ERBER AG visite: http://magazine.biomin.net Pesquisa: Franz Waxenecker, Ursula Hofstetter Se desejar obter cópias de artigos ou assinar Editora: BIOMIN Holding GmbH Science & Solutions, contate-nos Erber Campus, 3131 Getzersdorf, Áustria no e-mail: magazine@biomin.net Tel.: +43 2782 8030, www.biomin.net

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BIOMIN 3


O impacto das micotoxinas nos perus As micotoxinas estão presentes em quase todas as matériasprimas utilizadas na produção de rações para perus. Elas têm um grande impacto no desempenho de produção do plantel avícola, mas a utilização de um produto de desativação de micotoxinas na dieta pode reduzir estes efeitos negativos.

Michele Muccio MSc Gerente de Produto

Figura 1. Efeitos sinérgicos das micotoxinas nas aves de produção

AFB1

CPA

MON

DON

OTA

FA

DAS Toxina T-2

As espécies de peru e aves de produção, em geral, são sensíveis a uma ampla gama de micotoxinas. Entre os grupos que mais podem prejudicar a produção, encontramos as aflatoxinas, os tricotecenos tipo A (toxinas T-2 e HT-2), os tricotecenos tipo B (deoxinivalenol [DON], nivalenol [NIV] ou diacetoxiscirpenol [DAS]), as fumonisinas (FUM) e as ocratoxinas. As aflatoxinas são agentes cancerígenos e tóxicos hepáticos potentes; elas podem afetar a produção animal desencadeando uma imunossupressão acentuada, câncer do fígado e do baço, rejeição da ração e contaminação

RESUMO • A contaminação por micotoxinas nas rações pode provocar inúmeros problemas de desempenho e de saúde • A maioria das matérias-primas está naturalmente contaminada com mais de uma micotoxina • Para mitigar os efeitos negativos, deve ser incluído na dieta um produto de desativação de micotoxinas com vários modos de ação 4 SCIENCE & SOLUTIONS

FB1

Citrinina

FB1 = fumonisina B1, CPA = ácido ciclopiazônico, DON = deoxinivalenol, FA = ácido fusárico, DAS = diacetoxiscirpenol, OTA = ocratoxina A, MON = moniliformina, AFB1 = aflatoxina B1 Fonte: BIOMIN

por transferência para tecidos e ovos. A contaminação da ração por doses subclínicas de aflatoxinas pode influenciar negativamente a histologia intestinal e reduzir a absorção de proteína bruta da ração. Os tricotecenos são inibidores da síntese proteica; por este motivo, são altamente tóxicos para as células. Os tricotecenos tipo A, como T-2 e HT-2, produzem lesões visíveis no bico e no intestino, levando a rejeição da ração. Os efeitos mais prejudiciais dos tricotecenos são observados no trato gastrointestinal, onde podem comprometer a integridade do intestino através da lesão das junções intestinais (tight junctions) — favorecendo assim a passagem de agentes patogênicos e outros agentes tóxicos para a corrente sanguínea. Os tricotecenos como o DON também têm efeitos na morfologia das vilosidades intestinais: atrofia das vilosidades, redução da altura das vilosidades e redução da profundidade da cripta já foram observadas em aves alimentadas com doses subclínicas (inferiores às diretrizes regulamentares da UE) de DON. Os efeitos do DON são potencializados pela presença de FUM. Essas micotoxinas atuam de forma sinérgica, agravando os efeitos citotóxicos e imunossupressores de DON e outros tricotecenos. Além BIOMIN


para as combater a todas. A adsorção só ajuda a combater um número reduzido de micotoxinas (sobretudo aflatoxinas, ergots e ocratoxinas). Um dos maiores desafios para a desativação de micotoxinas é provar a sua eficácia in vivo. De acordo com o protocolo de registro oficial da UE, isto deve ser concretizado com biomarcadores, porque comprovam a desativação das micotoxinas ao nível molecular. Efetivamente, para registrar um produto na UE, os resultados in vitro não são suficientes. O Mycofix® é o único produto multiestratégia registrado na UE disponível no mercado e o seu modo de ação inovador, baseado em adsorção e biotransformação, foi testado em perus contra aflatoxinas, tricotecenos e fumonisinas em três experimentos diferentes.

Figura 2.

Proporção de amostras [%]

Coocorrência de micotoxinas em amostras ao nível mundial, jan. - nov. de 2017 33

35 30

24

25

18

20

15

15

8

10 3

5 0

0

<10 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 >=60 Metabólitos por amostra

Fonte: BIOMIN

Figura 3.

n Controle n 500 ppb AfB1

1.790a 1.335b

628a

495b

1.068c

0

465b

500

589a

582a

1.000

638a

[g]

1.500

1.618a

2.000

1.628a

1.809a

Peso corporal no dia 21 e no fim do experimento

d1 - 21 n 250 ppb AfB1 n 500 ppb AfB1 + MSE

d22 - 42 n 250 ppb AfB1 + MSE n MSE

AfB = aflatoxina B1 MSE = Mycofix® SE Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05. Fonte: BIOMIN

disso, o DON e a FUM são fatores de predisposição para o desenvolvimento de enterite necrótica e coccidiose. Quando se trata da exposição a micotoxinas, é importante considerar os efeitos sinérgicos. “Sinergia” significa que a toxicidade de uma micotoxina aumenta muito mediante a presença de outras. As interações sinérgicas mais relevantes nas aves de produção são indicadas na Figura 1. A toxicidade das micotoxinas depende da dosagem e do tempo de exposição. As consequências podem prejudicar a produção quer os animais sejam expostos a doses subclínicas a longo prazo ou a doses elevadas a curto prazo. Como foi indicado pelo Estudo sobre Micotoxinas da BIOMIN, os animais estão sempre expostos a coquetéis de micotoxinas: os dados do estudo de 2017 indicaram uma média de 31 metabólitos por amostra (Figura 2). Como as micotoxinas podem diferir muito em termos das suas propriedades físico-químicas, um produto de desativação de micotoxinas eficaz deve atuar de várias formas diferentes

Mycofix® é capaz de combater as concentrações elevadas de aflatoxinas A eficácia do Mycofix® no combate às aflatoxinas (Afla) foi testada em 210 perus jovens com um dia de vida expostos a quantidades relativamente elevadas de Afla durante 42 dias. Mediram-se diferentes parâmetros durante o experimento, incluindo parâmetros de desempenho (peso individual, ingestão de ração, taxa de conversão alimentar [TCA]), medidas de saúde dos órgãos (pesos relativos dos órgãos, enzimas hepáticas [AST e LDH]) e intensidade da resposta imunológica. Os resultados demonstraram que o Mycofix® combateu os efeitos adversos no desempenho dos perus e em determinados parâmetros de toxicopatologia, tendo derrotado completamente os efeitos negativos das micotoxinas, incluindo a mortalidade, o que tem implicações econômicas importantes para os produtores de perus. Os resultados são apresentados nas Figuras 3 e 4.

FUMzyme®, a inovação na desativação de FUM Num experimento em campo com FUMzyme®, avaliou-se a sua capacidade de desintoxicação quanto a FUM no trato gastrointestinal de perus. Quinze perus da variedade Hybrid com dez semanas de vida foram alimentados com 15 ppm de FUM (mais especificamente, o experimento utilizou FB1). O FUMzyme® converte FB1 no metabólito hidrolisado não tóxico HFB1. Uma forma de avaliar a atividade da enzima é medir o desaparecimento gradual de FB1 e o aparecimento de HFB1. Para esse efeito, colheram-se amostras fecais após 14 dias. Como é mostrado na Figura 5a (barra verde), o FUMzyme® reduziu significativamente o teor de FB1 nas fezes em comparação com o grupo contaminado por FB1 sem aditivos (barra vermelha). Verificou-se um valor significativamente elevado do metabólito HFB1 no tratamento FUM + FUMzyme® (Figura 5b, barra verde), o que demonstra a biotransformação efetiva de FB1 em HFB1. Outro ensaio com biomarcador que é habitualmente utilizado para avaliar a desativação de FUM é a relação esfinganina (Sa):esfingosina (So). O modo de ação da FUM consiste na inibição da enzima ceramida sintase, que converte BIOMIN 5


O IMPACTO DAS MICOTOXINAS NOS PERUS

Figura 4.

79a

b

69b 67b

68b

70

67b

286c

400

[U/l]

75

537bc

600

449bc

[U/l]

800

631bc

1.000

80

895a

a

1.085a

1.200

76ab

Níveis de LDH (a) e AST (b) no dia 35

65

200

60

0 n Controle n 500 ppb AfB1

n 250 ppb AfB1 n 500 ppb AfB1 + MSE

n 250 ppb AfB1 + MSE n MSE

n Controle n 500 ppb AfB1

n 250 ppb AfB1 n 500 ppb AfB1 + MSE

n 250 ppb AfB1 + MSE n MSE

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05. Fonte: BIOMIN

Figura 5b.

FB1 em fezes de perus no dia 14 (μg/g)

HFB1 em fezes de peru no dia 14 (μg/g)

8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0

5.242a

1.190b 245

Controle FUM

FUM + Fumzyme®

[µg/g]

[µg/g]

Figura 5a.

8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0

1.645b 55

55a

Controle FUM

FUM + Fumzyme®

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05.

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05.

Fonte: BIOMIN

Fonte: BIOMIN

Sa e So livres (moléculas precursoras de esfingolipídeos) em esfingolipídeos complexos, que são componentes estruturais importantes das membranas celulares. Após a inibição da enzima, as moléculas de Sa e So livres começam a acumularse na célula, sendo a Sa o metabólito predominante. Esta acumulação é mensurável; mais especificamente, a relação entre Sa e So livres. Quanto mais elevada a relação, mais grave é a intoxicação por FUM. Num experimento, a relação Sa:So (Figura 6) medida no soro no dia 14 foi significativamente mais elevada no grupo contaminado por FUM, em comparação com o grupo controle sem FUM e FUMzyme®. A adição de FUMzyme® reduziu significativamente a relação, indicando a inativação de FUM in vivo.

atividade metabólica no trato gastrointestinal, o que resulta em metabólitos sem efeitos preocupantes em termos toxicológicos. O principal metabólito do DON, a mais substancial e predominante micotoxina no grupo dos tricotecenos, é o DOM-1 (de-epóxi-deoxinivalenol). Conforme é indicado na literatura (Wan et al., 2014), o sulfato de DON-3 é o principal metabólito do DON em aves de produção. O metabólito de de-epóxi resultante da atividade do BBSH 797 da BIOMIN é o sulfato de DOM-3. O DON, DOM-1, sulfato de DON-3 e sulfato de DOM-3 foram utilizados como biomarcadores nas fezes. Neste experimento, 15 fêmeas de peru com dez semanas de vida (da variedade Hybrid Converter) foram aleatoriamente distribuídas por três grupos experimentais utilizando três gaiolas duplas com cinco aves por gaiola dupla nas instalações de experimentos em aves de produção. As aves foram mantidas durante seis dias em gaiolas de piso com leito de maravalha, tendo acesso livre a ração e água. Após os primeiros seis dias de aclimatação, iniciouse o período experimental com a duração de dois dias

Desintoxicação de tricotecenos pelo BBSH 797 da BIOMIN O BBSH 797 da BIOMIN catalisa a clivagem do grupo epóxi de tricotecenos produzindo uma enzima específica denominada de-epoxidase durante a sua 6 SCIENCE & SOLUTIONS

BIOMIN


Referência

Figura 6. Relação Sa:So

0,30

0,24b

[Sa/So]

0,25 0,20

0,19c 0,16a

0,15 0,10

Bibliografia

0,05 0

Controle FUM

FUM + Fumzyme®

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05. Fonte: BIOMIN

Sulfato de DON-3 em fezes de peru (μg/g)

250

162,5b

200 150 100 50 0

31,3a

33,0a

Controle DON

Bryden, W.L. (2012). Mycotoxin contamination of the feed supply chain: implications for animal productivity and feed security. Animal Feed Science and Technology: 134-158. Grenier, B. and Applegate, T.J. (2013). Modulation of Intestinal Functions Following Mycotoxin Ingestion: Meta-Analysis of Published Experiments in Animals. Toxins 2013, 5, 396-430.

Figura 7a.

[µg/g]

Wan, D., Huang, L., Pan, Y., Wu, Q., Chen, D., Tao, Y., Wang, X., Liu, Z., Li, J. and Wang, L. (2014). Metabolism, distribution and excretion of deoxynivalenol with combined techniques of radio-tracing, HPLC-IT-TOF/MS and online radiometric detection. Journal of Agricultural Food Chemistry 62(2014). pp. 288-296.

DON + BBSH

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05.

Pinton, P., Tsybulskyy, D., Lucioli, J., Laffitte, J., Callu, P., Lyazhri, F., Grosjean, F., Bacarense, A.P., Kolf-Clauw, M. and Oswald, I.P. (2012). Toxicity of deoxynivalenol and its acetylated derivatives on the intestine: differential effects on morphology, barrier function, tight junction proteins, and mitogen-activated protein kinases. Toxicol Sci. 2012 Nov; 130(1): 180-190. Weibking, T.S., Ledoux, D.R., Brown, T.P. and Rottinghaus, G.E. (1993). Fumonisin toxicity in turkey poults. J. Vet. Diagn. Invest: 75-83.

Fonte: BIOMIN

Figura 7b. Sulfato de DOM-3 em fezes de peru (μg/g) 259,2b

300 250 [µg/g]

200 150 100 50 0

2,8a

3,0a

Controle DON

DON + BBSH

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente P < 0,05. Fonte: BIOMIN

consecutivos. As dietas foram artificialmente contaminadas com 1,5 ppm de DON, administrando-se também o BBSH 797 da BIOMIN através da ração. Colheram-se amostras fecais cinco vezes por dia em cada gaiola. O laboratório Christian Doppler em IFA-Tulln, na Áustria,

analisou uma amostra fecal agrupada por dia e por gaiola quanto a resíduos de toxinas e metabólitos. Os parâmetros registrados consistiram na concentração de DON, DOM-1, sulfato de DON-3 e sulfato de DOM-3 nas fezes (μg/dia). O DON estava presente apenas em pequenas quantidades abaixo do limite de quantificação e só no grupo que recebeu a toxina sem o aditivo (os resultados não são mostrados). O BBSH 797 da BIOMIN reduziu significativamente a carga de sulfato de DON-3 (Figura 7a; barra verde) e aumentou significativamente a quantidade de sulfato de DOM-3 detectado (Figura 7b; barra verde). Demonstrou-se claramente que a reação de de-epoxidação só ocorreu no grupo tratado com BBSH 797 da BIOMIN. Concluindo: as enzimas contidas no Mycofix® são uma estratégia eficaz e de última geração para a desativação das micotoxinas não adsorvíveis. O fato de os estudos com biomarcadores terem sido realizados também em perus é uma garantia de que o produto funciona de forma eficiente em diferentes espécies de animais. A aquisição de produtos registrados com um modo de ação comprovado in vivo é uma forma de assegurar uma produção robusta e de garantir que o capital é devidamente investido num produto concebido para concretizar o que se pretende! BIOMIN 7


O uso de bactérias benéficas para melhorar o desempenho dos perus sem antibióticos A produção de perus conta com desafios específicos, incluindo melhorar as taxas de crescimento, aumentar a absorção de nutrientes e diminuir as doenças entéricas bacterianas. Reduzir a utilização de antibióticos exacerba estes desafios, mas a adição de PoultryStar® à dieta pode introduzir bactérias benéficas para restabelecer os níveis de desempenho. A indústria da avicultura passou recentemente por grandes mudanças, incluindo melhorias genéticas, controle preventivo de doenças, aumento das medidas de biossegurança e a introdução de métodos modernos de produção intensiva. Essas alterações foram implementadas devido ao aumento na demanda de proteína de origem animal. Entre 1990 e 2005, o consumo de carne de aves aumentou em 35 milhões de toneladas nos países em desenvolvimento (Narrod et al., 2007). Em alguns países onde a produção de carne vermelha não é adequada, a sua substituição por carne de peru teve boa aceitação. Contudo, tal como acontece em qualquer setor de pecuária, esta produção está associada a desafios complexos, como a necessidade de melhorar o desempenho de crescimento e a absorção de nutrientes e de reduzir as doenças entéricas bacterianas.

Concretizar mais objetivos com menos antibióticos A melhoria do crescimento e a eficiência alimentar são temas relevantes para qualquer produtor de perus. Em muitos locais, a dependência de antibióticos não importantes do ponto de vista médico para aves de produção tem sido essencial para acompanhar a demanda crescente de proteína de origem animal segura e acessível. No entanto, a pressão 8 SCIENCE & SOLUTIONS

Luis Valenzuela MSc Gerente de Produto

crescente por parte de consumidores, varejistas do setor alimentar e autoridades regulamentares incentivou à redução da utilização de antibióticos em animais de granja. Além disso, o desenvolvimento de cepas bacterianas patogênicas resistentes a certos antibióticos poderá comprometer a eficácia dos antibióticos quando for necessário tratamento. Já se observou um aumento da suscetibilidade a algumas infecções através de imunossupressão ou alteração da microbiota intestinal (National Research Council, 1980).

RESUMO • A pressão exercida pelos consumidores está motivando uma redução da utilização de antibióticos na produção de perus • Sem antibióticos, abre-se uma lacuna no desempenho • A suplementação da dieta com aditivos para rações poderá ajudar a suprir essa lacuna no desempenho • A ingestão de ração e o peso corporal final aumentaram quando se adicionou PoultryStar® à dieta

BIOMIN


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A pressão crescente por parte de consumidores, varejistas do setor alimentar e autoridades regulamentares incentivou à redução da utilização de antibióticos em animais de granja.

BIOMIN 9


O USO DE BACTÉRIAS BENÉFICAS PARA MELHORAR O DESEMPENHO DOS PERUS SEM ANTIBIÓTICOS

Figura 1. Peso corporal por fêmea

10

a

b

9 8 7 a

[kg]

6

b

5 4 3

a b

2 b

1

a

0 Peso inicial

Dia 14

Dia 68

Dia 40 n Controle negativo

Dia 98

n PoultryStar®

Os sobrescritos diferentes no mesmo ponto temporal diferem significativamente (P < 0,05) Fonte: BIOMIN

Reforço por bactérias benéficas Para combater os efeitos indesejáveis dos antibióticos promotores de crescimento (AGP) e para reduzir a utilização global de antibióticos, foram desenvolvidos novos aditivos para rações e medicamentos preventivos, como fitogênicos, ácidos orgânicos, probióticos, prebióticos, simbióticos (combinação de probiótico com prebiótico) e vacinas, proporcionando alternativas para promover o desempenho do animal e prevenir problemas de saúde. O PoultryStar® consiste num produto simbiótico para várias espécies bem definido, que promove uma microflora intestinal benéfica através da ação combinada de microorganismos probióticos específicos para as espécies cuidadosamente selecionados e fruto-oligossacarídeos prebióticos derivados de inulina. Foi concebido para melhorar a saúde intestinal e tornar os pintos mais resistentes a infecções patogênicas, permitindo atingir em simultâneo um melhor desempenho.

Experimento com perus sem antibióticos nos EUA Num experimento científico realizado nos EUA com 540 perus jovens (variedade Koch's Turkey Hybrid) realizado durante 98 dias, o simbiótico PoultryStar® sol da BIOMIN foi aplicado na água de beber dos animais a uma dose de 20 g/1.000 aves/dia em combinação com a dieta comercial sem antibióticos (ABF). O aditivo foi aplicado nos dias 1-3, 10 SCIENCE & SOLUTIONS

7, 13-15, 21, 28, 35, 41-43, 49, 56, 63, 69-71, 77, 84 e 91 (primeiros três dias, a cada três dias, por volta da alteração da ração e uma vez por semana). A dieta comercial ABF foi administrada apenas ao plantel avícola de controle, tendo sido concebida para fundamentar o marketing de perus “alimentados naturalmente”, com dietas orgânicas sem produtos à base de proteína de origem animal e sem antibióticos.

Resultados do experimento Os resultados do experimento mostraram que o PoultryStar® sol melhorou o desempenho dos perus. O peso final vivo foi significativamente mais elevado (P < 0,05) no grupo PoultryStar®, em comparação com o controle negativo (Figura 1). Aos 98 dias de vida, as aves que tinham recebido o suplemento atingiram 9,120 kg, em comparação com 8,604 kg em aves sem suplemento: uma diferença significativa de 516 g. A ingestão de ração foi 8% superior no grupo com o suplemento, o que pode explicar parcialmente o peso atingido no fim do experimento (Figura 2). A taxa de conversão alimentar (TCA) não foi estatisticamente diferente entre os dois grupos.

Resultados relacionados em frangos Estes resultados também foram confirmados por vários experimentos científicos, comerciais e experimentos em campo com frangos. Um estudo recente concluiu BIOMIN


Figura 2. Compilação da ingestão de ração e TCA globais

25 a

20

b

[kg]

[TCA]

15 10

de nutrientes (Awad et al., 2009). Contudo, isto terá de ser confirmado especificamente para perus através de estudos adicionais. Além disso, os experimentos em frangos mostraram que a suplementação profilática desde cedo com PoultryStar® melhora a resposta imunológica das aves, como foi confirmado em análises por pares. O PoultryStar® reduziu consideravelmente a incidência de doenças patogênicas, como Salmonella Enteritidis, no conteúdo cecal (Sterzo et al., 2007), diminuiu a claudicação atribuível a condronecrose bacteriana (Wideman et al., 2012), melhorou o desempenho e proporcionou um efeito de proteção adicional contra um desafio misto por Eimeria (Ritzi et al., 2016).

Conclusão

5 0 Ingestão de ração, dias 14-98 n Controle negativo

TCA global, dias 14-98 n PoultryStar®

Os sobrescritos diferentes diferem significativamente (P < 0,05)

Os estudos e experimentos científicos destacaram os benefícios da utilização de promotores de crescimento naturais, como um simbiótico que inclua uma mistura de cepas de probióticos e um prebiótico. Isto os torna um instrumento atraente como suplementos para rações em programas de alimentação sem antibióticos ou em operações convencionais, para melhorar a saúde intestinal e atingir um melhor desempenho global do plantel avícola.

Fonte: BIOMIN

que o simbiótico PoultryStar® conseguiu aprimorar a histomorfologia intestinal (Palamidi et al., 2016), o que, por sua vez, melhora a digestibilidade devido à melhoria da função digestiva. Os probióticos poderão induzir melhorias na arquitetura intestinal, formando uma área de superfície maior, o que poderá contribuir para uma maior absorção

Nota: À data de elaboração deste artigo, o PoultryStar® tem autorização da UE para utilização na ração ou água para frangos de engorda, criação de galinhas poedeiras ou espécies aviárias menores até à altura da postura. A autorização para utilização do PoultryStar® em perus está sendo avaliada pela UE.

Referência Awad, W., Ghareeb, K., Abdel-Raheem, S. and Bohm, J. (2008). Effects of dietary inclusion of probiotic and synbiotic on growth performance, organ weights, and intestinal histomorphology of broiler chickens. Poultry Science, 88(1), pp.49-56. Narrod, C., Tiongco, M. and Costales, A. (2007). Global poultry sector trends and external drivers of structural change. FAO. Na Internet. Disponível em: http://www.fao.org/ag/againfo/home/ events/bangkok2007/docs/part1/1_1.pdf [Acesso em 12/01/18]. National Research Council. (1980). The Effects on Human Health of Subtherapeutic Use of Antimicrobials in Animal Feeds. National Research Council, Commission on Life Sciences. Committee to Study the Human Health Effects of Subtherapeutic Antibiotic Use in Animal Feeds. Division on Earth and Life Studies and Division of Medical Sciences. National Academies Press. Palamidi, I., Fegeros, K., Mohnl, M., Abdelrahman, W., Schatzmayr, G., Theodoropoulos, G. and Mountzouris, K. (2016). Probiotic form

effects on growth performance, digestive function, and immune related biomarkers in broilers. Poultry Science, 95(7), pp.1598-1608. Ritzi, M., Abdelrahman, W., van-Heerden, K., Mohnl, M., Barrett, N. and Dalloul, R. (2016). Combination of probiotics and coccidiosis vaccine enhances protection against an Eimeria challenge. Veterinary Research, 47(1). Sterzo, E., Paiva, J., Mesquita, A., Freitas Neto, O. and Berchieri Jr, A. (2007). Organic acids and/or compounds with defined microorganisms to control Salmonella enterica serovar Enteritidis experimental infection in chickens. Revista Brasileira de Ciência Avícola, 9(1), pp.69-73. Wideman, R., Hamal, K., Stark, J., Blankenship, J., Lester, H., Mitchell, K., Lorenzoni, G. and Pevzner, I. (2012). A wire-flooring model for inducing lameness in broilers: Evaluation of probiotics as a prophylactic treatment. Poultry Science, 91(4), pp.870-883.

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Como reduzir os problemas causados por E. coli nos perus apesar da resistência ao enrofloxacino Antonia Tacconi PhD Gerente de Linha de Produto Global – Ácidos

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A maioria das bactérias existentes no trato gastrointestinal consegue viver no hospedeiro sem causar danos. No entanto, há certas cepas que provocam doenças, resultando em perdas econômicas substanciais para os produtores. O controle dessas doenças bacterianas reduzindo simultaneamente a utilização de antibióticos na produção de perus exige uma abordagem ponderada e estratégica.

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O microbioma intestinal dos frangos e dos perus é apenas 16% semelhante.

O trato gastrointestinal das aves é intensivamente povoado por muitos micro-organismos diferentes. As tecnologias de análise recentes, como sequenciamento de nova geração, tornaram possível a caracterização exaustiva deste microbioma. Em geral, a microbiota é um componente muito importante para o hospedeiro, porque pode influenciar o desenvolvimento e o funcionamento dos sistemas digestivo e imunológico. Embora haja muitos estudos disponíveis sobre o microbioma dos frangos, não há muitos que tenham sido publicados sobre o microbioma dos perus. A importância dos estudos específicos para as espécies foi salientada por Pan e Yu (2014), que demonstraram que o microbioma intestinal dos frangos e dos perus é apenas 16% semelhante. Wilkinson et al. (2017) demonstraram que os filos Firmicutes, Bacteroidetes, Actinobacteria e Proteobacteria eram os filos dominantes na microbiota dos perus de todas as idades e em todos os locais. As bactérias Escherichia coli pertencem ao filo Proteobacteria e são habitantes comuns no trato gastrointestinal dos perus, mas também as podemos encontrar em outras aves, bem como em mamíferos. As bactérias E. coli residem predominantemente no hospedeiro sem causar quaisquer danos. Contudo, há certas cepas de E. coli que possuem genes virulentos específicos que conseguem causar doenças nas aves (E. coli aviária patogênica – APEC). A colibacilose aviária é uma das doenças mais comuns nas aves. A colibacilose pode ocorrer sob muitas formas clínicas diferentes, causando perdas econômicas consideráveis para os produtores em todo o mundo. Para combater a colibacilose, devem ser utilizados antimicrobianos. No entanto, a utilização indevida ou aplicação incorreta de antibióticos pode contribuir para a proliferação de resistência antimicrobiana, que representa uma ameaça tanto para os animais como para os seres humanos. Considerando as mais recentes tendências e a pressão exercida pelo mercado, é essencial haver alternativas que possam ser utilizadas como instrumentos de prevenção para evitar a colibacilose.

Ácidos orgânicos: uma solução alternativa Os ácidos orgânicos ou ácidos graxos de cadeia única (single chain fatty acids, SCFA) são comprovadamente tóxicos para muitos micro-organismos. Esta toxicidade está primariamente associada à capacidade de os ácidos não dissociados se difundirem livremente através das membranas das bactérias. Depois de estarem no interior da célula, os ácidos dissociam-se em ânions e prótons, e os ânions resultantes poderão afetar o crescimento celular de muitas formas diferentes. Para auxiliar e facilitar a passagem dos ácidos através da membrana bacteriana, a utilização de SCFA pode ser combinada com a utilização de agentes de permeabilização que desestabilizem a membrana exterior de bactérias Gram-negativas (como E. coli e Salmonella spp.) e, assim, facilitar a passagem dos ácidos para o interior das

RESUMO • O trato gastrointestinal dos perus contém um microbioma complexo de bactérias, a maioria das quais não causa danos no hospedeiro • Algumas cepas bacterianas provocam doenças que levam a perdas econômicas • A tendência decrescente na utilização de antibióticos motivou o aumento das estratégias alternativas para o controle das doenças • O Biotronic® Top liquid consegue reduzir a contagem de E. coli em perus, quando utilizado como parte de uma abordagem holística à produção de perus BIOMIN 13


COMO REDUZIR OS PROBLEMAS CAUSADOS POR E. COLI NOS PERUS APESAR DA RESISTÊNCIA AO ENROFLOXACINO

células. Uma formulação deste tipo foi considerada para o desenvolvimento do acidificante otimizado Biotronic® Top liquid: uma combinação de substâncias capazes de permear a membrana exterior das bactérias Gram-negativas (Permeabilizing Complex™) com uma mistura bem estudada de ácidos orgânicos. Este produto pode ser adicionado ao fornecimento de água como instrumento de prevenção para reduzir a replicação de E. coli patogênica em aves.

Biotronic® Top liquid: prevenção contra a replicação de E. coli

Tabela 1. Dietas experimentais Controle negativo (CN)

Dieta padrão

Controle positivo (CP)

Dieta padrão + enrofloxacino como suplemento na água a 0,50 ml/l (do dia 11 até ao dia 20 do experimento)

Biotronic® Top liquid (BTR)

Dieta padrão + Biotronic® Top liquid como suplemento na água a 1,25 ml/l (durante todo o período)

Fonte: BIOMIN

Num experimento realizado em colaboração com o Istituto Zooprofilattico Sperimentale della Lombardia e dell’Emilia-Romagna “Bruno Ubertini”, 80 fêmeas de peru com um dia de vida (Big 6 Aviagen®) foram alimentadas com três dietas diferentes (Tabela 1). A ração e a água administradas às aves foram testadas quanto à ausência de E. coli, Enterobacteriaceae, Clostridium spp. e Salmonella spp. antes de serem disponibilizadas. As dietas foram administradas a partir do dia 4 após o tratamento preventivo das aves com a dose de colistina recomendada pelo fabricante. No dia 11 do experimento, todas as aves foram desafiadas com 1,38 x 108 UFC de E. coli, sorotipo O78, uma APEC isolada durante a ocorrência de colissepticemia num plantel avícola de perus na Itália em 2014. Verificou-se que a cepa era resistente ao enrofloxacino. No dia 4 do experimento, sacrificou-se um animal por grupo por deslocação cervical para confirmar a ausência de E. coli O78, bem como qualquer outra cepa de E. coli. Todos os outros animais foram deixados nas gaiolas, permitindo o seu crescimento. Nos dias 20 e 30 do experimento, dez aves de cada grupo foram sacrificadas por deslocação cervical e examinadas por análise bacteriológica e avaliação de escores de lesão.

Tabela 2.

Escores de lesão

Figura 1.

Os escores das lesões hepáticas nos animais sacrificados foram determinados utilizando-se uma versão ligeiramente modificada em relação ao que foi descrito por Van Eck e Goren (1991) (Tabela 2). Calculou-se o escore de lesão médio para cada grupo. No dia 20, não se observaram

Escores de lesão e respectivas descrições Escores de lesão

Descrição Sem lesões

0

Uma mancha inflamatória amarela ou castanha com o tamanho de uma cabeça de alfinete

0,5 1

Duas ou mais manchas inflamatórias com o tamanho de uma cabeça de alfinete

2

Camada fina de exsudado fibrinoso em vários locais

3

Exsudação fibrinosa espessa e extensa

Adaptados de Van Eck e Goren, 1991.

sinais de lesões no grupo do Biotronic® Top liquid (BTR). Contudo, não se encontraram resultados significativamente diferentes em relação ao controle negativo (CN) ou controle positivo (CP). No dia 30, o escore de lesão do grupo BTR foi significativamente diferente (p < 0,05) do CP e CN (Figura 1).

Escore de lesão médio do fígado 0,90b

0,85b

0,75

0,50

“É necessária uma abordagem holística que inclua um manejo correto, medidas de vacinação adequadas e o plano nutricional certo para impedir a proliferação de E. coli.” 14 SCIENCE & SOLUTIONS

-83%

-82%

0,15a 0,00 Dia 20

Dia 30

n Controle negativo n Controle positivo n Biotronic® Top liquid (Os sobrescritos diferentes diferem significativamente [P < 0,05]) Fonte: BIOMIN

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Contagem de E. coli Bactérias E. coli foram isoladas do trato intestinal e do fígado, tendo-se procedido a enumeração adicional utilizando tampões e ágar apropriados. A suplementação da água com Biotronic® Top liquid reduziu as contagens de E. coli no trato intestinal e no fígado dos perus. No dia 20 e no dia 30, as contagens de E. coli no trato intestinal dos perus no grupo BTR tinham sido significativamente reduzidas (p < 0,05) em comparação com o CN e CP, conforme é mostrado na Figura 2. No dia 20 e no dia 30, não se encontraram contagens de E. coli nas amostras do fígado do grupo BTR, enquanto os grupos de CN e CP apresentaram resultados positivos para E. coli. No dia 30, a contagem de E. coli no figado foi significativamente inferior (p < 0,05) no grupo BTR em comparação com o CN e CP (Figura 3).

Biotronic® Top liquid: uma solução rentável

Referência Pan, D. and Yu, Z. (2014). Intestinal microbiome of poultry and its interaction with host and diet. Gut Microbes 5(1): 108 – 119. Van Eck, J.H. and Goren, E. (1991). An Ulster 2C strain-derived Newcastle disease vaccine: vaccinal reaction in comparison with other Ientogenic Newcastle disease vaccines. Avian Pathology 20(3) pp. 497-507. Wilkinson T.J., Cowan, A.A., Vallin, H.E., Onime, L.A., Oyama, L.B., Cameron, S.J., Gonot, C., Moorby, J.M., Waddams, K., Theobald, V.J., Leemans, D., Bowra, S., Nixey, C. and Huws, S.A. (2017). Characterization of the Microbiome along the Gastrointestinal Tract of Growing Turkeys. Front Microbiol 8: 1089.

como é confirmado pelos resultados, porque as bactérias utilizadas para o desafio eram resistentes a esse medicamento específico. Por este motivo, é importante desenvolver uma estratégia de prevenção contra a colibacilose, em vez de depender apenas da terapêutica.

O tratamento de colibacilose em aves deve ter em consideração os custos do tratamento de plantéis avícolas, com a dosagem correta durante um período suficientemente longo, e a percentagem crescente de bactérias E. coli isoladas que são resistentes a medicamentos antibacterianos. O diagnóstico de colibacilose baseia-se sobretudo nas características clínicas e nas lesões macroscópicas típicas. Mas, para confirmar a infecção, as bactérias E. coli devem ser isoladas e identificadas. Além disso, deve-se excluir as resistências bacterianas. Todos estes passos demoram tempo, provocando perdas na produção quando a análise precisa ser pedida a terceiros. Também podem levar a decisões erradas quanto à escolha da terapêutica certa a adotar. Neste caso, o tratamento com um antibiótico habitualmente utilizado (enrofloxacino) não teria sido eficaz,

É necessária uma abordagem holística que inclua um manejo correto, medidas de vacinação adequadas e o plano nutricional certo para impedir a proliferação de E. coli e, assim, da colibacilose em perus, mas também em outras aves. A utilização de aditivos para rações, como o acidificante otimizado Biotronic® Top liquid, poderá auxiliar uma redução na replicação de bactérias patogênicas no animal, podendo este produto ter uma função essencial na redução da contaminação ambiental por E. coli.

Figura 2.

Figura 3.

Contagem de E. coli média do conteúdo intestinal

Contagem de E. coli média no fígado

8,09b 7,42b

Conclusão

7,89b

3,66c

7,24b -37%

5,42a

3,29b

3,09 -35%

-29%

2,72

2,59a

5,12a

-21%

0,00 Dia 20

Dia 20

Dia 30

Dia 30

n Controle negativo n Controle positivo n Biotronic® Top liquid (Os sobrescritos diferentes diferem significativamente [P < 0,05])

n Controle negativo n Controle positivo n Biotronic® Top liquid (Os sobrescritos diferentes diferem significativamente [P < 0,05])

Fonte: BIOMIN

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