VEJA SP Especial Temรกtico setembro/2012
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OPORTUNIDADE CULTURA
FUTURO
FORMAÇÃO
CONHECIMENTO INTERCÂMBIO
BASE
ESTUDO
CRESCIMENTO
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A nova cara do ensino superior Saiba o que o cenário universitário atual apresenta em termos de tendências, estrutura e oportunidades para os estudantes brasileiros A educação superior mudou. Ou melhor, vem atraves-
Ferreira de Oliveira, enumera outras mu-
sando um processo de transformação cada vez mais in-
danças. “É possível destacarmos a inten-
tenso nos últimos anos. Além da oferta crescente de
sificação dos processos de internaciona-
instituições privadas e de cursos de graduação, os mo-
lização da educação superior por meio
delos de ensino hoje em dia também estão mais diver-
do Programa Ciência sem Fronteiras”,
sificados – a modalidade de educação à distância, por
afirma o especialista, citando o projeto
exemplo, foi uma das que se expandiram, aumentando
de bolsas de estudo que promove inter-
as interessantes possibilidades para diferentes públi-
câmbio ao exterior, para que as trocas
cos (saiba mais na próxima página).
em relação a tecnologia e inovação se-
O vice-presidente da Associação Nacional de PósGraduação e Pesquisa em Educação (Anped), João
jam fomentadas nas instituições de ensino e no mercado brasileiros.
BRASIL NO RANKING GLOBAL DE ENSINO SUPERIOR • Nosso país ocupa a 139ª colocação mundial e a melhor entre os países latinoamericanos no ranking de ensino superior feito pelo Instituto QS. • A Universidade de São Paulo (USP) é a responsável pelo feito, elevando o país em 30 colocações desde o ano passado. • Massachusetts Institute of Technology (MIT), Universidade de Cambridge e Harvard lideram a lista, nesta ordem.
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João observa ainda que a legislação vem sendo modificada para facilitar as parcerias entre instituições públicas de ensino e empresas privadas, com a finalidade de gerar produtos, processos e novas patentes que ampliem a competitivi-
Grupos e empresas que passaram a comprar instituições privadas de ensino são destaque hoje no país
dade das empresas. Tem surgido, assim, uma espécie de “mercado de pesquisa” dentro das universidades, impulsionado pelas políticas de ciência, tecnologia e inovação. Essas são transformações que se refletem diretamente nas oportunidades e na qualidade da produção intelectual das universidades brasileiras. “Na próxima década também será fundamental acompanhar de perto e avaliar o cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para a graduação e pós-graduação. 18 e 24 anos deve estar matriculada no ensino superior nos próximos dez anos, ou seja, até 2022”, diz João.
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Segundo o PNE, toda a população entre
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – EAD Segundo o Ministério da Educação (MEC), cerca
definição e exigência de maior padrão de quali-
de 15% dos cursos de graduação no Brasil (ba-
dade.” Vale lembrar a importância de verificar se
charelado, licenciatura e tecnologia) são reali-
o curso é reconhecido pelo MEC e se a instituição
zados à distância. Os cursos com maior oferta
está devidamente credenciada.
na Educação à Distância são relacionados a ad-
Apesar do crescimento, a qualidade dos cursos
ministração e pedagogia – esta última, sozinha,
de EaD ainda é questionada, sobretudo nas insti-
concentra aproximadamente 35% das matrículas.
tuições privadas. Ainda assim, o Plano Nacional
Segundo João de Oliveira, da Anped, a Educação
de Educação prevê que o modelo deve chegar a
à Distância cresceu muito na última década. “O
50% da oferta nos cursos de nível superior até
nível tem melhorado porque as regras e o proces-
o final da década. “É uma modalidade que veio
so de supervisão se tornaram mais rígidos, com a
para ficar”, aposta João.
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Natureza em pauta Diferentes iniciativas Brasil afora mostram que o lugar de aprender sobre preservação ambiental é a sala de aula (ou o quintal do colégio) Tornou-se natural: 94% das escolas de ensino funda-
Os quatro “erres”:
mental no Brasil declararam que incluíram em 2011
repensar, reutilizar, reciclar, reduzir
conteúdo de educação ambiental no currículo, se-
Em São Paulo, diferentes escolas particu-
gundo pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e
lares criaram projetos educativos volta-
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep (funda-
dos à sustentabilidade. Participam deles
ção ligada ao Ministério da Educação).
professores de diversas áreas, consul-
A temática foi formalmente incorporada no currículo
tores especialistas sobre o tema e estu-
brasileiro em 1981, ano em que a Política Nacional do
dantes que “compartilham o desejo de
Meio Ambiente foi estabelecida. Mas como a relação
planejar ações para a construção de uma
com a natureza não é matéria obrigatória na grade ho-
escola e um planeta mais sustentável”,
rária – e sim conteúdo paralelo, que deve ser aborda-
como definem os idealizadores.
do em diferentes disciplinas –, cada colégio escolhe como inserir o tema na sala de aula.
Em uma das práticas, foram realizadas pesquisas sobre os hábitos de con-
sumo e, consequentemente, de gera-
uma das experiências, os alunos fo-
ção de lixo dos alunos do colégio.
ram convidados a filmar e editar víde-
Em seguida, com os dados compi-
os para divulgação na rede, com pro-
lados, os estudantes foram convida-
pagandas sobre a importância do uso
dos a criar frases para novas placas
adequado das latas de coleta seleti-
instaladas ao lado dos bebedouros,
va distribuídas pela escola.
Alunos usam a rede para promover conscientização ambiental e falar da importância do uso
estimulando o cuidado com o desperdício de copos plásticos. Por fim,
Hora da colheita
squeezes (aquelas garrafas plásticas
Em boa parte dos colégios da Grande
adequado de latas de
usadas em academia) foram distribu-
Belo Horizonte, os frutos da educa-
ídos pela escola, reduzindo drastica-
ção ambiental já podem ser colhidos.
coleta seletiva de lixo
mente a circulação de copos plásti-
E comidos, claro.
cos pelos corredores.
Existem registros de projetos de
Outros colégios aproveitam a força
educação ambiental desde 2005, com
da internet e das redes sociais para
o plantio de árvores doadas por fami-
a conscientização da criançada. Em
liares de alunos nos terrenos das
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escolas. Mais de 200 estudantes de educação infantil e básica plantaram seus vasos, cujas plantas seguem vivas, firmes e fortes. Assim como as diferentes frentes de ensino ambiental. Em alguns locais, o assunto também foi encaixado nas aulas de geografia física e em eventos que discutem, por exemplo, como usar menos e melhor os recursos hídricos. Gincanas de estímulo à coleta seletiva são outra experiência bem-sucedida nas
94% das escolas de ensino fundamental no Brasil declararam que incluíram em 2011 conteúdo de educação ambiental no currículo
escolas, assim como excursões coletivas a reservas naturais e à sede de entidades como o Ibama. Os pais de alunos também são convidados a entrar na roda. Todos aqueles que oferecem mudas para o colégio dos filhos ganham em contrapartida cursos, como o de alimentação alternativa, em que os pratos são preparados com ingredientes produzidos na região. A ideia é ajudar a diminuir os impactos ambientais causados pelas emissões de gases tóxicos no transporte rodoviário. Carbono zero Em junho, mês em que se comemoram as festas
DA ECO-92 AO CÓDIGO FLORESTAL O vaivém de temas ambientais no currículo escolar brasileiro Ontem era assim • Conferência Rio-92 • Buraco na camada de ozônio Continua por aí • Aquecimento global • Taxa de carbono • Poluição das águas
de São João, em um colégio alemão carioca os alunos pularam a fogueira, mas não a responsabilidade com o planeta. A festa junina da escola começou semanas antes, quando alunos do Grêmio Estudantil se juntaram a professores para discutir a
Bola da vez • Economia verde • Conferência Rio+20 • Novo Código Florestal
festa, batizada de Festa Junina Carbono Zero. Os alunos da escola fizeram estimativas do volume de CO2 que seria emitido com o transporte de
40 árvores no jardim da própria escola:
todos os convidados para ir e voltar do arraial, além
30 mudas de ipê e dez de pau-brasil.
da energia que seria gasta no evento e ainda todos
As crianças também se responsabili-
os resíduos que sobrariam no fim da festa. A partir
zaram por cuidar das plantas pelos próxi-
dos dados coletados, fixaram a emissão de carbo-
mos dez anos, após terem aulas sobre a
no provocada e chegaram ao impressionante núme-
acidez e a fertilidade do solo, adubação
ro de seis toneladas de CO2 emitidos na atmosfera.
orgânica e as consequências negativas
Para anular o dano à natureza que o gás poluente
da produção excessiva de lixo nas gran-
causaria, bolaram uma forma de fixar a compensa-
des cidades. Antes disso, é claro, todos
ção das emissões. Alunos e professores plantaram
dançaram quadrilha.
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Sua educação tem crédito Luciano Munhoz
Com taxas de juros até 12 vezes menores que as praticadas pelos bancos, os empréstimos para financiamento universitário são boas alternativas
A mensalidade de um curso superior em uma faculdade “top” dificilmente sai por menos de dois salários mínimos (1 244 reais). Esse valor pode triplicar em cursos como medicina, por exemplo. Aos que não estudam em universidades públicas nem conseguiram bolsas de estudos, existem duas notícias: uma boa e outra ruim. A ruim é que o aluno precisará, em algum momento, pagar a conta final das suas mensalidades. A boa é que, por meio do crédito estudantil, esse montante não deverá ser desembolsado imediatamente, podendo ser dividido em parcelas a longo prazo – seja durante a faculdade ou já com o diploma na mão e um salário na conta. As linhas de crédito para estudos são, disparado, as mais baratas do Brasil. A taxa anual de juros
Felipe faz a faculdade caber no orçamento
“COM O CRÉDITO, MEU PAI NÃO PRECISA PAGAR TUDO SOZINHO” Felipe Guimarães, 19 anos, saiu da escola decidido a estudar cinema em uma faculdade pública. O final do filme, contudo, foi diferente do esperado. Às vésperas do vestibular, o jovem mudou de ideia e percebeu que gostaria mesmo de trabalhar com publicidade e propaganda. “Na hora de escolher, eu queria uma faculdade que tivesse uma boa infraestrutura e grande retorno de empregabilidade. Afinal, há muito publicitário se formando hoje.” Felipe então desistiu do ensino público e optou pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Embora sua renda familiar não possa ser considerada baixa, a mensalidade sozinha abocanharia cerca de 20% do orçamento total. Isso sem contar livros, condução e comida. Felipe se inscreveu, então, no Crédito Educacional Solidário, oferecido pela própria faculdade, e com o programa consegue empréstimo de 40% das mensalidades, podendo ser renovado a cada semestre desde que ele garanta boas notas e não tenha nenhuma advertência em sua passagem pela instituição. “O legal do crédito é a possibilidade de não deixar tudo para o meu pai bancar sozinho. Seria legal ajudá-lo a pagar assim que eu conseguir um estágio.”
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Mais de meio milhão
para financiamento de cursos superiores chega a ser 12
de universitários
bancos do Brasil para empréstimos pessoais. Este é o
vezes menor que a média cobrada pelos cinco maiores
se beneficiaram pelo
caso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o prin-
crédito estudantil.
país, gerido pelo Ministério da Educação. É este o em-
Direito, administração
cipal projeto de financiamento do ensino superior no préstimo escolhido pela maioria dos alunos brasileiros. A instituição estima que mais de 530 mil créditos fo-
e enfermagem são
ram fornecidos nos últimos dois anos. No ranking dos
campeões de procura
ministração (44 mil) e enfermagem (43 mil).
cursos mais populares, destacam-se direito (85 mil), ad-
ENTENDA COMO FUNCIONA O FINANCIAMENTO ESTUDANTIL PELO FIES Para quem?
esse tempo, o prazo de pagamento da dívida é
A maioria das grandes faculdades tem convênio
de até três vezes o período financiado, mais um
com esse programa do Ministério da Educação. E
ano. Por exemplo: um estudante que financiou
não é só para calouro, não: se a grana apertar no
seu curso com duração de quatro anos deverá pa-
meio do curso, dá para se inscrever também.
gar, após a carência, o saldo devedor parcelado em até 13 anos (3 x 4 anos + 1 ano).
O que é preciso? A linha de crédito pede pelo menos um fiador,
Quem aceita?
que deve ganhar no mínimo duas vezes o valor da
A maioria das faculdades particulares do país. Em
mensalidade. O estudante não precisa ter patri-
São Paulo, instituições importantes pelos quatro
mônio em seu nome.
cantos da cidade estão na lista.
Quanto custa?
Quem não pode se candidatar?
A taxa de juros, para todos os cursos, é de 3,4%
Candidatos que tenham renda familiar superior
anuais. Dá para financiar entre 50% e 100% da
a 20 salários mínimos (12 240 reais); estudan-
mensalidade, dependendo da sua situação fi-
tes que comprometem menos de 20% da renda
nanceira (quanto maior a renda, menor o finan-
familiar mensal com o pagamento do emprésti-
ciamento, pois a ideia é dar mais chance aos que
mo; pessoas que já usaram o programa de finan-
têm menos condições de pagar para estudar).
ciamento antes.
Como pagar?
Para saber mais:
Após a formatura, o aluno tem um período de 18
Acesse o site do Fies (sisfiesportal.mec.gov.br).
meses de carência para organizar suas finanças,
Aproveite para tirar suas dúvidas na seção de
sem precisar pagar pelo financiamento. Após
Perguntas Frequentes do portal.
Mas... e depois? A educação costuma ser vista como investimento, mas tome cuidado para não receber nota vermelha nas finanças após completar os estudos. A parcela do empréstimo não deve ultrapassar 30% do orçamento previsto após a formatura. É preciso atenção para evitar dívidas que acabariam deixando o estudante “enforcado” (já que nos primeiros anos profissionais ele terá salário menor). Ou seja, ainda que as taxas sejam muito baixas, o crédito estudantil deve ser tomado como qualquer outro. Apesar das vantagens sedutoras, não se esqueça que os programas de financiamento estudantil se destinam exclusivamente a quem deseja fazer faculdade mas não dispõe de meios para pagar por ela. Afinal, sem patrimônio, o banco não daria dinheiro ao estudante, e essa linha de crédito promove essa possibilidade.
OUTRAS OPÇÕES As faculdades também têm propostas próprias de empréstimo para estudantes da graduação. Os critérios de seleção das instituições variam, mas escolher os beneficiados de acordo com seu desempenho e merecimento é bastante comum. Nesse caso, os alunos que não registram nenhuma advertência e possuem média de notas superior a 8,5 podem ser contemplados. Há ainda outras faculdades que não cobram juros na mensalidade dos selecionados – somente correção monetária. Por isso, não custa nada perguntar sobre crédito estudantil na secretaria da escola onde você pretende estudar. Você pode se dar bem!
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A escola que vem antes da escola Elas ainda não pensam em boletim, vestibular ou diploma. Mas isso não quer dizer que as crianças não possam estudar – à moda infantil, é claro Na definição da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), “a
sem se impor” – também são atitudes importantes
educação infantil é a primeira etapa da educação
e estão ao alcance dos pais.
básica, e tem como finalidade o desenvolvimento
Procuramos estudiosos para entender as diferen-
integral da criança até seis anos de idade, em seus
tes visões sobre a educação infantil e o papel fami-
aspectos físico, psicológico, intelectual e social”.
liar no desenvolvimento da criança. Confira a seguir
Frequentando ou não a escola, os pequenos podem
o que eles dizem.
– e devem – ser estimulados social e intelectualmente. Mas do jeito deles.
A importância da fantasia A pedagogia Waldorf vai além da construção inte-
compreensão, sem infantilizar a fala, é uma ótima
lectual e tem foco na formação integral da criança.
prática”, explica Patrícia Konder Lins e Silva, direto-
Atividades artísticas e o envolvimento dos pais na
ra da Associação Brasileira de Educação. Segundo
rotina escolar são, portanto, parte importante do
a especialista, ler para as crianças e brincar – “mas
método de ensino.
Brunna Mancuso
“Conversar muito com a criança, em seu nível de
Para Helena Regina de Jesus, pedagoga Waldorf,
Efeitos na vida adulta
o principal dever nos primeiros anos de vida dos pe-
Ensinar a criança por meio de atividades lúdicas,
quenos é cultivar a “capacidade da fantasia e da ima-
pelas quais ela própria apresente interesse – e sem
ginação. Os pais devem proporcionar vivências atra-
pressão por desempenho – é fundamental dos zero
vés do brincar, que é o trabalho da criança e deve ser
aos cinco anos, segundo o neurologista infantil
levado a sério pelos adultos”. Segundo ela, pular
Marcelo Masruha.
corda, amarelinha, subir em árvore e fazer pinturas
Ele destaca o Projeto Pré-escolar Perry, um estu-
em aquarela com os filhos são atividades que pro-
do que mapeou os efeitos da educação pré-escolar
porcionam um enorme aprendizado para as crian-
em mais de cem crianças americanas, acompanha-
ças, mesmo antes do início dos estudos formais.
das ao longo de 40 anos. Em seus resultados, perce-
“Nessa fase, a criança aprende pelo fazer e pelo
beu-se que o desenvolvimento intelectual, de lingua-
imitar”, continua Helena. Ela precisa ser incenti-
gem e empregabilidade foi visivelmente maior entre
vada a realizar pequenas tarefas que exijam movi-
as crianças que haviam participado de um sistema
mento – fator importantíssimo para o seu desen-
educacional participativo. “Levar em consideração
volvimento. Esses exercícios devem ser coerentes
as escolhas das crianças e engajar os pequenos em
com o universo infantil, como por exemplo mexer
atividades que prezem pelas relações sociais, movi-
na terra para depois ver a planta crescer. Em rela-
mento, música e linguagem foram alguns dos princí-
ção aos brinquedos, quanto mais simples, melhor:
pios do estudo, que acabou comprovando que a edu-
“assim eles estimulam a imaginação, que mais
cação pré-escolar tem sim efeito na vida adulta.”
tarde vai se transformar em capacidade criativa”. Brincadeira é coisa séria “Brincar é a melhor maneira de estimular intelectualmente a criança.” A frase de Mônica Caldas Ehrenberg, da Faculdade de Educação da USP, mostra como a brincadeira é inerente à criança. Ela reforça a importância de se brincar o mais livremente possível. “Às vezes os adultos erram por querer organizar essa atividade. Queremos construir brincadeiras reguladoras, quando na verdade a atividade por si pode ser essencial no aprendizado de regras sociais.” A especialista ressalta: “O papel do adulto (pais ou professores) é reconhecer a criança como criança, enxergando as especificidades dela, em vez de ficar pensando no futuro, em quando ela virar adulto. O estímulo ao aprendizado da criança é bem-vindo, sim, mas sem neurose, sem querer que ela alcance determinados objetivos nos anos seguintes. É fundamental reconhecer a ludicidade e as múltiplas linguagens da criança, que podem ser números e palavras, mas também corpo e arte”.
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10
passos rumo à escola ideal
Escolher o ambiente em que seu filho estudará não é tão fácil quanto pular amarelinha, mas o jogo abaixo pode ajudar. Acompanhe as nossas dicas
A criançada tem muito a aprender com a ajuda de computadores, aplicativos e outras parafernálias digitais. Uma boa escola deve aproveitar essas ferramentas.
Converse com o pedagogo responsável pela coorde-
A escola é um meio social, onde seu filho passará
nação de ensino. Você poderá conferir se a linha teó-
boa parte da vida. Por isso, verifique se o ambiente
rica adotada é compatível com as suas expectativas.
estimula a sociabilização e integração dos alunos.
Aproveite os horários de aula para visitar as escolas. Assim você pode conferir, na prática, se as promessas de ensino são cumpridas de verdade.
Quanto maior a variedade de disciplinas, mais seu
Os pequenos precisam gastar energia. Escolas com
filho tem a ganhar (e mais ele tende a gostar de lá).
boas áreas ao ar livre devem ser consideradas – prin-
Música, artes e cultura são sempre bem-vindas.
cipalmente para crianças em fase de crescimento.
Seja paciente. Escolher os rumos da educação e do futuro do seu filho deve ser uma tarefa cuidadosa. É preciso dedicação e alguns meses de muita pesquisa.
Crianças expostas desde cedo a mais de um idioma
Se você tem uma rotina de trabalho pouco previsível,
têm maior facilidade de aprendizagem. E as aulinhas
busque instituições com horários flexíveis, garantin-
de inglês ou espanhol são divertidas, pode apostar.
do a ocupação das crianças por longos períodos.
Preço das mensalidades e localização são questões fundamentais, mas não devem ser o principal critério para a sua escolha. Optar por uma escola ruim ou mediana, apenas por ser próxima ou econômica, pode atrapalhar o futuro do seu filho.
CONHEÇA OS MÉTODOS DE ENSINO MAIS COMUNS Construtivismo
Montessori
Trabalha a partir da construção do conhecimento por par-
O foco é tirado do professor; as atividades são propostas
te do aluno, e não da passividade frente ao professor.
às crianças de maneira mais livre, e elas exercitam a auto-
Respeita o mecanismo natural de aprendizagem (estuda-
nomia ao escolherem tarefas e realizá-las no seu próprio
do por Jean Piaget) e costuma utilizar pesquisas, experi-
ritmo. Provas podem ser substituídas por monografias ou
mentação e estímulo à dúvida como métodos de ensino.
pela observação do professor ao desempenho individual.
Waldorf
Tradicional
Divididos conforme a faixa etária (e não por séries), os
Apesar de muitas escolas resistirem ao título, é comum
alunos têm aula de marcenaria, jardinagem e trabalhos
que a pedagogia seja baseada em conteúdos sistemati-
manuais, além de disciplinas convencionais como ciên-
zados, na transmissão de conhecimento baseada na figu-
cias, literatura e matemática, também apresentadas de
ra do professor, e nas provas como método de avaliar a
maneira a envolver e interessar o aluno.
quantidade de informação absorvida pelo aluno.
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Pós em foco
O MBA é voltado exclusivamente para gestores, como se acredita? Não exclusivamente, mas, de fato, é mais indicado. Este é um curso com um nível
Quais são as diferenças entre os cursos de pós-graduação? Quando, como e por que fazê-los? O consultor Paulo Campos responde e traz dicas preciosas aos futuros pós-graduandos
diferente, principalmente pelos demais participantes – são alunos que estão em uma fase mais madura da carreira, que já podem trocar experiências, falar sobre uma rotina em comum. Quem é muito novato pode ficar deslocado, por estar passando por um momento que eles já vive-
Em algumas áreas, uma diploma de pós-graduação já se tornou pré-requisito no mercado de trabalho. Atentos às exigências das áreas de Recursos Humanos, os recém-formados correm em busca da pós-graduação ideal – seja para calibrar o currículo e garantir salários mais altos ou para ganhar mais conhecimento e informação. Essa tendência gerou novos cursos de norte a sul do país, mas, para os dispostos a se enveredar por esse novo caminho, surgem diversas dúvidas. Onde estudar? Qual curso escolher? Stricto sensu ou lato sensu? Até quanto investir? Para solucionar essas questões, conversamos com o consultor, palestrante e professor Paulo Campos, que trabalha na área de desenvolvimento profissional há 16 anos. Quais as diferenças básicas entre mestrado, doutorado, MBA e especialização?
ram. Há também a questão das escolas: os processos das instituições mais sérias costumam ser bastante rigorosos. Quais devem ser os critérios de escolha na hora de decidir qual curso fazer? Primeiro, avaliar o momento profissional que o candidato está vivendo – o que ele está fazendo hoje e o que quer para o futuro. Às vezes, o profissional está em uma empresa ocupando um determinado cargo, enquanto almeja outro em uma companhia diferente. É importante focar em um objetivo e não fazer apenas por fazer. Deve-se levar em conta a questão financeira, porque um bom curso custa caro, é um investimento alto. Ainda, deve-se
Mestrado e doutorado são o melhor caminho para quem quer seguir carreira acadêmica – estudar, pesquisar e dar aulas. Esses cursos são chamados de stricto sensu e exigem uma dedicação maior. Já MBA e especialização são lato sensu e voltados para uma formação prática, focada no mercado. O MBA é mais indicado para quem já ideal para quem está no começo da carreira e quer focar em um tema específico. A carga horária mínima também é bem diferente: nos cursos stricto sensu, são 1 200 horas, em lato sensu, 360.
Arquivo pessoal
tem uma certa bagagem profissional; a especialização é
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colocar na balança quanto tempo poderá ser dedi-
O que explica essa suposta necessidade da pós-
cado, principalmente nos cursos stricto sensu.
-graduação? Os nossos cursos de graduação são realmente insuficientes ou generalistas? Ou foi a
Quais são os erros mais comuns que as pessoas co-
demanda do mercado que cresceu?
metem nesse momento de decisão? Como evitá-los?
Entre as principais vantagens dos cursos de pós-
O erro acontece na graduação. Para ter uma boa
-graduação estão a busca por uma especialização
base é preciso, antes de tudo, aproveitar bem essa
mais consistente em uma determinada área e po-
fase universitária: fazer estágios, experimentar di-
der garantir um olhar mais prático do ponto de vista
ferentes áreas, inscrever-se em programas de train-
do mercado. A graduação pode ser muito descola-
ees, envolver-se nos centros acadêmicos, enfim,
da da realidade, distante do dia a dia profissional.
valorizar esse tempo. Tanto na graduação como na
Em uma pós, troca-se experiências com gente que
pós, temos oportunidade de construir bons relacio-
já vive a vida profissional como ela é.
namentos, contatos profissionais importantes. O diploma é, sim, suficiente, desde que a faculdade
Se uma pessoa deseja mudar de área, mas para um
tenha sido bem aproveitada. Mas, claro, uma pós-
mercado similar, a pós é o suficiente ou o ideal é
-graduação é valorizada. O importante é avaliar com
começar uma nova graduação?
cuidado o que realmente quer fazer. É bastante co-
Para mudar de área, uma alternativa é buscar um
mum as pessoas desistirem no meio do curso, o que
cargo menor, ganhando menos. Acho válido experi-
significa um desperdício de tempo e dinheiro, sem
mentar, ver se é aquilo o que realmente quer, antes
contar o quanto aquela decisão pode ser questio-
de pensar em investir em uma graduação ou pós.
nada na empresa ou meio acadêmico em que atua. Uma pós-graduação aumenta, de fato, as chances É contraindicado fazer uma pós-graduação logo
de um candidato? É um curso que valoriza o cur-
após se formar na graduação?
rículo tanto de quem procura uma vaga como de
Não necessariamente, depende do momento. A es-
quem almeja um aumento?
pecialização, mais curta, pode ser uma opção inte-
Sempre ajuda, mas não pode ser visto como a única
ressante. Mas hoje penso que o ideal é ir morar um
coisa ou a mais importante. E também auxilia de for-
tempo fora do Brasil durante a graduação ou logo
ma indireta, pela quantidade de pessoas com quem
após. É uma experiência bastante enriquecedora,
o possível o candidato vai se relacionar, a rede que
tanto em termos profissionais como pessoais.
vai fazer na sala de aula e nos corredores.
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Em busca de uma profissão Cursos técnicos de nível médio crescem no Brasil e são boa opção para quem quer terminar a escola com uma especialidade valorizada pelo mercado
A ampliação do número de institutos federais e estaduais nos últimos anos e o crescimento do “Sistema S” (formado por instituições ou organizações do setor produtivo, como Senai, Senac, Sesi, entre outras) provocaram o crescimento da oferta de cursos técnicos de nível médio no Brasil. Segundo o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), 600 escolas técnicas profissionalizantes estarão em funcionamento até 2014. A estimativa é que 600 mil estudantes sejam beneficiados pelo programa. Nessa modalidade de ensino, os alunos frequentam aulas práticas e teóricas sempre voltadas diretamente para as exigências e novas tendências do mercado de trabalho. Quem quiser se matricular precisa ter concluído ao
EIXOS TECNOLÓGICOS Os 220 cursos técnicos reconhecidos pelo Ministério da Educação são agrupados em 13 eixos tecnológicos, que abarcam diversos ramos do conhecimento e, assim, atraem estudantes com os mais diferentes interesses: • Ambiente e Saúde • Controle e Processos Industriais • Desenvolvimento Educacional e Social • Gestão e Negócios • Informação e Comunicação • Infraestrutura • Militar
menos o ensino fundamental – já para a obtenção do
• Produção Alimentícia
diploma de técnico, é necessária também a conclu-
• Produção Cultural e Design
são do ensino médio.
• Produção Industrial • Recursos Naturais
Articulação com o ensino médio
• Segurança
Existem três diferentes maneiras de aliar a aprendiza-
• Turismo, Hospitalidade e Lazer
gem técnica às aulas do ensino médio. A primeira de-
las é a modalidade “integrada”, na qual o aluno tem uma só matrícula, que reúne no mesmo curso os conhecimentos do ensino médio e as competências da educação profissional. Também é possível conduzir os estudos de forma “concomitante”. Nesse caso, o aluno se matricula separadamente nos dois cursos – médio e técnico – e as disciplinas se complementam. A terceira modalidade é a “subsequente”, destinada a alunos que já completaram o currículo escolar. Os cursos técnicos têm carga horária mínima de 800 horas. Além de cumpri-la, os alunos também preShutterstock
cisam completar um estágio profissional supervisionado obrigatório, no qual os conceitos e atividades desenvolvidos ao longo do curso são exercidos na prática, reforçando o aprendizado.
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Retrato da educação no Brasil
sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e salários no Brasil. O IBGE escutou 358 919 pessoas em 146 207 residências durante o ano de 2011. O resultado aponta que mais de 80% dos alunos matriculados em escolas – o equivalente a 40,4 milhões de crianças e jovens brasileiros – ocupam cadeiras da rede pública de ensino. Após completar o ensino básico nas redes municipal, estadual e federal, a maior parte dos jo-
Apenas 26,8% dos jovens brasileiros conseguem uma vaga na universidade pública; as mulheres acumulam mais tempo de estudo
vens que conseguem ingressar na faculdade entra em instituições privadas. Enquanto 4,8 milhões de pessoas (73,2% do total de universitários) frequentam faculdades particulares, apenas 1,7 milhão (ou 26,8%) conquistaram seu passaporte para as disputadas universidades públicas nacionais.
A maior parte dos estudantes brasileiros da pré-escola, ensino fundamental e ensino médio ocupa
Evasão no ensino médio
vagas de colégios públicos, segundo o IBGE. Este
A pesquisa trouxe um dado preocupante: o índice
fenômeno se inverte no ensino superior: quando
de abandono dos estudos entre os jovens de 15 a
chega à universidade, a maioria dos brasileiros
17 anos (estudantes do ensino médio) vem cres-
acaba frequentando cursos particulares. É o que
cendo com o passar dos anos. Um total de 16,3%
mostra a recém-divulgada Pesquisa Nacional por
da população dessa idade está fora da escola. Em
Amostra de Domicílios (Pnad), que investiga dados
2009, essa taxa não ultrapassava 14,8%.
PERCENTUAL DE ESTUDANTES ATENDIDOS PELA REDE PÚBLICA DE ENSINO Norte
Brasil
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
2009 Fundamental
87,0
91,9
86,9
85,2
89,9
84,3
Médio
86,4
91,7
88,8
84,7
84,3
84,9
Superior
23,3
35,1
33,0
18,1
20,5
24,0
2011 Fundamental
87,0
92,8
86,2
85,2
90,7
85,4
Médio
87,2
93,1
88,7
85,1
86,4
86,7
Superior*
26,8
32,8
36,0
21,3
26,8
25,7
* Ensino superior inclui mestrado e doutorado
Fonte: IBGE
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TEMPO MÉDIO DE ESTUDO NO BRASIL (ANOS) Norte
Brasil
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
2009 Total
7,2
6,6
6,0
7,8
7,6
7,5
Homem
7,0
6,2
5,6
7,8
7,5
7,2
Mulher
7,3
6,9
6,4
7,9
7,7
7,7
2011 Total
7,3
6,6
6,2
8,0
7,7
7,8
Homem
7,1
6,3
5,8
7,9
7,6
7,5
Mulher
7,5
7,0
6,6
8,1
7,8
8,0 Fonte: IBGE
As regiões Sudeste e Sul são as que registram maio-
Mercado de trabalho
res taxas de abandono nessa faixa etária, com 15,3%
Análises recentes sobre o mercado de
e 17,8%, respectivamente. Além de políticas afirmati-
trabalho brasileiro refletem a importân-
vas, como a ampliação das cotas sociais nas universi-
cia da escolaridade. Entre a população
dades, o governo pretende reduzir os índices de aban-
com carteira assinada, o número de em-
dono com a extensão do Programa Bolsa Família para
pregados que concluíram o ensino médio
quem tem filhos até 17 anos e políticas voltadas à re-
subiu de 43,7% para 46,8%. Já em rela-
dução da gravidez na adolescência. A quantidade de
ção a quem completou o ensino superior,
mulheres de 15 a 17 anos com filhos nascidos vivos
a taxa de ocupação cresceu de 11,3%
cresceu de 283 mil para 307 mil entre 2009 e 2011.
para 12,5%. Em contrapartida, o número de trabalhadores com ensino fundamen-
Mulheres estudam mais tempo
tal incompleto caiu de 31,8% em 2009
Ainda de acordo com os resultados da pesquisa, as
para 25,5%, segundo a Pnad 2011.
mulheres passam mais tempo que os homens nas es-
Nos últimos dois anos, foi apontado
colas e universidades. Em 2011, a população brasileira
aumento de 3,6 milhões de empregados
com dez anos de idade ou mais acumulava, em média,
com carteira de trabalho assinada no se-
7,3 anos de estudos. Desse total, as mulheres registra-
tor privado. Quanto a desocupados, uma
ram um total médio de 7,5 anos de escolaridade; já a
baixa recorde: 6,7%, a menor taxa desde
média masculina foi de 7,1.
2004. Entre esses, alguns fatores (como
Em todas as faixas etárias, exceto no grupo com 60
gênero, experiência profissional e esco-
anos ou mais, a média feminina de escolaridade foi su-
laridade) foram levantados como compli-
perior à masculina. O grupo etário de 20 a 24 anos re-
cadores na inserção no mercado de traba-
gistrou a maior média, com 9,8 anos, sendo 10,2 anos
lho: 53,6% dos desocupados não haviam
de estudo na parcela feminina e 9,3 anos na masculina.
completado o ensino médio.
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Dicas para um bom vestibular Especialistas dos principais pré-vestibulares do país dão o bê-á-bá para quem quer se dar bem nas provas e ingressar na faculdade
Comparar o exame vestibular a uma ma-
LEIA, LEIA E LEIA
ratona pode parecer estranho, mas a ex-
O hábito da leitura só ajuda: além de acumular conheci-
plicação de Rui Alves de Sá convence:
mento, o aluno que lê cotidianamente amplia seu voca-
“Não adianta ir rápido demais e logo
bulário e adquire habilidades de interpretação de texto,
se cansar, nem dar um gás somente na
fundamentais para a compreensão exata das questões
reta final. Para vencer uma corrida longa
na prova. “A concentração e o hábito de leitura ajudam
é preciso ritmo constante. E para fazer
em todas as áreas do saber”, afirma Rui.
um bom vestibular é preciso um planejamento semanal de estudo que englobe
PRESTE ATENÇÃO À SUA VOLTA
todas as matérias, preparação desde o
“O cinema ajuda no embasamento teórico e na cultura
início do ano, tendo o estudo como gran-
em geral, ajudando em argumentos para as redações”,
de prioridade”.
pondera o especialista. Jornais e revistas levam ainda
Especialista em vestibulares, o diretor
uma vantagem extra, pois deixam o estudante a par do
de ensino acrescenta ainda que “a aten-
que acontece no mundo – outra qualidade fundamental
ção nunca é a mesma quando fazemos
de um vestibulando.
mais de uma coisa ao mesmo tempo. Portanto, nas horas dedicadas às apos-
EXERCITE TAMBÉM O CORPO
tilas, nada de internet e redes sociais”.
Equilibrar o esforço mental com uma boa dose de exercí-
Em paralelo ao embasamento teórico
cios físicos alivia a tensão e prepara o corpo para provas
e à concentração, preparo psicológico
longas. Uma hora de caminhada, três vezes na semana,
também faz a diferença na hora da pro-
já proporciona esses desejados resultados. “Uma válvu-
va. É o que defendem os representantes
la de escape é fundamental.”
de cursos pré-vestibulares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
ORGANIZE-SE COM DISCIPLINA
Embarque nas dicas dos especialis-
Busque um local iluminado, arejado e silencioso para
tas, fique atento aos seus hábitos de es-
estudar e leve todo o material necessário, desde lápis e
tudo e arrase nas provas do fim do ano!
borracha até garrafinha d’água e um lanche leve.
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O mais recomendado é estudar ao menos duas disciplinas diferentes ao dia, com um breve intervalo. Entretanto, quem deve falar mais alto é o seu próprio ritmo: alguns alunos precisam variar entre diferentes matérias ao longo de todo o dia; outros rendem mais se debruçando em um só tema durante a tarde toda. Lembre-se sempre: é preciso estudar para aprender, não apenas para passar nas provas. ADOTE UMA ORDEM Se for estudar mais de uma matéria no mesmo dia, comece sempre pela mais fácil. A rotina aumenta a sensação de que o tempo está rendendo, o que dá mais energia e autoestima ao estudante (este quesito é tão importante quanto as fórmulas matemáticas).
NA HORA H Para fazer uma boa prova é necessário dominar, além do conteúdo, seu estado psicológico. O nervosismo sempre há de pintar, mas é preciso administrá-lo, confiando que a dedicação ao longo do ano terá valido a pena. Com o exame em mãos, percorra os cadernos e comece pela disciplina em que você tem mais facilidade. Dentro dela, busque as questões fáceis. Em seguida, parta para a sua segunda melhor matéria e, ali, também escolha as mais fáceis. Depois de resolvidas todas as questões mais simples da prova, volte para as médias e difíceis (também respeitando a ordem da sua familiaridade com as disciplinas). Prova feita? Não perca a chance de conferir um dos gabaritos divulgados posteriormente. Um erro aqui pode ser uma excelente oportunidade de aprender – afinal, você não vai mais esquecer do engano cometido, e acertará no próximo teste.
DESCANSE O SUFICIENTE Não é preciso ser especialista para saber, mas sempre vale lembrar: na noite anterior ao exame, evite bebida alcoólica, coma bem (mas nada muito pesado) e tenha uma boa noite de sono. CONFIE NO SEU TACO Está chegando o momento? Relaxe! O que tinha para ser feito, já foi. Agora é verificar se a documentação e o material necessários já estão na mochila, conferir onde fica seu local de prova (se sabe chegar lá e quanto tempo leva) e arejar a cabeça – sem estudar nada – por pelo menos 24 horas. Estudar de última hora só gera ansiedade e aumenta o nervosismo...
ROTINA BATALHADORA Garra e foco, asseguram os especialistas no assunto, são fundamentais para quem está de fato interessado em ingressar em uma boa universidade. Comece definindo que profissão realmente quer seguir, observando o que é desejo genuíno e o que é expectativa da família e dos amigos. Decida então em que faculdade quer fazer o curso escolhido. Analise várias provas dessa instituição de ensino e utilize-as como base prática para o seu estudo. Durante as aulas, não acumule dúvidas. E nunca descuide da leitura: tanto no Enem como nos exames vestibulares há questões que exigem uma bagagem cultural para que possam ser resolvidas.
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Arte educativa Shutterstock
Museus e centros culturais têm programação educativa com foco na formação de jovens artistas plásticos (ou músicos, dançarinos, atores, cantores…)
Nesta época do ano, a capital paulista – mais do que nunca – respira cultura. Em clima de Bienal (a cidade é sede da 30ª edição da Bienal de Arte de São Paulo, até 9 de dezembro no Parque do Ibirapuera), os museus, centros culturais, praças e ruas da cidade intensificaram seus programas de exposições, oficinas e atividades culturais, com um roteiro renovado para todas as idades. Merece a atenção de pais e mães a agenda educativa das instituições, com atividades ligadas a cinema, música, dança e artes plásticas preparadas por especialistas em educação infantil e formação de novos cidadãos. Conheça alguns destaques e aproveite com a família toda.
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM Para aproximar o público de suas iniciativas de difusão da arte contemporânea, o MIS oferece gratuitamente visitas mediadas às exposições, além de oficinas e encontros com artistas, críticos e educadores. O curso Filosofia e Cinema (40 reais, de 4 de outubro a 8 de novembro) é para quem quer intensificar a relação com o audiovisual. Já o curso Introdução à Produção de Videoclipes (90 reais, de 30 de outubro a 6 de dezembro) é prático, conta com suporte teórico e conduz os alunos pelas etapas de criação de roteiro, direção, captação de imagens, pós-produção e finalização da obra. Avenida Europa, 158, tel.: (11) 2117-4777
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CENTRO CULTURAL SÃO PAULO
MUSEU LASAR SEGALL
Um dos mais agradáveis espaços de cul-
Desde 1985, a Área de Ação Educativa (AAE) do mu-
tura de São Paulo está com inscrições
seu realiza atividades para a promoção da reflexão e
abertas (até 10 de outubro) para a oficina
da discussão sobre arte, sempre a partir das exposi-
gratuita Criação de Arranjos Vocais a par-
ções realizadas pelo ateliê da instituição. Os progra-
tir da Improvisação. A ideia é que, no Dia
mas propostos se organizam em três eixos: escola, fa-
das Crianças, os pequenos entrem em
mília e comunidade. Todo terceiro domingo do mês (o
contato com noções de canto, percussão
próximo acontece em 21 de outubro) é realizado o Arte
corporal e vocal e arranjo musical. Os pro-
em Família. O projeto convida pais, filhos, avós e quem
fessores Luísa Toller (piano e voz), Marina
mais se interessar a participar de visitas guiadas pelas
Beraldo Bastos (flauta e voz) e Maria
exposições do museu, além de jogos, brincadeiras co-
Beraldo Bastos (clarinete, voz e pandeiro)
letivas e atividades práticas no charmoso ateliê manti-
explorarão texturas vocais e instrumentais,
do pela instituição. Para participar, basta se inscrever
propondo arranjos ligados ao cancionei-
no mesmo dia do evento, uma hora antes. Na atividade
ro popular brasileiro. São 25 vagas, para
Histórias no Jardim, também no dia 21 de outubro, uma
crianças de 7 a 14 anos. Saiba como parti-
contadora de histórias entretém pequenos, jovens e
cipar no site www.centrocultural.sp.gov.br.
adultos com clássicos da literatura oral.
Rua Vergueiro, 1 000, tel.: (11) 3397-4002
Rua Berta, 111, tel.: (11) 5574-7322
CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL O elegante espaço na região da Sé abriga, até 7 de outubro, a exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Primas do Museu d’Orsay. Direto do acervo do museu francês para o centro de São Paulo, a exposição reúne 85 obras de mestres do impressionismo nunca vistas no Brasil. É a chance de seus filhos conhecerem, ao vivo, quadros de Vincent Van Gogh, Paul Cézanne, Claude Monet, Edgar Degas, Henri Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir, entre outros. O CCBB Educativo e seus grupos de estudo de teatro, artes visuais, música e acessibilidade desenvolvem ações poéticas sobre a exposição, muitas delas destinadas especialmente aos pequenos. Destacam-se: Bailarina de Degas (como que saída de um dos quadros do pintor francês, conhecido pelas telas que mostram o ofício das bailarinas, uma dançarina surge e promete belos movimentos de dança acompanhada de um piano); Impressionismo Sensorial (com diversas ações de acessibilidade relacionadas à temática da exposição); e Obras Animadas (em que trabalhos expostos ganham vida e movimento pelos gestos de atores e atrizes). É importante se planejar com antecedência: a programação é gratuita e as filas da exposição alcançam até quatro horas. Rua Álvares Penteado, 112, tel.: (11) 3113-3651
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Além do quadro negro Professores e alunos têm à disposição recursos tecnológicos capazes de ilustrar as disciplinas escolares de maneira prática e sedutora
PORTUGUÊS
CIÊNCIAS
GEOGRAFIA
MATEMÁTICA
A aula de redação
Proliferam na internet
A cartografia hoje
Mesmo os mais
se torna bem mais
os planetários virtuais,
conta com uma
acessíveis softwares de
dinâmica com a ajuda
a partir dos quais os
mãozinha do Google
tabelas e planilhas são
de ferramentas de
internautas podem
Earth. Um possível
boas ferramentas para
publicação online.
observar astros e
exercício é propor que
levantar discussões:
Os textos produzidos
corpos celestes sem
os alunos desenhem
como coletar e inserir
podem dar origem
tirar os olhos do
o trajeto de casa ao
os dados de uma
a um blog coletivo,
computador. Pelo
colégio, e que então
pesquisa? De que forma
estimulando toda a
telescopiosnaescola.
explorem o programa
cada informação deve
turma a se aprofundar
pro.br, é possível
para ver “de cima” o
ser tratada? O que
nos temas e produzir
inclusive operar um
caminho com o qual já
muda quando uma das
novos conteúdos.
telescópio digital.
estão familiarizados.
células é alterada?
“A cultura forma sábios; a educação, homens.” Louis Bonald (1754 – 1840), político francês
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Immanuel Kant (1724 – 1804), filósofo alemão
“Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância.” Derek Bok (1930 – ), educador americano