VOLVO OCEAN RACE: AS NOVAS EQUIPES DA REGATA VOLTA AO MUNDO
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A M1 chega para revolucionar conceitos
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Rumo certo Olá, amigo Depois da ressaca da Copa, nada melhor do que retomar os melhores rumos neste segundo semestre. E os ventos estão absolutamente a favor! Novos estaleiros chegando, novos modelos sendo lançados e muita gente a fim de renovar sua paixão pelo mar. E o reflexo dessa fase foi comprovado no 9º Boat Xperience, realizado no último final de semana de julho e no primeiro de agosto, no Guarujá, SP. Empresas dispostas a darem uma reviravolta e fechar o ano por cima, e público à espera de novidades e pronto para fazer bons negócios. Acompanhe a reportagem especial do evento e tenha a certeza de que essa é a época ideal para comprar ou trocar seu barco. Agora todos vão estar de olho nas Olimpíadas, que trazem competições de vela, modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil. Estamos com equipes fortes em todas as classes e a nossa cobertura sem igual no mercado editorial está acompanhando tudo de perto. O show já começou aqui com entrevistas com o juiz Nelson Ilha, que vai ser o chefe do júri do Pan em Toronto no ano que vem. Ele garantiu que mesmo com a vergonha da baía de
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Guanabara poluída, o Rio vai mesmo sediar as provas. E tem mais: como foi a volta do Souza Ramos às competições lá na Espanha as equipes da próxima Volvo Ocean Race e do Groupama, que participou da última edição da prova e que foi vendido... Uma pechincha! Da vela para o motor, esta edição está realmente poderosa. Testamos a incrível Sea Ray 410, com todo o seu luxo e acabamento incríveis, a valente Evolve, um barco com a cara do verão, e a novata GT 26 que tem construção impecável para ser multiuso, inclusive em mares revoltos. Curta ainda a apresentação da lanchinha catarinense M1 e descubra que você pode se apaixonar por um tender. “Love me tender” ... já sugeria o Rei Elvis. Para finalizar, não deixe de conferir quais são os 10 maiores barcos do mundo e reportagens sobre a evolução das bússolas, para você não perder o rumo, e como fazer para que os nossos combustíveis não prejudiquem o motor do barco. Útil e bacana, não? Ótima leitura
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Leonardo Millen EDITOR
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Descubra porque esse barco é tão consagrado no mundo todo.
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A opinião dos leitores
Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Editor Leonardo Millen leonardo@boatshopping.com.br Diretor Executivo Caio Ambrosio
BEM-VINDO Tive a oportunidade de ler a excelente edição nº 52 da revista, com artigos de encher os olhos e muitos de cunho prático, de interesse comum para os navegadores. Destaco o do Propspeed, o que fala das ondas e o “Que tal uma pescadinha?”. Fiquei fã da revista! Enrique Alvite, São Paulo, SP
BARCO BALADA Sensacional o Mystére Shadow, um cargueiro antigo que foi reformado e virou uma balada flutuante... Aliás, mostrei para uns amigos e ficamos interessados em entrar em contato com o dono para a gente fazer um test-drive. Ricardo Lemos, Rio de Janeiro, RJ
Editora de arte Júlia Melo julia@boatshopping.com.br Designers Carolina Wegbecher Lygia Pecora Colunistas Antonio Alonso, Jorge Nasseh, Marco A. Ferrari Carneiro e Roberto Brener. Colaboraram nesta edição Caio Ambrosio, Daniel Ambrosio, Guilherme Kodja e Leandro Portes (texto) Caio Marcio (fotos) e Jéssica Rezende (revisão) Assistentes de produção Guilherme Martins e Pedro Ambrósio Representante - Região Sul Atanil Wagner Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br
MINIATURAS
PESCADINHA
Desde criança gosto de aeromodelismo e a matéria de miniaturas de barcos me fez lembrar de alguns modelos de navios de guerra e caravelas que também montei. Tenho barco e confesso que estou considerando se compro uma miniatura pronta dele ou se me aventuro a fazê-la.
A matéria “Vamos dar uma Pescadinha” que saiu na última Boat Shopping foi demais! Pescar é simples, uma terapia e a gente pode ter um kit básico na lancha e aproveitar para jogar uma isca enquanto toma uma cervejinha no convés.
Jorge Abreu, Porto Alegre, RS
Cristiano Ferreira, Ubatuba, SP
Fale com a BS: Para enviar comentários, dúvidas e sugestões para nossos colunistas, consultores e a redação, escreva para contato@boatshopping.com.br.
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Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 53 julho/agosto). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP
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As principais notícias do mundo náutico
Nova parceria A Yacht Center Group, representante da Prestige no Brasil, irá trazer para cá também os barcos a motor da Jeanneau. Os dois primeiros modelos serão a Leader 40, que tem dois camarotes fechados e cockpit espaçoso, e a Velasco 43, um fast trawler com flybridge e diversos diferenciais. Os dois modelos tem previsão de chegada em outubro.
Bela limpeza
O projeto Limpeza dos Mares coletou duas toneladas de lixo na Ilha do Arvoredo. A iniciativa é realizada pela Acatmar, com apoio da Capitania dos Portos, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), Polícia Federal, GTT Náutico de SC, Bombeiros, FloripAmanhã e Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Turismo, Sebrae, Companhia da Praia, Programa Mundo Mar e a empresa Aquanauta organizadora do evento. Mas o sucesso da empreitada só foi possível com a participação de cerca de 100 pessoas, entre elas 45 mergulhadores mobilizados em prol da sobrevivência da vida marinha.
Novidade do nordeste A recifense NX Boats estreia no mercado nacional com a lancha NX270, que traz inovação, sofisticação e esportividade. Um barco de proa aberta, com cockpit amplo e inteligente; uma cabine com pé direito de 1,67 m, armário, mini cozinha (com micro-ondas e frigobar) e banheiro fechado com pé direito de 1,50 m, e área gourmet completa na popa. São duas versões com motor de popa e centro-rabeta. Em breve será lançada a NX 240, seguindo o mesmo conceito.
Chamada geral! O aumento da consciência ecológica e a maior fiscalização dos órgãos ambientais demandam a adequação das marinas para a retirada de esgotos de dentro das embarcações. Uma alternativa é instalar no píer pontos de retirada estilo “pump-out” como os oferecidos pela AJX Tecnologia de Florianópolis. Os barcos, por sua vez, também devem instalar os tanques de águas negras. Ninguém quer mais nadar ao lado de fezes nos passeios ou mesmo nas próprias marinas. Mais informações, www.ajxtec.com.br
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Royal Mariner aumenta a linha Mais uma novidade do nordeste. A Royal Mariner acaba de lançar a 460, um barco de muita esportividade que chega para ser a top da linha que vai de 21 a 46 pés. O espaço foi muito bem pensado com um amplo cockpit, solário na popa e na proa, camarote fechado a meia nau, além de bom espaço interno.
AS 10 MAIS Outra italiana no Brasil A One Yachts representante das marcas SeaRay, Boston Whaler, Dominator, Maori e Comitti, agora também comercializa os barcos da italiana Absolute Yachts. Com mais de 40 anos de tradição, a família Gobbi, proprietária do estaleiro, oferece luxo e design Made in Italy em embarcações que vão de 40 a 72 pés. Os dois primeiros serão apresentados em agosto na Marina Tedesco em Balneário Camboriú.
Medalha
Velejando na melhor idade
O empresário Paulo Veloso foi condecorado com a medalha "Amigo da Marinha", no Comando do 8º Distrito Naval, em São Paulo. A comenda é um reconhecimento do trabalho feito pela Regatta ao longo dos 33 anos de atuação no mercado. "Fiquei emocionado em ter sido reconhecido pelo apoio e pela luta em disponibilizar para o Brasil inteiro, com muito respeito aos consumidores, os melhores produtos e serviços náuticos do mundo".
Moldando o futuro A Fibrafort acaba de anunciar a aquisição dos moldes da Armada Yachts. O estaleiro catarinense anunciou que irá fabricar e comercializar a linha completa da Armada, com modelos de 30 até 44 pés com cronograma de entrega a partir de janeiro. E reafirmou seu audacioso desejo de se tornar a maior indústria náutica do país.
Nova Atlantis Open Lançada no ano passado pela fábrica da Azimut no Brasil, a Atlantis 50 acaba de ganhar versão Open, que foi desenvolvida para o verão europeu, mas se adapta muito bem ao nosso estilo de navegar e usar o barco. As novidades são o salão integrado a área externa, que deu uma sensação de amplidão, o sofá com nova configuração e o hard top com teto elétrico. Todos os ambientes foram revestidos com teka e a configuração interna pode vir com dois ou três camarotes.
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Este é o título do livro que o casal Jane (48) e Rolf Becker (64 anos) acabam de lançar que conta a viagem a bordo do veleiro BallyMena, um Fast 35, saindo de Angra dos Reis, passando pelo Caribe, Flórida, Açores, Ilha da Madeira, Canárias, Cabo Verde, Fernando de Noronha e retornando a Angra sem grandes gastos ou atropelos e com lindas histórias de vida.
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A caixa termoelétrica Igloo Breze 50 da MaxCold gela 86 latinhas ou até 47 litros. Resiste a impactos, tem proteção UV e isolante térmico, que conserva o gelo por alguns dias mesmo depois de ser desligada, e não retém odores. Além disso tudo, ela tem (70 X 43 X 48 cm) rodinhas e alças para levar para o barco. Custa R$ 630. Mais informações www.regatta.com.br
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CAMISA DE MAR
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A Victorinox tem 130 anos de tradição e seus canivetes suíços são ícones. Destacam-se pela qualidade, multifuncionalidade, design e inovação. Um dos últimos modelos é o Skipper 0.9093.2W de 17 funções, com coisas diferentes, como desencapador e cortador de fio, saca anzol e passador de corda para vela. Custa R$ 265. Mais informações www.victorinox.com.br
PARA O TRANCO
A Samsonite acaba de lançar a linha de malas rígidas Firelite que são leves e resistentes, não riscam e não amassam, possuem carrinho retrátil, zíper resistente à água, cadeados com combinação e giraram 360o nas quatro rodas. Disponíveis nas cores vermelha, azul, preta e pérola. A de tamanho médio (69 cm) sai por R$ 1.700. Mais informações www.samsonitebrasil.com.br
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O Kindle Paperwhite 3G da Amazon é leve, mais fino que uma caneta e tem tudo para ser o seu companheiro neste inverno a bordo. Ele permite baixar mais de mil livros da Loja Kindle Brasil, dos dois milhões de eBooks disponíveis, sendo 30 mil em português e 2.500 gratuitos. Custa R$ 700. Mais informações www.amazon.com.br
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B OAT THEATHER
Um livro, um filme e um disco na opinião de quem é do mar Marcelo Marques Giardi, o Marreco, é o maior rider brasileiro de wakeboard, com cinco títulos nacionais e atual vice-campeão, além de duas medalhas em Pan Americanos: ouro em 2007, no Rio de Janeiro, e prata, em 2011, em Guadalajara, no México.
VALE TUDO O SOM E A FÚRIA DE TIM MAIA
Escrito pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta, o livro conta a história do cantor Tim Maia desde sua infância e juventude, no Rio de Janeiro, e sua passagem conturbada pelos Estados Unidos, onde foi preso e deportado por roubo e porte de drogas, até destacar-se pelo pioneirismo em trazer para a MPB o estilo soul de cantar. Com sua voz grave e carregada, tornou-se um dos maiores nomes da música brasileira, conquistando enorme vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje pelo grande público.
“
Gostei do livro porque o Nelson Motta era amigo e fã do Tim e conta realmente a história de um dos maiores músicos do país. Mostra que ele foi um gênio na música e muito louco ao mesmo tempo e terminou a carreira sem nada. É uma boa lição de vida!”
CIDADE DE DEUS Dirigido por Fernando Meireles e Kátia Lund, o filme, de 2002, é um marco no cinema nacional contemporâneo. Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre e negro que cresceu na Cidade de Deus, uma das mais violentas favelas cariocas controlada pelo tráfico de drogas. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo pelo seu talento como fotógrafo. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia a dia da favela na qual vive, onde a violência aparenta ser infinita.
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Já assisti muitas vezes esse filme e todas as vezes me impressiono com a edição, além de mostrar a realidade das favelas e do tráfico de drogas no Rio, que, infelizmente, continua assim até hoje!
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RED HOT CHILI PEPPERS - GREATEST HITS Este álbum de coletâneas desta incrível banda californiana de pop rock foi lançado em 2003 e reúne sucessos de 1989 a 2002, que incluem o cover Higher Ground e clássicos como Under the Bridge, Californication, Universally Speaking, entre outras. Conta também com duas canções inéditas, Save The Population e Fortune Faded.
“
Sempre curti o som do Red Hot e baixei esse álbum, que tem uma geral das principais músicas e tenho ouvido bastante. Não dá para enjoar!”
M INHAS ÁGUAS
MAR DE DENTRO
Às margens da represa de Furnas, Capitólio desfruta de um “mar” no interior de Minas Gerais Por Caio Ambrósio
Quem disse que em Minas não tem mar? A Hidrelétrica de Furnas, a maior represa do Brasil, foi inaugurada em 1963 para impedir um colapso energético e promover o desenvolvimento do país. A barragem represou o Rio Grande e criou o Lago de Furnas, com 1.440 km². E a pequena cidade de Capitólio, no sul de Minas, a 270 km de Belo Horizonte, às suas margens, “ganhou” gigantescos lagos de água verde-esmeralda que funcionam como uma verdadeira baía, com praias e condições excelentes para navegação, pesca e esportes náuticos. Tudo isso a 600 quilômetros do litoral. O cenário é emoldurado, ainda, por cânions que chegam a 20 metros de altura, além de grutas e cachoeiras como a da Lagoa Azul, um típico cartão-postal. Para apreciar todas essas belezas, a melhor opção é fazer um passeio: a bordo de lancha ou chalana. A infraestrutura náutica se desenvolveu muito e hoje na região
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existem iates clubes, marinas, condomínios e até casas com píeres e barcos. Aliás, há muitos, muitos barcos... desde lanchinhas de alumínio a iates de mais de 50 pés! Mas nem só de atividades aquáticas é feita Capitólio. Os esportistas encontram bons programas por lá como a Trilha do Sol, onde é possível praticar rapel e escalada, além de trekkings que conduzem às quedas do Grito e do Poço Dourado, perfeitas para nadar sem se preocupar com a vida. E para quem gosta de uma trilha para apreciar o visual, vale subir até o Morro do Chapéu, a 1.293 metros de altitude. De lá, pode-se ver o Lago de Furnas e os municípios ao redor. Com tanta água, não é de se estranhar que a especialidade da região sejam pratos à base de peixe. As traíras e tilápias são preparadas até como churrasco. O tradicional frango caipira também faz sucesso, afinal, Capitólio “tem mar”, mas ainda fica em Minas, uai!
Em Capitólio tem... ✚✚ Praias artificiais bem bacanas ✚✚ Condições para prática de inúmeros esportes aquáticos ✚✚ Cânions com mais de 20 m de altura ✚✚ Cachoeiras, trilhas e muitos locais para passeios ✚✚ Comidas e cachaça típicas
Quando ir... O ano todo. O período da seca vai de maio a setembro e o período de chuvas, quando o lago fica mais cheio, vai de outubro a abril
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P OR DENTRO DO BARCO
CUIDADOS NO
INVERNO Aproveite o período do inverno, quando o uso é menos frequente, para realizar uma revisão completa no sistema de propulsão do seu barco à gasolina
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Não precisa nem explicar a importância de manter o motor do seu barco em perfeitas condições de funcionamento. É até um item de segurança! Então, nada melhor do que aproveitar o período do inverno, quando o uso do barco é menos frequente, para realizar as revisões recomendadas no seu sistema de propulsão. Para indicar o que precisa ser feito nos motores à gasolina (4 tempos), consultamos
o especialista em preparação de motores náuticos Marcelo Simonini, da Oficina Viper PowerSports, que também presta assistência técnica autorizada das marcas Mercury Mercruiser, BRP Evirude e Teague Custom Marine. A Viper é reconhecida no mercado pelo seu trabalho de manutenção de motores centro rabeta e também na arte de preparação de offshores e lanchas mais rápidas.
CHECAR: • GERAL
Pressão d’água, pressão do óleo, compressão dos cilindros e estado geral do motor (corrosão e pintura).
• SISTEMA ELÉTRICO
Arranque, alternador e chicote principal
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
Como nossa gasolina possui 25% de etanol em sua composição, a parte que deve ser observada com maior atenção é o sistema de alimentação de combustível do motor. Conforme recomendado pelos fabricantes, a substituição dos filtros de combustível deve ser feita a cada 50 horas ou seis meses e a limpeza de injetores a cada 100 horas ou 1 ano, em alguns casos é recomendável também a limpeza do tanque de combustível.
• ROTOR DE BOMBA D’ÁGUA Peça extremamente importante do sistema de refrigeração do motor. Recomenda-se a inspeção periódica e substituição caso apresente desgaste acentuado. O fabricante recomenda troca a cada 100 horas ou anualmente.
• RABETA
Comece por uma avaliação geral do hélice, quilha e placa de cavitação. Visualmente, algumas anomalias podem ser detectadas e corrigidas, como, por exemplo, um amassado no hélice que pode provocar trepidação no eixo chegando até ao desgaste prematuro de rolamentos internos e retentores. É de suma importância sacar o hélice para avaliação do retentor do eixo. É comum encontrarmos vestígios de linhas de pesca entre o eixo e o retentor que pode provocar a contaminação do óleo com a água. Na troca do óleo da rabeta, podemos ter uma boa ideia do seu estado interno. Se o óleo estiver com aspecto leitoso, branco, sabemos que ele foi contaminado por água. Se estiver com aspecto metálico, com micro partículas brilhantes ou com alguns pequenos pedaços de metal, obviamente alguns componentes internos estão excessivamente gastos (rolamentos engrenagens etc...).
• ANODOS
Conferir os anodos por seu aspecto geral. Quando apresentam desgaste acentuado indicam que sua função foi cumprida. A troca por novos anodos é necessária. Eles evitarão corrosão no motor.
• AUTORIZADAS
É recomendável fazer sempre a execução da manutenção em oficinas autorizadas, com profissionais treinados pelos fabricantes, que dispõe de ferramentas especiais, computadores e softwares para diagnósticos corretos e o incremento com atualizações. Mas sabendo dessas informações, fica mais fácil entender a importância e a necessidade dessa manutenção. Aproveite o inverno para deixar o seu motor tinindo.
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G LOSSÁRIO NÁUTICO
VOCÊ SABE O QUE É...
GUARDAMANCEBO? Quase todo o barco tem porque ele é garantia de segurança no convés
O nome é esquisito, mas é simples de entender o que significa essa palavra composta. Os guarda-mancebo são aquelas estruturas tubulares, geralmente de aço inox, que “guarnecem” as laterais do barco para evitar que os passageiros (principalmente jovens mancebos) caiam no mar. Mancebo também significa uma haste de madeira ou metal com vários braços utilizada para pendurar roupa. Ou seja, existe uma relação que... já deu para entender. Os guarda-mancebos são um dos itens de segurança mais usados em barcos, por isso raros são os que não contam com eles ao longo das laterais dos decks, no flybridge, escadas, postos de comando e em todo local de circulação de pessoas que demandam maior segurança com o balanço das ondas ou na hora de uma escalada. A desvantagem é que eles não seguem um padrão, uma vez que cada barco é diferente, demandando um conjunto de guarda-mancebos específico. O que é comum
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a todos é o material de que são feitos. Mas nem tanto assim. Os melhores são feitos em aço inox 316L, o mais adequado e resistente. E isso deve ser levado em conta, pois ao ficarem expostos ao sol, maresia, água do mar e da chuva, produtos de limpeza e toda sorte de contato com as mãos das pessoas, tendem a sofrer um perigoso desgaste, comprometendo sua função de segurança. Não é à toa que os tubos são um tanto curvos, pois isto visa não só melhorar o design e a “pegada”, mas, principalmente, facilitar que a umidade escorra. Toda a peça metálica, inclusive as partes soldadas, possui acabamento polido. Quanto menor a rugosidade da peça, maior sua resistência à corrosão. O aço inox 316L tem maior polidez, rigidez e resistência à corrosão. Por falar na corrosão, em barcos à vela ela ataca bastante as partes instaladas fora d’água pela falta de aterramento. Mastro, guarda-mancebo, gaiuta e válvula da descarga devem estar conectados a uma placa co-
Ao notar um desgaste ou soltura, não adie e faça a manutenção antes que o guarda-mancebo cause um acidente simplesmente porque não “guarda o mancebo” com segurança
mum conectada a um anodo de segurança para evitar a eletrólise. Esta mesma placa deverá estar interligada ao cabo do para-raios para evitar que alguém com a mão no guarda-mancebo receba um choque elétrico com consequências desastrosas.
ATENÇÃO AOS DETALHES Outro cuidado a se observar é com as bases que seguram a estrutura do guarda-mancebo no casco. Não faz muito tempo, a maioria dos barcos usava bases feitas em alumínio fundido. Agora já existem opções em inox 316L com 5 mm de espessura. E em instalações mais cuidadosas é possível colocar até um pequeno dreno na sua parte inferior, que não deixará acumular água em seu interior. Por isso, vale a pena verificar tudo isso no seu barco e, ao se constatar uma deficiência, substituir a peça. Outro ponto interessante é que guarda-mancebos são feitos pelos estaleiros nas especificações de altura
de um usuário padrão. Porém proprietários e familiares que usam o barco com frequência com mais de 1,90 m fogem dos padrões. É preciso solicitar uma proteção mais adequada ao seu tamanho na hora da compra ou substituir os já existentes. Outro cuidado extremamente recomendável é instalar redes de proteção presas no guarda-mancebo quando se tem criança pequena ou animal a bordo. Por tudo isso, é fácil resumir que os guarda-mancebos precisam ser, antes de tudo, seguros. Não permita que as pessoas abusem subindo neles para atirarem-se ao mar, por exemplo. Cuidado com instalações de churrasqueiras, porta-varas e acessórios nos guarda mancebos. O uso pode levar a um desgaste. E mesmo que você tenha sido cuidadoso, se constatar que estão um tanto soltos, balançando, não adie e faça a manutenção urgente antes que eles causem um acidente simplesmente porque não “guardam o mancebo” com segurança.
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COBRA CAPRI 32
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A Cobra Capri 32 é uma lancha especial, que mesmo depois de trinta anos ainda faz os corações baterem forte
A Cobra Capri 32 é uma lancha que tem tudo o que um bom lobo do mar gosta. A começar pela sua história. O estaleiro Cobra foi um dos mais ativos da década de 80. Fez sucessos como a Marbela 22, a Sagitta 25, a Infinity 30 e criou sua master pice: a Capri 32. Entretanto, quando seu proprietário faleceu, o estaleiro balançou e os herdeiros até se aventuraram produzindo material de mergulho mas não teve jeito. O estaleiro soçobrou. Ficaram as unidades produzidas que hoje são objetos de desejo de navegadores que gostam de reformar lanchas antigas e melhorá-las com as técnicas, materiais e equipamentos modernos sem jamais descaracterizar a sua essência. Tanto é que a lancha tem mercado, custa em média R$ 220 mil, mas quando aparece uma boa para vender... Por falar nisso, a Cobra Capri 32 foi fabricada em duas versões: open e fly, o que era uma inovação
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para a época. Era uma briga direta com suas contemporâneas Oceanic 36 e a Carbrasmar 32, que também vinham com um mini-fly (e tem gente que acha que isso é a última novidade da indústria náutica). As três reinaram nas águas por muito tempo e, passados quase 30 anos, algumas ainda estão navegando por aí. A motorização original eram dois motores MWM VPI de 250 hp, diesel, pé de galinha. Isto possibilitava ao casco forte, reforçado de longarinas de compensado naval, a atingir 30 nós de top e 24 nós de cruzeiro. Há registros de lanchas com diferentes motorizações, com dois motores Mercedes 352 de 250 hp e até com dois Mercedes 366 de 250 hp ou de parelha de Volvo AQAD41 de 200 hp cada. A verdade é que o projeto é feliz, o conjunto aguenta bem o mar aberto, turbulento, e nos passeios agrada porque é muito estável, não oscila, ideal para levar crianças
FOTOS: JOHN BRONW/ARQUIVO PESSOAL
Por Leonardo Millen
No píer ou nos passeios ela é sempre uma atração“
FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO 32 pés BOCA 3,3 m MOTOR 2x MWM VPI de 250 hp COMBUSTÍVEL 470L ÁGUA 250L PASSAGEIROS/PERNOITE 10/6 PREÇO MÉDIO R$ 220 mil
para passear. E sua vocação familiar ainda é ajudada pela sua configuração interna. A cabine tem pé-direito bem alto (uma pessoa com 1,85 m circula normalmente), com camarote de proa, camarote à meia-nau, sala de estar, amplo cockpit de comando, banheiro e minicozinha. Acomoda bem nove pessoas de dia e seis no pernoite. O médico paulistano John Bronw tem uma Cobra Capri 32 FLY 1991 que comprou em São Vicente de um carioca há três anos e a reformou inteirinha. Ele manteve os dois motores MWM VPI de 250 hp, mas revelou que o desempenho atual é de 22 nós de top e 18 nós de cruzeiro, a 2.300 RPM sem forçar. O consumo gira em torno de 20l/h. Bronw alojou um moderno gerador Onan, de 8 kva, entre os motores que lhe deu liberdade para instalar um micro-ondas, fogão elétrico, água quente no banheiro, ice maker, duas TVs, DVD,
etc. Fora isso, ele trocou a cor escura do casco original por um branco com faixas pratas, substituiu os vidros por um Ray-ban esverdeado claro e outras coisinhas a mais. Apenas para “modernizar” o que ele considera um lancha sensacional. “Eu tenho uma Magnum 28, mas essa ninguém da família sequer cogita abrir mão”. Segundo ele, a Vecchia Signora, batizada de Brisa, que ele e os dois antigos proprietários fizeram questão de manter, está em ótima forma. Tanto que ele a guarda em uma marina no canal de Bertioga e faz passeios constantes de Santos à Ilhabela. E aonde para faz sucesso. “No píer ou nos passeios ela é sempre uma atração. Outros proprietários quando veem querem conhecer a Brisa para fazer as mesmas reformas que fiz. É um xodó da família, inclusive a minha neta de três anos só quer saber de passear nela”, garante.
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O ESPECIALISTA
Nosso consultor responde às dúvidas dos leitores sobre elétricos e eletrônicos a bordo
ROBERTO BRENER é engenheiro da Electra Service e expert em equipamentos elétricos e eletrônicos para barcos
Na esteira da
maturidade No decorrer dos anos, tenho visto o mercado náutico brasileiro amadurecer, mas, em alguns aspectos, acho que ainda temos um bom caminho a percorrer O ramo náutico vem se profissionalizando cada vez mais. É enorme o gap tecnológico que separa os barcos feitos nas décadas de 80 e 90 daqueles construídos hoje. Foram introduzidos motores comandados eletronicamente, equipamentos sofisticados e acessórios que nem se imaginavam anos atrás. Temos de aplaudir as empresas nacionais que conseguem trazer estes equipamentos ao consumidor brasileiro; produtos e serviços com alta tecnologia inserida, que exigem investimentos em recursos humanos e aperfeiçoamento contínuo de seus funcionários. Trata-se de uma luta heroica contra a fome
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tributária do governo, os altos custos de importação, a burocracia e os próprios hábitos do consumidor que, devido aos altos custos dos equipamentos que chegam ao país, busca alternativas nem sempre formais de obter os produtos que necessita. Este comportamento acaba por enfraquecer aquelas empresas que aqui investem e se preparam para poder suprir as necessidades do mercado consumidor que, mais tarde, vai necessitar destas mesmas empresas para consertar, instalar e até ensinar a usar os equipamentos que muitas vezes não foram comprados delas.
É muito grande o número de brasileiros buscando desesperadamente no mercado nacional quem possa ajudá-los com equipamentos comprados no exterior que chegam ao país incompletos, incompatíveis ou até mesmo quebrados. Buscam ajuda daqueles que se tivessem vendido tais equipamentos teriam melhores condições de atendê-los quando necessitam.
No último boat show o dono de um equipamento comprado em Miami perambulava pelos corredores em busca desta placa eletrônica que veio com defeito de fábrica. O equipamento não tinha representante no Brasil
Outro aspecto preocupante é que são poucos os consumidores que buscam saber a qualificação das pessoas que atendem suas embarcações, ao contrário do que fazem quando precisam de um mecânico para seu automóvel importado ou um profissional de saúde. Esquecem de que o mar não tem acostamento e de que o barco é um meio de relaxar junto às pessoas mais queridas.
Quem instalou esta bomba não pensou que se a água no porão subir, vai molhar as conexões elétricas. Em poucas semanas estas conexões estarão oxidadas e a bomba deixará de funcionar
Uma peça não instalada adequadamente, um fio mal dimensionado por falta de preparo daquele trabalha na embarcação, pode fazer toda a diferença. É necessária a conscientização e um amadurecimento de que é bom exigir qualificação dos profissionais que atuam nas marinas e incentivar que os mesmos se
aperfeiçoem, acompanhem a evolução dos equipamentos e estejam atualizados tecnicamente para poder atender e realizar sempre o melhor serviço. Falta no Brasil qualificar o profissional autônomo e as empresas que disponibilizam suas habilidades e conhecimentos nas marinas. Não há empresa ou órgão que ateste a habilitação para executar este ou aquele serviço e muitas vezes os critérios de escolha são meramente financeiros ou totalmente subjetivos. Barcos não sofrem autocombustão e são raros os acidentes que acontecem devido ao acaso. Problemas acontecem sempre graças a uma sucessão de erros e quase sempre há por trás deles displicência, a escolha de algum material inadequado por ignorância ou um serviço mal feito por economia ou incompetência.
Estes relés são para acionar um guincho. Estão montados em posição incorreta. O motor do guincho funcionou até queimar. Foi necessário extinguir um princípio de incêndio.
Há vários caminhos para se aprimorar a qualidade, oferecer cursos aos profissionais e certificá-los. A ACOBAR começa a apontar para esta direção, mas nada surtirá efeito se o consumidor não amadurecer e criar as condições para isso acontecer. Exigir referências, qualificação e apostar naquelas empresas que investem e lutam para poder permanecer de portas abertas neste mercado são práticas que só podem melhorar e amadurecer o mercado náutico em benefício de todos aqueles que fazem do mar o melhor lugar para se energizar e relaxar.
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DIESEL E SEU MOTOR
Descubra quais são os cuidados que se deve ter com o diesel para a saúde do motor do seu barco
Óleo diesel é um combustível derivado do petróleo formado principalmente por hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio) e contém ainda enxofre, nitrogênio e oxigênio. É um produto inflamável, medianamente tóxico, volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico. Este combustível produz potência num motor ciclo diesel: quando na câmara de combustão a mistura ar/ combustível inflama-se e a energia é liberada forçando os pistões para baixo e girando o virabrequim. Um combustível em boas condições queimaria completamente, sem deixar resíduo ou produtos da fumaça. Infelizmente, é difícil encontrar um combustível em perfeitas condições. Existe, não por acaso, o óleo diesel marítimo, que é obviamente o mais adequado para o uso em motores de barcos. O que o diferencia do diesel normal, usado em veículos automotores é que ele não possui a adição de 6% de biodiesel, que é feita pela distribuidora de combustível por determinação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a fim de aumentar o poder de lubrificação do combustível pela redução do enxofre e reduzir as emissões de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos não queimados. Isentar o diesel marítimo do biodiesel tem um propósito. O diesel contém bactérias que, dependendo do tempo e das condições de armazenamen-
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to, podem se proliferar e produzir uma quantidade maior de resíduos, a conhecida “borra”. Este resíduo acumula-se no fundo do tanque e costuma entupir bicos e prejudicar todo o sistema de alimentação do motor, causando grandes estragos. Tudo começa com a presença de água no diesel, que faz com que as bactérias comecem a se multiplicar e isto vira uma dor de cabeça. Seja puro ou aditivado com biodiesel, o diesel é higroscópico (absorve naturalmente a umidade do ar). Situação que é agravada dentro do tanque no ambiente náutico, aonde a umidade é extremamente alta e sujeita a grandes mudanças de temperatura. Por isso, é muito comum haver água nos tanques de diesel dos barcos. Os filtros de combustível fazem a separação para que o motor não receba a água. O problema é uma grande quantidade acumulada no tanque, pois esta água fica em suspensão no diesel e ela pode vir a ser aspirada e comprometer seriamente o funcionamento do motor.
ÁCIDO SULFÚRICO Outro problema intrínseco ao óleo diesel é seu teor de enxofre, que facilita a formação de ácido sulfúrico (verniz de tom avermelhado) que contamina tanque, dutos, bicos injetores, bomba injetoras, causando sua corrosão e mau funcionamento. Fora isso, a emissão de gases provenientes deste diesel contaminado na atmosfera é uma das principais responsáveis pela chuva ácida.
O diesel não queimado corretamente contamina o meio-ambiente e o lubrificante, diminuindo sua eficiência e provocando desgastes nas peças do motor Resumindo, o diesel que está no tanque do seu barco contaminado com água, forma “borra” e ácido sulfúrico, causando sérios problemas em diversos componentes do motor e seus periféricos. Os filtros ficarão saturados, não haverá o correto fluxo do combustível; a bomba injetora ficará desregulada e desgastada e os dutos que conduzem o óleo diesel ficarão parcialmente obstruídos. Nos bicos injetores, as falhas causadas pelas impurezas são tremendamente nocivas. Em função da precisão que hoje permeia esses equipamentos e a alta pressão na qual o diesel é submetido, a contaminação provoca um desgaste
prematuro nestas peças que vão, sem dúvida, falhar em seu desempenho. O óleo diesel que deveria ser “pulverizado em névoa” passa a ser “esguichado” para dentro do motor. Quando esse combustível entra no motor do seu barco de maneira inadequada não é queimado corretamente. Daí uma parte sai sob a forma de fumaça negra – contaminando o meio-ambiente – e a outra escorre pelo cilindro, contaminando o lubrificante, diminuindo sua eficiência e provocando desgastes nas camisas dos cilindros, anéis dos pistões, nos pistões e nas válvulas de admissão.
No filtro separador, é possível ver o óleo diesel comprometido (vermelho), a colônia de fungos, algas e bactérias (branco), que deterioram as propriedades do combustível, e a água no fundo (amarelo claro). Em seguida, o estado do óleo depois de usado o otimizador
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PELOS MARES ALGUNS PROBLEMAS COMUMENTE ENCONTRADOS EM NOSSOS BARCOS: Acúmulo de água no tanque de Diesel Formação de ácido sulfúrico Formação da “lama” ou “borra”.
CONSEQUÊNCIAS: Entupimento de bicos e bombas, fazendo com que o motor do barco não funcione “redondo”, trabalhando com falhas e podendo até não funcionar. Corrosão de tanques, dutos, bicos injetores, bomba injetora etc.
O QUE FAZER: Abastecer sempre com diesel marítimo, jamais com o diesel automotivo e em postos de confiança Verificar constantemente a aparência do diesel que está no copo transparente do filtro separador. Se o óleo diesel estiver turvo, com uma ou duas faixas de cores diferentes (colônia de fungos, algas, bactérias e água contaminada) é hora de usar um otimizador ou realizar uma manutenção. Ao abastecer utilize sempre com um otimizador de combustível. A proporção é indicada pelo fabricante (geralmente é de 1/1000 litros) e basta você usar X de otimizador para cada Y de litros de combustível. Renove a dose a cada três meses. Adoce o motor regularmente. Ligue os motores semanalmente de 10 a 15 minutos ou até aquecê-los. Mantenha sempre o nível do combustível alto, o tanque cheio dificulta a contaminação. Se o tanque estiver muito comprometido, faça uma “limpeza” junto a uma empresa especializada (nunca com água ou vapor). O mesmo vale para a manutenção dos motores e seus periféricos.
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Este efeito nocivo gera consequências em cadeia que prejudicam todos os componentes do motor que são lubrificados, como bielas, virabrequim e tuchos, implicando em perda de potência e gastos excessivos com manutenção e consumo.
COMO PROTEGER SEU MOTOR Por muito tempo, o abastecimento dos combustíveis, dos lubrificantes, filtros e também os líquidos de arrefecimento, não foram encarados como deveriam. Com o advento de motores mais modernos e também em função do alto custo do combustível, toda a operação que envolve o um motor a diesel em um barco exige muito mais atenção e cuidados, tanto na utilização e quanto na manutenção. A contaminação do diesel pode se dar antes mesmo dele chegar até o consumidor final em reservatórios, em postos de abastecimentos e até nos caminhões tanque que não são apropriados para trabalhar com o diesel de uso marítimo, que não sofrem a devida manutenção ou que contém resíduos. E também pela oxidação que o diesel sofre naturalmente com o tempo, perdendo suas melhores propriedades. Portanto, opte por abastecer sempre com diesel marítimo de um posto de confiança, que atendem muitos usuários. Jamais use diesel automotivo no barco. Na manutenção, comece por verificar a quantas anda o diesel no tanque do seu barco. Como não se tem acesso visual ao interior do tanque, fica muito difícil o diagnóstico de qualidade do óleo armazenado. O mais prático e confiável é verificar constantemente a qualidade do diesel que está no copo transparente do filtro separador. Ele exibe
Abasteça sempre com diesel marítimo, jamais com o automotivo, e em postos de confiança. E use o otimizador para garantir a saúde do diesel do tanque
um reflexo do que está acontecendo dentro dos tanques. O óleo diesel comprometido apresenta invariavelmente uma coloração turva e escura, com fungos, algas e bactérias que deterioram as propriedades do diesel. Quando chegar ao ponto de se verificar isso no copo é aconselhável que seja feita a revitalização do combustível armazenado. O processo é rápido, realizado com equipamentos específicos em conjunto com a aplicação de um otimizador de combustível para diesel marítimo. O otimizador é um produto, hoje, de uso praticamente imprescindível, pois corrige boa parte dos “problemas”. Ao usar a proporção certa deste produto, com a quantidade de óleo adicionada no tanque a cada abastecimento, o diesel do barco terá menos absorção de água, maior capacidade de dissolução da “borra” e otimização do seu poder energético, além de evitar a formação de novas contaminações e de preservar as características químicas do combustível por longos períodos de armazenagem. Após o tratamento com o otimizador, o filtro separador irá manter a sua função de filtragem e separação de água por períodos mais longos. Por ser uma característica natural do diesel, quando os níveis de acúmulo de água “limpa” (sem contaminantes) é verificado, basta drenar a água acumulada no fundo do tanque semanalmente, após o procedimento padrão de acionamento dos motores. Se mesmo assim você não está convencido de que o diesel que você usa e como você cuida dele é importante para a saúde do motor do seu barco, converse com quem abastece o barco corretamente, utiliza os otimizadores e realiza manutenção periódica nos motores. Eles navegam tranquilos, sem sustos e a custos infinitamente menores.
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MEDIDOR DE
VENTO Transforme o seu smartphone numa ferramenta meteorológica de alta tecnologia Atenção, velejadores. Uma empresa dinamarquesa criou um aparelhinho simples, mas extremamente útil: o Vaavud. De esquisito só tem o nome. Este é simplesmente o melhor e mais barato anemômetro, uma vez que ele cabe no bolso e literalmente “roda” no seu smartphone. Você baixa um app (aplicativo disponível no iTunes e/ou Google Play) e, ao acoplar o Vaavud em seu smartphone, ele começar a girar e mede a velocidade do vento em tempo real. Ele é compatível com a maioria dos smartphones, principalmente o iPhone, do 4 em diante; iPad, do 2 em diante e mini; Samsung Galaxy, do S2 em diante, e alguns poucos modelos da Motorola RAZR, Sony Xperia e LG Optimus. Além dos velejadores, o anemômetro Vaavud já é a nova febre entre os praticantes de Kitesurf, voo de balão, canoagem, parapente e asa delta, golfistas, pilotos de helicóptero, ciclistas, aeromodelistas ou mesmo os entusiastas de papagaios de papel ou de flugtag (os que tentam voar em geringonças caseiras) por ser um dispositivo fácil de transportar e de usar. Com escala variando de 2 a 25 metros por segundo, o medidor de velocidade do vento não tem sensores ou eletrônica embutida. Ele usa um engenhoso mecanismo de ímãs fixados no eixo de duas conchas de borracha que provocam perturbações magnéticas no acelerômetro do smartphone. Ou seja, ele utiliza os sensores do seu tele-
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fone e um conjunto avançado de algoritmos para medir a velocidade exata do vento. E via um aplicativo faz a tradução para velocidade. Como o acelerômetro geralmente é bem preciso, a resolução deste mecanismo é de 0,1 m/s, com grau de incerteza de mais ou menos 0,25 m/s. Mais do que medir a velocidade do vento atual, média e máxima, a sua medição é automaticamente registrada em um mapa junto com as medições de outros usuários Vaavud. Assim, você ainda pode consultar a medição deles e saber qual a condição de vento em vários locais do mundo! Quanto mais usuários estiverem usando e compartilhando em sua região, mais detalhada será a informação. Na hora de baixar o aplicativo, cuidado para usar a versão correta para iOS ou Android. E nas configurações é possível mudar a unidade de medida para nós, km/h e mph. Mais informações no distribuidor oficial no Brasil, www.equinautic.com.br, ou no revendedor em SP, www.velamar.com.br
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Um giro pelo mundo náutico
RÁPIDO E EFICIENTE
Cada vez mais, os barcos estão aderindo aos modernos cooktops elétricos pela sua praticidade, velocidade e segurança Por Leonardo Millen Se você pretende cozinhar a bordo, saiba que fica muito mais prático com o uso dos modernos cooktops elétricos. Eles dispensam o perigoso uso do gás e funcionam somente em 220V. São bem eficientes, conseguem preparar e esquentar os pratos com precisão total no controle de temperatura, além de ocupar bem menos espaço na bancada. As diferenças entre os modelos se resumem basicamente no tipo de funcionamento, se é um cooktop elétrico ou por indução, e em algumas funções mais avançadas. O cooktop elétrico não tem grades. Ele é feito em vitrocerâmica e nas regiões dos queimadores tem resistências que esquentam muito e rapidamente, demoram a esfriar e exigem panelas de aço com fundo reto (planas) e reforçadas. Materiais menos resistentes, como vidro ou cerâmica, não devem ser usados. O cooktop por indução trabalha tal como o elétrico, mas não tem resistências. Seu sistema de aquecimento é por indução eletromagnética. Ou seja, exige que, além de planas, as panelas sejam magnéticas. O cooktop só esquenta a panela adequada e se ela estiver em contato com a zona de cocção (um círculo redondo demarca-
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do). E assim que é desligado, ele esfria praticamente de imediato; assim não queima a comida nem oferece risco a quem encostar no cooktop sem querer. Os modelos modernos dispõem de painel touch screen e funções como timer, trava de proteção que evita que seja ligado sem querer, diversos níveis de potência (que permitem que você prepare o prato ou só mantenha o alimento aquecido), indicador de temperatura no painel (a precisão do calor permite o cozimento desejado dos alimentos) e mesa vitrocerâmica fácil de limpar.
Consumo de energia
De acordo com um teste realizado pela Electrolux, para que uma panela com 2,2 litros de água alcance a temperatura de 90 graus Celsius são necessários pouco mais de seis minutos num cooktop elétrico (ou de indução), enquanto num a gás o tempo é de 11 minutos e 25 segundos. Ou seja, os cooktops elétricos são quase duas vezes mais rápidos, porém consomem bastante energia, o que em um barco é um item difícil e que precisa ser bem dimensionado para que a alegria não se transforme em desprazer.
Cooktops elétricos e por indução são obrigados a especificar o seu consumo de energia. Se não estiver na descrição sumária do produto, analise a etiqueta do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Os produtos são classificados com letras de A a E. Produtos com a letra A consomem menos energia; aqueles com a letra E são os menos eficientes. Uma média razoável é de 2,3 KW por uma hora de uso. No entanto, na prática, eles superam estes níveis. O consumo também varia conforme o número de queimadores. Obviamente, quanto mais queimadores, maior o consumo. Os modelos da Fischer, por exemplo, consomem 3,60 kWh (2q.) e 7,2 kWh (4q.). O consumo de energia é um informação fundamental para se decidir pela escolha do modelo, uma vez que seu barco precisa ter um grupo de baterias, um inversor ou um gerador que suporte o seu funcionamento.
Os cooktops são ideais para cozinhas e espaços gourmet dos barcos, principalmente o por indução, que não oferece risco de alguém se queimar se encostar nele Para a sua instalação, é importante também que a bancada da cozinha esteja dimensionada para recebê-lo. A Brastemp tem uma série de recomendações que determinam que a face inferior do produto deve respeitar a distância mínima de 2 cm da base do móvel e, para assegurar a ventilação adequada, é importante deixar ao menos 5 mm entre o móvel e as laterais do cooktop. A bancada de apoio deve ser nivelada, ter de 3 a 6 cm de espessura para suportar o peso e deve ficar a uma distância mínima de 10 cm de paredes ou outros móveis, longe de materiais pouco resistentes ao calor e ao vapor. Confira suas dimensões e compare com o espaço disponível antes de escolher o modelo. Daniel Silveira, Gerente de Produto Special Lines da Electrolux, garante que os cooktops elétricos da linha ICON da empresa, além de potentes, são totalmente adaptáveis a instalações em grandes embarcações. “Para isso é importante que seja fornecido um ponto de energia de 220V com disjuntor de 50A e o produto funcionará normalmente”, recomenda. Verifique sempre o manual do produto e faça a instalação com um profissional. Você certamente não vai se arrepender por cozinhar com modernidade e segurança.
Escolha seu cooktop
FISCHER
tem dois modelos de indução de 2 (R$ 1.500) e 4 queimadores (R$ 2.000), com painel touch screen, função manter aquecido, indicador de superfície quente e timer de até 99 minutos. Mais informações, www.fischer.com.br
ELECTROLUX
tem dois modelos, o ICI76 (R$ 7.260), indicado para quem aprecia gastronomia aliada à tecnologia, e o ECI65 (R$ 4.850), com o moderno, rápido e seguro sistema de indução. Mais informações, www.electrolux.com.br
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PELOS MARES TRAMONTINA
tem dois modelos de elétricos Square Touch, o 4EV 30 (R$ 2.000) e o 2EV 30 (R$ 1.650), com quatro ou duas áreas de aquecimento. Contam com nove níveis de potência, timer e indicador de superfície quente, além de desligamento automático e chave de bloqueio. O modelo de indução, o Square Touch 4EI 60 (R$ 2.500), conta com quatro áreas de aquecimento eletromagnético para panelas de tamanhos diversos e nove níveis de potência.
BRASTEMP
oferece duas opções de cooktops de indução. O modelo BDJ61 (R$ 2.750) tem 60 cm e é o único no mercado com três zonas de cocção para panelas de diferentes formatos. Tem também a tecla Turbo, que garante um cozimento ainda mais rápido. Por exemplo: ferve dois litros de água em cinco minutos, economizando até 40% de energia. Já o compacto modelo Gourmand BDJ30 (R$ 350) é portátil – pode agradar bastante em barcos menores – e tem seis níveis de potência, timer e trava de segurança. O modelo elétrico, o Dominó BDH30 (R$ 1.300), é uma dupla Cooktop/Churrasqueira, ideal para cozinhar e grelhar alimentos, e podem ser instalados juntos. Mais informações, www.brastemp.com.br
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Catamarã NOMAD 7XC A Mastro D’Ascia fabrica lanchas
em que o rendimento e a navegabilidade são as bases do processo de desenvolvimento. Utilizando técnicas construtivas de vanguarda e materiais da mais alta qualidade chega-se a um produto único, capaz de proporcionar a melhor experiência de navegação em qualquer condição de mar.
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ROUPA NOVA A Regatta Tecidos lança nova coleção de tecidos exclusivos inspirados na cultura portuguesa A Regatta Tecidos, sinônimo de tradição, exclusividade e qualidade em revestimentos diferenciados para interiores e áreas externas, acaba de lançar uma nova coleção de tecidos e papéis de parede assinados. Na verdade, foram várias coleções, que incluem padronagens inspiradas na cultura portuguesa, na alfaiataria, e a linha Sunbrella, a mais conceituada internacionalmente para áreas externas, além de papéis de parede assinados por importantes grifes internacionais. Ou seja, muita coisa nova que pode inspirar aquela reforma que você tanto estava pensando para o interior do seu barco. “A Regatta Tecidos se inspirou nos azulejos portugueses nos tons de azul, índigo, Mônaco, nectarina e turquesas, que são cores fortes na coleção e que têm tudo
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para virar uma tendência”, diz Luciana Viera, Gerente de Marketing da empresa. Os tecidos da Coleção Índigo misturam linho, algodão e jacquards de veludo em cores, formas e motivos da cultura portuguesa, com referências às técnicas tradicionais de sulcos dourados ou coloridos. Já a Coleção Alfaiataria é marcada pelos tons mais sóbrios e estampas clássicas da moda masculina, enquanto as coleções de papéis de parede da Regatta Concept Wall, exclusivas da marca e de grande sucesso lá fora, prometem muita qualidade, ousadia na decoração ou na reforma do interior do barco. www.regattatecidos.com.br
Papéis assinados
A Regatta Concept Wall, marca de revestimentos de parede da Regatta Tecidos, traz com exclusividade novidades em papéis de parede assinados por importantes grifes internacionais. A Tapet-Café, empresa dinamarquesa, homenageia a artwork, com papéis desenhados a mão, alguns deles assinados pela artista Helene Blanche. Da Flocart, as coleções Paper e Lin são totalmente dedicadas ao linho, apresentando as possibilidades desse material a partir de diferentes técnicas assinadas por vários designers da jovem marca belga Vatos. E a festejada marca finlandesa Marimeko apresenta uma coleção atemporal, mas com padronagens ousadas, brilhantes e coloridas. Finalmente, a coleção Índigo propõe modelos em sintonia fina com os tecidos de mesmo nome, feitos exclusivamente para a Regatta. Nela também as cores e referências mediterrâneas predominam em exuberantes tons de azul, criando uma atmosfera de pura sofisticação e totalmente em sintonia com o mundo náutico.
Lá fora
Certamente, a nova coleção dos consagrados tecidos Sunbrella atraem os holofotes. Exclusividade da Regatta Tecidos, o Sunbrella é o tecido mais completo para áreas externas do mercado, indicado para revestir móveis de jardins, entornos de piscinas, terraços e deques de praia e, é claro, barcos e iates. Produzido em acrílico 100%, os tecidos Sunbrellas resistem ao sol, chuva, vento, mofo e sujeira, sempre com beleza, toque agradável e fácil manutenção. Suas propriedades permitem reter 75% do calor solar, bloquear raios UV e também repelir a água graças ao acabamento de fluorcarbono. Ele é tão adequado que é muito usado também em áreas internas, revestindo sofás, colchas, cortinas, ou mesmo paredes, cabeceiras e ambientes de uso infantil ou para pets. Um clássico que se reinventa a partir de novas cores e estampas – listras, geométricos e florais. A nova coleção traz tudo isso em diversas opções que passam a integrar uma cartela já consagrada de 100 cores coordenáveis, entre lisos, estampados e texturizados.
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PELOS MARES
REGATTA FECHA PARCERIA COM O ESTALEIRO FS A Regatta anunciou mais uma parceria para o seu portfólio. A partir de agora, a empresa é dealer oficial da FS
“Com a chegada da FS à Regatta pretendemos ampliar a nossa participação no mercado de barcos premium de pequeno porte. Muita gente não sabe que é possível comprar um barco legal pelo preço de um carro, por exemplo. É importante para a Regatta voltar a oferecer embarcações nesse valor para quebrar o paradigma de que ter barco é caro”, contou Marcelo Galvão Bueno, sócio-diretor da Regatta. O FS 275 Concept tem capacidade para 11 passagei-
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ros e possui uma cabine para duas pessoas. Já o FS 230 Scappare são 10 passageiros sendo dois para pernoite e o FS 205 comporta oito pessoas. “Temos certeza que o mercado náutico vai crescer muito especificamente nessa área de embarcações de entrada”, disse Renato Gonçalves, Diretor Comercial da FS. Há 16 anos no mercado, a FS tem a sua linha produção em Santa Catarina e exporta suas embarcações para Canadá, Eslovênia, Rússia, Angola e Suécia.
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PELOS MARES
SC ASSUME CADEIRA NO
GT NÁUTICO NACIONAL
O grupo de trabalho náutico catarinense, oficializado em fevereiro deste ano sob comando de Leandro ‘Mané’ Ferrari - também presidente da Associação Náutica para o Brasil (Acatamar) – garantiu uma vaga no GT Náutico nacional, assumida nesta semana, em Brasília. Durante a posse, Ferrari teve o trabalho junto ao setor muito elogiado pelos membros do grupo.“Saímos com a missão de trabalhar em conjunto para o fortalecimento da atividade com regras mais claras. Temos muito a fazer em nosso estado e estamos cada vez mais ganhando espaço para que possamos realmente mostrar nosso potencial, não somente no litoral, mas também no interior, onde rios e represas representam diversas possibilidades”, destacou.
O grupo de trabalho conta com o apoio da Secretaria Estadual de Turismo e de diversas prefeituras do litoral catarinense, com boas perspectivas para adesão de outras da região oeste. A escolha é fruto da liderança de Ferrari à frente da Acatmar, que atua na formação de mão de obra, orientação para liberação de estruturas náuticas, além de oferecer soluções e diversos projetos para incrementar o uso de nossas águas.
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NAVEGAMOS
SEA RAY 410
Elegância e
ESPORTIVIDADE Uma das estrelas da Brunswick recém-importada para o Brasil que esteve pela primeira vez na água para test drive no Boat Xperience do Guarujá, em janeiro, a Sea Ray 410 mostrou que, além de muito bonita, navega como poucas lanchas deste segmento Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Marcio
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NAVEGAMOS
SEA RAY 410
A
Sea Ray pertence ao grupo Brunswick, o mesmo das lanchas Bayliner e dos motores Mercury, por exemplo. O grupo montou uma fábrica no Brasil em Joinville (SC), em 2012, com o mesmo padrão e exigência construtiva da matriz americana, com capacidade para produzir até 400 barcos ao ano. Lá são feitos três modelos da linha Bayliner, entre 25 e 35 pés, e outros dois da linha Sea Ray (mais sofisticada e cara), de 35 e 37 pés. Porém, nos Estados Unidos, a linha Sea Ray faz tanto sucesso que ela é maior, com modelos de 19 a 65 pés que podem variar de R$ 150 mil a até R$ 10 milhões.
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A atual estratégia da filial brasileira também é trazer alguns modelos importados da linha Sea Ray. Até agora já foram entregues três unidades da Sea Ray Sundancer 410DA, que agradou em cheio o segmento. Por isso, a expectativa do estaleiro é que esse número suba ainda mais. E há motivos para isso. Esta 41 pés é o modelo mais potente fabricado pelo estaleiro nos EUA. Não o mais inovador, já que a propulsão testada e padrão é a V-Drive com eixo e pé de galinha. Os novíssimos PODS Zeus com controle sensível de manobras e operação auxiliar por joystick é item opcional. Não podemos reclamar, já que em nossa avaliação a lancha com eixos
Pelo seu conforto, acabamento primoroso e ótimo desempenho, a Sea Ray Sundancer 410DA agradou em cheio o segmento Há um agradável lounge entre a cozinha e os camarotes
O banheiro tem box com chuveiro e boa altura
A suíte aproveita-se bem da gaiuta da proa
se mostrou obediente e calma na navegação, o que agradou muito em termos de conforto. Por outro lado, a alta potência dos dois Cummins QSB 6.7L de 473 hp cada não desapontou, vai impressionar principalmente os mais aficionados em velocidade e força. Números bastante interessantes de navegação de cruzeiro e até de top foram aferidos no teste e mostraram que a Brunswick acertou em trazer este modelo que tem muita potência sob o convés para o Brasil. É um barco excelente para três adultos e duas crianças na versão de meia nau aberta com camas pequenas. Há opção de layout com segundo camarote fechado que tem camas maiores e que aceita, ai sim, adultos. Com sofisticação, acabamento primoroso e muito conforto, compete lado a lado com os modelos mais sofisticados de mesmo porte. Entretanto, por ser importada, seu preço aqui é um pouco salgado dentro do seu segmento: US$ 772 mil, algo em torno de R$ 1.700 mi.
Apesar de ficar embaixo, a cozinha é equipada e tem uma bela vista do mar
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NAVEGAMOS
SEA RAY 410
A Sea Ray 410 se mostrou moderna, muito bem-acabada, ágil, macia e com extremo conforto, um barco acima da média
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O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Sea Ray 410 cumpre o que promete? Os números da 410 com a motorização mais potente disponível pela fábrica (e, segundo a Brunswick no Brasil, a única que será importada) de 946 hp totais acoplados a propulsão V-Drive com reversores ZF com relação de 2,01:1, hélices de nibral de quatro pás de 26x23 polegadas modelo DQX, ficaram dentro do esperado e agradaram muito na avaliação. Foram medidos 26,5 nós com 94 litros/hora no regime econômico; 29,4 nós com 133 litros/hora no cruzeiro regular e, por fim, ótima velocidade máxima de 35,1 nós com 181 litros/hora. Tendo se mostrado ágil e macia e com extremo conforto graças ao equilíbrio da propulsão por eixo a este casco bem concebido, podemos afirmar que a Sea Ray Sundancer 410DA cumpre muito bem o que promete.
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SEA RAY 410
NAVEGAMOS
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
2500 26,5
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
94
0,28 3,55 272
Velocidade (nós)
2800 29,4
Velocidade (nós)
3300 35,1 10
Milhas/ Litro
133
0,22 4,52 213
7
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
181
0,19 5,16 187
Autonomia (MN)
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
O top acima dos 35 nós está dentro do esperado graças ao potente conjunto, mesmo se considerar a propulsão V-Drive com eixo e pé de galinha não tão 15 eficiente como a opção de PODs ZEUS.
ACELERAÇÃO
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A aceleração foi boa e compatível com o peso, de quase 11 toneladas, e a potente motorização de 946 hp totais. Vale dizer que o tipo de propulsão da unidade testada roubou um pouco de desempenho neste item.
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Litros/ Milha
Autonomia (horas)
5
12,3”
5
0
Consumo (litros)
O cruzeiro para um barco deste porte, considerando os potentes motores de 473 hp, é ponto alto do conjunto, com 29,4 nós e autonomia suficiente para fazer Santos-Rio sem escalas.
MÁXIMA RPM
10 O cruzeiro econômico é excelente, acima dos 25 nós e muito confortável. Seu tanque de 965 litros permite autonomia de 272 MN, o que corresponde a uma viagem entre Itajaí e Santos.
CRUZEIRO RPM
Autonomia (horas)
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Sea Ray Sundancer 410DA aconteceu nas águas de Santos, em dia de sol, ventos calmos ESE com cerca de 4 nós que variaram até 7, mar calmo com ondas baixas. A embarcação testada estava com o tanque de água com 80% da capacidade total e os de combustível com 60%.
Os painel tem medidores em boa posição e um volante esportivo
Ponto positivo para a área envidraçada do cockpit
A tampa de acionamento elétrico facilita a inspeção e manutenção dos motores
O teto solar é amplo e agrada bastante a pilotagem quando aberto
O passadiço lateral é espaçoso e seguro
A Sea Ray 410 reafirma o excelente padrão de qualidade da marca
O cockpit tem boa visibilidade e o conforto de bancos duplos e sofá lateral
A circulação e o acesso são fáceis e seguros
A elétrica é como deve ser, codificada e com conectores e cabos estanhados
O gerador também está bem dimensionado e com fácil acesso
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NAVEGAMOS
SEA RAY 410
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO Laminação manual tipo spray up e casco em sanduíche de fibra de vidro com núcleo de espuma de PVC rígido. Certificado que satisfaz as normas USCG, ABYC e NMMA. A engenharia por trás da marca é a garantia de um barco bem projetado e construído.
INOVAÇÃO A 410 DA foi lançada em 2012 e não inovou muito em termos gerais. Manteve a progressão de uma linha já consagrada e incluiu retoques e atualizações de estilo e acabamento, no que foi muito feliz. A principal inovação é a instalação opcional de propulsão tipo POD, modelo ZEUS.
CONFORTO Excepcional conforto no cockpit. É silenciosa na cabine e no cockpit fica dentro dos padrões para uma semi-aberta, com nível de ruído entre 82 e 84 decibéis. Faltou acionamento elétrico do teto flexível. Na cabine, ambiente agradável e aconchegante com uma excelente suíte de proa e banheiro elogiável. A cozinha é espaçosa e bem montada. Na versão aberta, as camas de meia nau são muito curtas, apenas para crianças. Na opção de dois camarotes fechados elas melhoram bem de tamanho.
ACABAMENTO Excepcional. A 410, mesmo sendo um barco não tão grande, tem a sofisticação de um iate, com fino acabamento, interior moderno e muito confortável. Há cuidado em cada detalhe de montagem, desde um paiol a uma porta de armário. O resultado é beleza e pouco barulho de partes e peças móveis.
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PILOTAGEM Um dos pontos mais altos da embarcação. Para quem gosta de um barco mais firme e bem estável, a 410DA não deixa nada a desejar. Pelo contrário, com a propulsão por eixo, tipo V-Drive, ela fica mais acertada, com o casco muito bem encaixado na água. A experiência de pilotagem em nosso teste foi realmente empolgante.
SEGURANÇA Do jeito que deve ser em todo barco. Fiação inteiramente estanhada com quebra de circuito e dois isoladores galvânicos. Sistema de corte de combustível em caso de incêndio. Instalações elétricas e hidráulicas muito bem finalizadas. Lá fora o guarda-mancebo alto que protege bem a proa.
SEU BOLSO O preço é salgado, mas tudo que é bom tem seu custo. Os barcos importados acabam custando um pouco mais por questões fiscais, mas certos modelos entregam uma qualidade que compensa seu preço mais alto. É o caso da Sea Ray 410 DA que chega ao Brasil, com a configuração testada, a US$ 772 mil, o que equivale aproximadamente a R$ 1.700 mi.
DESEMPENHO Para o Brasil, a única opção é a motorização mais potente, de 473 hp. Com toda esta potência e propulsão V-Drive ela teve ótimo desempenho. Marcou números que variaram de 26,5 a 35,1 nós nos regimes econômico e máximo, respectivamente. Acelerou muito bem e mais, quase reta, sem levantar a proa, marcando razoáveis 12,3 segundos do repouso aos 20 nós.
O MELHOR USO A Sea Ray Sundancer 410DA é uma lancha na medida para você? Estilo elegante e toque esportivo na medida certa. Muitos equipamentos e uma construção e acabamento que saltam aos olhos. Com motorização bem potente de 946 hp totais e propulsão equilibrada e mais robusta, tipo eixo e pé de galinha, a Sea Ray Sundancer 410DA é um barco que, por sua performance arro-
jada e sua estabilidade de navegação, apesar do preço mais alto, certamente vai chamar a atenção de quem busca um barco não muito grande, mas com itens que só iates grandes têm. Ideal para um casal com dois filhos, é uma embarcação para navegar qualquer mar de nossa costa, isso sem dúvida alguma.
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NAVEGAMOS
SEA RAY 410 BOCA
3,96 m
FICHA TÉCNICA TANQUE DE COMBUSTÍVEL 965 l TANQUE DE ÁGUA 227 l NÍVEL DE RUÍDO EM 84 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO
Centro (V-drive ou POD Zeus)
POTÊNCIA DO MOTOR
2 x Cummins QSB 6.7L (diesel) 473 hp
CAMA DE PROA
1,90 x 1,47 m
PESO SEM MOTOR 9.443 kg
ALTURA BANHEIRO
PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.318 kg CAPACIDADE 12/5 (sendo duas crianças) (DIA/PERNOITE)
1,94 m
ALTURA CABINE
1,95 m
PROJETO E FABRICANTE SEA RAY LANÇAMENTO 2012
O QUE VEM DE SÉRIE
COMPRIMENTO: 12,65
m (41,5 pés)
Atuador elétrico na casa de máquinas, atuador elétrico no encosto do sofá do cockpit, hard top com teto retrátil automático, vasos sanitários elétricos, três baterias, divisor de carga, quatro bombas de porão c/ automáticos, colchão solário de proa, Iluminação em LED, box fechado nos banheiros. Poltrona do piloto dupla com assento rebatível, tampa de praça de popa elétrica, sistema de som com CD player com controle remoto digital no cockpit, conector para iPod, gabinete com bancada, pia, torneira, corrimão de aço inox, lixeira e armário, caixa térmica removível sob a pia, TV 32” no salão, aparelho de DVD, cama de casal com ajuste elétrico de extensão, sofá do salão conversível em cama de solteiro, gerador de 9.0 KW A, plataforma de popa integrada com escada para banho, conjunto de válvulas do sistema de água doce, sistema de lavagem da âncora.
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Ar refrigerado e aquecimento no cockpit, lona vertical com visor transparente de fechamento do cockpit e lonas de cobertura para os assentos traseiros, desembaçador, grill elétrico embutido na bancada do cockpit, hardtop totalmente fechado com arco de radar no topo, para-brisa com vidros verdes temperados com abertura elétrica de ventilação, janelas laterais de acionamento manual, gaiuta, janelas laterais do casco com vigias, refrigerador bivolt no cockpit (em substituição ao icemaker Standard), tela contra insetos na porta da cabine, solário de proa com regulagem do encosto, teto solar de lona com acionamento manual, bow thruster (somente com propulsão V-Drive). Para saber mais, www.searaybrasil.com.br Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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EVOLVE 270 CAB
Maior E MELHOR A Evolve 270 Cab reestreia no mercado evoluída, com muito mais espaço, e promete agradar bastante quem também gosta de personalizar bastante a sua lancha Por Caio Ambrosio / Fotos Pedro Ambrosio
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NAVEGAMOS
EVOLVE 270 CAB
A
s lanchas Evolve são desenvolvidas pelo estaleiro Ocean Life na cidade de Palhoça, no litoral de Santa Catarina. O estaleiro adquiriu os moldes da extinta e consagrada marca Evolution Boats com o desafio de alcançar um próximo estágio em relação a desempenho, acabamento e conforto com a linha de barcos Evolve 225 Cab, 225 Open, 235 Cab e 270 Cab. Um grande diferencial da Evolve é permitir aos clientes realmente personalizar suas lanchas, mudando não só as cores, mas muitos detalhes do acabamento e agregando uma série de opcionais. Essas possibilida-
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des refletem o perfil do estaleiro, que busca se atualizar constantemente para oferecer as tendências mundiais para o mercado nacional. A 270 Cab é uma evolução da antiga 265. É o maior barco da linha e foi idealizada para quem gosta de um design esportivo, boa navegabilidade e ótimo aproveitamento interno. Tanto que ao entrar nela se tem a nítida sensação de se estar em um barco de maior porte. Ela tem diversos detalhes que a deixam mais aconchegante, como a mesa no centro do cockpit; o banco do piloto e do passageiro que giram e, assim, integram bem o
O cockpit é bem distribuído e integra muito bem o ambiente. Ela tem detalhes que deixam a área mais útil e charmosa O acesso para o solário de proa é feito por degraus retráteis na entrada da cabine. A TV tem um braço que pode tanto deixa-la dentro da cabine como na porta
O banheiro aumentou e ficou mais confortável para o uso
A cama de casal acomoda muito bem duas pessoas durante o pernoite ou para um descanso durante o passeio
ambiente; o sofá que pode se transformar em um enorme solário e a a cabine, que recebe bem duas pessoas para pernoite, além do banheiro, que aumentou nessa versão. Mas não é só isso. Ela tem diferenciais em relação à versão anterior, como o aumento na plataforma de popa e 15 cm a mais no pé-direito da cabine e do banheiro, refletindo automaticamente no cockpit, que também aumentou. O tanque de combustível de 200 passa a ter 350 litros, o que dá muito mais autonomia ao barco. Os paióis, agora sete no total, também ganharam mais espaço. Além disso, houve uma reestilização da cabine,
A mesa escamoteável sob a TV é uma solução simples e de grande valia
que recebeu armários na parte superior e iluminação em LED. Resumindo: a lancha ficou maior e melhor. A 270 Cab se apresenta como um barco para quem busca passar um dia agradável no mar e que permite receber dez pessoas a bordo e duas no pernoite. Esse número pode aumentar caso o fechamento total for instalado, desta forma, basta abrir o solário de popa e transformá-lo em uma cama de casal extra. Outro ponto forte do barco é a sua autonomia, que chega a 12 horas de navegação com o tanque cheio a uma velocidade de 22 nós, utilizando o motor Volvo Penta 5.0 de 270 hp.
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NAVEGAMOS
EVOLVE 270 CAB
Durante a navegação, a Evolve 270 se mostrou bem segura e fácil de manusear. Se comportou muito bem, cortando as ondas sem nenhum respingo vindo em direção ao cockpit
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DESEMPENHO NA PRÁTICA A Evolve 270 Cab cumpre o que promete? Os números da 270 Cab ficaram acima do esperado para um barco de 27 pés. No modelo testado, o motor Volvo Penta 5.0 de 270 hp, com rabeta Duoprop, hélice modelo FH4, da própria Volvo Penta, atingiu a marca de 22 nós em regime de cruzeiro, com uma autonomia de 306 milhas ou 12 horas de uso. Esses números são muito bons para um barco nessa faixa de tamanho. A velocidade máxima atingiu a marca do 40 nós, outro destaque para o conjunto. Colocando tudo na balança, ou melhor, sobre a água, é possível afirmar que a Evolve 270 Cab cumpre o que promete.
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EVOLVE 270 CAB
NAVEGAMOS
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
3000 22,5
Velocidade (nós)
3500 27
Velocidade (nós)
4650 37,2
31
0,73 1,38 254
11
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
41
0,66 1,52 230
9
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
77
0,48 2,07 169
5
4,4” ACELERAÇÃO
15
20
A aceleração foi muito boa e compatível para o conjunto testado, e com o peso superior de duas toneladas, ficou dentro do esperado. A marca de 4,41 segundos, mostra como o estaleiro acertou nos ajustes do barco.
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Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
5
Ela atingiu 37, 2 na velocidade máxima, mostrando que pra quem gosta de navegar rápido, que está preparada para o desafio.
10
0
Litros/ Milha
O cruzeiro da 270 Cab é bem rápido, navegando a 27 nós ou um pouco mais de 31 milhas e mesmo assim continua agradável e com o consumo adequado
MÁXIMA RPM
Milhas/ Litro
Na velocidade de cruzeiro econômico, a Evolve navega bem tranquila a 22,5 nós consumindo muito pouco combustível, desta forma ela garante a autonomia de 254 MN
CRUZEIRO RPM
Consumo (litros)
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.
AS CONDIÇÕES DO TESTE As condições do teste foram realizadas em mar calmo, liso e sem vento. As únicas ondulações eram produzidas pela própria esteira do barco e algumas variavam em até 0,5 metro.
O corredor de acesso da Evolve 270 esconde um amplo paiol na passagem.
O solário de proa é um item opcional, mas que se torna indispensável para acomodar bem as pessoas nos passeios
O solário de popa esconde muitas coisas, como uma petisqueira com porta copos, além de um fogão com pia
A Evolve 270 tem muitos detalhes e opcionais que a transformam em um barco bem atrativo A escada de três degraus é segura e fácil de operar
O chuveiro de popa é item de série na Evolve 270
A chave de bateria fica bem localizada e de fácil acesso
Na plataforma de popa foi adicionado mais um paiol
No detalhe, a geleira térmica iluminada na base da pia
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NAVEGAMOS
EVOLVE 270 CAB
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO
PILOTAGEM
A construção do barco é feita em sanduiche de fibra de vidro, no casco, convés e costado. É utilizado manta de 450 gr/m2 e tecido de 600 gr/m2, Coremate, com tecidos biaxiais e triaxiais. Em alguns locais são usados reforços de compensado naval de 10 mm.
Um dos pontos fortes da embarcação. A 270 Cab corta muito bem as ondas e a posição de pilotagem ficou muito boa, tanto sentado como com o banco levantado. O conjunto com 270 hp mostrou muita tranquilidade em cruzeiro rápido, a 3.500 RPM. Ela se manteve estável e muito confortável para os outros ocupantes do barco.
INOVAÇÃO A inovação fica por conta dos detalhes incorporados ao novo modelo. O acréscimo de 15 cm do pé-direito da cabine e do banheiro mudou o barco. E com o aumento da popa, o cockpit também cresceu. Vale também destacar o aumento da capacidade do tanque de combustível.
SEGURANÇA Atende a todos os padrões de qualidade exigidos, fiação codificada, sistema hidráulico e elétrico muito bem instalados e de fácil acesso. A chave de bateria fica bem acessível e os espaços adicionais criados nesse modelo permitem deixar a salvatagem sempre à mão.
ACABAMENTO Esse item é um ponto que o estaleiro se orgulha e que seu proprietário faz questão. Cada barco, mesmo com as devidas customizações pedidas, obedece a um exigente padrão de qualidade, com cuidado nos mínimos detalhes.
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SEU BOLSO O conjunto testado estava com um motor Volvo Penta de 270 hp e nesta configuração o barco sai por R$ 225.000. Mas o estaleiro oferece diversas opções de motorização e opcionais, que podem diminuir ou elevar o preço final do barco, que, para a faixa dos 27 pés, se encontra ajustado à média do mercado nacional.
CONFORTO
DESEMPENHO
Neste quesito, a 270 Cab agrada de forma geral. Destaque para a popa, onde o sofá vira mais um solário, além dos dois já existentes na proa e na popa. A cabine ganhou armários e iluminação em LED, o que a deixou mais aconchegante.
O estaleiro oferece muitas opções de motorização e o desempenho do barco com motores maiores pode ser ainda mais surpreendente. Mas, no caso do modelo testado, o barco se mostrou muito bem equilibrado, alcançando a velocidade de cruzeiro na faixa de 22 nós gastando apenas 30 litros hora e com uma excelente autonomia.
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O MELHOR USO A Evolve 270 Cab é uma lancha na medida pra você? Com 151 barcos na água e quatro modelos na linha de produção, a Evolve agrada pelo seu visual, de linhas modernas e cores diferentes nas pinturas de casco. O cliente pode personalizá-la e deixar o barco ainda mais interessante. A proposta de uso da Evolve é bem clara: um barco para uso diurno, para até 10 pessoas e com pernoite para duas pessoas na cabine ou para quatro com o fechamento total do barco. Não é o local ideal para dormir,
mas essa opção existe. Destaque ainda para o equilíbrio do conjunto testado, que mostrou que a lancha navega bem, tem ótima autonomia e consumo satisfatório. O estaleiro é zeloso e se preocupa com os detalhes no acabamento, o que é um ótimo ponto a favor. E o teste comprovou um nítida evolução da 265 para a 270. A 270 Cab é um barco para pessoas exigentes, que procuram linhas modernas, versatilidade e conforto em uma embarcação de 27 pés.
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NAVEGAMOS
EVOLVE 270 CAB BOCA
2,68 m
FICHA TÉCNICA LINHA D´ÁGUA: 6,80 m CALADO COM PROPULSÃO: 0,60 m BORDA LIVRE NA PROA: 1,00 m BORDA LIVRE NA POPA: 1,10 m TANQUE DE 350 L COMBUSTÍVEL:
ALTURA CABINE
TANQUE DE ÁGUA: 150 L
1,45 m
MOTOR (TESTE):
Volvo Penta 5.0 de 270 hp
PESO DO BARCO 1.750 Kg SEM MOTOR: PESO DO MOTOR: 470 Kg PROJETO/ESTALEIRO Evolve
O QUE VEM DE SÉRIE ALTURA BANHEIRO
COMPRIMENTO: 8,05
m (27 pés)
1,25 m
Bancos giratórios, banheiro fechado na cabine, bocais de abasteciemento em inox, buzina, cristaleira espelhada iluminada com LED em acrílico, cunho em aço inox (6 unidades), ducha na popa, ducha no toalete, escada retrátil, estofamento em curvim antimofo, espaço gourmet na popa, extintor de incêndio, guarda mancedo em inox, instalações elétricas e hidráulicas, luzes de cortesia, luzes de navegação, mesa de centro, painel elétrico com 5 chaves, paiol de âncora na proa, paiol de popa, paiol abaixo dos sofás, paiol no corredor de acesso, para brisa em vidro temperado, petisqueira com porta copos na popa, pia com geladeira térmica iluminada no cockpit, porta copos, porta de acesso a cabine em acrílico com fechadura, puxador de esqui na popa, revestimento acústico do motor, solarium de popa, toalete manual, vigias laterais basculantes com tela anti-mosquito, petisqueira e porta copos abaixo do solário de popa.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM Auto-falante Subwoofer 10, capota dupla em inox com fechamento frontal, churrasqueira inox na popa, contador de corrente para guincho elétrico, DVD H-Buster, farol com controle remoto, flap estabilizador – par 9x9, fogão cerâmico elétrico 110V na popa ao lado da pia, Kit GPS com carta, Kit guincho elétrico Aires 500W – 12 V – 6MM, Kit Rádio VHF Ray49 (ant. 0,9mts), kit salvatagem, kit teca popa, micro ondas, módulo 04 canais com saídas RCA, sanitário elétrico, sistema Ecosafety FE300 anti-incêndio, sonda cuda 300, adesivo nome do barco, armário interno do banheiro, carreta de encalhe, fogão a gás na popa, kit som, pintura personalizada, alto-falante marinizado 6x9 (Par), fechamento total. Para saber mais, www.evolveboats.com.br
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NAVEGAMOS
GT 26
Para o que DER E VIER Criada em cima de conceitos tecnológicos e ótimo padrão de construção, esta lancha walk around multiuso de 26 pés é valente, bonita e eficiente, com grandes chances de conquistar seu espaço no mercado nacional Por Caio Ambrósio / Fotos Philippe da Costa
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CENTER CONSOLE
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NAVEGAMOS
GT 26
O
estaleiro GT Boats é pouco conhecido pelo mercado, pois seus proprietários, os irmãos Álvaro e Alberto Guidotti, entraram não faz muito tempo no segmento e preferem oferecer produtos diferenciados com produção limitada. Tanto que o seu barco de estreia, a GT 26, merece atenção: um walk around multiuso, valente e muito bem construído. Após diversos testes, cinco barcos já construídos navegando por Paraty e Ubatuba, eles resolveram contar em detalhes para nós como ele foi desenvolvido e mostrar como ele se comporta na água. Passamos um fim de semana navegando em duas versões da GT 26 e o resultado foi surpreendente. Trata-
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-se de um casco de 26 pés valente, pois ele foi concebido para navegar em mares difíceis. Frequentadores desde a infância da ponta da Joatinga, em Paraty (RJ), os irmãos Guidotti resolveram construir um barco realmente resistente e com conceitos tecnológicos de construção avançados, que fosse capaz de cruzar com segurança águas como as da Joatinga. Com base neste conceito nasceu a GT Boats. E o barco inicial, a GT 26, foi criada para ser uma lancha multiuso, ou seja, para passeios diurnos, pesca, mergulho e serviço. Por isso ela tem soluções criativas para atender a todos. Para a versão de passeio,
A mesa da popa pode ser rebatida e o espaço se transforma em um confortável solário
A GT 26 foi criada para ser uma lancha multiuso, ou seja, para passeios diurnos, pesca, mergulho e serviço. Por isso ela tem soluções criativas para atender a todos
O sofá de proa vira facilmente um solário
por exemplo, ela tem uma mesa que se transforma em solário na popa e mais um solário na proa. Na de pesca, ela tem porta caniços, caixa para peixes e espaço para armazenar as varas. Para o mergulho, ela tem duas aberturas na popa, que facilitam o embarque e desembarque do mergulhador, muito espaço para os cilindros, equipamentos e tudo mais que for necessário. E, finalmente, na versão de serviço, ela pode vir de fábrica toda aberta. O estaleiro conseguiu essa versatilidade graças ao seu molde, desenvolvido para ser montado por sessões.
Estofados coloridos, para-brisa fumê, painel esportivo e detalhes em madeira e cromados conferem um estilo moderno à esta center console
Nesse teste, tivemos a oportunidade de fazer um comparativo muito interessante, entre um barco com uma parelha de E-Tec 130 hp e outro com um motor E-Tec de 250 hp navegando exatamente na ponta da Joatinga. Os barcos se comportaram muito bem, cortando as ondas facilmente, com ótima retomada e estabilidade nas curvas, sem adernar demais e respingar. Mostrou que, independentemente da opção de uso do futuro proprietário, a lancha tem tudo para deixar os entusiastas de center console com mais uma excelente opção para o que der e vier.
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NAVEGAMOS
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GT 26
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O DESEMPENHO NA PRÁTICA A GT 26 cumpre o que promete? Equipados com um ou dois motores, os barcos testados apresentaram resultados muito semelhantes. Cortam bem as ondas, com segurança e com excelente desempenho. A GT 26 com a parelha de E-TEC 130 apresentou números satisfatórios, com regime de cruzeiro na faixa dos 22 nós com consumo aproximado de 39 litros hora. Já o outro barco equipado com um motor E-TEC de 250 hp, mostrou uma boa velocidade de cruzeiro, na casa dos 19 nós, consumindo apenas 35L/h. Ou seja, a lancha cumpre o que promete nas duas motorizações.
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NAVEGAMOS
GT 26
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO 2xE-TEC 130 HP CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
3500 22
Milhas/ Litro
38
0,58 1,73 174
A velocidade máxima chegou na casa dos 37 nós, com dois motores. Esse desempenho tem seu preço e o consumo foi bem alto, mas dentro do esperado.
MÁXIMA RPM
Consumo (litros)
Velocidade (nós)
5500 37,3
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
8
Na velocidade de cruzeiro ele respondeu muito tranquilo e mostrou sua navegação eficiente, alcançando uma distancia de 174 MN navegando a 22 nós
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
100
0,37 2,68 112
3
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
1xE-TEC 250 HP CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
3500 18,7
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
35,5 0,53 1,90 158
8
A velocidade de cruzeiro com apenas um motor, mostrou a versatilidade do conjunto multiuso desenvolvido pela GT Boats e sua autonomia atingiu 158MN
No regime máximo do motor o barco continuou seguro e na mão. O conjunto testado atingiu 33,5 nós com muita tranquilidade.
MÁXIMA RPM
Velocidade (nós)
5000 33,5
92
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
79
0,42 2,36 127
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Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
4
Esta válvula de segurança abre ou fecha o fluxo de água entre as partes vedadas do casco
O chuveirinho é item de série
O projeto da lancha tem soluções de engenharia avançada para garantir a segurança, o desempenho e o diferencial da plataforma multiuso
Não há o que criticar: até a escadinha tem quatro degraus
Esta tampa permite fácil acesso aos tanques de combustível para manutenção ou limpeza
7” 5
0
9”10
ACELERAÇÃO 15
20
Os tanques são de fácil acesso e bipartidos para melhor eficiência e segurança
A aceleração se mostrou compatível com o peso de barco, de aproximadamente duas toneladas. O tempo de planeio foi rápido. Ela demorou apenas 7 segundos no barco com parelha e 9 segundos no barco com um motor. Ótimos números para um barco de 26 pés.
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da GT 26 aconteceu em duas situações, saindo de Laranjeiras em direção a Paraty, cruzando a ponta da Joatinga, com ondas de um metro e rajadas fortes de ventos e depois nas águas da baia de Paraty, em dia de sol, água calma e pouco vento.
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NAVEGAMOS
GT 26
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO
PILOTAGEM
Um dos pontos fortes da lancha. Alberto é engenheiro e estudou cada processo para entregar o melhor. O convés e costado são em sanduíche com núcleo em PVC Airex/ Divinicell D80 e o espelho de popa em Airex PCX D380. Laminação manual em Gelcoat e tecidos de fibra em diferentes gramaturas. Casco em laminado maciço com anteparas estruturais transversais e longarinas.
O teste foi realizado em duas situações distintas e realmente colocamos o barco a prova. Ao cruzarmos a ponta da Joatinga pudemos sentir o bom desempenho do casco com “V” profundo, que corta muito bem as ondas, sem batidas ou solavancos, mesmo em alta velocidade em mar adverso. Já nas águas calmas da baia de Paraty, ele se mostrou muito estável e rápido, sob o controle do piloto.
INOVAÇÃO Além de ser um barco novo, a GT 26 traz conceitos diferenciados, inovadores, no design de Fernando de Almeida e na construção da GT Boats. O molde seccionado permite configurar e posteriormente customizar mais facilmente a lancha para o uso do futuro proprietário. O casco com spray rail invertido faz a água retornar para a superfície do mar. Além disso, o design é simples e eficiente, como mostra o conforto do banheiro, incomum em um barco center console deste tamanho.
SEGURANÇA Neste quesito, a GT 26 supera até os critérios segurança mais exigentes. Ela foi concebida para ter um casco insubmergível, que não entra água, pois é totalmente vedado. Ainda por cima conta com mais 600 litros de espuma de polietileno de célula fechada na popa, que suplanta o peso do motor e contrabalanceia caso o barco comece a fazer água.
ACABAMENTO O estaleiro não poupou ao usar os melhores materiais, além de cuidados no acabamento que vão desde um simples EVA protegendo as áreas de maior impacto, a cores vibrantes no sofás, que deram mais vida ao barco.
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CONFORTO Por se tratar de um barco walk around multiuso, bem diferente dos modelos do segmento existentes no mercado, o conforto fica por conta dos dois solários que podem ser feitos no bancos de popa e proa e pela boa altura do banheiro, que permite o uso sem nenhuma restrição.
SEU BOLSO O preço da GT 26 fica dentro do esperado para um barco que apresenta tantos diferenciais. A GT 26 com dois Evinrude Etec DPX/DCX de 130 hp à gasolina e equipamentos de série custa a partir de R$ 205 mil. A GT 26 com um Evinrude Etec DPX de 250 hp à gasolina e equipamentos de série, sai a partir de R$ 190 mil.
DESEMPENHO O desempenho do barco agradou em todos os sentidos. É uma lancha segura, estável, navegadora e muito boa para um passeio diurno com a família e amigos, bem como excelente para uma boa pescaria e até encarar mar grosso. Com cruzeiro na casa das 22 nós, ela tem autonomia suficiente para atender os mais exigentes. O números mostram um conjunto muito bem acertado para o que se propõe.
O MELHOR USO A GT 26 é uma lancha na medida pra você? Estilo diferenciado, moderna, navegadora e muito bem construída, a GT 26 é uma lancha ideal para quem gosta de um barco rápido e eficiente, que navegue em regiões de mar mais complicado e dispensa uma cabine, mas não um banheiro. É homologada para oito, mas atende bem uma família de até seis pessoas para passeios de bate-volta, pescarias e mergulho. O preço é satisfatório e você pode customizar a lancha com ênfase para o seu uso.
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GT 26 BOCA
2,75 m
FICHA TÉCNICA LINHA D´ÁGUA: 7,10 m CALADO: 0.85 m PESO (SEM MOTOR): 1.730 kg PESO (DOIS MOTORES): 370 kg (2x Etec 130 hp) PESO (UM MOTOR): 245 Kg (Etec 250 hp) BORDA LIVRE NA PROA: 1,10 m BORDA LIVRE NA POPA: 0,80 m PÉ DIREITO NO COCKPIT 2,10 m (HARD TOP): PÉ DIREITO NO 1,78 m BANHEIRO: TANQUE DE 2 x 150 litros COMBUSTÍVEL: TANQUE DE ÁGUA: 1 x 50 litros PROJETO: Fernando de Almeida
COMPRIMENTO: 7,86
(26 pés)
Yacht Design
ESTALEIRO: GT Boats
O QUE VEM DE SÉRIE Paiol de âncoras, de cabos e defensas, console central com porta lateral, vigia frontal Vetus, pia, degrau de acesso, luzes de navegação e cortesia em Led, caixa de peixe, guarda mancebo e apoios em inox, cunhos em inox de 6” e 8” e “u-bolts” de proa e popa em inox, porta caniços nos bordos, kit salvatagem e fundeio navegação interior, bússola, painel elétrico com circuitos protegidos e chave geral com fios elétricos estanhados, rádio VHF ICOM IC-M412 e antena, bateria Optima blue top/USA blindada, 2 tanques de combustível em polietileno (150 L/cada), tanque de água doce em polietileno de 50 L, 3 bombas de porão, bomba pressurizadora e chuveirinho de água doce na popa, timão hidráulico Teleflex Sea Star completo.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM Bateria adicional, filtro de combustível com separador de água com válvula, WC elétrico completo com saídas de casco, válvulas de esfera em inox e mangueiras especiais antiodor, pia do WC, mesa de popa e solário, escada de popa em inox, hard top com estrutura inox, fundeio navegação costeira até 20 milhas, cabos de atracação e de reboque com sapatilha e manilha, defensas esféricas A1, GPS Garmin 521 com sonda, tapeçaria, lona de cobertura e capas para os estofados, carreta rodo encalhe em madeira. Para saber mais, www.gtboats.com.br
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P
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POWER é navegar confiante, com a força dos motores Scania. Quem navega precisa estar pronto para enfrentar a tempestade e a calmaria. Quem patrulha precisa ter força e velocidade para fazer buscas e resgates. Quem pesca ou transporta cargas nem pode pensar em ficar à deriva. Pense nisso. Pense nos motores Scania. Potência, robustez e tecnologia para impulsionar embarcações e negócios. Motores econômicos, de alto desempenho e baixo custo operacional. Scania. Aponte seu leme para cá.
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TENDER M1
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MADE IN
Santa Catarina A M1 YACHTS APOSTA EM UM NOVO CONCEITO AO LANÇAR O TENDER M1 Por Caio Ambrosio
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TENDER M1
O
s barcos tipo Tender são muito conhecidos na Europa e nos EUA, pois são projetados para servir de apoio a barcos grandes. Há superiates que chegam a levar mais de um deles a bordo para transporte de passageiros, passeios, mergulhos, diversão e para o serviço da tripulação. Os tenders hoje já ocupam uma bela fatia do mercado, há estaleiros dedicados à sua fabricação e os projetos mais ousados elevaram o conceito para outro patamar. Há tenders de passeio que são obras-primas do design e objeto de desejo de muitos que imaginam-se desfilando neles durante o verão. Aqui no Brasil, um dos maiores nomes da náutica brasileira, Eduardo Souza
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Ramos, também se aventurou nesse tipo de projeto e lançou o Zonda, um barco de 42 pés que não deslanchou devido ao seu tamanho e custo elevado e acabou tendo apenas uma unidade produzida. O estaleiro catarinense M1 Yachts estudou o case e concluiu que os tenders tem um potencial incrível no Brasil e que poderia implementar um projeto a partir de uma nova abordagem construtiva e de uma estratégia inteligente para oferecer este conceito de barco para o mercado nacional. Baseados nos seus mais de 20 anos de experiência em construção, o projetista Mauricio Briatore Wilkins e a Squadra Naval criaram o M1 Tender. Ele segue
O M1 tem um bimini escamoteável para proteger os passageiros mais exigentes do sol, vento e eventuais sprays
O M1 segue o melhor estilo europeu, com linhas retas, sem vincos no casco, sem guarda mancebo e todo aberto, para desfrutar melhor o sol brasileiro
o melhor estilo europeu, com linhas retas, sem vincos no casco, sem guarda mancebo e todo aberto, para desfrutar melhor o sol brasileiro. Por reunir estas características é um barco leve e isso se reflete automaticamente na opção pela motorização centro rabeta de até 220 hp. O pouco peso e a eficiência do casco foram requisitos do projeto para se alcançar um melhor rendimento e performance usando poucos hps nos hélices. Na lancha testada pela Boat Shopping, o motor era um centro-rabeta Mercruiser 3.0 de 135 hp, com rabeta Alpha One de relação 2:1 e hélices Vensura de 17” em inox. O conjunto impulsionou o barco a 35 nós na velocidade
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TENDER M1 top e um cruzeiro de 22 nós, gastando apenas 22 litros por hora, resultado muito bom para um barco de 24 pés. O embarque pela popa é bem simples e o casco se estende até o final escondendo a plataforma de popa. Uma vez dentro do barco, é preciso passar por cima do solário de popa para chegar ao cockpit. O solário esconde dois compartimentos muito interessantes para guardar sapatos, chinelos ou as tralhas de passeios. Cada um deles tem duas alças para que possa ser içado e assim virar um local para inspeção do barco. Passando pelo solário, há um sofá que ocupa toda a boca do barco. O banco do piloto rebate e cria um ambiente para cinco pessoas sentadas, três no sofá e duas
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no banco do piloto. Embaixo dele foi colocada uma caixa de gelo para bebidas e comidas que atende bem ao passeio durante o dia. O posto de comando é um dos diferenciais do barco. Ele tem um design bem moderno e funcional. Todos os medidores do motor estão bem distribuídos no painel, visíveis ao alcance dos olhos. Os botões de acionamento dos equipamentos foram substituídos por interruptores de alavanca metálicos que deram um visual diferenciado muito interessante. O painel oferece ainda espaço para instalar o GPS e um segura mão para quem for navegar ao lado do piloto. Embaixo do volante, dois porta-objetos profundos completam o espaço.
O cockpit, de design moderno e funcional, tem um banco do piloto que rebate para criar um ambiente para cinco pessoas sentadas na popa
Equipamentos de série: »»Acabamento do
costado e do convés pintados.
»»Teka sintética »»Toldo de proa com estrutura em inox
»»Toldo de popa com estrutura em inox
»»Detector de vapores de gasolina
»»Sonda »»Bússola »»Marcador de nível de combustível
»»Carreta rodoencalhe »»Capa
Os medidores do painel estão bem distribuídos e os botões foram trocados por interruptores de alavanca metálicos de visual diferenciado
Equipamentos opcionais: »»Teka natural »»Radio/MP3 com 4 alto-falantes
»»Radio VHF »»GPS/Chartplotter »»Kit salvatagem www.boatshopping.com.br | BOATSHOPPING
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TENDER M1
Um detalhe interessante do projeto é que o tanque de combustível foi instalado embaixo do posto de comando. Assim, quando o piloto desejar checar visualmente o combustível, pois o M1 Tender já vem com medidor do nível de combustível e detector de vapores de gasolina de série, basta levantar essa área inteira. Uma única pessoa é capaz de realizar esta operação. Indo em direção à proa, há um sofá em “V” que ocupa toda a extremidade do barco com uma mesa que acomoda muito bem quatro pessoas. A mesa pode ser baixada para criar um pequeno solário ou um local para deixar as crianças descansando no final do dia. Embai-
xo dos sofás, também foram colocadas áreas de armazenamento. Um detalhe muito bem pensando para a proa foi a instalação de um bimini, estilo camper, que abriga muito bem quem deseja fugir do sol. Com esses dois sofás, de popa e de proa, é possível criar dois ambientes distintos no barco. Se considerarmos que o M1 Tender tem “apenas” 24 pés, trata-se de um grande trunfo para um barco day cruiser desse porte. O M1 Tender chega com bons diferenciais, em um estilo único no Brasil e provou também no teste na água que navega fácil, corta bem as ondas e tem tudo para conquistar seu espaço no mercado nacional.
Com “apenas” 24 pés, o M1 Tender tem design moderno e diferenciais, como sofás de popa e de proa e um ótimo posto de comando, e ainda provou que navega fácil, o que aumenta suas chances de conquistar seu espaço no mercado nacional
FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO 24’ (7,15 m) LINHA D’ÁGUA 6,15 m BOCA 2,35 m CALADO COM PROPULSÃO 0,70 m BORDA LIVRE PROA 0,95 m BORDA LIVRE POPA 0,65 m TANQUE DE ÁGUA 65 litros TANQUE DE COMBUSTÍVEL 110 litros
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MOTOR DO BARCO TESTADO
Centro-rabeta Mercruiser 3.0 de 135 hp
PESO SEM MOTOR 700 kg PESO COM MOTOR 1000 kg ARQUITETURA NAVAL M1/Squadra Naval PREÇO DO CONJUNTO TESTADO R$ 145 mil
M1 Yachts,
ESTALEIRO Palhoça (SC)
www.m1yachts.com
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TOP 10
OS
MAIORAIS
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O desejo de sheiks árabes e multimilionários terem o maior e melhor superiate do mundo, superando os limites de tamanho, tecnologia e estilo faz com que a cada ano surjam barcos grandiosos, fantásticos, onde o céu é o limite. Conheça os Top 10 do momento
AZZAM 180 M
O maior iate do mundo
#1
Ao tomar o primeiro lugar do Eclipse por 16,5 metros, com o seu lançamento em abril de 2013, este grande projeto do Lürssen ostenta não só a coroa de ser o maior iate do mundo, mas também um dos mais rápidos, graças à potência de 94.000 hp de seus motores que o fazem atingir velocidades de até 30 nós – fenomenais para um navio desse tamanho. A Nauta Yachts projetou seu exterior, enquanto Christophe Leoni criou um design interior inspirado na França Imperial do início do século XIX. Seu valor e o proprietário são mantidos ainda sob sigilo, no entanto, há rumores de que ele pertence a um membro da família real Saudita. Azzam significa “determinado” em árabe, o que faz bastante sentido. Ele levou só três anos para ser construído após apenas 1 ano em engenharia, um recorde e um marco na história dos superiates.
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TOP 10
ECLIPSE 163,5 m
O majestoso
#2
O Eclipse perdeu o trono, mas nunca a majestade. É um iate de alto luxo construído pela Blohm + Voss, na Alemanha, para o empresário russo Roman Abramovich, que entre outros negócios é dono do Chelsea, clube de futebol inglês. Estima-se que o milionário pagou cerca de US$ 460 milhões pelo brinquedo, pouco se comparado à sua fortuna que beira os US$ 15 bilhões. Ele tem dois helipontos, 24 camarotes de hóspedes, duas piscinas, várias banheiras de hidromassagem e uma discoteca. Também é equipado com três tenders e um mini submarino, além de dois avançados sistemas: um de segurança – que detecta intrusos, tem proteção antimíssil e bloqueador de fotos – e outro de estabilização quando ancorado ou em baixas velocidades.
#3
DUBAI 162 m
Medalha de bronze Terceiro da lista, o Dubai pertence ao Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, governante do emirado de Dubai e o primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos. O barco era um projeto conjunto do Blohm + Voss e do Lurssen encomendado, em 1996, pelo príncipe Jefri Bolkiah do Brunei. Porém o projeto ficou parado até que, em 2001, o casco foi adquirido pela
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Platinum Yachts que o terminou por US$ 300 milhões. O interior é todo em estilo árabe, com muito dourado e cores fortes, no qual brilha uma mega escada de vidro de acesso aos decks. O iate privilegiou os espaços internos que são refrigerados por conta do calor de Dubai. Mesmo assim, há duas piscinas, hidros, dois tenders e um mini submarino à disposição dos convidados. Aliás, o iate pode receber 115 pessoas, incluindo a tripulação, com acesso VIP pelo seu enorme heliponto.
AL SAID 155 m
O mais caro
#4
O Al Said foi encomendado em 2006, junto ao Lürssen, pelo sultão Qaboos de Omã. Quando ficou pronto, no fim de 2007, ele se tornou o iate mais pesado (15.850 toneladas), o mais poderoso (22.000 hp), o segundo maior iate do mundo e o mais caro US$ 680 milhões. Mas foi superado pelo menos em tamanho pelos superiates dos sheiks e do milionário russo acima. Mesmo assim, ele tem capacidade para receber 70 convidados que são servidos por 155 tripulantes, ou seja, quase dois serviçais para cada sortudo. E um detalhe interessante: pouquíssimas áreas externas. Nem mesmo uma piscina pode ser avistada. No entanto, há uma generosa sala de concertos para cinquenta músicos e um vistoso heliponto no terceiro deck... O iate fica quase todo tempo ancorado no porto de Muscat.
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TOP 10
#5
TOPAZ 147,25 m
Joia do oriente Há muito mistério envolvendo o deslumbrante superiate Topaz. Lançado em 2012, ele foi construído pelo Lurssen com projeto dos famosos designers Tim Heywood (exterior) e Terence Disdale (interior). Acredita-se que seu proprietário é o vice-primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Mansour Bin Zayed Al Nahyan que pagou US$ 530 milhões por ele. O Topaz esteve ancorado no Rio de Janeiro e chamou não só a atenção pelo seu porte e luxo, mas também porque hospedou Leonardo DiCaprio e mais 20 amigos que vieram ver a Copa. A turma não deve ter tido o que reclamar. Além da suíte máster (inacreditável) e das normais, os convidados podiam escolher ainda uma das seis suítes VIPs de cair o queixo. E aproveitar dos oito andares do superiate, com dois helipontos, três, piscinas, Jacuzzis, cinema, fitness center e garagens para vários tenders, um mini submarino e brinquedos náuticos.
EL HORRIYA 146 m
#7
O clássico
O El Horria foi encomendado pelo Paxá Ismail, em 1865, para ser o iate da família real do Egito. Foi construído pelo estaleiro inglês Samuda Brothers com projeto foi inspirado no Victoria e Albert II, o navio da família real britânica. Foi alongado em 40 pés, em 1872, e depois em 16.5 pés, em 1905. Ficou com 146 m (478 pés) e impulsionado por turbinas a vapor de 6.500 hp. Em 1869, ganhou fama como o primeiro navio a passar pelo Canal de Suez. Em 1951, após a abdicação do rei Farouk, o El Horria passou para o governo do Egito e a Marinha o utilizou como navio de treinamento no Mediterrâneo. Atualmente é o iate presidencial e usado apenas três vezes por ano.
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PRINCE ABDULAZIZ 147 m
#6
Família real
O Prince Abdulaziz é um dos iates da família real Saudita. Projetado por Maierform e construído em 1984 por Helsingør Værft, na Dinamarca, ele manteve o status de o maior e o mais alto iate do mundo por 22 anos, entrado para a história como o maior iate de luxo do século XX. O primeiro proprietário foi o rei Fahd da Arábia Saudita. Depois de sua morte, em 2005, passou para seu meio-irmão Abdullah ibn Abd al-Aziz. O iate foi reformado em 2005 e desde então tem sido usado pelo agora Rei Abdullaziz para o lazer e para conduzir negócios de estado. O grande átrio no deck principal é uma cópia do que existia no Titanic, aliás, o iate segue o estilo, com grandes espaços e mobiliário clássico. É impulsionado por dois Pielstick de 7.800 hp cada e tem capacidade para acomodar 64 passageiros e tripulação de 65. Outra característica interessante do iate é seu heliponto na proa.
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TOP 10
YAS 141 m
#8
O Revolucionário O Yas foi encomendado por Hamdan bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, de Abu Dhabi, e construído pelo ADM Shipyards, também desse emirado árabe, e causou alvoroço quando foi para a água em 2011 por ser o maior e o mais significativo superiate lançado até então. Com um perfil longilíneo, ele foi construído sobre o casco de aço de um antiga fragata holandesa de 1978. A combinação entre o resistente casco,
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a nova e leve superestrutura, dois MTUs à diesel de 21.000 hp, com hélices de passo variável, garantiram ao barco uma velocidade máxima de 26 nós e 20 nós de cruzeiro, com economia de combustível. O Yas foi projetado por dentro e por fora pela Pierrejean Design, em Paris. Seu exterior é cheio de curvas em estilo futurista, com uma espetacular cobertura de vidro. Com 56 tripulantes, ele acomoda até 60 convidados, que tem ao seu dispor uma impressionante piscina externa, um SPA e outras amenidades.
VICTORY 140 m
#9
Novato da lista O Victory acaba de ser lançado para entrar na seleta lista dos 10 mais, tanto que pouco se sabe dele, inclusive o seu proprietário. Trata-se do segundo superiate entregue pelo estaleiro Fincantieri (depois do Serene) e também o maior superiate construído por um estaleiro italiano. O projeto deste flagship foi desenhado por Espen Øino com interiores de Alberto Pinto. Ele possui sete decks, seis piscinas de até oito metros e uma garagem alagável para um tender de 14 metros.
AL SALAMAH 139 m
Mais um do Rei O Al Salamah foi finalizado em 1999 pelo Lürssen, mas sua construção foi iniciada pelo estaleiro alemão HDW, de Kiel. O navio também é de propriedade do Rei Saudita, o sultão Abdul Aziz, e foi desenhado pelo renomado designer Terence Disdale. Estima-se que ele custou cerca de US$ 200 milhões. As amenidades a bordo incluem um biblioteca, academia, SPA, cinema, um business center e um hospital totalmente equipado.
#10
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TOP 10
NOME
COMP.
ANO PROPRIETÁRIO
Azzam
180 m
2013
Khalifa bin Zayed Al Lürssen Nahyan
Alemanha
Eclipse
163,5 m
2009
Roman Abramovich
Blohm + Voss
Alemanha
Dubai
162 m
2006
Mohammed bin Blohm + Alemanha Rashid Al Maktoum Voss/Lürssen
Al Said
155 m
2007
Sultão Qaboos de Oman
Lürssen
Alemanha
Topaz
147,25 m
2012
Mansour bin Zayed Al Nahyan
Lürssen
Alemanha
Prince 147 m Abdulaziz (482 pés)
1984
Rei da Arábia Saudita
Helsingør Værpés
Dinamarca
El Horriya 145,72 m
1865
República do Egito
Samuda Brothers
Reino Unido
(590 pés)
(536 pés)
(531 pés)
(509 pés)
(482,1 pés)
(478.1 pés)
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ESTALEIRO
PAÍS
Yas
141 m
2011
Hamdan bin Zayed bin Sultan Al Nahyan
De Schelde/ Abu Dhabi
Holanda/ Emirados Árabes
Victory
140 m
2014
-
Fincantieri
Itália
Al Salamah
139 m
1999
Rei da Arábia Saudita
Lürssen
Alemanha
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(463 pés)
(460 pés)
(456 pés)
Tempest
270 Ao alcance dos seus sonhos...
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PARA ALAVANCAR O SETOR
SOB O LEMA “LUGAR DE BARCO É NA ÁGUA”, O 9º BOAT XPERIENCE REACENDEU O SEGMENTO NÁUTICO NO GUARUJÁ, SP, REUNIU AS PRINCIPAIS EMPRESAS E MOSTROU QUE O MERCADO ESTÁ PRONTO PARA NAVEGAR COM VENTO A FAVOR Por Leandro Portes
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E
mbarcações de todos os tipos, tamanhos e preços; peças e acessórios; quadriciclos e motoaquáticas... Tudo o que diz respeito ao segmento náutico reunido em um só local. Experientes no mundo das águas e marinheiros de primeira viagem se sentiram à vontade no 9º Boat Xperience, realizado entre os dias 24 a 27 de julho e 1 a 3 de agosto, na Marina Astúrias, no Guarujá, SP. O evento passou por algumas modificações que exploraram ao máximo o seu lado comercial. Dessa vez, os 30 estandes estavam posicionados um ao lado do outro na parte de fora do pavilhão, com ampla área de circulação e exposição dos produtos. Cerca de 70 barcos estavam na água e no seco, além de várias opções de peças e acessórios para o setor. Com isso, provou ser o lugar ideal para se comprar um barco. Além de poder negociar diretamente com os estaleiros e seus representantes, os clientes tinham a oportunidade de conhecer todos os detalhes do barco e ainda
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realizar o test-drive para sanar todas as dúvidas. Foram dois finais de semanas distintos. No primeiro, muito frio e chuva impossibilitaram um passeio no píer. Porém, engana-se quem pensou que o movimento foi fraco. A maioria das pessoas que visitou a marina tinha o objetivo claro de comprar algo, justificando o deslocamento até o litoral debaixo de uma frente fria. Já nos últimos três dias, São Pedro deu uma ajudinha e aquele céu de brigadeiro deu às caras. Aí o diferencial do evento apareceu: os testes drives, que levaram clientes e vendedores ao mar para conhecerem os modelos na prática. Com a calmaria na qual o setor passa, realizar uma feira como essa significa, acima de tudo, demonstrar para os fabricantes que há muito interesse dos consumidores pelas novidades. O mercado tem que ficar em constante movimento. Confira quem participou do 9º Boat Xperience e objetivo de cada um deles.
O Boat Xperience mostrou mais uma vez sua importância para o mercado. Passávamos por um momento de pouca atividade após a Copa do Mundo e através do salão, conseguimos reaquecer e gerar muitos novos negócios. CAIO MARCIO, PRESIDENTE DO BOAT BRASIL GRUPO DE MIDIA
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CIMITARRA A Importante estar presente por ser um evento que acontece dentro de uma marina, com usuário de barcos. Apesar de ser inverno, as pessoas se preparam para comprar barcos e usar no verão. Além disso, agita e movimenta o mercado em um mês que é mais parado. O diferencial da Cimitarra é o custo-benefício, e a filosofia do estaleiro é de que, independente do momento que o mercado se encontra, temos que continuar vendendo. Viemos para essa feira com o intuito de negociar a maior quantidade possível de barcos seminovos e baixar o estoque para, no verão, vender os modelos novos.
SCHAEFER É fundamental marcar presença. Nosso business se alimenta da emoção, então, temos que criar um cenário onde o público veja e tenha a possibilidade de passear no barco. Na fábrica não é possível acontecer isso. O evento é importante por conseguir trazer os barcos para perto do comprador. Há clientes que nunca estiveram em um barco e tem a oportunidade pela primeira vez numa feira. Outros que já visitaram a fábrica e temos contatos por telefone vêm ao nosso estande para assinar o contrato. E temos clientes que conhecem o barco e, a partir daí, começamos uma negociação futura para fechar negócio. Além disso, existe o fortalecimento da marca. Mesmo que a pessoa não compre nada, conhece os nossos produtos e talvez faça uma compra futura. Hoje em dia, mudamos um pouco a estratégia, a intensidade da produção, onde o trabalho é mais forte. O cliente não vem mais comprar, você é que tem que ir atrás dele. O discurso mudou.
FERRETTI Essa é uma feira que movimenta novos e usados. Para nós é importante e significativo. É fundamental realizar um evento nesse momento, pois o cliente que está um pouco retraído, com receio de comprar, visita a feira e percebe que as principais empresas e barcos estão participando. E isso gera confiança. Normalmente trabalhamos o cliente antes do salão e, como temos nossos produtos expostos permanente na marina, aproveitamos a oportunidade para trazê-los e conhecer o espaço.
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VENTURA Para a Ventura, o Boat Xperience serve, na maioria das vezes, para fechamento de negócios futuros. A visibilidade por estar aqui é importante para realizarmos a venda pós-evento, que consideramos como fruto da nossa participação aqui. Sem dúvida é melhor termos um público dirigido do que visitantes que vêm somente a passeio. É um público conhecedor de barco e você consegue trabalhar diretamente na negociação.
EVOLVE Para a Evolve tem sido bem interessante participar do Boat Xperience, pois na região do Guarujá, SP, está a maior parte dos nossos clientes. Apesar de termos a noção de que são épocas distintas, a edição de janeiro foi acima do esperado e nos motivou a retornar. Independente do resultado, é importante estar aqui e marcar presença, para consolidar cada vez mais a marca entre os clientes antigos e atrair os novos.
BENETEAU O salão tornou-se, ao longo do tempo, mais dinâmico e atinge diretamente os clientes, que podem experimentar os barcos na água e saber como eles navegam de verdade, além de ter acesso a toda a parte técnica, na prática. A chance de fazer um bom negócio é maior. Aqui se apresentam dois tipos de público: aquele que já trabalhamos mas que ainda não tem oportunidade de testar o produto e os que prospectamos a partir da visitação à feira, que passa a nos conhecer.
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REGATTA FS A partir dessa edição do Boat Xperience, a Regatta abre um novo horizonte para barcos de lazer de até 35. Viemos mostrar esse outro lado e testar a recepção do público. A feira sempre teve muito fechamento de negócios pós evento. O visitante entende o objetivo principal do salão, que é a oportunidade de efetuar uma compra. Aliado a isso, a aceitação da Regatta com a FS traz esse benefício para gente. A facilidade encontrada aqui o cliente não terá na loja. Também na feira não há muito espaço para o cliente “caroço”, pois o público conhece barco ou já possuiu barco. Outra facilidade para participarmos é o custo-benefício. Podemos até nos ajustar no quesito investimento, mas temos que mostrar a cara, porque é uma oportunidade de crescimento. Vamos conquistar bastante cliente novo na nossa carteira e trabalhar para frente. Se eu estivesse na loja, não atenderia 1/3 das pessoas que atendo aqui.
GT BOATS Fiquei satisfeito com a infraestrutura montada, que está bastante balanceada com a situação do mercado. Todos os estandes estão ajeitados e não deixam a desejar. É possível canalizar a atenção no barco sem perder o aconchego do estande para receber os clientes. É um momento em que preciso começar a divulgar o produto e o modelo da Boat Xperience nos atende. O preço e as condições comerciais na feira são convidativas. Classifico nosso barco como “multiuso”, e não será difícil encontrar pessoas que se encaixam nesse perfil, pois ele se adequa ao que a pessoa necessita. Ainda estamos sendo visto como novidade, uma nova empresa lançando um produto. Isso tem uma conotação diversa e positiva. Queremos cada vez mais aparecer para mostrar a marca e consolidar o nome do estaleiro.
MAGNUM No Guarujá é um lugar bom para fazer contato com novas pessoas e convidarmos os clientes a visitarem. Tivemos como objetivo principal o primeiro contato para aceitação da lancha. É importante aparecer em feiras como a Boat Xperience em um momento onde as vendas diminuíram um pouco. Aqui é possível expor o seu produto sem ter um custo alto para participar.
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ARTHMARINE Os melhores do mercado náutico estão aqui. Em três anos de existência, o salão conseguiu reunir os mais importantes estaleiros onde é possível mostrar os exemplares no seco e na água, com possibilidade de realizar um teste antes de concluir o negócio. Outro ponto importante é a possibilidade do cliente ver o barco pronto, finalizado (diferente de visitar a fábrica). Por fim, termos uma feira em um momento delicado do mercado é fundamental, pois revitaliza e gera confiança na empresa que marca presença.
YACHT CENTER GROUP O que interessa para o grupo é termos um público mais dirigido. Como estamos debutando no mercado paulista, o plano da empresa é de se estabelecer em São Paulo através de um escritório na capital e termos barcos no Guarujá, SP. As pessoas que desconheciam a marca estão começando a ter um contato e, cada vez mais, é importante aparecer. O fato de trazermos os barcos para cá facilita todo o processo de negociação. Nós somos uma empresa pequena dentro do mercado de barcos grandes. Estamos crescendo e desenvolvendo bem.
FAIRLINE Trata-se de um evento cada vez mais promissor, com a solidificação da feira e uma densidade crescente de um público direcionado. Aqui prospectamos e permitimos uma visita do cliente ao barco, fisicamente. Muito melhor do que se fosse virtualmente. A maioria dos nossos contatos são clientes antigos que querem mudar de barco. O mercado deu uma retraída, mas aos poucos retoma os níveis de consulta. Não mudamos a estratégia e continuamos mostrando produtos com a qualidade Fairline.
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MALIBU Nosso objetivo ao participar da Boat Xperience é fixar a marca para os futuros clientes. Cerca de 90% dos nossos compradores utilizam o produto em água doce, por isso, somente pelo público especifico da feira já compensa a nossa presença. Ele não vai comprar aqui, mas com certeza lembrará da Malibu e temos boas chances de conquistar novos negócios.
CRANCHI É importante para a marca estar do Boat Xperience por alguns fatores determinantes: as edições acontecem em datas atraentes, sem eventos que possam disputar uma possível atenção dos expositores. Com isso, consegue-se focar em participar da feira. Além disso, o evento é muito bem prédivulgado, atraindo olhares do setor náutico. Essa edição trouxe um público mais focado, que entende do assunto, e atendeu aos expositores de forma democrática, posicionando todos do lado de fora do pavilhão, sendo muito mais agradável a interação empresa/consumidor. Por apresentar um barco bastante específico (a Smeraldo 40), conseguimos atrair visitantes para conhecer de perto o modelo e prospectar futuros compradores.
SOLARA É sempre motivador participar da feira, pois temos a possibilidade de trazer barcos de pronta entrega e para testes e futuros negócios. Analisamos que o público daqui tem a tendência de trocar de barco por um modelo maior e, com isso, nos preparamos para atender esse tipo de cliente.
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ACQUAPLANET Quem quiser entrar nesse segmento, é obrigação visitar a Boat Xperience. Isso vale tanto para o público quanto para o expositor, que tem que mostrar o seu produto. No Guarujá está a parte forte da náutica de São Paulo. Trazemos para cá o sistema de thrusters externos, já bastante conhecidos pelo usuário de barco, mas que é sempre importante fixar para os clientes. Mostramos também o primeiro barco da Acquaplanet, com lançamento de três unidades para fevereiro de 2015. A aceitação foi excelente e tentaremos uma parceria com outras empresas.
ZIMARINE O importante para a empresa em participar é a possibilidade de mostrar na prática, para o cliente final, como é o trabalho da Zimarine, realizar a prospecção de novos clientes, além de rever os estaleiros que utilizam os nossos produtos. Marcar presença institucionalmente é tão importante quanto concretizar um negócio.
FLÓRIDA MARINE É uma boa oportunidade para vender barcos. O baixo investimento para participar aliado ao lugar estratégico onde ocorre o evento, tornam a feira um alto potencial para realizar bons negócios. Apesar da atual situação do segmento não ser a ideal, em algum momento o mercado vai melhorar. E a realização de uma feira ajuda a acelerar esse processo de recuperação.
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CASARINI A feira também abre possibilidade para compradores de outros produtos. Sempre apresentamos toda a linha BRP de quadriciclos e motoaquática, além dos motores de popa. Com isso, abrangemos vários tipos de clientes. E a procura é sempre positiva, com fechamento de bons negócios durante ou pós-evento. Claro que o lugar possibilita criar condições especiais para atrair o comprador de verdade.
SP MARINE O evento é sempre muito bem distribuído, atraindo um público segmentado e interessado em bons produtos. A intenção de compra é sempre maior do que a vontade de apenas passear pelos estandes. Para essa edição, a SP Marine apresentou o maior barco da mostra, a Intermarine 65, além do modelo 60 e 53 pés. O estaleiro Sedna Yachts estava conosco representado pelo modelo CV 405. Chamamos a atenção dos visitantes.
PRINCESS Em primeiro lugar, é bastante oportuno o espírito do evento, padronizando a participação e, assim, evitar a competição. O que se diferencia para o cliente é o produto, atendimento dado a ele, preço, condições de compra etc. Cada empresa traça a estratégia que lhe for mais sensata. Trabalhamos com clientes em potencial e prospecção de futuros compradores, que só aqui na feira é possível fazer isso.
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VOLVO PENTA A realização da Boat Xperience é fundamental para o segmento náutico. Trata-se do primeiro evento de grande porte depois que o mercado deu uma sinalizada de melhora. Agora é a hora de aparecer para o cliente e mostrar que confiamos nele e que pode confiar em nós também. Nós, como uma empresa grande, participamos porque acreditamos no mercado. Ao mesmo tempo, é possível dar suporte aos estaleiros, já que muitas embarcações do evento possuem a motorização Volvo Penta. Assim, fica mais fácil sanar qualquer dúvida em relação ao melhor modelo de propulsor utilizado. Há ainda as assistências aos clientes finais, onde apresentamos os nossos motores, quais as características e vantagens em relação ao concorrente.
ODIM A feira oferece possibilidade de mostrar o nosso produto e sempre é válido estar aqui. O curioso é que, para cada expositor, o evento atinge de uma maneira diferente. Posso dizer que para nossa empresa, é quase uma obrigação estarmos presentes, pois bastou uma única vez que não participar, o mercado percebe a sua ausência.
PÍER 22 Após visitar a Boat Xperience de janeiro, decidimos apresentar nossos produtos nessa edição. As réplicas mexem com o imaginário das pessoas e todo visitante da feira consideramos o nosso público. As possibilidades de participar são muitas. A divulgação no evento é fundamental para a marca e muitos que conheceram o produto no evento já solicitaram um pedido para a matriz em São Paulo. E há, ainda, a ideia de conversar com os estaleiros e iniciar conversas para projetos futuros.
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MARINE EXPRESS A feira está em busca de um público mais específico e acredito que está conseguindo. Isso é positivo, pois quem aparece tem a intenção real de adquirir algum produto. E como a nossa empresa possui algo diferenciado no mercado, vemos o salão com bons olhos. A linha de sonda de navegação Chirp da Downvision não é conhecida por todos, e aqui temos a chance de demostrar como funciona todo o sistema. Como distribuidores, estamos com a maioria dos estaleiros e assim podemos conversar com eles pessoalmente também. Como curiosidade, nem sempre o público é o cliente final. Atendemos muitos marinheiros, que falam da importância do produto para o proprietário e ele, por fim, fecha negócio.
CYRELA Com a presença de milhares de pessoas durante todo o evento, é uma oportunidade única de ampliarmos a nossa carteira de clientes, apresentar as propostas da empresa e, talvez, concretizar alguma ideia que inicia-se na feira. Conseguimos abranger todos os tipos de frequentadores do Boat Xperience (jovens, casados, solteiros e as pessoas mais velhas)
SEA PEÇAS As grandes vedetes do evento sempre são os barcos. Mas, apesar da maioria dos visitantes estarem presentes por causa desses exemplares, toda participação é satisfatória para a empresa. Conseguimos mostrar nossos produtos de maneira clara e trazer novidade da marca para o consumidor final.
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MAXHAUS Decidimos marcar presença na feira, principalmente, para apresentar o empreendimento para o público. A maioria dos nossos clientes são jovens (solteiros, recém-casados ou que estão prestes a começar uma vida juntos), mas recebemos contato também de pessoas mais velhas que buscam os nossos imóveis como investimento. E expor num evento do segmento náutico é extremamente positivo, pois os frequentadores pertencem a uma classe com bom poder aquisitivo.
KIMPIRA NABE Mesmo sendo uma feira náutica, conseguimos mostrar nosso trabalho e atrair olhares curiosos não apenas de mulheres, mas de muitos homens também, afinal, o produto é indicado para utilização para inúmeros lugares, principalmente em barcos. Visitar a feira significa passar por nosso estande, e isso já compensa em estar aqui.
ESCOLA NÁUTICA MAROLA / SEA PERFORMANCE No evento conseguimos mostrar nosso produto para um público específico, que tem interesse no setor náutico. O espaço democrático e com boa visibilidade nos permite trabalharmos da melhor maneira possível. E fazer os cursos que oferecemos é uma ótima maneira de iniciar nesse mundo.
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ROTAREX Como trata-se do primeiro evento que participamos após a oficialização do produto no país, testamos na Boat Xperience a aceitação desse sistema de supressão de incêndio para barcos. Ele é desenvolvido para vários tipos de motores à combustão, é autônomo e detecta linearmente onde pode se iniciar a chama, em pontos críticos e de difícil acesso (através de mangueira pressurizada). Caso detecte a chama, ela se rompe e libera o agente no local do incêndio. Somos a única filial do fabricante no Brasil, assim, nós conseguimos dar todo o suporte para instalação e manutenção do produto, onde o cliente final não precisa se preocupar em importar possíveis peças de reposição. Estar em contato direto com os principais estaleiros do Brasil e com os donos de barcos é o nosso pontapé inicial para entrarmos de vez no mercado brasileiro. E isso o evento nos proporciona.
BAVARIA Realizar uma feira como essa é fundamental para o mercado. Participar do evento não requer muito custo para o expositor e o benefício de termos um público focado, interessado em negociar já nos deixa satisfeito. Conseguimos conquistar alguns clientes novos que, certamente, nos dará bons frutos.
MAGIC VILLAGE RESORT Apresentamos um luxuoso condomínio em estilo resort, com 180 casas em 4 plantas diferentes, com serviços exclusivos, conforto e privacidade. O Boat Xperience foi uma excelente oportunidade para apresentar nosso resort para o público brasileiro.
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AGUZ A chuva que caiu durante todo o primeiro final de semana ajuda e atrapalha. Como estávamos com barco exposto apenas na água, poucas pessoas trafegaram pelo píer. No entanto, aqueles que foram, tivemos oportunidade de apresentar o produto e realizar o test-drive (graças ao barco ser hard top). Mas nossa estratégia era focar nos clientes com grandes possibilidades de negociar, e isso foi feito.
REGATTA SESSA A nova distribuição da feira a deixou mais focada em negócios (que é a principal característica do Salão). A divulgação feita antes e durante o evento foi boa, porém, sentimos falta de clientes novos. Talvez seja reflexo da situação na qual o mercado está passando. Ainda assim é necessária a presença por diversos fatores, como institucionalmente, para o público etc.
MÁXIMA YACHTS Essa é a única feira realizada “no nosso quintal” e temos que estar presente sempre. O mercado vive um momento difícil e qualquer oportunidade é muito boa. A feira tem que ser mantida, principalmente em períodos como esse. Apesar de o público estar mais reticente em negociar, a participação foi mais focada com testes diários e prospecção de novos clientes.
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16
6 mil
AERONAVES NO HELIPONTO
1.800 m2 DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO
VISITANTES
5
LANÇAMENTOS
$
EM NÚMEROS
72 mil m
2
MARINA ASTÚRIAS
360 m
2
DE PÍERES
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3.600 m
2
DE ÁREA EXTERNA
35
250
EXPOSITORES
PROFISSIONAIS DE APOIO
R$ 152 milhões
R$ 56 milhões
EM BARCOS EXPOSTOS
EM NEGÓCIOS
400
28
+ DE TESTDRIVES REALIZADOS
ESTALEIROS PRESENTES
78
56
NA ÁGUA
BARCOS EXPOSTOS
22
NO SECO
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Circulando no Píer
Confira quem marcou presença no 9° Boat Xperience
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Debaixo de chuva ou sol, é sempre significativa a presença do público no Boat Xperience. O evento agrada aos interessados em um bom negócio e aqueles que queiram apenas passear
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41ª ILHABELA SAILING WEEK
MAR DE
VELAS 138
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A MAIOR COMPETIÇÃO DE VELA DA AMÉRICA LATINA CHEGOU A EDIÇÃO 41 COM FÔLEGO DE INICIANTE E BAGAGEM DE RESPEITO fotos: Marcos Méndez/SailStation
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41ª ILHABELA SAILING WEEK
140
M
ais de mil tripulantes de vários países, 130 veleiros de oito classes e uma semana de competição. Números de respeito para a maior competição oceânica da América Latina, a Ilhabela Sailing Week, organizada pelo Yacht Club de Ilhabela. A edição 41 do evento começou no domingo, 20 de julho, com a tradicional Regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, com 60 milhas náuticas (110 km). A largada foi adiada por algumas horas devido à falta de vento e o trajeto foi difícil, provocando várias desistências ao longo do caminho. A Comissão de Regatas estava preparada para receber os barcos durante a madrugada da segunda-feira. Até o início da noite de domingo, apenas três embarcações da classe S40 haviam cruzado a linha de chegada. O vencedor foi o Carioca, conduzido por André Mirsk. O segundo colo-
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cado, o Pajero Mitsubishi, com André "Bochecha" Fonseca no leme, concluiu o percurso 3min32 depois. O terceiro foi o Crioula, com Samuel Albrecht, a 53mi13 do ganhador. Ainda no domingo, os barcos das classes C30, RGS C e Clássicos largaram para a Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste. Na primeira, a vitória ficou com a tripulação do barco Mais Realizado, de Ilhabela, acostumada aos atalhos das raias locais. A classe HPE25 iniciou a disputa da Regata Renato Frankenthal, em homenagem ao velejador assíduo em Ilhabela e entusiasta da vela, falecido em 2009. O veleiro Ginga confirmou o favoritismo e venceu os 21 concorrentes. O vento insistia em não dar as caras durante a semana e o último dia de competição teve as regatas canceladas. Assim, o veleiro Pajero Mitsubishi, de Santos, conquistou o título da S40, a classe mais veloz da prova. O
Mais de mil tripulantes, 130 veleiros e oito classes em disputa na Ilhabela Sailing Week. Tradição e competitividade são características marcantes do evento
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41ª ILHABELA SAILING WEEK
Nomes de peso da vela nacional, disputa de campeonato internacional, nova premiação por equipes... Todos esses ingredientes reunidos numa só competição
vice-campeão Carioca, do Rio de Janeiro, ganhou duas e ficou à frente do Crioula, de Porto Alegre, campeão em 2013. O Magia Energisa, do bicampeão olímpico Torben Grael, também venceu uma regata. Cinco nações contribuíram para que o Pajero Mitsubishi colocasse dois pontos de vantagem sobre o Carioca, de Roberto Martins. Brasil, Argentina, Uruguai, Espanha e Itália estavam representados entre os tripulantes. "Só tivemos a confirmação de quem viria para a Ilhabela Sailing Week, em cima da hora. Além do mais, o barco é novo e não tivemos tempo para treinar, mas o entrosamento da equipe base superou as dificuldades", relatou o timoneiro André Fonseca.
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A classe C30, sempre muito disputada, reuniu sete barcos e teve como campeão o Zeus Team, de Santa Catarina. A tripulação comandada por Inácio Vandresen é participante assídua em Ilhabela e conseguiu quebrar a hegemonia do bicampeão CA Technologies Loyal. "A equipe é muito unida e durante as regatas manteve-se concentrada em cada detalhe. Tivemos pouquíssimos erros a bordo e a tática foi perfeita", elogiou Inácio, referindo-se principalmente aos tripulantes Felipe Linhares, o Fipa, e Fábio Pillar, responsáveis pela 'leitura' da raia. Na classe IRC, o Rudá comemorou o bicampeonato, com a mesma tripulação de 2013. A hegemonia da equipe neste ano, fez com que a equipe tivesse o pri-
CLASSIFICAÇÃO GERAL (colocação | barco | armardor | pontos perdidos)
C30 1º Zeus Team | Inácio Vandersen – 08pp 2º Relaxa Next/Caixa | Roberto Mangabeira – 16pp 3º Caballo Loco | Mauro Dottori – 16pp
HPE 1º Ginga | Breno Chvaicern – 12pp 2º Atrevido | Fábio Bocciarelli – 26pp 3º Take Ashauer | Marcos Ashauer – 30pp
ORC Geral 1º Seu Tatá | Paulo Haddad – 14pp 2º Lucky V | Ralph Rosa – 14pp 3º Angela VI | Peter Siemsen – 17pp
IRC 1º Rudá | Guilherme Hernandes – 05pp 2º Mandinga | Jonas Penteado – 11pp 3º Terroso | Carlos Matos – 13pp
RGS Geral 1º Azulão | Marcelo Polonio – 31pp 2º Montecristo | Julio Cechetto – 37pp 3º Xiliki | Renato Bosso – 38pp vilégio de descartar um primeiro lugar. "Conseguimos andar na frente de barcos maiores, foi o que garantiu o título. Durante anos aplaudimos os ganhadores e sei muito bem como é difícil vencer aqui na Ilha", disse o comandante Mario Martinez. Título em família na classe RGS C. O Azulão foi o primeiro colocado e conta com pai, mãe e filho no mesmo barco. "Velejamos juntos há dez anos na Represa de Guarapiranga e estamos bastante entrosados", comentou o comandante Marcello Polonio, que leva o barco no leme enquanto a esposa Lígia cuida das velas balão e genoa e o filho Lucca, tripulante mirim, faz as tarefas de proa.
S40 1º Pajero | Eduardo de Souza Ramos – 07pp 2º Carioca | Roberto Martins Souza – 09pp 3º Crioula | Veleiros do Sul – 13pp
Sulamericano de Star 1º Lars Grael/Samuel Gonçalves – 11pp 2º Bruno Prada/Guilherme Almeida – 18pp 3º Marcelo Bellotti/Antonio Moreira – 21pp
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41ª ILHABELA SAILING WEEK Os inscritos nas classes ORC e RGS para correr as regatas da 41a Ilhabela Sailing Week, deste ano, puderam competir por equipes, além das disputas tradicionais entre tripulações. A criação de mais esta forma de disputa teve a finalidade de proporcionar mais emoção aos participantes. Logo na estréia o título ficou com os representantes da Escola Naval. O barco do Yacht Club de Ilhabela foi campeão na classe ORC 600, somando-se as participações no Circuito Punta del Este, em janeiro, e na Ilhabela Sailing Week, segunda e última etapa do Sul-americano de 2014. O Seu Tatá, do Rio de Janeiro ganhou na ORC 500 e, por critério de desempate, garantiu o título na ORC Geral também.
CAMPEONATO SULAMERICANO DA CLASSE STAR Uma das atrações da 41ª Ilhabela Sailing Week foi o Campeonato Sulamericano da Classe Star, entre os dias 22 e 25. O título ficou com a dupla formada pelo experiente e tetracampeão Lars Grael e seu companheiro Samuel Gonçalves, que levantou o troféu pela primeira vez. As presenças do atual campeão Bruno Prada, Guilherme de Almeida, Dino Pascolato e Reinaldo Conrad entre outros, garantiram o elevado nível técnico da competição.
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ESPÍRITO DE EQUIPE A principal novidade do evento, a Regata por Equipes contemplou o Grêmio de Vela da Escola Naval, do Rio de Janeiro. Os representantes da Marinha venceram com os barcos: Brekelé, Quiricomba, Dourado e Bijupirá, das classes ORC e RGS. "É uma vocação natural da Marinha do Brasil, alimentar o espírito de equipe. Foi uma vantagem nossa sobre os outros três times", contou Ricardo Lebreiro. Considerada por organizadores e competidores como uma das melhores edições da história, a Ilhabela Sailing Week 2015 já tem data marcada para acontecer: entre os dias 4 e 11 de julho. Anote em sua agenda.
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TERRA FIRME
EVINRUDE ANTECIPA
O FUTURO A fabricante canadense apresenta nova geração da consagrada família E-TEC e mostra que além de desempenho, o design também passou a ser prioridade para os modernos motores de popa. Por Daniel Ambrosio
A Envirude não poupou recursos e reuniu quase duas mil pessoas em Milwaukee, Estados Unidos, para o lançamento da nova geração da consagrada família E-TEC. Ao apresentar a nova linha Evinrude G2 E-TEC de 2 tempos, os empolgados executivos da BRP – a holding proprietária da marca – usavam a todo o momento adjetivos como “poderoso”, “diferente”, “audacioso”, “robusto” e até “heroico”. Mas quando finalmente o motor surgiu na frente de todos os dealers, revendas, donos de estaleiros e mídia especializada lá presentes, incluindo a Boat Shopping do Brasil, a BRP deu vida a essas palavras. Certamente, ele
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será o novo carro chefe da família Evinrude. O E-TEC G2 está disponível somente para os hps mais altos em um primeiro momento, ou seja, de 200 até 300 cavalos de potência. Porém a fábrica já sinalizou no mesmo evento que os motores de menor potência poderão sofrer as mesmas adequações em um futuro breve. Mas vamos ao motor. Ele vem com uma impressionante lista de melhorias se comparado ao antigo motor E-TEC. No entanto, o que sobressai à primeira vista é a postura marcante e as cores do motor, que já teve sua produção iniciada e deve ser o grande destaque nos Boat Shows do mundo no segundo semestre de 2014.
Com um design futurista, porém trazendo conceitos atuais como o tão comentado exoesqueleto, o G2 foi inspirado em armaduras de super-heróis como Batman e Homem de ferro. "O que percebemos com todos os produtos da BRP é que os projetos podem parecer chocantes em primeiro momento," disse Jason Eckman, gerente de marketing e produto para sistemas de propulsão náuticos da BRP. "Se você quer mudar paradigmas, então as pessoas precisam se sentir um pouco desconfortáveis e vemos isso em muitas outras indústrias também. Quando você olhar para trás, este motor vai fazer todos os outros parecerem velhos".
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O design era uma parte fundamental do projeto. Quando o CEO José Boisjoli solicitou um novo projeto ao seu time para o motor de popa a alguns anos, ele pediu que o motor pudesse ser reconhecido como um Evinrude a mais de 100 metros de distância. Durante sua apresentação ele disse que a BRP já havia feito isso com muito sucesso nas outras linhas de produto do grupo, como por exemplo, a Ski-Doo, que hoje detém 50% do mercado mundial de snowmobiles (motos para neve), ou até mesmo com o inconfundível design da nova moto aquática Sea-Doo Spark, outro sucesso absoluto. Mas o design não é a única característica atraente sobre estes motores. O G2 E-TEC é também o primeiro motor de popa que vem com extensivas opções de personalização. Dentro de uma concessionária/revenda ou no site ChooseYourETEC.com (somente em inglês e francês), os consumidores poderão montar o seu
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próprio motor, escolhendo a potência, cor dos painéis laterais, cor do painel superior e até cor dos adesivos que enfeitam os painéis. Basicamente estão disponíveis 5 cores para os painéis laterais e superior e outras 14 opções diferentes para os adesivos. Os estaleiros ainda poderão encomendar cores exclusivas que combinem perfeitamente com seus projetos. Essa é uma das principais características que Eckman pensa que os clientes irão adorar sobre essa novidade. "Eu acho que eles vão apreciar a capacidade de customizar o produto conforme a sua personalidade. Já vemos isso em muitas indústrias diferentes, seja na compra de um tênis, bicicletas e até mesmo no seu telefone. Isto é o que as pessoas esperam de um produto e um motor de popa não deveria ser diferente" completa Eckman. Entretanto, as mudanças não ficaram somente no visual. A Envirude alterou profundamente o funciona-
A BRP colocou toda sua experiência e design futurista em um produto já conceituado, confiando na força de mercado do seu 2 tempos
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mento interno do motor, adicionando uma série de melhorias para esta nova plataforma. Entre elas um design melhorado no pistão/cilindro; um sistema interno com eixo duplo para direcionamento da cabeça do motor, fazendo com que a instalação na popa fique mais limpa e menos vulnerável; um novo sistema de “trimagem” automática e uma nova transmissão SLX com hidrodinâmica melhorada, deixando as manobras mais leves e suaves. Com essas atualizações, a Evinrude garante uma eficiência de 15% a menos de consumo de combustível e 20% mais de torque que a concorrência e 75% a menos de emissões de gases poluentes que os motores 4 tempos.
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A Evinrude está tão confiante com as melhorias que está oferecendo garantia de 5 anos para o motor, 5 anos contra corrosão e impressionantes 5 anos ou 500-horas sem revisão técnica. Embora uma das perguntas mais frequentes durante a apresentação foi como isso afetará a rede de serviços dos concessionários, a Evinrude acalmou a todos afirmando que a tranquilidade que a garantia oferecerá aos clientes fará com que eles queiram fazer upgrades mais constantemente. "Estamos tentando dar a eles outras maneiras de ganhar dinheiro e serem rentáveis, permitindo-lhes vender a garantia estendida ou até mesmo a chance de vender mais frequentemente os painéis próprios personaliza-
O evento foi marcado pela forte presença dos seus dealers e revendas de todo o mundo, mostrando a importância deste lançamento
dos. Essas são, na verdade, as formas mais agradáveis de vender algo para seus clientes em vez de dizer que algo está quebrado ou que necessita de troca e que ele precisará pagar por isso, muitas vezes criando uma situação desconfortável" disse Eckman. Algo que pudemos perceber durante o lançamento foi a capacidade que esse motor tem de chamar a atenção e de convidar as pessoas a se aproximar para conhecer, analisar e até mesmo tocar. Essa sensação realmente é exclusiva para um grupo de produtos que se destacam e que fizeram sucesso. O novo Evinrude parece entrar nesse seleto grupo já de cara. "Quando pensamos sobre os Boat Shows desse ano,
temos certeza que as pessoas vão querer se aproximar para saber mais sobre nosso produto. Mesmo os fãs incondicionais dos concorrentes, vão ter que entrar em nosso estande para vê-lo," afirmou Eckman com convicção. "Daí vão aprender um pouco sobre nosso sistema de injeção direta E-TEC e depois irão buscar o resto da nossa história e vão ficar tentados”, profetizou. A Evinrude antecipa o futuro e busca repetir o mesmo sucesso realizado no passado com os outros produtos da gigante BRP. Porém, a concorrência também anunciou seus lançamentos, já disponíveis no mercado. Prova de que o mercado e os clientes de motores de popa terão anos fantásticos pela frente.
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CASARINI & BRP EM
CAMPOS DO JORDÃO
O Espaço Casarini BRP em Campos do Jordão mostra as últimas novidades do universo dos veículos Can-Am e das motos aquáticas Sea-Doo, além dos motores de popa da Evinrude A agitada temporada de inverno em Campos do Jordão descobriu um novo ponto de encontro no Espaço Casarini BRP, no coração do Bairro Capivari. Até o dia 27 de julho, quem passar por lá poderá conferir de perto os veículos on-road e off-road da Can-Am, as motos aquáticas da Sea-Doo e os motores de popa da Evinrude. O espaço funciona de quinta a domingo, das 10h às 19h. “Este é o quarto ano consecutivo que a BRP marca presença na temporada de inverno em Campos de Jordão, portanto, os clientes já esperam pelo nosso espaço. O lugar tem a temperatura certa e muita relação com o público que se identifica com os produtos
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BRP. A iniciativa é importante e traz ótimos resultados para a marca”, comentou Deninho Casarini, das concessionárias Casarini. Durante o mês de julho o Espaço Casarini BRP também promoverá test-drive com as máquinas da Can-Am e passeios direcionados a proprietários de quadriciclos e UTVs de todas as marcas, inclusive, um passeio especial para a Comunidade Spyder. Mais informações no www.brp.com
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Eventos & acontecimentos do mundo náutico
INTERMARINE
PRIME NIGHT Uma noite de glamour e grandes novidades. Foi assim que a noite de 29 de maio entrou para a história da Intermarine. Em um evento especial, denominado Intermarine Prime Night, Roberta Ramalho, filha do saudoso Gilberto Ramalho, assumiu efetivamente o posto de sucessora no comando do estaleiro ao apresentar a nova logomarca da empresa, os lançamentos e planos para 2014, com direito a um tour pelas instalações da fábrica, além de lançar uma revista própria, a Intermarine Magazine. Os convidados foram recepcionados em um elegante espaço e puderam desfrutar de um acolhedor coquetel ao som de jazz e blues. Em seguida, Roberta convidou clientes e amigos presentes a conhecer melhor as linhas esportivas do modelo 48 Offshore, próximo lançamento da marca, em um preview exclusivo. Outra atração foi a
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Intermarine 95, maior modelo da empresa e embarcação que dá início à produção da linha Yacht do estaleiro (com barcos acima de 24 metros de comprimento) e que pôde ser vista em avançado estágio de construção. Além desses dois importantes lançamentos, ela anunciou melhorias no serviço pós-venda, atendimento por credenciadas em todo litoral brasileiro, além de um centro de assistência técnica da fábrica que será inaugurado no Guarujá (SP). E finalizou deixando no ar que o estaleiro prepara mais quatro novos projetos que serão lançados em breve. A noite contou ainda com a presença de bólidos da Maserati, Ferrari, Lamborghini e Rolls Royce, símbolos de prestígio e excelência representados pelo Grupo Via Italia, que, assim como uma Intermarine, são máquinas construídas de maneira primorosa para emocionar e encantar.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A Intermarine abriu as portas de sua fábrica para receber clientes e amigos em grande estilo
Antonio Pedace e Maricy Pedace
Marcos Saviani, Claudia Ribeiro e Allysson Yamamoto
Patricia Bernicchi e Raphael Emmerich
Carlos Alberto Leite Pereira e Rodrigo Oliveira
Roberta Ramalho, filha do saudoso Gilberto Ramalho, assumiu o comando do estaleiro e apresentou os lançamentos e planos para 2014, com direito a um tour pelas instalações da fábrica
Caio Marcio, Marisa Ramalho, Roberta Ramalho, Suzana Costa e Daniel Ambrosio
Carlos Eduardo Gonsales e Kell Cavalcante
Chico Longo
Elaine e Paulo Isola
Isabella e Tommaso Leonetti
Jose Antonio Rodrigues e Alessandra Savi
Leandro Kairis, Vanessa Kairis e Roberto Kairis
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FERRETTI
AL MARE Marcio Christiansen recebeu amigos e clientes no estaleiro em Vargem Grande para uma deliciosa paella Em uma agradável tarde de um sábado ensolarado no início de junho, o presidente do Ferrettigroup Brasil, Marcio Christiansen, recebeu amigos e clientes para uma tradicional paella no estaleiro da Ferretti em Vargem Grande. Os convidados também puderam conferir as recém-acabadas Ferretti-620 e a Ferretti 660 Targa, que despertaram muita curiosidade por serem totalmente customizadas. E para completar o clima foi apresentado um modelo Brabus, um Mercedes-Benz personalizado comercializado pelo grupo Strasse, do empresário Julio Simões. A iniciativa de exibir o automóvel faz parte da estratégia da Ferretti em alavancar marcas parceiras de luxo em seus eventos.
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Amigos e clientes da Ferretti passearam pelo estaleiro em Vargem Grande, conheceram duas lanchas novas, a 620 e a 660 Targa, e ainda foram brindados com uma deliciosa paella
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CHEGOU QUEM
FALTAVA A Ventura acaba de lançar a V290, uma lancha muito bem pensada, com ótimas soluções, que tem tudo para agradar no segmento das 29 pés
FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO 9,25 m BOCA 2,83 m
A Ventura aproveitou o seu 5º Workshop de Vendas, em Capitólio (MG), e lançou para sua equipe e para o mercado a V290. A lancha cobre uma lacuna do seu portfólio, que oferecia barcos de 27 pés e de 33 pés. O estaleiro “resolveu esse problema” com um barco de 29 pés muito bem projetado. A V290 tem como destaques um amplo cockpit, ótima escada de acesso ao solário de proa, altura da cabine com 1,85 m de pé-direito e duas camas de casal, uma na proa e outra a meia nau, detalhes diferenciais no mercado das 29 pés. Outros itens, como espaço gourmet, espaço para gerador e ar-condicionado também foram idealizados para incrementar o uso do barco. A disposição da V290 é bem funcional e prática para o passeio diurno. O espaço gourmet na popa tem pia e área para a churrasqueira elétrica. Um amplo sofá em “C” acomoda tranquilamente sete pessoas com conforto. À sua frente há um espaço para a geleira ou um frigobar, a critério do cliente. E, complementando o espaço, uma chaise-longue foi colocada a bombordo e bem em
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PESO C/ MOTOR 3.000 kg PÉ-DIREITO CABINE 1,85 m PÉ-DIREITO BANHEIRO 1,76 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 270 l TANQUE DE ÁGUA 80 l MOTORIZAÇÃO 1 de 270 hp a 430 hp
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frente a ela fica o posto de comando. Por sinal, ele foi muito bem projetado, com um painel que se destaca pelo novo design e funcionalidade dos equipamentos. A área interna da V290 também merece o adjetivo de bem projetada. O espaço tem pé-direito de 1,85 m, sofá em “V” que se transforma em cama, cozinha, banheiro com 1,76 m de altura, com espelho e armários, uma cama de casal a meia nau e muito espaço para o melhor uso do seu proprietário. A V290 chega bem completa, prova de que o estaleiro observou bem o mercado e implementou ótimas soluções no barco.
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ONE YACHTS APRESENTA
ABSOLUTE YACHTS
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A ONE Yachts reuniu no dia 9 de agosto amigos, clientes e imprensa especializada na Tedesco Marina em Balneário Camboriú, para uma apresentação muito especial: a linha italiana Absolute Yachts, que já navega em águas brasileiras. Os modelos em exibição eram a 45 Fly e 56 Fly, que atraíram olhares de todos os presentes. Certamente mais uma boa notícia para o mercado náutico nacional. Confira as fotos do evento.
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DOSE DUPLA Para marcar as comemorações dos seus 75 anos, a Mercury mostra sua força e promove duplo lançamento durante evento realizado nos Estados Unidos Por Daniel Ambrosio
O mercado internacional dos motores náuticos está bastante movimentado. Para marcar as comemorações dos seus 75 anos, a Mercury mostrou sua força ao promover um duplo lançamento durante evento realizado nos Estados Unidos: uma nova linha de motores de popa e seu novo motor de centro-rabeta. A Mercury reuniu a imprensa mundial, com a presença da Boat Shopping Brasil, nas cidades de Oshkosh e Fond Du Lac, nos Estados Unidos, para divulgar deta-
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lhes dos lançamentos com direito a visita ao seu quartel general e muitos test-drives. A nova linha de motores de popa de 4 tempos de 75, 90 e 115 hp sofreram diversas melhorias técnicas e tiveram seu design atualizado. Destaque para o 115 hp, que passa a oferecer 23% mais torque que os concorrentes do mesmo tamanho. O outro lançamento também chamou muita atenção. O novo motor a gasolina, centro-rabeta, de 6 cilindros,
Os motores mostraram sua força em diversos testes e em diferentes configurações
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A Mercury apostou na sua forte tradição e trouxe ao mercado um motor que investe em linhas clássicas, porém com tecnologia de ponta
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4.5 litros e 250 hp, agora vem com bloco totalmente desenhado e produzido internamente pela própria Mercury, resultando em 60 quilos a menos que o V8 5.0 litros da própria Mercury. Nos testes realizados, o motor apresentou um consumo 10% menor e uma aceleração quase um segundo mais rápida nas medições de 0-30 mph. Esse motor também passa a ser o primeiro centro-rabeta do mundo V-6 compatível com o sistema SmartCraft Digital (painel digital que mostra consumo real, RPM e posição do trim). O comando por joystick também é outro opcional para quem busca mais conforto na hora de manobrar. Outra função interessante
é o novo sistema ASC (Adaptive Speed Control), que mantém automaticamente o RPM do motor mesmo em condições difíceis ou até em curvas fechadas, assegurando o planeio por mais tempo, ideal para quem busca uma pilotagem mais simples e para quem gosta de esportes que necessitem de reboque. Líder mundial na fabricação de motores náuticos para recreação, a Mercury fatura US$ 2 bilhões por ano. A marca pertence à Brunswick, sendo hoje o pilar mais forte e sólido do grupo, refletido em seus produtos ao longo dos seus 75 anos existência. Para mais informações www.mercurymarine.com
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TECIDOS NÁUTICOS A Regatta Tecidos lança nova coleção de tecidos exclusivos inspirados na cultura portuguesa A Regatta Tecidos reafirma sua liderança em oferecer revestimentos diferenciados ao reunir em um animado coquetel na loja da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo, profissionais e amigos para o lançamento de uma nova coleção de tecidos e papéis de parede assinados inspirados na cultura portuguesa e na alfaiataria. E ainda apresentou novas padronagens da conceituada linha Sunbrella para áreas externas.
Virginia e Daniela Velloza
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Adriana Bijarra Cuoco e Carina Dal Fabbro
Adriana Pisciotta e Roberta Gasparini
Nilva Imae, Regina Adorno, Graciela Piñero e Gustavo Motta
Tota Penteado, Vicente Parmigiani, Mari Oglouyan e Selma De Sµ
Cristiane Schiavoni e Ana Maria Fasanello
Sandra Sobral, Charles Baumel, Cristiane Schiavoni e Cynthia Pimentel
Ieda Korman e Bya Barros
Lidia Damy Sita, Luis Navarro e Charles Baumel
Marcelo Galvão Bueno e Gilberto Barth
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A Regatta Tecidos lançou sua nova coleção de tecidos exclusivos, entre eles a linha completa da Sunbrella, o top para áreas externas dos barcos
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Destinos e Gastronomia
AZUL PROFUNDO O Infinity Blue é um resort de alto padrão, com uma ótima infraestrutura de lazer Por Leonardo Millen
A
dez minutos do centro de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, fica o resort Infinity Blue. Um lugar que já ganhou fama pelo charme e por proporcionar dias muito agradáveis em meio à natureza de uma encosta verde e a bela e semiprivativa Praia dos Amores. As 122 opções de hospedagem estão divididas em quatro categorias: superior, luxo, superluxo e máster. As instalações e o conforto em todas são elogiáveis, com cuidados como amenities L’Occitane. Mas o que impressiona é a privilegiada vista dos apartamentos, sendo que os mais altos têm banheiras com uma fantástica vista para o mar. O Infinity Blue prima também pelas suas muitas alternativas de lazer. A começar pela piscina com bar molhado, piscina térmica, saunas, fitness center, sala de jogos, cinema e um grande deck com várias cadeiras e um restaurante na beira da praia. Há também um com-
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pleto SPA com salão de beleza para elas e berçário e programas de recreação para crianças e jovens, um dos pontos fortes do hotel, que não esconde sua vocação para agradar famílias. Os casais são contemplados com um elegante bistrô, que oferece pratos requintados. Aos sábados, o resort costuma programar shows com música ao vivo e outras atrações. Outra boa dica é que, aos sábados, acontece a tradicional feijoada completa, assim como as inusitadas “feijoada de frutos do mar” e a “vegetariana”, para agradar a todos os gostos, com estação de caipirinhas, torresmos e caldo de feijão servido por uma autêntica “baiana”. Detalhe interessante é que não-hóspedes podem aproveitar por R$ 60 por pessoa. Por falar em preços, os pacotes de hospedagem, com no mínimo duas diárias no apartamento mais simples, custam a partir de R$ 1.600 com café da manhã, almoço e jantar.
O Infinity Blue é um resort preparado para agradar em cheio os navegadores e suas famílias em férias pela linda Santa Catarina
O resort fica a cerca de 20 km do aeroporto de Navegantes e a 90 km do aeroporto de Florianópolis, mas pode ser acessado por mar por meio dos píeres de Itajaí (11 km) ou de Porto Belo (40 km). E fica distante cerca de 10 minutos de carro da Marina Tedesco, em Balneário Camboriú, que conta com infraestrutura apropriada para atender os que possuem embarcações. Além disso, é possível agendar com as operadoras locais aulas de mergulho ou passeios de barcos ou dar uma esticadinha à Praia Brava, que fica ao lado do resort e possui ótimos restaurantes e baladas noturnas.
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DIVINA MESA À
BEIRA-MAR D
esde 2007, um restaurante agita o litoral de Ilhabela: o Marakuthai. Ele ganhou fama não só pelas delícias de seu cardápio, pilotado pela competente e criativa chef Renata Vanzetto, mas também pelo seu ambiente charmoso, romântico e ao mesmo tempo descontraído, em frente à praia, bem ao lado de uma marina. Porcelanas antigas e bandanas coloridas decoram o salão com vista para o mar. A casa também possui um deck pé na areia, próximo à marina, onde os clientes podem aproveitar melhor o clima litorâneo. Tanto é que o restaurante virou point do universo náutico da Ilhabela, atraindo de casais a turmas de amigos e famílias em busca de um bom papo acompanhado por caipirinhas e uma ótima comida.
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Por falar nisso, da cozinha do Marakuthai saem pratos contemporâneos de inspiração tailandesa e influências da gastronomia caiçara, com as quais a chef está acostumada desde sua infância vivida na Ilhabela. Renata Vanzetto, apesar de ter apenas 24 anos, tem currículo de veterana, com prêmios de gastronomia no Brasil e um estágio, em 2011, no Noma, o restaurante dinamarquês comandado por Rene Redzepi e considerado um dos melhores do mundo. Criativa e inquieta, ela sempre foi movida a desafios e comanda, além do restaurante em Ilhabela, mais outros negócios: o restaurante e o buffet Marakuthai, em São Paulo, o bar MeGusta, em Ilhabela, e o projeto Ema, um restaurante intimista inaugurado em outubro passado em São Paulo.
FOTOS TADEU BRUNELLI / DIVULGAÇÃO
O Marakuthai, em Ilhabela, comandado pela jovem, criativa e premiada chef Renata Vanzetto, tem tudo para agradar navegadores que não dispensam uma vida de grandes sabores
O Marakuthai virou point de navegadores, suas famílias e amigos em busca de um bom papo acompanhado por caipirinhas e uma ótima comida
Se você for à Semana de Vela de Ilhabela, não deixe de conhecer o Marakuthai, que fica bem próximo ao Yacht Club de Ilhabela. Uma boa dica é pedir de entrada o Khri Khri (bolinho cremoso de camarão com crosta de castanha de caju e molho picante de pimenta com saquê) e continuar a viagem pelos camarões puxados no alho com abóbora assada no açúcar mascavo, toque de requeijão e arroz jasmim com crocante de mandioquinha palha. O destaque de sobremesa fica por conta da Santa Teresa, um refrescante creme à base de iogurte com redução de framboesa e de mexerica com morango e blueberry. Santa Renata!
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/mareconsult.yachts
mareconsult@mareconsult.com.br
Atlantis 40 | 2010 2x Volvo D6 370 Hp com 380 horas
Axtor Marine 460 | 2005 2x Volvo D6 300 Hp com 360 horas
Magnum 39 | 2003 2x Volvo AD41 DP 200 Hp com 560 horas
Azimut 53 | 2012 2x Man 730 Hp com 200 horas
Azimut 48 | 2012 2x Cummins QSC 600 com 160 horas
Cranchi Smeraldo 40 | 2011 2x Volvo D6 de 310 Hp com 350 horas
Ferretti 760 | 2008 2x MAN de 1524 Hp com 500 horas
Princess V45 | 2011 2x Volvo D6 370 Hp com 414 horas
Fishing Open 32 | 2011 2x Mercury 300 Hp Verado com 95 horas
Intermarine 520 Full | 2006 2x Volvo D12 de 680 Hp com 630 horas
Ferretti 530 | 2012 2x Man de 800 Hp com 220 horas
Princess V53 | 2007 2x Volvo D12 800 Hp com 460 horas
Intermarine Excalibur 39 | 2003 2x Volvo KAD 300 DP 285 Hp com 830 horas
Ferretti 600 | 2009 2x Man de 900 Hp com 430 horas
Fairline Squadron 65 | 2011 2x Caterpillar 1150 Hp com 680 horas
Princess 72 FLY | 2011 2x Caterpillar C32 1622 Hp 450 horas de uso
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A BORDO
As principais competições e estrelas do cenário náutico
ESCOLHA SEU TIME Conheça as seis equipes já confirmadas para disputar a próxima Volvo Ocean Race, que começa em outubro na Espanha, e comece a torcer Por Leonardo Millen
TEAM ESPANHA PAÍS: ESPANHA SKIPPER: IKER MARTINEZ E XABI FERNÁNDEZ
“Estamos felizes em ter, novamente, a Espanha na Volvo Ocean Race. Para a nossa equipe, é uma honra participar pela quarta vez consecutiva, um recorde na história do evento. Sabemos que será uma edição muito difícil, mas como sempre vamos tentar levantar a bandeira espanhola no lugar mais alto do pódio” Pedro Campos
Sede da Volvo Ocean Race, a Espanha resolveu não ficar de fora da regata. Mesmo sem patrocinador definido, o país confirmou o sexto barco da regata que terá os campeões olímpicos Iker Martinez e Xabi Fernández, ouro em Atenas-2004 e prata em Pequim-2008, na classe 49er, no comando da tripulação. Eles terão a chance de reescrever a história da Espanha na Volvo Ocean Race, já que, na edição passada, o Telefónica liderou boa parte da competição, mas a quebra do leme na penúltima etapa tirou as chances de título. O gestor da equipe é o empresário Pedro Campos, responsável pelas campanhas do Movistar (200506), Team Telefónica (com dois barcos em 2008-09) e Team Telefónica (2011-12). Ele confirmou que, para não perder tempo, os espanhóis já estão se preparando no seu VO65, na Baía Biscaia, entre a costa norte da Espanha e a costa sudoeste da França.
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“Será a regata mais parelha da história. O time espanhol tem alguns dos velejadores mais versáteis e experientes do mundo. É muito bom ver este time de volta” Knut Frostad, CEO da Volvo Ocean Race
TEAM ALVIMEDICA PAÍS: EUA/ TURQUIA SKIPPER: CHARLIE ENRIGHT E MARK TOWILL
“Escolhemos o lendário Paul Cayard, que venceu a regata de 1997-98, e é um dos grandes nomes da vela. Ele sabe tudo sobre a Volvo Ocean Race e sobre a modalidade. É um especialista em oceano e em regatas curtas. Vale a pena absorver seus conhecimentos” Charlie Enright
O barco Alvimedica é patrocinado por uma empresa de medicina turca e idealizado por dois jovens norte-americanos fanáticos pela vela oceânica: Mark Towill e Charlie Enright. Eles se conheceram em 2007, no set de filmagens do longa-metragem da Disney, Morning Light, e, desde então, correram atrás e viabilizaram o sonho de correr a Volvo Ocean Race. A equipe All-American Ocean Racing é formada por atletas até 30 anos. A regra da VOR indica que pelo menos dois velejadores tenham menos de 30 anos. O Alvimedica resolveu lotar o barco de jovens e convidou Paul Cayard, ícone da vela mundial, para ser tutor do time. O astral está alto e a equipe está confiante que pode vencer a regata. www.allamericanoceanracing.org
“Esses caras me fazem lembrar de quando comecei. Eles ainda estão ‘verdes’, mas estão abertos a aprender tudo o que podem. Foi importante fazer um período de testes em Cascais” Paul Cayard
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A BORDO
TEAM SCA PAÍS: SUÉCIA SKIPPER: CAROLIJN BROUWER
“A Volvo Ocean Race é uma regata muita dura. Os barcos competem 24 horas por dia por períodos que podem chegar a 30 dias em 9 meses de prova. Toda a experiência e técnica que acumulei durante as últimas três edições tento passar para as tripulantes da nossa equipe. As mulheres são mais leves do que os homens e isso pode ajudar ou atrapalhar na velocidade do barco. Aprendemos muito a cada semana de treinamentos. Estamos confiantes” Joca Signorini
É o time 100% feminino da regata. A última vez que isso aconteceu foi na edição 2001-02. A tripulação reúne Sara Hastreiter (EUA), Dee Caffari (GBR), Elodie-Jane Mettraux (SUI), Sally Barkow (EUA), Justine Mettraux (SUI), Carolijn Brouwer (HOL), Sophie Ciszek (AUS), Sam Davies (GBR), Abby Ehler (GBR), Stacey Jackson (AUS), Annie Lush (GBR) e Liz Wardley (AUS). A equipe tem o brasileiro Joca Signorini como treinador. Uma das mais experientes da tripulação é a inglesa Dee Caffari, que tem no currículo regatas como Vendée Globe, Global Challenge, Barcelona World Race e quatro provas transatlânticas. Caffari também é a única mulher a navegar em solitário ao redor do mundo em ambas as direções e por três vezes sem parar. Além disso, bateu recorde de velocidade em monocasco com uma tripulação feminina na Round Britain. www.teamsca.com
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“Estou ansiosa para disputar a Volvo Ocean Race. A melhor parte deste projeto é trabalhar com um grande grupo de meninas que tem o mesmo objetivo” Dee Caffari
TEAM ABU DHABI PAÍS: EMIRADOS ÁRABES UNIDOS SKIPPER: IAN WALKER
“Mais do que um exímio velejador, o Ian Walker é um embaixador da Volvo Ocean Race pelo mundo, principalmente no Oriente Médio. Essa campanha marca um novo capítulo para a vela oceânica dos Emirados Árabes Unidos” Knut Frostad, CEO da Volvo Ocean Race
“Estamos treinando muito a parte física e técnica para enfrentar a regata. A chegada do Chuny foi especial, pois ele é um dos mais requisitados entre os profissionais da vela e tem uma experiência incrível na Volvo Ocean Race. Além disso, é um cara bem legal, se encaixando perfeitamente na nossa tripulação” Ian Walker
A Abu Dhabi Ocean Racing e o barco Abu Dhabi, dos Emirados Árabes Unidos, retornam à Volvo Ocean Race depois de serem destaque na edição passada vencendo três In-port Races, a chamada regata de porto, incluindo uma na própria cidade árabe. Além disso, chegou em primeiro lugar na etapa de Miami (Estados Unidos) até Lisboa (Portugal). Por sinal, nesta nova edição da Volvo Ocean Race haverá também uma parada no Oriente Médio, que promete ser uma das mais estratégicas. O Abu Dhabi será mais uma vez comandado pelo medalhista olímpico britânico Ian Walker, que não esconde que, desta vez, quer o título. Tanto que ele convidou o navegador espanhol Roberto ‘Chuny’ Bermúdez, ex-companheiro de Torben Grael no Brasil 1, para integrar a tripulação do Azzam, como o barco é chamado. O velejador galego tem experiência de sobra, com seis participações na Volta ao Mundo e na antiga Whitbread, com um vice-campeonato em 2011-12 com o Camper, além de campanha olímpica na classe Star e participações na America´s Cup. www.abudhabievents.ae
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A BORDO
TEAM DONGFENG PAÍS: CHINA SKIPPER: CHARLES CAUDRELIER
“Charles é um dos melhores velejadores com personalidade ideal para assumir o desafio de integrar os chineses com o resto da tripulação. Ele está focado em ganhar a regata, mas, em paralelo, está sempre disposto a compartilhar seus conhecimentos e ajudar a formar velejadores para as próximas edições da regata” Knut Frostad, CEO da Volvo Ocean Race
O francês Charles Caudrelier é o atual campeão da Volvo Ocean Race com o Groupama e vencedor da Transat Jacques Vabre, regata transatlântica da França até Itajaí (Brasil) ao lado de Seb Josse a bordo do trimarã Edmond de Rothschild. “Tenho um carinho especial pelo Brasil e por Itajaí. Sempre digo que a Volvo Ocean Race é uma verdadeira aventura e certamente foi nessa perna que o Groupama ganhou a In-port Race e virou o jogo para vencer a última edição da regata. Acredito que a passagem pelo país pode ter sido a chave para ser contratado como comandante do Dongfeng Race Team”, afirmou Caudrelier. Caudrelier pretende anunciar sua equipe completa até o final de julho. A ideia do comandante é ter 50% de velejadores internacionais e a outra metade de chineses que são muito dedicados, trabalham duro, no entanto poucos têm experiência em vela oceânica. www.dongfengraceteam.cn
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“Ser um comandante da Volvo Ocean Race é uma responsabilidade enorme. Eu vi isso na figura de Franck Cammas na edição passada. Aprendi bastante e quero melhorar ainda mais. Mas vamos ser claros: a campanha chinesa é um desafio. Teremos poucos meses para preparar tudo. Quero fazer a minha parte e ajudar a vela chinesa e o Dongfeng Race Team” Charles Caudrelier
TEAM BRUNEL PAÍS: HOLANDA SKIPPER: BOUWE BEKKING
“Nossa nação é conhecida em todo o mundo como o país dos moinhos de vento, dos diques, das tulipas, do queijo, dos tamancos de madeira e da Volvo Ocean Race. A regata está no nosso sangue. Seguimos nossa história e, ao participarmos desta edição da melhor regata do mundo, poderemos deixar um legado para os próximos velejadores que vão surgir e inspirar a nova geração da vela holandesa” Bouwe Bekking
“O barco Volvo Ocean 65 é tecnológico e com várias novidades. Vamos usar a experiência do Bouwe Bekking, um dos melhores velejadores do mundo, e do Gerd-Jan Poortman, que disputou a regata duas vezes, e mesclá-las com velejadores de alto nível. Nosso objetivo é vencer” Gideon Messink presidente da Sailing Holland
O Team Brunel participa pela terceira vez na regata e mantém a tradição da Holanda na Volvo Ocean Race. Do país europeu saíram atletas de alto nível para a vela oceânica e barcos de ponta, que foram campeões do evento. O lendário Conny van Rietschoten foi bicampeão da regata com o Flyer (1977-1978 e 1981-82) e continua sendo o único skipper a ter vencido a Volvo Ocean Race por duas vezes. O skipper holandês Bouwe Bekking, que estreou na edição 1985-86, terá a chance também de fazer história na competição. Será a sua sétima participação na regata (dois vice-campeonatos), igualando o recorde do sueco Roger Nilson. A montagem da equipe profissional da Holanda para esta Volvo ficou a cargo da Sailing Holland, que é uma parceria entre Bekking, Gideon Messink e Gerd-Jan Poortman. Para atender as regras, foram recrutados dois velejadores sub-30 para a tripulação: o belga Louis Balcaen e o lituano Rokas Milevicius. O time é um dos favoritos e a equipe treina intensivamente para a regata. www.teamsailingholland.com
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A BORDO
QUER COMPRAR UM
BARCO DA VOLVO? Como as novas regras para a próxima edição da Volvo definiram um novo monocasco para a competição, o VO65, de 65 pés, os intrépidos veleiros VO70, com 70 pés de tecnologia de ponta, não servirão mais para as equipes inscritas nesta edição e nas próximas, uma vez que as regras determinaram que cada VO65 poderá ser usado em mais de uma edição. Assim, os barcos que disputaram a última edição, Tefonica, Camper, Puma, Abu Dahbi, Sanya e Groupama, estão “disponíveis para negócios”, para não dizer “à venda”. Por sinal, o Groupama, projetado por Juan Kouyoumdjian e comandado por Franck Cammas, foi o primeiro a ser comercializado. Segundo o site VSail, o novo proprietário, que prefere não revelar seu nome, pagou 650 mil euros pelo “brinquedo” vencedor da última regata volta ao mundo. Ainda segundo o VSail, o veleiro deve permanecer na Espanha. Esta não é a primeira vez que barcos da Volvo Ocean Race trocam de mãos. A edição 2008-2009 foi vencida por Torben Grael a bordo do Ericsson 4, um veleiro e uma conquista que até hoje emocionam qualquer fã
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de vela. Este mesmo barco foi vendido no ano seguinte e usado na última edição da regata (2011-2012) pelo skipper Frank Cammas como veleiro de treinos e deu base para o desenvolvimento do veleiro da equipe Groupama, vencedora da regata. Porém, como os VO70 ficaram fora dos novos padrões da Volvo Ocean Race, seu apelo comercial é muito mais para quem deseja ter um barco destes na marina do que necessariamente para as equipes envolvidas na regata. Outro complicador é o preço salgado, que diminui o leque de interessados. Esta combinação pode levar muitos dos VO70 para uma situação enfrentada por ex-barcos da America´s Cup. Hi-tech e caros, eles não encontram compradores e acabam como o barco ESP- 65, usado para a disputa da edição de 2003 da America´s Cup. Ele teve o mastro quebrado e está sem uso desde 2007, abandonado no iate clube de Valência, na Espanha. A embarcação foi içada recentemente e, para a surpresa (e decepção) dos presentes, cracas e moluscos se proliferaram de tal forma que transformaram o fundo e a quilha em uma colônia viva. Espera-se melhor sorte para os VO70.
CARLO BORLENGHI.
Com a adoção de novos barcos de 65 pés, as máquinas de velejar de 70 pés da última Volvo Ocean Race simplesmente não podem ser usadas e estão à venda
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O MERITÍSSIMO Juiz internacional de regatas, o brasileiro Nelson Ilha será chefe do Júri da Vela nos Jogos Pan Americanos de Toronto em 2015 Por Leonardo Millen
Juiz internacional de regatas, o brasileiro Nelson Ilha acaba de ser convidado pela Federação Internacional de Vela (ISAF) para ser o chefe do Júri Internacional da Vela nos Jogos Pan-americanos de Toronto em 2015. Nelson, um gaúcho alto, muito simpático, iniciou a carreira de juiz de Vela da ISAF em 1990 e já participou de cinco Olimpíadas como juiz. Mas também é exímio velejador sob a bandeira do Veleiros do Sul, com um currículo extenso de vitórias, inclusive foi medalha de bronze no último mundial da classe Soling. Entramos em contato com Nelson em Weymouth, na Inglaterra, onde estava arbitrando uma regata para dar os parabéns e aproveitamos para fazer um balanço da sua carreira. De quebra, ele ainda nos brindou com a sua visão do que a vela olímpica brasileira deve encontrar daqui para frente.
COMO É O TRABALHO DE UM JUIZ DE REGATAS? A vela tem como princípio o self police, significa inicialmente que cada um cuida de si e dos demais. O juiz fazia somente o papel de decidir quem tinha razão quando haviam protestos escritos. Este papel segue, porém, hoje, em muitas regatas o juiz faz papel de árbitro controlando a competição dentro da água. VOCÊ É VELEJADOR E NÃO DEIXOU DE COMPETIR. COMO FOI ADMINISTRAR AS DUAS CARREIRAS? Sigo velejando e acredito ser fundamental para manter uma visão mais clara das situações que muitas vezes tenho que avaliar baseado somente em relatos das partes e das testemunhas. Não tem sido fácil administrar as duas carreiras, pois além de juiz sou árbitro oficial de regatas internacional. Os pré-requisitos para me renovar tem aumentado a cada ano, exigindo muito tempo e dedicação para poder estar no topo da carreira.
interesses dos Comitês Olímpicos de cada país que o seu país tenha sucesso no quadro de medalhas. Esta pressão é passada aos treinadores e aos atletas, que acabam pressionando de alguma forma os árbitros. Os atletas são capazes de irem aos extremos para conseguirem alcançar o pódio.
Nelson, ao lado do irmão Fernando e do filho Felipe, na Hungria, em 2013
EM 1992 VOCÊ ESTEVE EM BARCELONA, MAS EM 1996 VOCÊ JÁ ATUOU NA PRIMEIRA OLIMPÍADA EM ATLANTA COMO JUIZ. É DIFERENTE SER JUIZ EM UMA COMPETIÇÃO OLÍMPICA? É muito diferente, pois, inicialmente, é observada a questão da representatividade regional (juízes de diferentes continentes). Paralelo a isso, existem muitos
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E NA VELA? QUAIS FORAM AS SUAS PRINCIPAIS CONQUISTAS? Tenho velejado em nível internacional. Já fui campeão Sul Americano de algumas classes e fiquei em terceiro no mundial de Soling no ano passado em Balaton na Hungria.
Com grande experiência internacional, Nelson chefiará o Juri da Vela no Pan de 2015
COMO É A SUA ROTINA HOJE? DÁ PARA CONCILIAR TREINO E DISPUTA DE CAMPEONATOS COM O TRABALHO DE JUIZ? É difícil, pois além destas atividades administro a Central Náutica. Estamos treinando para o Mundial de Soling em Novembro em Punta del Este no Uruguai. No final de julho estarei como chefe do júri na Semana de Vela de Ilhabela. A SUA PRIMEIRA PARTICIPAÇÃO EM PAN AMERICANOS FOI EM SANTO DOMINGO, EM 2003. AGORA VOCÊ SERÁ CHEFE DO JÚRI DA VELA NO PAN DE TORONTO EM 2015. O QUE MUDOU DE LÁ PARA CÁ? Creio que vamos somando experiências em vários eventos que acabam ajudando na solução de desafios. A vela tem se profissionalizado muito e por enquanto a maioria dos juízes são amadores, o que as vezes já é um desafio importante.
“(...) os velejadores brasileiros, na maioria, conhecem as raias da Baía de Guanabara, que é muito difícil. Sabendo tirar proveito disso, o Brasil poderá ser bem-sucedido” NELSON ILHA O QUE OS BRASILEIROS QUE IRÃO AO PAN DO CANADÁ VÃO ENFRENTAR DE DIFICULDADE? HAVERÁ MUDANÇAS NAS REGRAS OU ALGUMA RECOMENDAÇÃO ESPECIAL? Não haverá mudanças de regras até 2017, portanto o maior desafio serão as condições de Toronto que é de ventos muito fracos e rondados. O PAN SERÁ OBVIAMENTE UMA PRÉVIA DAS OLIMPÍADAS DO RIO EM 2016. QUE CENÁRIO VOCÊ ANTEVÊ PARA AS PROVAS NO BRASIL? O Brasil mostrou, ao contrário de muitas previsões pessimistas, que sabe organizar grandes eventos, basta ver o Mundial de Futebol. Os atletas brasileiros têm duas grandes vantagens: já possuem as vagas garantidas em todas as modalidades (os jogos Olímpicos são fechados e é necessário se classificar) e os velejadores,
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na maioria, conhecem as raias da Baía da Guanabara que é muito difícil. Sabendo tirar proveito disso, o Brasil poderá ser bem-sucedido.
VOCÊ ACHA QUE HÁ RISCO DO RIO PERDER AS PROVAS NA BAÍA DE GUANABARA POR CONTA DA POLUIÇÃO? Não acredito que o comitê da Rio 2016 sequer pense na possibilidade de abrir mão de fazer as regatas na cidade do Rio de Janeiro. A poluição da Baia de Guanabara é um desafio gigantesco e que por hora está sendo atacado timidamente. Por outro lado, continua-se realizando regatas e eventos. Acho que até 2016 muita coisa será feita para melhorar, mas não vejo como este problema seja 100% resolvido. COMO VELEJADOR, JUIZ INTERNACIONAL E AMANTE DO ESPORTE, COMO VOCÊ VÊ A VELA BRASILEIRA? Temos vários ângulos que podemos observar. A indústria náutica ainda é incipiente na vela com bons, mas poucos estaleiros que fazem barcos de forma artesanal. Há um crescimento tímido do número de praticantes, se compararmos o potencial de nossa costa e rios. Os grandes talentos surgem do trabalho de formação dos clubes de vela. É preciso incentivar os que existem e a formação de futuros. Pelo fato da vela ser o esporte que mais medalhas olímpicas trouxe ao país, temos a sorte de termos apoio do Comitê Olímpico Brasileiro aos expoentes da modalidade. O futuro depende de se apostar neste círculo virtuoso.
A BORDO
A VOLTA DEFINITIVA A 41ª Ilhabela Sailing Week terá um reforço de peso neste ano. Com nove títulos na competição, Eduardo Souza Ramos anunciou que, após um ano de recesso, estará de volta à Ilhabela para as regatas a serem disputadas entre os dias 19 e 26 de julho, logo após a Copa do Mundo. O maior vencedor do evento comandará o Pajero na classe S40. Presidente dos Conselhos da Mitsubishi e da Suzuki, Souza Ramos teve de abrir mão da atividade que mais lhe dá prazer na vida, velejar, em 2013, para adequar as empresas aos desafios impostos pelas mudanças na legislação do setor automotivo. A motivação para retornar à raia veio com a reflexão após recuperar-se de um problema de saúde, que o afastou das atividades profissionais e da vela.
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“O homem lá de cima falou: ‘acorda’. Senti que o trabalho não é tudo na vida. Pensei, considerei a situação e decidi partir para uma temporada internacional de oceano”, afirma o velejador, que acaba de retornar da Itália. Souza Ramos correu o circuito Super Series na ilha italiana de Capri durante a Rolex Capri Sailing Week no comando do TP52 Phoenix, mesmo barco com o qual já havia treinado em Valência e competido em Palma de Mallorca. Antes de partir para a temporada ele disputou a tradicional Regata Key West, na Flórida, com um veleiro de 32 pés, e o circuito Santa Catarina de C30 com o Phoenix Little, em Florianópolis. Em Capri, Souza Ramos não só oficializou o retorno a um campeonato de classe, mas bem ao seu estilo e espírito extremamente competitivo, estreou um barco novo,
FOTOS: ROLEX/CARLO BORLENGHI / DIVULGAÇÃO
Após ausência em 2013, Eduardo Souza Ramos retornou oficialmente às raias em águas internacionais e, em julho, reestreia nas brasileiras na Ilhabela Sailing Week, competição na qual reina com nove títulos conquistados
Acima, à esquerda, o Phoenix cruza as águas da baia de Capri para a primeira vitória de Souza Ramos no seu retorno oficial às regatas. Abaixo, à direita, o Pajero, barco da sua última conquista em águas brasileiras que ele quer repetir na próxima Ilhabela Sailing Week
tripulação nova e faturou logo a regata de estreia. E todos estavam de olho nele, pois o Phoenix é o primeiro barco construído dentro das novas determinações da classe. Mas como os demais barcos ainda não estavam adaptados às novas regras, o Phoenix foi obrigado a usar um lastro de chumbo para tornar a disputa equânime. Nove times de sete países diferentes participaram das disputas na TP52. Das 10 regatas programadas, aconteceram seis e as disputas foram tão acirradas que cinco barcos conquistaram uma regata cada. O Phoenix terminou em quinto no cômputo final, o que deixou Souza Ramos ainda mais exultante após tão bons resultados na etapa de estreia em uma das classes mais competitivas da vela oceânica mundial. “Foi uma estréia fantástica. Nunca pensei que seria assim. É uma experiência que nunca vou esquecer”, confessou.
PLANOS PARA ILHABELA A expectativa de Souza Ramos, em princípio, não é brigar pelo décimo título na Ilhabela Sailing Week. “Nossa tripulação é boa, temos um tático excelente, mas dessa vez somos o azarão do páreo. O barco é novo e só iremos pegá-lo no fim de junho. Haverá pouco tem-
po para treinarmos”. O tático do Pajero será o argentino Santiago Lange, integrante da tripulação do TP52 Phoenix e duas vezes medalhista olímpico de Tornado, além de campeão mundial da classe. Conhecedor dos adversários da classe S40 na Ilhabela Sailing Week, Souza Ramos estima que sua tripulação não deverá estar em condições de velejar em nível tão elevado como os principais concorrentes. “O Torben, com o Magia, o Crioula e o Carioca não pararam de velejar. Com certeza estão mais bem preparados do que nós”. O Crioula, de Eduardo Plass, é o atual campeão, enquanto o Carioca, com Roberto Martins, foi o vice em 2013. Competitivo e determinado, mesmo aos 69 anos, Souza Ramos está mais motivado do que nunca. “Com o apoio da família e dos colaboradores, pude reduzir o número de dias dedicados ao trabalho. Sou consciente de que não tenho mais 40 anos e de que não vou velejar de Star e nem de HPE, mas posso velejar ao melhor nível que a minha idade permite. Estou muito feliz e depois da Ilhabela Sailing Week quero seguir com minha temporada de oceano”, disse. Será que alguém ainda duvida que ele voltou definitivamente?
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FOGO NA RAIA
Disputas acirradas marcam a segunda etapa da Copa Suzuki Jimny em Ilhabela
A segunda etapa do XIV Circuito de Vela de Ilhabela – Copa Suzuki Jimny foi disputada em dois finais de semana, de 31 de maio a 1 de junho e de 7 a 8 de junho. No primeiro, a falta de ventos cancelou regatas e desanimou um pouco os competidores. Mas se o primeiro fim de semana foi morno, no segundo, os velejadores tiveram de mostrar serviço, até porque, tradicionalmente, esta etapa da Copa Suzuki sempre antecede a Semana de Vela de Ilhabela e é usada por todos como um warm up. E também porque a Copa entra em recesso e só
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volta em setembro, com a terceira e penúltima etapa do calendário 2014. Portanto, os 400 velejadores nos 39 barcos protagonizaram disputas acirradas nas raias de Ilhabela. Após as regatas dos dois fins de semana, o CA Technologies comemorou a liderança na classe C30. A equipe de Marcelo Massa abriu quatro pontos de vantagem sobre o adversário Caballo Loco ao vencer as regatas realizadas no sábado e domingo. “Não é fácil, todos os barcos chegaram aqui empatados com seis pontos”, comentou o comandante.
“As disputas sempre bem acirradas ajudam a manter o bom nível dos tripulantes para competições como a Semana de Vela de Ilhabela” FOTOS DIVULGAÇÃO/MARCOS MÉNDEZ
MARCELO BELLOTTI
FAMÍLIA BOA DE VELA O destaque do segundo fim de semana desta segunda etapa da Copa Suzuki Jimny foi a vitória de Renata Bellotti em uma das regatas da classe HPE no comando do F7/Ser Glass. Renata assumiu o comando do barco do irmão Marcelo, que precisava estar em outro barco, o Cosa Nostra, nas disputas da classe Star. “Eu comandava um HPE só de mulheres e neste eu comandei uma tripulação masculina. Ter ganho uma regata foi sensacional e provou que não tem essa de homem e mulher, e sim de competência em ler os ventos e saber velejar bem”, disse.
Quem também comemorou foram os tripulantes do Take Ashauer, da classe HPE. Eles quebraram a hegemonia do Ginga ao vencerem uma regata e, mesmo empatado com o oponente em onze pontos, assumiram a ponta da tabela. “Vamos comemorar só até setembro. Sei que eles e os outros da classe são muito fortes e competitivos e nada está fechado ainda”, disse o comandante Marcos Ashauer. Hegemonia garantida só para o Rudá, que venceu novamente e mantém o primeiro lugar desde o início da temporada na IRC
e agora acumula 4 pontos. Na classe Star, convidada do evento, André Diometti do veleiro Pudim de Cana é o líder com onze pontos, seguido em igualdade de pontuação com Cosa Nostra, de Marcelo Bellotti, que chegou para disputar a ponta. A classe ORC permanece inalterada com Chorma de Luis Gustavo de Crescenzo em primeiro e Orson de Carlos Eduardo Souza e Silva em segundo. Na classe RGS, Kanibal de Martin Bonato lidera e, na RGS Cruiser, o Jambock de Marco Aleixo.
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COLUNA DO NASSEH
JORGE NASSEH é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites
SELECIONANDO
MATERIAIS
Existem vários tipos de material para construir um determinado barco, mas, no final, a escolha depende da qualidade do projeto
E
stive por uma semana visitando o distrito de Tuzla, em Istambul, onde se encontra o maior número de estaleiros por metro quadrado no mundo. Vários estaleiros de barcos pequenos ficam parede com parede uns com os outros. Acabei entrando em vários deles e, não para minha surpresa, a escolha dos materiais de construção é uma salada de frutas, com uma mistura enorme de materiais e muitos deles invariavelmente mal utilizados. Escolher o tipo de material para construir determinado barco muitas vezes não é uma tarefa fácil, devido à variedade de opções que o construtor pode ter, como aço, alumínio, madeira, fibra ou mesmo a combinação deles. Embora a maioria dos materiais disponíveis esteja no mercado há várias décadas,
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é surpreendente notar que a maior parte das pessoas não possui um conhecimento correto do uso de cada material. Nessa lista, estão incluídos proprietários de barcos, brokers, construtores e até alguns projetistas. Infelizmente, parte dessa confusão é patrocinada pelos próprios fabricantes de matérias-primas que fazem qualquer coisa para vender seus produtos. Embora isso pareça desanimador para quem pensa em desenvolver uma construção nova, existem alguns pontos que podem ser usados para simplificar a escolha. Antes de qualquer outro fator, coloco como básica a preferência pessoal de cada um por determinado material e, em condição secundária, outros fatores como custo, disponibilidade de matérias-
-primas e local onde o barco será construído. Nada mais frustrante do que utilizar algo com o qual o construtor não tenha afinidade. Geralmente, para a construção de um barco, ou talvez de uma pequena série, você pode optar por um número enorme de materiais, embora, dentre todos, a fibra de vidro seja o mais popular hoje em dia. Não existe nada de errado em construir barcos de madeira, aço
“Embora a maioria dos materiais disponíveis esteja no mercado há várias décadas, é surpreendente notar que a maior parte das pessoas não possui um conhecimento correto do uso de cada material.” ou alumínio e até mesmo em ferro-cimento ou outro material alternativo. Entretanto, do ponto de vista econômico, existem poucas opções que podem superar barcos fabricados em fibra de vidro, no que se refere ao investimento e valor de revenda, barcos construídos com esse material têm certamente a menor depreciação ao longo do tempo. É certo que boa parte dessa decisão passa pelo tipo de projeto que você decidiu construir e qual o destino final do uso de sua embarcação. Certamente, nem todo mundo deseja fazer um barco para passear nos fins de semana com a família. Muitos barcos são construídos para utilização comercial, transporte, carga e utilização militar. O famoso projetista Roberto Barros (Cabinho) me ensinou que existe uma grande diferença entre o que se chama de barcos de cruzeiro e barcos de passeio. O primeiro tipo é para quem pensa em viagens longas e precisa de um barco, seja a vela ou a motor, capaz de suportar condições de mar que normalmente não seriam encontradas durante a navegação em águas abrigadas. Barcos de passeio, ao contrário, só deveriam ser usados para navegação em locais abrigados. Enquanto de um lado existe uma grande indústria de construção de barcos de lazer, na outra ponta do negócio estão os operadores de embarcações comerciais,
de passageiros e transporte que utilizam seus barcos com uma frequência muito maior que os barcos de lazer. Normalmente, uma lancha a motor cabinada tem uma utilização média de 80 horas por ano. Entretanto, pescadores esportivos que levam a sério o esporte podem chegar a ter uma frequência de utilização de até 600 horas/ano. Alguns barcos de uso comercial chegam a operar, às vezes, 20 horas por dia em regime contínuo. Isto significa que você poderá utilizar esta embarcação e todos os seus equipamentos por quase 6.000 horas por ano. Neste caso, as margens de segurança devem ser completamente diferentes de outros projetos. Embora muitos materiais de construção, como a fibra de vidro, sejam extremamente resistentes à fadiga e, quando propriamente utilizados, ofereçam segurança à construção, você deverá ficar alerta para os outros sistemas da embarcação, como instalação de motores, linha de eixo e ferragens, pois sua utilização será muito mais exigida ao longo do tempo nesses barcos. Na realidade, qualquer tipo de construção é segura quando você planeja todos os elementos do processo de construção. O fato é que não existem materiais bons ou ruins, seguros ou não, mas sim projetos de construção bem feitos ou mal feitos.
PROJETAR BEM Qualquer tipo de construção é segura quando se planeja todos os elementos do processo de construção
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2X Motores Merceder DM 250hp
Gas
Pé de galinha
Pé de galinha
PERGUNTE AO CAPITÃO
MARCO ANTONIO FERRARI CARNEIRO é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima
Navegação no
inverno
Estamos no inverno e certamente o frio não é motivo para você não deixar de dar ótimas navegadas.
O
inverno é um período do ano excelente para navegar. Merece apenas maior atenção às previsões meteorológicas devido à entradas das frentes frias com maior intensidade e duração. Mas também é bom ficar atento às aberturas de tempo, as famosas massas polares que criam dias azul e noites estreladas que, no período de lua cheia, são um espetáculo à parte. Muitos dos comandantes esperam esta época para arrumar os barcos ou guardá-los para o próximo verão. Não estão errados, mas perdem alguns eventos náuticos interessantes, principalmente aqui em São Paulo, como a Semana da Vela de Ilhabela e a semanas de pescas em costeira. Aqueles que preferem guardar os barcos tem que ter alguns cuidados, entre eles, lavar bem os motores, inclusive os de popa de apoio, retirar o combustível e deixar o suficiente para ligar uma vez por semana. A cada quinze dias ou no máximo um mês é preciso ir para a água
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e girar o motor navegando por pelo menos 30 minutos para as engrenagens se movimentarem e o óleo do motor aquecer e lubrificar as peças. Além do que, as baterias agradecem. Durante a guarda do barco no inverno é importante abri-los nos dias de sol. A umidade ambiente é muito alta e isso gera fungos e mofos indesejáveis. Retire as roupas de cama, leve todas as comidas embora e deixe no tanque de água somente o necessário. A água estraga, além de fazer peso desnecessário na estrutura da carreta. Para os barcos que ficam na água, os “WC” devem ser limpos com água doce e colocado um desinfetante indicado pelo fabricante. Isto evita a proliferação de insetos. Mas não tire o material de pesca. Nunca se sabe se vai “bater” enchovas ou cavalas. Aproveite esta época para viajar e trazer lembranças para as pessoas queridas, mas não se esqueça do barco. Certamente ele estará aguardando algo novo ou que está faltando há tempos e você se esquece de
providenciar. Visite o barco. As cidades litorâneas têm festas regionais bacanas, algumas gastronômicas deliciosas. O barco será só o “motivo”. Consulte o calendário de cidades como Paraty, Angra, Bertioga, São Sebastião, Peruíbe entre outras. Agora vamos ao barcos que irão fazer manutenção. Além de se dedicar aos filhos nas férias escolares, dê uma atenção ao seu barco. Afinal, ele merece. Nessa época, os estaleiros e lojas dão bons descontos. O pessoal de terra está relativamente mais folgado, com poucas emergências e pinturas. É boa época para limpar o fundo, para polir, mexer na elétrica e fazer pequenos reparos. Vale a pena. E para quem está com o barco em dia e quer curtir navegadas de inverno, ótimo! É só ficar atento à meteorologia. O inverno deste ano será seco, com pouca umidade. É preciso ficar mesmo de olho no barômetro e nas cartas sinóticas. Não associe tempo bom com mar bom e tempo ruim com mar ruim. Não tem nada a ver. Observe o pôr do sol. Se o sol estiver cereja ou vermelho, não saia. O “bicho vai pegar”. Céu com arco íris envolta da lua ou do sol, com nuvens tipo “rabo de galo”, é sinal de frente fria próxima. De doze a 24 horas. As frontais são fortes a ponto de que, mesmo após sua passagem, o mar fica bem agitado pelo menos 48 horas e um tanto depois. Nesta época recomendo evitar grandes viagens, principalmente para o sul do Brasil, a não ser que se tenha um barco e tripulação preparada. Caso seja interessante viajar, opte pelo nordeste em busca do sol. No caminho, Vitória é um local maravilhoso e o litoral baiano nem se fala... Se no verão é ótimo, no inverno é melhor ainda, com vento sempre a favor. O nordeste do Cabo de São Tomé está “quietinho”, as baleias em Abrolhos dando show... Nesta época, a cada dois anos, acontece o Cruzeiro Costa Leste, promovido pela Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro (ABVC). Uma flotilha cheia de alegria sai da baia de Angra dos Reis com destino ao nordeste, com famílias a bordo e segurança total, além de apoio de diversos Iates Clubes e marinas. Informe-se e participe! Já os navegadores que preferem ficar próximos aos locais costumeiros, o inverno reserva ótimos ventos para os velejadores e inúmeros cantinhos tranquilos e boa pescaria
10 DICAS DE
INVERNO
Retire o máximo de combustível. Alguns mecânicos orientam deixar tanque todo cheio para não criar água, mas eu prefiro o mínimo. Já joguei muito óleo fora. Retire toda comida e roupa de cama do barco. Ligue o barco toda semana e peça para sair pelo menos a cada 30 dias. Cuidado com carregadores de baterias não náuticos. É nessa época que acontecem os acidentes devido aos “marinheiros” e proprietários os deixarem ligados superaquecendo as baterias e provocando incêndio. Planeje as manutenções da embarcação. Se for viajar, prefira ir para o nordeste e volte no verão para buscar o barco. Que boa desculpa heim! Navegando, não vá longe. Use protetor solar e labial. Queimaduras de frio e pelo sol são comuns nesta época. Agasalhe bem o corpo e os pés. A hipotermia nesta época é muito fácil de acontecer Por último e mais importante: de olho no céu e no barômetro. Consulte a meteorologia e o aviso de mau tempo da Marinha no www.mar.mil.br.
de costão para o pessoal de lancha. Barômetro alto, massa de ar polar, céu azul e friozinho é hora de colocar o blusão, gorro de lã e navegar. Não se esqueça do chocolate, tanto em barra como em pó, vinho e queijo, chame os amigos dos barcos ao lado. Mas se beber não navegue. As marinas vazias são legais também. E com o barco bem amarrado, com um bom vinho e queijo, um pão de cais com os amigos não tem preço. Daí é só planejar o próximo verão, aquela ilha ou praia que ainda não se conhece... É muita coisa boa.
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SOBRE AS ÁGUAS
Com muito ANTONIO ALONSO é capitão amador, autor do blog Sobre as Águas, no portal UOL, e jornalista náutico há 10 anos
orgulho Os fortes são feitos de paixão e água salgada Em meio à empolgação da Copa do Mundo, passou quase despercebida a notícia de que Eduardo Souza Ramos foi vice-campeão do Mundo com o TP52 brasileiro Phoenix. São muitas as histórias por trás desse título (sim, o vice é uma conquista), mas nenhuma delas é tão forte quanto a história da paixão do homem pelo mar. A tripulação do Phoenix enfrentou os melhores do mundo num barco que acabou de ficar pronto e no qual os brasileiros pouco treinaram. O próprio comandante ficou afastado da Vela por quase dois anos e chegou a anunciar sua aposentadoria definitiva depois de uma tumultuada vitória na Semana de Ilhabela. Mas a paixão deixa sementes que não podemos controlar. Eu nunca vou esquecer o comentário de um amigo gaúcho, provavelmente a maior autoridade em vela deste país. Ele me disse, seguro: quem é do mar não consegue se afastar.
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Souza Ramos não conseguiu. Não por fraqueza, mas justamente porque os fortes são feitos de paixão. E é ela que conta no final. A conquista do Phoenix no Mundial de TP52, o principal circuito internacional de Vela deste planeta, é inédita para o Brasil. Espero que as sementes que esses brasileiros deitaram continuem encontrando solo fértil em novos sonhadores. Aproveito a deixa para enfatizar que a Semana de Vela de Ilhabela não mudou de país. Sei que estou chegando meio atrasado para pegar a moda dos protestos, mas, como dizia Raul, “eu também quero reclamar”. Por sete anos, a Rolex emprestou sua coroa de glamour à tupiniquim Rolex Ilhabela Sailing Week. Mas este ano acabou. Não tem mais Rolex no nome da regata. Então vamos combinar que o nome certo é em português: Semana de Vela de Ilhabela. Alguém pode achar que é chique usar um nome gringo, mas acreditem em mim: é a maior “cafonation”.
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