Eurobike magazine #16

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ISSN 2179 - 2046 16

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R$ 20,00

RAZÃO | EMOÇÃO | PRAZER | DEVANEIO






EDITORIAL

Caro leitor,

Como você deve estar acompanhando, a Eurobike está cada vez mais presente no ambiente virtual. Já estão disponíveis os aplicativos para iPhone e Android – experimente e nos dê suas impressões! Em junho inauguramos mais uma concessionária: a Eurobike BMW em Alphaville, Barueri, SP. Já nos relacionamos com muitos clientes dessa região; agora estamos mais perto, para maior comodidade de todos. E começamos a operar em Uberlândia, MG, onde fomos nomeados concessionários da Land Rover e Volvo, e estamos construindo instalações próprias. Também em junho acontece mais uma edição da Volvo Advanced Driving School, em Porto Alegre. Um evento que teve grande aceitação, por isso estamos oferecendo novas datas, para que mais interessados tenham acesso. Viajamos bastante nesta edição: fomos à Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, um passeio incrível pelas estradas sinuosas e cinematográficas da região de Urubici. Experimentamos o curso de pilotagem da Land Rover nas montanhas da Catalunha, Espanha – sensacional. Para quem tiver a oportunidade, recomendamos! Demos uma chegadinha no sul da Itália, na Costa Amalfitana... um luxo. Mar azul de doer que funde com o céu, precipícios, boa comida e muita história. Viajamos, ainda, ao som do jazz capitaneado por Daniel Daibem – uma noite de puro prazer no Bourbon Street, em São Paulo. E para os apreciadores da fotografia arte, um belo ensaio do novo BMW X3, redesenhado, bonito que só vendo! E muito mais. Boa leitura.

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Um grande abraço, Henry Visconde Diretor Presidente magazine@eurobike.com.br


TODO ROLEX É FEITO PARA A GRANDEZA. O COSMOGRAPH DAYTONA, LANÇADO EM 1963, FOI PROJETADO PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DOS PILOTOS DE CORRIDA PROFISSIONAIS E, RAPIDAMENTE, CONQUISTOU SEU STATUS DE ÍCONE. COM MECANISMO DE CRONÓGRAFO PATENTEADO E LUNETA COM ESCALA TACOMÉTRICA, ELE PERMITE AOS PILOTOS MEDIR PERFEITAMENTE AS TOMADAS DE TEMPO EM CADA VOLTA E AINDA CALCULAR SUA VELOCIDADE MÉDIA.

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COLABORADORES

Eurobike magazine é uma publicação do Grupo Eurobike de concessionárias Audi, BMW, Land Rover, MINI, Porsche e Volvo. Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600, CEP 14021-630 - Ribeirão Preto - SP 1

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Tel.: (16) 3965-7000 www.eurobikemagazine.com.br contato@eurobikemagazine.com.br

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Ombudsman

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Patricia Braga www.eurobike.com.br/ouvidoria (11) 3883-7105

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Editorial: Eduardo R. da C. Rocha, Heloisa C. M. Vasconcellos Direção de arte: Eduardo R. da C. Rocha Coordenação e produção gráfica: Heloisa C. M. Vasconcellos Administração: Nelson Martins Publicidade: blue media - contato@bluemedia.net.br

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Preparação e revisão: Denis Araki Produção: blue media

Tiragem desta edição: 13.000 exemplares 13

Impressão: Aquarela Distribuição: Eurobike

1 Alexandre Bandeira, 2 André Hawle,

Proibida a reprodução, total ou parcial, de textos e fotografias sem

5 Eduardo Sardinha, 6 Erico Hiller,

As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião

3 Carol Da Riva, 4 Eduardo Petta,

autorização da Eurobike.

7 Fred Melo Paiva, 8 Marcelo Curia,

da revista.

9 Percy Faro, 10 Rafael Cañas,

11 Ricardo Landi, 12 Ricardo Ribeiro,

13 Willians Barros

Eurobike na Internet

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blue media Rua Fidalga, 471 Cj. 02

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Auditado por KPMG Auditores Associados

Foto da capa: Rafael Cañas

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CONTEÚDO

# 16 | 06 2011 10 | razão 12 | Alçando voo com os pés no chão 18 | MINI + 22 | BMW no Brasil 26 | Formando bons pescadores 28 | Latin Senior Ski Tour

30 | emoção 32 | Texturas urbanas - BMW X3 44 | Inovador 46 | Volvo S60 48 | Land on the rocks 56 | Audi DTCC 60 | MINI Challenge

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62 | Eurobike Experience Volvo


64 | prazer 66 | Idioma do jazz 74 | Bendita serpente, benditas sereias 84 | Achados e imperdĂ­veis

86 | devaneio

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88 | Serra gelada


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RAZテグ


Alçando voo com os pés no chão Como o gaúcho Arri Coser, um dos sócios da Fogo de Chão, criou um império fincado nas tradições de seus antepassados, sem desviar o foco do principal: as carnes

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Por Alexandre Bandeira | Fotos Érico Hiller


RAZÃO Há quem diga que toda história de sucesso é dividida em 10% de inspiração e 90% de transpiração. E há quem diga que nem todo o esforço do mundo poderia compensar a falta de talento. A verdade é provavelmente mais complexa do que isso, como argumenta o jornalista americano Malcolm Gladwell no bestseller Outliers – Fora de série. Para ele, a equação do sucesso é imponderável, por contar com fatores que estão além do mérito individual, seja ele nato ou adquirido.

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Entre os fatores apontados por Gladwell, estão o legado cultural que o indivíduo herda de seus antepassados; a oportunidade de se dedicar ao ofício escolhido (lembrando que a vontade de se dedicar e a oportunidade de se dedicar nem sempre andam juntas); e a sorte de se estar no lugar certo, na hora certa. Em outras palavras, além do talento e do esforço, é preciso um empurrãozinho do acaso. Os irmãos Arri Coser, 49, e Jair Coser, 54, descendentes de italianos da região de Trentino (antigo território austríaco), nascidos no município de Encantado, na Serra Gaúcha, oeste do Rio Grande do Sul, únicos filhos homens em uma prole de sete, tiveram o legado e as oportunidades certas para construir um império. É deles a rede de churrascarias Fogo de Chão, com seis restaurantes no Brasil — em Brasília, Belo Horizonte, Salvador e mais três em São Paulo — e dezesseis nos Estados Unidos. Entre junho e julho deste ano, a rede deve inaugurar uma nova unidade, no Rio de Janeiro, e, até o primeiro trimestre de 2012, mais duas, nas cidades de Las Vegas e Orlando. Se repetirem o sucesso das demais, as novas Fogo de Chão farão crescer o número de clientes da rede, atualmente em 3 milhões ao ano, e o faturamento anual de mais de 150 milhões de reais, além de conquistarem o reconhecimento de publicações especializadas em gastronomia. A carta de vinhos, com cerca de 400 rótulos, mereceu recomendação da prestigiosa Wine Spectator, e os três restaurantes de São Paulo foram eleitos nove vezes pela Veja Comer & Beber como os melhores da cidade na categoria “Carne”, mesma premiação recebida pelas unidades de Brasília e de Belo Horizonte. No Brasil, apenas a unidade mais recente, inaugurada há dois anos, não tem tal honraria. Ainda, garante Arri Coser. Dos dois irmãos, Arri (pronuncia-se “Ari”, apesar do erro do escrivão) é o nome e o rosto mais conhecido. Jair é o homem das finanças e dos bastidores, apesar de ambos já terem atuado em todas as áreas do negócio, da administração, compra das

carnes e operação da churrasqueira ao atendimento aos clientes e gerenciamento dos garçons. Arri é o falante, cujas habilidades sociais e vocação para atender bem já se faziam notar desde os 14 anos, quando foi garçom em Aparecida, interior de São Paulo, na churrascaria Rio Grandense, ponto de parada de caminhoneiros e romeiros de todo canto do País. “Era tão fácil, os clientes pediam, eu só tinha que servir, e todo mundo ficava feliz comigo”, lembra ele, rindo. “Eu era bem rápido.” Se 14 anos parece muito jovem, vale lembrar que Arri, como bom gaúcho, já churrasqueia desde os seis, acompanhando os adultos nas rodas em volta do fogo de chão — método tradicional que consiste em fincar os espetos com as carnes em valas cavadas na terra, onde se põe o braseiro (grelha, nem pensar). Mexer com o fogo, assistir e participar do abate dos bois, ovelhas e porcos da fazenda de seus pais, Ângelo e Leontina, era tão natural quanto as brincadeiras com suas irmãs, principalmente a caçula, maior companheira de Arri nessa época (ele é o penúltimo). Se para ser muito bom em alguma coisa é preciso 10 mil horas de prática, conforme a teoria que Malcolm Gladwell defende em Outliers, Arri é o mestre do churrasco. Toda a experiência como churrasqueiros não teria sido útil, porém, se Arri e Jair tivessem razões para ficar em Encantado, na roça, criando gado e plantando trigo, arroz, feijão e batata, como seu Ângelo. Mas, àquela altura, as terras originais que o avô paterno, Daniel, e o materno, Pedro, haviam adquirido ao chegar da Itália já não davam mais para tantos tios e primos dos Coser. “A família foi dividindo a terra em pedaços e cada um ganhava 20 alqueires. Quando chegou a nossa época não havia mais nada”, diz Arri. “Aí nós decidimos pegar a estrada.” Jair foi primeiro, aos 15 anos, ser seminarista em Arroio do Meio, 60 quilômetros de casa, três horas de ônibus. Abandonaria o seminário alguns anos mais tarde e seguiria para Aparecida, onde a churrascaria Rio Grandense era de propriedade de um velho amigo da família, o sr. Cestári, que empregou o jovem. Em 1976 foi a vez de Arri seguir o irmão cinco anos mais velho, trabalhar como “moço dos sucos” na Rio Grandense. Em 1977, um convite levou a ambos para uma outra churrascaria, dessa vez no Rio de Janeiro. À afinidade com as carnes, herdada da ascendência gaúcha e italiana, somou-se a oportunidade de conhecerem o funcionamento de um negócio que os tornaria líderes. “No Rio de Janeiro aprendi que o serviço tinha que ser diferenciado”, diz Arri, prenunciando a transformação que ele mesmo implantaria no ramo das churrascarias, de ponto de beira de estrada a espaço gastronômico de prestígio nas maiores capitais do País. “Nossa posição é oferecer a melhor carne e o melhor serviço do mercado.”


Não fosse por repetidas sugestões de clientes paulistas, que em viagens a Porto Alegre frequentavam a cada vez mais conhecida churrascaria, a Fogo de Chão não abriria sua primeira filial em São Paulo, em 1986. Da mesma forma, em 1996, frequentadores estrangeiros — grandes empresários, diplomatas, políticos — convenceriam os irmãos Coser a tentar a sorte nos Estados Unidos, em Dallas, no Texas. “Até hoje é assim, os clientes vêm e perguntam por que não abrimos uma Fogo de Chão na cidade deles. É difícil passar uma semana sem termos um convite da Alemanha, da Itália...”

Outra prova de que os irmãos Coser não se deixam levar pela concorrência é a convicção de que devem servir carnes, e apenas carnes. “Há 20 anos, quando todas as churrascarias passaram a servir sushis, sashimis e pastas nos buffets, batemos o pé para mantermos aquilo que fazíamos bem.” A Fogo de Chão chegou a reduzir a variedade de cortes oferecida ao perceberem que os melhores restaurantes na Itália e na França — “onde melhor se come”, segundo Arri, que duas vezes por ano faz um tour gastronômico pelo mundo — oferecem pouquíssimos pratos no cardápio. “Não digo que criamos tendências, conservamos tendências”, observa Arri. “Os melhores chefs do mundo garantem que o futuro da gastronomia está nos conceitos, e o nosso conceito já tem mais de 30 anos.”

Mas atender às sugestões da clientela nem sempre contribui para o sucesso de uma marca. “Às vezes é bom não escutar os clientes, porque se você escutar já é tarde demais.” Ele garante que metade dos cortes de carne que se encontram no mercado de churrascarias foi criada na Fogo de Chão, e que é raro ter de

Quando não está em férias — comendo ou esquiando, seus dois hobbies prediletos —, a rotina de Arri costuma ser dividida em

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conferir alguma novidade numa concorrente. “Faço o controle de qualidade nas minhas próprias lojas”, diz o gaúcho, beneficiado pela genética com o sangue O+, dos carnívoros por natureza. “Faço check-up todo ano e ginástica três vezes por semana, quando estou em São Paulo; está tudo normal.”

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Voltaram ao Rio Grande do Sul dois anos depois, decididos a abrir o seu próprio estabelecimento. Compraram uma churrascaria que não era mais que um galpão de terra batida, nos arredores de Porto Alegre, com uma placa na entrada que estava quase caindo, onde se lia “Fogo de Chão”. Isso foi há 32 anos.


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dois dias no escritório em São Paulo e o resto da semana em visitas às unidades da rede. As visitas servem para verificar pessoalmente a satisfação não apenas dos clientes, mas também da equipe, de garçons e maîtres ao pessoal da cozinha. Garçom por vocação, Arri sabe que o ofício exige rapidez e conhecimento (cada garçom é especializado em um corte apenas), mas também sensibilidade. “É preciso entender a psicologia do cliente, analisar o semblante, para saber se o serviço está agradando.” Ele foi um dos últimos a adotar o sistema de cartões vermelho e verde nas mesas, que indicam se o cliente quer ou não ser servido. “Isso é transferir a responsabilidade para o cliente. É o garçom quem deve sentir se está na hora de passar com mais uma carne. Mas se ele não foi treinado para olhar para o cliente, como é que vai olhar para um cartãozinho na mesa?” Para ser garçom da Fogo de Chão, Arri exige não menos que seis meses de treinamento em carnes, vinhos e atendimento. Cuidadoso com os rumos de sua marca, Arri é absolutamente contra a abertura de franquias e chega a afirmar que a Fogo de Chão tem de ficar na mão de quem toca melhor o negócio, e não da família Coser. “Desde a década de 1990 decidimos

que ninguém trabalharia na empresa com o mesmo sobrenome, nem parente, nem primo. Queremos deixar na mão de quem sabe.” A fidelidade familiar, no entanto, talvez responda pelo fato de Porto Alegre não ter mais uma Fogo de Chão desde 1994. “Minha irmã tem uma operação de quatro restaurantes lá [da marca Na Brasa] que está indo muito bem. Então estamos bem representados.” Aos dois filhos do seu único casamento, aconselha apenas que façam o que gostem. “Descubram o que gostem e se esforcem, se aprimorem naquilo. Meu pai gostava de criar ovelhas, eu não. Eu gosto de servir. Não tenho que entender de mecânica ou de informática, tenho que entender do meu negócio.” Aos 49 anos de idade e 32 de Fogo de Chão, Arri já deu provas mais do que suficientes de que entende.


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MINI +

Repetindo o sucesso de Porto Alegre, o Grupo Eurobike inaugura sua primeira MINI no Sudeste.

Por Eduardo Rocha | Fotos Andre Hawle

Os charmosos MINI chegaram com tudo em Ribeirão Preto.

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Com festa cheia de atrativos e muita criatividade, o Grupo Eurobike inaugura mais uma concessionária. De longe já se avistava o MINI vermelho suspenso na fachada. Na entrada, o piso interativo respondia aos passos dos convidados que por ali passavam, enquanto artistas do grupo de dança Dança Vida, jovens talentosos de comunidades carentes, executavam performances ousadas e animadas. Um painel de LEDs exibia clips da marca e, no mezanino, o artista plástico Renato Andrade produzia uma tela no contorno de um MINI projetado em laser. Tudo em clima de modernidade. O toque de curiosidade ficou por conta do chef Sidney Degaine e seus “suspiros do dragão”, resfriados no nitrogênio líquido e que produzia uma densa fumarola que saia pela boca e nariz. Saboroso e muito divertido.

“Das marcas que comercializamos, a MINI era a única que não revendíamos em Ribeirão Preto. Com a chegada da nova loja completamos a nossa gama de produtos, o que nos consolida como uma legítima representante de marcas


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A ousadia característica dos MINI está presente na fachada preta com detalhes em cores vibrantes, e terá um mock-up (um modelo do

MINI em tamanho real) suspenso na entrada. Além do showroom, haverá boutique com produtos da marca e o Car Configurator, espaço em que os clientes podem simular e personalizar digitalmente o seu MINI, escolhendo opções de cor e acessórios.

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premium na cidade”, afirma Henry Visconde, presidente do Grupo Eurobike.


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Paula Bratke, cliente e admiradora da marca há varios anos, se diz encantada com o design dos modelos MINI. “É o carro mais charmoso do mundo. Esse estilo que resgata os anos 1960 e 1970 é retrô e moderno ao mesmo tempo. E as possibilidades de personalização, inúmeras.”

6 1 Marlene Belei e Alexandre Gaeta; 2 Hugo Cagno, José Carlos Sinopoli, Fabio Sotto Maior, Sergio Van Tol Valente e Gabriel Junqueira; 3 Marcia Gerolamo Silva, Gabriela Bratke e Paula Bratke; 4 Henry Visconde e

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Martin Fritsches; 5 Guilherme Passalacqua e Mateus Pereira ; 6 Luis Felicio; 7 Renato Munhoz

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Na área superior da loja os clientes terão um espaço para eventos e relacionamento. “Pensamos em criar um novo conceito, onde o local não seja apenas um ponto de venda, mas um lugar onde as pessoas possam se encontrar, conversar, trocar experiências e se relacionar”, explica Guilherme Passalacqua, gerente comercial da Eurobike. A nova MINI Eurobike fica na Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1586 — Jd. Botânico. em Ribeirão Preto.


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BMW NO BRASIL Por Ricardo Ribeiro | Fotos Érico Hiller

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A BMW começou 2011 com o pé direito. A montadora alemã comemorou mais um recorde de vendas e consolidou sua liderança no segmento “premium”, entre marcas alemãs. Em clima de otimismo, a fabricante prevê um crescimento de 25% no fechamento do ano, com o lançamento de novos produtos e reforços nas ações de marketing para fidelizar clientes No primeiro trimestre de 2011 a BMW vendeu 5.320 veículos na região da América Latina e Caribe. Um crescimento de 43% ante os 3.680 carros vendidos no mesmo período em 2010. O Brasil é o mercado, dentro desta região, mais bem sucedido para a marca, com 2.368 unidades vendidas — uma alta de 72% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a marca entregou 1.380 carros a seus clientes.

Motivo de comemoração para Jörg Henning Dornbusch, 47 anos, que preside o BMW Group Brasil desde 2006. “É o sucesso de vendas que reflete o excelente posicionamento que a marca tem hoje no Brasil”, avalia Dornbusch. Formado em economia pela PUC (Pontifícia Universidade


Inovação que aparece nos projetos de carros elétricos e híbridos, e em modelos novos como o X1, um dos veículos que tem impulsionado a alta nas vendas. Só em abril foram vendidas 600 unidades. O X1 é o menor veículo da linha de utilitários esportivos da marca – que conta com o novo X3, o X5 e o X6 –, estabelecendo um novo segmento, como o único SUV compacto “premium” do mercado. “O X1 é um modelo que vendeu acima do esperado e está fazendo muito sucesso. Posso dizer que hoje ele é o nosso principal modelo em vendas”, destaca. A procura pelo X1 foi tão grande que o veículo chegou a formar uma fila de espera de três a quatro meses em algumas concessionárias, mas a situação já foi equacionada. A fórmula de sucesso passa pelo método de trabalho adotado pela BMW, que carrega muito da personalidade do próprio Dornbusch. “Sou comunicativo, transparente, aberto à novas ideias, mesmo envolvendo riscos, desde que mensuráveis. Gosto de caminhar pelos departamentos e dar uma parada aqui e ali para perguntar e escutar questões referentes a cada departamento. Gosto de participar diretamente nas questões individuais e coletivas. Trabalho muito na base da confiança e por isso delego muito. Os executivos da BMW do Brasil têm liberdade para criar e as ideias são discutidas no Corpo Diretivo. Aqui, cada funcionário não defende apenas o seu departamento e sim a empresa como um todo”, revela o executivo. Mesmo com a alta nas vendas, Dornbusch não confirma, no momento, abrir uma fábrica de carros no Brasil. “Muita coisa foi publicada sobre fábrica no Brasil, mas posso garantir que é tudo especulação. Não há nada definido. O que há é um estudo, e estudo sempre tem. A BMW sempre estuda sua

Fábrica no Brasil, só a de motos — segmento onde a BMW cresceu 53,7% com a venda de 767 unidades em três meses, ante 499 em 2010. Em Manaus (AM), a montadora produz a G 650 GS e neste ano começou a fabricar F 800 R também para venda no país. O grupo BMW também atua no Brasil com a marca MINI, que tornou-se uma referência no segmento de compactos “premium”. Até março, a MINI emplacou 556 unidades, o dobro do que foi vendido no primeiro trimestre de 2010. “Cada marca têm públicos diferentes, por isso temos ações específicas de fidelização com o cliente”, explica Dornbusch. No Boat Show do Rio de Janeiro, a BMW e a MINI apresentaram suas novidades em espaço com projetos da cenografista Cris Ayrosa. O estande da MINI refletiu a ousadia e a irreverência da marca, com direito ao recém-lançado MINI Countryman flutuando numa embarcação na Marina da Glória. O BMW Jazz Festival, organizado pela marca e que acontece de 10 a 12 de junho no Auditório Ibirapuera, é outra ação de destaque da marca. Na Casa Cor, que começa no final de maio, os espaços da marca vão destacar as iniciativas de seus modelos mais ecológicos, aliando-se ao tema da mostra neste ano, que é sustentabilidade. Um caminho que a BMW trilha a passos largos. Além ter adotado o processo de downsizing dos motores em termos de cilindradas, sob o sobrenome EfficientDynamics, está toda uma linhas de modelos híbridos e elétricos, com melhor desempenho e menor emissão de poluentes. “Muitas marcas anunciam que tem o carro híbrido ou o carro elétrico. A BMW é uma das poucas marcas a adotar uma política clara para todos os seus produtos, visando proporcionar maior prazer de dirigir aliado a maior potência e menor emissão de gases poluentes, e até por isso ganhamos diversos prêmios.” O downsizing é a técnica de oferecer bom desempenho com motores de cilindrada menor, reduzindo consumo de combustível e emissão de CO², muitas vezes adotando sistemas com turbo compressores e injeção direta de combustível. Na linha BMW EfficientDynamics há desde modelos híbridos, que combinam motores elétricos e à combustão, como em

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“A marca BMW vive de constantes inovações, novos designs, tecnologias de última geração. Gosto disso e gosto de inovação. Fico antenado no que há de moderno no segmento. Sou alegre e extrovertido, gosto de me comunicar. O lema principal da BMW é o puro prazer de dirigir. Está ligado a viver cada momento. É o que faço.”

expansão e locais para abertura de novas fábricas e o Brasil, entre outros países, está sendo considerado, mas em estudos”, afirma.

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Católica) do Rio de Janeiro, o executivo entrou para a BMW em 1999, na divisão financeira do grupo. Em 2004, ocupou posição na área de desenvolvimento da BMW North America, em Los Angeles.


RAZÃO versões do X6 e do Série 7, até veículos totalmente elétricos. “A BMW está investindo muito nessa área e por isso está muito avançada nesta questão. No Brasil, porém, a entrada destes veículos ainda depende de ajustes na legislação e na tributação por parte do governo”, ressalta Dornbusch.

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A BMW do Brasil, na venda de automóveis, prevê fechar 2011 com um crescimento de 20% a 25% em relação a 2010 e manter a liderança entre as marcas “premium” alemãs. Além do X3 e do Série 6, outro destaque é o lançamento do Série 1 M Coupé.

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A marca tem hoje 600 MINI totalmente elétricos já rodando em países da Europa, América do Norte e Ásia. A direção mundial da empresa também já anunciou o lançamento de dois novos modelos movidos apenas por propulsores elétricos: o BMW i3 e i8.

“Acredito que a forma direta de me comunicar e também de

escutar as pessoas, com relação aos nossos produtos e os da concorrência, denotam uma transparência e vontade de aprender a cada dia. Isso faz com que as escolhas dos produtos que trazemos para o Brasil sejam de forma a atender a demanda existente. Somos uma empresa composta por jovens de diversas idades, com sede de aprender e entender cada dia melhor o comportamento do consumidor brasileiro. Acredito que essa curiosidade intrínseca faz com que a BMW do Brasil se posicione de forma a agradar os seus atuais usuários e futuros clientes da marca”, conclui.


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RAZÃO

Formando bons pescadores Grupo Eurobike entra para o Projeto Pescar, preparando jovens para trabalhar no mercado automotivo. Por Eduardo Rocha

Iniciaram-se as atividades, neste primeiro semestre de 2011, dentro das instalações da Eurobike BMW São Paulo, de mais uma unidade do Projeto Pescar. O projeto é obra da Fundação Projeto Pescar, que nasceu em Porto Alegre há 34 anos, e cuja filosofia é baseada no provérbio chines que diz: “se queres matar a fome de alguém, não lhe dê o peixe, mas ensine-lhe a pescar”. Melissa Savoy, orientadora pedagógica do projeto, conta que a fundação foi criada pelo empresário Geraldo Link, com a proposta de montar uma escola dentro de sua empresa para capacitar jovens de baixa renda para ingressar no mercado de trabalho. Por suas salas de aula já passaram mais de 15 mil jovens. No caso da Eurobike, foram selecionados 15 jovens que vão passar por 800 horas de aula, durante 9 a 10 meses, 5 dias por semana no periodo da manhã. Esses jovens, meninos e meninas de 16 a 19 anos, vêm de famílias de baixa renda e que apresentam alguma vulnerabilidade social. São moradores de comunidades no entorno ou próximas da empresa, que estão frequentando a escola e que não teriam condições de arcar com um curso técnico. A divulgacão é feita em escolas públicas e centros comunitarios da região. Após a inscrição, é feita uma análise socioeconômica e uma visita domiciliar, para avaliar as condições de vida do candidato.

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“No curso, 60% das disciplinas são voltadas para a parte comportamental, que vão desde ética e cidadania, até preservação do meio ambiente. Os outros 40% para a parte técnica”, diz Melissa. A parte técnica dá conhecimentos básicos de mecânica automotiva, no caso da Eurobike. Mas sobretudo a parte comportamental dá uma ótima bagagem, que vai fazer a diferença quando esses meninos forem participar de um processo seletivo em qualquer empresa.

Depois, o caminho é seguir para um curso técnico no SENAI ou SENAC, ou para um curso superior em uma universidade. “Eu sempre quis estudar mecânica, fazer um curso técnico para entrar no mercado de trabalho, trabalhar em uma boa empresa e então poder fazer faculdade”, diz Lucas Fernandes Gegunis, morador de Carapicuíba e aluno na Eurobike. “O Henry Visconde, presidente do grupo, sempre quis promover um projeto social, mas que tivesse relação com nossas atividades”, diz Patricia Braga, diretora de marketing do Grupo Eurobike. “Desenvolver esse projeto dentro da empresa, envolvendo seu público interno em vez de simplesmente contribuir financeiramente para o projeto, é muito mais proveitoso e gratificante para todos”, diz Patricia. Além de contribuir para a formação desses jovens, há também a possibilidade de se oferecer vagas para alguns deles nas novas unidades do Grupo. Hoje, o projeto está sendo realizado aqui em São Paulo, mas está em estudo a possibilidade de extendê-lo para todas as praças em que o Grupo Eurobike atua. “O Grupo está crescendo e não podemos nunca esquecer que temos também um papel importante a desempenhar na sociedade”, diz Patricia.


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RAZÃO

Latin Senior Ski Tour – etapa final Brasil Eurobike apoia torneio latino-americano de esqui aquático e leva modelos da linha Audi Por Heloisa Vasconcellos

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Com a participação de esquiadores do Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile e Peru, realizou-se em Itu, SP, no Alphavillage, a quinta e última etapa que encerrou o circuito 2011 do Latin Senior Ski Tour – Torneio Latino Americano de Esqui Náutico. Era um fim de semana típico de abril, ensolarado e de temperatura amena. Competiram três categorias: Senior 1 – 35 a 45 anos –, cujo vencedor do circuito foi Marcelo Conti, da Argentina; Senior 2 – 46 a 55 anos, com Ruben Rosenberg, do Chile, em primeiro; e Senior 3 – acima de 55 anos, consagrando Rafael Negrão, do Brasil. A classificação é válida para o ranking da Federação Internacional de Esqui.

O torneio acontece desde 2007 na América do Sul e reúne esquiadores com mais de 35 anos – quando o atleta atinge o auge da performance técnica –, um grupo que se formou pelo prazer de se reunir e praticar o esporte, melhorar suas próprias marcas independente da competição, mas sem abrir mão dela, é claro. Todos se conheceram no Campeonato Latino Americano de Esqui, que acontece há 25 anos e é rotativo por sete países. Porém, por abrigar muitas categorias – a partir de 10 anos e sem limite de idade –, a programação ficava extensa demais, o que levou o grupo de veteranos a organizar seu próprio campeonato, que acabou ganhando importância no ranking internacional.


A participação é aberta a todos os interessados nesta categoria, basta ser “senior”! Eurobike magazine

A Eurobike Audi de Campinas, apoiadora desta etapa, esteve presente no evento com os modelos A3, A4 e Q5, que os presentes puderam conhecer de perto e conversar com os representantes, esclarecer dúvidas e saber das novidades.

Após o almoço de confraternização, aconteceram as premiações da etapa e do circuito, e o anúncio da próxima etapa, que inicia o novo circuito: novembro em Miami.

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Fabio Albuquerque, presidente do LAST (Latin Senior Ski Tour) e anfitrião desta etapa, conta que os competidores são empresários que muitas vezes não dispõem de uma semana inteira para dedicar ao campeonato em outro país, por isso o Latin Senior, além de reunir menor número de esquiadores, se restringe a dois dias de provas de slalon: duas rodadas no sábado e a final no domingo.


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projeção do desejo

que se transforma em matéria que reflete o sonho

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por Rafael Ca単as


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Estúdios: BURTIHD

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Agradecimentos: Wallison Felício, Monique Carmona e Tripolli


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Inovador Por Percy Faro Com a segunda geração do BMW X3 a marca alemã reafirma a filosofia de seu slogan mundial: Prazer em dirigir. Adicionou uma nova dimensão de características técnicas até então incomum no segmento Sports Activity Vehicle, que estabelece referências em agilidade e eficiência. Graças a uma série de itens de conveniência e maior espaço interno, é possível adaptar o conforto na viagem e os recursos de transporte para atender cada exigência pessoal. Os descansos dos assentos traseiros podem ser divididos em proporções de 40 : 20 : 40 e os três podem ser dobrados individualmente ou juntos. Desse modo é possível adaptar o compartimento do porta-malas passo a passo de acordo com a necessidade.

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Vários equipamentos do modelo incorporam avançada tecnologia. Uma delas é a tração permanente nas quatro rodas BMW xDrive, que não apenas otimiza a tração, mas também foi especificamente harmonizada para garantir mais dinâmica de direção. Trata-se de um sistema eletronicamente controlado que garante a distribuição variável do torque de direção para os eixos dianteiros e traseiros. A unidade de controle está interligada com o DSC Dynamic Stability Control e reage em um estágio anterior contrariamente a qualquer tendência a sobreviragem ou subviragem por meio de respostas rápidas e precisas. A motorização é uma preocupação historicamente marcante desde a fundação da BMW por Karl Rapp e Gustav Otto, já que a marca sempre esteve envolvida nos desportos motorizados, inicialmente com motocicletas e depois com automóveis. Com o novo BMW X3 não é difrente. O modelo oferece a escolha de dois modernos propulsores. O X3 xDrive 35i, à gasolina de seis cilindros em linha (225 Kw/306 bhp), e o X3 xDrive28i, à gasolina de seis cilindros em linha (190 Kw/258 bhp). Os carros

contam com tração nas quatro rodas, direção hidráulica elétrica apresentada pela primeira vez em um modelo BMW X, volante esportivo variável opcional, GPS, sistema antifurto com controle remoto por ondas de rádio e alarme com tecnologia EWS e sensor de chuva, com acionamento automático dos faróis baixos, entre outras tecnologias. Para o fortalecimento de sua posição de destaque no refinado segmento em que atua, o novo BMW X3 é inovador em vários outros aspectos técnicos. Reúne soluções pioneiras em sua categoria. Faz a estreia do sistema Auto Start Stop, ou seja, transmissão automática (no xDrive 35i é um câmbio de oito velocidades) combinada pela primeira vez com a função que, ao parar em um congestionamento, o motor é automaticamente desligado. Assim que o motorista tira o pé do freio o motor é ligado novamente. Outra novidade são os amortecedores eletronicamente controlados que se adaptam às condições de rodagem e ao estilo de dirigir do motorista. O motorista pode influenciar o mapa característico do controle do amortecedor por meio do sistema de Dynamic Control. Essa função, disponível para um modelo BMW X pela primeira vez, permite que o condutor escolha entre os modos “Normal”, “Sport” e “Sport +” usando um botão no console central. O pacote de equipamentos de segurança compreende airbags torácicos frontais e pélvicos, airbags para cabeça com telas laterais, cintos automáticos de três pontos em todos os assentos, limitadores de força dos cintos, tensionadores de fecho dos cintos, apoios frontais para a cabeça ativos para colisões e estruturas de assentos especiais para crianças no compartimento traseiro. “Estamos muito otimistas a respeito deste lançamento. O carro foi bastante apreciado durante o Salão do Automóvel e criou uma grande expectativa nos brasileiros”, explica Henry Visconde, presidente da Eurobike.


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Volvo S60 por Ricardo Landi

Olá pessoal, estamos de volta com o teste do novíssimo modelo escandinavo, o Volvo S60, um sedan “arrojado”. Testamos, na Rodovia Anhanguera, perto de Ribeirão Preto, o modelo T6, top de linha. Ele tem o potente motor 3.0 litros de seis cilindros turbo com injeção direta, que gera 304 cv de potência e um incrível torque de 44.8 kgfm, combinado com um câmbio automático de 6 velocidades e tração integral. Esse carro tem uma particularidade no design: é um sedan para família, porém com cara de esportivo. Isso me chamou muito a atenção, pois suas linhas são bem agressivas.

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Seu comportamento é digno de um sedan luxuoso, motor supersilencioso e bem potente, espaço interno confortável para os passageiros, principalmente para os que estão nos bancos de trás. O porta-malas acomoda bem a bagagem de toda família. Ele traz toda a tecnologia em segurança que a Volvo dispõe em seus carros — o que me chamou mais a atenção foi o sistema detector de pedestres. Ele funciona assim: se o motorista não reagir à presença de um obstáculo a uma velocidade abaixo de 35 km/h, o carro freia sozinho. Isso mesmo! O carro freia sozinho e evita o acidente. E de 35 km/h a 80 km/h o sistema auxilia na frenagem reduzindo em até 40% a velocidade.

Testamos esse sistema detector de pedestres. Ativado, ele freou o carro bruscamente e ficamos a 30 cm de distância do pedestre. Mas antes a freada brusca do que ocasionar um acidente, e por isso sempre faça uso dos cintos de segurança, tanto nos bancos dianteiros como nos traseiros. Isso transmite uma grande sensação de segurança ao motorista, mas não se pode relaxar, é preciso prestar atenção ao seu redor para que esse auxílio de segurança nunca seja usado! O T6 tem o sistema de Piloto Automático Adaptativo com alerta de colisão, ou seja, o motorista programa a velocidade desejada e a distância para o carro da frente. Se por acaso o carro da frente reduzir a velocidade, automaticamente a nossa velocidade também diminui, mantendo a mesma distância. E se a velocidade aumentar, o S60 volta à velocidade programada inicialmente.


No alto, linhas arrojadas: é um sedan esportivo Ao lado, sensores de ponto cego e sistema Volvo on Call: segurança reforçada Abaixo, câmeras por todo o lado auxiliam nas manobras

tal ponto cego, uma luz se acende na parte interna do retrovisor. Perfeito para o trânsito das grandes cidades. A tração integral é muito eficiente; a suspensão é de um sedan de luxo e o interior impecável, em couro, com design arrojado. E contamos com a característica da Volvo em relação aos bancos, com os bonitos e anatômicos encostos de cabeça.

Isso acontece porque há pontos que não conseguimos enxergar pelos espelhos, mas com o detector, se houver algum veículo no

E tem mais: conta com o Volvo on Call, que mantém o carro, pelo sistema de GPS, em contato direto com uma central de atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Ele é acionado pelos botões “on call” ou “SOS”, que está presente em toda linha Volvo 2011. Um verdadeiro carro de família, com todo o luxo e tecnologia da Volvo, e com um ar de esportivo.

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Para desativar o sistema basta apertar um botão no volante ou pisar no pedal de freio. E para completar o sistema, há ainda o detector de pontos cegos, que funciona quando tentamos fazer aquelas mudanças de faixa em que olhamos nos espelhos e pensamos “bom agora posso ir”, e acabamos tomando aquele baita susto com um veículo que não vimos, não é verdade? Quem nunca passou por isso?

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O T6 vem com direção elétrica, freio de mão eletrônico, partida no botão, air-bags duplos e laterais, bluetooth, GPS, teto-solar, sensor de chuva, controle de tração, faróis bi-xenônio adaptativos, câmeras dianteiras e traseiras para auxiliar nas manobras e, como opcional, uma câmera de 180 graus que nos dá visão das laterais do carro. Ta bom ou querem mais?


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on the rocks Você se sente capaz de subir numa montanha por paredes de pedras com o seu 4x4? Não? Pois deveria. Seus limites nunca mais serão os mesmos depois de um curso de pilotagem oficial da Land Rover Experience Por Eduardo Petta | Fotos Carol da Riva

Pois foi justamente numa de nossas viagens, em uma encruzilhada de estradas tortuosas em que arredei o pé e dei marcha ré, no que a minha digníssima patroa vociferou: — Está mais do que na hora de você fazer um curso de pilotagem de 4x4. O comentário me fez pensar cá com os meus botões e humildemente aceitar que ela estava certa. Afinal, se nesses mesmos 15 anos de “estrada/casamento” não descobri as manhas da direção off-road, ao menos aprendi a escutar a minha mulher. Assim que chegamos dessa dita viagem, liguei meu portátil e com ele viajei pelo ciberespaço. Caí logo na página da Land Rover e vi que eles ofereciam 30 centros de treinamento ao redor do globo, com diversos tipos de pistas e experiências. Esfreguei as mãos e abri o mapa-mundi no tela. E qual não foi a minha desilusão ao constar que nada, nadica de nada de centros de treinamentos no Brasil. Nem na América Latina. Os mais pertinhos estavam na terra do tio Sam ou no velho mundo. Fiquei triste, mas continuei navegando pela net, e descobri que cada um desses centros é mais especializado em um terreno específico. O da Finlândia, por exemplo, é bom para gelo e neve; o da Inglaterra, ideal para lama; o da Turquia, perfeito para aprender a voar pelas dunas do Saara e por aí vai. Dos que vi, gostei muito de um localizado nas montanhas rochosas da Catalunha,

Por pura coincidência, acredite você ou não, quis o destino que dias depois dessa pesquisa eu recebesse um telefonema de trabalho me pedindo para fazer uma reportagem sobre o melhor time do mundo, o Barcelona Futebol Clube. Nem pestanejei em aceitar. E rapidamente escrevi para o centro de treinamento da Land Rover catalã, o Les Comes, pensando em unir o útil ao agradável. Será que teria sorte? “Sim, temos vagas para o curso nessas datas que você me pergunta, Eduardo. Você vai querer fazer o nível um ou o dois?”, questionou-me o instrutor responsável, Jordi Grau. Achei melhor conectá-lo pelo Skype, para explicar-lhe o meu nível de pilotagem. Olha Jordi, sou um piloto básico, mas já guio Land Rover faz tempo. Jordi Grau foi muito amável, disse que tinha um guia que falava português e que, pelo que eu havia lhe contado, poderia fazer o nível dois sem problemas. “É um curso de dia inteiro, você vai desfrutar mais.” Ainda brinquei com ele que agora ia virar mestre, mas ele logo me alertou. “Para ser um bom piloto você precisa de três coisas: experiência, conhecimento do veículo e talento. Os dois primeiros nós ensinamos, já o terceiro é questão de DNA.” Bom, não se pode ter tudo na vida. Um mês depois, numa radiosa manhã de primavera, desembarcávamos eu e Carol na capital catalã, dando início a três dias de caminhadas pela mais vibrante das cidades europeias. Um saboroso bate pernas, prestando reverência a Picasso, Miró, Gaudí, abusando das tapas e sangrias e gastando a sola do sapato por Las Ramblas, Paseo de Gracia e Barceloneta. Os catalães viviam uma grande euforia com as finais do campeonato contra o todo poderoso Real Madri. O Barcelona é mais que um clube para eles. Durante os 40 anos sob a ditadura de Franco, a língua catalã esteve proibida e era apenas no estádio que a nação blaugrana podia soltar a sua voz, o seu canto. Hoje, mais do que nunca, o povo tem imenso orgulho de sua

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Durante os últimos 15 anos da minha vida na pilotagem de veículos Land Rover, trilhando os rincões desse Brasil, as dúvidas sempre me atormentaram. Por diversas vezes ficamos eu e minha companheira, Carol Da Riva, que ilustra as páginas desse relato, na corda bamba das indecisões. Afinal, até onde essas máquinas são capazes de nos levar? Ou, mais realisticamente, até onde um motorista homo sapiens comum como eu sou apto a levá-las?

na Espanha, distante uma hora de carro de Barcelona e indicado para quem quer encarar trilhas com muitas pedras e terra batida, um tipo de terreno que particularmente estou acostumado a enfrentar.

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Vai, não vai. Sobe, não sobe. Desce, não desce. Passa, não passa. Vou, não vou, não fui.


EMOÇÃO equipe, pelo futebol arte com que trata a bola de pé em pé, encantando o mundo. Para se ter uma ideia da paixão, basta dizer que o museu do clube é o mais visitado da Catalunha. Visitei-o, entrevistei Xavi, Iniesta, Messi, Pep Guardiola e fui dormir pensando em 4x4. “Descanse que o curso é puxado. Chegue às nove da manhã em ponto para tomar café conosco”, me disse Jordi Grau, ao telefone.

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Sábado cedinho, com as ruas de Barcelona vazias, sem trânsito, rapidamente alcançamos a estrada, tentando controlar a vontade de pisar no acelerador. Os radares estão por todos os cantos, o limite é de sonolentos 110 km/h, e os policiais espanhóis são implacáveis. O dia estava um pouco nublado, mas deixava entrever a paisagem de campos cultivados com oliveiras e vinhais. Um pouco mais de negro asfalto e pintou no cenário as montanhas de Montserrat, uma sequência de picos de rocha em granito, paraíso de escaladores. Mais um pouco e chegamos ao centro de treinamento da Land Rover, Les Comes, uma fazenda de 518 hectares localizada numa reserva florestal com rica flora e fauna mediterrânea, toda recortada por 60 quilômetros de pistas, dos mais diversos níveis de dificuldade. “Sejam bem-vindos.” Ainda mais amável do que ao telefone, Jordi Grau apertou as minhas mãos e nos abriu as portas do refeitório. Os outros participantes e os guias já estavam à mesa. A sede de Les Comes é uma grande mansão erguida em pedras, restaurada ao estilo da época medieval, que também serve de hospedaria para treinamento de empresas. Apenas uma vez por mês recebe os clientes para os cursos de condução 4x4.


Sentados à mesa, Jordi me explicou que o centro é uma franquia conveniada com a Land Rover da Espanha. E que o seu proprie-tário, Pep Vila, é um apaixonado por motor, que costumava correr o Paris-Dakar de moto e agora o faz de caminhão. Para se ter uma franquia como essa é preciso ter um instrutor de instrutores, capacitado pelos ingleses, que treine e capacite os guias. Em Les Comes os cursos têm capacidade para atender até dez pessoas, duas por veículo. “A casa tem cinco guias e cinco veículos: um Defender, três Discovery e um Range Rover”, explica-me Jordi. “Escolhi para você fazer o curso o Discovery, tudo bem? E o seu guia vai ser o Enric Dillet, que fala portunhol.” Terminamos o café e fomos à sala de aula. Em frente a um monitor de TV, Jordi explicou a todos, durante uma hora, os procedimentos que se deve tomar diante de cada situação, obstáculo e terreno: qual marcha usar, a maneira correta de segurar a direção, de frear, a abordagem das curvas, os mecanismos das viaturas e insistiu muito nas técnicas de quando usar ou não os redutores e diferenciais. Falou, falou, até que disse, vamos logo ao que interessa.

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Chegamos então ao parquinho de diversões, quer dizer, à pista de obstáculos com diversos desafios, como subidas e descidas íngremes, superíngremes e megasuperíngremes, cruze de eixos, passes laterais, ponte gangorra e outros brinquedinhos. “Eu vou primeiro e depois você”, disse o Enric. Pareceu fácil, mas também ele só foi pelas baixinhas. “Agora você.” Passei as íngremes, resolvi bem as super, mas na megasuper, fiquei empacado. Poxa Enric, essa subida não dá. Vai cair de costas. “Dá sim, vai de segunda, acelera com vontade. Acredita no carro.” Foi. “Agora dá a volta e desce.” Você tá louco, vai capotar. “Não vai, não.” Eu não estou enxergando nada. “Vai!” Foi. Outra volta no circuitinho, mais outra. O passe lateral, o cruze de eixo travando o diferencial, para liberar energia para as outras rodas (então esse é o truque!), e quando achei que já estava ficando bom no volante chegou a hora do almoço. “Não coma muito que a tarde o curso vai ser mais forte”, brincou Enric.

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Então entramos nos carros. Fazendo o curso éramos sete: duas duplas espanholas, um casal de portugueses e eu (com Carol fotografando tudo de fora ou do banco de trás). Meu guia, o Enric Dillet, um catalão gente boa, muito engraçado e bem-humorado, durante o caminho até a pista de obstáculos já foi me dando vários toques. Para quebrar o gelo ele logo deu uns tapinhas nos meus dedões da mão. “Você não pode agarrar a direção com os dedões, porque se virar bruscamente pode quebrá-los.” Tá bom. “E coloca as duas mãos no volante!” Beleza. “E para de cruzar uma mão com a outra quando fizer as curvas.” Legal. “Agora dirige!” Maravilha. “Suave.” Caramba Enric, você tá pior que a minha mulher.


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Ou melhor, achei que estava brincando. Depois de uma bela macarronada espanhola com presunto pata negra, voltamos à sala de aula. Jordi falou então rapidamente sobre equipamentos de segurança básico, avaliação de riscos e finalizou com uma aula bem bacana sobre marshaling (o código de sinais para encarar um obstáculo, em que o piloto mais experiente desce do carro e o copiloto tem que seguir o que ele manda sem pestanejar). “Lembre-se, quem pilota não acha nada, apenas obedece”, disse Jordi, e completou, “agora vamos guiar antes que vocês durmam”. Ande vamos? — perguntei ao Enric. “Vamos fazer trilha pela floresta e praticar.” Oba. “Coloca antes o programa de rochas.” Mas não está precisando ainda. “Regra de ouro no 4x4. Prevenir antes o que pode acontecer é bem melhor que ter que decidir na hora. É tipo um jogo de xadrez, sempre antecipando.” E lá fomos nós montanha acima, rodando pneu em cima das rochas que brotavam da pista de todos os lados. Não demorou muito e

pintou uma parede de pedras quase vertical. Enric desceu da Land e me orientou o melhor caminho. O Discovery grudou as rodas feito uma lagartixa nas pedras e subiu. Depois veio outra subida radical com rochas enormes no meio. Carol, no banco de trás, manifestou-se. “Ah, Enric! Sempre que a gente via uma dessas ele voltava no ato.” Enric riu. “Ah é. Hoje não. Acelera!” Não vai. “Vai.” Não acreditei. O Discovery subiu na rocha, ficou pendurada no ar com duas rodas, uma de cada eixo, e depois foi andando com a leveza de uma bailarina, até descer suavemente e continuar escalando o granito como se fosse um alpinista de Montserrat. Depois disso, suando em bicas e com as pernas tremendo, relaxei. Passei as outras duas horas de trilhas conversando com Enric sobre carros, estradas e obstáculos, que vira e mexe apareciam no caminho, até estacionar a Land ao lado dos outros colegas de curso e ganhar o diploma das mãos de Jordi Grau e Enric, sob as fotos de Carol.


Caro leitor. Como o mundo conectado de hoje pede que com-

Subidas Nas subidas devemos seguir o caminho marcado. Se não existe esse caminho, tomaremos uma perpendicular da pendente. Desta maneira evitaremos que o veículo possa derrapar de dianteira ou de traseira. Não é possível especificar qual será a marcha mais adequada. Isto depende das condições do terreno. Mas dá para ter em mente que, quanto mais deslizante for o terreno, mais inércia deveremos ganhar antes de iniciar a subida, uma vez que, se esperarmos para acelerar quando o veículo já está na subida, será demasiado tarde. O conselho é: subir com a marcha mais alta possível. A marcha que nos permita superar a subida, mas sem desgrudar do terreno. Desta maneira permitiremos que outros veículos possam subir atrás sem danificar a trilha. A seleção da marcha correta virá com a experiência. Trabalho facilitado com o programa mais adequado de cada superfície encontrada, ou com o uso do diferencial no Defender.

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Para saber mais: www.landroverexperience.es

partilhemos as nossas boas descobertas, aqui passo um resumo das dicas que obtive no curso.

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Adrenalizado e feliz deixei Les Comes no finalzinho da tarde. A estrada de asfalto estava mais bonita com o sol dourando os contornos do Monserrat. Estava tão empolgado com o curso que nem me lembrei que ia assistir ao jogo do Barça à noite no estádio. Carol, você viu aquela hora que o carro ficou no ar? “Nossa. Naquela hora deu medo hein?” Se deu. Fiquei com muita vontade de fazer outros cursos na lama, nas dunas, na neve. Deve ser demais, hein Carol. “Verdade. Fiquei impressionada. Bem que todo mundo falava que esses carros subiam pelas paredes.” Pois é Carol. Fico até assim de tantos caminhos que passamos na vida e não tivemos coragem de prosseguir. Dava para ter encarado, não é? “Não era coragem, era conhecimento do carro e experiência. Faltava fazer um curso desses com um guia que fizesse você acreditar. Ver que era possível, para abrir essa sua cabeçinha e puxar os seus limites na Land.” Ainda bem que nesses meus quinze anos de estrada/casamento da vida aprendi a escutar a minha mulher.


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Descidas O que vale para as subidas, use para as descidas. Devemos tentar enfrentá-las pela parte mais perpendicular, para assim evitar o deslizamento traseiro. Temos que selecionar a marcha mais curta possível e com ela buscar o equilíbrio com o máximo de freio possível, sem que com isso as rodas fiquem travadas. Se a superfície é pouco deslizante, podemos ajudar com o freio. Fazer o uso do programa de controle de descidas de ladeiras do Land Rover, este nos ajudará a controlar a descida, caso tenhamos dúvidas com o uso dos freios. Passos laterais Os passos laterais devem ser enfrentados com a máxima prudência. Os movimentos do volante e do acelerador devem ser suaves, mantendo a direção reta e uma velocidade constante. Nossa posição ao volante não deve variar, para que não façamos o contrapeso errado. Se sentirmos perigo de capotagem, devemos sempre girar a favor da descida. Uma referência para saber se o carro esta no limite é sentir que o controle de tração se ativa se as rodas da parte superiores começam a patinar.

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Cruze de eixos Chamamos cruze de eixo, ou de pontes, a situação em que duas rodas opostas de eixo e lado (por exemplo, a roda dianteira esquerda e a traseira direita) ficam suspensas no ar. Normalmente nesses casos o veículo ficaria sem tração, pois nesse momento, na maior parte dos 4x4, quando uma roda fica sem tração, toda a força se perde por essa roda. Para evitar isso temos que bloquear o diferencial central. No momento em que há uma roda de cada eixo sem tração, o carro não avança. As soluções nos veículos Land Rover nesse caso são: fazer o bloqueio do diferencial traseiro (Defender) ou ligar o controle de tração. O controle de tração utiliza os sensores do ABS para frear a roda que está sem tração. Desta maneira as outras rodas seguem recebendo força para poder mover o carro. Só temos que acelerar um pouco mais para ver como o veículo segue avançando. Se

não tivermos o controle de tração devemos tentar chegar ao obstáculo com mais inércia. Dica: com o Discovery, o Range Rover, ou o Freelander, coloque o quanto antes no Terrain Response, o programa para rochas. Passando por águas Sabe aquelas fotos do carro espalhando água para tudo que é lado ao passar em riachos? Não faça isso. Os radiadores ficam logo depois da capota e podem ser danificados se entrar água. Vá contínua e suavemente. Mas antes, sempre desça do carro e verifique a profundidade, a força da corrente e a composição do fundo do terreno. No Defender e no Freelander, o nível da água não deve ultrapassar os 50cm. Nos outros modelos, 70cm. Onde Ficar em Barcelona Mandarin Oriental Barcelona – o endereço desse hotel já é um luxo: fica em frente ao Passeig de Grácia, ao lado da Casa Batló, uma das obras primas de Gaudí, no epicentro do burburinho do centro histórico. Sofisticado, o Mandarim Oriental foi todo construído em um prédio do século 20, em estilo contemporâneo, criação da designer Patricia Urquiola. Os quartos super confortáveis, dois restaurantes, um muito descolado, outro estrelado pelo Michelin, dois bares, uma piscina com 360 graus de vista de Barça e um spa de sonhos completam esse pedaço do paraíso da vibrante capital catalã. Atendimento toll-free em português 0800 891 3578 http://www.mandarinoriental.com/barcelona/


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Audi DTCC estreia com o pé direito firme no acelerador

Uma nova categoria estreia no automobilismo brasileiro e promete esquentar o asfalto nas melhores pistas do país. A DTCC (Driver Touring Car Cup) acontecerá em seis etapas nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Campo Grande. Por Ricardo Landi | Fotos André Hawle

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Audi DTCC estreia com o pé direito firme no acelerador. A primeira etapa da Audi DTCC foi realizada nos dias 8 e 9 de abril, no Autódromo Internacional de Curitiba. A primeira prova teve 15 carros alinhados no grid e a segunda 12. Tudo correu perfeitamente, como planejado pela organização, sendo que os A3 Sport deram um show de equilíbrio e confiabilidade nas duas baterias.


Essa igualdade entre os carros, que podem ter apenas diferentes regulagens do aerofólio traseiro, fez com que pilotos experientes e novatos ficassem dentro dos mesmos tempos, gerando disputas intensas e emocionantes entre eles.

No alto, a largada: carros iguais e muita emoção Acima, à esquerda, o trabalho nos boxes; No centro, toda concentração é pouca;

Vem muita emoção por aí!

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As próximas etapas serão no Velopark, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, nos dias 17 e 18 de junho, e no Autódromo de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, no dia 16 de julho.

À direita, o piloto Elias Azevedo, vencedor das duas baterias

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As duas baterias foram vencidas pelo piloto Elias Azevedo, tendo José Maria Castilho colado nele o tempo todo.


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MINI CHALLENGE

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O clima esquentou em Ribeirão Preto, com as provas da MINI Challenge sob o sol escaldante

Por Ricardo Landi | Fotos André Hawle


Com o segundo GP de Ribeirão Preto da Stock Car, tivemos junto a MINI Challenge nas ruas da cidade, no bairro Nova aliança. Muito calor marcou as duas baterias da MINI Challenge. Contamos com o piloto da Eurobike, Vitor Genz, e a volta de Fabio Sotto Mayor, campeão da Stock Car em 1988, piloto convidado pela Eurobike a pilotar nas ruas da cidade onde mora.

No alto, o “pega” forte dos MINI nas ruas de Ribeirão Preto Acima, à esquerda: Martin Fritsches da MINI e o piloto Fabio Sotto Mayor; no centro, os pilotos Átila Abreu e Ingo Hofmann; à direita, o piloto Vitor Genz

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No sábado, dia 16 de abril, Fabio Sotto Mayor ficou com a 11ª colocação e, no domingo, Vitor Genz subiu ao pódio no terceiro posto, ambos pilotos da Eurobike.

Durante a primeira bateria, que foi no sabado, teve vitória do Patrick Gonçalves; durante a prova, o carro de Fabio Sotto Mayor não rendeu muito bem e acabou chegando em 11º. Na segunda bateria, no domingo, teve a vitória de Rodrigo Hanashiro, e com o terceiro lugar do Vitor Genz, subindo ao pódio.

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Os pilotos da MINI Challenge suaram bastante sob o sol escaldante de Ribeirão Preto.


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Eurobike Experience Volvo Eurobike Experience Volvo movimentou o Velopark Fotos Marcelo Curia

Aconteceu no sábado, 28 de maio, mais uma edição do Eurobike Experience, desta vez com os carros da Volvo. Foram disponibilizados todos os modelos da marca sueca para um dia de testes, no Autódromo do Velopark, em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul. Os convidados foram recepcionados com um delicioso café da manhã e depois puderam experimentar os modernos e seguros carros da Volvo. Ao todo, foram 112 test-drives nos modelos C30 R Design T5, XC60 T5, S60 T5, S60 T6 e XC90.

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Entre os carros mais disputados, o lançamento XC60 T5 e o C30 R Design T5. Todos os participantes se impressionaram com a alta tecnologia e conforto dos automóveis e puderam sentir a adrenalina de testar a sua potência, com muita segurança, em um autódromo de verdade. Após os testes, os convidados ainda desfrutaram de um saboroso almoço, que serviu tanto para confraternização como também


Moreira; Henry Visconde

A concepção do Eurobike Experience Volvo foi da Núcleo – Negócios & Relacionamento e a comunicação visual ficou a cargo da ABN Comunicação e Marketing Corporativo.

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de aula; Aldo Biasetton, Adão Bellagamba, Maurício Perucci e Cristina Schettert

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De cima para baixo: os Volvo C30 “alinhados” para a foto; muita técnica em sala

para esclarecer dúvidas e obter informações sobre os carros da Volvo com os executivos de venda da concessionária Eurobike. O sócio-diretor, Aldo Biasetton Neto, e o presidente do Grupo Eurobike, Henry Visconde, também estavam presentes.


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PRAZER


Idioma do jazz Por Fred Melo Paiva | Fotos Eduardo Sardinha

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Corta.

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O Daniel não ia perder aquele espetáculo de jeito nenhum. Por isso decidiu atrasar as refeições: tomou de tarde o café da manhã, almoçou quando já era de noite — dessa forma não corria o risco de sentir fome quando o show já tivesse começado. Por via das dúvidas, ainda acomodou nos bolsos umas barras de cereais e umas garrafinhas de água de coco. Estava pronto para a guerra quando pisou o gramado do Pacaembu, às 19h10. Calculou: tinha 1h50 para empreender uma travessia épica da retaguarda à vanguarda, e não convinha arrastar nenhuma mala. Por isso desfez-se dos amigos e embrenhou-se na multidão, vencendo cada metro a passo de cágado. No dia 27 de novembro de 2009, às 21h, apenas quatro pessoas separavam o Daniel do palco à sua frente. Quando o AC/DC começou a tocar, às 21h05, ele chorou igual menino.


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Estamos no dia 4 de abril de 2011, no Bourbon Street, casa de shows de São Paulo. Aos 38 anos, Daniel Henrique Lombardi Daibem veste um terno apertadinho. Seu cabelo liso já não comparece uniforme sobre a carcaça craniana. A franja de fios escassos e nenhum suingue desce pela testa grande. É um magrelão de dedos longos e voz de radialista. Só não se pode dizer que está sobre o palco porque toda segunda-feira, no projeto Na Roda, o palco desce para o chão (e as mesas sobem para o palco). Guitarrista do “organ trio” Hammond Grooves,

representa o que há de melhor na MPB, a Música Paulistana de Bar (não é boteco, é bar, com distinção e categoria). O fã número 5 do AC/DC sugere que se faça silêncio. “O jazz é um tipo de música que pede isso”, explica, “porque ela se faz do improviso”. Silêncio. Daniel Daibem é um craque no “idioma do jazz”. Para aqueles que gostam de boa música e vivem no trânsito encalacrado de São Paulo,


presenteando o paulistano engarrafado, esse pobre diabo, com um momento de paz interior — aquela que se instala no interior do carro—, enquanto lá fora a cidade parece enfartar por causa do bloqueio de suas artérias. Pois bem, a Eldorado acaba de transformar-se em Estadão ESPN, dedicada a notícias e futebol. Sua antiga programação migrou para a Eldorado Brasil 3000, rádio educativa cujas restrições desagradaram o Daniel. Que saiu do ar. Um minuto de silêncio. Até que chegasse ao refinamento de pedir licença para que a música pudesse começar, Daniel Daibem cumpriu uma barulhenta trajetória. Nascido em Bauru, interior de São Paulo, é descendente de italianos mas ruim de ascendências. Não sabe de que parte da Itália veio os Milanesi, mal tem informações sobre os Daibem — que ele já encontrou, grafado com “N”, na Finlândia. Sua mãe, pedagoga, fez conservatório de piano. Isso, no entanto, nada tem a ver com a opção de Daniel pelo jazz. “O que ensinaram a essas mulheres no piano”, diz, “não passa de datilografia”. O que não impede a dona Ana de mandar “um maravilhoso TicoTico no Fubá”.

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Daniel é o mais velho dos cinco filhos. Morou em Bauru até os 19 anos, mas sua relação com São Paulo data dos 6 meses de vida, quando teve de vir à capital tratar um glaucoma (que acabou por comprometer definitivamente a visão de seu olho esquerdo). Mais tarde, São

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é figurinha tarimbada do dial. Ou pelo menos foi. Durante os últimos sete anos, justamente no rush do fim da tarde, apresentou o melhor programa de música da rádio brasileira, o Sala dos Professores, na despudorada opinião deste escriba. Dos estúdios da Rádio Eldorado, Daniel inventou de decupar os temas do jazz, explicando com minúcia de cientista e discurso de docente o que vinham a ser os grooves, as improvisações, os breaks, a forma sincopada. Fazia ir e voltar a música, para que o ouvinte pudesse compreendê-la. Por fim, deixava rolar,

O pai, Isaias, é um professor de história forjado no “socialismo cristão”. É um político (Daniel pede para acrescentar a adversativa: “Mas é honesto”). Foi fundador do PT em Bauru e hoje é assessor de gabinete do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB). O ex-presidente Lula e o veterano Plínio de Arruda Sampaio, ex-petista e ex-candidato, foram hóspedes frequentes na casa do “companheiro Isaias”. Eram outros tempos, em que o Daniel lembra do pai ser repreendido porque a dona Ana comprara umas muçarelas para receber o famoso metalúrgico. “Vai ter queijo, Isaias?”, espantou-se um camarada. “Mas que burguesia é essa?!”, torceu o nariz.


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Paulo foi se tornando onipresente. Numa ocasião, era um amigo que vinha lhe falar sobre os encantos da cidade, onde se podia ver “o Fábio Junior passando de moto”. Noutra, tinha notícia de que “os caras do Chips, o seriado, tinham pousado no aeroporto de Congonhas”. Na adolescência, não gostava de ver chegar em Bauru carros com placa de São Paulo: “Vão catar as nossas minas”, vaticinava. Ao levar o amplificador da guitarra para o conserto, ouvia: “Olha, vai levar trinta dias para ficar pronto, você sabe como é, a peça tem de vir de São Paulo”. São Paulo, São Paulo, São Paulo — o Daniel começou a achar que era mais fácil mudar-se para lá. Bauru sempre foi uma cidade roqueira. Quan-

do o Daniel era adolescente, abrigava hippies, punks e metaleiros. Daniel enquadrava-se na última tribo, tocando guitarra numa banda de trash metal (o estilo do Sepultura) chamada (não por acaso) Necrofobia. Não tinha cabelo grande porque, para dona Ana, o ombro era o limite. Aos 17 anos, estagiário do Banco do Brasil, ganhava R$ 1.500 por mês. Gastava tudo com discos e camisetas de metal. Tinha uma pasta só com fotos do AC/DC, que considera até hoje “uma banda de blues com letras de malandrão”. Letras estas que só foi compreender direito aos 27, quando um amigo lhe presenteou com os prints da poesia completa de Bon Scott e dos irmãos Malcolm e Angus Young. “Descobri então que eles eram o Nelson Cavaquinho do heavy metal.”


Corta. Daniel está no Bourbon Street, onde chegou de ônibus (vendeu seu Chevette em 1998). Acaba de pedir silêncio. Toda primeira segunda-feira do mês, o Na Roda traz Hammond Grooves em parceria com alguém (nas demais, apenas os convidados comparecem, ciceroneados por Daniel Daibem). Às quartas, o “organ trio” migra, solo, para o bar do Terraço Itália (onde

este escriba viu um riff de Black Sabbath penetrar um tema de jazz). Naquele 4 de abril, a Hammond Groove recebeu o saxofonista Leo Gandelman. À direita de Daibem, o cabeludo e testudo Daniel Latorre prepara-se para operar o Hammond, que também faz as vezes do contrabaixo ao ser tocado com os pés. Latorre é dono de três desses instrumentos, que costuma alugar para Jon Lord, do Deep Purple, quando está no país — um orgulho para ele, roqueiro que é. À sua frente, Wagner Vasconcelos, o batera, já descalçou seus sapatos. Ele só toca de meia. O Na Roda descende da Sala dos Professores — origina-se, na verdade, da única noite do mês em que o programa acontecia ao

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Quando chegou no Jimmy Smith, Daniel percebeu que não conseguia compreender seus acordes. Foi bater, então, na porta da renomada escola Groove, do carioca Leyve Miranda — uma espécie de Antunes Filho da música. Lá só se matricula quem pode ter uma frequência diária. E, a exemplo das relações entre atores e o famoso diretor de teatro, não é todo mundo que aguenta o Leyvão. “Ele vai acabar com teu ego”, avisa Daniel, que chegou à escola com dinheiro apenas para um semestre e acabou ficando por oito anos. “Como o Karatê Kid”, ajudava em trabalhos de manutenção do espaço. “Varria as salas exercitando o andamento”, diz, completando a explicação com uma onomatopeia, marca de seu trabalho na Eldorado e Na Roda: “Tchi, tchi, tchi...” — uma vassoura com ritmo.

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Já em São Paulo, com o cabelo na cintura, passou no vestibular de Rádio e TV na Fundação Armando Álvares Penteado, a Faap. Foi nos corredores da faculdade que viu o anúncio da 89 FM: “Se você gosta de rock, venha trabalhar com a gente”. Foi. Seu chefe era Fábio Massari, o VJ da MTV. Não acreditou quando recebeu Ozzy Osbourne para uma entrevista. Considerou-o “um gentleman”. A relação com o heavy metal, em especial com o “fraseado de blues” do AC/ DC, levou Daniel a conhecer Chuck Berry. Por causa de Chuck Berry, interessou-se pelo soul instrumental de Booker T. & the M.G.’s. Que por sua vez o levaria a Jimmy Smith, um dos criadores do soul jazz e o mais notável tocador do órgão eletromecânico Hammond, construído por Laurens Hammond em 1934 para servir de alternativa econômica aos órgãos de tubos das igrejas — mais tarde contrabandeado para o jazz, o blues e o rock’n’roll.


Maria D Cajas

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vivo, com o patrocínio de uma grande marca de uísque. Conserva o didatismo do professor Daibem, ainda que “professores”, ensina ele, “são os convidados e não eu”. Entre uma música e outra, vai destrinchando aquilo que chama de “idioma”: “O pai de Jimmy Smith era sapateador, e o sapateado nada mais é do que o próprio jazz. Aquilo que os caras fazem com os pés, são na verdade os grooves, as palavras do jazz”, elabora, para emendar na sequência suas imprescindíveis onomatopeias, “Pá, pá, pá, turum, cum, pá, pá, tum, pá, pá, cum, turum, cum, pá, pá... No sax, forom, fom, fom, fom, fom... Na bateria, pá, pá, pá, pará, pá, prá, pá... E no piano, pã, pã, pã, pã, pã, pã...”. Para Daniel Daibem, “Jimmy Smith passou o sapateado do pai para o órgão Hammond, assim como George Benson o reproduziu na guitarra”.

Entendi. “Jody Grind”, “Funktastik”, “River, Stay Away from My Door”. Assim começa Hammond Grooves e Leo Gandelman, inteiramente instrumental, não fosse pelo balbuciar de Daniel Daibem — como o famoso saxofonista, ele parece precisar da boca para achar a sonoridade ideal de sua guitarra. Interrompe, explica sobre a estranha função de se colocar “letra” sobre música instrumental, dá exemplos de outros músicos que usam o mesmo recurso. Cita um sujeito que para tocar Tom Jobim inventava frases em inglês. Cita “O Pato”, de João Gilberto. Segue em frente. E, num crescendo, o som às vezes parece ganhar um peso inesperado. Como se baixasse de repente um Ozzy Osbourne. Um Jon Lord. Um Angus Young.


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Bendita serpente, benditas sereias No sul da Itália, a curvilínea estrada Costiera Amalfitana reserva visões de precipícios, sereias e excelentes motivos para dizer grazie per la vita

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Por Eduardo Petta | Fotos Carol da Riva


PRAZER Suspensa entre o céu, o mar e a terra, essa “serpente-estrada” desafia a geografia. Vista do espaço pelo Google Earth, se arrastando que nem cobra pelo chão das ravinas, parece missão impossível percorrê-la. São sinistras 554 curvas em 50 quilômetros beirando precipícios. Ao vivo, pilotando por cada centímetro do seu asfalto, impossível mesmo é não se apaixonar pelo que os olhos enxergam. Cabelos ao vento, sol, luz, velocidade reduzida, a Estrada Nacional 163, mais conhecida pelos locais como Costiera Amalfitana, apresenta a cada curva um mirante, e em cada mirante a vontade de parar a máquina e ir beijar o mar, fotografar, dar grazie per la vita. Dá vontade imediata de beber de uma vez o oceano todo, de tão turquesa e bonito que é. Dá desejo de ir parando em cada uma de suas treze aldeias, erguidas nas montanhas como cidades verticais — e depois começar tudo de novo. A Costiera Amalfitana parece miragem, mas é pura realidade. Construída em cima de um antigo caminho de mulas, ela tornou-se ilustre em meados do século 20, quando virou xodó de viajantes, artistas e escritores badalados. E o que a turma da boêmia europeia encontrou ali senão a linda Amalfi, de glorioso passado náutico; a Positano, cravada nas encostas elevadas das falésias com sua praia de areia fininha; e a poética Ravello, onde o compositor alemão Wagner inspirou-se para criar o “jardim mágico de Klingsor”, para a sua ópera Parsifal. Foi também em Ravello que o mais famoso arquiteto tupiniquim, Oscar Niemeyer, sonhou um dia desfrutar o seu último olhar. Faz sentido. Afinal, por onde hoje passa a estrada, não há apenas o telúrico da paisagem, há o dedo do homem a erguer coisas belas. Há o charme de hotéis de luxo, a maravilhosa boa mesa italiana, as prazerosas piazzas, duomos, marinas e outras delícias terrenas.

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Porque tudo começa em Nápoles Populosa e caótica. Vibrante e artística. Ame-a ou deixe-a. Você pode perfeitamente pular a monstruosa Nápoles, capital da Campânia, do seu roteiro pela Costa Amalfitana, partindo de Roma (uma viagem de 5 horas). Mas é uma pena. A maior cidade do sul da Itália (distante apenas uma hora de viagem de Positano), com quase 3 milhões de habitantes, oferece uma quantidade impressionante de coisas para ver e saborear. Castelos, palácios, museus, praças, monumentos e marinas lotadas de excelentes restaurantes, onde se pode desfrutar de uma das melhores culinárias do mundo, em que se destacam a pizza, a

pasta, o azeite, a mozzarella de búfalo e o tomate sumarento. Uma dieta mediterrânea servida em pratos generosos, acompanhados de deliciosas sobremesas como a sfogliatella. Eu não perderia a chance de passar ao menos um dia pleno em Nápoles visitando o seu centro histórico, o teatro San Carlo (a casa de ópera mais antiga da Europa), o Castel Dell’ Ovo e o bairro de Toledo, com seu Palazzo Reale e a igreja San Francesco di


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Paola, fazendo uma pausa para tomar espresso no Caffè Gambrinus, onde Gabriele d´Annunzio escreveu a letra da melodia “A Vucchella”. E reservaria a noite para imitar Julia Roberts (no filme Comer, Rezar e Amar) e provar uma legítima redonda napolitana, fresca, de massa fina, cozida no forno a lenha da Pizzaria Da Michele. Espere na fila, entre, sente e depois experimente os seus dois únicos sabores: marguerita ou marinara, os


PRAZER mesmos desde 1870. Simples, simples e deliciosas, como a vida deve ser.

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As comidinhas de sonho de Sorrento Pontilhada de olivais e de pomares de citrinos, a acidentada linha costeira da Península Sorrentina antecede a Costa Amalfitana. Salpicada por vilas antigas e modernas, toda ela espia a baía de Nápoles e o vulcão Vesúvio, desde Vico Equense até Sorrento, a sua mais famosa cidade, com 18 mil habitantes. Ancorada no topo de falésias escarpadas e banhada por águas azuis de impressionante beleza, Sorrento é um destino famoso desde o século 18, quando o enviado britânico Sir William Hamilton convidou Casanova e Goethe para curtir a dolce vita. Não pule a península Sorrentina do roteiro. Se estiver por lá no verão, faça como todos e comece o dia a beira-mar em uma espreguiçadeira na Marina Grande ou na Marina Piccola.

À tarde, reserve para flanar pelas ruinhas charmosas repletas de lojinhas de cerâmica, marchetarias delicadas, joalherias e cafés. Aprecie o Claustro São Francisco, palco de concertos de jazz, a Duomo, a Piazza Tasso e se debruce no mirante do Hotel Vitoria Excelsior, local em que o tenor Enrico Caruso costumava compor para a sua amada. Uma vez nas ruinhas, não deixe de experimentar as comidinhas gostosas de Sorrento. Comece pelos confetes recheados de amêndoa do confeiteiro Antonio Esposito, da Confetti e Argumentti, continue com o mais antigo produtor do gelado limoncello (o licor de limão servido ao final das refeições), Luigi Nunzet, e finalize lambuzando-se com os mais de cem sabores de sorvetes da Gelateria Primavera, do festejado sorveteiro-artesão Antonio Cafiero. Casa Angelina e Un Piano nel Cielo de Praiano


de ir à varanda olhar o mar e depois passear pelas salas de linhas brancas repletas de estátuas coloridas de murano do artista cubano Sosa Bravo, a arte e atenção está até na hora da despedida com presentes: uma bonequinha de pano chamada Angelina e um perfume com aroma de limão para guardar na memória olfativa os dias felizes. Nem precisava.

A ilha de Capri possui pouco mais de cinco quilômetros quadrados. Mas quanta história. Durante o império romano ela foi uma espécie de residência de inverno dos imperadores Augusto e Tibério. No século 19, virou ponto de peregrinação de artistas como Alexandre Dumas, Oscar Wilde e do poeta Augusto Kopisch, cuja melhor poesia foi a “descoberta” da Grotta Azzurra, um fenômeno óptico de rara beleza e que lançou de vez a beleza da ilha no imaginário mundial. O melhor jeito de conhecer a

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Do mar ao céu e do céu ao mar nos Mirantes de Capri

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Acordar envolvido em edredons macios, numa cama de sonhos, e ao simples levantar da cabeça ver o mar emoldurado pela Costa Amalfitana é apenas o primeiro dos privilégios para quem desperta na Casa Angelina, um pequeno pedaço do paraíso encravado na costeira de Praiano. Os corredores perfumados pelos limoeiros do hotel conduzem até o “banquete da manhã” com tutti a mesa: queijos mil, iogurtes, sucos naturais, pães, todos os doces napolitanos, morangos silvestres da cor vermelho paixão e até champanhe Don Perignon. “The perfect start”, recomenda a gentilíssima maitre Giuseppinna. E os hóspedes demoram-se na mesa. Depois ganham o solário, a piscina e o elevador panorâmico em que descem o despenhadeiro até uma micropraia para provar das águas do Mediterrâneo. E quando a fome aperta, sobem para ouvir a prosa saborosa do chef Vicenzo Vanacore no restaurante Un Piano nel Cielo e com ele entrar nas nuvens estudando sua carta de vinhos com mais de 500 opções. O único problema na Casa Angelina é sair da toca. Do movimento


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ilha de Capri é saindo do porto de Sorrento. Quem for passar um dia deve partir cedo, no primeiro ferry-boat (8h). São menos de vinte minutos. Chegando à ilha, nem perca tempo. Feche logo o passeio Giro Isola (dura uma hora, existem dezenas de operadoras e o preço de € 20 é tabelado). Se for incluir a Grotta Azzurra, inclua mais outra hora e mais vinte euros. Quando regressar à marina, apanhe o teleférico e suba ao centro de Capri. Perca-se pelas vielas de lojas ultra-hiperchiques, mas não deixe de conhecer a famosa Piazetta, com a cúpula barroca de Santo Stefano; a perfumaria Carthusia, o perfume exclusivo de Capri; e de dar um passeio pelo Jardim Krupp, todo florido, com uma das mais belas vistas do I Faraglioni, os rochedos mais impressionantes ao largo de Capri, são três grandes rochas emergindo 109m do oceano. Se quiser subir mais alto, tome um ônibus até Anacapri e visite a igreja de San Michele. Ainda mais alto? Apanhe a cadeira teleférica rumo ao topo da ilha, o monte Solaro (589m), para 360 graus de horizonte azul.

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Para pintar Positano e tomar zuppa de frutos-do-mar De todas as vilas da Costiera Amalfitana, a mais famosa é Positano. Cidade que segundo o dito popular é preciso de “boas pernas e carteira cheia para se visitar”. Cada metro quadrado da cidade vale ouro. Dela, John Steinbeck escreveu em 1953: “Fere profundamente. É um lugar de sonho que não é bem real quando se está lá e que se torna atrativamente real depois de termos ido embora”. Steinbeck não foi o primeiro a se apaixonar pela vista de Positano. As ilhas de pedra calcária chamadas Li Galli


são o lar das sereias, onde Homero descreveu a dura provação de Ulisses. Talvez por isso Positano atraia tantos pintores à praia para pintar a sua vila presépio, erguida nas escarpas, casa após casa, degrau por degrau, a descerem da estrada ao mar, por ruelas sem trânsito. Ruelas que levam por praças, cafés, pizzarias, varandas floridas e lojinhas que vendem cerâmicas e outros motivos coloridos, além da famosa moda praia positano. Alegre e sempre cheia de gente, Positano é um lugar gostoso para passar a tarde tomando sorvete, namorar, relaxar. E se quiser comer do melhor, vá ao Chez Black, onde o simpático dono Salvatore “Black” Russo destila veneno em seus 30 anos de praia, com a sua zuppa de frutos do mar de chorar e pedir por mais.

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Do século 9 ao 12, Amalfi foi uma das quatros marinas mais ricas e prósperas da Itália, rivalizando com os portos de Pisa, Gênova e Veneza. Mais de 70 mil pessoas moravam em Amalfi, que exibia luxo e riqueza sem iguais. Muita coisa dessa época soçobrou com o terremoto de 1343. Mas Amalfi (com seus 6 mil moradores) ainda é preciosa. Sua enorme Duomo di Sant’Andrea, do século 9, possui uma das mais belas fachadas do sul da Itália. Em volta de suas longas escadarias, fica a Piazza Duomo, cheia de fontes e cafés gostosos para se sentar. Em Amalfi não perca a chance de sair de barco e apreciar a costa de outro ângulo, admirando a beleza dos penhascos que serviram de ninho para as últimas férias de John Kennedy.

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Embarcando na marina de Amalfi


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Música nos céus de Ravello Ravello era no século 13 a cidade mais rica do sul da Itália, com 36 mil habitantes. Depois desse apogeu, caiu no anonimato, voltando à mídia pela batuta do maestro alemão Richard Wagner, em 1880. A partir daí caiu bem ao gosto da elite da boêmia mundial, recrutando moradores ilustres como DH Lawrence, Virginia Woolf e Gore Vidal. A cidade fica um pouco distante da Costiera Amalfitana, quatro quilômetros montanha acima, por outra estradinha sinuosa. Por conta disso, muita gente comete o pecado de visitar Ravello, mas não dormir na cidade, mais tranquila e acolhedora que as suas rivais praianas. Eu passaria fácil vários dias em Ravello, sentado na sua Piazza Del Duomo, hospedado no incrível Palazzo Sasso, provando das iguarias de Pino Lavarra, o chefe duas estrelas Michelin que toca o restaurante do hotel com a sua cozinha gourmet. Ficaria uma eternidade admirando a Villa Rufolo, a obra maior de Ravello, erguida no século 11, onde Wagner teria chorado ao encontrar o seu Jardim de Klingsor, que deu origem à tradição de concertos na cidade. Ravello é a cereja do bolo da Costiera Amalfitana e também a sua melhor vista. Em 2010, a cidade ganhou um auditório com a assinatura de Oscar Niemayer. Depois de morar dois anos em Ravello, o arquiteto, então aos 90 anos, pensava que essa seria


Serviço

Onde Ficar: Ravello – Palazzo Sasso, www.palazzosasso.com; Sorrento – Hotel Mediterrâneo, www.mediterraneosorrento.com; Praiano – Casa Angelina, www.casaangelina.com;

Quem Leva: SIT ITALIA; www.sit-italia.com; info@sit-italia.com; tel. (Brasil) (21) 3958-0159. A SIT ITALIA faz roteiros sob medida para a Costa Amalfitana e toda a Itália, especializados em arte, cultura, sabores, cenários, aconchego e hospitabilidade da atmosfera local, incluindo hotéis de charme, mansões privadas, reserva dos melhores restaurantes, aluguel de veículos, traslados e guias.

Onde Comer: Ravello – Sasso, tel. 089 818 181; Positano – Chez Black, tel. 089 875 036; Praiano – Un Piano nel Cielo, tel. 089 813 13 33

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Sugestão de roteiro: alugar um carro em Nápoles. 2 noites em Sorrento (1 dia em Capri), 2 noites em Praiano (Casa Angelina) e 2 noites em Ravello (Palazzo Sasso).

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a sua obra derradeira. E imaginou seu último olhar projetado por uma janela do auditório, mirando o mar azulado, onde dizem viver as sereias.


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Serra gelada Em Santa Catarina, descobrimos um Brasil diferente, onde o frio é de trincar os ossos e a beleza é de cair o queixo Por Willians Barros | Fotos Marcelo Curia

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Nossa! Uau! Com o perdão pelo lugar-comum, é um cartão-postal a cada curva, uma paisagem de cinema a cada metro percorrido. É curioso: na maior parte das vezes, costumamos pegar uma estrada para chegar a um destino turístico; neste caso, é ela, a estrada, a própria atração principal. Caminho de tropas cargueiras no passado, foram os muares, provavelmente, que escolheram os caminhos mais seguros para vencer a Serra Geral, entre o litoral e a serra catarinense, transportando no lombo produtos como charque, lãs, queijos, frutas, tecidos, remédios e até documentos. Hoje, com pista de concreto, a antiga trilha dos tropeiros é a passarela dos 183 cavalos de nosso Audi A3 2.0T. Foi com ele que, literalmente, chegamos às nuvens.

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Quanta emoção cabe ao longo de 12 quilômetros de um antigo caminho de mulas de carga? Se a resposta for dada por alguém que tenha acabado de vencer os 1460 metros de altitude do desfiladeiro que separa os municípios de Lauro Müller e Bom Jardim da Serra, será necessário abrir um capítulo à parte apenas para os adjetivos e as exclamações. Como uma serpente, o sinuoso traçado da SC-438 rasga a Serra do Rio do Rastro e, ziguezagueando, nos obriga a um festival de suspiros. Ohhhh!


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Depois de 284 curvas, o Mirante da Serra do Rio do Rastro oferece como recompensa um dos mais belos e vertiginosos panoramas do continente. Em dias límpidos, é possível até avistar o litoral, distante quase 100 quilômetros. É à noite, no entanto, que a vista é mais espetacular. Ao contemplar o traçado iluminado da rodovia serra acima, a sensação é a de que estamos vendo um vulcão sulcado por um estilete, como se a lava incandescente estivesse prestes a jorrar pelas fissuras ao longo das montanhas. À propósito, a iluminação do trecho íngreme da estrada utiliza energia dos ventos, produzida pela usina de um parque eólico que está se consolidando na região. Percebeu onde queremos chegar? Vento, altitude, frio... Não subestime a brisa que sopra naquele cume. Com as temperaturas próximas de zero grau, comuns ali no inverno, a sensação térmica é estupidamente gelada. Em compensação, nas primeiras horas da manhã um caloroso comitê de boas-vindas formado por algumas famílias de simpáticos quatis surgirá do meio da mata para recepcionar os visitantes. Apesar de inofensivos, os bichinhos são bastante atrevidos e, não raro, costumam entrar em carros estacionados com as janelas abertas.


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veio morar aqui. “Nossa intenção é preservar a região e não deixar que nenhuma forma de poluição aconteça”, diz ele, ressaltando que a preocupação com o meio ambiente é uma das marcas registradas do empreendimento. O amor que Cascaes devota à natureza e aos detalhes do resort é visível por toda parte. Os chalés, por exemplo, possuem todas as comodidades de um hotel de luxo, mas sem ostentações. O toque rústico das

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Nosso quartel-general está a poucos metros, do lado oposto da rodovia. Ao cruzarmos a porteira do Rio do Rastro Eco Resort, mais exclamações. O cenário é inspirador. Chalézinhos dispostos ao redor de um lago, araucárias, plátanos, a fumaça saindo pelas chaminés, o cheiro da lenha, o perfume da mata... Ah! Não foi à toa que o proprietário, Ivan Cascaes, engenheiro de formação, largou a vida corrida que levava em Florianópolis e


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construções e da decoração conferem uma perfeita combinação entre requinte e simplicidade. O resultado é tanto aconchego que chegamos mesmo a ficar com preguiça de sair “de casa” para aproveitar tudo a que temos direito. Mesmo com toda a atmosfera romântica e o apelo ao dolce far niente, é impossível resisitir ao menu de aventuras sugerido pela casa. A quantidade de trilhas para caminhadas é considerável, uma mais bonita que a outra. A do Puma Solitário, por exemplo, percorre mata de araucária com xaxins centenários, e seu ponto alto é a belíssima Cascata do Gritador. Pode-se, também, desbravar a região sobre o lombo de um garboso cavalo crioulo. Uma cavalgada pelo campo aberto até o Cânion da Ronda tem seu clímax à beira de um precipício de 1485 metros, em um passeio de duas horas. Já na cavalgada pelo campo em noite de lua cheia chega-se ao capão dos Tropeiros, antigo ponto de pouso das tropas. É uma excelente oportunidade para se vivenciar essa antiga prática. Melhor ainda é a “sestiada”, pausa para saborear a farofa de charque, a cachaça de “burrachão” e o chimarrão, à volta de uma fogueira, ouvindo boa música. Quer algo menos “cansativo”? Que tal curtir um passeio pelos lagos do hotel dentro de uma canoa canadense? Ou pescar trutas? Quantos dilemas!

A cozinha do Rio do Rastro Eco Resort é outra atração. No salão, duas vistosas lareiras se encarregam de manter a temperatura em patamares confortáveis. Dos fogões, comandados pelo chef paulista Mário Guimarães, saem criações que privilegiam os sabores da terra, utilizando, sempre que possível, ingredientes típicos da região. Esta dupla de — pobres! — repórteres terminou servindo de cobaia para uma das novas estrelas do cardápio. Nossa missão era provar o inédito filé de truta em azeite de pinhão sobre um salteado de lentilhas com lascas de maçãs. Oh, vida! Para completar nosso “martírio”, o jantar foi harmonizado com um excepcional Villa Francioni Rosé 2009, elaborado a poucos quilômetros dali, na Villa Francioni, imponente vinícola na vizinha cidade de São Joaquim. Quem visita São Joaquim pela primeira vez e conhece apenas sua fama de “capital do frio” talvez experimente alguma frustração. Exceto pela maçã gigante e pelo enorme boneco “de neve” colocados no portal de entrada, a cidade não apresenta aquele glamour invernal das gaúchas Gramado e Canela, ou de Campos de Jordão, no interior de São Paulo. Em compensação, a poucos minutos da área urbana, o município abriga um dos mais fantásticos projetos vinícolas do país, com instalações de fazer inveja até mesmo aos centenários produtores europeus.


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Construída com 600 mil tijolos de demolição, a suntuosa sede da Villa Francioni, de 4500m2, guarda algumas preciosidades, como o lustre que pertenceu à família real portuguesa, as luminárias marroquinas e os vitrais trazidos do Uruguai. Uma de suas características funcionais mais importantes, no entanto, é o fluxo gravitacional. A vinícola foi construída em seis níveis, para que nas diversas etapas da elaboração do vinho fosse possível diminuir as transferências mecânicas. Assim, os níveis 5 e 4 da Villa Francioni são utilizados para a fermentação do vinho, que é levado para os andares inferiores por meio da força da gravidade em tubulações de aço inoxidável. O processo de engarrafamento é todo automático, sem contato humano, e o vinho é armazenado em barris de carvalho francês. Bem diferente dos vinhedos, em que a colheita é totalmente manual. Ali, cada videira recebe tratamento vip até a hora de ser colhida. O que


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A meio caminho entre São Joaquim e Bom Jardim da Serra, encontra-se a pequena Urubici. Por vezes lembrada como a Terra das Hortaliças — o município é o maior produtor hortifrutícola de

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Depois de uma didática visita guiada, e de conhecer todos os caminhos percorridos pelas uvas até sua transformação na preciosa bebida, é chegado o sagrado momento de provar os néctares da casa. No amplo salão de degustação, com vista panorâmica para os vinhedos e as araucárias, será possível descobrir os motivos que levaram a Associação Brasileira de Sommeliers, de São Paulo, a eleger a Villa Francioni como a vinícola do ano em 2006. É a rara oportunidade, também, de conhecer o Villa Francioni Licoroso Botrytis Sauvignon Blanc 2005, um vinho de sobremesa doce licoroso, feito com uvas botritizadas, isto é, contaminadas com o fungo Botrytis cinerea. Trata-se do único da espécie elaborado no Brasil e, para seu governo, no momento de nossa visita, restavam à venda apenas 350 garrafas, das 485 da safra.

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mais chama a atenção na área de cultivo — cerca de 24 hectares no entorno do prédio principal — é a cobertura do parreiral com uma espécie de tela branca, para proteger a plantação das geadas e das nevascas, rotineiras no inverno da região.


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Santa Catarina —, o que faz a fama do lugar, na verdade, são seus registros meteorológicos. Situada no ponto mais elevado de Santa Catarina, está em seu território o Morro da Igreja, ponto mais alto habitado do sul do Brasil. No cume de seus 1828 metros, foi registrada, em 1996, a temperatura mais baixa de todos os tempos em nosso país: exatos 17,8ºC negativos que, com o vento, provocou uma sensação térmica de espantosos 40ºC abaixo de zero. Este verdadeiro freezer a céu aberto abriga uma base militar da Força Aérea Brasileira e as antenas do Cindacta, que faz o controle do tráfego aéreo no sul do Brasil. “Mas o que foi que eu vim fazer aqui na Sibéria?”, você perguntará a si mesmo na hora em que estiver batendo o queixo e lembrando dos lençóis térmicos lá do seu chalé. Você veio ver de perto a Pedra Furada, uma monumental escultura natural lapidada nas rochas, com uma abertura de, aproximadamente, 30 metros de circunferência. Coisa de louco. Bem próximo dali, seguindo por um caminho de cascalhos, está a incrível Serra do Corvo Branco. Em seu ponto mais alto, a estrada cruza dois paredões de 90 metros — dizem que é o maior corte vertical feito em rocha no Brasil. Na sequência, cinco quilômetros de descidas íngremes e a visão majestosa dos picos, que mais se parecem com dentes de tubarão apontados para o céu. De volta à estrada “normal”, chamam a atenção as placas de trânsito alertando os motoristas para “gelo na pista”. Certo

é que, neste rincão polar de nosso “patropi”, em certos dias do inverno os refrigeradores domésticos têm mais serventia como estufa, já que do lado de fora deles o frio é tão severo que não é raro a água congelar dentro das tubulações das torneiras. Deixamos a Serra Catarinense com destino a São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul. Aos poucos, macieiras e araucárias dão lugar a grandiosos cenários descampados, interrompidos vez ou outra por alguma plantação de pinus. As pradarias sem fim dissolvem-se no horizonte. Um precaríssimo pontilhão de madeira sobre o rio das Contas avisa que, ali, termina Santa Catarina — do outro lado já é território gaúcho. O frio seguirá conosco, juntamente com a lembrança de uma viagem fantástica, em que tudo, absolutamente tudo, é maravilhosamente belo. Lindo de morrer!


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Villa Francioni Rodovia SC 438, km 70 São Joaquim – SC Telefone: (49) 3233-1918 www.villafrancioni.com.br De domingo a domingo, das 8h às 17h. Visitas guiadas à vinícola, com passagem em todos os estágios de elaboração dos vinhos, concluindo com sessão de degustação. Horários: 10h, 13h30 e 15h30.

Rio do Rastro Eco Resort Rodovia SC 438, km 130 Bom Jardim da Serra – SC Telefones: (48) 9931 6100 e 9985 3253 (49) 9112 0073 e 9112 0074 www.riodorastro.com.br Chalé do Lago — Garagem, sacada com rede de descanso, dois quartos, cama king size, lençóis térmicos, aquecedor de ambiente, frigobar, TV de 20 polegadas (com Sky e DVD). Alta temporada (julho a 15/8) – Diária: R$ 698 (duas pessoas) – Mínimo de duas diárias. Inclui: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Chalé da Mata — Garagem, sacada com rede de descanso, dois quartos, cama king size, lençóis térmicos, aquecedor de ambiente, frigobar, TV de 20 polegadas (com Sky e DVD) e banheira Jacuzzi de hidromassagem. Alta temporada (julho a 15/8) – Diária: R$ 890 (duas pessoas) – Mínimo de duas diárias. Inclui: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Serviços: restaurante, boutique, sala de eventos, sala de ginástica, sala de massagem, bar com vista panorâmica, piscina térmica, saunas seca e a vapor, hidromassagem ao ar livre, Galpão Crioulo, passeios motorizados, cavalgadas, pesca esportiva de trutas, trilhas.

Mensageiro da Montanha Café Rodovia SC 438 – Mirante da Serra do Rio do Rastro Bom Jardim da Serra – SC Telefone: (49) 9165-2855 www.mensageirodamontanhacafe.com.br Em ambiente climatizado, de frente para o Mirante, é umas das melhores cafeterias de todo o estado. Serve também tortas e salgados. Diariamente, das 9h às 20h.

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Associação Bonjardinense de Artesãos Rodovia SC 438 – Mirante da Serra do Rio do Rastro Bom Jardim da Serra – SC Telefone: (49) 3232-0210 Feira permanente de artesanato, lembranças e produtos regionais. Mantas, cachecóis, gorros, luvas e meias em tricô, crochê e bordados. Licores, geleias e doces caseiros. Todos os produtos são feitos por pessoas da região. Diariamente, das 9h às 20h.




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