razão
#1 09 2007
emoção prazer
devaneio
ROBERTO LINSKER
Bem-vindo Ă Eurobike magazine. Uma revista que vai levar vocĂŞ por caminhos inesperados. E inspirados.
ROBERTO LINSKER
Do topo das montanhas à profundidade de uma garrafa de vinho
de boas cepas e magnífica safra.
Você, aqui.
ROBERTO LINSKER
Venha conosco agora. As nossas pรกginas farรฃo parte
da sua histรณria.
expediente Eurobike magazine é uma publicação do Grupo Eurobike de concessionárias BMW, Land Rover, Porsche e Volvo. Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600 CEP.: 14095-000 Ribeirão Preto, SP Tel.: (16) 3965-7000 www.eurobike.com.br Projeto editorial: Ana Augusta Rocha Projeto gráfico: Eduardo Rocha Coordenação: Heloisa C. M. Vasconcellos Comercial: Mário Carneiro Tiragem desta edição: 5 mil exemplares Impressão: Gráfica Bandeirantes Distribuição: Eurobike Proibida a reprodução, total ou parcial, de textos e fotografias, sem autorização da Eurobike. As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
colaboradores
Ana Augusta Rocha, Andreas Heiniger, Edu Simões, Fifi Tong, Ingo Hoffmann, Percy Faro, Roberto Linsker e Victor Rebouças
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carta do editor
Caro leitor, Estamos inaugurando uma nova concessionária na cidade de São Paulo. Mais: estamos lançando a Eurobike magazine. Diria, estamos redigindo as páginas de uma nova história. São movimentos que nos levam para mais perto da nossa comunidade de amigos, clientes, fornecedores, parceiros e apaixonados pelos nossos produtos. Mais próximos de você. Esta revista que chega agora às suas mãos pensou em trazer a nossa visão de mundo de uma forma abrangente, não apenas a que está em um maravilhoso volante. Esta revista, você verá, é de encher os olhos. Mas a vida é mesmo feita de inúmeros prazeres e alegria, basta saber olhar com olhos de quem procura. Estamos falando de razão, de emoção, de prazer e de devaneio. Boa leitura. Passeie por nossas páginas e sinta-se à vontade para enviar seus comentários e sugestões. Um grande abraço, Henry Visconde Diretor Presidente magazine@eurobike.com.br
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#1 09 2007
10. razão 12. Fabio Albuquerque.
A sustentável leveza de um ser!
22. Eurobike Ribeirão
Preto: O novo showroom
8 . Eurobike magazine
24. emoção 26. O BMW M6 encontra Ingo Hoffmann
34. Ingo Hoffmann 36. Perfil técnico M6
38. prazer 40. Slow Food: Devagar é mais gostoso
50. devaneio 52. Itatiaia 62. Áudio personalizado
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EDU SIMĂ•ES
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razão
Querer qualidade de vida, qualidade para todas as vidas. Mais responsabilidade – e que seja cheia de prazer. Mais ética – e que seja plena de estética. Enfim, querer mais da vida. Para nós, isso é ter razão.
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Fabio Albuquerque. A sustentável leveza de um ser! POR VICTOR REBOUÇAS | FOTOS EDU SIMÕES
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EDU SIMĂ•ES / Cadernos de Literatura Brasileira / Acervo Instituto Moreira Salles
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O comportamento humano pode nos surpreender por uma atitude carregada de emoção, ou por outra com total falta de razão. Mas isso não importa, pois o que valeu de verdade na entrevista realizada com o empresário Fabio Albuquerque, engenheiro, ambientalista, visionário e fundador da Ecolog, uma empresa que faz manejo florestal e produz madeiras certificadas na Amazônia, foi descobrir como pode ser harmoniosa e frutífera a convivência entre emoção e razão na existência de um homem. Nosso encontro para o bate-papo veio coroado com a aura do dia 5 de junho, “Dia Mundial do Meio Ambiente”, o que, em outras palavras, serviu como sinal positivo e reforço para cuidar da missão que nos fora entregue. Falar sobre a extração de madeira na floresta amazônica e a criação de um mercado certificado, ainda que sob todos os rigores éticos disponíveis, não elimina um certo mal-estar entre quem pergunta e quem responde. Mas desta vez o tiro saiu pela culatra, e foi exatamente o entrevistado quem deu o tom romântico ao encontro, oferecendo, com extrema lucidez, sua visão privilegiada de ambientalista e falando de suas ações como protetor dos recursos naturais e da vida. Sustentabilidade De saída, quando mencionada a palavra sustentabilidade, Fabio Albuquerque demonstrou um certo desconforto por seu uso ter perdido força, ainda muito cedo; afinal, afirmou, todo mundo fala, usa e escreve sobre isso, sendo que pouquíssimas pessoas, de fato, sabem exatamente do que se trata e quais são os pré-requisitos básicos para a sua viabilização. “Isso virou um chavão, atrás do qual se escondem inúmeras ações degradantes contra o meio ambiente, e seria importantíssimo que as pessoas exigissem entender o que de verdade inspira cada atitude do homem diante do seu meio, e quais os impactos reais que tais ações produzem sobre a natureza.” Talvez tenha sido este início de conversa a síntese de tudo o que este irrequieto e persistente personagem, que se diz engenheiro de formação e ambientalista de vocação, tentou imprimir em suas reflexões e falas, pois foi enfático em definir “sustentabilidade” quando vislumbrou um mundo onde cada cidadão
pudesse utilizar os limitados recursos naturais com equilíbrio, ética e respeito ao conjunto dos seres vivos, sem exceção. Afinal, afirmou que todos nós temos o mesmo direito, e ninguém deve ser privilegiado.
zia ser tão bom, não vacilou ao alugar sua casa e mudar-se por dois anos para o local. Razão esta que lhe garantiu a venda e determinou o conceito de colocar-se por inteiro nas experiências de mercado.
Sem dúvida percebemos estar diante de um cidadão com forte personalidade, daqueles que preferem um difícil caminho novo a ter de trilhar por lugares conhecidos e discutivelmente seguros, tanto que mantém seu equilíbrio e sua razão, o tempo todo, para assim poder executar as manobras de curso com destreza e perfeição.
Após alguns anos, construindo e lançando empreendimentos de alto padrão, deu-se conta de que, apesar do grande sucesso e das garantias que o futuro lhe acenava, não seria aquele o destino de sua vida, pois não se reconhecia um homem de negócios padronizado. E, sob o olhar atônito da família, redirecionou seu vôo para o mais próximo de seus sonhos, no qual a tal da sustentabilidade desejada poderia ser finalmente construída.
E, por falar nisso, no uso do vasto arsenal técnico de que dispõe, absolutamente tudo o que está à sua volta tende à perfeição e ao belo. Pudemos constatar isso ao vivo na visita que lhe fizemos em um de seus empreendimentos, chamado Alphavillage, próximo à capital paulistana. Mas, curiosamente, este mesmo cidadão balança quando a referência é ao filho de sete anos, que vive na cidade do Rio de Janeiro, e que, aos poucos, durante a entrevista, foi se transformando na verdadeira fonte de inspiração e força de toda esta empreitada afetiva rumo ao planeta dos sonhos. Questionado sobre alguma influência externa, Fabio expressou o nome do eterno líder do povo indiano Mahatma Gandhi, que militou politicamente no começo do século passado e enfrentou seus opositores sem jamais utilizar a violência. E foi nessa atmosfera que viajamos na linha do seu tempo, para poder localizar um pouco melhor as razões que constituem e organizam o caminho de um homem que certamente trabalha para fazer a sua parte na inclusão do capitalismo em uma rota mais ética e humanizada. Filho de uma próspera família de empreendedores ligada ao mercado da construção e urbanização, fez seu próprio ensaio como engenheiro e, com pouco mais de 20 anos, obteve o que se chama de sucesso ao projetar e lançar, nos anos 1980, um dos primeiros condomínios de casas prontas, o Up Town, no coração dos residenciais Alphaville, em Barueri, São Paulo. Lembra sobre esse fato que, ao ser indagado por um potencial cliente por que não morava ele próprio em seu empreendimento, que di-
Manejar significa proteger uma floresta, garantindo sua longevidade, além de uma produção farta e contínua.
Neste vôo nasceu o conceito da Ecolog, empresa jovem, de última geração, que ele dirige pessoalmente – o meio ambiente, mais precisamente a floresta, é sua principal fonte dos recursos, neste caso recursos renováveis, pois existe total compromisso com as técnicas do manejo sustentável: ao mesmo tempo em que retira partes mínimas de seus valores, confere à floresta garantias de revitalização, o que acaba por provocar maior seqüestro de carbono da atmosfera e produz qualidade de vida para todos os envolvidos, direta e indiretamente. Para isso ele voltou para a Amazônia, que havia freqüentado com a família quando menino, a fim de redescobrir o lugar, e foi obrigado a suportar um grande golpe ao encontrar a região completamente degradada e saqueada de seus valores naturais. E foi essa a razão que lhe deu ainda mais força para enfrentar o desafio, até encontrar uma área de 30 mil hectares, no estado de Rondônia, e assim exercitar suas iniciativas preservacionistas. Orientado por um grande amigo, simplesmente seguiu seus conselhos: a melhor proteção das terras contra invasões seria exatamente dar-lhe um sentido socioambiental e começar sua legalização e certificação para o manejo sustentável. Hoje, a gestão desse grande pedaço de floresta segue exatamente as regras oficiais do manejo sustentável — a área total foi dividida em 25 partes, chamadas de talhões, e gerou emprego para os moradores locais. Cada talhão é manejado separadamente, durante um ano, de onde é extraído apenas um por cento das espécies mais comerciais e mais intensas na área. Sendo assim, apenas depois de 25 anos é que aquele talhão poderá ser novamente manejado, tendo tempo suficiente para se renovar, produzir novas plantas e desse modo aumentar o tempo de vida da floresta, Eurobike magazine . 15
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A madeira certificada agrega ao ambiente beleza, natureza e consciência.
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sem contar o aumento do seqüestro de carbono que produz na atmosfera, reforçou Fabio Albuquerque. Com toda a elegância e a docilidade que lhes são peculiares, Fabio aponta para o imenso risco que correm as florestas sem manejo, pois é exatamente nesse contexto, afirma, que ocorrem os desmatamentos clandestinos, as queimadas e a transformação da riquíssima matéria viva em pastos para a pecuária, um dos maiores problemas de toda a Amazônia. Hoje a Ecolog é uma das raras empresas de extração de recursos naturais tecnicamente capacitada e totalmente certificada na Amazônia, sendo fiscalizada pelas maiores e mais importantes certificadoras nacionais e internacionais, as quais, algumas vezes por ano, promovem auditorias completas para manter a empresa dentro das conformidades legais e ambientais. Exigência pessoal do nosso entrevistado.
Ao falarmos sobre o seqüestro de carbono, quando questionado sobre o que suas ações na floresta poderiam garantir ao seu filho, Fabio foi taxativo ao afirmar que as próximas gerações terão o débito de carbono absolutamente quitado: “Pelos milhares de mudas plantadas e pelas áreas recuperadas aqui no Alphavillage, pelo manejo e pelo que está sendo preservado no projeto da Ecolog, dezenas de gerações futuras à do meu filho estarão com suas contabilidades sobre seus débitos de carbono absolutamente ok!” Sempre preocupado com a eficiência do conjunto de ações da Ecolog, e com o firme propósito de participar efetivamente da cons-trução de um mercado positivo para produtos florestais certificados, foi desenvolvido pela empresa um sistema construtivo diferenciado e moldado para cada necessidade de
cons-trução. Sendo assim, e defendendo a visão de que a madeira de origem controlada pode favorecer o processo de forma limpa, subs-tituindo com largas vantagens as pesadíssimas vigas de aço, pedra, areia e cimento, como também o alumínio, causador de tantos impactos ambientais, a empresa passou a oferecer um software capaz de gerenciar um projeto construtivo inteiro, e desse modo oferecer a melhor maneira de realizá-lo, produ-zindo as dimensões exatas de cada ambiente, suas peças, seus encaixes, evitando qualquer desperdício, em seus mínimos detalhes. Pudemos comprovar tudo isso dito por ele no instante da entrevista ao visitarmos uma seqüência razoavelmente grande de projetos arquitetônicos e ambientes executados no Alphavillage, sob o regime do Sistema Cons-trutivo Ecolog. Tudo muito bonito, tendendo à perfeição construtiva e, o principal, gen-
erosamente confortáveis. Hoje, pela baixa demanda de madeira certificada no Brasil, a produção da Ecolog vem sendo mantida em ritmo suave, exportando 70% de sua produção para a Europa e a Ásia, mantendo os 30% restantes para atender à demanda ainda eventual aqui no país. Aliás, uma de suas maiores determinações é a de que boa parte desse patrimônio genuíno da natureza brasileira deva enriquecer e modernizar o nosso país e, portanto, permanecer aqui. Por isso a pressa em agilizar o desenvolvimento desse mercado ainda emergente. Para nós, responsáveis pela entrevista, o ponto notável desse encontro foi ter conhe- cido um empresário relativamente jovem, na faixa dos 50 anos, que tem preocupações verdadeiras sobre suas responsabilidades socioambientais, e assume se dar o direito de deixar em um outro plano as relações do lucro financeiro. É isso o que o diferencia, pois
O Sistema Construtivo Ecolog surge como uma extensão desse respeito ao meio ambiente.
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Assim como na floresta, a mistura de madeiras pode criar espaços muito equilibrados. 18 . Eurobike magazine
delicadamente vai trabalhando na direção de contribuir, também, para um sistema capitalista mais nobre, generoso e inclusivo. Mas engana-se quem imaginar que estivemos entrevistando um ser distraído ou livre o suficiente para deixar tudo solto – nada disso. Fabio afirma frontalmente que, para que qualquer negócio seja sustentável, devem ser respeitados o meio ambiente, o social, com todos os atores envolvidos na operação, e que haja um bom retorno financeiro em cada fase de operação. E mais uma vez provou que a razão pode ser a melhor forma de realizar o que a emoção inventa quando garantiu que aquele investimento inicial nas terras de Rondônia, mais o valor agregado dessa gestão ambiental realizada pela Ecolog nestes sete anos, fez o seu patrimônio valorizar em quatrocentos por cento. O que, para quem entende de negócios, está “pra lá” de sustentável.
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A nova Eurobike em Ribeirão Preto A Eurobike traz para o Brasil, em primeira mão, novas tendências arquitetônicas da matriz BMW para 2008.
FOTOS MAURÍCIO FROLDI
POR HELOISA VASCONCELLOS
“O projeto deveria contemplar todas as necessidades de um fabricante que detém uma forte imagem corporativa, concretizada em um edifício moderno, bonito, ecologicamente correto, e que funcionasse com grande apelo de marketing, nas funções de uma concessionária de autos”, define o engenheiro Abranche Fuad, responsável pelo projeto arquitetônico da nova concessionária Eurobike BMW de Ribeirão Preto. “Um projeto arrojado, mas que, por si só, não concorresse com a exposição dos veículos.” Quase como uma exposição de obras de arte. Quatro mil metros quadrados construídos em apenas seis meses, e imediatamente tornou-se a concessionária brasileira mais admirada de que se tem notícia. Referência, inclusive, para os padrões alemães, pois segue as novas diretrizes arquitetônicas da matriz.
Ingo Hoffmann e o BMW M6
Vistas externa e interna do showroom 22 . Eurobike magazine
Sofisticada por suas linhas simples, onde as cores claras predominam, rodeada pela transparência dos vidros que permitem visibilidade total dos veículos, abriga o showroom e a oficina no piso térreo, garagem e almoxarifado no subsolo. As rampas, de entrada na parte frontal e de saída na lateral, foram projetadas para dar ao cliente a sensação de entrar com um carro velho e sair com um BMW novinho. O funcionamento do edifício leva em conta, acima de tudo, o aproveitamento das condições naturais do terreno, que foram exploradas com relação à posição do sol, de forma a aproveitar a luz natural, e adotando sistemas de cobertura capazes de captar a água das chuvas e armazená-las para os mais diversos usos: irrigação do jardim e lavagem do piso, por exemplo. A água descartada pelo ar-condicionado é reaproveitada no abasteci-mento dos radiadores dos veículos. Piso e teto têm projetos exclusivos e integrados: um sistema de ventilação permanente e que abrange todo o edifício, favorecido pelo concreto furado utilizado no piso, diminui a necessidade de ar-condicionado. A iluminação é complementada pelo sistema de vapor de sódio metálico, que consome menos energia. Sem dúvida, uma concessionária de padrão internacional, para clientes padrão BMW. Eurobike Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600 CEP.: 14021-630 Ribeirão Preto, SP Tel.: (16) 3965-7000 www.eurobike.com.br Oficinas e setor de acessórios Eurobike magazine . 23
ANDREAS HEINIGER
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O coração batendo a mais de 100 – km/h.
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Eu, piloto. Encontro: um BMW M6, Ingo Hoffmann e o fotógrafo Andreas Heiniger. POR ANA AUGUSTA ROCHA | FOTOS ANDREAS HEINIGER
“O ronco de um motor BMW é pura música. No caso do M6, que utiliza um motor V10 com tecnologia desenvolvida para Fórmula 1, as sensações extrapolam.” Ingo Hoffmann
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emoção “Pense: é um motor de F1 que vem para as ruas. É o carro de maior rotação no planeta: 7.850 rpm. Nenhum outro tem um limite tão alto de rotações.” Ingo Hoffmann
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“Esse é o M6. O M tem um significado muito importante: são automóveis produzidos pelo departamento MotorSport da BMW. E quando tem o M na frente, isso quer dizer que é um foguete.” Ingo Hoffmann
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emoção “A linha M é composta pelo M3, o M5 e o M6 – são os esportivos. Carros de alta performance. O M6 é o top de linha, é o Everest dos esportivos. Você alcança com ele 270 km/hora. Isso porque ele vem com um limitador de velocidade de fábrica. Chegaria fácil aos 330 km/hora. Basicamente, é um carro que dá asas.” Ingo Hoffmann
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VANDERLEY SOARES
BMW M6 e Ingo Hoffmann. Asas para quem sabe voar. Ingo Hoffmann não virou piloto. Nasceu piloto, com a atração pela velocidade correndo nas veias. Nestas páginas, um pouco da história desse profissional e sua paixão pela BMW. Com a palavra, Ingo. O piloto Ingo Hoffmann POR INGO HOFFMANN | FOTOS ANDREAS HEINIGER
Na minha família nunca houve um culto à velocidade, uma paixão por pilotar. Isso nasceu comigo, sei lá como, não é de DNA, mas logo cedo corria pelas minhas veias essa vontade de correr e correr. Quando adolescente, fui ao Autódromo de Interlagos uma vez, com um tio, ver uns treinos. Cheguei, ainda me localizando onde estava, e imediatamente entendi algo: ali era o meu lugar. Eu pertencia àquele mundo. Mas naquele momento, por mais que eu pedisse, meus pais não me deixaram correr de kart, então precisei completar meus 18 anos e tirar a carta comportadamente. De imediato me voltei para as pistas com o meu fuscão 1500, um top de linha. Na época já trabalhava com meu pai e pude me dar aquele presente: meu primeiro carro de corrida. Comecei a competir. As provas com os fuscões chamavam-se “Festival do Ronco”, imagine. Como não havia etapas de classificação, mas, em compensação, não faltavam candidatos, a ordem da largada era definida por sorteio. Na primeira corrida, fui parar no 44º lugar, mas cheguei entre os primeiros. Estava claro para mim: meu negócio era a velocidade. Na sexta corrida dessa temporada, o motor do fusca fundiu, tive de parar por um tempo e ainda fiquei a pé. Mas, logo no ano seguinte, já reconhecido como um talento promissor, consegui um patrocínio. Naquele ano fui campeão da Divisão 3. Em 1974 fui novamente campeão da mesma categoria. E na virada de 1975 fui correr no campeonato inglês de Fórmula 3, trilhando o caminho natural para a Fórmula 1. Naquele mesmo ano os irmãos Fittipaldi me convidavam para fazer parte da sua escuderia. Em 1976, apenas quatro anos depois de ter colocado meu fuscão em Interlagos, já era piloto de Fórmula 1. Na minha quinta temporada e já estava lá, no topo dos circuitos competitivos do automobilismo. Minha presença na Fórmula 1 foi bastante limitada pela escuderia, pelos problemas técnicos que enfrentávamos com os carros. Então o que eu vivi foram dois anos de correr
pouco e se chatear muito, até que em 1978 resolvi voltar para o Brasil. No ano seguinte, 1979, foi criada aqui a categoria Stock-Car, onde estou até hoje, participando de todos os campeonatos desde então, há 18 anos, e onde fui campeão por 12 vezes. Se você parar e pensar, garotos que estavam nascendo quando eu comecei na Stock-Car hoje disputam espaço comigo. Filhos de grandes pilotos como Chico Serra, Paulo Gomes e outros, na minha cola, e eu na cola deles. Eu ando junto com essa moçada, malho todo dia em academia, trabalho a minha resistência física, e quando eu sentir que já não tenho tanto pique, este será o momento de parar. Ninguém nunca me verá entrando numa pista a não ser para ser competitivo, esta é minha cobrança diária. Cada dia uma nova meta para ser superada. No rastro dessa fissura, dessa competição comigo mesmo, entrei para disputar em 2003 o Rallye dos Sertões. Foi sangue novo correndo nas minhas veias, a necessidade de me adaptar, desenvolver uma nova técnica completamente diferente das pistas. Porque a estrada de terra, ou mesmo não ter uma estrada, a navegação, a natureza à volta… era tudo completamente diferente dos meus referenciais de décadas. O desafio desses novos caminhos trouxe uma renovada na minha vida em geral, pulsação, batimento cardíaco. Por isso estou sempre buscando novidades. Disputar off-road é minha paixão mais recente. Em 2004 obtive minha melhor colocação nessa prova, o 2º lugar. Corro para estar na frente, minhas cobranças pessoais não me permitem menos. Por isso acredito que, quando ganhar já não for tão importante para mim, esta será a hora de parar. Quando isso será? O tempo dirá. Eu vivo o presente e, neste exato momento, eu quero ganhar, quero o 1º lugar. Quero o prazer de dirigir e a conseqüente vitória, a boa colocação. O resto é o amanhã, e no amanhã só vou pensar amanhã, ok?
Eu acho que é por isso, por esse espírito de estar sempre competindo comigo mesmo, é que me identifico tanto com os BMW. Uma categoria de carros à parte que leva seu slogan, “prazer de dirigir”, às últimas conseqüências. Nos laboratórios onde são criados, na linha de montagem onde são acabados, a lei é sempre a mesma: prazer de dirigir. Cada dia mais e melhor. Minha ligação com a marca sempre foi muito forte, tanto que em 1998 fui convidado para ser o diretor técnico do BMW Driver Trainning no Brasil, um programa hoje presente em 15 países do mundo. O conceito desse treinamento é deixar as pessoas mais aptas a desfrutar das tecnologias e da performance de um automóvel, mesmo que não sejam proprietárias de um BMW. Aliás, apenas 30% de nossos participantes têm carros da marca, mas com certeza 100% das pessoas que passam pela experiência gostariam de ter um. A vivência acaba sensibilizando as pessoas para os detalhes. Quando digo “sensibilizar” quero dizer esse processo de aguçar os sentidos que alguns automóveis hoje propiciam. Uma sensorialidade desenvolvida é fundamental para se tornar um bom piloto. Os carros, hoje em dia, com muita tecnologia embarcada, muitas possibilidades de afinação, são como um instrumento esperando por um bom músico. Essa “boa música” compreende saber não somente dedilhar, mas escutar o carro. Hoje em dia ele fala com você. Você presta atenção? O piloto que desenvolve o hábito de conversar com o carro tem mais resultados e, conseqüentemente, mais prazer. E não somente a performance, mas é a segurança que encanta. Tudo nesse carro é pensado para proteger a vida de quem está dentro dele. Ele realmente materializa o prazer de dirigir. Um prazer que, sinceramente, para mim não dá para viver sem. Sou dependente: da velocidade e da performance.
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BMW M6 Pensado e produzido para justificar em sua essência o slogan mundial da BMW – o prazer de dirigir – o modelo extrapola limites quando o assunto é desempenho, segurança e conforto. POR PERCY FARO | FOTOS ANDREAS HEINIGER
As reações do BMW M6 enchem os olhos mesmo dos mais experientes. As considerações de Ingo Hoffmann deixam isso bem claro. Ao dirigir o modelo em percurso urbano, Ingo é enfático: “Vamos devagar, isso aqui é um foguete. Seu motor de 10 cilindros em V utiliza tecnologia desenvolvida na Fórmula 1, e nenhum outro automóvel fora das pistas tem um limite de rotação tão alto (7.850 rpm) como o do M6”. Em termos de potência, o modelo da BMW ganha até mesmo do carro que Ingo pilota na Stock-Car. Para Ingo Hoffmann também o prazer de dirigir e a segurança andam de mãos dadas no BMW M6. “O head-up display, que projeta no pára-brisa os dados do painel (velocidade, rpm e etc.), que somente o motorista enxerga e evita que ele tire os olhos da estrada, a excelente empunhadura do volante, cuja textura do couro é superagradável, e os bancos dianteiros que praticamente abraçam as costas dos ocupantes do carro, são detalhes que refletem o elevado padrão de qualidade presente em todos os projetos da BMW e que fez da marca alemã uma referência mundial.” A interatividade é outro ponto forte do M6: “Você conversa com ele, na verdade ele pede para ser ouvido”, diz Ingo. Luiz Estrozi, gerente de treinamento e supervisor técnico da
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teragir com o carro”. Por isso, não é exagero afirmar que é possível conversar com o M6, e que ele pede para ser ouvido.
Os ajustes dos bancos são eletrônicos e atendem positivamente o usuário, independentemente da sua estrutura física. Além dos seis airbags (frontais, laterais e de cabeça), outros itens somam-se à ergonomia do M6 para oferecer ao consumidor um carro completo. O sistema SMG – câmbio seqüencial mecânico – de 7 marchas permite ao usuário usufruir o conforto de um engate automático, ou seja, sem embreagem com pedal, extremamente suave e rápido – a troca de marcha se dá em apenas 12 ms (milissegundos). “Para efeito de comparação, o piscar do olho humano tem a duração de 38 a 42 milissegundos”, explica Luiz Estrozi.
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A tecnologia de última geração incorporada ao BMW M6 surpreende o usuário a cada instante. Por exemplo: somente com relação à potência são disponibilizadas três configurações. Assim, é possível ter em mãos um motor que rende 400 cv, 500 ou 507 cv – sem dúvida uma “cavalaria” que impõe uma dose extra de respeito, considerando-se que hoje em dia a potência de um Fórmula 1 gira em torno de 800 cv.
BMW do Brasil, lembra que o motorista interage com o carro pelo comando de voz. Entre outras funções, usando apenas a fala, o condutor aciona o ar-condicionado, os sistemas de entretenimento, como rádio, CD e TV, faz e recebe ligações por meio de fone bluetooth (comunicação sem fios).
Já o controle dinâmico de estabilidade – DSC – garante a utilização do elevado desempenho do carro e impede que isso possa influir negativamente na trajetória do veículo. Em outras palavras, o DSC gerencia os freios e a potência do motor. Se o motorista entrar errado numa curva, em alta velocidade, o carro faz os ajustes necessários automaticamente e controla a derrapagem sem a intervenção do motorista. É possível também programar um alerta sobre excesso de velocidade, volume do áudio para se ajustar de acordo com a velocidade e diferentes temperaturas do ar-condicionado para motorista, passageiro ao lado e ocupantes do banco traseiro.
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Um superesportivo ao extremo ou um comportado carro de passeio? Tanto faz, afinal quem define o perfil de uso do BMW M6 é o motorista. Tudo é possível neste automóvel. Até mesmo conversar com ele! Pensado e produzido para justificar em sua essência o slogan mundial da BMW – o prazer de dirigir – o modelo extrapola limites quando o assunto é desempenho, segurança e conforto.
Para produzir o carro completo, que reúne desempenho/esportividade e conforto/segurança, Ingo Hoffmann define, resumidamente, a filosofia da marca alemã: “Todo BMW é uma encomenda, detalhes de acabamento e cores internas podem ser mudados na linha de produção, cada unidade é uma peça exclusiva, sob medida para cada consumidor”. E o gerente de treinamento e supervisor técnico da BMW do Brasil complementa: “No total, são 12 configurações colocadas à disposição do usuário, parte delas específicas para inEurobike magazine . 37
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A celebração da vida em cada detalhe, a cada minuto. Estar presente, em cada detalhe, a cada minuto. Prestar atenção, olhar e reparar: a vida é boa. Saborear, devagar.
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Devagar é mais gostoso A Slow Food nasceu na Itália em 1989 e é o mais maravilhoso contraponto à Fast Food e à Fast Life. Registramos um encontro entre amigos na casa do chef Toninho Mariutti em que a pauta era ser Slow. Deliciosamente Slow. POR ANA AUGUSTA ROCHA | FOTOS FIFI TONG
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O chef Toninho Mariutti, a chocolateira Paula de Lima Azevedo e o consultor em enogastronomia Geraldo Mello Peixoto
Dez horas da manhã. O fogão a lenha já está aceso na cozinha da casa do chef e banqueteiro Toninho Mariutti. O professor de gastronomia Osley José lida com ingredientes comprados em uma feira de artigos sul-americanos que acontece todos os domingos no bairro do Pari, em São Paulo. Grãos de milho andino, jalapenhos bolivianos e outras pimentas que não temos por aqui. Não são somente as caçarolas de cobre que forram as paredes da cozinha que cintilam – os olhos de Toninho e Osley faíscam, animados. Teremos nesse encontro uma milenar receita inca à base de frango, pimentas e chocolate – adaptada ao gosto brasileiro pelos dois cozinheiros. A chocolateira Paula de Lima Azevedo cuidará das sobremesas e Gera Mello Peixoto, consultor em enogastronomia está encarregado de selecionar os vinhos. A reunião é uma celebração ao Slow Food, o movimento que vem resgatando mundo afora o ritual da boa mesa, a valorização das tradições e, acima de tudo, juntando pessoas
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nessa alquimia do “convivium”, uma herança romana da reunião de pessoas à volta do alimento como uma celebração à própria vida. “Adepto de Slow Food pilota o fogão. De preferência a lenha, com cozimento lento. Não sei mexer em microondas, cozinhar apertando botão, Deus me livre!”, brinca Toninho. “Fogão a lenha tem aquela coisa lúdica de chega a panela para a frente, volta com ela para trás, assopra as brasas… Nada como morar em uma casa que acorda com o aroma de comida e de fogão a lenha…”, conclui Toninho. Gera decide que o comentário merece um brinde e abre um espumante para dar início ao ritual que se estenderá pelas próximas quatro horas. “O espumante é indicado para abrir, pois não fere a sensibilidade gustativa. No Brasil temos o mau hábito de começar uma refeição com um destilado, para despertar o apetite. Só que os destilados, muito fortes, tiram a sensibilidade das papilas gustativas e o prazer de degustar fica prejudicado”, explica Gera. Um brinde para o Gera. E assim vamos, de brinde em brinde, levantando lembranças, festejando o estar ali, a conversa sem pressa de gente que não quer viver uma vida com pressa. O Slow Food que nos inspirou a estar ali é um movimento nascido na Itália e que, com o tempo, ganhou contornos políticos, pois abraçou a causa das pequenas produções, tipicamente regionais, e que a globalização colocou em perigo. “Nós acreditamos que todas as pessoas
têm um direito fundamental ao prazer e conseqüentemente a responsabilidade de proteger a herança da comida, a tradição e a cultura que fazem esse prazer possível. Nosso movimento foi fundado com o conceito da ecogastronomia – o reconhecimento sobre a profunda conexão que existe entre o prato e o planeta”, conclamam. O Slow Food baseia-se em comida boa, livre de químicas, e comida justa, na medida em que impulsiona a vida e a subsistência de pequenos produtores, em todos os países do mundo. “É uma comida que não se apega à estética, mas sim ao sabor. Como se exclamasse: – Me devora!”, explica Osley. “Hoje em dia os pratos têm em suas receitas tanta informação, tanto rebuscamento, que ninguém sabe ao certo o que está comendo”, completa o professor. Logo iremos para a mesa: somos dez convidados e deixamos lá fora, na rua, a escravidão ao tempo e ao refrão de que tudo passa muito rápido. Queremos ser lentos. Assim, inúmeras histórias irão temperar cada prato. Toalha branca, profusão de dálias coloridas arrumadas em jarras de louça, talheres de prata, copos de cristal. “As dálias são um contraponto nostálgico, têm cara de antigamente e provavelmente seriam rejeitadas por estarem fora de moda”, explica Toninho. “Eu as acho lindas,
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“Adepto de Slow Food pilota o fogão. De preferência a lenha, com cozimento lento.” Toninho Mariutti
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simples, generosas, flores de verdade”,
“Que generosas doses de prazeres sen-
completa. Toninho é um banque-teiro que
suais e sensoriais nos preservem do con-
gosta de quebrar as “tendências”, assum-
tágio das multidões que se alimentam do
in-do abertamente (e ousadamente) seu
frenesi tomando-o como se fosse ele a
encanto pelo pernil assado, pelo cama-
eficiência”, alguém lembra uma frase do
rão à grega e outros quitutes banidos
Manifesto do Slow Food, lançado na
dos eventos por serem taxados de “ca-
Itália há quase 20 anos.
“A civilização começou quando inventaram a mesa.” Osley José
fonas”. Antes que os discursos se aqueçam ”Hoje em dia falta o caldo cultural às
demais, Paula estabelece a doçura. E
pessoas e muitos se encantam com pro-
traz – pouco a pouco – uma degustação
postas que são a mais pura fraude”, lem-
de chocolates. Muitos sabores, recei-
bra Osley. Misturas amalucadas, criativ-
tas D.O.C. de cacaus vindos de várias
ismos, exibicionismos gastronômicos:
partes do mundo, que ela elabora e
nada disso tem a ver com ser Slow na
transforma em experiências para os sen-
vida. Lembramos do poema de Carlos
tidos. Lindos de ver, melhores ainda para
Drummond de Andrade: “Vá Carlos, ser
devorar. Suspirar, respirar, conspirar. Aos
gauche na vida”. Alguém brinda pedindo
chocolates Gera acrescenta um vinho
que sejamos Slow. Em cada momento
doce. Delícia além da imaginação. Osley
da vida. O almoço vira poesia.
lembra então que os banquetes, para os povos antigos, eram a reprodução do
Histórias de família vêm à baila. Toninho
modo como viviam os deuses. E não é
é um criador de delícias e um contador
que eles estavam certos?
de histórias. Ele e Paula, ambos de famílias grandes, relembram a importância das refeições em suas infâncias. Amor e atenção temperavam as caçarolas. “A civilização começou quando inventaram a mesa”, sustenta Osley. “E o comer junto estabeleceu laços de proteção e hierarquia. Vários dos valores humanos – o compartilhar, o celebrar, por exemplo – surgiram à volta de uma mesa, isso há mais de 6 mil anos”, completa. Eurobike magazine . 47
prazer
Vinhos e bebidas. A arte das combinações com o cardápio.
La Mancha. O segundo prato, o frango
a mesma fama do Sauternes, mas é tão
andino, feito com o tradicional molho po-
nobre quanto ele, frutado e saboroso – o
blano à base de pimenta e chocolate, foi
Muscat de Beumes de Venise, feito por
acompanhado por um vinho argentino
Paul Jaboulet Aîné.
da premiadíssima casa de Nicolas Catena, o Catena Alta, de Mendoza.
Para fechar o almoço Gera propôs um Kirsch, do francês Arthur Metz, uma
Gera escolheu para dar início ao almoço um espumante nacional, pela qualidade
As escolhas de Gera chamaram a aten-
eau-de-vie de cerejas que, por ter as
internacionalmente reconhecida que os
ção por serem vinhos de excelente
sementes torradas colocadas em sua
produtores têm conseguido obter.
qualidade e preço super acessível. “Os
mistura, ganha um tom mais seco e não
Ele nos serviu o Évidence, da casa
vinhos sul-americanos, principalmente,
enjoativo.
Salton, de Bento Gonçalves (RS), que
estão cada vez mais em conta, e com
nos acompanhou até a salada.
alta qualidade. É possível aumentar suas
Para encerrar, um cafezinho. Sem charu-
exigências sem querer gastar muito mais
tos, pois não havia fumantes no grupo.
O primeiro prato, bacalhau com polen-
por isso”, explica.
ta, divino, foi apreciado com um vinho Crianza, Merlot com Tempranillo. Arte-
Para acompanhar os chocolates criados
ro, um D.O.C. produzido pela vinícola
por Paula, Gera trouxe um vinho francês
espanhola Bodegas Muñoz Artero, de
de sobremesa, do Rhône, que não tem
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As receitas: Torta negra, de Paula de Lima Azevedo Ganache: 400 g de chocolate meio amargo 1 lata de creme de leite com soro Merengue: 75 g de açúcar 8 claras
Para a polenta, utilize 5 litros de água, sal a gosto, 2 colheres de sopa de manteiga, 600 g de fubá mimoso. Aqueça a água, junte a manteiga e o sal, e despeje em chuva o fubá, mexendo sempre. Assim que engrossar, abaixe o fogo e cozinhe a polenta por no mínimo 1 hora. Passe para uma assadeira e deixe esfriar. Pode ser preparada de vés-pera.
Torta – primeira etapa: 8 gemas 200 g de manteiga 150 g de açúcar 60 g de cacau em pó 1 colher de café de bicarbonato de sódio 1 colher de café de essência de baunilha
Quando a polenta esfriar e endurecer, corte-a em quadrados regulares. Reserve. Prepare então um molho branco com 3 colheres de sopa de farinha de trigo previamente torrada, 4 colheres de sopa de manteiga, sal a gosto, noz-moscada ralada na hora para perfumar e 1 litro de leite. Leve ao fogo até engrossar, abaixe o fogo e cozinhe por 5 minutos. Reserve.
Torta – segunda etapa: 350 g da massa de torta que foi reservada 100 g de chocolate meio amargo 100 ml de creme de leite fresco
Prepare então o bacalhau. Utilize 1 kg de bacalhau já dessalgado e aferventado, refogado em azeite, alho e cebola. Junte um pouco de polpa de tomates e deixe refogar.
Modo de preparo: Faça primeiramente o ganache e o merengue. Para o ganache coloque o chocolate meio amargo com o creme de leite em banho-maria ou no forno microondas até obter um creme liso e brilhante. Deixe reservado. Em seguida bata as claras com 75 g de açúcar até obter um merengue. Reserve.
Para a montagem do prato, disponha em um refratário os pedaços de polenta, cubra com o refogado de bacalhau, um pouco mais de polenta. Cubra tudo com o molho branco, polvilhe bastante queijo parmesão ralado e leve ao forno bem quente. Agradecimentos:
Para a massa, bata na batedeira as gemas, a manteiga, o açúcar, o ganache, o cacau em pó, o bicarbonato de sódio e a essência de baunilha. Misture delicadamente o merengue.
Mesalinho tel. (11) 3062-8519 Casa Real tel. (11) 3812-0011
Reserve 350 g da massa e coloque o restante em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido a 180 ºC e asse em banho-maria até a massa ficar firme. Depois de fria, desenforme e corte-a com um aro. Com o restante da massa prepare a segunda etapa: acrescente 100 g de chocolate meio amargo derretido a 100 ml de creme de leite fresco, misture e jogue em cima da torta. Leve à geladeira. No dia seguinte, desenforme-a e sirva gelada.
Bacalhau com polenta, de Toninho Mariutti
O chef Toninho Mariutti, o professor de gastronomia Osley José e a chocolateira Paula de Lima Azevedo
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ROBERTO LINSKER
Itatiaia, “a crista eriçada” da montanha
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Pensamentos que partem sem destino. Palavras que chegam em desatino. Permitir-se. Rir. Dos pensamentos que partem sem destino.
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Rumo ao topo Uma viagem que buscou as alturas de Itatiaia, a maior montanha do Sudeste – paraíso de escaladores, montanhistas e esportistas radicais –, para terminar no bucólico Vale do Matutu, freqüentado por artistas e descolados. Tudo isso a bordo de um X3. POR ANA AUGUSTA ROCHA | FOTOS ROBERTO LINSKER
Sexta-feira, 18 de maio de 2007. Estamos trafegando na BR mais alta do Brasil, que nos levará ao topo do Parque Nacional do Itatiaia. Pode acelerar, mas somente com as críticas: esta BR é um buraco só, 13 quilômetros do mais puro teste para um carro tracionado. Em algum momento do século passado, certamente alguma data comemorativa, foi pavimentada com uma grossa camada de concreto que se foi quase toda. Foi-se com o vento, com as chuvas e com o tempo, os mesmos elementos que ao longo dos milhões de anos revelaram o espetáculo de rochas que veremos na nossa viagem rumo ao topo. Rochas pontiagudas e empilhadas que criam – quanto mais alto você conseguir ir – armadilhas e dificuldades no caminho. O paraíso dos escaladores. Viajamos na “espantosa” velocidade de 10 quilômetros por hora até encontrarmos seu Adilson no caminho. A cavalo ele vai mais rápido que nós. Paramos em sua casa para um dedo de prosa e para comprar queijode-minas. Seu Adilson é o guardião dessa
BR esquecida, ou melhor, era, pois há cinco anos não recebe seu salário de guardador de caminhos, conservando apenas a casinha que lhe foi dada como moradia quando chegou na montanha, há 30 anos. Ele e sua esposa, dona Celina, ainda são os caseiros da famosa “Casa de Pedra”. Construída nos anos 1930, os contadores de história gostam de dizer que deu abrigo a Getúlio Vargas, versão mais que negada pelos historiadores. Mas não importa o que passou – buracos e histórias. Apenas saia do carro e peça para ficar um pouco no jardim em frente à casa para ver as montanhas que se descortinam, uma vista de tirar o fôlego. Às suas costas, a Casa de Pedra e seu jardim de hortênsias, lírios e araucárias e, logo atrás de todo esse cenário, a casinha de seu Adilson, banhada em uma luz de céu sem nuvens, luz que brinca pelo verde à medida que o vento bate. Lindo demais. Sinceramente, dá para entender por que o casal não abre mão de sua casinha nas alturas. Estamos indo rumo ao topo do Parque Nacional do Itatiaia, com o objetivo de passar a
As Prateleiras. O tempo e o vento descobriram as pedras de Itatiaia e revelaram uma paisagem grandiosa.
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Seu Adilson e seu mundo encantado de rochas e rios cristalinos
portaria mais alta do parque e chegar ao abrigo Rebouças, um chalé de pedras construído para dar apoio aos montanhistas: apenas quartos e banhei-ro sem energia elétrica. O banho mais gelado do Brasil, pode estar certo. O Parque Nacional do Itatiaia está fazendo 70 anos em 2007 e foi o primeiro a ser decretado no país, pelo então presidente Getúlio Vargas, que acabou cedendo às pressões de cientistas que lutavam por sua preservação. Antes de se tornar parque, o governo havia tentado estabelecer no lugar duas colônias de imigrantes europeus, projetos que não deram certo. Apesar de ser nossa Unidade de Conservação mais antiga, ainda tem sérios problemas fundiários e em sua parte baixa é possível encontrar, além de cachoeiras e mata atlântica exuberante, casas de fim de semana e toda 56 . Eurobike magazine
sorte de males que elas podem trazer a uma área como essa: lixo, animais domésticos, degradação. Ainda assim o parque é lindo, e talvez o seu aspecto mais fascinante seja mostrar aos visitantes as transformações que a altitude exerce sobre a paisagem: se em sua parte baixa as árvores são altas, frondosas, mata fechada mesmo, com água por todo lado (há dezenas de cachoeiras para visitar), à medida que subimos a montanha diferentes espécies de plantas vão surgindo. Reduzidas em tamanho, quase um ikebana, revelam-se pequenas e poéticas. A partir dos 2.200 metros, já no planalto de altitude, nos encantamos somente com capins, arbustos e pequenas flores – essas são as plantas que conseguem resistir ao vento e ao frio. Nesse ponto existem três principais opções sob um céu estalando de azul
invernal: a subida para as Agulhas Negras, a subida para as Prateleiras e a caminhada para tomar banho no rio Aiuruoca, a nascente mais alta do Brasil. Declinamos de todas elas. A paisagem à volta do Rebouças já vale a pena. Decidimos prosseguir com o X3 para aventuras mais amenas, 150 quilômetros estrada afora, nas serras da Mantiqueira. Mais precisamente na bucólica região do rio Aiuruoca e seu Vale do Matutu. Que chamaremos agora de Vale Encantado, sem medo nenhum de exagerar. Aiuruoca, Vale do Matutu O X3 é um convite à pilotagem: como recusar esse convite? Partimos então pela estrada que leva a Itamonte, o carro se agarrando a cada curva. Imenso prazer de dirigir, ainda mais em uma paisagem tão bucólica. Estradinha de bom asfalto, ladeada por fazendas mineiríssimas e verdes de muitos tons,
ora arvoredos na beira da estrada, ora pastos bem cuidados. De encher os olhos. A simpática Aiuruoca nos recebe num final de tarde e resolvemos ir mais fundo, até o Vale do Matutu. São mais 22 quilômetros saindo da cidade em estradinha de terra. Dálhe mais fazendas de casinhas pequenas e singelas, araucárias, e agora um som de água encachoeirada que, curva sim, curva não, aparece. Explica-se: Matutu, no dizer dos índios do passado local, significa “santuário das águas”. Na manhã seguinte, nos curvamos à beleza do lugar e suas águas: impressionantes cachoeiras se atiram das alturas, vertendo das montanhas que ladeiam o vale. Parece Shangri-La. Aiuruoca, que em sua raiz indígena quer dizer “a toca do papagaio”, tem apenas 8 mil habi-
tantes. Cerca de 300 deles moram no Vale do Matutu, e fizeram dali seu pequeno paraíso. Metade são pessoas vindas nos últimos 20 anos de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte: desde profissionais liberais, hoje donos de pousadas, restaurantes e até – pasmem – um sofisticado spa, até um grupo considerável que se reuniu à volta de uma comunidade alternativa nos moldes dos anos 1960, onde o trabalho é comunitário, a vista é estonteante e as experiências podem ser delirantes. Em datas festivas eles cultivam o ritual do chá do Daime, altamente alucinógeno, para ir ainda mais alto. O interessante é a harmonia que existe entre nativos e os chegados mais recentes, num convívio respeitoso que ajudou a criar até mesmo uma associação de moradores: a AMA Matutu – Associação de Moradores e Amigos do Matutu e Pedra do Papagaio (amatutu@ atuarq.com.br). Unidos, conseguiram criar Eurobike magazine . 57
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um canal de comunicação e também de comercialização das produções do vale, incluindo aí belos artesanatos. Sua sede fica num casarão antigo, bem no meio do Matutu, onde há uma lojinha e um centro de visitantes. Um lugar para deixar o carro estacionado e sair caminhos adentro. Explica-se: há uma porteira entre o casarão e o fundo do vale. Motores não são bem-vindos e só se pode circular a pé ou a cavalo. Mesmo os moradores. Exatamente como era no passado.
Matutu, no dizer dos índios do passado local, significa “santuário das águas”.
Prepare suas botas para caminhar. São dois quilômetros até o final da trilha, onde cai do alto uma imensa cachoeira que pode ser avistada de muito longe. Prepare seus lampejos poéticos: nesse caminho, depois da porteira você verá casas, jardins e recantos idílicos. Prepare-se para voltar para casa com uma inquietante interrogação: essa gente que se refugiou no Matutu, com propostas tão alternativas de vida, deu certo… Como é possível? Há magia no ar no Vale do Matutu. Para tentar entender é melhor ir lá e verificar. Boa viagem. O casarão do Vale do Matutu: ponto de encontro de turistas e moradores
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No Vale, muita quietude e até as sofisticações de um spa
Informações turísticas Parque Nacional do Itatiaia
Onde ficar:
Dicas do editorial:
Hotel Simon (parte baixa): (21) 2240-4508 Faz parte dos eventos de 70 anos a reforma completa da estrutura do
Pousada dos Lobos (parte alta): (35) 3332-2779
parque. Não apenas o abrigo Rebouças na parte alta foi reestruturado, mas o centro de visitantes e o herbário na parte baixa, onde fica a
A Pousada Patrimônio tem uma vista muito bonita. Restaurante Kiko e Kika: comida muito boa.
Vale do Matutu
sede, também. As coleções científicas ali guardadas, de verte-
SPA Aroma do Vale: surpreendente! Pousada Casarão: chalés com lareira e comida boa.
brados e invertebrados, foram revistas e ga-nharam novas apresen-
Como chegar: Quem vem de Itatiaia, segue da Garganta do Registro
tações.
até Itamonte, Pouso Alto e Caxambu. Vindo de São Paulo, segue-se
Visitação: das 7h às 17h. Quem chega depois das 14h30 na parte alta
pela Fernão Dias (BR-381), sentido Belo Horizonte. Depois de São
não entra mais. Visitar locais que não conhecemos com guias é mais
Gonçalo do Sapucaí, pegar a
seguro e tranqüilo.
BR-267, que vai para Aiuruoca. De Aiuruoca até o vale são mais 18
Mandala das Águas: deliciosa cozinha vege-tariana.
km. Parte baixa – sede: Chega-se via cidade de Itatiaia, km 316 da Rodovia Presidente Dutra.
O ponto de referência no Matutu é o velho casarão da Associação dos
Atrações: Lago Azul, piscina natural a apenas 500 metros da sede.
Moradores, onde podem ser feitas boas compras de artesanato. De lá,
Trilha leve para todas as idades. Cachoeira do Poranga (a 2,5 km da
boas são também as caminhadas para algumas atrações:
sede); cachoeiras do rio Maromba.
• A Cachoeira dos Índios e a Cachoeira das Fadas estão a cerca de meia hora a pé.
Parte alta - planalto: Também pela Rodovia Presidente Dutra chega-se
• Cachoeira do Fundo: depois de duas horas de caminhada, chega-se
ao pequeno povoado de Engenheiro Passos. De lá segue-se pelo Cir-
a esta grande cachoeira que emoldura o fundo do vale.
cuito das Águas até a Garganta do Registro, a 1.669 de altitude, onde
Para todos os passeios recomenda-se a contratação de um guia.
começa a estrada rumo ao topo. São 13 km até a Portaria do Alto. Recomendamos guias para qualquer percurso no alto.
Onde ficar:
Atrações: Pico das Agulhas Negras – 2.791 me-tros (alguns trechos
No vale existem pousadas simples, com atendimento simpático:
pedem o auxílio de cordas); Maciço das Prateleiras – 2.548 metros;
Pousada Mandala das Águas: (35) 3344-1725
Vale do Aiuruoca, caminhada tranqüila para chegar a uma cachoeira
Pousada do Matutu: (35) 3332-3165
geladíssima; Pedra do Altar, caminhada mais leve.
Pousada Pé da Mata: (35) 3344-1421 Pousada Patrimônio: (35) 3344-1444
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Personalizado com cara de original Para determinados automóveis, a sua originalidade é coisa sagrada, onde não se mexe sob nenhum pretexto.
FOTOS BRUNO GUERREIRO
POR PERCY FARO
Relativamente ainda recente no Brasil, o mercado de personalização de automóveis evolui a cada dia, rapidamente. Forma profissionais especializados de diversas áreas e oferece serviços e produtos cada vez mais qualificados. Tudo voltado para alterações no visual, interno e externo, de acordo com o desejo, o sonho e a imaginação do cliente. É a chamada customização. Compõem esse mundo a arte de trabalhar com o design e a performance do carro, além, é claro, do show de beleza protagonizado por artistas que transformam o veículo num verdadeiro colírio para os olhos. É possível customizar qualquer automóvel? Sim. O segredo, entretanto, é como fazê-lo. De antemão é necessário muito critério, refinamento, sensibilidade e, acima de tudo, conhecimento técnico. 62 . Eurobike magazine
A customização tem vários caminhos e, em muitos casos, dependendo do modelo do carro, permite que se recorra até a uma dose de audácia um tanto exagerada em termos de criatividade. Isso, porém, não se aplica aos veículos top de linha. Pensar em alterar a potência ou o visual, por exemplo, de um BMW M6, seria, no mínimo, uma temeridade. Para determinados auto-móveis, a sua originalidade é coisa sagrada, onde não se mexe sob nenhum pretexto. Assim, a coerência e o bom senso recomendam que para este mo-delo da marca alemã o mais indicado é trabalhar dentro dos limites do entretenimento. “Para um carro de personalidade é necessário um áudio de personalidade”, sentencia Mauro Castro, proprietário e responsável técnico pela Bass Audio,
empresa paulista ligada ao segmento automotivo há mais de 18 anos, especializada em projetos de áudio e vídeo de alta performance. Reconhecida no país pela construção de sistemas hi-end para competição e demo cars para fabricantes e montadoras, a Bass Audio leva aos seus clientes o know-how adquirido ao longo de quase duas décadas, para novos projetos e up grades nos sistemas originais de fábrica. “Acompanhando a evolução de novas tecnologias e aplicação de pacotes cada vez mais amplos de eletrônica embarcada nos carros, como por exemplo freios ABS, controle de tração e de estabilidade, entre outros, vêm as novas gerações de equipamentos voltados para o entretenimento. São sistemas de áudio
1 e vídeo de alta resolução, onde o que manda é um som de extrema qualidade ou uma imagem o mais próximo possível da realidade”, explica Mauro Castro.
para desbloqueio de tela de vídeo (amplificador Diamond Multicanal, kit’s Midrange e Tweeter Diamond D9, subwoofer 6” JL Audio, cabos MIT).
Para ele, os sistemas de áudio de alta definição, chamados de “hi-end”, atendem aos mais exigentes audiófilos. Já os sistemas de vídeo têm múltiplas possibilidades de telas e processadores. De 4 polegadas até onde a imaginação permite (média de 7” a 10”), com controles de touch screen, que permitem comando de interface com Ipod. Bluetooth (comunicação sem fios), sistemas de navegação por GPS de última geração com tecnologia HDD, que utiliza informações de rádios com sinal digital, com mais velocidade de processamento e informações em tempo real sobre o trânsito, inclusive sobre as condições do clima, que proporcionam uma nova forma de navegação com maior riqueza de detalhes e alternativas de rotas.
Opcional:
Assim, surgem novas possibilidades para sistemas originais de fábrica com interfaces que possibilitam a utilização do Head Unit, ou seja, fazer uso do rádio, do CD e de telas originais com novos componentes de vídeo e áudio. São interfaces que permitem utilizar o rádio original com amplificadores, alto– falantes e sistemas de vídeo independentes, resultando em up grades com estética e ergonomia original.
2
Telas, sistema de fone sem fio e integração para outras mídias (videogames etc.) Serviço A Bass Audio foi fundada em 1989, investindo e projetando sistemas de áudio hi-end. De 1991 até 2007 foi premiada nos campeonatos da IASCA.
3
Em 1996 passou a se dedicar à execução de projetos para fabricantes e montadoras (carros para eventos especializados do segmento, inclusive Salões do Automóvel). Ainda nesse mesmo ano projetou um sistema de áudio que se tornou uma referência no mercado nacional. Em 1997 apresentou um projeto audacioso, com expertise inédito: sem amplificador e subwoofer, sagrando-se como Melhor Carro em sua categoria e Melhor Carro do evento. A partir de 1999 passou a se dedicar a projetos exclusivos para montadoras, criando trabalhos específicos para salões de acessórios e de veículos, inclusive o Salão do Automóvel.
Especificamente para modelos top de linha, Mauro Castro tem a seguinte receita:
Em 2007 foi fundada a Bass Training, escola dedicada à formação de novos profissionais.
Utilizar o sistema de áudio e vídeo (Head Unit) original:
Bass Audio: (11) 5102-4004
4 1. Control Center dá acesso através do toque a todas as fontes de áudio e video. 2. Integração total com iPod. 3. Melhor performance sem alterar as características originais do veículo.
Interface Clean Sweep (que permite a utilização do sistema original (áudio) com novos componentes (amplificador e processadores); Interface Periferal – sistema Plug and Play
4. Painel com subwoofers precisamente encaixado e sem qualquer furação. Módulos discretamente ocultos sob o estepe.
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