Eurobike magazine #12

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razão

# 12 06 2010

emoção prazer

devaneio



CAROL DA RIVA

Sim, os carros que comercializamos sรฃo

fantรกsticos: lindos, seguros, tecnolรณgicos,

potentes, velozes...


Mas tudo isso 茅 s贸 para


CAROL DA RIVA

proporcionar momentos de prazer


expediente Eurobike magazine é uma publicação do Grupo Eurobike de concessionárias Audi, BMW, Land Rover, MINI, Porsche e Volvo. Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600, CEP 14021-630 - Ribeirão Preto - SP Tel.: (16) 3965-7000 www.eurobike.com.br | www.eurobikemagazine.com.br contato@eurobikemagazine.com.br

Ombudsman Patricia Braga www.eurobike.com.br/ouvidoria (11) 3883-7105

Editorial: Heloisa C. M. Vasconcellos, Eduardo R. da C. Rocha Direção de arte: Eduardo R. da C. Rocha Coordenação e produção gráfica: Heloisa C. M. Vasconcellos Administração: Nelson Martins Comercial: Eduardo Rocha Preparação e revisão: Denis Araki Produção: blue media

colaboradores

Foto da capa: Rafael Cañas

Aires Vigo, Angelita Gonçalves, Carol Da Riva, Duzzek Alves, Eduardo Petta, Edu Simões, Érico Hiller, Lalo de Almeida, Marcelo Curia, Oscar Pilagallo, Percy Faro, Rafael Cañas e Simone Fonseca

Tiragem desta edição: 11.000 exemplares Impressão: Ipsis Distribuição: Eurobike Proibida a reprodução, total ou parcial, de textos e fotografias sem autorização da Eurobike. As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

www.bluemediagroup.com.br

4 . Eurobike magazine


carta do editor

Caro leitor, É com muita satisfação que fazemos chegar até você mais uma edição da Eurobike magazine, pois ela exprime um de nossos valores mais cultuados: o relacionamento com nossos clientes, parceiros e amigos. Exemplo disso é que vimos criando e participando cada vez mais de ações que envolvam os admiradores das nossas marcas. Neste último trimestre tivemos mais uma edição do Adventure Trip, em São Pedro, patrocinamos o evento da revista Driver, em que disponibilizamos doze diferentes modelos para test-drive, e realizamos, em Porto Alegre, o Audi Driving Experience, onde foram ministrados cursos de pilotagem seguidos de prática nas pistas. E a tendência é intensificar esses eventos, para que possamos, cada vez mais, trocar experiências com nossos clientes. Também temos novidades no site: a seção motorsport. Notícias sobre corridas, pilotos que patrocinamos, categorias, classificações, escola de pilotagem e mais algumas coisas para quem gosta muito de carro. Nesta 12ª edição, trouxemos a experiência de Kalil Rocha Abdalla, provedor da Santa Casa, onde o antigo e o novo convivem em harmonia, onde estão mantidos os princípios da solidariedade, mas também da boa gestão empresarial. E uma outra experiência muito diferente: Fernando de Almeida, que alçou voo mundo afora atrás do sonho de ser designer de barcos de luxo – e como teve êxito! Para o ensaio fotográfico do Audi A5 Sportback convidamos Rafael Cañas, especializado em moda. Queríamos saber o que sairia de suas lentes. E o resultado foi mais que surpreendente. Carol e Edu Petta foram devanear em Ilhabela de X1, e passaram um agradável fim de semana; vale conferir as dicas! Boa leitura. Um grande abraço, Henry Visconde Diretor Presidente

magazine@eurobike.com.br

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# 12 06 2010 10. razão 12. O negócio da misericórdia

20. Aires Vigo

6 . Eurobike magazine

22. emoção 24. A5 Sportback por Rafael Cañas

36. Superação 38. MINI Challenge


42. Audi Track Day 46. 2ยบ Eurobike Adventure Trip

54. Test-drive

multimarcas

56. prazer 58. O homem e o sonho

72. devaneio 74. Na ilha das maravilhas

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EDU SIMĂ•ES

10 . Eurobike magazine


razĂŁo

Contemporâneo Ê o resultado da perfeita harmonia entre o antigo e o novo

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razão

O negócio da misericórdia Misericórdia não é negócio. Misericórdia é compaixão, caridade, solidariedade, sentimentos que passam ao largo da lógica do mundo embalado pelos cifrões. Mas, se o misericordioso entender de negócios, a ajuda pretendida é potencializada. Esse é o mote de Kalil Rocha Abdalla, provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

POR OSCAR PILAGALLO | FOTOS EDU SIMÕES

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razão A estratégia de Abdalla tem dado resultado. Eleito para o cargo em 2008, o provedor injetou dinamismo numa instituição que, mantida por força da tradição, ainda evoca lembranças de sua origem no Portugal medieval, anterior à descoberta do Brasil. Algumas mudanças são visíveis até para o transeunte distraído que passa em frente ao castelo neogótico instalado num quadrilátero de 50 mil metros quadrados no centro de São Paulo, onde desde fins do século 19 funciona a Santa Casa. Há desde melhorias cosméticas, como a recuperação do calçamento, até alterações estruturais na paisagem do entorno, com o surgimento de edifícios que ampliam o complexo hospitalar que atende dois milhões de pessoas por ano através do SUS, o Sistema Único de Saúde. As maiores reformas de Abdalla, no entanto, têm menos visibilidade. Para conhecê-las, é preciso atravessar os portões permanentemente abertos da Santa Casa. Lá dentro, o visitante descobrirá um universo de contrastes. Numa ala, há o museu que abriga a Roda dos Expostos — um barril de madeira com aberturas laterais onde até 1950 eram deixadas crianças rejeitadas pelos pais — e um acervo de instrumentos médicos antigos que, comparados com os equipamentos de última geração do hospital, mais sugerem uma câmara de tortura. Noutra ala, nota-se uma UTI modernizada e, no lugar da antiga enfermaria, há agora quartos privativos com recursos que nada ficam a dever a hospitais particulares. A maior transformação da Santa Casa, no entanto, só é percebida quando se consulta a contabilidade da

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instituição. O Brasil tem centenas de santas casas, e muitas delas enfrentam sérias dificuldades econômicas. A de São Paulo, ao contrário, esbanja saúde financeira. O orçamento deste ano dobrou para um bilhão de reais, e Abdalla estima que o do ano que vem aumente mais 50%. A situação confortável da instituição resulta em grande parte das iniciativas do provedor, que dá expediente numa sala cuja austeridade é sublinhada pelas janelas de arcos em ponta, típicas do estilo arquitetônico do castelo. É lá, tendo à sua frente um inerte relógio de pêndulo — como se para ele não importassem as quatro horas diárias de trabalho voluntário —, que Abdalla engendra mecanismos para viabilizar economicamente a misericórdia. É um trabalho que começou em 1988, quando Abdalla entrou na irmandade da Santa Casa, na gestão do provedor Mário Altenfelder, com o título de irmão remido, concedido a pessoas que se destacaram na profissão e na sociedade e manifestem desejo de ajudar. Naquela época, a instituição deixava de obter recursos porque os aluguéis dos imóveis, consumidos pela alta inflação do período, estavam completamente defasados. Advogado especializado em locação, Abdalla chegou com a missão de corrigir as distorções — e não perdeu tempo. “Revolucionei a Santa Casa”, diz, sem falsa modéstia. Um dos casos emblemáticos foi o do Mappin, que ocupava o edifício em frente ao Teatro Municipal, e que pertence à Santa Casa. No início dos anos 1990, Abdalla ameaçou despejar a loja de departamentos, alegando intenção de uso próprio, para instalação de um ambulatório. A disputa teve tanta repercussão que chegou a derrubar as ações do Mappin na Bolsa. E o resultado foi mais que satisfatório


para a Santa Casa: além do reajuste, a instituição obteve uma antecipação com a qual comprou o prédio adjacente à Santa Casa onde hoje funciona o hemocentro. A alegria com a vitória durou pouco. Em seguida, a prefeita Luiza Erundina passou a cobrar IPTU sobre os imóveis da Santa Casa. Abdalla defendia a interpretação de que a Constituição garantia imunidade tributária sobre todos os imóveis, e não

apenas àqueles usados diretamente para o atendimento de pacientes. O caso se arrastou durante as gestões seguintes, de Paulo Maluf e Celso Pitta. Foi só no fim da administração de Marta Suplicy que, devido a um acordo, a prefeitura deixou de cobrar o imposto. Guindado à condição de líder natural pelo desempenho como procurador durante quase vinte anos, Abdalla deveria assumir o cargo máximo da instituição em 2008, numa

sucessão tranquila, como haviam sido todas as anteriores, desde 1680, em pleno Brasil Colônia. Mas disputas internas minaram o consenso, impedindo a transmissão rotineira de poder. Abdalla era o candidato único à sucessão de Quirino Ferreira Neto. Tudo se encaminhava para uma eleição por aclamação quando o antigo provedor, depois de ser criticado por membros da direção, mudou de ideia e

As maiores reformas de Abdalla têm menos visibilidade. Para conhecê-las, é preciso atravessar os portões permanentemente abertos da Santa Casa.

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raz達o

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resolveu permanecer no cargo por mais um triênio. Na reviravolta, Abdalla seria o vice, mas a composição não se sustentou e ele ficou de fora. Foi quando decidiu montar a própria chapa e concorrer. O reconhecimento do trabalho de duas décadas se traduziu nas urnas: em 23 de abril de 2008 Abdalla venceu com 63% dos votos dos irmãos. Foi a primeira disputa em mais de quatrocentos anos de história da Santa Casa de São Paulo. O provedor elogiou o processo. “Esse tipo de eleição é muito mais democrático”, disse. Mas, apesar do resultado positivo, é algo que não faria outra vez. Questionado sobre a intenção de permanecer por mais um período no cargo, Abdalla, aos 68 anos, responde afirmativamente, mas faz a ressalva: “Desde que não haja disputa”. De qualquer maneira, confiante de que será reconduzido à provedoria, faz planos para os três anos a partir de 2011, quando termina o atual mandato. Uma das obras previstas é um estacionamento subterrâneo para trezentos carros, que resolveria um problema que os arquitetos do castelo, trabalhando nos tempos das carruagens, nunca imaginaram que um dia precisaria ser enfrentado. A obra mais importante, porém, é a terceira unidade do hospital Santa Isabel, que atende clientes particulares e de convênios médicos, e já é responsável por 20% do orçamento da Santa Casa (outros 70% vêm do SUS e o restante, de aluguéis e contribuições). A primeira unidade funciona no próprio quadrilátero. A segunda, que está para ser inaugurada, fica ao lado e está ligada à Santa Casa por um túnel sob a rua Jaguaribe. A terceira ainda está na fase embrionária. Abdalla cuida da compra de terrenos nas proximidades enquanto define o projeto e, mais importante, avalia a engenharia financeira para viabilizar a obra. A Santa Casa drena boa parte da energia de Abdalla, mas ainda sobra tempo para outras duas atividades: a advocacia e o futebol.

Abdalla advoga sobretudo pela manhã, depois da sessão diária de exercícios físicos, com orientação de um personal trainer, e antes de iniciar o expediente na Santa Casa. Entre os casos de maior repercussão em que atuou, destaca-se o da Escola Base. Abdalla conseguiu substanciais indenizações para a família Shimada, injustamente acusada de pedofilia. Os veículos de imprensa, que publicaram versões fantasiosas, já pagaram. Agora, falta o pagamento do outro réu, o governo, uma vez que a origem das informações erradas foi um delegado; por enquanto, as vítimas aguardam na fila dos precatórios. Quanto ao futebol, a atividade de Abdalla se resume ao papel de cartola. Diretor jurídico do São Paulo há mais de 25 anos, ele é o responsável por resguardar os interesses do clube nos contratos assinados. Só com os jogadores, é uma papelada sem fim. Cada atleta tem vários contratos: um de trabalho, um de direito sobre a imagem, outro abordando a questão das luvas e, às vezes, mais um com a corretagem do empresário. E há, ainda, os contratos relativos à construção de camarotes no estádio, por iniciativa de empresas que os utilizam para promover relacionamentos. É muito trabalho burocrático — e tem muito mais pela frente, porque a escolha do Morumbi como um dos estádios da Copa do Mundo de 2014 implica investimentos vultosos que, por sua vez, irão gerar pilhas de contratos — todos com um destino certo: a mesa de Abdalla.

O Brasil tem centenas de santas casas, e muitas delas enfrentam sérias dificuldades econômicas. A de São Paulo, ao contrário, esbanja saúde financeira.

Mas, quando o assunto é o São Paulo, a única reação de Abdalla é de entusiasmo. Para começar, ele não perde um jogo do seu time. Não vai aí nenhuma força de expressão, apenas a descrição literal de uma realidade. Abdalla chega ao estádio duas horas antes do início da partida e não deixa de dar uma passada no vestiário para cumprimentar os jogadores e lhes desejar boa sorte. Depois vai para o camarote da diretoria, onde, junto com o presidente, Juvenal Juvêncio, recebe convidados, como o prefeito Gilberto

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razão

Kassab, um habituê. Abdalla é são-paulino em tempo integral. Basta olhar para a fachada de suas casas de veraneio para perceber o grau de obsessão. Em Patrocínio Paulista, pequena cidade na divisa com Minas Gerais, Abdalla tem um casarão dos tempos em que lá morava sua família, que imigrou do Líbano em 1914, por ocasião do início da Primeira Guerra Mundial. Abdalla comprou e restaurou a casa que pertencera a um parente, e quando passa lá alguns dias os pouco mais de 10 mil habitantes logo sabem de sua presença, marcada pelo hasteamento da bandeira tricolor. Em Campos do Jordão, a cena é semelhante. A diferença é que Abdalla viaja para lá com frequência nos fins de semana, com a família — a mulher, Anna Maria, e os filhos,

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Fernando e Ana Carolina. Para não ter o trabalho de subir e descer a bandeira a cada poucos dias, ele preferiu deixá-la hasteada permanentemente. O provedor e o cartola são indissociáveis. Em dezembro de 2008, quando o São Paulo conquistou o título de hexacampeão brasileiro, Abdalla não deixou passar a oportunidade. No dia seguinte à final, publicou, como homenagem da Santa Casa, um anúncio que dizia: “São-paulino, você que sofre pouco, pratique um gesto nobre e doe seu coração a um corinthiano, palmeirense, santista, flamenguista, cruzeirense ou gremista, que tanto precisam”. Era uma dupla provocação: a do sãopaulino, mexendo com os adversários, e a do provedor, em favor dos pacientes. A página do jornal encapsulava, assim, as

duas metades que compõem Kalil Rocha Abdalla.


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razão AIRES VIGO

Sociedade empresarial – responsabilidade do sócio A questão da responsabilidade do sócio perante a sociedade (empresa) e terceiros é tema de grande relevância e atualidade, principalmente em razão das mudanças trazidas pelo novo Código Civil e do atual posicionamento dos Tribunais. Este breve artigo trata apenas desta relação no bojo da sociedade empresária limitada, excluindo

a

sociedade

empresária

de

responsabilidade ilimitada e a sociedade anônima. Na

linha

da

responsabilidade,

existem

aquelas de natureza interna corporis, ou seja, que produzem efeitos entres os sócios da mesma base societária, entre si, e entre eles e a sociedade. É o caso, por exemplo, da obrigação de: a) salvaguardar os interesses da sociedade em detrimento dos interesses próprios, caso sejam conflitantes; b) da não concorrência; c) da gestão proba; d) do cumprimento do ajuste de integralização do capital quando subscritas as quotas; etc. Responsabilidades

desta

natureza

não

geram muita controvérsia, pois, via de regra, são estabelecidas de forma clara na legislação, no contrato social ou em acordo de quotistas. O

problema

maior

decorre

da

responsabilidade do sócio em situações que extrapolam o ambiente interno da empresa, quando há envolvimento de interesses de terceiros, como no caso de credores de 20 . Eurobike magazine

natureza civil, fiscal, ambiental, trabalhista,

tributária, quando as informações prestadas

consumidor etc.

ao fisco, por exemplo, não são fidedignas,

A regra geral é que o sócio, e portanto seu

ou quando a sociedade é dissolvida de forma

patrimônio, não reponde por atos praticados

irregular.

pela sociedade, uma vez que tratam-

É importante registrar que o simples fato da

se de pessoas distintas, com autonomia

sociedade não ter efetuado pagamento de

e patrimônio próprios. Não obstante, é

tributo, por si só, não gera responsabilidade

importante observar que o novo Código

ao sócio.

Civil trouxe uma nova regra, que mantém a

Diferentemente ocorre na área trabalhista e

responsabilidade do sócio que retira-se da

ambiental. Com relação ao direito do trabalho,

sociedade durante os dois anos seguintes

tem-se adotado a teoria da responsabilidade

à sua saída. Criou-se, ainda, a figura da

subsidiária do sócio (desconsideração da

desconsideração da personalidade jurídica, o

personalidade jurídica da empresa). Já

que significa que o sócio responde pelos atos

no direito ambiental, aplica-se a teoria da

da sociedade, quando há a figura da má fé,

responsabilidade objetiva, o que significa que

ainda que na forma objetiva. Este mecanismo

basta ter ocorrido o dano ambiental, mesmo

já era aplicável no direito do consumidor,

que não tenha havido intenção ou culpa, a

e aceito pela ampla jurisprudência. Agora

sociedade e o sócio respondem de forma

passou a ser norma geral.

solidária.

Passa a ser extremamente relevante a

Em linhas gerais, e bem resumidas, este é o

distinção da figura da boa fé subjetiva e da

quadro que se apresenta atualmente.

boa fé objetiva, pois mesmo que o sócio, em nome da sociedade, subjetivamente, não

Aires Vigo é advogado empresarial, com escritório

tenha pretendido causar dano, mas caso

em Ribeirão Preto e São Paulo

este dano ocorra de forma objetiva, haverá a responsabilidade. Este ponto causará inúmeras discussões no âmbito do Poder Judiciário. A exceção à regra ocorre quando o sócio age de má fé, viola a lei ou o contrato social. Assim, quando o sócio, na qualidade de gestor, age de forma simulada ou dissimulada, prejudicando interesse de terceiro, fica sujeito a reparar o dano causado, mesmo que tenha agido em nome da sociedade. Esta situação ocorre com bastante frequência na área


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RAFAEL CAĂ‘AS

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emoção

Um estado de espírito traduzido em imagens

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A5 SPORTBACK

por Rafael Cañas:

“Eu quis transportar para as imagens a harmonia e a sublime sofisticação que emanam do design desse carro que tem alma!”

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emoção

Superação POR PERCY FARO

Quando

August

Horch,

formado

para maior segurança de passageiros de

Trata-se de um propulsor com 214 cv de

qualquer estatura. Os airbags laterais estão

potência, que acelera o novo membro da

posicionados nos assentos dianteiros, e o

família Audi de 0 a 100 km/h em apenas 7,4

sistema de apoio de cabeça entra em ação

segundos, com velocidade máxima de 234

em caso de colisões na traseira, reduzindo o

km/h e levou, pela quinta vez consecutiva,

risco do chamado efeito chicote. Com linhas

o título de Motor do Ano, na Alemanha. O

harmoniosas, incluindo portas sem moldura

motor 2.0 TFSI do A5 Sportback trabalha em

e vidros estreitos, o Audi A5 Sportback

conjunto com o câmbio automático de oito ve-

define nova tendência no design.

locidades, de variação contínua de marchas,

em

que alia o conforto de uma transmissão

metalomecânica, fundou a Audi, 100 anos

Mas é escondido sob o capô que bate

automática à rapidez de um manual, com

atrás, nascia também uma filosofia — na

um coração forte que revela a evolução

marchas que podem ser trocadas por meio

vanguarda da tecnologia — que se mostra

da marca alemã também nas pistas; e faz

da alavanca no console ou ainda pelos

te esportivo em couro multifuncional com

os amantes da velocidade relembrarem

paddle-shift no volante. Avaliando-se o A5

paddle-shift,

estacionamento

momentos de muita emoção como, por

Sportback sob diferentes ângulos é possível

frontal e traseiro, entre outros. A segurança

exemplo, o feito notável do modelo Type C,

entender ao pé da letra a mensagem da Audi

fica por conta dos airbags frontais e laterais

equipado com um motor de 16 cilindros,

em uma peça publicitária, anos atrás: “Ao ver

dianteiros, sistema ESP, faróis de neblina

que ultrapassou a marca de 400 km/h em

os quatro anéis no retrovisor de seu carro, dê

e luzes de neblina na traseira e suspensão

1939, e os diversos protótipos apresentados

passagem”.

esportiva.

ao longo dos tempos, entre eles o Spyder,

cada vez mais marcante à medida que o tempo passa. A história da montadora alemã é recheada de exemplos que retratam a evolução tecnológica dos automóveis identificados mundialmente pelas quatro argolas entrelaçadas. O novo A5 Sportback, já apresentado ao mercado brasileiro, não foge à regra. Com ele, a Audi se supera e inaugura mais um conceito automobilístico que reúne design inovador, diferenciado, e traduz a progressividade da marca. Ou, como a própria Audi prefere qualificá-lo, “um carro três em um”. O fabricante explica que são três mundos distintos entre si — a elegância de um cupê, o conforto de um sedã e a praticidade de uma station wagon — em um único automóvel. É de série no A5 Sportback uma longa e refinada lista de itens tecnológicos, de segurança e conforto, como ajuste lombar elétrico, arcondicionado automático, computador de bordo, piloto automático, teto solar, volansensor

de

Avus, Steppenwolf, e o Rosemeyer — uma Os airbags dianteiros, acionados em caso

justa homenagem ao famoso piloto da Auto

de colisão frontal, estão sincronizados

Union (empresa que deu origem ao logotipo

com sensores de posição nos bancos

dos quatro anéis) dos anos 1930.

que regulam sua atuação e a dos cintos,

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www.newmk.com.br

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APOIO

REALIZAÇÃO

PARCEIROS

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emoção

MINI Challenge Equipe Eurobike estreia na mais nova categoria do automobilismo nacional: MINI Cooper FOTOS ÉRICO HILLER

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A primeira corrida do Campeonato Brasileiro

O campeonato faz parte do calendário da

de MINI Challenge, realizada no autódromo

Copa Caixa Stock Car, na qual os pilotos

de Interlagos em 26 e 27 de março, em

competem com MINI Coopers produzidos na

São Paulo, teve a participação da equipe

fábrica, com preparação pela Jonh Cooper

Eurobike, composta pelos pilotos Henry

Works. São trazidos pela BMW do Brasil já

Visconde e Ricardo Landi.

prontos para corrida.

No volante do carro nº 15, Henry pilotou as

São carros com motores 1.6 litros, tur-

duas provas. Chegou em 10º na primeira e

bo de 211 cavalos, freios dianteiros de-

em 9º na segunda.

senvolvidos para corrida, com sistema ABS,



emoção

No alto, à esquerda, Henry Visconde se concentra antes de entrar na pista À direita, Martin Fritsches, Diretor Comercial da MINI, Henry Visconde e Jorg Henning Dornbusch, presidente da BMW Brasil No centro, o piloto Ricardo Landi

amortecedores

e

molas

especialmente

dimensionadas, sistema de gaiola interna para proteção, banco concha e cinto seis pontas. Serão oito etapas de rodadas duplas por fim de semana, sendo que a próxima acontece no autódromo de Jacarepaguá no Rio de Janeiro, no final de maio.

40 . Eurobike magazine


eco intera巽達o foto: wagner abrah達o junior

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emoção

Audi Track Day 2010, Porto Alegre FOTOS MARCELO CURIA

A Audi do Brasil, por meio da Eurobike Audi,

seguintes para participar da fase de test-

sua concessionária exclusiva do Rio Grande

drive de todos os modelos: A3, S3, A4, A5,

do Sul, estreou em grande estilo as corridas

Q5, TT, TTS e R8, contaminando todos os

de carros de luxo nas pistas do Velopark,

convidados, descrevendo as características

autódromo de Nova Santa Rita.

e desempenho dos carros que guiaram no dia anterior”, conta Aldo Biasetton, diretor da

Durante três dias, no mês de abril, o Velopark

Eurobike Audi.

recebeu os últimos lançamentos da Audi no Brasil: os modelos TTS, S3 e R8 V10. Eram

No segundo e no terceiro dias, os convidados

quinze veículos à disposição do público,

faziam test-drives agendados, monitorados

clientes e prospects.

por pilotos da Audi Ag (a matriz, da Alemanha) e Brasil. Foram mais de 250 “testes”.

Na página seguinte, no alto, o briefing e orientação aos pilotos na pista

receberam curso de pilotagem com os

“Foram três dias muito agradáveis que

Ao lado, Aldo Biasetton e o presidente da Audi do Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff

modelos mais esportivos da marca. Os

passamos junto com nossos clientes e suas

pilotos saíam de macacão Audi completo,

famílias, testando os carros nas pistas e só

com sapatilha e capacete oficiais, e cer-

falando de carro... Em alguns momentos

tificado de piloto de test-drive amador.

todos puderam acelerar pra valer, para

“Essa etapa foi muito gratificante, pois

sentir a adrenalina de guiar o carro em um

esses pilotos voltaram empolgados nos dias

autódromo oficial”, lembra Aldo.

No primeiro dia, doze convidados especiais

42 . Eurobike magazine


O evento abriu a série Audi Driving Experience, que deverá percorrer as principais capitais e cidades do Brasil, quando convidados poderão conhecer de perto e experimentar novos modelos. Trata-se de um sofisticado test-drive, que inclui sala de briefing para os participantes, atividades interativas como jogos especiais de corrida Forza Motor Sport e estrutura especial de buffet. O programa Audi Driving Experience é composto de três etapas: Audi Sportscar Experience, que consiste em um curso de pilotagem, o Audi Track Day, quando os clientes podem testar os carros da marca, e o Audi Driver Day, onde a Audi, em parceria com a revista Driver, convida proprietários de carros superesportivos para dirigi-los em um evento. O Audi Driving Experience é chancelado pela Petrobrás, que faz o abastecimento dos carros com seu produto mais premium: a gasolina Podium.

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2º Eurobike Adventure Trip Em São Pedro, clientes Land Rover testam seus 4x4 em meio à natureza e muita aventura

POR ANGELITA GONÇALVES | FOTOS DUZZEK ALVES

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Diversão não faltou para aqueles que prestigiaram a segunda edição do Eurobike Adventure Trip. Proprietários da marca Land Rover estiveram na Estância Turística de São Pedro e se deslumbraram com as paisagens serranas, aproveitando dois dias muito agradáveis em companhia das famílias e dos amigos. Guilherme Passalacqua, gerente comercial, explica que a concessionária investe neste projeto com o objetivo de proporcionar um ambiente agradável para clientes e colaboradores confraternizarem em meio à natureza, explorando o potencial de seus veículos, e dar dicas aos motoristas 4x4 sobre técnicas de condução. “A proposta é trazer o cliente para conhecer os recursos do Land Rover e a qualidade do produto, garantindo a confiança do proprietário no Grupo Eurobike”, afirma. Depois de se acomodarem, no sábado pela manhã, no Villa Vitta Hotel, o grupo partiu em direção à Fazenda da Furna para saborear a deliciosa comida típica preparada em fogão a lenha. O lugar é cercado de belas paisagens. O passeio continua pela Trilha dos Mirantes, até o penhasco Cruzeiro do Facão, no alto da Serra do Itaqueri, de onde os convidados puderam avistar as cidades de Piracicaba, Rio Claro e Campinas. Com aproximadamente 420 metros de altura, trata-se de uma depressão constituída de um paredão rochoso. O acesso se dá por uma trilha com certo grau de dificuldade, pela estrada de Itaqueri da Serra, a 26 quilômetros do centro urbano. Mas vale ressaltar que os 4x4 tiraram os obstáculos de letra. O sucesso da primeira edição do Eurobike Adventure Trip despertou o interesse de outros proprietários que vieram prestigiar o segundo e aprovaram o evento. “A organização está nota 10 e o passeio teve a dose certa de emoção, suficiente para os veículos modernos”, afirma Bob Harisson,

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emoção proprietário de um Land Rover Defender 130. Assíduos frequentadores dos eventos da Eurobike, Valdir Fedrizzi e Ana Rosa Corrente convidaram um casal de amigos para experimentar a emoção de dirigir um Land Rover num passeio off-road. Nessa turma, quem domina a direção são as mulheres. “O carro é meu, às vezes deixo o Valdir dar umas voltinhas”, brinca Ana Rosa, que ficou um pouco apreensiva quando seu Discovery 4 atravessou uma área de forte erosão. Com a orientação de Sérgio Miranda e do guia Rodrigo Galera, em questão de minutos tudo foi resolvido. Cláudia Bigelli quer convencer o esposo Julio Bigelli a comprar um Land Rover. “Quem sabe depois desse fim de semana ele não se anima”, sonha Cláudia. Sem medo dos obstáculos, José Eduardo Buzatto passa tranquilamente por atoleiros e erosões pela estrada. “O carro está equipado para isso, então tenho que aproveitar”, afirma Buzatto. No fim do primeiro dia, e após 101 quilômetros de off-road, os turistas foram brindados com a bela visão de um bando de garças que lotaram uma árvore à beira de um lago, ao pôr do sol. Sérgio Miranda, organizador do evento, conta que aprendeu muito ao organizar o primeiro passeio, realizado na Serra da Canastra, e neste buscou proporcionar ainda mais conforto aos convidados. “Escolhemos um hotel mais luxuoso, passeios mais curtos

e

menos

cansativos,

além

de

investir na integração da equipe. Para isso programamos um happy hour para que o No alto, Valdir Fedrizzi é orientado por Miranda e Galera para passar pela erosão Acima, Buzatto faz um splash para ninguém botar defeito

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Antonio Carlos (Tatá) e Elaine Mendes aproveitam uma parada para relaxar um pouco Guilherme Passalacqua e Flávia Costallat conduzindo a Discovery 4 da Eurobike Celso Ortolan concede entrevista a Vitório Pagliuso

O túnel de eucaliptos faz o início da tarde parecer entardecer

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emoção

grupo pudesse se conhecer melhor”, explica. À noite, os clientes foram surpreendidos com um churrasco, música ao vivo e fogueira no espaço gourmet do hotel. Todos estavam muito animados, especialmente Ana Rosa Corrente, que ganhou um belíssimo colar da Nina Joalheira e Gueto Pratarias, empresa patrocinadora do evento, que ofereceu uma peça para sorteio e expôs a coleção 2010 com peças exclusivas. Outro diferencial do Eurobike Adventure Trip em São Pedro foi o número limitado de carros e pessoas, o que permitiu aumentar a qualidade do evento, proporcionando um clima familiar e amigável. “Nesta edição conseguimos acompanhar de perto a reação das pessoas durante os passeios e sentir

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o que elas estavam achando do evento”, afirma Passalacqua. O casal Antônio Carlos e Elaine Mendes, proprietários de um Land Rover Freelander com apenas cinco mil quilômetros rodados, se sentiu muito à vontade. “Achei as pessoas simpáticas e acolhedoras. Somos novos aqui e fiquei muito feliz com a forma com que

No alto, à esquerda, as mulheres em animado bate-papo À direta, o show do músico Jimmy Acima à esquerda, Ana Rosa Corrente recebe de William Gomes o maravilhoso colar criado por Nina Joalheira À direita, a fogueira que aqueceu a todos até a madrugada

fomos recebidos”, afirma Elaine. Já Antônio Carlos ficou satisfeito com a oportunidade de sentir o carro numa estrada de terra. “Dá um pouquinho de pena do carro, mas é essa a finalidade do 4x4, andar na terra!”. O

clima

de

amizade

e

descontração

continuou durante o domingo, quando a trilha ficou um pouco mais apimentada. Para chegar até Cachoeira do Saltão, o Eurobike magazine . 51


emoção

grupo percorreu 80 quilômetros ladeando os paredões da Serra, enfrentando erosões, poças de lama e riachos que fizeram a felicidade dos aventureiros. Mas, para quem buscava fortes emoções, o passeio estava apenas começando. Obra da natureza. Imponente com seus 75 metros de queda d’água, a Cachoeira do Saltão é uma das mais altas da região. Ali é possível praticar inúmeros esportes de aventura, como tirolesa de 800 metros de comprimento e quase 110 de altura. A maioria topou o desafio. O destaque vai para Guilherme Passalacqua, que desceu pendurado de cabeça para baixo. O casal Gilmar Chrusciak e Ana Paula Pezzotto chamou a atenção do grupo por levar as filhas, a mais velha com seis anos e a mais nova com quatro meses. “Confiamos na Eurobike e sabíamos que a organização do evento seria impecável, com estrutura

52 . Eurobike magazine


para trazer as crianças”, afirma Ana Paula. O Eurobike Adventure Trip, promovido pela Eurobike Land Rover e produzido pela Blue Media, teve patrocínio de Nina Joalheira e Gueto Pratarias. Os roteiros foram criados pela Galera Ecoturismo. Os passeios não param por aqui, acesse o site www.adventuretrip.com.br ou, se preferir, entre em contato com a Eurobike pelo telefone (16) 3965-7000, ou ainda com a coordenação do evento pelos e-mails miranda@adventuretrip.com.br ou eduardo@ adventuretrip.com.br.

Na página ao lado, Celso Ortolan mostra perícia ao entrar na erosão Gilmar Chrusciak registra a própria chegada na tirolesa Acima, a impressionante vista da plataforma de partida Ao lado, os onze que se penduraram a 100 metros de altura

Eurobike magazine . 53


emoção

Test-drive multimarcas

Eurobike reúne superesportivos em test-drive no interior de São Paulo, em evento organizado pela revista Driver POR ANGELITA GONÇALVES | FOTOS ÉRICO HILLER

Patrocinador master do Driver Experience, o

A programação, que começou logo cedo

bem recebidos no lounge da Eurobike. “Além

Grupo Eurobike disponibilizou doze modelos

com um café da manhã na concessionária

de fortalecer o nome Eurobike em São Paulo,

das marcas que comercializa — Audi, BMW,

BMW na avenida Dr. Gastão Vidigal, em São

o Driver Experience é uma oportunidade para

Land Rover, MINI, Porsche, Toyota e Volvo —

Paulo, para recepcionar os clientes Eurobike

os convidados conhecerem as marcas que o

para test-drive durante o evento organizado

e leitores da revista Driver, se estendeu até o

grupo representa, testá-las e analisarem qual

pela revista Driver, no dia 10 de abril, na

sol se pôr com muita emoção e adrenalina.

delas atende mais às suas necessidades”,

Fazenda Dimas de Melo Pimenta — DIMEP.

ressalta o presidente do Grupo Eurobike, Os convidados seguiram em direção à

Henry Visconde.

Fazenda DIMEP, localizada no quilômetro 204 da Rodovia Castelo Branco, chamando a

Cliente Eurobike há quinze anos, Thiago

atenção por onde passavam. Se é incrível ver

Corazza, testou seis carros e confessou sua

mais de cem superesportivos de diferentes

preferência. “O Porsche Panamera Turbo

marcas lado a lado, imagine a sensação de

e o Audi R8 superaram. Eles são demais”,

andar na estrada em meio a esses carros.

afirma Corazza, que não poupou elogios

No entanto, mais extraordinário ainda é

ao evento. “É muito bom conhecer outras

pilotar um desses em alta velocidade e com

marcas, experimentar novos modelos, rever

segurança. Alguns convidados preferiram

os amigos e trocar ideias e opiniões com

a comodidade dos aviões. A fazenda, que

outros proprietários.” Marcos Zangelmi, cli-

conta com pista de pouso, recebeu doze

ente Land Rover, também aprovou a ideia da

aviões e cinco helicópteros.

Eurobike de propiciar test-drive de diversos carros. Além de utilizar os próprios carros,

Se o intuito era unir os apaixonados por veícu-

tanto durante a viagem como na pista, é uma

los premium para um dia com muita emoção,

oportunidade fantástica de pilotar outras

o evento foi um sucesso. Aproximada-

marcas, afirma Zangelmi.

mente quatrocentas pessoas prestigiaram

54 . Eurobike magazine

e vibraram na pista de teste. Com uma

Diretor-sócio da revista Driver, publicação

infraestrutura de primeira, todos foram muito

bimestral com foco nos proprietários de


carros de luxo, Decio Rodrigues Junior explica que há três anos a revista reúne leitores para um passeio e percebeu o interesse em acelerar. “Por conta da vontade que nosso público tem de pisar fundo e sentir a potência do carro, organizamos o Driver Experience numa pista que proporciona segurança para test-drive e track day, que é colocar os próprios carros na pista”, diz. Com o intuito de fidelizar os clientes Eurobike, e diante da vasta experiência da revista Driver em promover esse tipo de evento, o Grupo Eurobike é o patrocinador master do evento. “Propomos a parceria de um evento exclusivo para propiciar momentos em uma fazenda refinada, como nossos clientes merecem, e prospectar novos amantes de carros”, explica Patrícia Braga, gerente de marketing do Grupo Eurobike. Entre os carros disponíveis para teste estavam BMW X1; BMW Z4; Porsche Panamera Turbo; MINI John Cooper Works; Audi S3; Audi A4; Audi Q5; Audi TTS; Land Rover Discovery 4; Audi R8 V10. A programação ainda incluía apresentação do Alex Barros, um dos pilotos mais experientes da história da motovelocidade, que correu com uma BMW S1000 RR, e de pilotos profissionais, que mostraram suas performances no Volvo C30 de competição, o que despertou a maior euforia nas pessoas que aplaudiram os convidados de honra.

Eurobike magazine . 55


LALO DE ALMEIDA

56 . Eurobike magazine


prazer

Prazer com vista para o mar

Eurobike magazine . 57


prazer

58 . Eurobike magazine


O homem e o sonho Era noite de lua cheia. O Atlântico estava calmo. O som das ondas embalava a imensidão azul-escuro, quase negra. O veleiro singrava lentamente, seguindo o curso das águas do altooceano. Era seu turno, ele tinha que ficar acordado, tomando conta do barco enquanto o resto da tripulação dormia. Os pensamentos navegavam. De repente ele se sentiu feliz, envolvido por uma certeza tranquila. Se deu conta que o mar era mesmo o seu lugar, seu habitat. E ali, naquele instante, fez um acordo definitivo consigo mesmo: iria perseguir até o fim o seu sonho de desenhar barcos. Pensou nisso e continuou a velejar.

POR SIMONE FONSECA | FOTOS LALO DE ALMEIDA

Eurobike magazine . 59


prazer Fernando de Almeida é brasileiro, paulistano do ano de 1963. Adolescente, sempre que perguntavam a ele o que queria ser quando crescesse respondia barcos

de

que

seria

lazer.

designer

Uma

de

profissão

curiosa para a família, pois ninguém ali tinha uma relação forte com o mar. Talvez a escolha do menino fosse sua interpretação da profissão do pai, que é arquiteto, ou talvez fosse um desejo bem particular mesmo. O fato é que ele foi amadurecendo com esse sonho na cabeça. Sempre que podia, entre os intervalos das aulas, descia para o mar. Aos vinte anos começou a velejar. A primeira aventura foi com mais dois amigos a bordo de um Hobie 16 que zarpou de Salvador e ancorou em Cumuruxatiba, vinte dias depois. Como o veleiro não tinha cabine, eles dormiam onde dava: em construções desabitadas, em casas de pescadores, na areia. Essa estreia no mar serviu para aguçar a vontade do jovem que logo programou uma próxima jornada, dessa vez com mais quatro amigos e três barcos. O trajeto seria entre Fortaleza e Belém do Pará. A aventura, realizada em 1988 e batizada de Expedição Caju, ganhou o aval da então recémcriada SOS Mata Atlântica, organização não-governamental com ênfase na preservação da biodiversidade brasileira, e, graças a essa parceria, deram entrevistas, apareceram em revistas, tiveram

grande

visibilidade.

Foi

o

maior acontecimento para os jovens aventureiros. Viajaram por lugares até então inacessíveis e desconhecidos pela grande maioria dos brasileiros. “Naquela época ninguém falava em Lençóis Maranhenses, nem no Delta do

60. Eurobike magazine


Eurobike magazine . 61


prazer

em um escritório europeu de design de barcos. Preparou uma mochila com alguns calções,

Parnaíba”, conta Fernando. Foi uma viagem

camisetas, um currículo em inglês e um

de descobrimentos vários. Ele lembra que

caderno com dicas da Polinésia. Pegou o

ficou assombrado com a coragem dos

passaporte, reuniu as poucas economias

jangadeiros, que saíam para o mar em

que

embarcações sem nenhuma estrutura. Diz

promocional para o Caribe. E lá se foi. “Meus

que aprendeu muito com a relação próxima,

pais ficaram de cabelo em pé, principalmente

quase familiar, que esses homens têm com

porque a passagem era só de ida, mas

o mar. Bem-humorado, recorda um dia em

depois me apoiaram”, conta Fernando.

tinha,

comprou

uma

passagem

que dois jangadeiros chegaram perto de seu Hobie 16, bateram no casco e disseram:

Desembarcou em Barbados e foi direto para a

“moço, o senhor tem mesmo muita coragem

marina. Deu uma olhada geral, escrutinando

de sair pro mar num barco feito de plástico”.

as dezenas de barcos ancorados. Superou sua timidez natural e conversou com alguns

A Expedição Cajú durou 900 milhas e trinta

proprietários; no mesmo dia, conseguiu uma

dias e foi uma espécie de rito de passagem.

vaga num Ketch 30 de um inglês chamado

Nas águas do norte brasileiro, Fernando se

Derek. O barco não era nada de especial,

aprofundou no vocabulário do mar, viveu as

mas, em troca de uma ajuda na lida diária

dificuldades da navegação, aprendeu com

— o que, em linguagem de navegadores,

os imprevistos. Ali, foi ganhando confiança

quer dizer trabalho pesado — ele embarcaria

para empreender a sua próxima jornada, que

para Antigua Sailing Week, onde estava

determinaria toda a sua vida.

acontecendo a Semana Mundial da Vela.

Volta ao mundo de carona de barco

Essa

Como no Brasil não existem cursos de

Considerada um grande evento da vela

design

barcos,

mundial, reúne barcos de todas as cores,

na época de prestar vestibular, Fernando

tamanhos, formatos e nacionalidades. Uma

pensou em fazer Engenharia Naval. Mas

curiosidade é que tão logo termina o evento,

considerando que essa faculdade é muito

começa a temporada anual dos furacões

voltada para o mercado de grandes navios

nos mares caribenhos, o que faz com que os

comerciais e, definitivamente, esse não era

barcos zarpem rapidamente, indo em busca

seu caso, optou por Engenharia Mecânica.

dos verões de outras paradas.

ou

arquitetura

de

semana

é

um

acontecimento.

Formou-se pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, e acabou entrando como

Em Antigua, Fernando tinha certeza que

sócio do irmão gêmeo em uma empresa

encontraria um barco que estivesse indo

de instrumentos eletrônicos. Os negócios

em direção ao Pacífico. Era essa a sua

iam bem, mas lá no fundo havia um certo

meta: chegar na Europa via mares da Ásia e

incômodo, desses que aparecem quando

Oceania. Mas, depois de alguns dias fazendo

não realizamos nossos sonhos antigos. Dois

contatos, não conseguiu nenhuma carona e

anos depois, sua vocação e coragem falaram

tinha que se decidir logo, porque os furacões

mais alto e ele largou tudo. Avisou o irmão,

estavam chegando.

que lhe deu um abraço e desejou boa sorte. Chegou em casa e comunicou aos pais que

Então, aceitou a proposta do Darius, um

estava indo dar a volta ao mundo de carona

veleiro holandês de 70 pés, impecável

de barco e que depois iria procurar emprego

(especialmente se comparado ao barco do

62 . Eurobike magazine


CAIO GUATELLI

Derek), tripulado por um casal de ingleses. Ele, por sinal, era um ótimo chefe de cozinha, formado pela prestigiada escola de culinária francesa, Cordon Bleu. Além de Fernando, o casal contratou mais quatro pessoas, dois americanos, uma inglesa e um alemão. Partiram rumo a Nápoles, na Itália, com escalas em Bermudas, Açores, Gibraltar e Palma de Mallorca. Foram dias de viagem com muito trabalho, muitos aprendizados e momentos memoráveis. Entre eles, a noite de lua cheia em alto-mar, quando se deu conta que aquele era o seu lugar. O mar era sua vocação. No balneário espanhol, os companheiros desembarcaram e Fernando seguiu até o porto de Nápoles com o casal de ingleses. Primeiros desenhos Em terra firme, despediu-se de seus amigos e procurou outro barco para trabalhar. Era verão e ele precisava arranjar dinheiro. O inverno estava chegando, ele tinha que comprar roupas de frio e encontrar um lugar para ficar enquanto batalhava emprego em um escritório de projetos. Por fim, encontrou um veleiro que ia para a Córsega e Sardenha, onde deu para ganhar alguns trocados. Foi uma viagem bem tranquila. Na volta, conheceu um arquiteto naval que lhe indicou um escritório em Monza e lhe cedeu um quarto em sua casa, para que Fernando ficasse enquanto não encontrava seu próprio canto. Com o dinheiro ganho no barco comprou uma roupa e foi pedir estágio.

Conseguiu.

No

primeiro

mês

trabalhou de graça, mas no segundo já foi contratado. Ficou um ano. Depois foi para outro escritório chamado Nauta, em Milão. Ali foram mais quatro anos aprimorando seu ofício. Nada mal para quem tinha saído do Brasil com uma mochila nas costas e um sonho no coração. Mas, depois desse tempo todo na cidade, estava com saudades do mar. Precisava morar em uma cidade litorânea. Partiu para Miami, onde ficou um ano redesenhando

Eurobike magazine . 63


CAIO GUATELLI

prazer

Equipamentos eletrônicos de última geração sofisticam a experiência do navegar

64 . Eurobike magazine


CAIO GUATELLI

Veloz sportfisherman, barco de pesca esportiva com dois motores de 1800 cavalos, pode atingir at茅 40 n贸s de velocidade

Eurobike magazine . 65


prazer

arquitetos e designers: “Less is more”. Resgatada pelo arquiteto alemão Mies Van der Rohe, alguns anos depois, “less

interiores de barcos para o famoso Estaleiro

is more” é o conceito central do design

Bertram. Cansou de morar fora de casa e

minimalista, movimento estético que prega

voltou ao Brasil, onde permaneceu cinco

uma profunda depuração da forma. Uma

anos trabalhando em projetos de estaleiros.

simplicidade aparente que se traduz em

Quando achou que iria definitivamente

linhas absolutamente essenciais ao projeto.

aportar suas âncoras em terras brasileiras,

Todas as linhas supérfluas são consideradas

a Nauta, sua antiga empregadora milanesa,

desnecessárias e, portanto, descartadas.

o chamou de volta para um grande desafio: trabalhar em um grande barco na Nova

Esse conceito foi interpretado e praticado

Zelândia. Lá foi ele preparar sua mala.

por Fernando de Almeida desde seu primeiro croqui. Acredita que “fazer complicado

A construção do estilo

é fácil, o difícil é fazer simples”. Essa é a

Quando já estava bem estabelecido, surge

máxima que rege seus conceitos. Também

o grande convite de sua carreira. Luca

não acredita em inovação pela inovação.

Bassani, o inovador desenhista de barcos,

Acha que em alguns casos o que o cli-

uma espécie de Steve Jobs de seu mercado,

ente quer precisa de uma inovação. Mas

chamou Fernando para integrar sua equipe

isso é uma consequência, nunca a causa.

de criação, considerada a nata mundial dos

“O que importa é um projeto eficiente e

criadores de barcos. Era um time muito

essencial. Tudo que está nos meus bar-

enxuto de projetistas que desenvolviam os

cos é absolutamente necessário. Nada é

novos conceitos para o estaleiro de Bassani,

puramente ornamental”, afirma.

chamado Wally. Sua temporada europeia terminou em 2003, Reconhecido por seus barcos de linhas

quando descobriu que a mulher estava

retas e minimalistas, e por um pensamento

grávida. Decidiram voltar ao Brasil. Ele abriu

visionário, Luca Bassani fez escola. E,

um escritório no mesmo ano, em São Paulo.

segundo Fernando, não foi por acaso que trabalharam juntos por três anos. Suas

Design brasileiro

visões de mundo e seus traços se afinavam.

Projetar um barco não significa apenas

Na Wally, Fernando apurou seu olhar e afiou

desenhar as linhas que definem o estilo da

seu talento nato. Ali trabalhava somente com

embarcação, mas também se preocupar

barcos a vela e desenvolveu os conceitos do

com centenas de detalhes. E, da mesma

que viria a ser o Wally 143 e da linha Wally

forma que acontece com uma casa, é

80. Dois barcos belíssimos e de design

consenso que, quanto mais elaborado for

premiadíssimo.

um projeto, mais fácil será sua execução.

Fazer complicado é fácil, o difícil é fazer

Dependendo da complexidade, um projeto

simples

pode durar mais de seis meses. Tempo

No final do século 18, o poeta inglês Robert

para Fernando conhecer as expectativas

Browning escreveu um poema chamado

e necessidades de seu cliente, entender

“Andrea del Sarto”, em homenagem a um

o repertório estético e conceitual que se

pintor italiano renascentista de mesmo

espera dele e iniciar o desenho. Primeiro são

nome. Desse poema se destaca uma frase

feitos croquis a mão, depois esses croquis

que ficaria mundialmente conhecida entre

são ”exportados” para um programa de

66 . Eurobike magazine


CAIO GUATELLI

Eurobike magazine . 67


prazer

68 . Eurobike magazine


Eurobike magazine . 69


CAIO GUATELLI

prazer

computador — o CAD, o mesmo utilizado

os vários ambientes da embarcação é

em branco; que algumas poucas linhas se

por arquitetos — e se transformam em

fundamental. Gosto de áreas abertas, mas

transformaram em um objeto de tamanha

um projeto. E, por fim, entra em cena uma

que, naturalmente, estejam protegidas da

dimensão”, conta emocionado.

modelagem eletrônica em 3D. Na maior

chuva, sol e vento”, diz.

parte das vezes são feitas maquetes.

Diz que quando pensa em seu futuro, sempre Um de seus últimos projetos foi a trans-

vê o mar. Esse é seu horizonte de todas as

Desde que voltou para o Brasil, Fernando

formação de um navio de guerra da marinha

horas. Mesmo quando está na frente de uma

já projetou barcos de diversos tamanhos —

irlandesa de 220 pés em um superiate.

folha em branco, acompanhando um projeto

desde pequenas embarcações de 25 pés

Foram três anos de reforma e o resultado

em um estaleiro ou andando pela cidade,

(aproximadamente 8 metros) até barcos de

final é surpreendente.

Fernando vive a vida com vista para o mar.

120 pés (cerca de 40 metros) para esta-

Essa é sua grande viagem.

leiros e para clientes particulares. É dele

Vida com vista para o mar

o único projeto de barco que a Spirit,

Fernando diz que toda vez que vai criar um

construtora dos famosos barcos Ferretti,

barco, pensa no mar. O mar é sua inspiração

desenvolveu inteiramente no Brasil. Um

de toda vida. Até hoje, sempre que pode,

Platinum 460 (46 pés).

ele vai para Angra, de onde sai, em barcos de amigos, para pescar. Adora o silêncio

Em todos os seus projetos busca trazer

do mar, a contemplação das águas. E diz

um pensamento brasileiro. “Vivemos num

que o maior prazer que sente é quando vê

país tropical, com tempo bom a maior

um barco que projetou entrar no mar pela

parte do ano, então por que projetar barcos

primeira vez. “É muito emocionante vê-lo

fechados? Acredito que a integração entre

navegando. Saber que partiu de uma folha

70 . Eurobike magazine

Os barcos que ilustram esta matéria são o Pro Boat 70, de pesca esportiva, e Pro Boat 72, barcos projetados por Fernando de Almeida e construídos pelo estaleiro Pro Boat. Para saber mais sobre o trabalho e os projetos de Fernando de Almeida, visite o site: www.fernandodealmeida.com


Rua Eliseu Guilherme 606 | Ribeir達o Preto - SP | t. 16 3632.8898 Eurobike magazine . 51


CAROL DA RIVA 72 . Eurobike magazine


devaneio

“Viver não tem cura” Paulo Leminski

Eurobike magazine . 73


devaneio

74 . Eurobike magazine


Na ilha das maravilhas A bordo de um BMW X1: velejar, surfar, viver e devanear na mais bela das ilhas paulistas POR EDUARDO PETTA | FOTOS CAROL DA RIVA

Quando eu era criança, adorava adormecer

Sentado no cockpit da BMW X1, traço

com minha mãe a me contar histórias. A

passos, traço caminhos, prazeres. A viagem

preferida dela era a do Peter Pan. Mamãe

desde São Paulo, 210 quilômetros, foi curta

dizia que amava aquele menino desde a

demais. Lembro de Mario Quintana: “o que

sua infância e que sempre sonhou em ser

estraga uma viagem é o seu rápido chegar

a Wendy, a namoradinha do Peter. Ela se

ao destino”. Também, com esta máquina

imaginava de mãos dadas com ele, voando

produzida em Munique, capaz de acelerar

por lugares mágicos da Terra do Nunca,

de zero a cem em seis segundos. Queria eu

lutando espada com os meninos perdidos e

ter feito mais curvas, sentindo a aderência do

escapando das garras do “temível” Capitão

carro com sua dinâmica a grudar as rodas

Gancho. E eu embarcava no sono, dando

no asfalto feito chiclete. Mesmo em alta

asas a um imaginário povoado de ilhas

velocidade, mesmo com o piso molhado e

paradisíacas, sereias e navios de piratas.

escorregadio, o X1 não errou uma linha.

2010. Depois da estrada, minha nau balança

Mas agora é outro ponto para o foco. A

na dança do mar. É uma nau em cima de

grande balsa atraca. Soa o apito. A nau X1,

outra. Da grande balsa que atravessa os

com seu azul metálico de um azul oceânico

carros por um dos canais mais profundos do

profundo, escorrega pelo cimento trepidante

globo, o de São Sebastião. É tarde da noite,

da ilha no rumo norte. Passa pela vilinha,

quase madrugada, a chuva cessou, reina o

que nessa hora adormece, pelos barcos

céu estrelado. Ao olhar para trás, piscam

ancorados ao longo da costa, pela praia

as luzes do porto e dos grandes cargueiros,

do Viana, do Pinto e joga suas âncoras na

acesos como árvores de natal. No horizonte

pousada da Armação dos Ventos, onde

adiante, a cada ulular das ondas, aproxima-

dormem os grandes velejadores.

se a paisagem insular. Eurobike magazine . 75


devaneio Meu quarto tem uma varanda para o mar, para o canal, para o continente brasileiro. Lá está a grande muralha da Serra do Mar a perder de vista. Cá estou eu no arquipélago de São Sebastião: nove ilhas, algumas ilhotas, outras tantas lajes e quanto devaneio. Só três são habitadas: Vitória e Búzios, com pequenas comunidades de pescadores, e Ilhabela, 23 mil almas. É a maior ilha oceânica do Brasil, com 365 km² de área, 85% deles preservados desde 1977, como Parque Estadual. A maior área intocada de Mata Atlântica preservada do estado de São Paulo, com muitos picos acima dos mil metros, 130 quilômetros de costa, 43 praias. Meu quarto tem uma varanda para o mar e travesseiros macios. Uma leve brisa terral acaricia meu rosto e embala sonhos, por onde passam barcos e navios de piratas. Quando eu era criança, gostava de ouvir mamãe contar histórias de piratas. Dos piratas que assaltavam a Ilhabela, das lendas, sereias,

tupinambás, onde resgatavam prisioneiros

trezentos moradores estavam junto à capela

mapas de tesouros perdidos...

e faziam o escambo de mercadorias.

assistindo a missa do galo, o pirata atacou,

Cavendish se dava bem com eles. Trocava

saqueou e incendiou a vila. De lá, com os

A mais famosa delas era de Thomas

riquezas pelas filhas dos caciques, diversão

porões abarrotados de mantimentos, tomou

Cavendish, um filibusteiro inglês. Ele amava

para os seus homens barbudos e hirsutos.

o rumo sul. Mas, desta vez, os deuses dos ventos não estavam a seu favor. Das cinco

esta ilha. Dizia não haver paraíso melhor na Terra. Seu ancoradouro favorito era no Saco

O pirata gozava de boa fama também com

naus, duas naufragaram. E as outras três se

do Sombrio, onde os marujos descansavam

a rainha da Inglaterra, vossa alteza, Eliza-

perderam. Cavendish tomou o rumo de volta

na sombra das árvores ao trago de um bom

beth I, que em 1591 o chamou ao palácio

até aportar completamente destroçado na

rum. Ali tinham água fresca e cristalina para

de Buckingham para tratar de negócios.

Ilhabela.

se banharem, caça e peixes em abundância.

Parabenizou Cavendish por completar a

E um abrigo perfeito para o mar bravio de

volta ao mundo via Estreito de Magalhães

2010. Abro os olhos e conforto o coração.

além canal. Era também o esconderijo dos

e lhe pediu que refizesse a empreita. Daria a

As velas que brilham no sol contra o mar

corsários, de onde saíam para ataques

ele uma frota de cinco navios e quatrocentos

são coloridas e estão estufadas de alegria.

surpresa às naus portuguesas que cruzavam

homens armados até os dentes com

Brincam timoneiros experientes e proeiros

a costa naquele final de século 16.

canhões, pistolas, sabres e espadas.

iniciantes em barcos de todos os conceitos e formas: hobbie-cats, tornados, veleiros

Daquele tempo não há registro de índios

Cavendish e sua trupe atravessaram o Atlân-

oceânicos, dings, wind-surf, kite... Eles vão

morando

lhe

tico e foram refazer-se da longa travessia

e vêm. Para um lado e para o outro. Não

chamavam os tupis. Era local de passagem,

no Saco do Sombrio. Para completar os

saqueiam ninguém a não ser o ar, por breves

de pesca, mas antes de tudo um lugar

mantimentos, o corsário preparou um ataque

instantes a pertencer às suas velas, liberto

neutro dos eternos inimigos tupiniquins e

à vila de Santos. Na calada da noite de 24

no próximo bordo.

de dezembro, no momento em que seus

Na Pousada da Armação dos Ventos, o café

em

Maembipe,

76 . Eurobike magazine

como


da manhã é servido pelo simpático Luciano. Mamão papaia, abacaxi docinho, iogurte caseiro e pãezinhos caseiros saídos do forno chegam à mesa, enquanto as maritacas que divertiam Cavendish fazem algazarra no jardim e os veleiros singram o mar. Passeamos ao norte até o fim da estrada, na Praia de Jabaquara. O X1 corta a Mata Atlântica, atravessa um riacho e descansa à sombra de palmeiras tropicais. A Praia de Jabaquara vista de cima se parece com o mapa do Brasil. Depois dela só se pode seguir por trilha ou barco no rumo norte, onde moram comunidades caiçaras. De lá, de volta ao centro, são 14 quilômetros. E outros 24 até Borrifos, no extremo sul da ilha, onde a estrada termina. Um total de 38 quilômetros à beira-mar. Só os jipes vão além, na recém criada estrada-parque para a praia de Castelhanos, uma praia em forma de coração, pura declaração de amor à natureza.

Eurobike magazine . 77


devaneio

78 . Eurobike magazine


Passamos o dia a rodar paisagens com o

lágrimas do mar, emoção. O sol vai baixando.

X1. Quando a tardinha cai, com ela saímos

Vejo ao fundo Caraguatatuba, mais além

a velejar. Nosso barquinho vai: o BL3,

Ubatuba, a Ilha Anchieta, Vitória, Búzios e o

veleiro oceânico, branquinho imaculado de

mar seguindo à África. O céu fica vermelho,

limpo, de 32 pés. Um capitão paraense

o vento amaina, entramos na baía. É noite.

de nome Clauberto, 46 anos, 24 de vela,

Muitas estrelas depois, reencontramos ter-

pura simpatia, nos recebe a bordo. “O BL3

ra. Junto o azul de bordo ao azul do X1.

é um veleiro-escola. Aqui ensinamos todos

Sigo para a vilinha, ao centro, para jantar.

De Ilhabela enxerga-se o grande porto de São Sebastião. Flutuando, os grandes navios brilham tal qual luzes de natal

os truques.” Rumamos para a Ponta das Canas, abrimos a vela mestra e ato seguinte,

A ilha mudou bastante desde o tempo dos

a genoa. O vento está generoso. Clauberto

piratas. Batizada por Gonçalo Coelho e

também. Empresta-me o controle do leme.

Américo Vespúcio em 20 de janeiro de 1502

Posso sentir o pulsar do vento, orçar para

como Ilha de São Sebastião, o santo do dia,

não perdê-lo, brincar de xadrez com ele,

só passou a ser ocupada pelos portugueses

movimentando o veleiro. Não há motor,

em 1608. Nesse ano, Diogo de Unhate e

só vela, vento e azul. Azul que passa e vai

João de Abreu, aristocratas portugueses de

pintando a retina, depois a mente, contamina

Santos, sulcaram sua terra fértil com mudas

a alma e mistura tudo. Volto a ser água,

de cana-de-açúcar. Nas roças trabalhavam

oceano. Já não sei onde a viagem interna

os negros, logo eles transformados em

começa e onde acaba a externa. Tudo é sal,

produto principal, como tráfico clandestino.

Eurobike magazine . 79


devaneio Misturados aos indígenas praticavam o nhengatu, a língua geral de tronco tupi, e subsistiam com o plantio de fumo, anil, arroz, feijão e da mandioca, para substituir o trigo. A vila cresceu e se fortificou contra os piratas que continuaram a perturbá-la, até que em 1805, com dez mil habitantes e a abundância do café, tornou-se independente. Em homenagem à Princesa da Beira, Dona Maria Tereza, filha de Dom João VI e Carlota Joaquina, foi batizada Vila Bela da Princesa. A prosperidade durou até o final do século 19, quando o ciclo do café entrou

arroz de jasmim para continuar, mais isso,

em decadência. A população minguou para

aquilo, caipirinhas de saquê e flutuamos

três mil. Gente a viver dos engenhos de

para a pousada ao som das ondas do mar.

aguardente e da pesca. Dos peixes levados para Santos nas enormes canoas de voga.

Acordar. Dessa vez com o voo das gaivotas.

Na década de 1970, com a estrada que ligou

Nosso destino hoje é navegar. Ao refúgio

Caraguatatuba ao Vale do Paraíba, chegou o

dos piratas, dos caiçaras, dos pescadores.

tempo do turismo. E a Ilhabela de todas as

Os faróis da X1 estão tristes, o para-

velas voltou a crescer.

choque baixo, como um cão que assiste

Casas incríveis na beira dos penhascos, pousadas de charme, marinas, bares, discotecas, lojas, livrarias, restaurantes, gente bonita. Para um simples jantar é preciso saber escolher para não se perder. Optamos pelo Marakhutai. Nesse tailandês estrelado encontramos: história, a jovem chef Renata Vanzetho, 20 anos, que aprendeu com a tia, ainda menina, os segredos desta culinária asiática (hoje com filial na capital paulista); e sabor sublime, a alquimia perfeita entre o salgado, o doce e o picante. Cada receita (servida em prato, cumbuca ou taça) é uma obra de design, que faz lembrar as de Ferran Adrià do espanhol El Bulli. Nas mesas iluminadas, com velas fincadas na areia em frente aos barcos coloridos dos pescadores, degustamos: guacamole com salmão fresco, selado com gergelim preto, cortado em cubos no espetinho com bastante gengibre e pimenta para começar; atum com queijo de cabra, damasco e 80 . Eurobike magazine


seu dono arrumar as malas para uma longa viagem. “Não fique triste, voltamos logo. É um automóvel perfeito.” Ele parece sorrir. “Vamos para o Bonete e nenhum carro pode chegar lá”, lhe explico. Só a pé: quatro horas por trilha, cruzando quatro cachoeiras e mirantes oceânicos; ou de barco. “Tanto de barco, quanto a pé, só se a previsão do tempo permitir. Não sou eu nem vocês quem decide. É a metereologia”, nos avisa Daniel, o dono da pousada Canto Bravo do Bonete, ao telefone. Sorte que o sol reina e o mar está calmo. No portinho da Armação, esperamos Daniel chegar. Enquanto aguardamos, coisas acontecem. Na praia, a consertar sua rede, Seu Bidico, 80 anos, nos conta como fazem o cerco aos peixes, ilustrando os movimentos com desenhos na areia. “Passamos vinte dias no mar. Voltamos para buscar gelo, descarregar e mar de novo.” A pele de Bidico tem o tempo do mar. Outra história, de outro tempo: um rapaz ajeita vela e prancha para entrar na água. É Paulo dos Reis, o Paulão. Menino nascido no sertão da Bahia, nas margens do rio São Francisco, que só viu o mar aos 18 anos, não sabia nadar e hoje, aos 30, é vice-campeão mundial de fórmula Wind (a fórmula 1 do windsurf). Faça chuva, faça sol, Paulão treina todos os dias. Paulão não acredita no impossível. Antes

que

outras

coisas

aconteçam,

Daniel chega ao portinho e seguimos com ele. Lanchinha rápida. A Ilhabela inteira passa diante de nós nessa perspectiva aquática. No final do canal, continuamos a costear, agora por mar aberto, calmo feito piscina. Sorte. Muitos outros não tiveram.

Na comunidade do Bonete, noites e dias ainda batem no mesmo compasso sem pressa das tardes vadias de tradições centenárias Eurobike magazine . 81


devaneio

82 . Eurobike magazine


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devaneio

84 . Eurobike magazine


Bonete. Conversa mole, sossego, rede balançando na varanda, brisa a lamber o rosto, retina no mar. Entre um mergulho e outro, uma vida inteira para sonhar

“Quando aqui é mar bravio, até a alma

Sem sustos, uma hora depois, entramos

se arrepia”, diz Daniel, dez anos nesse

na praia do Bonete pelo canto direito da

itinerário. Jaz no fundo do mar um cemitério

praia, onde ficam os ranchos das canoas

de cargueiros, vapores e tantas outras

e apetrechos dos pescadores. Pescadores

embarcações que naufragaram. O caso mais

com cabelos loiros e olhos claros nos

famoso: o Príncipe das Astúrias. Uma terça-

recebem de sorriso no rosto. Seriam eles

feira de carnaval, tempestade, colisão nas

descendentes dos piratas? De Cavendish e

rochas, quinhentos tripulantes, 477 mortes.

de seus marujos?

E jaz o Príncipe das Astúrias no fundo do mar da ponta da Pirabura.

A pousada Canto Bravo é o éden no paraíso. Toda ela foi harmonizada com a Eurobike magazine . 85


devaneio

Bonete: tempo e espaço dissolvidos. Velhos lobos do mar, um dia começaram assim

vida sossegada do Bonete: uma praia de

areia, subindo em árvores e tomando banhos

enorme faixa de areia branca e fofinha, inteira

de cachoeiras e de mar. O que você mais

ladeada de chapéus de sol, protegida pela

gosta daqui Daniel? “De observar o mar

costeira nos dois lados. Os nove bangalôs

debaixo do chapéu-de-sol, assim como os

foram erguidos com madeira reciclada,

nativos. Não é não fazer nada. É observar:

barro e restos de canoas. Por dentro, bom

quem chega, quem sai, as correntes, os

gosto: uma prancha de surfe da década de

cardumes, as ondas, o tempo, o vento...”

1970 serve de mesa para o café da manhã.

86 . Eurobike magazine

De toda a pousada vê-se o mar. Mas do

No Bonete estão viva as tradições, as

mar não se vê a pousada. Quem cuida de

procissões, festas religiosas, os rituais da

tudo é Daniel. Ele que nasceu na ilha e fez

pesca e o culto ao mar dos caiçaras. Basta

faculdade em São Paulo, vê seus dois filhos

parar e reparar. No rio, o garoto Logan, de

brincarem o dia todo de pés descalços na

7 anos, chama seus dois amigos para irem


pescar lula de canoa. No mar, o garoto

maré seca deixa a praia ainda maior. Saio

Micael, 10 anos, surfa com os amigos e as

para caminhar com Carol pela areia juntinho

amigas, uivando como lobos para chamar

da água, deixando pegadas logo apagadas

A noite no Bonete inspira muitas histórias na

as boas ondas. Os pescadores se reúnem

pelas ondas. No horizonte, destacam-se

hora de dormir. Lembro-me de mamãe lendo

na Praça das Mentiras para falar do mar,

a sombra de alguns barcos pintados de

pra mim na cama. De mãozinhas dadas com

da vida. No Bonete, todos têm histórias

negro pela noite. Lembro de Cavendish,

ela eu gostava de imaginar sempre finais

pra contar. Todo mundo senta pra ver o

dos piratas. Reza a história que, depois

diferentes. Cavendish não morreu naquela

dia acontecer, ou não acontecer, até o dia

de retornar à Ilhabela, após fracassar na

viagem. Ele regressou à sua bela Ilha das

anoitecer, acenderem-se as luzes movidas

travessia do Magalhães, o pirata e sua trupe

Maravilhas, virou bonzinho, casou-se com

pelos geradores, ou as velas e tocheiros

foram perseguidos pela armada lusa de

a mais linda princesa tupi, desenterrou

da pousada do Daniel. Hora de tomar

Martim de Sá Correa e acabaram fugindo

seus tesouros e viveram juntos, felizes para

banho, para o arroz de lulas regado a vinho.

para a Inglaterra. Muito doente, Cavendish

sempre, como nos sonhos de Peter Pan e

É noite no Bonete. O mar está calmo e a

morrera a bordo antes de completar a

Wendy de mamãe.

viagem, atirado ao mar, aos tubarões.

Eurobike magazine . 87


devaneio SERVIÇO

Pousada Canto Bravo do Bonete (praia do Bonete) Tel.: (12) 3896-5111. Acesso por barco ou trilha na mata. Rústica, charmosa e romântica, com os pés na areia e redes para o horizonte, é toda iluminada por velas e tocheiros.

Como Chegar

www.pousadacantobravo.com.br

Pode-se chegar à Ilhabela via Caraguatatuba, descendo a Rodovia dos Tamoios e depois pela Rio-Santos até São Sebastião, de onde saem as balsas que fazem a travessia do canal. Outro caminho para chegar em São Sebastião é o Sistema Imigrantes-Anchieta, ou ainda a MogiBertioga, ambos confluindo pela BR-101, no sentido Santos-Rio.

O que fazer Para velejar ou alugar barcos: (veleiro oceânico, kite, wind e outras velas): BL3: Praia da Armação. Tel.: (12) 3896-1271. É o ponto de encontro dos velejadores de todas as modalidades. Ministra aulas particulares do nível básico ao avançado (para crianças e adultos) de todas as modalidades de vela. Passeios e charters em veleiros e lanchas.

Onde Ficar Pousada Armação dos Ventos Tel.: (12) 3896-3439 / (12) 3896-5270 Av. Perimetral Norte, 4260, Praia da Armação. 7km ao norte da vila. Em meio a muito verde e tranquilidade, dispõe de dez confortáveis suítes com linda vista do canal de São Sebastião. Serviço superatencioso, piscina e delicioso café da manhã. E o que é melhor: na frente da BL3, o point dos velejadores de Ilhabela. www.bl3.com.br/pousada

Onde Comer Marakuthai – Tel.: (12) 3896-3754. Av. Força Expedicionária Brasileira, 560 – Saco do Indaiá. www.marakuthai.com.br Canto do Jabaquara – Av. Perimetral Norte, 12997, Praia do Jabaquara. 16 km do centro. Quiosque bacana para ficar com os pés na areia petiscando. Viana – Av. Leonardo Reale, 1560 (Praia do Viana). 2,5 km do centro. Sua famosa casquinha de camarão em cama de broa merece ser degustada. Nova Iorque – Vale a pena ir bebericar no deck do penhasco, na hora que o sol se coloca no mar, neste trecho da costeira.

DPNY Tel.: (12) 3894-2121. Quem gosta de música eletrônica e design de coisas diferentes e transadas vai se divertir na DPNY. www.dpnybeach.com.br

88 . Eurobike magazine

Para passeios de jipe à Castelhanos, montanhismo, cachoeiras e outras aventuras: Fernanda Bianco: Tels.: (12) 3896-4186 / 9184-6908 / (11) 2626-4919 / 9446-4747. www.fernandabianco.com.br Mergulho: Colonial Diver – Tel.: (12) 3894-9459. www.colonialdiver.com.br


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