Science & Solutions No. 60 - Suínos (Português)

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Você está gerenciando seu risco de endotoxinas? Dez dicas de manejo para garantir o sucesso do seu rebanho de suínos

Mantendo você naturalmente informado | Número 60 | Suínos

Garanta o sucesso com o manejo eficaz de suínos

Os antibióticos promotores de crescimento podem ser substituídos por aditivos fitogênicos para rações?


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Você está gerenciando seu risco de endotoxinas?

Dez dicas de manejo para garantir o sucesso do seu rebanho de suínos

Os antibióticos promotores de crescimento podem ser substituídos por aditivos fitogênicos para rações?

Siyeong Choi, Médica Veterinária, Gerente Técnica de Vendas, Suínos e Michele Muccio MSc, Gerente de Produto

Anita Urbańczyk MSc, Gerente Técnica de Vendas, Suínos

Mathias Zaunschirm MSc, Gerente de Produto para Fitogênicos

Os leitões e as porcas são os dois grupos de animais mais importantes na suinocultura. Siga essas 10 dicas para o aproveitamento máximo do seu rebanho.

Muitas formulações de rações para suínos não contêm mais antibióticos promotores de crescimento (AGP) por conta das crescentes exigências dos consumidores e da pressão regulatória. A não ser que os AGPs sejam substituídos por uma alternativa adequada, problemas de desempenho podem surgir já que a energia para o crescimento será utilizada para combater os desafios patogênicos. Os aditivos fitogênicos para rações são uma alternativa viável em virtude de suas propriedades anti-inflamatórias.

As endotoxinas são liberadas durante a replicação ou lise bacteriana. Em animais saudáveis, o intestino age como uma barreira, impedindo a entrada de endotoxinas no sangue. Entretanto, em momentos de estresse ambiental, nutricional ou metabólico, pode haver o aumento da permeabilidade intestinal, permitindo a entrada de endotoxinas na corrente sanguínea, enfraquecendo o sistema imunológico e prejudicando o desempenho do animal. Quando incluído na dieta, o Mycofix® é capaz de combater o impacto negativo das endotoxinas.

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ÍNDICE

SCIENCE & SOLUTIONS

BIOMIN


EDITORIAL

Controle dos desafios de desempenho intestinal Levando-se em consideração o maior potencial genético das porcas altamente prolíficas e os altos níveis de produção de carne magra durante o período de engorda, suínos em sistemas intensivos de produção enfrentam diversos desafios que devem ser cuidadosamente controlados. A pressão para a conversão alimentar é alta em virtude do acesso limitado a ingredientes frescos e acessíveis para rações e em decorrência do estresse patogênico e ambiental ou de toxinas, tais como micotoxinas e endotoxinas. Para superar tais desafios, diversos países começaram a regulamentar o uso de antibióticos e aditivos para rações por conta dos potenciais riscos para a saúde humana ou contaminação ambiental. As endotoxinas são liberadas durante a replicação ou lise bacteriana. Em animais saudáveis, o intestino age como uma barreira, impedindo a entrada de endotoxinas no sangue. Entretanto, em momentos de estresse ambiental, nutricional ou metabólico, pode haver o aumento da permeabilidade intestinal, permitindo a entrada de endotoxinas na corrente sanguínea, enfraquecendo o sistema imunológico e prejudicando o desempenho do animal. Durante a vida, os suínos são continuamente expostos a endotoxinas. Nesta edição de Science & Solutions, mantemos você naturalmente à frente com três artigos contendo diferentes dicas de manejo para maximizar a conversão alimentar,

estabelecendo um melhor estado de saúde e um maior escore de condição corporal na fase inicial da vida dos suínos, melhorando também a proteção intestinal com a inclusão de aditivos para rações seletivos na dieta dos suínos. As condições industriais nem sempre são favoráveis para a produção de carne suína de alta qualidade que se converte em lucros elevados para os produtores. Esta edição de Science & Solutions oferece a você uma visão científica e prática, dando continuidade à nossa ênfase em formas naturais e sustentáveis para ajudar os produtores a melhorar a produtividade e a rentabilidade do rebanho. Esperamos que aprecie a leitura deste número da Science & Solutions, que o mantém naturalmente informado.

Siyeong Choi, Médica Veterinária Gerente Técnica Regional, Suínos

Editores: Ryan Hines, Caroline Noonan Colaboradores: Siyeong Choi, Médica Veterinária, Michele Muccio MSc, Anita Urbańczyk MSc, Mathias Zaunschirm MSc ISSN: 2309-5954 Marketing: Herbert Kneissl, Karin Nährer Se desejar obter uma cópia digital e mais Gráficos: GraphX ERBER AG informações, visite: Pesquisa: Franz Waxenecker, Ursula Hofstetter http://magazine.biomin.net Editora: BIOMIN Holding GmbH Se desejar obter cópia de artigos ou assinar Science & Erber Campus, 3131 Getzersdorf, Áustria Solutions, contate-nos no e-mail: Tel: +43 2782 8030 magazine@biomin.net www.biomin.net

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Você está gerenciando seu risco de endotoxinas? As endotoxinas são liberadas durante a replicação ou lise bacteriana. Em animais saudáveis, o intestino age como uma barreira, impedindo a entrada de endotoxinas no sangue. Entretanto, em momentos de estresse ambiental, nutricional ou metabólico, pode haver o aumento da permeabilidade intestinal, permitindo a entrada de endotoxinas na corrente sanguínea, enfraquecendo o sistema imunológico e prejudicando o desempenho do animal. Quando incluído na dieta, o Mycofix® é capaz de combater o impacto negativo das endotoxinas.

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SCIENCE & SOLUTIONS

Siyeong Choi, Médica Veterinária Gerente Técnica de Vendas, Suínos

Michele Muccio MSc Gerente de Produto para Mycofix®

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As endotoxinas e seus efeitos negativos em suínos Os lipopolissacarídeos (LPSs) são componentes da parede celular de bactérias Gram-negativas, como a E. coli e Salmonella. Eles também são chamados de endotoxinas e são liberados durante a replicação ou morte (lise) bacteriana. Os LPSs variam dependendo da bactéria de origem, sendo mais ou menos agressivos ou patogênicos de acordo com a variabilidade da cadeia de polissacarídeos O-específicos. Eles também agem como uma potencial barreira de entrada contra agentes antimicrobianos na membrana externa de bactérias Gram-negativas. Ao longo da vida, os suínos são continuamente expostos aos LPSs. Embora o trato gastrointestinal seja a principal via de exposição aos LPSs no setor da suinocultura, a concentração de endotoxinas no ar e nas poeiras não deve ser ignorada: as endotoxinas são um componente importante das poeiras biológicas. Em animais saudáveis, o epitélio intestinal e demais epitélios, como da pele e dos pulmões, representam uma barreira eficaz, prevenindo a entrada de LPSs na corrente sanguínea. No entanto, caso entrem no sangue, as endotoxinas são capazes de provocar fortes respostas imunológicas, enfraquecendo o sistema imunológico e prejudicando o desempenho. Em suínos, as endotoxinas desencadeiam uma cascata inflamatória que aumenta as exigências de manejo por causa da febre. Tal fato, em combinação com a menor ingestão de ração, reduz a quantidade de energia disponível para o crescimento. Além disso, uma resposta imunológica muito acentuada pode levar ao choque séptico.

Endotoxinas e eficiência alimentar As endotoxinas também prejudicam a eficiência alimentar. Um estudo recente dos desafios comuns em granjas de suínos mostrou uma redução da resposta de crescimento em virtude de uma menor ingestão de ração provocada por diversos motivos, como apresentado na Tabela 1.

Se entrarem na corrente sanguínea, as endotoxinas podem provocar respostas imunológicas intensas, enfraquecendo o sistema imunológico e prejudicando o desempenho. Tabela 1. Redução percentual na ingestão de ração associada a diversos motivos Motivos para a redução na ingestão de ração

Redução percentual

Infecções parasitárias

3%

Instalações em más condições

4,1%

Infecções bacterianas do trato digestivo

10,2%

Doenças respiratórias

17,3%

Micotoxicoses (doenças induzidas por micotoxinas)

25,2%

Lipopolissacarídeos (LPSs)

26,8%

Os resultados também são apresentados junto com as diferenças de eficiência alimentar na Figura 1.

Prevenção e gestão do risco de endotoxinas Em anos recentes, surgiram novas preocupações relacionadas com fatores nutricionais, ambientais e sociais que podem perturbar a função de barreira e/ou aumentar a exposição aos LPSs. O intestino é a primeira linha de defesa contra as endotoxinas, cujo transporte pode estar aumentando quando o intestino estiver comprometido por fatores antinutricionais, de estresse ou metabólicos, especialmente em épocas de estresse provocado por calor, contaminação por micotoxinas ou inflamação. Em diversas espécies de pecuária, acredita-

EM SUMA • O intestino é a primeira linha de defesa contra as endotoxinas, que podem entrar na corrente sanguínea em caso de comprometimento da integridade intestinal. • As endotoxinas desencadeiam uma resposta imunológica e prejudicam a eficiência alimentar, reduzindo a quantidade de energia disponível para o crescimento do animal. • Conforme demonstrado em dois experimentos internacionais, o Mycofix® é uma solução eficaz contra as endotoxinas.

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VOCÊ ESTÁ GERENCIANDO SEU RISCO DE ENDOTOXINAS?

Figura 1.

Resposta média de crescimento (% controle) corrigida

Consequências metabólicas expressas em resposta de crescimento negativo por um sistema imunológico ativado face a diferentes desafios.

0 -5

Infecções bacterianas do trato digestivo

Instalações em más condições

-10,2

-10

Desafio de LPS

Micotoxicoses

Infecções parasitárias

Doenças respiratórias

-3,0

-4,1

-5,4 -12,2

-25,2

-26,8

-15

-17,3

-20 -25

-7,3 -29,6

-4,5

-30 -35 -40

n Fração por mudanças na eficiência alimentar n Fração por uma redução na ingestão de ração

-45 Fonte: De Jong et al., 2014

Figura 2.

Figura 3.

Ganho de peso diário médio em suínos com mais de 28 dias de idade recebendo a dieta controle ou a ração tratada com Mycofix® antes do estresse provocado por calor (p = 0,26). As barras representam o erro padrão combinado da média.

Efeito de diferentes condições (zona termoneutra vs. estresse provocado por calor) sobre a permeabilidade ileal a endotoxinas em marrãs recebendo a dieta controle ou a ração tratada com Mycofix®. As barras representam o erro padrão combinado da média.

0,60

40

31,9b

[kg/d]

0,55

0,51 0,47

0,50

0,45

[Unidades arbitrárias]

35 30 25

14,1ab

20 15

9,7

a

7,6a

10 5 0

0,40 n Controle n Mycofix® Fonte: BIOMIN

se que um aumento de 1 a 2 °C na temperatura corporal pode afetar as proteínas da junção intestinal, aumentando a permeabilidade intestinal e permitindo a entrada de um maior teor de LPSs na corrente sanguínea. As dietas altamente calóricas e com elevado teor de gordura aumentam as concentrações de endotoxinas no soro e induzem a inflamação aguda de baixo grau. A inanição reduz a expressão e a função da fosfatase alcalina intestinal (FAI), uma enzima da borda em escova responsável pela desintoxicação dos LPSs.

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n Zona termoneutra n Zona termoneutra + Mycofix® n Estresse provocado por calor n Estresse provocado por calor + Mycofix® Os sobrescritos indicam diferenças estatísticas significativas Fonte: BIOMIN

Uma solução da BIOMIN para o controle de endotoxinas O Mycofix® é um produto de última geração e líder de mercado para a desativação de micotoxinas, que utiliza as três estratégias de adsorção, biotransformação e bioproteção para a neutralização completa das micotoxinas. Demonstrouse também que o produto é eficaz contra as endotoxinas, combinando a potência do único produto adsorvente no mercado aprovado pela UE com a mistura de bioproteção

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Figura 4.

Figura 6.

Ganho de peso diário médio em suínos entre 36 e 56 dias de idade rece­ bendo a dieta controle ou a ração tratada com Mycofix® antes do estresse provocado por calor (p =0 ,197). As barras representam o desvio padrão.

Concentração de endotoxinas no soro de suínos recebendo a dieta controle ou a ração tratada com Mycofix® no primeiro dia de estresse provocado por calor. As barras representam o desvio padrão.

0,76

35,0 0,64

0,70 0,68 0,66 0,64

25,0 20,0 15,0

0,62

10,0

0,60

5,0

0,58

0,0 n Controle n Mycofix®

Fonte: BIOMIN

Fonte: BIOMIN

Figura 5.

[proporção L:R]

Teste de permeabilidade a açúcares, medido como a proporção L:R, de leitões recebendo a dieta controle ou a ração tratada com Mycofix® no segundo dia de estresse provocado por calor. As barras representam o desvio padrão. 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0

3,48

21,80

30,0 [Unidades/ml]

[kg/animal]

0,72

28,95

40,0

0,66

0,74

2,54

n Estresse provocado por calor n Estresse provocado por calor + Mycofix® Fonte: BIOMIN

da BIOMIN: uma combinação de extratos vegetais e de algas cuidadosamente selecionados para oferecer proteção hepática, imunológica e gastrointestinal. O desempenho do Mycofix® contra as endotoxinas foi avaliado recentemente em dois experimentos conduzidos na Universidade Estadual de Iowa (EUA) e no Centro de Nutrição Animal Aplicada (CAN) na Áustria. O objetivo dos experimentos foi avaliar os efeitos do Mycofix® na permeabilidade das endotoxinas e a resposta inflamatória em leitões sob condições de estresse provocado por calor. No experimento conduzido na Universidade Estadual de Iowa, 32 marrãs uma semana após o desmame foram dividias em dois grupos de tratamento: o grupo controle e um grupo recebendo uma dieta com 2,5 kg de Mycofix® por tonelada de ração. O experimento teve a duração de 28 dias. Diversos parâmetros

n Estresse provocado por calor n Estresse provocado por calor + Mycofix®

foram avaliados, incluindo o ganho de peso diário médio e a permeabilidade ileal a endotoxinas (Figuras 2 e 3). No segundo experimento conduzido no CAN, 36 leitões (com 21 dias de idade) foram divididos em dois grupos de tratamento: um grupo controle ou um grupo recebendo uma dieta com 2,5 kg de Mycofix® por tonelada de ração. O experimento teve a duração de 56 dias. Diversos parâmetros foram avaliados, inclusive o desempenho (ganho de peso diário médio em kg/d) ao longo de todo o período de alimentação, a permeabilidade intestinal durante o estresse provocado por calor medida por meio do teste de permeabilidade a açúcares (proporção lactulose:ranose [L:R]) e a concentração de endotoxinas (unidades/ml) no sangue durante o estresse provocado por calor (Figuras 4, 5 e 6). Os resultados de ambos os experimentos demonstram que o Mycofix®, em uma concentração de 2,5 kg por tonelada de ração terminada, é capaz de: • neutralizar os efeitos negativos da maior permeabilidade intestinal induzida pelo estresse provocado por calor em leitões em desmame • reduzir a concentração de endotoxinas no sangue Todos os resultados sugerem que, quando usado, o Mycofix® apresenta uma neutralização dos efeitos de ativação de endotoxinas, levando a uma melhoria do desempenho em momentos de estresse provocado por calor.

Referência De Jong, J.A., DeRouchey, J.M., Tokach, M.D., Dritz, S.S. and Goodband, R.D. (2014). Effects of dietary wheat middlings, corn dried distillers grains with solubles, and net energy formulation on nursery pig performance. Journal of Animal Science. 92(8). 3471-3481.

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Dez dicas de manejo para garantir o sucesso do seu rebanho de suínos Os leitões e as porcas são os dois grupos de animais mais importantes na suinocultura. Siga essas 10 dicas para o aproveitamento máximo do seu rebanho.

EM SUMA • A obtenção de resultados ideais na suinocultura requer o manejo cuidadoso de todos os animais, em especial dos leitões e porcas. • Oferecer aos leitões o melhor início de vida possível terá um impacto positivo no futuro desempenho do rebanho. • Suplementos nutricionais, como os AFRs e acidificantes incorporados na dieta das porcas, promovem a saúde dos leitões recém-nascidos e o desempenho das porcas durante o parto e lactação.

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Figura 1. Correlação entre o peso corporal ao nascimento e o peso ao desmame 7,00 Peso corporal ao desmame (kg) - 23 dias de idade

Uma operação eficaz é fundamental para que os produtores de suínos continuem competitivos e sejam bemsucedidos. Isso quer dizer que a ração, responsável por aproximadamente 75% dos custos totais de produção, deve ser efetivamente convertida em carne suína. Além disso, o maior potencial genético dos animais está mudando a abordagem padrão dos métodos de produção. A criação de porcas altamente produtivas e prolíficas exige uma mudança de manejo, com melhoria das condições ambientais e atenção especial a rigorosos padrões de biossegurança. O manejo das porcas exige investimento em ração, mão de obra qualificada e outros custos operacionais que não estão diretamente relacionados com a produtividade dos animais. A conclusão é simples: o custo de produção aumenta com a redução do tamanho da leitegada. Quanto maior for o número de leitões desmamados por porca por ano, maior será também a rentabilidade da produção.

Anita Urbańczyk MSc Gerente Técnica de Vendas, Suínos

6,50 6,00

1,75 kg

5,50 5,00 4,50

1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 Peso corporal ao nascimento (kg)

Fonte: BIOMIN

Dica de manejo 1 Pese os leitões ao nascimento O primeiro ponto crucial é garantir que a porca esteja bem preparada antes do parto. O segundo ponto crucial é o parto propriamente dito, que tem um grande impacto nos leitões recém-nascidos. O peso dos leitões ao nascimento deve ser otimizado para garantir taxas de sobrevivência ideais. Dependendo do número de leitões em uma leitegada, o peso ao nascimento não deve ser inferior a 1,4 kg. Em leitegadas maiores, os leitões podem pesar 1,2 kg ao nascimento, mas tal diferença no peso corporal leva a uma diferença no peso ao desmame. Por exemplo, uma diferença de 1 kg no peso ao nascimento é igual a uma diferença de 1,75 kg no peso corporal após 23 dias de lactação (Figura 1).

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Quanto maior for o número de leitões desmamados por porca por ano, maior será também a rentabilidade da produção. BIOMIN

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DEZ DICAS DE MANEJO PARA GARANTIR O SUCESSO DO SEU REBANHO DE SUÍNOS

Dica de manejo 4 Adicione suplementos nutricionais logo no início da vida

Dica de manejo 2 Registre os horários da parto

Tabela 1. Comparação do teor de nutrientes no colostro e no leite das porcas Colostro (horas após o nascimento)

Leite (semana de lactação)

0

6

12

3

4

Matéria seca (%)

24,4

21,1

19,8

18,4

18,1

Proteína bruta (%)

15,5

11,5

9,0

5,5

5,5

Gordura bruta (%)

5,0

5,0

6,0

5,6

6,1

Lactose (%)

3,3

4,0

4,2

5,5

5,5

Minerais (%)

0,6

0,6

0,6

1,0

1,1

Fonte: BIOMIN

Tabela 2. Teor de imunoglobulinas no colostro e leite das porcas Componente

Colostro

Leite maduro

IgA (mg/ml)

21

5

IgG (mg/ml)

96

1

IgM (mg/ml)

9

1,5

Fonte: BIOMIN

Dica de manejo 3 Monitore a ingestão de colostro A vitalidade de um leitão nas primeiras horas após o nascimento é fundamental para o seu futuro desenvolvimento. A ingestão de colostro deve acontecer o mais rápido possível para garantir a assimilação das imunoglobulinas necessárias para o desenvolvimento de um sistema imunológico ativo e saudável. A composição do colostro muda rapidamente nas horas após o parto. O teor proteico bruto cai de 15% no colostro para apenas 5,5% no leite. A proteína bruta contém imunoglobulinas, portanto tal teor também muda rapidamente. A Tabela 1 apresenta uma comparação entre o teor de nutrientes no colostro e no leite das porcas. O teor de imunoglobulinas é apresentado na Tabela 2.

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Produtos nutricionais especiais podem ser usados para melhorar a vitalidade de leitões pequenos ou fracos logo após o nascimento. As composições líquidas de óleos essenciais são usadas por causa de seus efeitos palatáveis e potentes efeitos antimicrobianos e antioxidantes. Além disso, elas podem conter ácidos graxos de cadeia média, que oferecem aos leitões a energia rápida necessária. A suplementação com vitamina E ajuda o desenvolvimento do sistema imunológico. Esses produtos são capazes de oferecer sustento durante o primeiro dia de vida de leitões fracos, reduzindo a mortalidade durante as primeiras horas após o nascimento. A dose típica é de 1 a 2 ml por leitão, administrada diretamente na boca uma, duas ou três vezes ao dia, após a qual se espera um aumento da vitalidade dos leitões.

Dica de manejo 5 Auxilie o desenvolvimento precoce do sistema imunológico Os leitões recém-nascidos têm imunidade passiva que receberam das mães durante o período pré-natal. Após o nascimento, a imunidade passiva diminui ao longo de diversos dias, estimulando o desenvolvimento do sistema imunológico inato com base na ingestão precoce de colostro. Os leitões absorvem a maior quantidade de imunoglobulinas do colostro nas primeiras 12 horas após o nascimento. Ao longo do tempo, o teor de imunoglobulinas no colostro e no leite diminui, assim como a oportunidade dos leitões de absorvê-las.

Dica de manejo 6 Fortaleça a imunidade O desmame é um estágio crítico do ciclo de vida dos leitões. Um dos motivos é a mudança da alimentação líquida Figura 2. Nível de imunoglobulinas no sangue

Nível de imunoglobulinas

O tempo de parto deve ser monitorado. Em geral, uma porca precisa de 15 a 20 minutos para parir um leitão, o que significa que o processo de parto de uma leitegada de 15 leitões não deve durar mais do que 4,5 a 5 horas. Esse tempo permite que cada leitão recém-nascido tenha tempo e força suficientes para começar a procurar as glândulas mamárias para a sua primeira dose de colostro.

Fonte: BIOMIN

Lacuna imunitária

Imunidade passiva

Imunidade ativa

Tempo

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(leite) para o creep-feeding sólido. O segundo motivo é a lacuna imunológica, que surge perto do período de desmame (Figura 2). Entre a terceira e sexta semana de vida, a imunidade passiva diminui e a imunidade ativa aumenta. Durante esse período crítico, os leitões ainda não têm imunidade ativa suficiente e não estão mais protegidos pela imunidade passiva. Diversos problemas podem surgir, inclusive diarreia, perda de peso e outros problemas de saúde, caso os produtores cometam erros de manejo durante esse período, como, por exemplo, um ambiente não otimizado para o desenvolvimento dos leitões ou uma alimentação desequilibrada.

Dica de manejo 7 Use aditivos fitogênicos para rações na dieta das porcas para aumentar a produção de leite. O uso de suplementos para rações para aumentar a produção de colostro e de leite deve ser considerado no manejo de porcas prolíficas. Os aditivos fitogênicos para rações (AFR) adicionados à dieta das porcas durante o período de gestação e lactação ajudam a melhorar tanto a quantidade quanto a qualidade do colostro e do leite. Os componentes fitogênicos melhoram a digestibilidade de determinados nutrientes dietéticos. A secreção de enzimas endógenas é muito mais alta quando as dietas são suplementadas com AFR em comparação com dietas sem a suplementação de AFR. Com uma ração de melhor digestibilidade, as porcas absorvem mais nutrientes e são, portanto, capazes de produzir leite de melhor qualidade e quantidade, conforme comprovado em diversos experimentos científicos e comerciais. O monitoramento do peso dos leitões ao desmame é a melhor forma e a mais fácil para se avaliar a produção de leite das porcas. A comparação dos dados antes e após a suplementação com AFR mostrará as diferenças. Os leitões de porcas alimentadas com uma ração suplementada com AFR são tipicamente 250 a 400 gramas mais pesados ao desmame Figura 3. Maior produção de leite com o Biotronic® Top3 12 10

9,8

10,4

kg/dia

8 6 4 2 0 Fonte: BIOMIN

n Controle n Biotronic® Top3

do que os leitões controle. Outros fatores a serem considerados incluem o potencial genético, o manejo do rebanho, o estado de saúde, a nutrição e a mão de obra humana.

Dica de manejo 8 Use AFRs para melhorar a saúde das porcas Os AFRs, que são produtos derivados de óleos essenciais, plantas medicinais e especiarias, possuem outras propriedades além dos efeitos anti-inflamatórios. Isso quer dizer os AFRs podem ajudar a criar uma barreira intestinal contra os agentes patogênicos, melhorando o estado de saúde das porcas, o que desempenha um papel importante no manejo adequado do rebanho principal.

Dica de manejo 9 Use acidificantes para promover a ingestão de ração A acidificação é outro fator que pode influenciar a produção de leite. O uso de acidificantes bem balanceados na ração ajuda a controlar as bactérias intolerantes aos ácidos, como bactérias Gram-negativas, promovendo, assim, uma microflora intestinal benéfica. A acidificação também pode melhorar a higiene da ração. Quando os ácidos adequados são incluídos na dieta, as porcas são capazes de consumir mais ração, aumentando a produção de leite em até 0,5 l/dia, conforme apresentado na Figura 3.

Dica de manejo 10 Ofereça água em quantidade e qualidade adequadas Com frequência, o fornecimento de água fresca e limpa não é levado em consideração no manejo das porcas. Assim como leitões e suínos em crescimento e terminação, as porcas também precisam de água. No entanto, as porcas precisam produzir leite e, portanto, precisam beber muito mais água do que os demais suínos. Para produzir 1 litro de leite, as porcas devem beber 2,5 litros de água. Durante o período de gestação, as porcas bebem por volta de 15 a 20 litros de água por dia. Dependendo do tamanho da leitegada, as porcas no período de lactação precisam de mais de 22 litros de água por dia. Verifique com frequência se a velocidade do fluxo não está muito baixa. Para porcas no período de gestação, a velocidade deve ser de, no mínimo, 3 l/min e no mínimo 4 l/min para porcas em lactação. A única forma para se alcançar altos resultados da reprodução é cuidando dos leitões logo no início da vida, com a criação de um ambiente ideal (com temperatura, umidade e circulação de ar adequados), biossegurança avançada e mão de obra qualificada. O potencial de todo o rebanho depende da qualidade dos leitões.

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Os antibióticos promotores de crescimento podem ser substituídos por aditivos fitogênicos para rações? Muitas formulações de rações para suínos não possuem mais antibió­ ticos promotores de crescimento (AGP) por conta das crescentes exigências dos consumidores e da crescente pressão regulatória. A não ser que os AGPs sejam substituídos por uma alternativa adequada, problemas de desempenho podem surgir já que a energia para o crescimento será utilizada para combater os desafios patogênicos. Os aditivos fitogênicos para rações (AFR) têm propriedades anti-inflamatórias, sendo uma alternativa viável. O uso de AGPs na indústria de rações animais vem caindo em virtude da sua relação com a resistência antimicrobiana. Diversos países proibiram o uso de AGPs por conta de preocupações a respeito dos crescentes níveis de resistência antimicrobiana. Em 2006, a UE proibiu o uso de AGPs nas rações animais. Em 2017, a Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) propôs novas regras para reduzir drasticamente o uso rotineiro de antibióticos em granjas nos EUA. Desde a restrição do uso de AGPs, o setor de ração animal enfrenta o grande desafio de encontrar substitutos adequados para sustentar e até mesmo aumentar a produção para suprir a demanda mundial de proteína de origem animal.

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Mathias Zaunschirm MSc Gerente de Produto para Fitogênicos

Acredita-se que o principal modo de ação dos AGPs sejam suas propriedades anti-inflamatórias (Niewold, 2007). Desta forma, existe uma alta demanda por produtos alternativos com efeitos semelhantes no sistema inflamatório.

Os AFRs são uma alternativa para os AGPs Os AFRs são uma alternativa para os AGPs. Há séculos, os AFRs vêm sendo usados como melhoradores naturais de desempenho. Os AFRs são extraídos de plantas de diferentes origens e incluem óleos essenciais de plantas medicinais e

EM SUMA O Digestarom® é um substituto eficaz para os AGPs graças a: • seu aroma volátil e princípios ativos que melhoram a palatabilidade da ração • sua capacidade de estimular a liberação de enzimas endógenas para melhorar a digestibilidade dos nutrientes • seus efeitos positivos na morfologia intestinal, melhorando a captação de nutrientes • seus efeitos no microbioma intestinal, promovendo o crescimento de bactérias benéficas • seus efeitos anti-inflamatórios diretos, permitindo que mais energia seja utilizada para o crescimento.

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BIOMIN

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OH

OS ANTIBIÓTICOS PROMOTORES DE CRESCIMENTO PODEM SER SUBSTITUÍDOS POR ADITIVOS FITOGÊNICOS PARA RAÇÕES? CH2OH

Figura 1. A origem dos aditivos fitogênicos para rações

Plantas medicinais e/ou especiarias

CH3

C =CH—CH 2 ¥ CH 2 —C=CH—CHO

CH3

b-Terpineol

Citral

Farnesol

Óleos essenciais e/ou compostos ativos definidos CHO

O

CH3

Carvone

Extratos não voláteis

OH OCH3

CH=CH—CHO CH2—CH=CH2

Citronellal

Eugenol

Cinnamaldehyde

CH3

CH3

CH3

OH OH CH3

H3C

HO H3C

CH3

Menthol

Thymol

H3C

CH3

Carvacrol

Fonte: BIOMIN

Figura 2. Modo de ação do Digestarom®

Desempenho, viabilidade e qualidade do produto de origem animal

Palatabilidade, saliva & secreções endógenas

Desafios intestinais (inflamação, toxinas microbianas)

Modulação da microbiota intestinal

Digestibilidade dos nutrientes

Fonte: BIOMIN

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especiarias, compostos de óleos essenciais únicos, extratos de plantas e misturas (Figura 1). Dependendo da origem, método de extração e modo de aplicação, os AFRs possuem um amplo espectro de componentes químicos. Existem diversos AFRs comercialmente disponíveis no mercado, variando de produtos que oferecem pó ou óleo essencial de uma única planta a AFRs altamente especializados compostos por uma mistura de diferentes óleos essenciais de plantas medicinais e especiarias e extratos vegetais. Tais AFRs altamente especializados têm a vantagem de apresentar efeitos aditivos e sinérgicos no desempenho do animal.

Conheça os componentes do seu AFR É fundamental conhecer a composição do AFR para compreender melhor o seu modo de ação. A BIOMIN oferece a linha de produtos fitogênicos Digestarom®, um AFR especializado com um modo de ação comprovado composto por óleos essenciais de plantas medicinais e especiarias e extratos não voláteis. O Digestarom® age de diversas formas (Figura 2), inclusive: • melhorando a palatabilidade da ração • aumentando a secreção de enzimas endógenas • melhorando a digestibilidade dos nutrientes • modulando a microbiota intestinal • suprimindo os processos inflamatórios • protegendo o intestino e promovendo a saúde intestinal Todos esses efeitos levam a uma conversão alimentar otimizada e a um melhor desempenho.

Melhor palatabilidade O Digestarom® tem efeitos sensoriais em virtude do seu aroma volátil e ingredientes ativos. Esses efeitos influenciam a percepção olfativa (cheiro) e gustativa (sabor) dos animais, melhorando a palatabilidade da ração e promovendo e sustentando a ingestão de ração. Tais propriedades sensoriais são de extrema relevância já que diversas espécies animais possuem mais papilas gustativas do que os seres humanos, tornando-as mais suscetíveis à percepção de sabores. Além disso, demonstrou-se que o Digestarom® estimula a liberação de enzimas endógenas como a maltase, sucrase e aminopeptidase, resultando em uma melhor digestão de carboidratos e de proteínas. Inclusive, é possível melhorar a digestibilidade dos aminoácidos essenciais com a adição do Digestarom®, que contribui para um melhor desempenho do animal e pode oferecer efeitos de eficácia nutritiva.

Melhora da morfologia intestinal Efeitos positivos na morfologia intestinal foram observados com a adição do Digestarom® à ração. Houve aumento do

Com a restrição do uso de AGPs, o setor de ração animal enfrenta o grande desafio para encontrar substitutos adequados.

comprimento das vilosidades, resultando em uma melhor superfície epitelial, e redução da profundidade das criptas, resultando em uma melhor absorção de nutrientes. Além disso, o Digestarom® influencia de forma positiva a microbiota intestinal dos animais. Os principais efeitos são a redução da contagem total de agentes microbianos (aeróbicos e anaeróbicos) e uma redução das bactérias patogênicas Gram-positivas Staphylococcus aureus e Clostridia. Ao mesmo tempo, o Digestarom® promove o crescimento de bactérias benéficas, como os Lactobacilli. Tal mudança para condições intestinais mais eubióticas contribui para menos desafios intestinais, ou seja, uma redução de processos inflamatórios na parede intestinal.

Efeitos anti-inflamatórios diretos O Digestarom® também demonstra efeitos anti-inflamatórios diretos por meio da regulação para baixo (down-regulation) de marcadores inflamatórios intestinais mediados por NF-κB (IL-6, ICAM-1, MCP-1) e aumento dos efeitos protetores celulares por meio da regulação para cima (up-regulation) de marcadores de proteção intestinal mediados por Nrf2 (CYP1A1, HO-1, UGT1A1). Desta forma, o animal fica livre do estresse intestinal e pode usar a energia para otimizar o desempenho em vez de combater infecções.

Conclusão O Digestarom®, um AFR especializado composto por óleos essenciais de plantas medicinais e especiarias e extratos não voláteis otimiza a conversão alimentar e melhora o desempenho do animal. Com o seu modo de ação comprovado, o Digestarom® é, portanto, uma ferramenta poderosa para qualquer estratégia de substituição de AFRs.

Referência Niewold, T, A. (2007). The Non-antibiotic AntiInflammatory Effect of Antimicrobial Growth Promoters, the Real Mode of Action? A Hypothesis. Poultry Science. 86(4). 605–609.

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